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DINÂMICA DOS SERVIÇOS EM MINAS GERAIS: ANALISE DIFERENCIAL-ESTRUTURAL PARA OS PRINCIPAIS MUNICÍPIOS 2003/2007 Suzana Quinet de Andrade Bastos; Fernando Salgueiro Perobelli; Claudiane de Oliveira Fernandes Mestrado Economia Aplicada/UFJF; Mestrado Economia Aplicada/UFJF; Faculdade de Economia/UFJF RESUMO Coube a este trabalho analisar o dinamismo dos subsetores de serviços dos dez municípios com maior Valor Adicionado em Minas Gerais. Utilizando o método Diferencial-Estrutural Modificado e dados de emprego da RAIS para os anos de 2003 a 2007 foi possível identificar quais subsetores possuem vantagens competitivas e/ou são especializados, permitindo classificar os subsetores como dinâmicos ou estagnados. Verificou-se que diversas atividades de serviços se mostram dinâmicas ou tendem ao dinamismo, sendo que os serviços dinâmicos e que são induzidos pelo desenvolvimento são geralmente serviços ao consumidor. Por outro lado, os serviços dinâmicos e que induzem o desenvolvimento nas principais cidades mineiras são, na sua maioria, serviços às empresas. Políticas públicas devem priorizar os serviços indutores de desenvolvimento, a fim de captar as vantagens competitivas de cada subsetor e promover o desenvolvimento dos municípios mineiros. Palavras-chaves: setor de serviços; diferencial- estrutural; Minas Gerais 1. INTRODUÇÃO A partir dos anos 1970, verificou-se um significativo crescimento dos serviços, como conseqüência do processo de reestruturação produtiva, resultado das transformações tecnológicas, que derrubaram barreiras entre indústrias e reforçaram a interdependência entre setores. Segundo Kon (1992), no final do século XX, em grande parte das economias em desenvolvimento e nas economias avançadas, cerca de 50% dos custos de produção referiam-

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DINÂMICA DOS SERVIÇOS EM MINAS GERAIS:

ANALISE DIFERENCIAL-ESTRUTURAL PARA OS PRINCIPAIS

MUNICÍPIOS 2003/2007

Suzana Quinet de Andrade Bastos; Fernando Salgueiro Perobelli; Claudiane de Oliveira

Fernandes

Mestrado Economia Aplicada/UFJF; Mestrado Economia Aplicada/UFJF;

Faculdade de Economia/UFJF

RESUMO

Coube a este trabalho analisar o dinamismo dos subsetores de serviços dos dez municípios

com maior Valor Adicionado em Minas Gerais. Utilizando o método Diferencial-Estrutural

Modificado e dados de emprego da RAIS para os anos de 2003 a 2007 foi possível identificar

quais subsetores possuem vantagens competitivas e/ou são especializados, permitindo

classificar os subsetores como dinâmicos ou estagnados. Verificou-se que diversas atividades

de serviços se mostram dinâmicas ou tendem ao dinamismo, sendo que os serviços dinâmicos

e que são induzidos pelo desenvolvimento são geralmente serviços ao consumidor. Por outro

lado, os serviços dinâmicos e que induzem o desenvolvimento nas principais cidades mineiras

são, na sua maioria, serviços às empresas. Políticas públicas devem priorizar os serviços

indutores de desenvolvimento, a fim de captar as vantagens competitivas de cada subsetor e

promover o desenvolvimento dos municípios mineiros.

Palavras-chaves: setor de serviços; diferencial- estrutural; Minas Gerais

1. INTRODUÇÃO

A partir dos anos 1970, verificou-se um significativo crescimento dos serviços, como

conseqüência do processo de reestruturação produtiva, resultado das transformações

tecnológicas, que derrubaram barreiras entre indústrias e reforçaram a interdependência entre

setores. Segundo Kon (1992), no final do século XX, em grande parte das economias em

desenvolvimento e nas economias avançadas, cerca de 50% dos custos de produção referiam-

2

se a insumos de serviços, e acima de 50% do produto gerado e do emprego eram relacionados

ao setor serviços.

No Brasil, o setor de serviços, que representa quase dois terços do emprego urbano

metropolitano e mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB), vem ocupando um espaço

importante na economia, tanto em termos de geração de renda e emprego como por diversos

de seus segmentos esta proporcionando insumos para a indústria (MELO et al, 1998).

Geralmente o desenvolvimento de um país é acompanhado do aumento de importância

econômica dos serviços. O setor de serviços, além de facilitar as transações econômicas com

os demais setores, proporcionando insumos ao setor manufatureiro, permite a expansão da

produção industrial e da agropecuária, as quais exigem um aumento das atividades de

produção e distribuição das mercadorias.

Entretanto, países com diferentes níveis de desenvolvimento e distintos patamares de renda

per capita podem ter participações no PIB dos serviços muito semelhantes. A presença de um

setor de serviços relevante pode estar associada tanto a uma economia de serviços moderna,

própria de economias em estágios avançados de desenvolvimento, como pode ser resultado de

um setor de serviços composto de atividades tradicionais, portadoras de baixos níveis de

produtividade e refúgio para mão-de-obra de baixa qualificação (MELO et al, 1998).

Dentro desse contexto, o objetivo do presente trabalho é identificar, através da análise dos

principais municípios mineiros, se o setor de serviços apresenta dinamismo em Minas Gerais

e, em caso positivo, quais são as atividades dentro do setor de serviços que contribuem para o

desenvolvimento econômico do estado.

A escolha de Minas Gerais se deve à importância deste setor na economia do estado, o qual

apresenta maior participação relativa na composição do Valor Adicionado do Estado em

relação aos demais setores (Gráfico 01).

Para captar o dinamismo do setor de serviços em Minas Gerais foram selecionados os dez

municípios com maior Valor Adicionado Corrente (VAC) do setor: Belo Horizonte, Betim,

Contagem, Uberlândia, Juiz de Fora, Uberaba, Ipatinga, Montes Claros, Governador

Valadares e Divinópolis respondem por 47,75% da participação no PIB de serviços do Estado

(tabela 01).

3

GRÁFICO 01– Participação do Valor Adicionado Setorial em Minas Gerais (1990/2004)

Fonte: IBGE – Sistemas de Contas Nacionais (2009) A análise do dinamismo do setor de serviços em Minas Gerais será realizada através da

aplicação da metodologia estrutural-diferencial. Avança-se na metodologia ao classificar os

subsetores de serviços que contribuem para o desenvolvimento em indutores e induzidos pelo

desenvolvimento econômico Utiliza-se o banco de dados da Relação Anual de Informações

Sociais (RAIS) referente ao período de 2003 a 2007.

TABELA 1 – VAC para o setor de serviços - municípios mineiros - 2006 Município VAC (em mil R$) (%) em Minas Gerais

Belo Horizonte 22.586.793 20,14 Betim 6.523.723 5,82 Contagem 6.073.432 5,41 Uberlândia 6.057.430 5,40 Juiz de Fora 3.478.598 3,10 Uberaba 2.257.817 2,01 Ipatinga 1.796.124 1,60 Montes Claros 1.764.076 1,57 Governador Valadares 1.646.095 1,47 Divinópolis 1.384.221 1,23 Total 10 maiores 53.568.309 47,75 Minas Gerais 112.175.615 100,00

Fonte: Fundação João Pinheiro (2009)

O presente trabalho será dividido da seguinte forma: além desta introdução, o tópico 2

enfatiza o papel das atividades terciárias no processo de desenvolvimento econômico. O

tópico 3 apresenta a metodologia e a base de dados. O quarto tópico descreve a análise dos

resultados e, por fim, são apresentadas as considerações finais.

2. SERVIÇOS E DINÂMICA ECONÔMICA

A característica básica da atividade de serviços é a simultaneidade entre o

fornecimento e o consumo. Esta característica conduziu a concepções diferentes sobre o

caráter produtivo ou não do setor de serviços, sobre a valoração do produto gerado e sobre o

papel da atividade terciária como influenciando direta ou indiretamente o produto e a riqueza de

4

uma economia. A discussão teórica com relação à concepção das atividades terciárias enquanto

induzida ou indutora do desenvolvimento, evoluiu historicamente de forma paralela à própria

importância dessa atividade na estrutura econômica de um país (KON, 2004).

Para os fisiocratas, o trabalho agrícola era o único produtivo, sendo a terra a fonte

exclusiva de riquezas. As atividades de manufaturas e as demais atividades eram consideradas

“estéreis”. A visão dos clássicos é fundamentada na concepção de geração de valor na

economia. Para Smith e Marx, a produção industrial se sobrepõe a toda e qualquer atividade

intangível, como é o caso dos serviços e, para Say, Mill e Walras, as diferenças de

produtividade entre as atividades econômicas (demanda) não são critérios de definição do seu

caráter produtivo (MEIRELLES, 2006).

Segundo Smith (1983), o trabalho produtivo é aquele capaz de criar uma reserva de

valor, concreta e material. Assim, embora considerados úteis à sociedade, os serviços são

classificados como improdutivos, pois são capazes apenas de pagar o salário dos

trabalhadores e incapazes de armazenar valor e alavancar novas atividades, não contribuindo

direta e ativamente na formação do produto de um país. Para Marx não é a materialidade do

produto que define se a atividade econômica é ou não produtiva, ou seja, o trabalho é

produtivo quando contribui para a formação de um excedente na economia. Assim, é a

capacidade de geração de mais-valia que define se uma atividade é ou não produtiva, seja ela

uma atividade de bens ou serviços. (MEIRELLES, 2006).

Malthus considera todo trabalho produtivo, mas em diferentes graus. O autor substitui os

termos produtivo e improdutivo por mais produtivo e menos produtivo (KON, 2004). Say

(1983) considera que o trabalho é a ação do homem sobre a natureza e sobre as máquinas para

produção de novos produtos, geradores de utilidade. Os serviços são a essência do processo

produtivo, pois é através dos serviços prestados pelos vários fatores de produção (terra,

trabalho e capital) que se criam novos produtos.

Segundo Mill para que um serviço seja considerado produtivo a utilidade gerada tem

que ser incorporada de forma permanente no estoque de riqueza do país. A concepção de

riqueza em bases materiais, também se faz presente em Walras, o qual classifica os serviços

como produtivos e improdutivos de acordo com a durabilidade do produto gerado

(MEIRELLES, 2006).

Marshall irá afirmar que a riqueza é constituída por coisas desejáveis, sejam elas materiais ou

imateriais. Para Shumpeter o processo de produção é caracterizado por diferentes

combinações de forças produtivas, constituídas de coisas parcialmente materiais, parcialmente

5

imateriais. O trabalho não seria, assim, um produto, mas um meio de se chegar a ele. Dessa

forma, qualquer serviço resultante do trabalho é produto. (KON, 1992).

A partir dos anos 30, difundiu-se a visão de Keynes, que salientou a relevância de todos os

setores na composição do produto e da renda. Para ele, qualquer atividade que faz jus a uma

recompensa monetária é considerada útil e produtiva.

Face à crescente importância dos serviços na cadeia de relações interindustriais, no emprego e

nas transações econômicas, seja como atividade principal ou acessória, à produção do setor

primário ou secundário, a análise do papel dos serviços no processo de desenvolvimento vem

se tornando cada vez mais relevante.

Na dinâmica do desenvolvimento, as mudanças associadas à industrialização e à produção de

serviços estão relacionadas à concentração das atividades terciárias em centros urbanos.

Marshall ressalta que nas proximidades das concentrações industriais, surgem atividades

subsidiárias que fornecem às indústrias não só instrumentos e matérias-primas, como serviços

relacionados à produção, distribuição e consumo de produtos (KON, 1992).

De acordo com Kon (2004), existem três explicações para o crescimento das atividades de

serviços. A primeira descreve o fenômeno da terciarização como um processo que conduz a

sociedade de serviços e baseia-se na teoria dos estágios da evolução, no qual a demanda por

serviços ultrapassa o crescimento da renda familiar disponível. Além disso, com as diferenças

de produtividades de serviços e das manufaturas, o setor terciário é um escoadouro para a

mão-de-obra liberada do setor de produção de bens. A segunda salienta que a terciarização é

resultado do declínio relativo e absoluto do emprego no setor secundário, subseqüente ao

desenvolvimento de novas tecnologias mais produtivas, onde os investimentos visam mais a

maquinaria do que a criação de empregos manuais. Neste caso, o setor terciário reabsorve a

mão-de-obra dispensada, e a realocação de capital para o setor de serviços é efetuada com

maiores retornos e rentabilidade. A terceira aponta que a queda do emprego do setor

secundário se deve ao crescimento do emprego do setor público, visto como uma

conseqüência do aumento da demanda por serviços coletivos.

O papel dos serviços no processo de desenvolvimento de um país pode ser explicado a partir

do efeito-renda, da defasagem da produtividade e dos serviços intermediários (KON, 2003).

Na abordagem do efeito-renda, os serviços são bens superiores, no sentido de que a demanda

tem elasticidade-renda positiva e superior à elasticidade-renda da demanda por bens primários

e secundários. O crescimento da renda real resulta numa proporção crescente do peso dos

serviços no consumo final, ou seja, à medida que a renda per capita aumenta a demanda de

serviços também se eleva. Neste caso, o crescimento dos serviços se associa a fenômenos

6

considerados exógenos à análise econômica: preferências dos consumidores e hábitos sociais

(ROCHA, 1997).

A forte correlação entre renda per capita e serviços é circunscrita à categoria de “novos

serviços”, exemplificados por educação e entretenimento, os quais apresentam um caráter de

consumo de massa como resultado de um aumento da renda per capita e do tempo de lazer.

Os serviços complementares à industrialização se relacionam ao comércio, transporte e ao

sistema financeiro, os quais se associam ao crescimento dos mercados, do grau de

urbanização e da divisão social do trabalho. Em contraposição, os serviços antigos se referem

às atividades que se desenvolveram em fases anteriores à industrialização e cujo peso na

economia têm declinado, como os serviços domésticos (substituídos por bens ou por novos

serviços) (KON, 2003).

Assim, a atuação dos serviços sobre a geração de empregos e o desenvolvimento seria efeito

do processo de industrialização (que reduz os serviços antigos), dos serviços complementares

(que se expandem com o crescimento industrial acelerado e posteriormente crescem a taxas

decrescentes) e da renda per capita (que aumenta a demanda por serviços novos) (KON,

2004).

A defasagem de produtividade pressupõe que o crescimento da produtividade dos serviços

seja inferior à da produção manufatureira, ou à média da economia, sendo que o emprego

também está relacionado a esta baixa produtividade. Para Baumol (1967), esse fenômeno

decorre da doença de custos, ou seja, com o crescimento da produtividade do trabalho no setor

manufatureiro, os salários tendem a crescer como recompensa pelo valor agregado excedente

gerado; por outro lado, existe um processo de barganha coletiva por equiparação dos salários

da economia, que atinge o setor de serviços pelo argumento da eqüidade. No entanto, a

produtividade do setor de serviços não se eleva com a mesma velocidade e, dessa forma, o

montante do valor gerado pelo setor manufatureiro e o financiamento da elevação dos salários

são repassados aos preços dos serviços. Esse processo leva ao encarecimento dos serviços e à

diminuição da demanda por produtos, que são substituídos pelo auto-serviço.

Para Gershuny e Miles (apud KON, 2003), a defasagem de produtividade pode ser

relacionada: i) a baixa intensidade de capital ou baixos níveis de qualificação da força de

trabalho, características das condições imediatas de produção; ii) a existência de baixa

concentração econômica do setor e a proporção acima da média de firmas pequenas e de

trabalhadores por conta própria, o que consiste em formas mais amplas de organização da

produção; iii) a natureza particular do produto do serviço e dos seus componentes, em termos

de relações humanas, ou suas características em termos de processamento da informação.

7

O crescimento dos serviços intermediários representa a transferência de atividades que antes

eram desenvolvidas na empresa e que foram gradativamente sendo terceirizadas ou houve o

processo de terciarização. Neste sentido apenas muda a participação relativa do setor de

serviços na renda global (BEM e GIACOMINI, 2006). O crescimento dos serviços

intermediários está relacionado: i) com o surgimento de novos serviços a serem prestados a

empresas, fruto de inovações tecnológicas de produto e emergência de novos softwares; ii) à

ocorrência de economias de escala e escopo em atividades que fazem que serviços antes

internalizados nas empresas possam ser adquiridos diretamente do mercado e iii) a elevação

dos custos indiretos do trabalho, fruto da carga tributária sobre a contratação do trabalho, nas

economias de bem-estar (ROCHA, 1997).

3. METODO E BASE DE DADOS

Na análise do setor de serviços para os dez principais municípios mineiros em termos de

Valor Adicionado, será utilizado o banco de dados da Relação Anual de Informações Sociais

(RAIS) referente ao período de 2003 a 2007 (anexos 1 e 2), cuja divisão setorial se baseia na

Divisão Econômica segundo a Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE) de

1995, que contém 59 divisões dos setores econômicos. Dentre as 59 divisões de atividade

econômica da CNAE, 26 caracterizam o setor de serviços. Para essa análise o subsetor

“Transporte aquaviário” foi desconsiderado por não ser relevante em Minas Gerais.

O setor terciário possui várias atividades que apresentam uma heterogeneidade significativa

quanto à natureza, funções, capital, relação capital/trabalho, qualificação exigida para a sua

produção, entre outros, e dessa maneira não é possível inferir determinantes e

comportamentos generalizados sobre sua relevância no contexto do desenvolvimento

econômico. Entretanto, segundo Kon (2003), é possível agregar algumas atividades em classe

que englobam funções e outras características comuns, e que conduzem implicações

semelhantes no que se refere ao papel representado no processo de desenvolvimento.

Num primeiro grupo estariam atividades que incorporam alto nível de inovação tecnológica, e

de relação capital/trabalho, exigindo mão-de-obra qualificada, fornecendo mais intensamente

serviços às empresas, embora também ao consumidor pessoal, representadas pelos setores de

Atividades Financeiras, Transportes, Comunicações, Serviços Auxiliares às Empresas,

Ensino, Saúde e Pesquisa. Em um segundo estariam as atividades que apresentam baixa

relação capital-trabalho e de qualificação da mão-de-obra, baixo nível tecnológico,

incorporam informalmente parte do trabalho que não encontra alocação no setor formal, são

8

dirigidas para o consumo pessoal e apresentam em sua maior parte condições de precarização

em relação às demais, são representadas por setores de serviços pessoais, serviços sem fins

lucrativos e parte do comércio varejista.

Assim, baseado na divisão setorial da CNAE, pode-se classificar as 25 atividades nos dois

grupos (Quadro 01). Sendo que, as atividades terciárias do primeiro grupo exercem papel

fundamental de indutoras de desenvolvimento e as atividades do segundo grupo exercem

papel complementar de induzidas pelo desenvolvimento.

Quadro 01 – Atividades indutoras e induzidas pelo desenvolvimento Indutoras do Desenvolvimento Induzidas pelo Desenvolvimento

Transporte terrestre; transporte aéreo; atividades anexas de transporte e agências de viagem; correio e telecomunicações; intermediação financeira; seguros e previdência complementar; atividades auxiliares da intermediação financeira, seguros e previdência complementar; atividades imobiliárias; aluguel de veículos, máquinas e equipamentos sem condutores ou operadores; atividades de informática e serviços relacionados; pesquisa e desenvolvimento; serviços prestados principalmente as empresas; educação; saúde e serviços sociais.

Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, comércio a varejo de combustíveis; comércio por atacado e representantes comerciais e agentes do comércio; comércio varejista e reparação de objetos pessoais e domésticos; alojamento e alimentação; administração pública, defesa e seguridade social; limpeza urbana e esgoto e atividades relacionadas; atividades associativas; atividades recreativas, culturais e desportivas; serviços pessoais; serviços domésticos e organismos internacionais.

Fonte: Elaboração própria a partir da divisão setorial da CNAE com base em Kon (2003)

A CNAE utiliza a metodologia de classificação do setor de serviços definida pela Standard

Industrial Classification (ISIC), classificação esta formulada por especialistas reunidos pela

Organização das Nações Unidas (ONU). Esta considera quatro categorias de empresas de

serviços: i) Serviços distributivos: incluem a distribuição física de bens, comércio atacadista e

varejista, a distribuição de pessoas e cargas (transportes) e a distribuição de informação

(comunicações); ii) Serviços sem fins lucrativos: constituem serviços da Administração

Pública e outras organizações como sindicatos, templos religiosos, instituições assistenciais,

clubes; iii) Serviços às empresas: constituídos por serviços intermediários para os demais

setores, nos quais se incluem as atividades financeiras, serviços de assessoria legal, contábil,

de informática e outras, e corretagem de imóveis; e iv) Serviços ao consumidor: consistem em

uma gama ampla de serviços sociais e pessoais oferecidos a um indivíduo, na maior parte para

ressaltar a qualidade de vida, como serviços de saúde, ensino, restaurantes, serviços de lazer e

outros pessoais e familiares (ONU, 1968).

Aglutinando a classificação de Kon (2003), que engloba os subsetores de serviços em

indutores ou induzidos, com as quatro categorias de serviços definidas pela ONU, tem-se o

quadro 01, no qual os serviços distributivos e os serviços às empresas são classificados como

indutores de desenvolvimento, enquanto os serviços sem fins lucrativos e os serviços ao

consumidor são classificados como induzidos pelo desenvolvimento.

9

Os subsetores “Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, comércio a

varejo de combustíveis”, “Comércio por atacado e representantes comerciais e agentes do

comércio” e “Comércio varejista e reparação de objetos pessoais e domésticos”, apesar de

classificados como serviços distributivos pela ONU (1968), foi considerado por Kon (2003)

como serviços induzidos pelo desenvolvimento. De forma semelhante, os subsetores

“Educação” e “Saúde e serviços sociais”, classificados pela ONU (1968) como serviços ao

consumidor, foram considerados como indutores de desenvolvimento econômico.

Em termos metodológicos, diversos autores utilizaram o método diferencial-estrutural para

analisar o dinamismo regional. Souza (1981) analisou o dinamismo regional da indústria

gaúcha entre 1975 e 1979. O autor observou que certas regiões crescem mais do que a média

estadual devido: apresentam vantagens locacionais, que fazem com que a região aumente sua

participação no total estadual de uma indústria obtendo economias de escala, ou serem

constituídas de indústrias (atividades dinâmicas) que estão crescendo a nível estadual ou

nacional a taxas mais elevadas do que a média das indústrias.

Carvalho (1979, p.416), analisando Centro-Oeste mostrou que “a região pode especializar-se

nos produtos em que goza de vantagem comparativa, exportando-os para outras regiões e

gerando um fluxo de renda tal que termina por dinamizar outros setores (teoria da base)”.

Gonçalves et al. (2000), analisaram o caráter espacial do desenvolvimento de Minas Gerais no

período de 1970 a 1994. Considerando 19 municípios pertencentes às 10 macrorregiões, os

autores identificaram a especialização das regiões e as atividades em que estas possuem

vantagem competitiva.

O método estrutural-diferencial consiste em identificar por que determinados subsetores

crescem ou decrescem mais rapidamente em comparação a outros. Assim, determinado

subsetor poderá apresentar um crescimento econômico maior do que outros dentro do próprio

estado, em razão da existência de uma estrutura produtiva mais eficiente, pela presença de

subsetores mais dinâmicos ou por ter participação crescente na distribuição regional do

emprego. Dessa forma, a composição do emprego, medida pela variável pessoal ocupado nos

subsetores de atividades de serviços, apresentará variações de acordo com a região na qual

está inserida (HADDAD, 1989).

A análise do crescimento do emprego regional, entre o período 0 e o período 1, é dividida em

três componentes: variação regional (R), variação proporcional (P) e variação diferencial (D).

E pode ser expressa de acordo com (1):

(1)

10

é uma matriz com os dados de emprego, onde i é um subsetor do município j, o qual

reflete o crescimento do emprego regional entre dois períodos de tempo (0 e 1).

Assim, as diferenças de crescimento que possam ocorrer advindas desses componentes, irão

refletir as variações entre o crescimento real apresentado na região e as variações teóricas, o

que deveria ocorrer caso o município apresentasse as mesmas taxas de crescimento do estado.

A variação regional do emprego representa o acréscimo de emprego que teria ocorrido no

município se ele crescesse à taxa de crescimento do total de emprego em Minas Gerais.

(2)

Em que, é a taxa de crescimento do estado de Minas Gerais.

A variação proporcional ou estrutural deriva da composição industrial regional, refletindo a

existência ou não de subsetores que, nacionalmente, são mais ou menos dinâmicos em termos

de taxa de crescimento, em relação ao conjunto da economia nacional. Esse efeito é analisado

segundo o sinal positivo ou negativo: quando positivo, irá mostrar que o município se

especializou em subsetores dinâmicos à nível estadual; por outro lado, se parte significativa

da produção de um município provier de subsetores com baixa taxa de crescimento, o

componente será negativo, o que significa que o município não possui, em sua estrutura,

subsetores dinâmicos do Estado.

(3)

Em que é a taxa de crescimento do emprego no subsetor i de Minas Gerais.

A variação diferencial indica quais são os subsetores que crescem mais rapidamente em um

município do que na média de Minas Gerais, refletindo, assim, vantagens quanto à sua

localização. Portanto, a ação de forças, tais como variação nos custos dos transportes,

estímulos fiscais, diferenças de preços relativos de insumos entre regiões, fatores de produção

mais abundantes, contribui para o peso do efeito (HADDAD, 1989).

(4)

Em que é o crescimento do emprego no subsetor i no município j.

Mas, Esteban-Marquillas (apud HADDAD, 1989), propõem uma reformulação do método,

baseado na definição de um novo elemento denominado de emprego homotético, para

eliminar a influência estrutural resultante da distribuição setorial do emprego do ano inicial

para o cálculo do efeito diferencial. Assim, o emprego homotético é o emprego que o subsetor

i teria se o município j tivesse uma estrutura de emprego idêntica à de Minas Gerais.

11

(5)

A partir do emprego homotético, calcula-se novamente o componente diferencial, para

mensurar o efeito competitivo do setor i:

(6)

E para explicar o componente do crescimento do emprego regional, encoberto por esta

mudança na variação competitiva (D para D’), Marquillas propõe o efeito de alocação (A).

(7)

Dessa forma, o crescimento do emprego nos municípios será explicado por:

(8)

O efeito alocação pode mostrar se o município está especializado nos subsetores para os quais

dispõe de melhores vantagens competitivas (efeito positivo) ou não. As quatro alternativas

para o efeito alocação estão resumidas no quadro 02. Destaca-se, que o efeito alocação foi

medido utilizando-se a estrutura de emprego observada no período inicial (2003). Segundo

Haddad (1989) o efeito alocação pode se alterar em função de mudanças na estrutura de

emprego durante o período de análise (de 2003 a 2007, neste caso).

QUADRO 02 – Efeito Alocação e seus Componentes (1) Quadros

(2) Alternativas

Efeito Alocação

(A)

Componentes Tipo Especialização

(P) Vantagem

Competitiva(D’) I Vantagem Competitiva

Especializada + + + Dinâmico

II Vantagem Competitiva Não-Especializada +

Tende ao dinamismo

III Desvantagem Competitiva Não-Especializada

+ Estado de estagnação

IV Desvantagem Competitiva Especializada +

Tende à estagnação

(1) Sinais referem-se ao resultado positivo ou negativo para as variáveis A, P e D’; (2) Para os gráficos de 02 a 11. Fonte: HADDAD (1989) 4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A partir do método Diferencial-Estrutural Modificado foi possível fazer uma análise da

evolução do setor de serviços, em termos de crescimento do emprego, para o período de 2003

a 2007. E também identificar quais subsetores possuem vantagens competitivas e/ou são

especializados, permitindo classificar cada um deles como dinâmicos ou estagnados.

12

Com base nos dados de emprego da RAIS (2009), entre os anos 2003 e 2007 é possível

verificar que houve pouca variação na participação do emprego do setor de serviços com

relação ao emprego total nos municípios mineiros. O município de Belo Horizonte é o mais

representativo com uma participação de cerca de 65%, ou seja, detém mais da metade do

emprego de Minas Gerais no setor de serviços. Uberlândia, Contagem e Juiz de Fora seguem

atrás de Belo Horizonte em termos de participação do emprego, porém com uma

representatividade bem inferior. Uberlândia passou de 7,25% em 2003 para 7,17% em 2007;

Contagem de 7,04% para 7,02% e Juiz de Fora de 5,89% para 5,54%. O município menos

representativo em termos de emprego no setor serviços é Divinópolis, sua participação passou

de 1,89% para 1,98%.

O crescimento do emprego em Minas Gerais (tabela 02) foi de 26% no período de 2003 a

2007. Montes Claros apresentou o maior crescimento (37%), bem acima da média do estado.

Acima da média estão também os municípios de Belo Horizonte, Betim e Divinópolis.

Contagem cresceu à mesma taxa de Minas Gerais e os demais municípios ficaram abaixo da

média do Estado. Juiz de Fora apresentou o menor percentual de crescimento (18%), no

entanto apresentou taxa de crescimento expressiva (45,52%) no subsetor “Pesquisa e

Desenvolvimento” (15). Cabe ressaltar que os subsetores “Transporte aéreo” (6), “Pesquisa e

Desenvolvimento” (15) e “Organismos Internacionais e outras Instituições Extraterritoriais”

(25) apresentaram emprego zero em diversos municípios, sendo relevantes em poucos deles.

TABELA 02 – Crescimento do Emprego em Minas Gerais (2003/2007) – valores %

Obs.: (1) Os códigos dos subsetores estão descritos no anexo 01; (2) Os dados da tabela com um traço referem-se aos dados de emprego zero; (3) *Esta taxa refere-se à taxa de crescimento do estado de Minas Gerais (rtt). Fonte: Elaboração Própria a partir de dados de emprego do Ministério do Trabalho (2009)

13

A comparação entre a taxa de crescimento do subsetor no Estado (rit) com a taxa de

crescimento total do Estado de Minas Gerais (rtt) permitiu definir como estagnados ou

dinâmicos os subsetores descritos no quadro 03 no período 2003-2007.

Conforme quadro 03, das 25 atividades econômicas, 11 apresentaram taxa de crescimento

acima da média e 14, abaixo. Entre os subsetores que mais cresceram estão “Atividades

auxiliares da intermediação financeira, seguros e previdência complementar” (11) (206,97%),

que se classifica como indutor de desenvolvimento econômico, “Organismos internacionais e

outras instituições extraterritoriais” (25) (194,92%) e “Atividades de informática e serviços

relacionados” (14) (91,41%) também indutor de desenvolvimento. Já o subsetor “Pesquisa e

desenvolvimento” (15) obteve a menor taxa de crescimento, apresentando um decréscimo de

44,61%.

QUADRO 03 – Subsetores Estagnados e Dinâmicos em Minas Gerais (2003/2007) Subsetores Estagnados (rit < rtt) Subsetores Dinâmicos (rit > rtt) Indutores Induzidos Indutores Induzidos

Transporte terrestre Comércio varejista e reparação de objetos pessoais e domésticos.

Atividades anexas de transporte e agência de viagem

Comércio e rep. veículos automotivos e motocicletas, com. a varejo combustíveis

Transporte aéreo Administração pública, defesa e seguridade social

Atividades auxiliares da intermediação financeira. seguros e prev.complementares

Comércio por atacado e representação comercial. e agentes do comércio

Correio e telecomunicações

Limpeza urbana e esgoto e atividades relacionadas

Aluguel de veículos, máq. e equipamentos s/ condutores ou operadores

Alojamento e alimentação

Intermediação financeira Atividades associativas

Atividades de informática e serviços relacionados

Serviços domésticos

Seguros e previdência complementar

Atividade recreativa, cultural, desportiva

Serviços prestados principalmente as empresas

Organismos internacionais e outras instit. extraterritoriais

Atividades imobiliárias Serviços pessoais Educação Pesquisa e desenvolvimento

Saúde e serviços sociais Fonte: Classificação baseada no registro de emprego da RAIS (2003/2007) O Efeito Competitivo (D’), com base no emprego homotético, apresentou-se positivo nas

cidades de Belo Horizonte, influenciado principalmente pelo subsetor “Administração

pública, defesa e seguridade social” (17); Betim, influenciado pelos subsetores “Correio e

telecomunicações” (8) e “Saúde e serviços sociais” (19); Divinópolis, influenciado pelo

subsetor “Serviços prestados principalmente as empresas” (16) e Montes Claros, influenciado

pelos subsetores “Educação” (18) e “Atividades associativas” (21). Este efeito reflete ganhos

de emprego em função das cidades apresentarem vantagens locacionais nesses subsetores.

Com exceção dos subsetores “Administração pública, defesa e seguridade social” (17) e

14

“Atividades associativas” (21) os demais subsetores são indutores de desenvolvimento

econômico.

As demais cidades apresentaram valores negativos, indicando a existência de desvantagens

competitivas em relação ao estado. É importante notar que enquanto Belo Horizonte apresenta

vantagem competitiva no subsetor “Administração pública, defesa e seguridade social” (17),

as demais cidades apresentam desvantagem, crescendo menos que a média de Minas. Juiz de

Fora aparece com o menor montante negativo, ou seja, a taxa de crescimento do emprego,

para a maioria dos subsetores, foi menor do que a média do Estado.

O Efeito Alocação está representado pelos gráficos de 02 a 11 para os principais municípios

de Minas Gerais. Os valores do Efeito Alocação referem-se aos componentes especialização

cujos valores estão representados no eixo horizontal, e vantagem competitiva, cujos valores

estão representados no eixo vertical.

De acordo com o quadro 02, existem quatro alternativas para o efeito alocação: os pontos no

quadrante I significam que os subsetores são dinâmicos, ou seja, o município é especializado

e têm vantagens competitivas nesses subsetores; o quadrante II mostra os subsetores que têm

vantagens competitivas, porém não especializados, o que quer dizer, que são subsetores que

tendem ao dinamismo; o quadrante III expressa os subsetores que não têm vantagens

competitivas, nem são especializados, ditos subsetores estagnados; no quadrante IV estão

representados subsetores que tendem à estagnação, pois possuem desvantagem competitiva, e

são especializados.

Os gráficos 02 a 11 apresentam a análise diferencial para as principais cidades mineiras. Os

quadrantes estão assinalados com os algarismos I, II, III e IV, e correspondem aos algarismos

do Quadro 02. A legenda com os subsetores está no anexo 01, e os números em vermelho

referem-se aos subsetores indutores de desenvolvimento econômico, classificados de acordo

com o quadro 01.

No gráfico 02 percebe-se que o município de Belo Horizonte mostrou-se dinâmico nos

subsetores “Seguros e previdência complementar” (10), “Atividades auxiliares da

intermediação financeira, seguros e previdência complementar” (11), “Atividades de

informática e serviços relacionados” (14), “Serviços prestados principalmente as empresas”

(16), “Administração pública, defesa e seguridade social” (17), “Atividades imobiliárias”

(12), o que indica que tais subsetores ocupam maior proporção na estrutura produtiva e

possuem altas taxas de crescimento.

15

GRÁFICO 02 – Belo Horizonte

Fonte: Elaboração Própria Os subsetores “Comércio por atacado e representantes comerciais e agentes do comércio” (2),

“Atividades anexas de transporte e agências de viagem” (7), “Correio e telecomunicações”

(8), “Aluguel de veículos, máquinas e equipamentos sem condutores ou operadores” (13),

“Educação” (18), “Limpeza urbana e esgoto e atividades relacionadas” (20) e “Serviços

domésticos” (24) destacam-se com taxas de crescimento, acima da média, ou seja, são

subsetores que tendem ao dinamismo (quadrante II). É importante notar que quase todos

subsetores que crescem acima da média de Minas Gerais, são classificados como indutores de

desenvolvimento. E apenas dois subsetores, dos quatorze que contribuem para o

desenvolvimento econômico, conforme foi classificado, se localizam no quadrante de

estagnação.

Betim (gráfico 03) caracteriza-se pela existência de vários subsetores com baixas taxas de

crescimento e baixa participação no emprego. Destacam-se no quadrante III os subsetores

“Transporte aéreo” (6), “Atividades anexas de transporte e agências de viagem” (7)

“Intermediação financeira” (9), “Atividades imobiliárias” (12), “Pesquisa e desenvolvimento”

(15) e “Educação” (18), que são indutores de desenvolvimento econômico, mas estão

classificados como estagnados.

O município apresentou cinco subsetores dinâmicos, sendo que só o subsetor “Transporte

terrestre” (5) é classificado com indutor de desenvolvimento. Os subsetores “Correio e

telecomunicações” (8), “Atividades auxiliares da intermediação financeira, seguros e

previdência complementar” (11), “Atividades de informática e serviços relacionados” (14) e

“Saúde e serviços sociais” (19) apresentaram taxas de crescimento acima da média e devem

ocupar proporção maior na economia de Betim no futuro (quadrante II).

16

GRÁFICO 03 – Betim

Fonte: Elaboração Própria

Contagem (gráfico 04) apresentou dinamismo nos subsetores “Comércio e reparação de

veículos automotores e motocicletas, comércio a varejo de combustíveis” (1), “Comércio

varejista e reparação de objetos pessoais e domésticos” (3), “Transporte terrestre” (5) e

“Atividades anexas de transporte e agências de viagem” (7), sendo que, apenas os dois

últimos são relevantes para o desenvolvimento. Como promessa para o futuro da economia

estão os subsetores “Alojamento e alimentação” (4), “Transporte aéreo” (6), “Intermediação

financeira” (9), “Seguros e previdência complementar” (10), “Serviços prestados

principalmente as empresas” (16), “Saúde e serviços sociais” (19), “Atividades associativas”

(21), “Atividades recreativas, culturais e desportivas” (22) e “Serviços pessoais” (23), pois

apresentam taxas de crescimento acima da média do estado.

GRÁFICO 04 – Contagem

Fonte: Elaboração Própria

Há também em Contagem grande participação de subsetores abaixo do eixo horizontal como:

“Atividades de informática e serviços relacionados” (14), “Pesquisa e desenvolvimento” (15),

“Educação” (18), “Atividades imobiliárias” (12), “Correio e telecomunicações” (8),

“Atividades auxiliares da intermediação financeira, seguros e previdência complementar” (11)

17

e “Aluguel de veículos, máquinas e equipamentos sem condutores ou operadores” (13), os

quais são indutores de desenvolvimento e apresentam baixas taxas de crescimento.

Divinópolis (gráfico 05) foi o município com maior quantidade de subsetores dinâmicos

(quadrante I). Os subsetores “Atividades anexas de transporte e agências de viagem” (7),

“Correio e telecomunicações” (8), “Intermediação financeira” (9), “Aluguel de veículos,

máquinas e equipamentos sem condutores ou operadores” (13), “Seguros e previdência

complementar” (10), “Serviços prestados principalmente as empresas” (16), “Atividades

imobiliárias” (12) e “Saúde e serviços sociais” (19) se destacam por apresentarem altas taxas

de crescimento e contribuírem de forma efetiva na geração de emprego e renda. Apenas os

subsetores “Transporte aéreo” (6) e “Pesquisa e desenvolvimento” (15), ditos indutores de

desenvolvimento, se mostraram estagnados. Dentre os subsetores dinâmicos, o

subsetor “Seguros e previdência complementar” (10) se mostrou dinâmico ao se comparar sua

estrutura de emprego com as dos demais municípios, entretanto, esse subsetor não apresenta

elevado número de emprego, podendo talvez ser considerado um setor que tende ao

dinamismo.

GRÁFICO 05 – Divinópolis

Fonte: Elaboração Própria

Governador Valadares (gráfico 06), apresentou a grande maioria dos subsetores nos

quadrantes III e IV, ou seja, demonstram baixas taxas de crescimento. O município mostrou-

se dinâmico em apenas quatro subsetores, e destes, apenas os subsetores “Intermediação

financeira” (9) e “Seguros e previdência complementar” (10) induzem o desenvolvimento

econômico.

18

GRÁFICO 06 – Governador Valadares

Fonte: Elaboração Própria

Em Ipatinga (gráfico 07) os subsetores ficaram distribuídos nos quatro quadrantes de forma

homogênea. E grande parte dos subsetores que contribuem para o desenvolvimento da

economia, ou ficaram no quadrante II (tendendo ao dinamismo) ou no quadrante III

(estagnados).

GRÁFICO 07 – Ipatinga

Fonte: Elaboração Própria Ao analisar a cidade de Juiz de Fora (gráfico 08), percebe-se que a grande maioria dos

subsetores está localizada entre os quadrantes III e IV, inclusive subsetores indutores de

desenvolvimento. Isso significa que os mesmos apresentam baixas taxas de crescimento, ou

seja, são subsetores estagnados em termos de geração de renda e emprego. O subsetor

“Correio e telecomunicações” (8) foi o único que tende ao dinamismo (quadrante II).

Destacam-se os subsetores dinâmicos (quadrante I): “Alojamento e alimentação” (4),

“Pesquisa e desenvolvimento” (15), “Saúde e serviços sociais” (19), “Atividades recreativas,

culturais e desportivas” (22), “Serviços pessoais” (23) e “Serviços domésticos” (24).

19

GRÁFICO 08 – Juiz de Fora

Fonte: Elaboração Própria

Montes Claros (gráfico 09) apresenta vários subsetores importantes no que tange ao

desenvolvimento econômico. Localizados nos quadrantes I e II, revelam taxas de crescimento

acima da média os subsetores: “Correio e telecomunicações” (8), “Intermediação financeira”

(9), “Atividades auxiliares da intermediação financeira, seguros e previdência complementar”

(11), “Atividades imobiliárias” (12), “Aluguel de veículos, máquinas e equipamentos sem

condutores ou operadores” (13), “Pesquisa e desenvolvimento” (15), “Transporte terrestre”

(5), “Educação” (18) e “Saúde e serviços sociais” (19).

GRÁFICO 09 – Montes Claros

Fonte: Elaboração Própria

Em Uberaba (gráfico 10) percebe-se a presença de três subsetores dinâmicos, sendo apenas o

subsetor “Saúde e serviços sociais” (19) indutor de desenvolvimento. Destacam-se no

quadrante II os subsetores “Correio e telecomunicações” (8), “Seguros e previdência

complementar” (10), “Aluguel de veículos, máquinas e equipamentos sem condutores ou

operadores” (13), “Atividades de informática e serviços relacionados” (14) e “Pesquisa e

desenvolvimento” (15), indutores de desenvolvimento.

GRÁFICO 10 – Uberaba

20

Fonte: Elaboração Própria

Na cidade de Uberlândia (gráfico 11) grande parte dos subsetores está localizada acima do

eixo horizontal (quadrantes I e II), sendo os mesmos classificados como subsetores dinâmicos

ou que tendem ao dinamismo. Os subsetores “Transporte terrestre” (5) e “Intermediação

financeira” (9), além de serem dinâmicos, contribuem para o desenvolvimento da economia.

Já os subsetores “Atividades auxiliares da intermediação financeira, seguros e previdência

complementar” (11), “Atividades imobiliárias” (12), “Atividades anexas de transporte e

agências de viagem” (7), “Serviços prestados principalmente as empresas” (16) e “Educação”

(18), que são indutores de desenvolvimento, apresentaram baixas taxas de crescimento

(quadrantes III e IV).

GRÁFICO 11 – Uberlândia

Fonte: Elaboração Própria

No quadro 04, são listados os subsetores classificados como dinâmicos (quadrante I) para

todos os municípios. Nota-se a pequena presença de subsetores dinâmicos e indutores de

desenvolvimento. O resultado foi mais expressivo em Belo Horizonte (com cinco subsetores),

apesar de muitos dos municípios apresentarem dinamismo nas atividades do setor terciário.

21

QUADRO 04 – Subsetores dinâmicos e % de emprego em relação ao total dos municípios mineiros dinâmicos - 2007

Cidades Induzidos % Indutores % Belo Horizonte

Administração pública, defesa e seguridade social 63,88 Seguros e previdência complementar 1,10 Atividades auxiliares de

Intermediação financeira, seguros e previdência complementar 2,14

Atividades imobiliárias 9,77 Atividades de informática e serviços

relacionados 5,98 Serviços prestados principalmente as

empresas 59,16 Betim Comércio e reparação de veículos automotores e

motocicletas, comércio a varejo de combustíveis 0,45 Transporte terrestre

2,28 Comércio por atacado e representantes comerciais e agentes do comércio 0,43

Limpeza urbana e esgoto e atividades relacionada 0,07 Atividades associativas 0,45

Contagem Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, comércio a varejo de combustíveis

1,18

Atividades anexas de transporte e agências de viagem 4,94

Comércio varejista e reparação de objetos pessoais e domésticos 3,40 Transporte terrestre 0,42

Divinópolis Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, comércio a varejo de combustíveis

0,33 Atividades imobiliárias 0,05

Comércio por atacado e representantes comerciais e agentes do comércio 0,43 Saúde e serviços sociais 0,30 Comércio varejista e reparação de objetos pessoais e domésticos 1,40 Seguros e previdência complementar 0,83 Alojamento e alimentação 0,24 Atividades recreativas, culturais e desportivas 0,09

Governador Valadares

Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, comércio a varejo de combustíveis

0,52

Intermediação financeira 0,29

Limpeza urbana e esgoto e atividades relacionada 0,05 Seguros e previdência complementar 0,07 Ipatinga Comércio e reparação de veículos automotores e

motocicletas, comércio a varejo de combustíveis 0,38

Educação

0,74

Comércio varejista e reparação de objetos pessoais e domésticos

1,75

Saúde e serviços sociais 1,31

Limpeza urbana e esgoto e atividades relacionada 0,08 Atividades recreativas, culturais e desportivas 0,11

Juiz de Fora Alojamento e alimentação 0,88 Pesquisa e desenvolvimento 0,13 Atividades recreativas, culturais e desportivas 0,22 Saúde e serviços sociais 2,44 Serviços pessoais 0,14 Serviços domésticos 0,008

Montes Claros

Comércio varejista e reparação de objetos pessoais e domésticos

1,94

Transporte terrestre 0,87

Serviços pessoais 0,05 Educação 1,22 Saúde e serviços sociais 1,20

Uberaba Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, comércio a varejo de combustíveis

0,50

Saúde e serviços sociais

1,43

Serviços domésticos 0,004 Uberlândia

Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, comércio a varejo de combustíveis

19,37

Transporte terrestre 2,45

Limpeza urbana e esgoto e atividades relacionada 0,19 Intermediação financeira 0,79 Atividades recreativas, culturais e desportivas 0,35 Serviços pessoais 0,15 Serviços domésticos 0,01 Atividades associativas 0,88

Fonte: Elaboração Própria com base no nexo 02 Os subsetores dinâmicos e que ao mesmo tempo induzem o desenvolvimento nas cidades

mineiras são, na sua maioria, classificados como serviços às empresas. Entre os subsetores

que apareceram mais vezes, estão o de “Saúde e serviços sociais” seguido pelo de “Transporte

22

Terrestre”. O subsetor “Transporte terrestre” é classificado como um serviço distributivo, já o

subsetor “Saúde e serviços sociais” é um serviço ao consumidor, que se enquadra como

serviço induzido pelo desenvolvimento. Mas com base em Kon (2003) e na classificação dos

subsetores da CNAE (quadro 01), o subsetor é indutor de desenvolvimento.

Quando se analisa o percentual do emprego dos subsetores dinâmicos indutores do

desenvolvimento das principais cidades, constata-se que em torno de 80% se concentra em

Belo Horizonte, destacando-se os “Serviços prestados principalmente as empresas”, com

cerca de 60% e as “Atividades imobiliárias” com em torno de 10% do emprego dinâmico.

De acordo com o quadro 04 e considerando como muito dinâmico os subsetores do quadrante

I, os quais concentram acima de 1% do emprego dinâmico das principais cidades mineiras,

destacam-se: todos os subsetores da cidade de Belo Horizonte, além dos subsetores de

“Transporte terrestre” em Betim, “Atividades anexas de transporte e agências de viagem” em

Contagem, “Saúde e serviços sociais” em Juiz de Fora e Ipatinga “Educação” e “Saúde e

serviços sociais” em Montes Claros e Uberaba e “Transporte terrestre” em Uberlândia. Assim,

dentre as principais cidades mineiras, excluindo-se a capital do estado verifica-se que o

emprego dinâmico se concentra nos subsetores de transporte e saúde. As cidades de

Governador Valadares e Divinópolis não apresentam subsetores dinâmicos.

Em termos do emprego dinâmico nas atividades induzidas, destacam-se os subsetores

“Administração pública, defesa e seguridade social” em Belo Horizonte (63,88%), “Comércio

e reparação de veículos automotores e motocicletas, comércio a varejo de combustíveis” em

Uberlândia e “Comércio varejista e reparação de objetos pessoais e domésticos” nas cidades

de Contagem, Divinópolis, Ipatinga e Montes Claros.

5. CONCLUSÕES

Verificou-se que nos municípios mineiros, diversas atividades de serviços se mostram

dinâmicas ou tendem ao dinamismo, sendo estas atividades indutoras de desenvolvimento

(modernas) ou induzidas pelo desenvolvimento (tradicionais, detentoras de baixos níveis de

produtividade e refúgio para a mão-de-obra de baixa qualificação).

Os subsetores dinâmicos das principais cidades mineiras são geralmente induzidos pelo

desenvolvimento. Os serviços dinâmicos e que são induzidos pelo desenvolvimento são

normalmetne serviços ao consumidor O subsetor “Comércio e reparação de veículos

automotores e motocicletas, comércio a varejo de combustíveis” foi o que mais contribuiu

para este resultado. Por outro lado, os serviços dinâmicos e que induzem o desenvolvimento

23

são, na sua maioria, serviços às empresas. Dentre os subsetores indutores do

desenvolvimento, destacam-se “Serviços prestados principalmente as empresas” em Belo

Horizonte, “Saúde e serviços sociais” em Uberaba, Montes Claros, Juiz de Fora e Ipatinga;

“Transporte Terrestre” em Uberlândia e Betim; “Seguros e Previdência Complementar” em

Belo Horizonte; “Intermediação Financeira” em Belo Horizonte; “Atividades Imobiliárias”

em Belo Horizonte e “Educação” em Montes Claros.

Divinópolis é o município com maior quantidade de subsetores dinâmicos, mas com baixa

concentração do emprego, demonstrando o baixo dinamismo destes setores. Chama atenção o

município de Belo Horizonte por apresentar a maior quantidade de subsetores indutores de

desenvolvimento e por concentrar a maior quantidade de emprego dos subsetores dinâmicos.

Betim apresenta a maior quantidade de subsetores estagnados (quadrante III) e Juiz de Fora se

destaca por apresentar o subsetor de Pesquisa e Desenvolvimento como dinâmico, entretanto

com baixa concentração de emprego (0,13%).

Políticas públicas devem priorizar os serviços indutores de desenvolvimento, a fim de captar

as vantagens competitivas de cada subsetor e promover o desenvolvimento dos municípios

mineiros.

6. REFERÊNCIAS

BEM, J. S.; GIACOMINI, N. M. R. O Desenvolvimento Econômico e o Papel dos Serviços: Uma Análise de sua Influência sobre a Estrutura do Emprego e da Renda no Município de Canoas/RS a partir dos Anos de 2000. In: III Encontro de Economia Gaúcha, Porto Alegre, 2006.

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HADDAD, P. R. Org. Economia Regional: Teorias e Métodos de Análise. Fortaleza, BNB. ETEBE, 1989.

24

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Estatísticas. Contas Nacionais. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/#divtema_economia/>. Acesso em: maio de 2009.

KON, A. Economia de Serviços: teoria e Evolução no Brasil. Rio Janeiro: Elsiever, 2004.

KON, A. A Produção Terciária: o caso paulista. São Paulo: Nobel, 1992.

KON, A. Atividades terciárias: induzidas ou indutoras do desenvolvimento econômico? In: Ferraz, Crocco e Elias, (Org.) Liberalização e desenvolvimento econômico, Futura, São Paulo, 2003.

KON, A.; OLIVEIRA, L. O debate teórico sobre a Indústria de Serviços no século XX. In: Kon A. e Oliveira, L. (Org.). Pesquisas em Economia Industrial, Trabalho e Tecnologia. 01 ed. São Paulo: EUTT/PUCSP, 2004.

MEIRELLES, D. S. O Conceito de Serviço. Revista de Economia Política, v. 26, n.1 (101), p. 119-136 janeiro-março/2006.

MELO, H. P. et al. O Setor de Serviços no Brasil: uma visão global – 1985/95. Texto para Discussão nº. 549. Rio de Janeiro. 1998

MINISTÉRIO DO TRABALHO. Relação Anual de Informações Sociais. Disponível em: <http://www.mte.gov.br/EstudiososPesquisadores/PDET/Conteudo/rais_default.asp>. Acesso em: março de 2009.

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SUZIGAN, W.; FURTADO J. GARCIA, e SAMPAIO, S. Coeficientes de Gini Locacional, GL: Aplicação à Indústria de Calçados do Estado de São Paulo. Nova Economia, 2003.

25

ANEXO 01 – Descrição dos Subsetores de Serviços Ordem Subsetores

1 Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, comércio a varejo de combustíveis 2 Comércio por atacado e representantes comerciais e agentes do comércio 3 Comércio varejista e reparação de objetos pessoais e domésticos 4 Alojamento e alimentação 5 Transporte terrestre 6 Transporte aéreo 7 Atividades anexas de transporte e agências de viagem 8 Correio e telecomunicações 9 Intermediação financeira

10 Seguros e previdência complementar 11 Atividades auxiliares da intermediação financeira, seguros e previdência complementar 12 Atividades imobiliárias 13 Aluguel de veículos, máquinas e equipamentos sem condutores ou operadores 14 Atividades de informática e serviços relacionados 15 Pesquisa e desenvolvimento 16 Serviços prestados principalmente as empresas 17 Administração pública, defesa e seguridade social 18 Educação 19 Saúde e serviços sociais 20 Limpeza urbana e esgoto e atividades relacionadas 21 Atividades associativas 22 Atividades recreativas, culturais e desportivas 23 Serviços pessoais 24 Serviços domésticos 25 Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais

Fonte: Elaboração Própria a partir da classificação dos subsetores da CNAE CONTATO DOS AUTORES

Suzana Quinet de Andrade Bastos Professora do Mestrado de Economia Aplicada da Faculdade de Economia - UFJF

Pesquisadora CNPq e Fapemig Rua Dr. João Penido Filho 362/1001 – Bom Pastor – Juiz de Fora – Minas gerais – 36021-600

[email protected] (32) 3213-4282

Fernando Salgueiro Perobelli

Professor do Mestrado de Economia Aplicada da Faculdade de Economia - UFJF Bolsista de Produtividade CNPq – Nível II

Rua Ivon José Curi, s/n – São Pedro – Juiz de Fora – Minas Gerais – 36037-467 [email protected]

(32) 3237-1429

Claudiane de Oliveira Fernandes Aluna da Faculdade de Economia - UFJF

Bolsista de Iniciação Científica Rua Capitão Nestor 286 – São Sebastião – Santos Dumont – Minas Gerais – 36240-000

(32) 8863-0653 [email protected]