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DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO
CENTRO
Estação de Avisos do Dão
RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E
BALANÇO FITOSSANITÁRIO
2008
Viseu
1
ÍNDICE
1 ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO 3
1.1 Localização 3 1.2 Recursos humanos 3 1.3 Instalações e equipamento 3 1.4 Postos de observação 4
Postos meteorológicos 4 Postos de observação fenológica e biológica (POB’s) 5
1.5 Utentes 6
2 ACTIVIDADES DA ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO 7
2.1 Emissão de boletins fitossanitários 7 2.2 Ensaios realizados e divulgação 7 2.3 Outras actividades 8
3 RESULTADOS OBTIDOS EM 2007 9
3.1 Vinha 9 Estados fenológicos 9 Míldio (Plasmopara viticola Berl & de Toni) 9 Escoriose (Phomopsis viticola Sacc.) 12 Oídio (Uncinula necator (Schw.) Burr.) 12 Podridão Cinzenta (Botrytis cinerea Pers.) 13 Traças da uva 13 Cigarrinha Verde (Empoasca vitis Gothe) 15
3.2 Macieira 17 Estados fenológicos 17 Pedrado (Venturia ineaqualis Cke.) 18 Bichado (Cydia pomonella L.) 20 Lagartas mineiras (Phyllonorycter blancardella F. e Leucoptera malifoliella Costa) 21 Cochonilha de São José (Quadraspidiotus perniciosus Comstock) 22 Aranhiço vermelho (Panonychus ulmi Koch) 24 Piolhos Verde (Aphis pomi Pass.) e Cinzento (Dysaphis plantaginea Fonsc.) 25 Mosca da fruta (Ceratitis capitata Wied.) 26 Sésia 27
3.3 Olival 29 Estados fenológicos 29 Traça da Oliveira (Prays olea Bernard) 30 Mosca da azeitona (Dacus olea Gmelin) 34 Traça verde (Margaronia unionalis Hubn.) e Euzophera pinguins Haw. 37 Olho de Pavão (Spilocea oleagina Cast.) e Gafa (Colletotrichum spp.) 38
2
3.4 Outras culturasPessegueiro 40
3
1 ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO
1.1 Localização
A Estação de Avisos do Dão é uma estrutura pertencente à Divisão de
Protecção e Qualidade da Produção da Direcção de Serviços de Agricultura e
Pescas da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, encontrando-
se sedeada na Estação Agrária de Viseu.
1.2 Recursos humanos
Em 2008, o grupo de trabalho foi o seguinte:
Maria Helena Cortês Pinto Marques – Eng.ª Agrícola
Vanda Cristina Azevedo da Costa Batista – Eng.ª Agrícola (consultora externa)
Jorge Manuel Esteves Carvalho Sofia – Engº Agrícola
Manuel Salazar – Engº Tecº Agrº
Fernanda Jesus Lopes Rodrigues – Assistente Administrativo
1.3 Instalações e equipamento
A Estação de Avisos do Dão está instalada no edifício principal da Estação
Agrária de Viseu, ocupando 2 gabinetes e um pequeno laboratório.
O equipamento que dispõe é o seguinte:
1 microscópio “Leitz Sm -Lux”;
1 Lupa Binocular “ Wild M5 “;
1 Lupa Binocular “ Olympus SZ60 “;
1 Lupa Binocular “Nikon”;
1 máquina de dobragem de circulares;
1 estufa “Memmert”;
1 frigorífico “Miele”;
1 computador Compaq - Pentium 4;
1 computador “ Vectra VL – Hewlett Packard “;
1 computador “Zenith”;
1 impressora - hp psc 750;
4
1 impressora - hp deskjet 840;
1 máquina fotográfica digital – Olympus C5050 zoom
1 duplicador ”Risograph TR 1530”
7 estações meteorológicas automáticas (4 estações Vórtice, 2 estações
Pulsonic e 1 estação Campbell);
5 abrigos meteorológicos principais modelo Stevenson;
10 abrigos meteorológicos secundários;
1 insectário;
9 termohigrógrafos “Richard”;
1 termopluviohumectografo “Bazier”;
16 pluviómetros tipo “Babinet”;
Opel Corsa (22-CI-40)
1.4 Postos de observação
Postos meteorológicos
De forma a aplicar as metodologias de previsão baseadas nos dados
meteorológicos da região, a Estação de Avisos do Dão dispõe de 15 postos
meteorológicos tradicionais (5 principais e 10 secundários) e 7 postos
meteorológicos automáticos. Os postos principais são constituídos por um
pluviómetro e um abrigo do tipo “Stevenson” equipado com um termómetro de
máxima, um termómetro de mínima, um psicrómetro e um termohigrógrafo
“Richard” de rotação semanal. Os postos secundários estão equipados com um
pluviómetro e um abrigo do tipo Stevenson equipado com um termómetro de
máxima e de mínima.
As estações meteorológicas automáticas registam os dados horários e diários
da temperatura, humidade relativa, precipitação, nº de horas de folha molhada,
velocidade e direcção do vento. Nos postos meteorológicos tradicionais as
leituras são feitas diariamente, pelos leitores responsáveis. As leituras são
enviadas diariamente à estação de Avisos, via postal de Março a Setembro. O
resto do ano, semanalmente os postos principais, e mensalmente os postos
secundários. Os dados dos postos automáticos são recolhidos via GSM.
5
Fig. 1 - Localização das estações meteorológicas automáticas e tradicionais
Postos de observação fenológica e biológica (PPOB)
As observações da fenologia das culturas da vinha, pomar e olival e da biologia
dos seus principais inimigos, foram feitas pelos técnicos da Estação de Avisos
do Dão nos locais onde estão instalados os postos meteorológicos principais
ou na área da sua influência. No caso da oliveira foram instalados mais dois
postos nas zonas mais representativas da cultura.
Os PPOB, localizados em Viseu, Foz de Arouce (Lousã), Canas de Santa
Maria (Tondela), S. Paio (Gouveia), Várzea (S. Pedro do Sul), Penalva do
Castelo e Nelas, são acompanhados semanalmente e para cada cultura são
monitorizados os estados fenológicos das culturas e as pragas e doenças
referenciadas no quadro 1.
6
Quadro 1 – Pragas e doenças acompanhados nos POB’s
Vinha Pomar Olival
Pragas Traça da uva
Cigarrinha verde
Cochonilhas
Bichado da fruta
Aranhiço vermelho
Piolhos verde e
cinzento
Lagartas mineiras
Cochonilha de S.
José
Mosca da fruta
Traça da oliveira
Mosca da
azeitona
Doenças
Escoriose
Míldio
Oídio
Podridão
cinzenta
Pedrado
Cancro
Gafa
Olho de Pavão
Cercosporiose
1.5 Utentes
Em 2008 registaram-se 787 inscrições, de agricultores, Cooperativas Agrícolas,
Associações, Serviços Oficiais e outros particulares. Cumulativamente há ainda
76 inscrições permanentes não pagas, para organismos do Ministério da
Agricultura, leitores dos postos meteorológicos tradicionais e colaboradores.
7
2 ACTIVIDADES DA ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO
2.1 Emissão de boletins fitossanitários
Em 2008 foram enviadas 21 circulares com avisos e informações para
tratamento das principais pragas e doenças do pomar, vinha e oliveira. Foram
ainda emitidas informações para tratamento do pessegueiro.
As circulares foram difundidas via correio, Internet, serviço telefónico de
atendimento automático e através de mensagem via telemóvel (SMS), esta
última modalidade foi utilizada apenas quando houve necessidade de
realização imediata de tratamento.
2.2 Ensaios realizados e divulgação
A Estação de Avisos do Dão realizou os seguintes ensaios:
o Aplicação do método captura em massa no controlo da mosca da
azeitona
o Validação e simplificação das metodologias de previsão,
relativamente ao Olho Pavão
o Validação da metodologia utilizada no acompanhamento da traça
da oliveira e tentativa de determinar um modelo de somatório de
temperaturas
o Melhoria do controlo do cancro das pomóideas, comparando
diferentes estratégias
o Aplicação do método da Confusão Sexual
o Validação da metodologia de previsão do bichado da fruta, pela
determinação do somatório de temperaturas
o Validação da metodologia de previsão da cochonilha de S. José,
pela determinação do somatório de temperaturas existentes para
Portugal e sua adaptação à região
o Estudo de: Adress no combate da mosca da fruta
o Ensaio comparativo de 5 fitofármacos para controlo de Doenças
do Lenho da Videira.
8
o Ensaio de captura e morte de Sésia.
Durante o ano de 2008 os técnicos participaram e realizaram várias acções de
divulgação que tiveram como publico alvo agricultores, associações, técnicos,
entre outros.
2.3 Outras actividades
Além das acções atrás referidas, os técnicos dos Serviços de Avisos
desempenharam outras actividades nomeadamente:
Assistência técnica aos agricultores no domínio da Sanidade Vegetal em
gabinete e no campo;
Apoio em projectos da DRAPC no que se refere à protecção
fitossanitária das culturas;
Recepção e acompanhamento de grupos de formandos de cursos de
formação, escolas e politécnicos (visita à exploração e estação
meteorológica);
Colaboração e execução do projecto Agro 8.2 – Redução do Risco e dos
impactes ambientais na aplicação de produtos fitofarmacêuticos –
Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos
Agrícolas;
Colaboração e execução do projecto Agro 8.2 – AGRO DED 688-
“Demonstração e promoção de práticas agrícolas que assegurem a
qualidade e segurança alimentar e que minimizem o impacto ambiental
da cultura da actinídea;
Apoio na realização dos tratamentos fitossanitários efectuados durante
2008 à exploração da Estação Agrária de Viseu;
Elaboração de listas de produtos homologados para posterior
distribuição pelos utentes do serviço;
Elaboração de relatórios intercalares e do relatório final de actividades.
9
3 RESULTADOS OBTIDOS EM 2007
3.1 Vinha
Estados fenológicos
Quadro 2 – Evolução fenológica da cultura da vinha
Estados fenológicos Canas de Sta Maria Foz de Arouce Viseu Várzea S. Paio
A-Gomo de Inverno B-Ponta de Algodão 3/3 11/3 4/3 5/3
B/C 19/3 19/3 17/3 3/4 C-Ponta Verde 3/3 27/3 24/3
C/D 27/3 11/4 D-Saída das folhas 2/4 12/3 2/4 21/4
D/E 19/3 7/4 E-Folhas livres 11/4
E/F 27/3 21/4 10/4 F-Cachos visíveis 29/4
F/G 21/4 G-Cachos separados 29/4 7/4 7/5 2/5
G/H 7/5 H-Botões florais separados 20/5 12/5 16/5 20/5 7/5
H/I-Iníco da floração 12/6 21/5 29/5 29/5 13/6 I-Floração 6/6 12/6 12/6 J-Alimpa 12/6 19/6
J/K-Bago chumbo 18/6 18/6 25/6 18/6 2/7 K-Bago de Ervilha 3/7 25/6 2/7 25/6 11/7 L-Fecho do cacho 8/7 2/7 16/7 8/7 24/7
Cacho fechado 22/7 23/7 M-Pintor 30/7 28/7 30/7 30/7 13/8
N-Maturação Cacho maduro
Míldio (Plasmopara viticola Berl & de Toni)
Os fragmentos, colocados nas condições de campo no fim de Outono de 2007,
começaram a ser recolhidos semanalmente a partir de Março de 2008 e
colocados em estufa a uma temperatura de 22ºC.
Esta metodologia tem como objectivo avaliar a maturação dos oósporos de
míldio e quando germinam em menos de 24 horas, temos a indicação que
estes se encontram maduros e em condições de promover infecções.
Esta situação apenas se verificou nos Postos de Observação Biológica de
Viseu e Foz de Arouce nos dias 11 de Abril e 24 de Abril, respectivamente.
10
Quadro 3 - Evolução da germinação dos oósporos
Data
M T M T M T M T M T M T M T M T M T M T
03-Mar C 0 0 0 0 0 7 0 4 0 S S D D 4 0 0 0 0 012-Mar C 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 1 0 0 0 2 0 0 T17-Mar C 0 0 0 0 0 0 T F F S S D D 0 0 0 0 0 025-Mar C 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 001-Abr C 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 010-Abr C 0 1 0 S S D D 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 S S17-Abr C 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 F F S S21-Abr C 0 0 0 0 0 0 F F S S D D 0 0 0 0 0 029-Abr C 0 0 F F 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 005-Mai C 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 013-Mai C 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 F F26-Mai C 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 004-Jun C 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 F F 0 0 0 0 0 013-Jun C 0 0 D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D20-Jun C 0 0 D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D23-Jun C 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0
04-Mar C 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 1 1 0 0 0 0 0 012-Mar C 0 0 0 0 0 1 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 T19-Mar C 0 T F F S S D D 0 0 0 0 0 0 1 0 0 027-Mar C 0 0 S S D D 5 1 1 0 0 0 0 0 0 0 S S02-Abr C 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 S S07-Abr C 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 017-Abr C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 F F S S23-Abr C 23 13 F F S S D D 18 0 12 2 0 2 F F 0 029-Abr C 0 0 F F 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 007-Mai C 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 012-Mai C 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 021-Mai C F F 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 030-Mai C S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D06-Jun C 0 S S D D 0 0 F F 0 0 0 0 0 0 S S D D
12-Jun C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S19-Jun C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S25-Jun C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S
04-Mar C 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 1 0 0 0 0 0 0 012-Mar C 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 6 0 4 0 10 T19-Mar C 0 T F F S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 027-Mar C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S02-Abr C 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 S S07-Abr C 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 014-Abr C 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 021-Abr C 0 0 0 0 0 0 F F S S D D 0 0 0 0 0 029-Abr C 0 0 F F 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 006-Mai C 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 014-Mai C 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 F F 0 020-Mai C 0 0 F F 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 029-Mai C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S03-Jun C 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 F F 0 0 0 012-Jun C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S18-Jun C 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 025-Jun C 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
05-Mar C 0 0 0 0 0 0 S S D D 2 1 0 0 0 0 0 011-Mar C 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 T17-Mar C 0 0 0 0 0 0 T F F S S D D 0 0 0 0 0 024-Mar C 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 002-Abr C 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 010-Abr C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S14-Abr C 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 021-Abr C 0 0 0 0 0 0 F F S S D D 0 0 0 0 0 030-Abr C F F 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 006-Mai C 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 014-Mai C 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 F F 0 020-Mai C 0 0 F F 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 029-Mai C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S03-Jun C 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 F F 0 0 0 012-Jun C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S18-Jun C 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 025-Jun C 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
06-Mar C 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S13-Mar C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 T F F S S19-Mar C 0 0 T F F S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 027-Mar C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S03-Abr C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S11-Abr C S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D16-Abr C 0 0 8 0 S S D D 0 0 0 2 O 1 0 0 F F22-Abr C 0 0 0 0 F F S S D D 0 0 0 0 0 0 F F02-Mai C S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D08-Mai C 0 0 S S D D 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S16-Mai C S S D D 0 0 0 0 0 0 F F 0 0 S S D D20-Mai C 0 0 0 F F 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 030-Mai C S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D06-Jun C S S D D 0 0 F F 0 0 0 0 0 0 S S D D13-Jun C S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D19-Jun C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S
Foz
de A
rouc
eLo
bão
da B
eira
Vár
zea
S. P
aio
8 9 10
Vise
u
Postos
Nº de dias de permanência dos fragmentos em estufa4 5 6 7
Colocação em estufa
1 2 3
Tendo sido detectados oósporos maduros, estando a vinha na maior parte dos
PPOB entre os estados fenológicos F e G com crescimentos superiores a
10cm, havendo temperaturas mínimas em torno de 10ºC e tendo em atenção a
precipitação acumulada desde o dia 8 de Abril previu-se o aparecimento de
infecções primárias entre 23 e 25 de Abril. Atendendo à previsão de
instabilidade meteorológica em torno dessa data, emitiu-se o aviso nº8/08 para
o míldio, recomendando a aplicação de um produto sistémico antes da data
prevista para o aparecimento de manchas. Anexa a esta circular foi remetida
uma lista de produtos homologados para o míldio da videira classificados de
11
acordo com o seu modo de acção e foi enviado um SMS. Com a continuação
de precipitação, esta recomendação foi renovada pelo aviso nº9/08 de 24 de
Abril, desta feita fazendo referência ao aparecimento de manchas por volta do
dia 1 de Maio. Este aviso foi reforçado pelo envio de um SMS a 29 de Abril
aconselhando a aplicação de um produto com acção curativa, este SMS foi
justificado pela sucessão de feriados e fim-de-semana que atrasaria a entrega
do correio. As primeiras manchas de míldio foram detectadas no posto de Foz
de Arouce apenas após o dia 1 de Maio. Tendo em consideração a fase de
forte susceptibilidade da videira, a previsão de precipitação e a existência de
manchas foi enviada a circular nº11/08 de 12 de Maio aconselhando a manter a
vinha protegida. A circular nº12/08 de 20 de Maio surge em função da
precipitação sentida, sendo o tratamento posicionado em função da previsão
de aparecimento de novas manchas a partir do dia 28 de Maio. Considerando a
presença da doença na natureza, assim como a fase fenológica (início de
floração) foi recomendado um produto de carácter sistémico e com acção
curativa. A circular seguinte nº13/08 de 29 de Maio, tendo em conta o
prolongada duração da precipitação e a possibilidade da sua continuação,
voltava a abordar o míldio recomendando o tratamento a quem não tivesse
seguido a circular anterior e aconselhando a manter a vinha protegida assim
que terminasse a persistência do último tratamento. A circular nº14/08 de 11 de
Junho foi emitida tendo em conta as previsões meteorológicas de precipitação
e a presença de inoculo na natureza. A circular nº16/08 (14 de Julho) volta a
aconselhar o tratamento para míldio (recomendação de produtos contendo
cobre) tendo em conta a previsão de aparecimento de manchas para o dia 17
em função de chuva ocorrida no dia 11 de Julho. Esta circular foi precedida de
um SMS enviado no dia 11 de Julho por causa da precipitação que se fez sentir
ao fim da tarde e da possibilidade da sua continuação pela noite dentro. A 25
de Julho oorreu alguma precipitação que se prolongou pelo dia 26 levando ao
envio de umSMS recomendando tratamento com produto à base de cobre em
vinhas qe apresentassem manchas. Este SMS foi secundado pela circular
nº17/08 de 28 de Julho recomendando o tratamento imediato com produto
cúprico.
12
Escoriose (Phomopsis viticola Sacc.)
Em 2008 foram emitidos dois Avisos para a escoriose. No dia 24 de Janeiro
foram emitidas recomendações a fim de evitar a progressão da doença.
À semelhança dos anos anteriores foi emitido um segundo aviso, dia 5 de
Março, onde foram descritas duas estratégicas que os viticultores poderiam
adoptar para controlar a doença:
1ª. Efectuar duas aplicações:
1ª Aplicação com 30 - 40 % dos gomos no estado fenológico D (saída das
folhas)
2ª Aplicação com 40% dos gomos no estado fenológico E (folhas livres)
Recomendava-se a utilização com uma das seguintes substâncias
activas: azoxistrobina, azoxistrobina+folpete, enxofre, folpete,
mancozebe, metirame, propinebe, fosetil de alumínio + mancozebe e
fosetil de alumínio + folpete.
2ª. Efectuar uma aplicação:
Efectuar uma única aplicação no estado fenológico D (saída das folhas),
utilizando a mistura do fungicida sistémico fosetil de alumínio com
folpete.
Oídio (Uncinula necator (Schw.) Burr.)
O primeiro aviso para o oídio foi emitido com a circular nº7/08 do dia 8 de Abril
quando a maioria das vinhas se encontravam no estado fenológico E - Folhas
livres e F – Cachos visíveis. Foi recomendada a utilização de enxofre em pó,
embora tenha sido enviada juntamente com a circular a listagem de
substâncias activas homologadas para aquela doença e para aquela cultura.
A 12 de Maio, como as vinhas se encontravam próximo da floração foi
recomendado novo tratamento na Circular nº 11/08 emitida a 21 de Maio,
apelando de novo ao uso de enxofre em pó. Esta recomendação foi renovada
na floração alimpa pela circular14/08 de 11 de Junho.
13
Com a humidade matinal típica de Julho na região e a existência de alguns
focos de oídio foi enviada nova recomendação para esta doença através da
circular nº15/08, emitida a 7 de Julho
No estado fenológico fecho do cacho/pintor foi emitida uma nova
recomendação (Circular nº 17 de 28 de Julho), dada a existência de condições
favoráveis e de se manterem alguns focos da doença.
Podridão Cinzenta (Botrytis cinerea Pers.)
No dia 11 de Junho foi emitida no aviso 14/08 a recomendação de tratamento à
floração/alimpa, pois já eram visíveis sintomas da doença em algumas vinhas
da região e as condições meteorológicas encontravam-se propicias ao seu
desenvolvimento. A renovação do tratamento foi indicada ao fecho do
cacho/pintor pelo aviso nº 17 emitido no dia 28 de Julho pela sensibilidade da
fase, pela presença de doença e por o tempo se encontrar chuvoso.
No dia 23 de Agosto foi emitida nova recomendação pois estava prevista a
ocorrência de tempo instável.
Traças da uva
Eudemis (Lobesia botrana Den & Schiff)
Cochilis (Eupoecilia ambiguella Hb.)
No início do mês de Março, foram colocadas armadilhas sexuais para as traças
da uva (Eudémis e Cochilis), nos postos biológicos. As armadilhas sexuais para
a Cochilis foram colocadas nos PPOB de S. Paio e de Viseu.
Como se pode observar no gráfico seguinte a Eudémis teve três gerações bem
definidas. À semelhança dos anos anteriores foi no posto de Lobão da Beira
que se verificou o maior número de capturas.
14
Curva de vôo de Eudemis
020406080
100120140160180200
13-0
3-20
08
27-0
3-20
08
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08
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4-20
08
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08
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5-20
08
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8-20
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08
25-0
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08
09-1
0-20
08
Datas das observações
Nº
de e
xem
plar
es c
aptu
rado
s
Viseu S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea
Fig. 2 - Curva de voo da Eudemis
Os adultos de Cochilis interceptados foram em menor quantidade quando em
comparação com as capturas de Eudemis.
Curva de vôo de Cochilis
0
1
2
3
4
5
6
7
8
13-0
3-20
08
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5-20
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08
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08
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08
25-0
9-20
08
09-1
0-20
08
Datas das observações
Nº d
e ex
empl
ares
cap
tura
dos
Viseu S.Paio
Fig. 3 - Curva de voo da Cochilis
15
No dia 17 de Março, em função das primeiras capturas de traça foi dada a
indicação para a colocação dos difusores da confusão sexual, divulgada pelo
aviso 04/08.
Cigarrinha Verde (Empoasca vitis Gothe)
O voo da cigarrinha verde foi acompanhado com o auxílio de placas
cromotrópicas amarelas instaladas em todos os postos. Registou-se um
aumento de capturas durante os meses de Junho e Julho.
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
13-M
ar
27-M
ar
10-A
br
23-A
br7-M
ai
21-M
ai3-
Jun
18-Ju
n2-J
ul
16-Ju
l
31-Ju
l
13-A
go
27-A
go
11-S
et
24-S
et7-O
ut
Datas das observações
Nº d
e ex
empl
ares
cap
tura
dos
Viseu S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea
Fig. 4 - Curva de voo da cigarrinha verde
Foram realizadas observações semanais em 100 folhas de videira da casta
Tinta Roriz nos vários PPOB. No dia 17 de Julho foram contabilizadas 56 ninfas
em 100 folhas no POB de S. Paio e no dia 21 de Julho 167 ninfas em 100
folhas no POB de Lobão.
Tendo em conta esta situação e o facto de as condições se encontrarem
favoráveis ao desenvolvimento da praga, foi recomendado, pelo aviso nº 17/08
emitido no dia 28 de Julho de 2008, a vigilância das vinhas e tratamento caso
fossem observadas mais de 50 ninfas em 100 folhas.
16
Quadro 4 - Circulares de Aviso emitidas em 2008 para a cultura da vinha
Nº 1
24 de Janeiro
Nº 2
28 de Fevereiro
Nº 3
5 de Março
Nº 4
17 de Março
Nº5
26 de Março
Nº 6
3 de Abril
Nº 7
8 de Abril
Nº 8
15 de Abril
Nº 9
28 de Abril
Nº 10
5 de Maio
Nº 11
12 de Maio
Nº 12
20 de Maio
Nº 13
29 de Maio
Nº 14
11 de Junho
Nº 15
7 de Julho
Nº 16
14 de Julho
Nº 17
28 de Julho
Nº18
11 de Agosto
Nº 19
29 de Agosto
Nº 20
8 de Setembro
Nº 21
7 de Outubro
Cigarrinha verdeEscoriose Traça da
UvaCirculares emitidas Míldio Oídio Podridão
Cinzenta
17
3.2 Macieira
Estados fenológicos
Quadro 5 – Evolução fenológica da cultura da macieira
Lobão da Beira Várzea S. Paio Viseu Foz de Arouce Estados Fenológico
s Gold. Stark. Gold. Stark. Gold. Stark. Gold. Stark. Gold. Stark.
A 25/2 25/2 25/2 25/2 25/2 25/2
B 25/2 25/2 3/3 3/3 28/2 25/2 25/2
C 19/3 13/3 13/3 13/3 13/3 13/3 6/3 3/3 13/3 13/3
D 27/3 19/3 17/3 17/3 27/3 27/3 19/3 6/3 19/3 19/3
E 19/3 24/3 24/3 24/3 24/3
E2 2/4 2/4 2/4 2/4 2/4
F1 27/3 3/4 3/4 27/3 27/3
F2
G 21/4 10/4 10/4 10/4 10/4 7/4 7/4
H 21/4 21/4 17/4 17/4
I 29/4 21/4 21/4 5/5 5/5 21/4 23/4 23/4
J 20/5 20/5 20/5 20/5 20/5 20/5 20/5 20/5 21/5 21/5
18
Pedrado (Venturia ineaqualis Cke.)
Foram colhidas, a partir de 14 de Fevereiro, folhas de macieira dos vários
PPOB e em laboratório retiradas as pseudotecas para posterior observação na
lupa binocular. A aplicação desta metodologia tem como principal objectivo
acompanhar a evolução da maturação das pseudotecas e a consequente
viabilidade de infecção.
Semanalmente, a partir do dia 14 de Fevereiro iniciou-se a observação de
pseudotecas oriundas de todos os PPOB verificando-se que se encontravam
atrasadas (pequenas, sem ascos formados, de difícil remoção). Esta situação
manteve-se até 29 de Fevereiro em que nos PPOB de Foz de Arouce e
Tondela já eram visíveis ascos e ascósporos bem definidos e alguns já se
encontravam maduros. Houve uma regressão nesta situação só voltando a ser
encontradas pseudotecas maduras a partir do dia 14 de Março, em
praticamente todos os PPOB.
No posto de Viseu, foram monitorizadas as projecções dos ascósporos através
da colocação de duas lâminas com vaselina sob uma rede com folhas de
macieira do ano transacto colocadas no solo. As lâminas foram observadas ao
microscópio sempre que ocorreu precipitação permitindo determinar a
quantidade de ascósporos projectados e a viabilidade de infecções por
ascósporos.
Este acompanhamento permitiu-nos concluir que se verificou um maior número
de projecções de meados a final de Abril, conforme se depreende da análise da
Fig. 5.
19
0
10
20
30
40
50
60
70
21-Fev
28-Fev
10-Mar
14-Mar
20-Mar
24-Mar
10-Abr
18-Abr
20-Abr
14-Mai
15-Mai
28-Mai
03-Jun
16-Jun
Pre
cipi
taçã
o
0
100
200
300
400
500
600
Nº
de a
scós
poro
s
Precipitação Projectados
Fig. 5 – Precipitação acumulada e projecções registadas
Sendo o pedrado a doença mais problemática para os pomares da região e
devido à complexidade no seu controlo, foi necessário emitir 15 Circulares de
Aviso e 6 SMS durante a presente campanha.
A primeira circular foi emitida no dia 5 de Março, pois segundo as observações
fenológicas, a maioria dos pomares da região já se encontravam próximo do
estado sensível C3-D e a previsão era de tempo instável. Juntamente com a
Circular foi enviada uma lista com os produtos homologados para o pedrado
das pomóideas. Este aviso (03/08) foi reforçado por um SMS enviado a9 de
Março.
No dia 17 de Março foi emitido um SMS e enviada nova circular (04/08)a
aconselhar a realização de um tratamento recomendando o uso de um
preventivo para os pomares desprotegidos há 24 horas ou de um curativo para
os pomares desprotegidos há mais tempo.
Devido à previsão de instabilidade do tempo, enviou-se novo SMS a 26 de
Março, acompanhado da circular nº 5/08 e renovou-se a indicação com a
circular n.º 6/08 emitidas nos dias 26 de Março e 3 de Abril, respectivamente.
No dia 8 de Abril foi veiculada nova informação (circular 07/08), tendo o SMS
sido enviado no dia seguinte pois a precipitação ocorrida provocou a lavagem
de produto. Com a continuação de tempo instável foi emitido novo aviso
(circular 08/08) a 15 de Abril, renovado a pela circular 09/08 de 28 de Abril. A
circular 10/08 de 5 de Maio, prevendo instabilidade e forte humidade
20
aconselhou renovação do tratamento, tendo reforçado, pelas mesmas razões o
aconselhamento com a s circulares 11/08, 12/08 e 13/08 de 12, 20 e 29 de
Maio. A 11 de Junho perante a previsão de instabilidade meteorológica foi
emitida a circular nº 14/08.
No dia 11 de Julho, perante a ocorrência de alguma precipitação foi enviado
um SMS, reforçado pelo envio da circular 16/08 a 14 de Julho. Devido à
precipitação sentida até 25 de Julho foi necessário emitir um SMS nesta data a
que se seguiu a recomendação da circular nº 17/08 de 28 de Julho pois as
chuvas provocaram novas infecções e o aparecimento de manchas.
Devido à previsão de instabilidade meteorológica em meados de Agosto foi
enviada a circular 18/08 de 11 de Agosto. Esta foi a última circular a contemplar
tratamentos para pedrado no decurso de 2008.
Bichado (Cydia pomonella L.)
As armadilhas sexuais para o bichado foram colocadas nos PPOB na primeira
semana de Março, mas o voo só teve início no dia 17 de Março no posto de
Várzea. No posto de Tondela o vôo teve início a 7 de Abril, em Foz de Arouce a
17 de Abril e em S. Paio no dia 2 de Maio. O posto de Viseu não registou
nenhuma captura pelo facto de se tratar de um pomar que se encontra sujeito
ao método da confusão sexual.
Como pode ser observado na figura seguinte é difícil diferenciar as gerações
de bichado, pois as capturas foram contínuas ao longo do ano.
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08
Viseu S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea
Fig. 6 – Curva de voo do bichado da fruta
21
No dia 17 de Março a Estação de Avisos do Dão alertou para a necessidade de
instalação dos difusores para o método da confusão sexual, visto terem sido
interceptados os primeiros adultos nos PPOB localizados a sul de Viseu.
No dia 5 de Maio foi emitido um aviso a recomendar um produto de acção
ovicida-larvicida, visto terem sido detectadas as primeiras posturas no posto de
Foz de Arouce. Este aviso foi acompanhado pela emissão de um SMS. A 12 de
Maio em função de já ter sido atingido o somatório de temperaturas e de se
prever o aparecimento de perfurações nos dias subsequentes foi emitido um
novo aviso a recomendar a aplicação de produtos de acção larvicida. No dia 7
de Julho, ao ter início a segunda geração foi dada nova indicação renovada no
aviso de 28 do mesmo mês, uma vez que se continuavam a observar
perfurações. A circular nº18/08 de 11 de Agosto aconselhava a continuar a
manter o pomar protegido.
Lagartas mineiras (Phyllonorycter blancardella F. e Leucoptera
malifoliella Costa)
A Estação de Avisos do Dão acompanha as duas espécies de lagartas
mineiras mais importantes para a região, a mineira pontuada (Phyllonorycter
blancardella F.) e circular (Leucoptera malifoliella Costa).
À semelhança de anos anteriores a lagarta mineira pontuada inicia sempre o
voo mais cedo. Este teve início no final do mês de Fevereiro em todos os
postos.
Conforme se pode observar na figura seguinte o voo da lagarta mineira
pontuada é intenso com capturas semanais muito elevadas. No posto da
Várzea as capturas foram superiores aos restantes postos. Apesar da
população de adultos ser muito elevada os estragos provocados por esta
espécie não são representativos, na cultura em causa.
22
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0
200
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0-08
23-1
0-08
Viseu S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea
Fig. 7 - Curva de voo da lagarta mineira pontuada
As primeiras capturas de adultos de lagarta mineira circular só foram registadas
no dia 1 de Abril no posto de Viseu.
020406080
100120140160180
13-0
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0-20
08
Viseu S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea
Fig. 8 - Curva de voo da lagarta mineira circular
Cochonilha de São José (Quadraspidiotus perniciosus Comstock)
O primeiro tratamento, para formas hibernantes desta praga, foi recomendado
na circular emitida a 28 de Fevereiro. O produto aconselhado foi o óleo de
Verão a 4%, a alto volume e pressão, de forma a molhar bem as árvores. De
23
forma a aumentar a sua eficácia foi recomendado o seu posicionamento mais
próximo possível da rebentação (inchamento do gomo) e com tempo seco.
De forma a monitorizar o voo dos machos foram colocadas em Março as
armadilhas cromotrópicas brancas com feromona.
Como é possível observar na figura seguinte o voo da 3ª geração foi mais
representativo do que o voo da geração hibernante e dos machos da 1ª
geração.
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10
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30
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60
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0-20
08
S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea
Fig. 9 – Curva de voo dos machos da cochonilha de S. José
Emergência das ninfas móveis
De modo a determinar o início da eclosão das primeiras larvas móveis foram
colocadas 8 cintas adesivas bifacetadas em cada posto. A observação das
cintas foi realizada semanalmente desde meados de Abril até Outubro. No ano
de 2008, em consequência dos resultados obtidos em 2007 não se colheram
dados neste POB. Deste modo apenas serão referidos os dados obtidos nos
postos de Foz de Arouce, S. Paio, Tondela e Várzea.
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20-0
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9-20
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9-20
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24-0
9-20
08
01-1
0-20
08
S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea
Fig. 10 – Ninfas interceptadas nos diferentes POB´s
Tendo em conta os resultados apresentados a Estação de Aviso do Dão emitiu
um aviso no dia 12 de Maio pois já tinha sido detectada e eclosão de ninfas no
POB de Foz de Arouce. No dia 28 de Julho foi emitido um novo aviso pois
assistimos a um aumento do número de ninfas interceptadas e o somatório
estipulado para o início 2ª geração já tinha sido atingido.
Aranhiço vermelho (Panonychus ulmi Koch)
Para determinar o início das primeiras eclosões dos ovos de Inverno
colocaram-se, nos diferentes postos biológicos, duas tabuinhas de eclosão,
com dois fragmentos cada, ocupados com ovos de Inverno de aranhiço
vermelho com vaselina em toda a volta para impedir a fuga das larvas
acabadas de eclodir.
O início da eclosão verificou-se por volta do dia 19 de Fevereiro nos PPOBB de
Viseu e S. Paio. No aviso nº 2/08 de 28 de Fevereiro faz-se referência a este
início de eclosão, aconselhando-se a utilização de óleo de Verão a 4% a alto
volume e alta pressão de forma a molhar bem as árvores, o mais próximo
possível da rebentação (Inchamento do gomo).
No dia 15 de Abril foi emitido um Aviso a aconselhar o agricultor a fazer uma
observação no seu pomar pois já se tínha verificado a máxima eclosão do
aranhiço vermelho em todos os postos.
25
A 7 de Julho, foi detectada a presença de aranhiço vermelho em alguns
pomares e aconselhou-se nova observação em 100 folhas e caso se
verificasse a existência de 50-75% de folhas ocupadas deveria ser realizado
um tratamento.
020406080
100120140160
13-03
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20-03
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27-03
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03-04
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10-04
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22-05
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03-07
-08
10-07
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17-07
-08
24-07
-08
Viseu S. Paio Tondela Foz Arouce Várzea
Fig. 11 - Curvas de eclosão de ácaros nos postos biológicos
Piolhos Verde (Aphis pomi Pass.) e Cinzento (Dysaphis plantaginea
Fonsc.)
O primeiro tratamento para formas hibernantes desta praga foi emitido a 28 de
Fevereiro. O tratamento deveria ser posicionado, o mais próximo possível da
rebentação (Inchamento do gomo), com óleo de Verão a 4%, a alto volume e
alta pressão, de forma a molhar bem as árvores.
Visto ter sido observado em alguns pomares a presença de piolho verde e
cinzento foi aconselhado, no aviso emitido no dia 15 de Abril, a observação de
100 rebentos. Deveria ser realizado um tratamento caso se obtivesse a
seguinte percentagem de ocupação:
Piolho verde – 15% de rebentos infestados
Piolho cinzento – 2 a 5% de rebentos infestados
A 28 de Abril aconselhou-se a renovação do tratamento para esta praga
No mês de Julho verificou-se um aumento do ataque de piolho verde e cinzento
nos PPOB e deste modo foi emitida nova informação no dia 7 desse mês.
26
Mosca da fruta (Ceratitis capitata Wied.)
Para monitorizar o voo da mosca da fruta foi utilizada a garrafa mosqueira com
trimedlure e fosfato de amónio a 5%.
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50
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150
200
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9-08
30-0
9-08
07-1
0-08
14-1
0-08
21-1
0-08
28-1
0-08
04-1
1-08
11-1
1-08
18-1
1-08
25-1
1-08
Viseu S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea
Fig. 12 – Capturas de adultos de mosca da fruta na garrafa mosqueira
Foi emitido um aviso para esta praga no dia 11 de Agosto, em função de terem
sido observados frutos picados. A 19 de Agosto foi emitido um novo aviso para
este inimigo, por se estarem a detectar bastantes frutos atacados à colheita.
Renovou-se o aconselhamento através do aviso nº 20/08 de 8 de Setembro,
devido à pressão da praga.
Como se pode verificar nos gráficos anteriores registou-se apenas a presença
de um elevado número de adultos a partir de Outubro até finais de Novembro.
Os ataques severos da praga verificaram-se na fruta caída nos pomares ou nas
variedades regionais mais tardias.
27
Sésia
No pomar da Estação Agrária de Viseu foi colocada uma armadilha para
monitorizar o voo dos adultos de sésia. O pico do voo registou-se no dia 4 de
Julho com 31 capturas.
28
Quadro 6 - Circulares de Aviso emitidas em 2007 para a cultura da macieira
Nº 1
24 de Janeiro
Nº 2
28 de Fevereiro
Nº 3
5 de Março
Nº 4
17 de Março
Nº5
26 de Março
Nº 6
3 de Abril
Nº 7
8 de Abril
Nº 8
15 de Abril
Nº 9
28 de Abril
Nº 10
5 de Maio
Nº 11
12 de Maio
Nº 12
20 de Maio
Nº 13
29 de Maio
Nº 14
11 de Junho
Nº 15
7 de Julho
Nº 16
14 de Julho
Nº 17
28 de Julho
Nº18
11 de Agosto
Nº 19
29 de Agosto
Nº 20
8 de Setembro
Nº 21
7 de Outubro
AranhiçoCirculares emitidas Pedrado Cancro Bichado
Cochonilha de S. José
Afídeos Mosca da Fruta
29
3.3 Olival
Estados fenológicos
Quadro 7 – Evolução fenológica da cultura do olival
Estados Fenológicos Tondela S. Paio Viseu Várzea Foz de
Arouce Penalva Nelas
A
A/B
B 3/3 5/3 5/3 3/3 3/3 3/3 5/3
C 2/4 3/4 11/4 10/4 2/4 2/4 11/4
D 29/4 7/5 2/5 29/4 21/4 29/4 29/4
D/E 20/5 20/5 21/5 20/5
E 30/5 2/6 12/5
F 21/5 21/5
F1 29/5 6/6 9/6 3/6 29/5 29/5 29/5
G 18/6 19/6 23/6 12/6 6/6 18/6 12/6
H 6/8 13/8 11/8 6/8 20/7 6/8 31/7
I 20/8 21/8 20/8 20/8 5/8 20/8 20/8
J 27/10 17/10 17/10 20/10 15/10 27/10 17/10
30
Traça da Oliveira (Prays olea Bernard)
Esta praga teve três gerações anuais distintas. A 2ª e a 3ª geração foram muito
intensas como se pode observar no gráfico seguinte.
-200
20406080
100120140160
13-0
3-08
27-0
3-08
10-0
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24-0
4-08
08-0
5-08
22-0
5-08
05-0
6-08
19-0
6-08
03-0
7-08
17-0
7-08
31-0
7-08
14-0
8-08
28-0
8-08
11-0
9-08
25-0
9-08
09-1
0-08
23-1
0-08
06-1
1-08
20-1
1-08
Viseu S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea Penalva Nelas
Fig. 13 – Curva de voo dos machos da traça da oliveira
No posto de observação biológica de Viseu foram realizadas observações
semanais nas diferentes variedades para as diferentes gerações da traça da
oliveira.
Para a 1ª geração, ou geração filófaga, observaram-se 100 rebentos, 2 por
árvore em 50 árvores. Foi registado o nº de galerias, rebentos roídos, larvas
vivas e mortas e ovos.
Para a 2ª geração, denominada por geração antófaga, observaram-se 100
inflorescências, 2 inflorescências por árvore em 100 árvores. Foram
contabilizados o número de ninhos, ovos e número de larvas vivas. O número
de ninhos observados foi aumentando e atingiu o máximo no dia 23 de Junho.
O nível económico de ataque é 5 - 11% de inflorescências atacadas com
formas vivas. Embora se tivesse atingido o NEA não foi enviado nenhum aviso
pois os olivais encontravam-se em plena floração e esta era abundante. O
ataque de traça funciona como monda de flores, não se reflectindo na
produção final, como se veio a verificar.
As primeiras posturas de traça foram no dia 7 de Julho e deste modo foi
emitido um aviso no próprio dia. Nas Fig. 14 e Fig. 15 é evidenciada a evolução
das 1ª e 2ª gerações de traça nos PPOB de Penalva do Castelo e S. Paio.
31
0
5
10
15
20
2530
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50
gale
rias
Larv
as v
ivas
gale
rias
Larv
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ivas
gale
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Larv
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Larv
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gale
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Larv
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ivas
gale
rias
Larv
as v
ivas
03-Mar 13-Mar 03-Abr 14-Abr 22-Abr 02-Mai 06-Mai
S.Paio Penalva
Fig. 14 – Evolução da 1ª geração de traça nos olivais dos PPOB de Penalva do Castelo e S. Paio.
0
1
2
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4
5
6
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os
larv
as v
ivas
ovos
ninh
os
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as v
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os
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ovos
ninh
os
larv
as v
ivas
ovos
ninh
os
larv
as v
ivas
ovos
09-Mai 15-Mai 21-Mai 02-Jun 09-Jun 23-Jun 30-Jun 02-Jul
S.Paio Penalva
Fig. 15 – Evolução da 2ª geração de traça nos olivais dos PPOB de Penalva do Castelo e S. Paio.
32
Evolução do ataque de traça da oliveira no olival varietal e biológico da Estação
Agrária de Viseu
Nos gráficos seguintes estão representados os dados das observações
efectuadas no olival varietal da Estação Agrária de Viseu. Na 1ª geração foi
contabilizado o número de galerias, de larvas vivas e de rebentos roídos. As
variedades Galega e Picual foram aquelas que apresentaram um ataque mais
elevada, seguindo-se a Cobrançosa e a Picual.
0
5
10
15
20
25
30
35
gale
rias
Larv
asvi
vas
Reb
ento
sro
ídos
gale
rias
Larv
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Larv
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ídos
gale
rias
Larv
asvi
vas
Reb
ento
sro
ídos
03-Mar 13-Mar 14-Abr 22-Abr 02-Mai 06-Mai
Arbequina Azeiteira Cobrançosa Cornzuelo Galega Maçanilha Picoal Redondil Verdeal
Fig. 16 - Evolução da 1ª geração da traça da oliveira no olival varietal
Os ataques da 2ª geração foram mais evidentes nas variedades Arbequina e
Azeiteira, onde o nº de ninhos chegou a atingir os 42 e 45 respectivamente.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
ninhos larvasvivas
ovos ninhos larvasvivas
ovos ninhos larvasvivas
ovos ninhos larvasvivas
ovos ninhos larvasvivas
ovos ninhos larvasvivas
ovos
15-Mai 21-Mai 02-Jun 09-Jun 23-Jun 30-Jun
Arbequina Azeiteira Cobrançosa Cornzuelo Galega Maçanilha Picoal Redondil Verdeal
Fig. 17 - Evolução da 2ª geração da traça da oliveira no olival varietal
33
À semelhança do olival varietal, também foi no olival biológico onde se verificou
o ataque mais significativo na variedade Galega e Picual.
0
2
4
6
8
10
12ga
leria
s
Larv
asvi
vas
gale
rias
Larv
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vas
gale
rias
Larv
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vas
gale
rias
Larv
asvi
vas
gale
rias
Larv
asvi
vas
gale
rias
Larv
asvi
vas
03-Mar 13-Mar 14-Abr 22-Abr 02-Mai 06-Mai
Galega Picoal
Fig. 18 - Evolução da 1ª geração da traça da oliveira no olival biológico
As variedades que apresentaram um maior número de ninhos foram as
variedades Galega e Picual. Neste olival começaram a ser visualizados botões
florais perfurados no dia 1 de Junho e pupas no dia 13 de Junho.
34
0
1
2
3
4
5
6
7
ninh
os
larv
as v
ivas
ovos
ninh
os
larv
as v
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ovos
ninh
os
larv
as v
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larv
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ovos
ninh
os
larv
as v
ivas
ovos
ninh
os
larv
as v
ivas
ovos
15-Mai 21-Mai 02-Jun 09-Jun 23-Jun 30-Jun
Galega Picoal
Fig. 19 - Evolução da 2ª geração da traça da oliveira no olival biológica
No dia 23 de Junho foram observadas as primeiras posturas da traça oliveira
em ambos os olivais. As primeiras perfurações (orifícios de entrada) apenas
foram observadas 1 mês depois, no dia 23 Julho. Os orifícios de saída foram
observados no dia 5 de Setembro.
Mosca da azeitona (Dacus olea Gmelin)
Foi realizada, em todos os postos biológicos, a contagem da totalidade de
moscas capturadas na placa cromotrópica amarela com feromona.
As capturas da mosca da azeitona iniciaram-se na segunda semana de Julho
em todos os PPOB, com excepção do de Nelas que só veio a obter capturas na
primeira semana de Agosto.
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-5
0
5
10
15
20
25
30
35
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45
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20-0
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12-1
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19-1
1-08
26-1
1-08
Viseu S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea Penalva Nelas
Fig. 20 – Curva de voo da mosca da azeitona
Em meados do mês de Agosto foi atingido o nível económico de ataque, 8 a
12% de frutos com formas vivas, nos postos de Penalva do Castelo e S. Paio,
com 17% e 10% de frutos com formas vivas, respectivamente. No dia 23 de
Agosto foi emitido um aviso a recomendar tratamento.
Como as condições meteorológicas decorriam favoráveis ao desenvolvimento
da para foi emitido um novo aviso no dia 17 de Setembro.
No dia 9 de Outubro atingimos novamente o NEA (Penalva do Castelo e S.
Paio com 18% de frutos com formas vivas). Como a situação se manteve foi
emitido um novo aviso no dia 17 de Outubro.
De seguida estão representados os dados obtidos nos postos de S. Paio e
Penalva do Castelo Os dados do olival varietal de Viseu encontram-se
discriminados na Fig. 23.
36
0
5
10
15
20
25
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1-Ago
8-Ago
15-A
go
22-A
go
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go5-S
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12-S
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19-S
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26-S
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10-O
ut
17-O
ut
24-O
ut
31-O
ut7-N
ov
14-N
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21-N
ov
28-N
ov
S. Paio Penalva Nelas
Fig. 21 - Nº de galerias com lagarta viva
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2
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12-09
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19-09
-08
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-08
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-08
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-08
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-08
07-11
-08
14-11
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21-11
-08
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S. Paio Penalva Nelas
Fig. 22 - Nº ovos
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0
2
4
6
8
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Laga
rtas
viva
s
ovos
Laga
rtas
viva
s
ovos
Laga
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viva
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s
ovos
Laga
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viva
s
ovos
Laga
rtas
viva
s
ovos
Laga
rtas
viva
s
ovos
08-Ago 18-Ago 28-Ago 02-Set 10-Set 19-Set 24-Set 02-Out 07-Out 30-Out
Arbequina Azeiteira Cobrançosa Cornzuelo GalegaMaçanilha Picoal Redondil Verdeal
Fig. 23- Evolução do ataque de mosca no olival multivarietal da EAV
Traça verde (Margaronia unionalis Hubn.) e Euzophera pinguins Haw.
O ataque da 1ª geração de Traça verde foi detectado nas
variedadesArbequina, Picoal e Redondila no dia 3 de Março, com 2,6 e 3
rebentos com folhas roídas respectivamente. Omáximo de rebentos roídos foi
detectado na variedade azeiteira no dia 22 de Abril, sendo o nº de 22 rebentos
com folhas roídas. No olival sujeito ao Modo de Produção Biológica, registou-se
a presença de 1 rebento com folhas roídas na variedade Galega, logo a 3 de
Março, tendo o valor máximo de rebentos sido de 11 na variedade Picoal a 13
de Março e a 2 de Maio.
A armadilha para captura de E. pinguins foi colocada apenas no olival
multivarietal da Estação Agrária de Viseu Ana 1ª semana de Março, tendo as
primeiras capturas ocorrido a 7 de Abril. Pela observação da curva de voo da
Euzophera pinguins é possível verificar a existência de dois picos de capturas,
no dia 19 de Junho e 5 de Setembro.
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0
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4
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8-20
08
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9-20
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0-20
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1-20
08
20-1
1-20
08
Fig. 24 – Curva de voo da Euzophera sp.
Olho de Pavão (Spilocea oleagina Cast.) e Gafa (Colletotrichum spp.)
No dia 28 de Fevereiro, foi emitido um aviso a aconselhar um tratamento para o
Olho Pavão, com um produto à base de cobre, pois os olivais encontravam-se
no estado fenológico B – início vegetativo. Este tratamento teria de ser
renovado sempre que ocorressem chuvas até ao aparecimento dos botões
florais. No mês de Junho foi emitido um aviso para a doença, devido ao facto
de haver inoculo resultante de infecções anteriores e porque as condições se
encontrarem favoráveis ao seu desenvolvimento.
Em 2008 foram emitidos três avisos para a gafa nas seguintes datas: 11 de
Agosto, 8 de Setembro e 7 de Outubro.
O quadro seguinte resume os avisos emitidos no ano de 2007 para as pragas e
doenças do olival.
Quadro 8 - Circulares de Aviso emitidas em 2007 para a cultura do olival
39
N º 1
2 4 d e J a n e i r o
N º 2
2 8 d e F e v e r e i r o
N º 3
5 d e M a r ç o
N º 4
1 7 d e M a r ç o
N º 5
2 6 d e M a r ç o
N º 6
3 d e A b r i l
N º 7
8 d e A b r i l
N º 8
1 5 d e A b r i l
N º 9
2 8 d e A b r i l
N º 1 0
5 d e M a io
N º 1 1
1 2 d e M a io
N º 1 2
2 0 d e M a io
N º 1 3
2 9 d e M a io
N º 1 4
1 1 d e J u n h o
N º 1 5
7 d e J u lh o
N º 1 6
1 4 d e J u lh o
N º 1 7
2 8 d e J u lh o
N º 1 8
1 1 d e A g o s t o
N º 1 9
2 9 d e A g o s t o
N º 2 0
8 d e S e t e m b r o
N º 2 1
7 d e O u t u b r o
C ir c u la r e s e m i t id a s
O lh o d e P a v ã o G a fa T r a ç a d a
O l i v e i r aM o s c a d a A z e i t o n a
40
3.4 Outras culturasPessegueiro
Lepra (Taphrina deformans)
A informação para a realização de tratamentos contra a lepra do pessegueiro
foi enviada no dia 24 de Janeiro aconselhando-se um tratamento, após a poda
e próximo do abrolhamento, com um produto à base de cobre. Este aviso
continha ainda um esquema do estado fenológico.
No aviso nº 02/08 de 28 de Fevereiro , voltou a ser recomendado um
tratamento contra esta doença, havendo indicação para a utilização das
substâncias activas: dodina, enxofre, metirame, tirame e zirame. Estes
tratamentos deviam ser repetidos sempre que ocorressem condições climáticas
favoráveis à doença, pelo menos até ao vingamento do fruto.
Peo aviso nº 04/08 de 17 de Março foi feita nova recomendação, uma vez que
as condições de pluviosidade continuavam a favorecer a ocorrência desta
doença. O aviso 05/08 de 26 de Março, tendo em conta a precipitação e tempo
frio verificados voltou a aconselhar o tratamento para esta doença, tendo sido
renovado pelo aviso nº 06/08 de 3 de Abril.
Mosca da fruta (Ceratitis capitata)
Através do aviso nº 17/08 foi feita uma recomendação para tratamento contra
esta praga nas variedades tardias. Houve renovação desta recomendação,
para variedades tardias, através da circular nº 19/08 que generalizava um
tratamento para esta praga em todas as fruteiras, abrangendo naturalmente as
variedades mais tardias de pessegueiro.