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DIÁLOGO UNIVERSITÁRIO é um periódico publicado três vezes ao ano em quatro edições paralelas (Inglês, Francês, Português e Espanhol), sob o patrocínio da Comissão de Apoio a Universitários e Profissionais Adventistas (CAUP A), organismo da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Volume 2, Número 2.
Copyright da CAUP A. Todos os direitos reservados. Parte alguma desta publicação deve ser reproduzida sem a prévia permissão âa CAUPA.
DIÁLOGO UNIVERSITÁRIO afirma as crenças fun-
s T . Á R o.
damentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e apóia sua missão. Os pontos de vista publicados na revista, entretanto, representam o pensamento independente de seus autores.
Correspondência sobre Circulação: Deve ser dirigida ao Representante Regional da CA UP A na região em que reside o leitor. Os nomes e endereços destes representantes encontram-se abaixo.
Assinaturas: US$ 10 por ano (três números)_ Por bondade, recorra à página 35 para detalhes_
COMISSÃO INTERNACIONAL
Presidente: Calvin B. Rock Vice-Presidentes: George H. Akers e George Knowles Secretários: Israel Leito e Humberto M_ Rasi
Membros: Graham Bingham, Clarence E. Bracebridge, Lorenzo Grant, Gordon Madgwick, Esther Knott, Ted Wick.
EQUIPE EDITORIAL
Editor: Humberto M. Rasi Editor Associado: Israel Leito Editor de Cópias: Beverly Rumble Assistente Editorial: Gerard Latchman -r
Editores Internacionais: Bernard Sauvagnat (Francês), Rubens
DIVISÃO ÁFRICA-OCEANO ÍNDICO Representante: Phénias Bahimba Endereço: Cidex 03 C 84, Riviera I, Abidjan, Costa do Marfim
DIVISÃO DA ÁFRICA ORIENTAL ReJ)resentante: Tommy H. Nkung1!la Endereçq: H. G. 100, Highlands, Harare, Zimbábue
DIVISAO EURO-AFRICANA Representante: Pietro Copiz Endereçq: P. O. Box 219,3000 Berna 32, Suíça
DIVISAO DO EXTREMO ORIENTE Representante: Jonathan Kuntaraf Endereço: 800 Thomson Road, Cingapura 1129, República de Cingapura
DIVISAO INTERAMERICANA Representante: Alfredo Garcfa-Marenko e Herbert Fletcher Endereço: P. O. Box 140760, Miami, Florida 33114-0769, EUA
DIVISÃO NORTE-AMERICANA Representantes: Gordon Madgwick e Ted Wick Endereço: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904, EUA.
DIVISÃO DO SUL DO PACÍFICO Representantes: Gerald Clifford e Barry Gane Endereço: 148 Fox Valley Road, Wahroonga, NSW 2076, Austrália
Lessa (Português), Julieta Rasi (Espanhol)_ Correspondência Editorial: deve ser endereçada a 12501
Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904, U. S. A. Telefone: (301) 680-5065. Fax: (301) 680-6090
DIVISÃO SUL-AMERICANA Representantes: Roberto C. de Azevedo e José'Maria B. Silva Endereço.; Caixa Postal 12-2600, 70279 Brasília, DF, Brasil
DIVISAO SUL-ASIÁTICA Representantt!s: Lowell C. Cooper e John M. Fowler Endereço: P. O. Box 2, HCF Hosur, Tamil Nadu, 635110 Índia
DIVISÃO TRANS-EUROPÉIA Representantes: James M. Huzzeye Orville Woolford Endereço: 191 St. Peter's Street, St. Albans, Herts., ALlIEY. Grã-Bretanha
UNIÃO AFRICANA DO SUL Representante: J. B. Yaze Ender#eço: P. O. Box 46061, Orange Grove 2119, Transvaal, Mrica do Sul
UNIÃO DO ORIENTE MÉDIO Representante: Svein Johansen Ender~ço: P. O. Box 2043, Nicósia, Chipre
UNIAO SUL-AFRICANA Representantes:' B. E. Sterley e Heather Tredoux Endereço: P. O. Box 468, Bloemfontein 9300, Orange Free State, África do Sul
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REPRESENTANTES LOCAIS
ARGENTINA: Juan Carlos PriOl'a (Colégio Adventista deI Plata). BARBADOS: BradleyNiles(Univ. ofWestIndies). BRASIL: Clayton Rossi (Centro de Estudos Universitários de Brasflia). CHILE: Ricardo Abós-Padilla (Universidad de Chile - Concep-ción). REPúBLICA DOMINICANA: Claritza H. de Jiménez (Univ. Autónoma de Sto. Domingo). INGLATERRA: Michael Pearson (Newbold College). ITÁLIA: Raúl Posse (Instituto Adventista Villa Aurora). PÚLONIA: Zachariah Lyko (Christian Theological Academy). PORTO RICO: Marra Matilde Sim6n (Univ. de Puerto Rico-Mayagüez). ESPANHA: José L6pez (Colegio Adventista de Sagunto). TRINIDAD: Oliver Headley e Victor Graham (Univ. of the West Indies). ESTADOS UNIDOS: Day-
ton e Ivette Chong (Detroit, David Claridge (l'exas A & M Univ.). Jerry Connell (Michigan State Univ.), Bill Croftin (Univ. of Central Florida), George Gainer (Washington D. C. Metropolitan Area), Ramona Pérez Greek (Univ. of Alabama), Lourdes Morales Gudmundsson (Univ. oi Connecticut-Stanford), Joe Jeris (Univ. oi California-Irvine), Sharon Johnson (Carnegie-Mellon Univ.), Carol Lanfear (Central Michigan State Univ.), AI Mazat (Duke Univ.), Bernie Moinar (Florida), Lois Moore (noise State Univ.), Ron Pickell (Univ. of Tennessee-Knoxville), Bill Poole (Univ. oí Idaho), Esther Spielman e Wemer Staubenhaugen (ComeU Univ.), Tim Truby (Chicago State Univ.), Mark Weir (Univ. oí Washington, Seattle).
CONTEÚDO Editorial ...................................................... 3 Cartas ........................................................... 4 Artigos em Destaque
Criacionistas e Evolucionistas: Terreno Comum? L. J. Gibson .............................................. 5
Sete Tendências Adventistas F. Donald Yost ......................................... 9
Prevenindo a Tendência Secular Jon Paulien ............................................... 17
Shalom! Clifford Goldstein ....................... ............. 20
Perfis Anne-Marie Langvall Olsen Birthe Bayer ... .............. ................... ....... 23
Ben Carson Penny Estes Wheeler ................ ~ ............. 25
Logos Intimamente Seu Pat e Ted Wick .... .... ....... ............... ......... 27
Em Ação : Divisão África-Oceano Indico Phénias Ballirriba ....................... .............. 29
Livros ; Seeking a Sanctuary, Gary Ross ............. 30 The Dis!ppointed, Joan Francis .............. 31
Primeira Pessoa Sábado ou Faculdade de· Medicina? Katheleen H. Liwidjaja-Kuntaraf ............ 32
Painel da Revista ~...... ......... .................... 34
Editorial
Dentro de exatamente dez anos estaremos começando o terceiro milênio da era cristã. Embora
não conheçamos os detalhes do cronograma divino, duas coisas podem ser consideradas como certas: as mudanças se acelerarão enquanto nos aproximarmos do final deste século, e cada um de nós se verá na situação de desempenhar um papel decisivo nos marcantes eventos que conduzirão à segunda vinda de Cristo. Neste contexto incluímos um artigo de informações que esboça sete grandes tendências observadas em nossa igreja, a partir das quais procuramos traçar um perfil tentativo do que será. nosso movimento mundial por volta do ano 2000. Existem sobejas razões para nos regozijarmos diante do que revelam os quadros e gráficos, assim como para nos sentirmos desafiados e sob o dever de orar - especialmente agora que estamos por lançar a Estratégia Global para a Missão Global.
No presente número prosseguimos com nossa série sobre meios efetivos de aproximação aos membros dos vários grupos sociais e religiosos, com a mensagem do evangelho. Desta vez focalizamos os nossos conhecidos judeus, com os quais muitas vezes nos encontramos na vida acadêmica e profissional.
Os leitores interessados no continuado debate entre
criacionistas e evolucionistas certamente apreciarão nosso primeiro artigo, o qual oferece a visão ampla de um biólogo quanto a áreas de acordo e desacordo entre as duas perspectivas mencionadas.
Crescente número de livros escritos por adventistas e acerca do adventismo têm sido publicados em vários idiomas e países. Por sugestão de vários leitores, inauguramos uma seção na qual são revistos criticamente aqueles livros suficientemente significativos como para merecer atenção. Por bondade, recomende-nos publicações recentes que, em sua opinião, devam ser analisadas em números futuros de DIÁLOGO.
Para a sua informação, estamos também providenciando um sumário dos principais argumentos alinhavados a favor e contra a ordenação de mulheres ao ministério adventista. Esse tópico está sendo debatido em vários círculos de nossa igreja e merece cuidadosa conside~o.
DIÁLOGO deseja prosseguir oferecendo material de leitura que ajude você a melhor conhecer, viver e compartilhar sua fé enquanto desenvolve estudos avançados ou exerce a sua profissão. Também pretendemos manter nossa perspectiva internacional, procurando engajar as melhores mentes adventistas ao redor do
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mundo. Esta é a razão pela qual apreciaríamos receber as suas sugestões quanto a assuntos que devam ser abordados e quanto a autores capazes de apresentá-los com sabedoria.
Conforme você sabe, agora lhe é possível obter uma assinatura pessoal de DIALOGO, ou ainda patrocinála para aqueles que se beneficiariam com o seu conteúdo. Adicionalmente, tal como vários outros leitores, você pode oferecer uma contribuição que permitirá ao Comitê da CAUP A a expansão da circulação de nos-
so periópico e seu ministério. Veja as instruções à página 34.
Confiamos que você não apenas apreciará este nosso quarto mímero, como ainda avaliará cuidadosamente as idéias apresentadas e participará de nosso ativo DIÁLOGO global.
Estes dias são extremamente animadores para os adventistas do sétimo dia!
Os Editores
CARTAS
Diálogo Com Nossos Leitores Justamente o Que Necessitávamos
Obrigado, obrigado, obrigado! Recebi recentemente o segundo exemplar de DIÁLOGO. Trata-se exatamente do tipo de revista que, imaginava eu, há tempo necessitávamos. Havendo crescido num lar adventista, somente freqüentei escolas da igreja durante os dois anos iniciais. Os demais, tive de passá-los em escolas públicas. Meu ano de calouro foi vivido na Universidade de IndIana, mas ali nada pude encontrar que me estimulasse espiritualmente. No ano seguinte decidi partir para a Universidade Andrews, onde me conservei ativo no programa Juventude Cristã em Ação, e mais tarde tornei-me estudante missionário em Guam. Depois de haver passado ali um ano, retornei à Andrews, caseime e obtive um título universitário em radiodifusão.
Estou de volta a Guam para um período de serviço de dois anos como trainee em engenharia junto à Rádio Mundial AdventistaÁsia. Minha esposa leciona na escola adventista local. Ao final do presente período, pensamos fixar-nos em Indianápolis, onde pretendo desenvolver um Mestrado em Engenharia Eletrõnica.
Enquanto estudante na Universidade de Indiana em 1983, confessei a mim mesmo que, se alguma vez voltasse a uma universidade pública, tentaria alcançar, d(! ponto de vista missionário, aqueles que vivessem no campus. E por isso que estou tão interessado em DIÁLOGO e no grupo que a patrocina. Por bondade, coloquem-me na lista, assim como ao meu irmão, que se está graduando em Administração. Podem estar certos de que em breve, tornarei a manter contato com vocês, no sentido de tornar-me representante local. Esta publicação estará fazendo parte de minhas orações.
Fórum de Idéias
Alan Carlson Agat, GUAM
Entre os jovens adventistas que freqüentam escolas superiores não-adventistas, existe urgente necessidade de um fórum onde possam eles al!resentar suas idéias e receber estímulo para o crescimento. Um fie nossos maiores problemas gira em torno da convicção da necessidade de Deus e de se aceitá-Lo. Considerações normativas à parte, o certo é que na sociedade de hoje as pessoas podem viver sem Deus. Assim, a juventude precisa sentir sua necessidade de Deus. Além disso, numa época em que tudo é questionado nas instituições seculares, a estrutura adventista prossegue estimulando a fé, a tradição e a rigidez. Torna-se óbvio que algum destes elementos será rejeitado. Permito-me sugerir que, por parte de muitos jovens adventistas, a última é que será rejeitada. Portanto, se nossa igreja deseja conservar a sua juventude, estes e outros problemas similares requererão urgente atenção. DIÁLOGO representa um movimento inicial positivo neste aspecto.
Andrew COX, University of Sysfney Bcmnells Bay, N. S. W., AUSTRALIA
Reforçando o Comprometimento Com o Serviço Aprecio a preocupação de DIÁLOGO com os estudantes adven
tistas que freqüentarn universidades públicas. Minha filha dedica-
se a um estágio em psicologia social junto ao Veteran's Hospital enquanto completa o doutoramento junto à maior universidade do Noroeste (dos Estados Unidos). Ela me contou que durante todo o período de cinco anos de seus estudos doutorais, ninguém a contatou no sentido de participar de interesses da igreja. Por bondade, assegurem-se de ter seu nome e endereço em sua lista de remessa da revista. Desejo apoiar sua decisão de servir a Deus e Sua igreja.
Joyce W. Hopp, Diretora da School of Allied Health Profissions Loma Linda University, Califórnia, EUA
Abordem Assuntos Mais Práticos Pessoalmente, considero os tópicos incluídos em DIÁLOGO co
mo extremamente relevantes à minha situação de estudante adventista numa universidade secular. Em adição aos artigos conceituais, permito-me sugerir que também sejam abordados tópicos práticos, tais como questões sociais (ir ao cinema, festas, danças) e formas práticas de compartilharmos nossa fé com colegas de classe descrentes.
Dennis Roy Imperio, University of Philippines Pasay City, Metro Manüa, FILIPINAS
Provê Orientação e Idéias Durante recente encontro de amigos na Michigan State Uni
versity, focalizamos o tema "Questões em Ciência e Teol~gia" . Como parte do programa, distribuímos exemplares de DIALOGO aos muitos que compareceram. Isto fortaleceu o ministério da igreja e seu compromisso com os seus estudantes universitários. Eu próprio aprecio a revista e dela desfruto, uma vez que ela me provê orientação e idéias para o desenvolvimento de novos programas. Aguardo ansiosamente a chegada dos números futuros. ,
Kimberely Ladd, Diretor Associado do Ministério do Campus Igreja da UniversidadelMichigan State University
East Lansing, Michigan, EUA
Estímulo e Apoio Na qualidade de estudante de Medicina em escola pública, de
sejo congratular-me com vocês ~r pe!lsarem em nós e publi~rem um periódico de superior qualidade, como é o caso de DIALOGO. Num tempo em que lutamos com persistentes críticas provindas tanto de fora quanto de dentro da igreja, sinto realmente o valor do estímulo e apoio espiritual que recebo da leitura dos artigos da revista. Por bondade, prossigam enviando-a!
Angel I. López Varela, Univ. Nacional de Nicarágua Le6n, NICARAGUA
Questão de Interpretação O artigo de Wilma McClarty, "O Livro de Ester Como Litera
tura?" (DIÁLOGO voI. I, n~ 2) requer uma réplica. Num artigo que sob outros aspectos é excelente, ela violou o mais importante princrpio de exegese bfblica quanto de análise literária: o leitor deve deixar que o texto diga aquilo que tem a dizer. McCIarty reconhece que o livro de Ester não menciona o nome de Deus
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e nem a atividade religiosa, e que esta ausência é significativa. Entretanto, ela não traça qualquer conclusão a partir deste importante fato. Da mesma forma, os perturbadores incidentes do texto são desculpados ao ela dizer que "não se relacionam com os temas do autor e tampouco são apresentados como modelo de conduta" (página 12). Talvez eu pudesse concordar com o "modelo de conduta" desta declaração, mas penso que o tema central do autor está aqui sendo evitado.
Em Profetas e Reis, páginas 598 a 600, Ellen White provê o pano de mndo para a narrativa de Ester. Ela fala da maioria dos exilados como estando satisfeitos em Babilõnia e desobedecendo o chamado divino para retornarem a sua terra natal. Por que estes eventos questionáveis se encontram em Ester? Porque as próprias personalidades são questionáveis. Por que Deus não é mencionado e as atividades religiosas são ignoradas? Porque o povo de Deus volvera as costas à Sua mensagem, preferindo uma vida confortável. No livro de Ester o Deus ignorado é misericordioso, mas as personalidades deveriam receber pouco louvor. ° autor retrata a providência, mas não deseja associar o nome de Deus de modo intimo com as personalidades do livro.
James E. Miller Madison, Wisconsin, EUA
Dra. McClarty responde: Em meu artigo abordei o livro de Ester como pertencendo ao
Cânone, e então utilizei as ferramentas da análise de narrativa literária como um auxílio heuristico para que o leitor veja no texto mais do que uma leitura superficial revela. Os seis elementos discutidos - enredo, personalidades, cenário, ponto de vista, estilo e temas - são meramente nomes dados àquilo que S6 encontra no texto.
Quanto mais analisei a história de Ester, mais me convenci de que o autor utilizou um estilo engenhoso e hábil a fim de apoiar temas sublimes e religiosos, inclusive o tema da providência de Deus. Muitos eruditos brblicos e mesmo o nosso Bible Commentary enfatizam o tema. Li todos os verbetes que participam do Index de Ellen White no que diz respeito a Ester e, embora existam pouqwssimas citações, ela também apóia o tema da providência de Deus.
Sob a perspectiva da análise total, a história de Ester, toma-se um microcosmo da Brblia como um todo - primeiro o Eden, depois a Queda, e então o Éden restaurado. Embora as personalidades sejam imperfeitas, ainda representam o povo de Deus, e é nisto que o autor do livro pretendeu que os leitores fixassem sua atenção - e não na pertUrbadora forma em que o livro trata da corte ou das práticas matrimoniais.
Negar o uso das ferramentas da análise literária a fim de elucidar o texto, seria equivalente a negar a um botânico o uso do microscópio a fim de revelar a estrutura de uma planta!
Inpressionado
Wilma McClarty, Southem College Collegdale, Tennessee, EUA
Senti-me particularmente impressionado com a excelente apresentação do primeiro exemplar de DIÁLOGO, com a lucidez da
maioria de seus artigos e com a maneira hábil através da qual tópicos intelectuais são abordados a partir de uma perspectiva espiritual. Jtecomendo que no futuro os artigos também focalizem a astronomia, um campo que se expande rapidamente e que intriga muitos cristãos brblicos.
Provê Respostas
Coster Ncube, Univ. of Zimbábue Harare, ZIMBÁBUE
Havendo lido uma cópia da edição francesa de DIÁLOGO, desejo expressar minha satisfação por esta nova publicação. Ela oferece o necessário apoio a estudantes adventistas que estão obtendo estudos universitários e provê respostas a muitas das questões com as quais eles se defrontam. Sugiro que no futuro vocês abordem a questão do cristão e a poIrtica.
As Questões Éticas
Adelio Pellegrini R07YUl, IT ALIA
Apreciei vossa ampla análise que apareceu em "Estratégia Adventista Global" e o esboço do objetivo da igreja em alcançar dois bilhões de indivíduos ainda não atingidos. No mesmo número, apreciei o perfil de Rut Alonso Cardona - uma irmã de profis· são que muito gostaria de conhecer, uma vez que minha famrIia também possui rafzes no País Basco da Espanha.
Estudantes adventistas que freqüentam faculdades e universidades na área de Sacramento, efetivamente apreciaram DIÁLOGO, embora eu tema que, pelo fato de esta comunidade haver atingido 365 pessoas, muitas ainda não estejam em vossa lista. Alguns de nós estamos muito interessados em bioética, assim como em ética comercial e profissional. Num tempo em que os cristãos estão sendo fortemente influenciados pelos valQres seculares, seria útil tratar mais uma vez do tema em DIALOGO.
Michael Angelo Saucedo, Escritório do Procurador Geral Davis, Calif6rnia, EUA
Resistir a Qualquer Pressão por Mudança Recebi recentemente os dois primeiros números de DIÁLOGO
e desejo ~decer-Ihes o haverem colocado meu nome na lista de enVIo do periódico. Aplaudo de coração o esforço da igreja em servir este segmento de seus membros, que por tempo excessivamente longo têm sido negligenciados.
Embora eu me sinta cético quanto a que se permita o prosseguimento do atual formato, onde se concede a apresentação de variados pontos de vista - e isto tão logo sejam de conhecimento amplo as notícias quanto à existência de DIÁLOGO - insisto em que o Comitê de Apoio ao Universitário e Profissional Adventista ofereça resistência a qualquer pressão por mudança. Nós, nos meios acadêmicos seculares, valorizamos o pensamento crítico, que é a única forma pela qual se pode levar a efeito avaliações abertas e sinceras destas várias perspectivas.
Mike Seaman, Univ. of Wisconsin Madison, Wisconsin, EUA
Criacionistas e Evolucionistas: Terreno Comum?
Criacionistas e evolucionistas vêem o mundo a partir de
perspectivas diferentes. Por vezes estas diferenças têm sido debatidas de forma tão acrimoniosa, que alguém poderia chegar a perguntar-se se os dois lados te-
L. J. Gibson riam um único ponto a respeito do qual concordar. Contudo, a identificação de áreas de acordo e discordância é capaz de clarificar as questões envolvidas no debate. A questão central diz respeito à diversidade de organis-
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mos vivos. Acham-se todas as espécies relacionadas através de ancestralidade comum - conforme propõem os evolucionistas -ou muitas delas foram independentemente criadas em suas linhagens? Os criacionistas bíblicos
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aceitam o relato da criação apresentado em Gênesis, com a sua diversidade, como sendo historicamente fidedigno, a despeito da falta de detalhes.
Uma vez que a criação bíblica envolve a atividade de Deus, faz ela parte de uma mundivisão religiosa. Como resultado, as implicações religiosas do criacionismo aumentam grandemente a intensidade do debate entre criacionistas e evolucionistas.
Evolução ou Mudança?
Na discussão das origens, é muitas vezes utilizado o termo evolução. Infelizmente, diferentes significados do termo podem causar confusão quanto ao efetivo objeto que está sendo discutido.1 Em diferentes contextos, evolução significa mudanças em moléculas, em morfologia e em complexidade. A avaliação do apoio a cada um destes significados pode ajudar a identificar as bases do desacordo quanto à validade da evolução.
Evolução Como Mundança nas Freqüências dos Genes. Num sentido simplificado, evolução significa mudança, e qualquer mudança pode ser considerada evolução. De acordo com uma definição amplamente utilizada, evolução é a mudança na freqüência de vários genes dentro de uma população.2 Uma vez que estas alterações foram observadas,3 esse tipo de evolução certamente ocorre. Entretanto, flutuações nas freqüências de genes por si só não explicam as mudanças nas espécies,4 e a evolução exibida neste sentido é trivial. Em conformidade com este fato, esta definição de evolução tem sido em grande medida abandonada.
Evolução Como Mudança em Moléculas. Criaturas individuais dentro de uma população apresentam variações moleculares de menor ordem; por exemplo, diferentes seqüências de aminoácidos. As mutações provavelmente causaram a maioria destas diferenças, embora alguma variação molecular possivelmente existisse em cada espécie, em
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suas origens. Comparações de diferentes espécies revelam maiores diferenças moleculares. O termo evolução é comumente usado como referência ao grau de variação entre moléculas similares em diferentes populações ou espécies.6
As mundanças em moléculas efetivamente ocorrem, e têm sido detectadas experimentalmente. Entretanto, na verdade não se pode igualar estas alterações com evolução. Meras mudanças em seqüências de moléculas similares não explicam a diversidade de organismos vivos. A relação entre seqüências moleculares e diferentes morfologias, é obscura. A comparação de seqüências cujas funções são desconhecidas, tais como similaridades gerais no DNA, {)roduz dados cujo significado é Igualmente desconhecido. Diferenças entre espécies certamente resultam de algo mais que apenas diferenças nas seqüências de aminoácidos em moléculas de hemoglobina ou na seqüência de nucleotídeos no RNA ribossômico.6 Embora o termo evolução possa ser usado para descrever os efeitos das mutações, variação seria um termo descritivamente mais apropriado.
Evolução Como Mudanças Morfológicas. Diferenças morfológicas na separação das várias espécies dentro de um gênero, podem ser semelhantes a variações dentro de espécies particulares. Mas as espécies em diferentes gêneros tipicamente possuem diferentes formas.7 A forma do corpo reflete os tipos' e proporções das partes do corpo e seu arranjo relativo'l<; Mudanças que produzem diferenças desse tipo são classificadas sob a evolução morfológica.8
Evidências obtidas da seleção experimental, tal como se faz em cães, mostram que alterações morfológicas de pequena importância podem ocorrer. Diferenças ente raças de cães são, efetivamente, equivalentes a diferenças entre gêneros de cães selvagens.9 Isto mostra que algumas espécies possuem suficiente variabilidade genética como para produzir indivíduos que os taxo-
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nomistas classificariam em diferentes gêneros. Tais alterações poderiam ser responsáveis pela diversidade que ocorre dentro de grupos bem definidos, tais como ursos, gatos ou cavalos. Entretanto, a pretensão de que as alterações morfológicas produzem novos gêneros ou famílias, deve ser apoiada por um conjunto contínuo razoável de morfologias intermediárias, quer em vivos, quer em fósseis.
A variabilidade genética também ajuda a explicar a diversidade dentro de grupos naturais bem definidos. Contudo, tais grupos parecem ser separados por lacunas que jamais foram transpostas. Experiências de seleção indicam que quando uma espécie é levada para mais longe de seu estado genético normal, sua viabilidade diminui. lO Parece que existem limites à flexibilidade da arquitetura genética. Estes limites poderiam explicar as lacunas que separam os grupos naturais de espécies.
Espécies em diferentes ordens de mamíferos possuem tipicamente especializações anatômicas distintivas, embora as partes envolvidas possam ser estruturalmente equivalentes. Especializações típicas envolvem os dentes, crãnio e membros. Diferenças entre espécies em diferentes ordens parecem demasiado grandes como para haverem resultado de modificações ocorridas a partir de um ancestral comum ao longo do tempo. Por exemplo, cães e coelhos parecem equivalentes em complexidade, mas diferem consideravelmente em as-:pectos gerais de forma, dieta, comportamento e estilo de locomoção. Não existem fósseis ligando cães e'90elhos a um ancestral comum. E di:ffcil imaginar como as suas diferenças poderiam ser explicadas através de formas intermediárias viáveis. Esse tipo de problema torna-se muito mais severo quando se consideram as diferenças entre grupos tais como morcegos, baleias e primatas.
Em resumo, as alterações morfológicas também ocorrem, ·mas apenas dentro de certos limites. Mudanças em proporções anatô-
micas podem explicar a diversidade dentro de certos grupos bem definidos de mamíferos. No tempo presente, todavia, a evidência não apóia adequadamente a evolução como causa de modificação do plano do corpo, e os criacionistas tendem a rejeitar a possibilidade de que isso possa ocorrer. Uma vez que os cientistas conhecem muito pouco sobre como a morfologia é produzida, ninguém deveria ser demasiado dogmático a este respeito. Pesquisa adicional poderá clarificar a genética do desenvolvimento, e poderão ser descobertos novos mecanismos de mudança. II Entretanto, o ônus das provas cabe àqueles que afirmam serem possíveis tais mudanças.
Evolução Como Incremento em Complexidade. A teoria geraI da evolução sustenta que a vida iniciou com formas simples que se diversificaram, tomandose crescentemente complexas ao longo do tempo. Todos os anteriores processos evolucionários, tomados em conjunto, não explicariam como a atuaI diversidade orgânica teria resultado de ancestrais simples. A teoria geral da evolução requer outra espécie de mudança: aumentos de complexidade resultando do desenvolvimento de novos genes, órgãçs e sistemas.
E implausível esperar que um novo gene apareça de novo (isto é, onde antes não existia). A hipótese da duplicação do gene propõe que um gene duplicado pode sofrer mutação, uma vez que outras cópias do gene proverão materiais necessários ao funcionamento celular.12 Mas as mutações parecem um meio improvável de produção de novas informações. Ao passo que a maioria das mutações podem ser aproximadamente neutras, aquelas que produzem efeitos visíVE}is são quase sempre danosas. E difícil ver como as mutações que exercem efeitos desprezíveis ou danosos possam explicar a origem da diversidade.
A regulação de um novo gene e sua integração ao conjunto de atividades de outros genes, ~presenta novos problemas. Muta-
ções aleatórias com muito maior probabilidade afetaria de modo negativo tanto a seqüência regulatória quanto o próprio gene estrutural, produzindo um "pseudogene" inativo. A explicação da produção de novos genes constitui um problema muitíssimo difícil para os evolucionistas.13
Mesmo que um novo gene possa aparecer, isto não eXplicaria plenamente a origem da diversidade. De modo simultâneo, novos tipos de porções do corpo precisam de alguma forma ser criados e integrados ao organismo funcionante.14 Os órgãos são complexos, tanto estry.tural quanto geneticamente. E improvável que surjam repentinamente, num único passo. Da mesma forma, novos órgãos provavelmente não surgiriam em estágios. De que utilidade seria uma asa parcialmente desenvolvida, ou dois terços de um olho?
Adicionalmente, um órgão necessita não a~nas ser funcional, como ainda mtegrado a outros sistemas orgânicos. Isto requereria modificações dos outros siste-
-mas orgânicos, e não poderia ser alcançado mediante qualquer mecanismo conhecido. O desenvolvimento de um novo órgão e a coordenação com outras partes do corpo não poderiam ser obtidos por qualquer mecanismo conhecido. Os criacionistas possuem razoável base teórica e empírica para rejeitar a evolução como meio de incremento da complexidade dos organismos vivos.
Áreas de Acordo e Discordlncla
Diante de todos estes pontos de discordância, seria possível algum grau de acordo entre criacionistas e evolucionistas no tocante às mudanças nas espécies? A resposta é SIM. Variações moleculares podem ser observadas. Um mecanismo conhecido pode ser responsabilizado por tais variações, e mudanças podem ser detectadas experimentalmente. Ai:, variações morfológicas dentro das espécies podem ser observadas. Embora os mecanismos ~enéticos por detrás destas VarIa-
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ções possam ser desconhecidos, novas variedades morfológicas têm sido produzidas. Tais tipos de mudanças produzem variações suficientes para justificar a classificação em diferentes gêneros, pelo menos no que diz respeito a cães. Tais mudanças poderiam facilmente produzir um aumento no número de espécies dentro de um grupo natural. Desta forma, mudanças em espécies contribuem para a diversidade de organismos vivos. Tanto criacionistas quanto evolucionistas podem concordar quanto a estes pontos.
Evolucionistas asseguram que todas as espécies se encontram vinculadas através de ancestralidade comum. Tal afirmativa não apenas ultrapassa as evidências disponíveis, como ainda contradiz muitas delas, tanto do ponto de vista teórico quanto empírico. Assumir uma ancestralidade comum para todos os organismos representa uma fraca base para se esboçar conclusões contrárias aos dados disponíveis.
Dois tipos de evidências empíricas contradizem a teoria da ancestralidade comum. Em primeiro lugar, a seleção experimental confirma que existem limites à mudança ~enética. As mudanças nas espéCIes podem ser produzidas, mas constituem meramente variações. Nenhum incremento em complexidade tem sido observado. Esta observação provê uma boa explanação para as lacunas entre grupos naturais de espécies. Mais evidência contra a ancestralidade comum é encontrada no registro fóssil. 16 Fósseis e espécies vivas não podem ser arranjadas num contínuo. Elas ocorrem em grupos naturais separados por lacunas. Alguns cientistas pensam que as lacunas indicam que as alterações morfológicas ocorrem em rápidos saltos ou esforços vigorosos ("equilíbrio pontuado").16 Isto pode ser verdade no caso de variações menores.17 Entretanto, não explica por que as lacunas se tornam maiores quando a pessoa observa níveis mais elevados da hierarquia taxonômica.18 Acima do nível de família parece que existem muitas linhagens independentes.
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Finalmente, existem razões teóricas para se rejeitar a ancestralidade comum para todos os organismos. Ninguém jamais observou um aumento espontâneo na complexidade dos organismos vivos. Pelo contrário, as observações sugerem que as estruturas tendem a degenerar, a menos que sejam essenciais à sobrevivência. Exemplos incluem perdas degenerativas por organismos cegos que vivem em cavernas, pássaros incapazes de voar em ambientes desprovidos de predadores e lagartos desprovidos de pernas, vivendo em cavernas. Se a complexidade crescente foi a norma, os cientistas não deveriam ter tido que asegurar a seleção natural a fim de mantêla.19 A teoria geral da evolução não é apenas inconsistente com a evidência empírica, como é também teoricamente implausível. Finalmente, existem razões teóricas para se rejeitar a ancestralidade comum de todos os organismos.
Deus e a Evolução
A evidência contra a complexidade que se origina através de estritos processos naturais é bastante forte, conforme brevemente resumido acima. Muitos cientistas reconhecem as evidências contra a teoria geral da evolução, e ainda assim crêem que todas as espécies devem estar relacionadas através de ancestralidade comum. Alguns sugerem que Deus opera através de processos naturais a fim de fazer com que os organismos vivos se tornem mais complexos. Utilizando esta linha de raciocínio, Deus é o Criador, e a evolução é o processo através do qual Ele criou. Entretanto, esta teoria, conhecida como evolução teísta, apresenta alguns problemas insolúveis.
A teoria da evolução teísta é inconsistente com as evidências científicas. As lacunas entre espécies vivas e fósseis tendem a funcionar como prova contrária à continuidade na evolução, independente de haver esta ocorrido rlaturalmente ou por intervenção div ina. Adicionalmente, os pro-
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cessos naturais tendem à aleatoriedade. Se os processos naturais são o método de criação de Deus, deve-se concluir que Deus permite que as coisas aconteçam em sentido degenerativo, em vez de melhorá-las.
A evolução teísta é também inconsistente com o caráter de Deus, conforme descrito na Bíblia. A veracidade de Deus é desafiada pela evolução teísta. O próprio Deus declara que produziu uma criação completa em seis dias.20 A evolução teísta contradiz diretamente esta declaração. A Bíblia também revela que Deus Se opõe à morte e Seu plano final é eliminá-Ia.21 Mas a morte é requerida pela evolução teísta e por outras formas de evolução. Crê-se que a evolução é dirigida pela seleção natural, na qual os organismos mais fracos são eliminados porque não podem competir com os mais fortes. A competição também requer escassez de recursos. Se a evolução é o método de Deus para a criação, devese concluir que a morte e a escassez de recursos fazem parte de Seu plano.22 Isto torna a Deus responsável pelas criaturas predadoras, parasitas e venenosas. Se Deus dirige a evolução, deve ser responsável pelos seus resultados. Isto contradiz as afirmações das Escrituras, de que o mal resulta do pecado humano. 28
A evolução teísta implica também que a humanidade alcançou seu presente estado através de aperfeiçoamentos, e não através de queda em pecado. Se as coisas são assim, por que haveriam os seres humanos de necessitar da salvação? Se hoje são melhores do que foram antes, tornar-se-ão ainda melhores com o decorrer do tempo. Uma vez que a evolução teísta implica em que Deus deve ser responsabilizado pelo °mal, e que a humanidade está naturalmente melhorando, e pelo fato de contradizer as próprias palavras de Deus, deve ela ser reJeitada por todos os cristãos que aceitam a Bíblia. Aceitá-la seria subverter as bases do cristianismo. Pelo contrário, os cristãos devem afirmar sua confiança na credibilidade da Palavra de Deus,
DIÁLOGO 2 - 1990
desde a criação descrita no Gênesis até à recriação descrita em Apocalipse.
Conclusão
As evidências disponíveis indicam claramente que a variabilidade genética ocorre dentro das espécies. Podemos observar variação em genes e em morfologia, suficientes para responder por espécies separadas, e provav"elmente até mesmo para separar os gêneros. Mas as mudanças ocorrem somente dentro de certos limites. Os rearranjos de partes do corpo em novos "projetos de organismos" ainda não foram observados, e são altamente improváveis. A produção de novos genes funcionais é teoricamente implausível através de mecanismos-padrões em genética, e a evidência que fala em seu favor é muito mais fraca do que geralmente se supõe.24 A produção de novos órgãos e sistemas é teoricamente improvável, e somente é mantida porque a ancestralidade comum das espécies é necessária para apoiar a teoria evolucionista.
Conforme vimos, criacionistas e evolucionistas podem encontrar terreno comum mesmo quando abordam suas disciplinas a partir de diferentes pressuposições acerca das origens. Entretanto, quando explanações sobre a diversidade orgânica excedem as evidências disponíveis, e até mesmo contradizem a evidência, não seria surpresa encontrar desacordo entre os cientistas.
As diferenç~ entre evolucionistas e criacionistas poderiam ser grandemente reduzidas se as inferências da ciência se limitassem àquilo que pode ser observado, e questões relativas à atividade criadora sobrenatural de Deus fossem deixadas a cargo de Sua auto-revelação nas Escrituras. Efetivamente, quando os dados são retroprojetados no passado, os dados científicos revelam a existência de numerosas linhagens independentes de organismos. Estas evidências estão de acordo com o relato bíblico da criação.
NOTAS 1. J. H. CampbeIl, "The New Gene
and its Evolution", em K. S. W. CampbeIl e M. F. Day, editores, Rates of Evolution (Londres: Allen and Unwin, 1987), págs. 283-310.
2. "Evolution is a change in the genetic composition of populations." -T. Dobzhansky, Genetics and tke Origin of Species, 3! edição, (New York: Columbia University Press, 1951), pág. 16.
3. Veja, por exemplo, E. G. Zimmerman, "Temporal Genetic Variation in a Population of the Pocket Gopher, Getrmys Bursari1LS", Genetica 76:153-159 (1988).
4. G. G. L. MikJos e B. John, "From Genome to Phenotype", págs. 263-282, in Campbell and Day, editores, op. cit., págs. 263-282.
5. Por exemplo, F. J. Ayala, Molecular Evolution (Sunderland, MA: Sinauer, 1976).
6. "É duvidoso que alguém houvesse alguma vez sentido a necessidade de resistir à noção de evolução se tudo que ela implicasse fosse de que a constituição exata da hemoglobina modificou-se ao longo das eras." C. H. Waddington, The Evolution of an Evolutionist (Edinburgh: Edinburgh Univ. Press~ 1975),3)ág. IV.
7_ C. A. Lemen e .t". W. Freeman, "The Genus: A Macroevolutionary Problem", Evolution 38:1219-1237 (1984).
8. Por exemplo, W. Arthur, Mecha-nisms of Morphological Evolution (New York: Wiley, 1984).
9. R. K. Wayne, "Cranial Morphology of Domestic and Wild Canids: The frifluence .. of Development on Morphologi-
cal Change", Evolution 40:243-261 (1986).
10. E. Mayr, Populati..oruJ, Species, and Evolution (Cambridge, MA: Belknap Press, 1970). Veja também L. P. Lester e R. G. Bohlin, TheNaturalLimits toBiological Change (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1984).
11. Uma idéia relativamente recente é a possibilidade de as mutações ocorrerem de forma não aleatória (veja, por exemplo, J. Caims, J. Overbaugh e S. Miller, "The Origin of Mutants", Nature 335:142-145 [1988]). Outra idéia recente é a possibilidade de transferência genética trans-especffica (veja, por exemplo, L. Jeppson, "A Possible Mechanism in Convergent Evolution", Paleobiology 12:80-88 [1986]).
12. S. Ohno, Evolution by Gene Duplication (New Y ork: Springer-Verlag, 1970).
13. G. Z. Opadia-Kaddima, uHow the Slot Machine Led Biologists Astray", Journal ofTheoretical Biology 123:127-135 (1987).
14. Por exemplo, veja o capitulo 5 de Lester e Bohlin, l!P. cito
15. Por exemplo: "O registro fóssil contém tantas lacunas morfológicas entre o que se poderia considerar como espécies ancestrais e descendentes, que chega a prover a impressão de descontinuidade em vez de continuidade evolucionária." A. Hoffman A rflll:ments on Evolution (Oxford: Orlord University Press, 1989), pág. 8. Veja também o capítulo 8 de M. Denton, Evolution: A Theory in Crisis (Bethesda, MD: AdIer and AdIer, 1985).
16. N. Eldredge e S. J. Gould, "Punetuated Equilibria: An Alternative to PhyleticGradualism", in T. J. M. Shopf, editor, Models of Paleobiology (San Francisco, CA: Freeman, Cooper & Co., 1972), págs. 82-115.
17. Uma declaração nesta linha, feita por um autor que discorda de minhas con' clusões, pode ser encontrada na seguinte fonte: E. C. O1son, "The Problem of Missing Links: Today and Yesterday", Quarterly Review of Biology 56:446 (1981). A possibilidade de mutações em larga escala parece necessária se a evolução é veraz, mas tanto a evidência experimental quanto nossa atuaI compreensão dos mecanismos genéticos parecem excluir tal possibilidade.
18. M. Denton, crp. cit., págs. 191-192. 19. Por exemplo, A. Hoffman, op. cit.,
pág. 156. 20. Êxodo 20:11; veja também Gêne
sis 1 e 2 e Êxodo 31:17. 21. Isafas 65:45; Mateus 10:29; Roma
nos 8:20 a 22; Apocalipse 20:14; 21:4. 22. F. Van Dyke, "Theological Pro
blems in Theistic Evolution", Journal of the A merican Scienti}w Affiliation 39:11-18 (1986).
23. Gênesis 3:14-19; Romanos 5:12; 8:19-23.
24. G. Z. Opadia-Kaddima, op. cito
L. J. Gibson (Ph. D., Loma Linda University) é cientista-pesquisador assistente junto ao Geoscience Research Institute, sediado em Loma Linda, Califórnia, EUA.
Sete Tendências Adventistas Perfi I Estatístico
de Uma Igreja em Mudança
Durante a década de 1990 a Igreja Adventista do Séti
mo Dia tem uma previsão de crescimento do número de seus membros, em cerca de meio milhão por ano, mas nem as suas receitas em dólares e nem a sua força de trabalho crescerão proporcionalmente. A influência dos líderes eclesiásticos nos países em desenvolvimento irá crescer, mas as contribuições recebidas em seus campos poderão não ser suficientes para atender suas necessidades, crescentes em ritmo acelerado. Uma igreja sempre mais jovem e mais vibrante, nes-
F. Donald Y ost
tas nações emergentes, continuará procurando dos membros de nações afluentes a necessária assistência financeira.
Estas e outras tendências apresentarão desafios fora do comum à Igreja Adventista enquanto esta estiver procurando cumprir a comissão evangélica na década vindoura. As estatísticas da igreja deixam bem clara esta tendência. Examinemos sete tendências do âmbito da igreja que transparecem claramente nas edições recentes do A nnual Statistical Reporto (O "glossário" ao final do artigo explica o significado das abreviaturas. )
DIÁLOGO 2 - 1990
Crescimento Sustentado em Número de Membros
1~ Tendência. O crescimento do número de membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia é exponencial e, à presente taxa, alcançará 11 a 12 milhões por volta do ano 2.000.
De um pequeno punhado de adeptos em 1848, o ano em que ocorreram as conferências do sábado, e de uma estimativa de 3.500 quando a Associação Geral foi organizada em 1863, os ad~ ventistas do sétimo dia multiplicaram-se a ponto de atingir mais
9
de 6 milhões e estabeleceram-se em praticamente todas as nações - grandes e pequenas. Embora tenhani traDscorrido cerca de 92 anos para se atingir o primeiro meio milhão de membros, atualmente são necessários apenas 13 meses para que se adicione um novo meio milhão. Uma vez que novos conversos logo trazem para a igreja outros novos conversos, cada uma destas parcelas de meio milhão foi requerendo menor número de anos para ser alcançada - e agora, somente uns poucos meses. Veja a Tabela 1 e o GTáfico A.
Ninguém pode predizer com certeza se as taxas recentes de crescimento se manterão. Entre 1900 e 1989 a taxa média foi de 6,2% ao ano. Desde 1976 a taxa subiu para 6,2% - em parte devido à vigorosa promoção de todas as formas de evangelismo, inclusive os programas Mil Dias de Colheita (1982-1985) e Colheita 90 (1985-1990).
TABELA 1
Crescimento em Número de Membros
Expresso em Módulos de Meio Milhão
1848-1989
Número aproximado de anos requeridos para que a Igreja Adventista acrescentasse um novo meio milhão de pessoas a seus. membros:
Para 0,5 milhão De 0,6 a 1,0 milhão De 1,0 a 1,5 milhão De 1,6 a 2,0 milhões De 2,0 a 2,5 milhões De 2,5 a 3,0 milhões De 3,0 a 3,5 milhões De 3,5 a 4,0 milhões De 4,0 a 4,5 milhões De 4,5 a 5,0 milhões De 6,0 a 5,5 milhões De 5,5 a 6,0 milhões
92,0 anós 15,1 anos 9,1 anos 5,7 anos 4,3 anos 3,5 anos 2,8 anos 2,3 anos 1,9 anos 1,6 anos 1,5 anos. 1,2 anos
Se as taxas recentes de cresci-
10
mento permanecerem, a igreja I taxas de crescimento e perda de terá 11,5 milhões por volta do membros em módulos de 5 anos, ano 2000. A Tabela 2 apresenta desde 1960.
TABELA 2
TAXAS LfQUIDAS DE CRESCIMENTO E TAXAS DE PERDA DE MEMBROS
Em Perfodos de Cinco Anos, de 1960-1989
Perfodo
1960-1964 1965-1969 1970-1974 1975-1979 1980-1984 1985-1989
ANO 2000
1D80
1 CHIO
1140
1120
1100
1880
1880
1840 o 0.6
Taxa Média de Crescimento Líquido
Anual
4,8% 5,3% 5,2% 5,6% 6,0% 6,9%
GRÁFICO A
CRESCIMENTO EM NÚMERO DE MEMBROS
Em Módulos de Meio Milhão 1848-1989
Taxa Média Anual
de Perdas
2,9% 2,9% 3,2% 2,7% 2,6% 2,1%
1.0 1.IS 2.0 2.5 ao 3.5 4.0 4.6 5.0 lU e.o
Membros (milhões)
Proporção de Adventistas Para a Populaçio Mundial
se vozes que afirmam estar a população mundial crescendo mais rápido que o número de membros da igreja. Diz-se, a partir daí, que não há forma de algum dia podermos levar o evangelho a toda "nação e reino e língua e povo" , conforme nos propusemos fazer.
2! Tendência. O número de membros da igreja está crescendo mais rápido que a população mundial.
De tempos em tempos ouvem-
DIÁLOGO 2 - 1990
GRÁFICO B
ADVENTISTAS E POPULAÇÃO MUNDIAL
1863-1989
cerca de 100 para cada milhão (um membro em 10 mil habitantes). Hoje, com 6,2 milhões de adventistas num mundo com 5,3 bilhões de habitantes, existem 1168 adventistas por milhão de habitantes (um em 856).
Adventistas/Milhão de População 11ea 1200
1000
800
eoo
"'00
200
•
Presença Ampla, Porém Mal Dlstribuida
3~ Tendência, Embora a Igreja Adventista seja a denominação protestante mais amplamente distribuída, sua mensagem é ainda desconhecida por parte de vastos segmentos da população mundial.
Anos ~ae3 '70 '80 'SIO 1000 ',o '20 '30 '.0 '150 '150 '70 'SO '815 'S9
Onde são os adventistas encontrados em maiores concentrações? E onde sua presença é a menos densa? O Grájwo C mostra que a Divisão do Sul do Pacífico Informa uma média de 8.900 membros para cada milhão de habitantes de sua população. A União do Oriente Médio, por outro lado, apresenta em média apenas 20 membros para cada milhão de população. Dentro de todos os territórios apresentados, existem países em que a densidade adventista é muito maior ou muito menor que a média geral encontrada no território como um todo.
É verdade que, enquanto a igreja batiza centenas, a população do mundo cresce a centenas de milhares. Em 1989 a igreja foi acrescida em 433.850 membros, ao passo que a população mundial foi incrementada em estimados 87 milhões. Que contraste! Entretanto, existe outra forma de se analisar os dados:
1. A Ta:xa de crescimento da igreja é maior que a do crescimento da população mundial. Entre 1979 e 1989 nossos membros cresceram à taxa média anual de 6,455%. Durante o mesmo período, a população mundial cresceu à taxa média anual de 1,935% -somente um terço da taxa de crescimento da igreja.
2. Especialistas em população predizem que a população do mundo atingirá um pIam de 10,4 bilhões de pessoas dentro de aproximadamente 100 anos. (Veja Population Reference Bureau, "1989 World Population Data Sheet.") Se a atual taxa de crescimento da igreja prosseguir durante 112 anos e a população do mundo se estabilizar, conforme predito, cerca de metade da população mundial será de adventistas do sétimo dia por volta de 2102 - 5,2 bilhões de adventistas num mundo de 10,4 bilhões de habitantes.
Não resta qualquer espaço para questionamento: os adventistas do sétimo dia têm estado a crescer com maior rapidez que a população em geral. (Veja Gráfico B.) Em 1863, com cerca de 3.500 adventistas num mundo com 1,3 bilhão de pessoas, havia pouco mais que três adventistas para cada milhão de pessoas vivendo no mundo. Em 1920 havia
19 China
GRÁFICO C
Número de Membros em Relação à População
MembroslMilhão de População Por Divisões Mundiais, 1989
20 União do Oriente Médio 118 União das Repúblicas Soviéticas Socialistas 191 Divisão Sul-Asiática
211 Divisão Trans-Européia 773 Divisão Euro-Africana
989 Divisão do Extremo Oriente 1420 Uniões Sul-Africanas (2)
2702 Divisão Norte-Americana 2743 Divisão África-Oceano Índico
3948 Divisão Sul-Americana 5670 Divisão da África Oriental 5899 Divisão Interamericana
8899 Divisão do
8000 10000 p~clh~~ I O
i
2000 i
4000 i
6000
DIÁLOGO 2 - 1990 11
o que o Gráfico C não mostra é que as maiores concentrações de adventistas geralmente ocorrem onde a populaçãc se encontra menos concentrada. Nas duas divisões latino-americanas, por exemplo, onde os adventistas representam 3.948 por milhãc (DSA) e 5.899 por milhão (DIA), as populações são de 239 e 200 milhões, respectivamente. Contudo, onde a população mundial é maior, a população adventista é ínfima ou mesmo inexistente. China, Índia, União Soviética e Oriente Médio somam cerca de metade da população mundial, mas as proporções de adventistas diante da população geral varia, nestes países, de 19:1.000.000 a 191:1.000.000, sendo que a média mundial é de 1.168:1.000.000. O desafio para a missão adventista é evidente.
o Deslocamento dos Membros do Norte Para o Sul
4~ Tendência . Com O crescimento rápido ocorrendo em nações em desenvolvimento e o crescimento lento nos antigos países-bases (as nações industrializadas do ocidente), as maiores proporções de '!lembros aparecem agora na Africa, América Latina e leste e sul asiáticos. Por volta do ano 2000 cerca de três
quartos de todos os adventistas estarão residindo em regiões mais ao sul .
O Gráfico D e a Tabela 3 revelam as tendências do crescimento de membros nas sete áreas do mundo escolhidas para análise no presente artigo. Em 1960 a América do Norte continha cerca de 27% de todos os membros, e a África apresentava menos de 20% do total. Os últimos relató-
rios (1989) mostram que a América do Norte possui agora 12% de todQs os membros, ao passo que a Africa está com 30%. Outras regiões mostram variações significativas. Somente o Sul do Pacífico permaneceu mais ou menos igual, com cerca de 4% do total. Estas alterações refletem as significativas diferenças em taxas de crescimento de região para região.
GRÁFICO D
NÚMERO DE MEMBROS POR ÁREAS DO MUNDO COMO PORCENTAGEM DO TOTAL DE MEMBROS
1960 e 1989, com projeção para 2000 % do total
,o
00 1960 CJ 19a9 m 2000
30
20
10
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TABELA 3
NúMERO DE MEMBROS POR ÁREAS MUNDIAIS 1960 e 1989
Projeção Para o ano 2000 (+)
Membros Membros Membros
Área do Mundo 1960 1989 2000
África 241.574 1.879.565 3.765.000 Ásia (Leste e Sul) 146.315 952.102 1.765.000 Pacífico Sul 56.289 33.740 370.000 EUl'opa 154.808 200.350 200.000 América Latina 252.606 2.119.491 4.360.000 América do Norte 332.364 743.023 930.000 China e URSS 61.168 55.314 85.000
Totais 1.245.125 6.183.585 11.485.000
(+) Projeções baseadas no crescimento de membros, área por área, entre 1960 e 1989, e ajustadas conforme a projeção do total mundial de membros. A projeção para China e URSS é especulativa.
12 DIÁLOGO 2 - 1990
A taxa de crescimento dos membros mundiais entre 1960 e 1989 foi em média de 5,7% ao ano. Se todas as regiões do mundo houvessem crescido a essa taxa, as duas primeiras barras para cada região seriam idênticas no Gráfico D. Mas algumas cresceram com muito maior velocidade que outras. Se estas taxas variantes prosseguirem até 2000, os membros estarão distribuídos conforme se demonstra na terceira barra de cada conjunto no Gráfico D e a terceira coluna de números da Tabela 9. África e
América Latina prosseguirão representando maiores fatias e a participação das demais regiões ~rmanecerá equilibrada ou declinará.
Pesada Concentração de Adventistas em Alguns Países. Encontrar um adventista no Iraque, seria mais ou menos como localizar uma agulha num monte de feno. Mas na Jamaica uma em cada 17 pessoas é adventista. Em Ruanda a proporção é de um em cada 34.
A Tabela 4 relaciona os países com maior número de adventis-
TABELA 5
TOTAL DE OBREIROS ATIVOS 1920-1989
Ano N~ Obreiros Ativos Quociente em Relação ao número de Membros
1920 13.081 1:14 1930 21.461 1:15 1940 29.816 1:17 1950 38.927 1:19 1960 48.890 1:26 1970 65.957 1:31 1980 92.912 1:38 1989 111.140 1:56
TABELA 4
tas. A liderança é dos Estados Unidos, com o número de 743.023 e Jamaica finaliza a lista, com 148.202 membros. A densidade dos adventistas nestes 10 países varia de 59.280 por milhão de população, na Jamaica, até J96 por milhão populacional, na India.
Quatro destas nações se encontram na América Latina, três na África e duas no sul e leste asiático.
Obreiros Denominacionals Agora Servem Maior Número
de Membros
Tendência n~ 5. O número de empregados denominacionais -tanto da área evangelística quanto institucional- cresce à medida que a igreja cresce, mas o quociente de empregados por número de membros está declinando.
A Igreja Adventista não está experimentando crescimento desproporcional de sua "cabeça". Em 1920, quando a igreja empregava 13.081 obreiros, existiam 185.450 membros. O quociente de obreiros por número de membros era de 1 para 14 (Tabela 5). Ao longo dos anos seguintes esta proporção decresceu firmemente até o presente momento, quando os cerca de 6,2 milhões de membros estão sendo servidos por 111.140 obreiros evangelísticos e institucionais, o que provê uma proporção de 1 para 56.
OS DEZ PAÍSES COM MAIOR NÚMERO DE MEMBROS 1989
País
Estados Unidos Brasil Filipinas México Quênia Zaire Peru Ruanda índia Jamaica
Total de Membros 1989
743.023 511.264 475.125 316.609 286.851 218.954 211.110 205.316 163.384 148.202
DIÁLOGO 2 - 1990
Membros por um Milhão de Habitantes
2.986 3.469 7.321 3.652
11.903 6.274 9.865
29.331 196
59.280
13
Estes quocientes que se modificam poderiam sugerir uma igreja em estagnação, mas vitalidade é que não falta . Talvez o ministério dependesse de labores mais intensos nos tempos de out rora. Talvez, pelo fato de os membros viverem então de modo mais simllles, contribufssem eles com maIor parcela de seus recursos para as receitas da igreja. Talvez invistamos agora os fundos denominacionais em equipamento, viagens e projetos especiais, em maior extensão que há poucas décadas. Parece desnecessário afirmar que, se maiores fundos estivessem disponfveis, maior número de empregados denominacionais seria contratado.
Evangelizar, Conservar e Compar tilhar - Fórmula Para o Crescimento. Fortalecimento em membros e ministros não prediz necessariamente crescimento rápido.
Quando Jesus descreveu a colheita da terra como estando "madura" , convocou Seus seguidores a irem para o II campo" . Hoje, será que a maior colheita ocorre onde existem maior proporção de membros e ministros? Ou ocorre onde existem poucos? Os Gráficos E-I e E-2 apresentam quatro perfis em gráficos de barra a fim de retratar a relação entre membros, ministros e novos conversos.
A primeira barra representa a porcentagem de membros da divisão diante do total de membros; a segunda, a porcentagem de ministros; e a terceira, as novas adesões. A Divisão da África Oriental, por exemplo, possui 14,2% dos membros do mundo, 7,0% do número total de minist ros e 22,8% das novas adesões, ocorridas em 1989. Quatro perfis apresentam-se claros :
1. Três divisões compartilham o primeiro perfil: possuem pequena proporção de pastores para o número de membros e a maior porcentagem de novas adesões.
2. A Divisão Interamericana, sozinha, representa o segundo perfil: aqui a porcentagem de adesões se equipara à porcentagem de membros, mas a proporção de ministros é muito menor.
14
3. A Divisão do Extremo Oriente possui porcentagem aproximadamente igual dos três fatores.
4. As sete divisões restantes (apresentadas no Gráfico E-2) compartilham um perfil diferente: grandes porcentagens de ministros; menores porcentagens de membros; e (usualmente) porcentagens muito pequenas de novas adesões à igreja.
As diferenças nestes perfis gráficos podem ser devidas a vários fatores. São possfveis as seguintes explicações:
1. As divisões apresentadas no Gráfico E-I são as de mais rápido crescimento. Durante algum tempo, maior número de membros, em relação ao número de ministros, está-se unindo à igreja - o que contrasta com a situação em muitas outras partes do mundo.
vidas, é mais provável que o salário do pastor esteja mais próximo do de um membro médio da igreja. Nos pafses em desenvolvimento, o salário do ministro pode situar-se consideravelmente acima da renda do membro médio.
4. Onde a igreja se encontra mais institucionalizada, possui história mais antiga e se constitui de membros mais idosos, o número de ministros por membros é maior, porém é mais baixo o nfvel de novas adesões. Um fa tor concomitante é que existem culturas adventistas de terceira geração, onde o entusiasmo pela mensagem foi substituído pelo estilo de vida eclesiástica tipo IIrotineiro". Menor número de membros conquistam almas.
GRÁFICO E-I RELAÇÃO ENTRE O NÚMERO DE MEMBROS E
d I MINISTROS E AS NOVAS ADESÕES
% o tota " Segundo as Divisões, 1989
% de membros ~ % de ministros o n.. % de novas adesões II!!I
" 1I!U
11.3 11 II 14 . 2
12.0
o.
"
o L L L
DAI DAO DSA
2. Os recursos financeiros são parcialmente limitados nas três primeiras divisões - DAO, DSA e DAI. Talvez, pelo fato de muitos membros viverem sob baixo nível econõmico, requeira-se o dIzimo de maior número de mem- ' bros para sustentar um ministro, quando se compara isto com o caso das sociedades afluentes.
3. Os fundos são mais abundantes nas divisões apresentadas no Gráfico E-2. A Divisão SuIAsiática constitui exceção. Na moeda forte das nações desenvol-
DIÁLOGO 2 - 1990
18' UI
12. 13 ,. o .•
DIA DEO
Contribuições dos Membros e Capacidade de Compra
Tendência n~ 6. As contribuições estão aumentando de forma global, mas não estão mantendo o mesmo r itmo do aumento de membros e da inflação.
As contribuições aumentaram. em cerca de vinte vezes durante os últimos quarenta anos, mas, em termos de capacidade de compra, o aumento não chegou a ser de três vezes.
GRÁFICO E-2 América do Norte - Fonte da Maior Parte do Financiamento
RELAÇÃO ENTRE O NúMERO DE MEMBROS E MINISTROS E AS NOVAS ADESÕES
% do total
Tendência n~ 7. A América do Norte, base doméstica original da igreja, prossegue provendo a maior parte do financiamento para o campo mundial, mas sua participação está declinando,'
30 Segundo as Divisões, 1989
24.1
20
0/0 de membros ~ % ~e ministros Cl Os adventistas da América do
Norte doaram 70% de todos os dízimos e ofertas recebidas em nível mundial pelas tesourarias da igreja. A Tabela 7 mostra as contribuições totais oferecidas em 1989 (US$ 953 milhões) e divididas pelas áreas do campo mundial. A porcentagem de cada área no total é apresentada na coluna da direita.
% de novas adesões !mi
10
O
DNA DSP DEA DSU URSS DTE CA
Em 1950 as tesourarias da igreja receberam aproximadamente 46 milhões de dólares em dízimos e ofertas. Em 1989 o montante de todas. as contribuições atingiu aproximadamente 953 milhões de dólares. Durante o mesmo período o número de membros cresceu oito vezes e a inflação reduziu o valor de compra de um dólar a menos de um quinto de sua capacidade em 1950. (Estes índices baseiam-se no Consumer Price Index, calculado e publicado pelo U nited States Bureau of Labor Statistics.)
A Tabela 6 e o Gráfico F mostram a história das contribuições sob duas formas: (1) contribuições per capita em dólares correntes, ou seja, os dólares no ano em que as doações foram feitas e (2) contribuições per capita em dólares constantes (o dólar de 1950 foi escolhido como parâmetro). A primeira coluna mostra que em 1950 o adventista médio contribuiu anualmente com US$ 66,09 em dízimos e ofertas. Em 1989, a média havia subido para US$ 174,58. Entretanto, quando se exclui a inflação (coluna da direita), a base per capita baixou de US$ 66,09 em 1950 para 33,33 em 1989. Ou seja, a contribuição de um adventista à igreja em 1989 foi capaz de comprar apenas a metade do que a mesma contribuição permitiria em 1950.
GRÁFICO F CONTRIBUICÕES TOTAIS
PER OAPITA Em Dólares Correntes e
Dólares Constantes (1950) 200 1950-1989
""*" Dólares Correntes ° Dólares de 1950
1110
IDO
ao
O+----------------~~---------------~--------------------~---------------~ 18110 lellO le70 ,eBO
TABELA 6
CONTRIBUIÇÃO TOTAL PER CAPITA Em dólares Correntes e Constantes (1950)
18811
8
Ano Contribuição Per Capita (Dólares Correntes)
Contribuição Per Capita (Dólares Constantes - 1950)
1950 66,09 66,09 1960 85,26 69,30 1970 116,49 72,22 1980 98,47 57,98 1989 174,58 33,33
DIÁLOGO 2 - 1990 15
TABELA 7
TOTAL DE CONTRIBUIÇÕES SEGUNDO ÁREAS DO MUNDO 1989
Área
África
Contribuições % do Total
Sul e Leste Asiático Sul do Pacífico Europa América Latina América do Norte URSS
US$ 19.688.927 53.199.619 47.784.314 79.987.990 85.062.318
2,0 5,6 5,0 8,4 8,9
Totais
Projeçóes
O que estas sete tendências revel~ quanto ao presente e o que projetam para o futuro?
No mesmo grau em que a mensagem da Bíblia, o evangelho de Jesus Cristo, encontra maior aceitação em certos lugares que ~m outros, assim também a igreJa crescerá. Conforme Jesus ensinou, a mensagem cai parcialmente em terreno fértil e produz colheita mais rica, ao passo que parte da semente cai entre espinhos e é sufocada. Não existe razão para supor que o crescimento declinará em Papua-Nova Guiné, no Malawi ou nas Filipinas dentro dos próximos dez anos, mas poderemos observar notáveis mudanças quanto à aceitação da mensagem do Terceiro Anjo em lugares tais como o Leste Europeu.
De um ponto de vista humano, é seguro afirmar que o crescimento da igreja não se observará de modo uniforme ao redor do mundo.
O que ocorre a uma denominação quando seus membros excedem os 10 milhões, tem presença multinacional, multicultural e multilingual? Quantos centros educativos adicionais terão ainda d: ser construídos? Onde poderao ser encontrados os professores necessários, com o devido treinamento? E em quais dentre as centenas de idiomas do mundo deverão os meios de comunicação adventistas - tanto escritos como falados - publicar a
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666.747.028 477.588
952.947.784
70,0 0,1
100,0
mensagem de nosso Salvador que retorna?
Crescimento rápido sem o correspondente aumento nas receitas representa um conjunto especial de problemas. Vimos que as contribuições per capita declinaram em anos recentes pelo fato de membros com menor renda multiplicarem-se com maior rapidez que os membros de renda nuüs elevada. Essa tendência permanecerá, a menos que haja uma reviravolta no crescimento da igreja na América do Norte, Europa, Austrália e Nova Zelândia.
Embora grande quantidade de fundos ainda proceda da América do Norte em direção a outras partes do mundo, a tendência quanto aos membros claramente permite prever que a América do Norte e a Europa em breve terão apenas 10% dos membros mundiais. Poderá um décimo dos membros do mundo prosseguir sustentando o mesmo nível de apoio oferecido a outras divisões que no passado se observou?
Conclusão
Há cento e vinte anos, a pequena Igreja Adventista do Sétimo Dia começou a pensar no envio de missionários norte-americanos a outras partes do mundo. Apresentar ao mundo uma mensagem especial para os últimos dias, era algo aparentemente impossível. Mas nossos pioneiros começaram. Os resultados têm sido notáveis.
Hoje parecemos defrontar-nos com uma tarefa ainda impossível.
DIÁLOGO 2 - 1990
Mas, a partir do que Deus fez no passado através de nossos esforços, sabemos que Seu reino florescerá e a vitória será finalmente alcançada.
Afortunadamente, a proclamação do evan~elho não depende de estatísticasf Nosso Deus é um Deus de surpresas. Cristãos dispostos, submetidos ao Espírito Santo e por Este fortalecidos, produzem resultados para o reino de Cristo. Todos nós temos a resposta para as necessidades do rei!l0: inarredável devoção a Cnsto. Através dEle todas as coisas são possíveis.
Glossário As tabelas e gráficos que apare
cem neste artigo, utilizmit abreviaturas para as divisões mundiais da igreja e incorporam certas suposições que devem ser esclarecidas:
Divisões mundiais: as descrições territoriais seguintes provêem apenas as localizações ger~s. Para ~etalhes completos, veja uma edição atual do Seventhday Adventist Yearbook.
DAI - Divisão África-Oceano fndico: África ocidental abaixo do Saara, incluindo as nações de idioma francês e as ilhas que se acham ao leste da África, tais c0-mo Madagáscar e Maurício.
DAO - Divisão da África Oriental: da Etiópia ao sul, até Botswana.
DEA - Divisão Euro-Africana: Europa central e do sul, norte da África, Angola e Moçambique.
DEO - Divisão do Extremo Oriente: costa do Pacífico na Ásia, do Japão e Coréia para o sul, até à Indonésia, e ao oeste até Bangladesh e Sri-Lanka.
DIA - Divisão Interamericana: México, Caribe e costa norte da América do Sul.
DNA ~ Divisão Norte-Americana: Bermudas, Canadá e Estados Unidos.
DSA - Divisão Sul-Americana: toda a América do Sul exceto suas cinco nações localizadas mais ao norte.
DSP - DivisãO do Sul do Pacífico: Austrália, Nova Zelândia e as Ilhas do Sul do Pacífico.
DSU - Divisão do Sul Asiático: fndia, Nepal e Butão.
DTE - Divisão TransEuropéia: Noroeste da Europa, Hungria, Iugoslávia, Grécia, Israel e Paquistão.
CA - Campos Associados: três uniões diretamente vinculadas à Associação Geral: (1) UniãoMissão do Oriente Médio-UOM: da Líbia para o leste até o Irã e Omã, e da Turquia para o sul até o Sudão; (2) União-Missão Mri-
cana do Sul - UAS e (3) UniãoMissão do Sul da África - USA.
Áreas do mundo: as áreas do mundo que várias vezes foram citadas ao longo do artigo, referem-se aos continentes, com duas exceçõe8: América Latina referese à América Central, ilhas do Caribe e América do Sul. "Ásia" é um termo utilizado nas tabelas e gráficos como referência ape-
nas ao sul e leste da Ásia, o que exclui a China e a URSS, cujos dados são fornecidos separadamente.
F. Donald Yost (ph. D., Syra.cuse University) atua como diretor do Departamento de Ar~uivos e Estatísticas da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. As informações apresentadas neste artigo foram pesquisadas por Carole Proctor.
Prevenindo a Tendência Secular
A tendência secular ameaça todos os estudantes e profis
sionais universitários adventistas. Muitas vezes ela parece irresistível. Por "tendência secular", refiro-me a um processo gradual de declínio espiritual, em que de cristãos ativos e participantes, as pessoas se tornam indiferentes ou até mesmo chegam à rejeição total da verdade. Quando a pessoa tende à prática de um estilo de vida secular, a primeira indicação normalmente ocorre na área da oração particular. Muitos que uma vez tiveram uma rica e significativa vida de oração, já não a experimentam.
Um indicador associado de tendência secular é a ausência de regular e significativo estudo da Bíblia e de outros clássicos devocionais, tais como os escritos de EIlen White. Para alguns, o interesse por esse tipo de leitura pode esmaecer concomitantemente à sua vida de oração. Outros podem prosseguir lendo, estudando e debatendo religião, ao mesmo tempo em que não se dedicam à oração devocional por anos.
Um terceiro indicador de afas-
Como Conservar a Fé Numa Era Secularizada
Jon Paulien
tamento da vida espiritual é o declínio nos padrões pessoais. Se a pessoa crê firmemente que determinada ação é errada e esta convicção começa a enfraquecer em termos práticos, isto pode representar um sinal de severos problemas espirituais.
Em seu quarto estágio a tendência secular torna-se perceptível aos outros - a freqüência à igreja começa a diminuir. Pode ser que a princípio a pessoa cochile aqui e ali, ou passe eventualmente algum fim de semana em acampamentos nos bosques. O membro pode "visitar outras igrejas" mais que a sua própria. Finalmente, a freqüência é tão pequena, que chega a parecer que ela requer mais esforço do que vale a pena.
Os estágios finais na tendência secular é caracterizado por sérias dúvidas acerca da Bíblia e da vida porvir. O último estágio rumo à secularização envolve séria desconfiança diante de qualquer instituição relacionada com a religião. Nos dias atuais, o desrespeito pela autoridade religiosa representa, dentro da Igreja Adventista, tanto um problema da
DIÁLOGO 2 - 1990
"asa direita" quanto da "asa esquerda".
Ao passo que em termos gerais o padrão citado acima se desenvolve gradualmente, em casos individuais uma crise pessoal pode acelerar o processo ou mesmo inverter a ordem em que a secularização usualmente ocorre. Mais preocupante que a ordem de progressão é o fato de 9.lle crescente número de adventistas em todo o mundo está se debatendo com a tendência à secularização.
Se este processo nos está afetando, o que podemos fazer a fim de limitar seus efeitos danosos e mantermos fé vigorosa nesta era secular? A secularização é acelerada por várias forças externas, tais como os meios de comunicação, particularmente a televisão e o bombardeio de propagandas. Educação mais elevada e maior acesso à informação podem igualmente contribuir para aumentar os níveis de secularização. Mas uma perspectiva secular pode infiltrar nossas vidas tão-somente se nossa comunhão com Deus já não for uma realidade. Nenhuma força externa pode, de per si, secularizar uma pessoa ou uma igreja.
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A Vida Devoclonal
o segredo para conservar a fé nesta era secular reside, pois, em se aprender como desenvolver e manter um vivo relacionamento com Deus. Certamente não é possível conservar vida espiritual forte sem hábitos devocionais igualmente vigorosos. Não existe substituto para a aplicação de significativos períodos de tempo, cada dia, em comunhão com Deus através de estudo e oração. Da mesma forma como nossos organismos não conseguem sobreviver significativamente mediante o uso de uma refeição por semana, tampouco podemos sobreviver espiritualmente sem significativa e regular vida devocional.
Os adventistas são pessoas ocupadas. Nossas vidas giram em tomo de estudo ou trabalho, a igreja, a família - a ponto de a maioria de nós dificilmente conseguir reservar momentos para Deus e até mesmo para nós próprios. Muitas vezes surpreendime a mim mesmo escorregando rumo à tendência secular. Assim, gostaria de compartilhar algumas técnicas que me ajudaram a renovar minha' caminhada com Deus. Embora isto possa não funcionar tão bem com todos, as diretrizes poderão servir como uma espécie de trampolim a partir do qual você poderá construir seu próprio caminho.
Leitura devocional. Para os principiantes, à seleção de material de leitura é de grande importância. Muitos materiais, até mesmo a Bíblia (tal como ocorre em Crõnicas e Levítico) ou os escritos de Ellen White (tais como Conselhos Sobre o Regim,e Alimentar e A Ciência tU> Bom Viver) não foram projetados para servirem de leituras devocionais. O material de leitura deveria geralmente focalizar a Jesus, embora - para aqueles que vivem em ambiente totalmente secular -os capítulos sobre José e Daniel nos livros Patriarcas e Profetas e Profetas e Reis sejam particularmente relevantes. Não importa se você ler vinte páginas completas ou apenas um parágrafo -
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e sim, que você ouça a voz de Deus enquanto ela lhe fala.
Podem ser úteis duas cadernetas de anotações para esta porção de sua prática devocional. Uma pode ser utilizada para registrar vislumbres obtidos durante as leituras devocionais. Observações significativas podem ser rapidamente esquecIdas se não forem anotadas. A segunda caderneta pode ser usada como diário espiritual. Se negligenciarmos empreender um balanço de nossas vidas, sem percebê-Io poderemos facilmente escorregar para a prática de atitudes e comportamentos incoerentes com nossa profissão religiosa. Ao longo do tempo, tais atividades de reflexão podem ajudar-nos a perceber as evidênCIas da mão guiadora de Deus.
Comunicação com Deus. Oração constitui a área mais problemática na experiência devocional da maioria das pessoas. A oração não deve ser encarada como o cumprimento de um dever, e sim como aprendizado sobre a forma de comunicar-se com uma Pessoa. Mas aprender a comunicarse não é algo fácil- o que um casal :pode muito bem comprovar. ASSIm, o que mais importa na oração não é qualquer conjunto de posições ou padrão fixo de palavras, e sim na efetiva comunicação com uma pessoa. Se a sua mente divaga enquanto seus olhos estão fechados, focalize outro padrão, inclusive contemplando uma gravura de Cristo. A disciplina de sentar e escrever aquilo que realmente ocorre em seJl coração, pode ajudar a manter o foco de sua mente. O que importa na oração é a comunicação de seus mais profundos pensamentos, as coisas que mais lhe interessam, os sentimentos que você não poderia expressar nem mesmo mante de seu mais íntimo amigo ou cônjuge.
Talvez ainda mais importante: deixe que Deus responda as suas orações. Muitas de nossas orações devocionais assemelham-se a breves chamadas telefônicas. Utilizamos com pressa uma porção de frases padronizadas e mal conseguimos esperar que chegue o momento de dizermos: "Amém."
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Isto funciona mais ou menos como desligarmos o telefone enquanto Deus ainda prossegue na escuta na outra extremidade.
Experimente o seguinte algumas vezes. Obtenha um bloco de apontamentos e um lápis. Depois de :finalizar sua oração, permaneça de joelhos e espere. Anote qualquer pensamento que lhe venha à mente durante os próximos poucos minutos. Sei que muitos adventistas são possuídos de abundantes impressões, mas nem sempre elas provêm do demônio. O Deus vivente também deseja conduzir-nos. A Bíblia não nos diz qual o trabalho que devemos empreender, com qual pessoa devemos casar, ou quais as tarefas a realizar em determinado dia - e ainda assim Deus tem um plano para cada um de nós. Analise qualquer impressão à luz das Escrituras. Se elas forem compatíveis entre si, prossiga experimentando suas impressões -teste-as. Gradualmente você pode aprender a reconhecer a voz de Deus em meio a impressões conflitantes.
Na igreja primitiva, as pessoas responsáveis pelos eventos notáveis foram aquelas que andaram com Deus e O conheceram. Não existe melhor salvaguarda contra a tendência secular do que um vivo e diário relacionamento com Deus. Aqueles que não mantêm esse tipo de relacionamento, possuem pouca evidência de que Deus existe e é relevante para suas vidas. Deus Se compraz na auto-revelação àqueles que têm suficiente interesse em procuráLo de todo o seu coração.l
A Prática da Fé
Mesmo sendo a vida devocional tão fundamental à experiência cristã, em pouco tempo torna-se ela enfadonha, a menos que se relacione com as atividades do viver diário. Nenhum relacionamento é capaz de sobreviver por muito tempo se não for acompanhado pela ação. Mesmo os psicólogos dizem que as pessoas que desejam manter a fé num mundo secular devem desenvolver uma religião efetiva nos sete dias
da semana. Aquilo que acreditamos intelectualmente pode exercer pouco impac~ sobre o modo como vivemos. E de certo modo possível que seres humanos conservem comportamentos conflitantes com seu sistema de crenças. De fato, praticamente todos os americanos afirmam crer em Deus, entretanto menos de um terço participam regularmente de alguma experiência de culto.
Ilustração: Klm Justlnen
Por outro lado, o modo como vivemos exerce poderoso impacto sobre aquilo que cremos. Os adventistas do sétimo dia têm estado a dizer ao mundo durante mais de um século que somente através da prática das Escrituras pode uma pessoa, no verdadeiro sentido, andar com Deus. Por exemplo, o simples ato de sorrir para as pessoas é capaz de modificar toda a sua aparência. (Experimente!)
Estilo de Vida Adventista. A idéia de que o modo como agimos afeta aquilo que cremos, não é nova para os adventistas. Ela forma a base da filosofia de Ellen White quanto à "cura da mente":2
É uma lei da natureza que nossas idéias e sentimentos sejam animados e fortalecidos ao lhes darmos expressão. Ao passo que as palavras exprimem pensamentos, é também verdade que estes seguem aquelas. Se exprimíssemos mais a nossa fé, mais nos regozijássemos. nas bênçãos que. sabemos possUIr - a grande mIseric6rdia e o amor de Deus - teríamos mais fé e maior alegria.8
A essência deste capítulo poderia ser resumida como: "fale de fé e você terá fé." Isto, evidentemente, é um aspecto central do cristianismo adventista do sétimo dia. Viver o estilo de vida adventista é algo que traz a presença de Deus para o íntimo de cada momento de cada dia, quer a pessoa esteja fazendo compras, preparando-se para um e~~ ou elaborando o orçamento familiar. A religião praticada nos sete dias da semana leva-nos a ver em cada detalhe da vida alguma coisa
que nos leva a pensar em Cristo e em Seu plano em nosso favor. Este é um antídoto ideal para a tendência secular. Se tudo se relaciona com a sua fé, é muito pouco provável que você venha a abandoná-la.
Uma das formas de relacionar a fé com a vida é falar regularmente a respeito de sua fé. "Fale sobre fé e você terá fé" pode parecer automanipulação. Contudo, seu sistema de crenças é fortemente influenciado pelo modo como você vive. Espera-se que em nosso viver diário executemos muitas tarefas que, mesmo não sendo necessariamente más em si mesmas, potencialmente são capazes de afastar-nos da fé. Temos de reconhecer este fato e tentar construir hábitos e atividades que, em nosso viver, nos tornem conscientes da presença de Deus. Isto conservará vigorosa a nossa fé.
Compartilhando a Fé. A atividade com maior potencial de fortalecer a fé é o seu compartilhamento. Atividades contraculturais tais como orar num restaurante ou responder a um apelo do púlpito, são rugo que estabelecem a nossa fé em contraste criativo e decisivo diante das opiniões dos outros. À medida que dizemos a outras pessoas o que Deus fez por n6s, enquanto adoramos e louvamos a Deus juntos, nossa fé cresce e é fortalecida.
Se assim é, por que você não compartilha sua fé com maior freqüência? Creio que uma das principais razões é que outras pessoas testemunharam de sua fé para conosco, e n6s não apreciamos a forma como o fizeram. Indivíduos que possuem mais zelo que cortesia muitas vezes nos afrontam com pontos de vista indesejáveis. Por que deveria eu perturbar alguém quando eu pr6-prio não desejo ser perturbado? Diz a Lei Áurea: "Tudo o que quereis que os outros vos façam, fazei-o v6s também a eles."
Tenho boas notícias para você! A zelosa descortesia não é o modelo escolhido por Deus para o testemunhar! Observe:
Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no
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aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: 'Segue-Me. '4
O testemunho eficaz e moralmente aceitável começa com dois passos. Em primeiro lugar, oferece às pessoas a oportunidade de se sentirem à vontade com você. Ora, você não deixa as pessoas à vontade ao dizer-lhes o que devem fazer ou ao dizer-lhes: "Eu tenho a verdade - você, não." Por outro lado, as pessoas respondem positivamente àqueles que sabem ouvir e não procuram humilhá-Ias.
O segundo passo no testemunho efetivo é ser o tipo de pessoa que os outros gostariam de ser -o tipo de pessoa que atrai em lugar de repelir. As pessoas seculares estão à procura de algo melhor. Contudo, somente depois de adquirir sua confiança é que elas disporão do contexto que lhes permitirá compreender o seu convite a que elas "sigam a Jesus".
Na qualidade de Seu testemunho, Jesus foi uma ímã, não um martelo. N6s também podemos aprender a nos tornarmos magnetos. A partir de um vivo relacionamento com Deus flui poder e energia, os quais poderão ajudarnos a nos tornarmos cristãos amáveis e atraentes. Tal poder e energia ajudar-nos-ão a manter a fé nesta era secularizada.
NOTAS 1. Um excelente livro devocional para
pessoas que vivem e trabalham num ambiente secular é Too B~ Not to Pray, de Bill Hybels (Downers Grove, lL: InterVarsity Press, 1988).
2. A Ciência, di> Bum Viwr, págs. 240-260. 3. lbidem, págs. 251-253. 4. lbidem, pág. 143.
Jon Paulien (ph. D., Andrews University) leciona junto ao Seminário Teológico Adventista, localizado em Berrien Springs, Michigan, EUA. Ele foi um dos maiores colaboradores do livro M eeting the Secular Mind: Some Adventist Perspectives, editado por H. M. Rasi e Fritz Guy (2~ edição, Andrews University Press, 1987).
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Um antigo ditado judeu diz que aquele que não oferece
educação a seu filho "está criando um ladrão". A idéia reflete a secular ênfase que os judeus oferecem à educação, o que faz com que eles prossigam sendo um dos grupos mundiais de mais elevado nível educacional. Portanto, é muito provável que em grande parte de faculdades e universidades se possa encontrar bom número de judeus.
A questão que se coloca, então, é: como testemunhar a eles?
Como adventistas, deveríamos revelar mais êxito que qualquer outra denominação em alcançar os judeus. O sábado, o santuário, a mensagem de saúde e nossa escatologia única, conferem-nos vantagens especiais. Além de tudo, sempre consideramos a nós próprios como os "judeus espirituais" . Assim, deveríamos ser capazes de levar nossa mensagem ao povo judeu. Existem, contudo, umas poucas diretrizes gerais que devem ser consideradas antes que a pessoa tente testemunhar a um judeu. A preocupação deste artigo é esboçá-las.
Testemunho
Antes de mais nada, devo dizer que você não necessita ser judeu a fim de alcançar um judeu. A maioria dos judeus existentes na Igreja Adventista hoje, foram trazidos por não-judeus. Foi um imigrante húngaro quem em primeiro lugar me levou a mensagem. Outro judeu foi trazido à verdade por um sul-americano que mal falava inglês. F. C. Gilbert, um dos pioneiros da obra entre os judeus na América do
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SHALOM! Como Abordar Nossos Amigos
Judeus com o Evangelho
Clifford Goldstein
Norte, foi alcançado por uma família adventista da Nova Inglaterra. J. M. Hoffman, outro líder, recebeu a mensagem de uma senhora de cor.
Efetivamente, para alcançar um judeu você não precisa ser judeu; aliás, em vários sentidos, é até mesmo uma vantagem não sêlo, pela simples razão que é menos provável que um judeu seja hostil para com um não-judeu que crê em Jesus, do que o seria para com um judeu que nEle cresse.
Contudo, ao testemunhar a judeus, você precisa compreender que muitos deles são pessoas seculares, que não crêem na Bíblia ou na inspiração e, em muitos casos, nem mesmo em Deus. Isto deve ser conservado em mente ao falar-lhes. Não imagine que t0-dos eles conhecem o hebraico, que memorizaram a Torah, que guardam o sábado e não fazem uso de alimentos imundos (eu cresci comendo sanduíches de presunto, camarões fritos e lulas). Você não será capaz de leválos a Jesus se nem mesmo crêem em Moisés. Mais de um adventista já ouviu a se&uinte expressão dos lábios de amIgos judeus: "Oh, você é melhor judeu que eu." E, embora nos últimos anos muitos judeus tenham retornado à sua fé, especialmente entre os jovens, e mais notavelmente entre os que freqüentam instituições públicas de ensino, seus contatos judeus tenderão a ser seculares, agnósticos e mesmo ateus.
Quaisquer que sejam as inclinações espirituais da pessoa, você deverá demonstrar interesse pelos judeus e seus costumes. Faça-
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lhes perguntas, mesmo que eles nada saibam. Isto desarmará o preconceito e mostrará que você está realmente interessado(a) pela pessoa. Caso seus interlocutores sejam religiosos, você poderá aprender coisas que enriquecerão a sua fé.
Seria muito bom se você pudesse ler alguma literatura judaica a fim de aprender quais são os assuntos de interesse dos judeus.
Jamais inicie uma palestra religiosa com um amigo judeu (ele pensará que você está tentando convertê-lo) e, a menos que ele traga à baila o assunto, jamais fale acerca de religião diante de seus familiares ou amigos. Há alguns anos, uma jovem senhora judia que tivera um curso de Bíblia judaica com os adventistas, escreveu pedindo o batismo. Pouco tempo depois um ministro adventista bateu à sua porta. Quando a mãe (que nada sabia acerca das intenções da filha) abriu a porta, a primeira coisa que o ministro disse foi: "A senhora nem imagina quão entusiasmado me sinto pelo fato de sua filha haver manifestado o desejo de ser batizada na Igreja Adventista!" Provavelmente ele não tivesse idéia de quão "entusiasmada" a mãe haveria de sentir-se! Quando, ao conversar com um amigo judeu, o assunto religioso aparecer em cena, não demonstreares profissionais. Seja humilde e disponha-se a ouvir os pontos de vista do interlocutor, não importa quais sejam eles. Diga algo do tipo: "Bem, respeito seus pontos de vista, mesmo vendo as coisas de modo um pouco diferente." Não argumente com judeus. Eles são especialistas em debates.
Tato e Simpatia
Se o tópico for Jesus Cristo, você necessitará exercer tato especial. Evite declarações enfáticas, tais como: "Jesus é o Messias." Em vez disso, de modo humilde e manso, destaque que, a partir de estudo, oração e experiência, você crê que Jesus cumpre as profecias concernentes ao Messias hebreu.
Não faça declarações do tipo "Vocês, judeus" ou "Estes judeus", as quais, dependendo do tom de voz, poderão parecer depreciativas. Frases como "o povo judeu" ou "o homem judeu" são mais seguras. Sempre evite expressões em que o judeu apareça como enganador ou trapaceiro. Não faça uso de piadas judaicas ou estereótipos desta raça, tais como "os ricos judeus". Antes de mais nada, é bom saber que muitos judeus não são ricos; além disso, tais estereótipos tenderam a conduzir à perseguição.
Um ponto é crucial. Mostre simpatia pelos sofrimentos dos judeus. Há alguns anos, numa igreja adventista de Michigan, apresentei uma palestra quanto à obra em favor dos judeus. Depois da apresentação um idoso membro da igreja se aproximou de mim e disse: "Saiba que sinto tristeza por tudo que os judeus sofreram - mas, afinal de contas, foram eles que atraíram este sofrimento sobre si mesmos!"
Você precisa ser sensível diante da história judaica. Não lhe será possível começar a compreender um judeu moderno ou o lugar de onde ele proveio - não importa quão secular ele seja - a menos que você compreenda corno ele se relaciona com o seu passado, especialmente com o evento máximo da história judaica: o Holocausto.
Inevitavelmente, se o seu amigo é um judeu secular, ele lhe fará a pergunta: "Onde Se encontrava Deus durante o Holocausto?" Embora não exista resposta fácil para esta questão, há alguns anos, no periódico que edito para judeus, escrevi um arti-
go especial intitulado: "A Verdadeira História dos Judeus." Coloquei todo um argumento sobre a mesa, salientando que somente um milagre de Deus poderia haver permitido que ainda existisse algum judeu à época em que Hitler ordenou o extermínio da raça. "Segundo todas as teorias históricas, culturais, sociais e militares", escrevi eu, "os judeus deveriam ter desaparecido há milhares de anos, não devendo remanescer senão alguns tabletes insepultos nas areias do deserto." Tentei explicar que a mera existência dos judeus, depois de haverem sido varridos por duas vezes de sua nação, provia um dos mais sólidos argumentos em favor da existência de Deus. Caso você acredite nisto, afirme que cada judeu que você encontra faz aumentar a sua fé em Deus e nas pr~messas da Bíblia.
Uma História de Sobrevivência
Durante séculos, os rabinos ensinaram que 613 mandamentos pendiam sobre os judeus. Após o Holocausto, o :filósofo Emil Facknheim adicionou o 614~: sobrevivência. Quer se trate de um devoto judeu ortodoxo que apedreje carros transitando em suas vizinhanças em Jerusalém, no dia de sábado, quer se trate de um moderno "Yuppie" judeu descascando ostras num recanto de Manhattan em pleno dia de Yom Kippur, todos os judeus solenemente voltaram em seus corações que jamais permitirão outra vez serem colocados na posição de sofrerem genocídio. "O fracasso em compreender plenamente a intensidade desta convicção judaica", escreveu o Rabino Y echiel Eckstein, "leva ao fracasso em compreender tanto o judeu contemporâneo quanto a sua fé."
Diretamente vinculada ao Ho-.locausto encontra-se a nação de Israel. A miopia judaica não deriva do orgullio, nem do ódio aos árabes, nem de alguma conspiração pan-sionista. Em vez disso, os judeus ajudam a Israel porque, sob a mancha dos seis milhões de
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mortos, eles não desejam ver mais alguns milhões mortos - e teria sido exatamente este o caso se Israel houvesse perdido alguma guerra.
Depois de séculos de peregrinação, exílio e perseguição - culminando com o Holocausto - os judeus vêem em Israel não apenas a sobrevivência, como ainda a sobrevivência na qualidade de judeus e senhores de seu próprio destino, em vez de prosseguirem como vassalos temerosos vergando-se sob o azorrague de qualquer déspota que houvesse decidido oprimi-los. Assim, pelo fato de os judeus perceberem Israel corno símbolo de sobreviVência, eles percebem a animosidade contra Israel corno sendo animosidade contra eles próprios. Não é importante se este sentimento é ou não justificável. O que importa é que existem almas a serem conquistadas para Jesus. Você não deve procurar vencer algum argumento político, e sim para demonstrar o amor de Cristo. Por esta razão, não importa como você se sinta com relação a ~pos definidos de judeus, não cntique Israel ou seus líderes. Isto não significa que devemos oferecer apoio incondicional a tudo aquilo que Israel faz. Significa simplesmente que o terreno é extremamente sensível, e seria melhor que você nada dissesse, do que alienar um judeu ao falar negativamente de Israel e de sua polJtica.
E igualmente importante compreender que o judeu jamais deseja abandonar sua identidade. Trata-se de um mistério de difícil aceitação, mas depois de milhares de anos os judeus, devotos ou seculares, possuem alguma espécie de "mística" (na ausência ae melhor termo) que os une a sua identidade judaica. Não pretendem jamais perdê-la. Em certa ocasião, durante uma reunião campal, depois que apresentei um testemunho, urna querida e idosa senhora, muito bemintencionada, veio até onde eu me encontrava, apertou minha mão e, sacudindo-a, disse: "Parabéns por haver-se tornado um gentio!"
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Adote a abordagem oposta, explicando que ao um judeu aceitar a Jesus, sua identidade judaica é fortalecida, e não enfraquecida. Certa vez envolvi-me em argumentação com um judeu que me dizia que, pelo fato de haver eu aceitado a Jesus, não mais deveria considerar-me judeu. IIBem", respondi, "se Jesus não foi o Messias, suponho que você possa estar certo. Mas se Ele é o Messias judeu, e eu creio nEle, quem é, nesse caso, o verdadeiro judeu?"
Em seminários que tenho apresentado quanto a testemunhar para judeus, muitas vezes advirto quanto ao uso de algumas palavras que podem "eriçar" um judeu: "Conversão" (prefira utilizar o termo novo coração), "Cristo" (diga Messias), "cruz" (lugar de expiação), "Salvador" (prefira Redent01-), etc. Evite tanto quanto possível o tópico da Trindade, a menos que esteja realmente preparado para responder biblicamente.
Uma das maiores barreiras à aceitação de Jesus por parte dos judeus, tem sido a perseguição da igreja a estes. Milhares dentre eles tiveram de enfrentar a conversão forçada ou a morte. Durante séculos as boas-novas têm sido pregadas aos judeus, e muitas vezes a espada esteve pendendo sobre as suas cabeças. Mais que qualquer outro grupo de pessoas, os judeus necessitam ver as boas-novas aplicadas de modo prático na vida dos cristãos, muito mais do que necessitam ouvi-las sob a forma de pregações. Este ponto jamais será demasiadamente enfatizado. Não fale a seu amigo judeu a respeito do amor - viva-o.
Durante anos, senti-me amargurado contra o cristianismo exatamente por esta razão, ao ponto de molestar um pregador itinerante com perguntas, sobre o gramado do campus da Universidade da Flórida. Mais tarde, enquanto morava em Israel, encontrei um grupo de cristãos que me demonstraram amor incondicional, a tal ponto que tive finalmente de admitir que não seria justo julgar toda a cristandade a par-
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tir das obras de alguns bárbaros - e isto porque existiam cristãos da qualidade destes vivendo ali, junto a mim.
Esta é a razão por que o livro de Daniel é um bom lugar para se iniciar o estudo com judeus, caso eles concordem. Em primeiro lugar, ele pode oferecer a evidência intelectual de que Deus existe, a partir da forma como as profecias de Daniel 2 e 7 roram cumpridas. Daniel 7, em meu caso, representou um estimulo particularmente poderoso, pois o estudo do chifre pequeno ajudoume a responder muitas questões que eu me fazia a respeito do cristianismo. "Se esta é a religião de Deus, por que ela persegue os judeus?' Uma vez que estudei as profecias, contudo, as coisas se me tornaram muito mais claras. Pude compreender que tal perseguição provinha, na verdade, de um poder que Deus condena. Depois, quando estudei o livro de Apocalipse e vi o mesmo poder retratado na Bíblia "cristã", o efeito foi poderoso.
Utilize Publicações
Ao começar o estudo com pessoas judaicas, não tenha pressa em fazer uso dos livros de Ellen White. Embora amemos os seus escritos, existem conceitos e declarações que os judeus podem compreender mal em seus contatos iniciais. Mais tarde você descobrirá oportunidades de compartilhar com estas pessoas o Espírito de Profecia.
Outras literaturas, todavia, acham-se disponíveis. Shabbat Shalom é a publicação de alcance missionário da igreja para os
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judeus. Mediante publicação trimestral, este periódico tem o objetivo de apresentar artigos a respeito de assuntos de interesse dos judeus e depois, tanto quanto possível sem ofender suas crenças, procura apresentar os princípios da verdãde. Trata-se de uma abordagem de baixo perfil, mas que parece estar funcionando, pois os judeus estão lendo a publicação. Se você tiver um amigo judeu com disposição para ouvir, falar e intercambiar idéias, podemos afirmar que esta revista é perfeita. Se você perceber que seus amigos judeus não estão preparados para talliteratura, você mesmo poderá assinála e entregar-lhes artigos individuais que, em sua opinião, serão apreciados por eles. (para encomendar a revista: envie US$4,95 para Shabbat Shalom, 12501 OId Columbia Pike, Silver Spring MD 20904.) Neste mesmo endereço você também poderá obter informações sobre um "pacote" que inclui fitas, sob o título "How to Witness to Jews" [Como Testemunhar aos Judeus].
Ao abordar seus amigos judeus, lembre-se de que eles podem ser ganhos para Jesus tanto quanto qualquer outra pessoa. O Espírito Santo também está apelando a seus corações. Mas é importante prestar atenção as suas susceptibilidades. Se você aprender a não ofendê-los, certamente desfrutará de grandes oportunidades. Paciência, tato, sensibilidade e amor farão mais por eles do que todos os argumentos e provas combinados.
O povo judeu pode ser ganho -e o está sendo - para as várias denominações CrIstãs. Vamos trazê-los para a melhor opção.
Depois de tornar-se cristão em Israel, Clifford Goldstein foi batizado no rio Jordão e mais tarde uniu-se à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Atua]mente ele serve como editor de Shabbat Shalom enquanto obtém um mestrado em Artes (idiomas do Velho Testamento) junto à John Hopkins University. BestSeller,livro no qual conta a hIstória de sua própria conversão, foi publicado recentemente pela Pacific Press.
PERFIL
Anne-Marie Langvall Olsen Diálogo com uma Professora Adventista da Noruega
Anne-Marie Langvall OIsen leciona lnglês na Universidade de
Trondhein - a segunda maior instituição do gênero da Noruega, localizada numa cidade fundada pelo rei viking Olav Tryggvason em 997_ Ela provém de urna notável família norueguesa de educadores adventistas do sétimo dia.
Em seguida a sua graduação na escola secundária, com distinção em Inglês, ela freqüentou o Newbold College, na Inglaterra. Aplicou também um ano nos Estados Unidos, estudando Inglês mediante o uso de uma bolsa Fulbright, antes de retornar à Noruega a fim de estudar na Universidade de Oslo_ Em 1968 ela recebeu a graduação em idioma inglês, com formação secundária em alemão e lingüística.
Depois de lecionar inglês na faculdade estadual de Bergen, Noruega Ocidental, incorporou-se à Universidade de Trondheim em 1969_ Ali ela ensinou fonética, gramática inglesa e história do idioma inglês desde aquela época até o presente - com exceção do período em que se dedicou a estudos doutorais em Londres. Durante este perfodo ela casou com Palen Olsen, ministro dinamarquês, e mais tarde passou um ano em Jerusalém, para onde ele foi chamado como pastor. O casal tem duas filhas, Elizabeth e Christe!.
Embora não esteja empregada numa universidade adventista, AnneMarie tem-se envolvido com o sistema educacional adventista. Presentemente ela é membro do Newbold College Board of Governors. Sua atuação neste posto tem sido muito apreciada. Talvez a providência tenha decidido que ela, uma vigorosa adventista do sétimo dia, servisse profissionalmente fora do âmbito da igreja.
Por bondade, fale-nos acerca de suas bases adventistas_
Como adventista de terceira geração, nasci "dentro da igreja". Papai e mamãe lecionavam
Birthe Bayer em nossa escola secundária da Noruega; meu pai também atuou como preceptor e deão acadêmico- Fui batizada por meu professor de Bíblia, V. Norskov OIsen, enquanto freqüentava a escola secundária adventista da Dinamarca_ Posso afirmar com firmeza que meus dedicados pais, ao lado de professores cristãos, me ofereceram visão profissional e cristã.
O que fez com que você escolhesse o ensino do Inglês como profissão?
Ao ler os livros de E llen White desde tenra idade - primeiro em norueguês, e depois em dinamarquês e sueco, em vista do limitado número de livros traduzidos para o norueguês - em breve desejei poder lê-los no idioma original. Isto despertou meu apetite por um estudo mais íntimo deste idioma e pelo estudo das versões inglesas da Bíblia. Efetivamente, minha tese junto à Universidade de Oslo teve a ver com alguns aspectos lingüfsticos da King James Version de 1611 e da New English Bible de 1961-
Qualquer pessoa, até mesmo você própria, poderia esperar que seu destino seria lecionar em alguma escola superior adventista, o que não ocorreu. Por quê?
"""""'.,......."..="""----.
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Enquanto eu empreendiaestudos de grau avançado junto à Universidade de Oslo, uma vaga de professor em nosso colégio da Noruega foi aberta, e todos consideravam como certo que eu preencheria este posto. Enquanto isto, outro graduado adventista, com aproximadamente a mesma área de estudos e uma família a sustentar, finalizou seu curso de estudos alguns meses antes que eu, e ocupou a vaga_ Assim, quando fui abordada por meus professores, durante os exames finais, a respeito da ocupação de uma vaga magisterial na universidade, senti-me livre , na verdade, quase sob a obrigação, de considerar esta oportunidade totalmente inesperada. O caminho era tão diferente daquele que eu sempre pensara trilhar, que tão-somente pude ver a mão divina em tudo isto_ Até hoje prossigo crendo que fui colocada aqui tendo em vista um propósito_
Como foi a vida acadêmica para você, uma jovem adventista do sétimo dia?
Durante os anos de estudante estive tão intensamente envolvida com as atividades dos jovens na minha igreja, que em nenhum momento enfrentei problemas com os aspectos sociais da vida estudantil; tive, sim, alguns problemas com aulas e exames agendados para as horas do sábado. Houve algumas disciplinas que eu muito gostaria de haver cursado, mas não pude fazê-lo porgue só eram administradas nas nOltes de sexta-feira ou nas manhãs de sábado_ Entretanto, um de meus professores sentiu-se tão preocupado pelo fato de eu perder sua aula dupla todas as sextas-feiras à noite, que bondosamente se ofereceu para repetir os aspectos
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principais das aulas na manhã de segunda-feira, e isto durante todo o curso. Ele o fez sem qualquer tipo de remuneração.
A fim de evitar problemas de exames aos sábados eu notificava o encarregado dos exames logo ao início dos cursos, indicando quais eu planejava realizar. Os responsáveis sempre arranjaram as coisas em meu benefício, até que cheguei à etapa final, que ocorreu no outono - e este possui curtas tardes, inclusive a de sexta-feira.
Muitas vezes nossos dias de exames envolviam oito e mesmo dez horas de atividades. Tornouse impossível que o departamento programasse todos os exames sem utilizar horários tanto da sexta-feira quanto do sábado. Mas como programar um exame de dez horas de duração se a tarde outonal de sexta-feira é tão curta?
O que você fez? O Senhor abriu uma porta
aquele ano. Em meu favor, o pessoal encarregado dos exames ofereceu-se voluntariamente para começar mais de uma hora mais cedo naquele dia, permitiram que eu iniciasse as respostas em sua sala antes de se dirigirem para a sala de aula onde os demais alunos esperavam pela prova, que para eles começaria às nove horas da manhã. Foi um sentimento estranho retirar-me da sala de aula mais de três horas antes do horário previsto para o fim dos exames, mas aquela hora extra no início da manhã permitiu-me a chance de finalizar meu exame. (O pessoal encarregado dos exames sentiu-se muito orgulhoso ao receber os re~tados de meus exames finais!) Como estudante, compreendi que as pessoas, ao verem que você é sincero e procura fazer o melhor, criam condições fora da rotina a fim de ajudar você a resolver seus problemas.
Que conselho daria você a alunos adventistas de universidades públicas no tocante ao sábado e exames neste dia?
Sejam fiéis e coerentes. Se um único estudante adventista aceita sentar na sala de aula e reali-
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zar um único exame do dia de sábado, será muito mais difícil convencer professores e encarregados de exames de que outros estudantes adventistas não estão preparados a fazer o mesmo. Demonstre consideração por todo trabalho envolvido na modificação de uma data de exames; não se retrate um dia antes do exame, tal como ocorreu com um de nossos estudantes. Alguns membros da igreja têm muitas histórias a contar quanto à pressão e discriminação que enfrentaram em escolas públicas em virtude de suas crenças. Tive a felicidade de jamais haver enfrentado esta experiência. Penso, porém, que muitas vezes nós mesmos somos a causa de nossas dificuldades. Creio que podemos fazer muito a fim de facilitar as coisas para nós e também para os outros, sempre que tivermos de solicitar privilégios e arranjos especiais em virtude de nossa fé.
Seus colegas de profissão e seus alunos conhecem as suas convicções religiosas?
Sim, muitos deles as conhecem, embora durante a maior parte do tempo eu venha sendo a única adventista em minha instituição. Eles me têm apresentado muitas perguntas, e alguns colegas contribuem fielmente com a nossa campanha de recolta missionária a cada outono - alguns até mesmo me agradecem o privilégio de poderem participar.
Uma das formas pelas quais tenho me livrado de aulas às sextas-feiras à noite e dos exames aos sábados, é mediante a disposição voluntária em preparar o esquema de exames do departamento. Também procuro estimular a boa vontade ao fazer sempre um pouquinho mais do que de mim se espera.
De que modo lhe é possível equilibrar as atividades profissionais com a vida doméstica?
Dou prioridade à minha família, e estou pronta a sacrificar toda atividade profissional que escape às estritas horas de trabalho enquanto nossas filhas ainda estiverem em nível escolar básico. Quando elas já se encontram
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na cama à noite, muitas vezes tenho de retornar aos meus livros ou à correção de trabalhos de alunos. Contudo, o segredo de minha sobrevivência tem sido o compartilhar das tarefas domésticas com um esposo que está disposto a fazer mais gue aquilo que lhe cabe no cuidado dos filhos e nas obrigações do lar. Durante todos estes anos temo-nos alternado nas atividades de casa - ele sai quando eu chego à tarde -exceto durante um ano, quando duas jovens adventistas se alternaram no cuidado das meninas durante minhas horas de trabalho. Acredito ser importante estabelecer claramente as prioridades. As crianças se encontram sob nosso cuidado durante um período tão curto! Se as negligenciarmos, jamais teremos a oportunidade de corrigir o erro.
Tem você se envolvido com a educação adventista na qualidade de profissional?
Antes de ingressar na universidade lecionei durante um ano em nosso colégio da Noruega, onde tanibém atuei num comitê de avaliação, ao lado de representantes da Divisão Trans-Européia e da Associação Geral. Sou a presidenta da comissão escolar de nossa igreja local, e durante mais de cinco anos tenho sido membro da Junta de Administradores do Newbold College. Minha experiência com uma variedade bastante ampla de comitês, em vários níveis, num ambiente nãoadventista, tem representado uma base útil para o serviço que presto à igreja.
Como você se relaciona com a vida de sua congregação?
Relacionamentos íntimos em nível de igreja e, particularmente, participação ativa na Escola Sabatina,· têm sido da maior importância, e isto foi particularmente verdade em meus dias de estudante. Tem sido essencial a meu desenvolvimento pessoal e a fim de ajudar-me a manter o equilíbrio' como pessoa e como cristã. Também necessito da igreja em minha vida profissional, e particularmente da Escola Sabatina, a fim de carregar minha bateria para outra semana de
grandes exigências profissionais. Volvendo os olhos ao passa
do, o que você considera essencial para que alguém permaneça na igreja?
Um comprometimento básico com a fé e os valores concernen·
tes à igreja. Os estudantes de· vem ser estimulados a desempe· nhar papel ativo na vida da igre· ja, de modo que sintam que per· tencem a ela. Deus tem um lugar e uma tm'efa para cada pessoa, e todos devem descobrir qual é o
PERFIL
Ben Carson
seu papel. Birthe Bayer
Birthe Bayer, também professora, atua como diretora associada de Educação da União Nórdica Ocidental, sediada cm Oslo, Noruega.
Diálogo com um Neurocirurgião Adventista
Em setembro de 1987 um jovem médico negro foi projetado pa
ra a fama mundial como um dos principais neurocirurgiões da equipe da Johns Hopkins University, ao separaI' os gêmeos siameses Binder. Unidos pela porção posterior de suas cabeças , os gêmeos compartilhavam uma seção do crânio e da pele, assim como uma veia de grosso calibre, responsável pela drenagem cerebral e pela devolução do sangue ao coração. O médico: Ben Carson.
O jovem Ben cresceu nos guetos de Boston e Detroit. Ele e seu irmão compartilharam uma infância feliz e sem maiores eventos até que Ben completou oito anos de idade. Foi en· tão que a mãe de Ben (casada aos 13 anos de idade) divorciou-se do pai das crianças, depois de descobrir que o marido levava dupla vida conjugal -outra esposa e outros filhos.
Se a classe de quinta série fizesse uma votação, por certo Ben não venceria. Suas notas eram tão ruins, que seu professor chegava a cumprimentá-Ia quando obtinha grau "D" num exame de matemática. Entretanto, sua mãe, cuja cultura não ultrapassava a terceira série, decidiu que este quadro deveria ser modificado.
A nova abordagem funcionou tão bem, que Ben conseguiu obter uma bolsa para Yale. Após a graduação, foi aceito pela Escola Médica da Uni· versidade de Michigan. Entre o segundo e terceiro anos da Faculdade, casou com Candy, sua namorada desde o segundo grau. Em 1976, Ben foi um dos dois médicos aceitos pela John Hopkins University para a re
'sidência em neurocirurgia (os candidatos foram aproximadamente 125).
O Dt,. Carson é ancião da igreja adventista de Spencerville, Maryland.
É ativo no programa de saúde e tem· perança e também tem a seu cargo uma classe da Escola Sabatina. Oca· sal tem três garotos.
Dr . Carson, explique de que modo o péssimo aluno de
quinta série conseguiu efetuar uma reviravolta em sua própria vida .
Minha mãe teve muito a ver com isto. Ela observava nossas notas - as minhas e as de meu irmão Curtis - assim como nosso desinteresse geral pelos assuntos da escola. Ela levou o problema ao Senhor em oração. Deus causou-lhe a impressão de que seria necessário desligar o televisor e fazer-nos ler bastante .
Jamais esquecerei o dia em que ela chegou do trabalho e avisou que dessa data em diante, Curtis e eu só teríamos direito a assistir a dois ou três programas semanais, previamente selecionados, de televisão. Além disso, te-
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ríamos de ler dois livros por semana, sob a obrigação de contarlhe o que havfamos lido. Pensamos que iríamos morrer.
Não foi fáci l. Nem para ela, nem para nós, embora eu creia que para ela terá sido mais difícil do que o foi para nós. Havíamos sido ensinados a obedecer, e mesmo que ela não houvesse ainda chegado em casa quando regressávamos da escola, fazíamos o que ela demandara. Na primei· ra semana obrigamos nossos relutantes pés a se encaminharem para a biblioteca pública, e reclamamos durante todo o caminho. Além disso, em vista de serem tão terríveis minhas notas de ma· temática, mamãe dedidiu que eu não poderia sair à tarde para brincar enquanto não houvesse aprendido as tabuadas.
Em que momento as coisas começaram a se tornar mais fáceis para você?
Na verdade, foi muito rápido. Uma vez que eu consegui multiplicar qualquer combinação entre 1 e 12, a matemática tornou-seme fácil . À medida que minhas notas subiam, o mesmo ocorreu com a autoconfiança. Sempre gostei de ciências, de modo que li bastante sobre a natureza e os animais. Certo dia a coisa aconteceu - como se um raio de luz perpassasse repentinamente o meu cérebro. Se algo estivesse num livro, eu poderia aprender. Certamente eu era capaz. Mais
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que isto, se eu me aplicasse diligentemente, poderia ser o primeiro aluno da classe. Isto foi o que produziu uma reviravolta em minha vida. .
Você é conhecido como uma pessoa branda, alguém que trabalha calmamente sob pressão. Sempre foi esta a sua característica?
Esta pergunta é interessante. Quando jovem, tive um temperamento terrível. Aliás, depois de haver estudado psicologia, sei agora que eu possuía um temperamento patológico. Eu perdia todo senso de razão ao exasperarme - e não era necessário muita coisa para exasperar-me.
Aos 14 anos de idade tentei esfaquear meu amigo. Dou graças a Deus porque meu canivete de acampamento explodiu sobre a fivela enorme de seu cinto. Ocorreu que eu o golpeei com tanta força, gue a lãmina do canivete se partiU, e eu fiquei ali, olhando para a lãmina partida, somente então percebendo que poderia havê-lo matado. Aterrorizado diante do que quase acontecera, corri para casa e tranquei-me no banheiro, de modo a poder ficar sozinho. Lutei comigo mesmo e com o Senhor durante umas boas duas horas. Sabia que jamais poderia tornar-me um médico se não fosse capaz de controlar-me, de modo que clamei a Deus que me modificasse. Desde aquele terrível dia minha fé em Deus tem sido intensamente pessoal, e representa parte muito importante de tudo aquilo que sou.
Conte-nos, em breves palavras, como você chegou a ser aquilo que hoje é.
Para começar, tributo a Deus o crédito e a glória. Tenho sido grandemente abençoado. Depois de minha residência em HopKins, passei um ano na Austrália. Ali pude aprender e praticar cirurgias complicadas, que não teria chegado a executar em vários anos de prática nos Estados Unidos. Quando retornei à pátria e me uni à equipe de Hopkins, estava em condições de colocar esta experiência em prática.
Perdoe-me pela observação um tanto pessoal, mas você aio-
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da parece bastante jovem. Sim, e mais jovem ainda eu pa
recia quando me tomei chefe da neurocirurgia pediátrica aos 33 anos de idade. Muitas e muitas vezes os pais de crianças doentes me perguntavam quando o médico chegaria. Talvez isto representasse uma combinação de minha aparência de pouca idade e de minha cor negra. Uma vez, porém, @e meu trabalho se tomou amplamente conhecido, as pessoas já não manifestam surpresa.
Você empreendeu uma série de hemisferectomias - a remoção de metade do cérebro. Conte-nos algo a respeito desta cirurgia incomum. .
Minha primeira paciente de hemisferectomia foi uma garotinha de nome Miranda. Em 1985 ela estava apresentando 120 a 160 crises convulsivas todos os dias. Ela revelava uma condição que provocava a inflamação de seu tecido cerebral. O prognóstico era paralisia e morte. Seus pais recusaram-se a desistir e finalmente entraram em contato com o John Hopkins Hospital. Após cuidadoso estudo, cheguei a crer que este procedimento cirúrgico, pouco conhecido, poderia obter êxi· to. Ele havia sido praticado 50 anos antes, sem sucesso. Mas as invenções e técnicas modernas fizeram-me crer que a operação poderia ser realizada. Sem a cirurgia, Miranda teria certamente de enfrentar a morte. Assim, assumindo a terrível tarefa, ela e seus pais decidiram ir em frente.
Sua recuperação foi quase miráculosa. Enquanto estava sendo removida da sala cirúrgica, abriu os olhos e conversou com os pais. Mal podíamos crer que isto fosse verdade. Não sabíamos se ela despertaria da anestesia, se seria capaz de movimentar ambos os lados do corpo, ou se seria capaz de falar. Recuperou-se com J!Oucos efeitos colaterais. Executei cerca de 22 hemisferectomias, com apenas um óbito. Até hoje sinto-me mal ao pensar neste llltimo caso. Noventa e cinco por cento dos pacientes estão livres das convulsões.
Não temos espaço para ouvir sobre outras de suas cirurgias
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interessantes e controvertidas. Entretanto, fale-nos um pouco sobre os gêmeos siameses.
Eu havia estado a pensar durante algum tempo no seqüestro hipotérmico diante de situações especialmente difíceis. Quando a família Binder nos contactou e, depois de cuidadoso estudo, vários dentre nós, médicos, concordamos em que seria possível separar os garotos e conservar boas funções neurológicas em cada bebê, decidimos que os procedimentos é que poderiam viabilizar a operação.
Dr. Mark Rogers coordenou uma equipe de 70 pessoas que participaram da cirurgia. Gastamos cinco meses preparando-nos para ela. Chegamos a praticar cinco ensaios gerais de três horas, utilizando bonecas em tamanhos de bebês, ligadas em suas cabeças por meio de Velcro. Eu deveria acrescentar ainda que jamais entro numa cirurgia sem antes orar.
A que você atribui seu sucesso?
Tenho sido grandemente abençoado. Num campo altamente competitivo, fui capaz de realizar cirurgias que homens em idade de aposentadoria não tiveram o privilégio de empreender. Tenho executado operações que os cirurgiões dariam seu olho direito - para usar a expressão típica -a :fim de poderem realizar.
Creio que existe uma única razão. Em tudo aquilo que faço, busco atribuir o crédito a Deus. Se eu tão-somente começar a pensar que sou o grande Ben Carson, se eu apenas me deixar levar pelo pensamento de que existe algo de especial em relação a minha pessoa, então serei de pouco valor a quem quer que seja. Ao estar em pé diante dà pia, enquanto pratico a assepsia antes de uma operação, meus pensamentos volvem-se para Deus. Sempre oro. Não alardeio muito este fato diante de meus pacientes, mas sou conhecido como cristão. Deus tem ajudado cada passo de minha vida.
Conte-nos algo a respeito de THINK BIG [PENSE GRANDE].
Sinto sobre mim um grande pe-
so no que tange às crianças de hoje. Veja os meios de comunicação. Que espécie de modelos estas crianças têm diante de si? Estrelas dos esportes e estrelas do rock. Mas, mesmo que alguém tenha condições extraordinárias, quais as suas chances de fazer algo realmente grande? Talvez uma em 100.000.
Há tempos, enquanto eu recrutava alunos para Yale, comprometi-me a estimular pessoas jovens. Hoje conto aos garotos de que modo poderão estabelecer objetivos práticos para si. Para que possam alcançar êxito, devem gastar mais tempo em estudo dedicado e em auto-aperfeiçoamento. Grande parte dos jovenzinhos são muito ingênuos. "Tomar-me-ei médico", dizem eles, "ou, então, advogado." Mas eles não possuem idéia dos passos específicos necessários para que atinjam o alvo que se propuseram.
THINKBIG é um acrõnimo para: talento e tempo,[talent and time], honestidade e esperança [honesty and hope] , discernimento [insight], ser bondoso [be nice], conhecimento [knowledge], livros [books], aprendizado em profundidade [in-depht learning] e Deus [God]. Explico de que modo estes poucos itens representam a chave para o sucesso.
Eu costumava dispor de tempo para falar a diferentes grupos de jovens. Agora, cada vez mais, as escolas e organizações estão trazendo suas crianças até Hopkins, para que eu as veja. Explico-lhes como estabelecer alvos, como evitar drogas e outros hábitos nocivos, como desenvolver-se em meio a situações familiares negativas e como utilizar as habilidades por Deus concedidas de modo a produzirem os melhores resultados. Uma das coisas que mais me gratificam é ouvir falar que esta ou aquela pessoa jovem
LOGOS
foi modificada a partir do m~u exemplo.
E sua famOia? . Candy graduou-se por Yale e
possui um mestrado el!l administração de negócios. E também. exímia violinista. Vez por outra sou convidado a contar minha história em diferentes lugares. Candy e os garotos sempre viajam comigo. Tomei a decisão de que meus garotos devem conhecer-me. Não haverão de ter apenas uma fotografia de seu pai.
Penny Estes Wheeler
Penny Wheeler, editora de novos autores da Review and Herald Publishing Association, foi a editora da autobiografia do Dr. qarson, intitulada Gifted Hands [MAOS TALENTOSAS] (Rwiew and Herald, 1990). Como parte de sua pesquisa enquanto editava o manuscrito, teve o privil~o de olhar por sobre os ombros de Dr. Carson enquanto este realizava duas cirurgias.
Intimamente Seu
Para falar a verdade, você não necessita de um grau de Ph.
D. para discutir o assunto da intimidade. Mas é certo que você necessita certo grau de interesse! A experiência da intimidade é crucial para o ser humano. Tratar se de um curso experimental que requer o seu apren4izado a partir da própria vivência. A intimidade é ricamente ~ecompensadora - de certo modo, é a única forma de você descobrir quem realmente é. Entretanto, tal pesquisa não é isenta de riscos!
Nosso primeiro contato com a intimidade e as primeiras impressões que obtemos, nos advém quando somos crianças. O calor de nos sentirmos envolvidos por braços acolhedores, a familiaridade do odor do corpo, o ressoar de uma voz bem conhecida e o contato visual que as mamães esta-
Pat e Ted Wick belecem com seus bebês, representam componentes vitais para o crescimento e desenvolvimento do ser humano. A partir desta compreensão podemos postular que a intimidade é ~ vital quanto o alimento. Ela é essencial para o nosso contínuo bem-estar ao longo da vida.
. Alguns de nós abordamos melhor a intimidade do que outros. Talvez tenhamos recebido mais intimidade ou haveremos sido melhor amados. Nossa personalidade é aberta e comunicativa. Aprendemos a como ouvir atentamente. Temos conosco certo ar de auto-afirmação, e enfrentamos a vida destemidamente. Possuímos uma medida adequada de auto-estima. Estamos a cada dia aprendendo mais a respeito de quem realmente somos. Estes atributos convidam a intimidade
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e, tal qual um círculo autoperpetuado de crescimento, adquirimos autoconhecimento e provocamos o desenvolvimento de níveis sempre mais profundos de intimidade.
A intimidade não se encontra isenta de dor. É justamente daquilo que melhor conhecemos, daquilo que mais forte impacto causa sobre nossas vidas, que podemos receber as mais profundas feridas. Nos estágios Iniciais da amizade, por exemplo, os riscos são mínimos. Existe certa precipitação diante da novidade do relacionamento, onde tudo é revelação. A experiência limita-se àquilo que dizemos ser ou fazer, e então o tempo faz-se sentir e encarrega-se de trazer à cena os acontecimentos. Enquanto aquilo que alguém professa ser encontra correspondência com as
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realizações efetivas, tudo vai bem. Mas quando a pessoa de nossa intimidade não corresponde às nossas expectativas, sentimo-nosgrandemente desapontados. Tornamo-nos tristes, irritados, desiludidos e por vezes tememos correr o risco de avançar rumo à intimidade. Preferimos esconder-nos um pouco, não divulgar tanto o relacionamento, de modo a podermos sentir-nos mais seguros. Estes mecanismos de ocultação, nós os chamamos de defesa.
As autodefesas são saudáveis quando usadas nas circunstâncias adequadas. Quando perigos reais nos ameaçam e nós nos escondemos, tanto física quanto emocionalmente, isto significa que ativamos um mecanismo adequado de defesa. Entretanto, quando utilizamos os mecanismos de defesa para "escaparmos" habitualmente, sem discriminação ou conhecimento daquilo que estamos fazendo, estas defesas impedem que vivamos a intimidade. À medida que "despachamos" as pessoas, fechamo-nos em nós mesmos pela utilização excessiva de mecanismos como negação, anulação, projeção e até mesmo humor. Necessitamos ser suficientemente corajosos para rebaixar nossas defesas em situações que sabemos serem seguras, de modo a permitirmos que outra pessoa possa comunicar-se conosco.
Um ambiente seguro é essencial. Tentar desenvolver intimidade com outra pessoa quando você não sabe se isto é seguro, representa algo muito tolo. Para podermos sentir-nos seguros, temos de saber, antes de mais nada, que possuímos o direito de decidir o que compartilhar, e em que grau. Para a maioria de nós, é essencial saber que esta pessoa que potencialmente será nossa íntima, não nos rejeitará e não nos apequenará, que ela possui a capacidade de oferecer-nos algum grau de amor incondicional e de que ela não nos abandonará. Requer-se sabedoria ao escolhermos as pessoas com as quais compartilharemos nossas informações pessoais. Jesus falou que não devemos lançar pérolas aos
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porcos. Em nossa própria necessidade de intimidade, muitas vezes esquecemos o Seu conselho, expondo idéias, sentimentos e esperanças ~to ao futuro, a pessoas que nada desejam ter a ver com as mesmas. Assim, devemos estar atentos às pessoas adequadas com as quais poderemos desenvolver genuína intimidade. Existem embusteiros em considerável grau.
A intimidade genuína progride ao longo de estágios. Começa com a disposição de comunicar. David Ignatow, em "With the Door Open", diz:
Desejo comunicar algo a você Mantenho a porta aberta entre
[nós Sou incapaz de dizer o que quero Sinto-me feliz em tão-somente manter aberta a porta entre nós.
O estilo de intimidade sugerido por estas linhas poéticas é o de meramente anunciar a disposição. Pode-se traduzir até mesmo pelo silêncio: a silenciosa disposição de "viver" outra pessoa, mesmo sem comunicação verbal.
Dizem-nos os comunicadores que ao falarmos, existem em nossa conversação uma tendência à intimidade. Começa com o relatório daquilo que ouvimos e progride no sentido de incluir nossa própria perspectiva (aquilo que vemos), e finalmente procura expor aquilo que pensamos. Estamos avançando enquanto expressamos nossos valores, aquelas coisas nas quais cremos, e entãs> nos aprofundamos em intimidade no momento em que nos sentimos na liberdade de compartilhar nossos sentimentos. O fluxo da intimidade abrange todos estes elementos em círculos cada vez mais profundos.
Uma das maiores dádivas que podemos oferecer aos outros, é nos aproximarmos deles com um espírito de curiosidade. Perguntas, armazenadas e ouvidas, representam um convite à intimidade. Martin Buber, escritor na. área da intimidade, em seu livro I and Thou, descreve a excursão da amizade:
Quando defronto um ser huma-
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no como o meu VOCÊ e p'rofiro a palavra básica EU-VOCE a esta pessoa, ela passa a não mais representar uma coisa entre outras, e nem mesmo consiste de coisas. Tal pessoa não mais é ele ou ela, um ponto na tela universal do espaço e do tempo, nem uma condição a ser experimentada e descrita, um feixe perdido de <tUalidades identificadas. Sem viZinhança e sem pontos de junção, esta pessoa é VOCE e ocupa todo o firmamento. Não como se nada mais houvesse além dela; mas tudo passa a existir à luz da realidade de sua pessoa.
Sinto vibração ao pensar que possuo uma amizade como esta, capaz de conhecer-me tão bem e permitir qualquer outra coisa, durante pelo menos cinco minutos, de viver à luz da realidade de minha pessoa. Isto é verdadeira intimidade!
Porventura estou tentando você a adquirir conhecimento mais profundo? Aceite o desafio! Você sabia que as pessoas com maior capacidade de praticar a intimidade - e isto segundo estudos científicos - estão melhor protegidas contra a doença? McClelland e McKay desenvolveram um experimento baseado no teorema de que as pessoas que desenvolvem relacionamentos de confiança possuem melhor saúde. Constataram que isto é verdade em vista de suas atitudes serem mais positivas, o que fortalecia o seu sistema imunitário. Embora a intimidade tenha seus riscos, viver sem ela pode representar uma ameaça a sua saúde.
Sternberg desenvolveu uma lista progressiva de aspectos da intimidade: (1) Profunda compreensão da outra pessoa; (2) Compartilhamento de idéias e informações; (3) Compartilhamento de idéia e sentimentos pessoais mais profundos; (4) Recebimento e provisionamento de apoio emocional para a outra pessoa; (5) Crescimento pessoal através do relacionamento e da reciprocidade; (6) Oferecimento de auxílio à outra pessoa; (7) Fazer com que a outra pessoa se sinta necessária e mostrar que se necessita de-
la; (8) Oferecimento e recebimento de afeição a partir do relacionamento.
Estas expressões são mutuamente benéficas, uma vez que a intimidade possui uma capacidade habilitadora e fortalecedora em nossas vidas. A lista de Sternberg muito se aproxima daquilo que habitualmente identificamos como amor romântico. Com as bases fornecidas pelos passos 1 a 8, sou quase capaz de assegurar um delicioso romance e um saudável relacionamento matrimonial.
Nosso desafio é derivar amizades potenciais em ampla variedade de situações. Lillian Rubin, em seu livro Just Friends, argumenta que necessitamos de rituais que reconheçam e valorizem relacionamentos íntimos outros, que não o romance ou a família. Pat Ordovensky pesquisou o fenômeno da intimidade ao estimular recentemente relacionamentos através do jornal USA ToMY, sob o título: "Both Sides WIn With Mentoring." Sabemos que cada configuração de intimidade, quer seja entre gerações, entre culturas, entre o mesmo sexo ou entre sexos opostos, é única quanto àquilo que tem a oferecer.
Aparecem düerenças de gênero. Os homens com maior freqüência definem a intimidade como conexão física, ao passo que para as mulheres o maior valor se encontra no componente emocional e no terreno familiar. Na tentativa de uma "conquista rápida", podemos ser tentados a optar por interação física, sem o necessário e vital embasamento emocional.
Carol Gilligan, autora de A Difere:nt Voice, descreve as diferen-
Uma candeia num grande ambiente? Uma luz estabelecida
sobre a montanha? Uma pequena semente num vasto campo? Qualquer que seja a metáfora utilizada, o ministério é inconfundível. Mais de
tes abordagens dos dois gêneros à intimidade, em termos de sermos societários de "hierarquia" e "entrelaçamento". Ela sugere que os homens são os construtores de torres, ao passo que as mulheres se concentram na afiliação e obra de formar redes. O equilíbrio ocorre na combinação. Durante a amizade emergente o balanço deve tender, idealmente, para o lado feminino. Uma vez que se encontrem estabelecidos os fundamentos da confiança, compatibilidade, reci{>rocidade e lealdade, é seguro engir a torre - um lugar seguro para se acrescentar as camadas da intimidade física com seu alto valor sinergístico.
Em seu livro Bonding Relationships in the Image of God, Donald Joy descreve as diferenças de desenvolvimento dos cérebros masculino e feminino. O cérebro masculino, com suas conexões mais simples entre os hemisférios direito e esquerdo, apresenta maior dificuldade para o acesso a sentimentos do que o feminino. O desafio diante de nós é no sentido de eX'ercitar todas as porções deste criativo computador que se acha dentro de nós, de modo a nos tornarmos indivíduos de cérebro amplificado, ou seja, de nos tornarmos seres humanos completos. Na se~rança e na incandescência da Intimidade estendemos as mãos para a vida de um modo que não arriscaríamos tentar se estivéssemos sozinhos.
Assim EU bu§co 'as profundidades com VOCE, meu significativo outro, EU-VOCÊ, covidando-o a unir-se a mim na dança da vida, procurando conhecer e ser
EM AÇÃO
Divisão Afn>Oceano índico
2.200 estudantes adventistas que estão à busca de graus universitários de instrução em instituiçôes nãoadventistas em seis países da Divisão . Mro-Oceano índico, conhecem sua missão e se organizaram em associa-
DIÁLOGO 2 - 1990
conhecido intimamente.
Modelos EscriturÍsticos de Intimidade
- "Não é bom que o homem esteja só" (Gênesis 2:18). Deus pronunciou estas palavras quando Eva ainda não havia sido crIada. A declaração tem a ver com a necessidade do ser humano de estar com pessoas. A interação humana provê estímulo vital, tanto do ponto de vista intelectual quanto social. Fomos criados desta forma. Trata-se da natureza essencial da humana criação de Deus, tanto do homem quanto da mulher.
- "Jônatas o amava [a Davi] com todo o amor de sua alma" (I Samuel 20: 17). Estes jovens, ambos designados para o trono de Israel, demonstraram verdadeira amizade na mais hostil das situações. A amizade de Jônatas por Davi comprovou sua lealdade diante de explosivas intrigas da família real. Ambos eram heróis de guerra. Suas vidas de violência não impediram a capacidade que ambos possuíam de desenvolver intimidade.
- Rute e Noemi eram pessoas com notórias diferenças de idade, e que se tornaram íntimas amigas através da tragédia familiar. Através do compartilhar de sofrimentos, o coração de Rute uniu-se ao de sua sogra, Noemi, que era uma expatriada. Assim, disse ela a Noemi: HNão me instes para que te deixe, e me obrigue a não seguir-te; porque aonde quer que fores, irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu, e ali serei sepultada; faça-me o Senhor o que bem Lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti" (Rute 1:16 e 17).
Este artigo foi escrito por Pat Wick, em colaboração com seu esposo, Ted. Ele teve a tarefa de compilar os autores, ela deu vida ao artigo, e de ambos é a jornada rumo à intimidade.
ções ou grupos de companheirismo tendo em vista três objetivos:
(1) Constituírem grupos de conservação com vistas ao estímulo mútuo nas reuniôes de estudo regular da Bíblia, oração e adoração.
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(2) Representarem meios de testemunho, através do compartilhamento de sua fé e crenças com os colegas não-adventistas.
(3) Organizarem centros de cuidado e atenção, onde tanto adventistas quanto não-adventistas encontrem um lugar de compaixão, apoio e preocupação.
Um breve relatório por países: Ghana. Existem 120 estudantes
adventistas fremientando as três universidades públicas de Ghana. Aqueles que fazem parte da Universidade da Costa do Cabo organizaram uma igreja, a qual constituiu o resultado de uma campanha evangelística empreendida em 1987. Os estudantes assumem os serviços e os negócios da igreja.
Na comunidade de alunos da Universidade de Accra, também em Ghana, os estudantes realizaram um programa missionário de conquista (le almas num grande salão que lhes foi colocado à disposição pelas autoridades universitárias. O programa desenvolveu-se sob a forma de Seminários do Apocalipse e ocorreu nos meses de janeiro e fevereiro de 1990. Como resultado deste esforço, oito estudantes universitários foram batizados. Muitos alunos e professores agora adoram ao lado da comunidade adventista no sábado. Numa vila próxima, uma Escola Sabatina Filial com cerca de quarenta membros foi posta a funcionar pela comunidade. No início de janeiro de 1990, a Comunidade Adventista da Universidade de Ciência e Tecnologia de Ghana conduziu uma cruzada evangelística no campus universitário. Trinta estudantes universitários aceitaram a mensagem adventista do sétimo dia.
Ruanda. Na Universidade Nacional de Ruanda, os estudantes acham-
se ativamente envolvidos em atividades evangeIfsticas; um capelão foi indicado pela missão, e foi-lhe concedido um escritório no campus. Nossos alunos dispõem de unia sala onde prestam culto a Deus,~para o qt!a.l convidam seus colegas. Sua associação já está com doze anos de existência e foi oficialmente reconhecida pela universidade.
Zaire. Na Universidade de Kinshasa, no Zaire, os estudantes adventistas estão organizados como uma comunidade. Realizam serviços religiosos no campus, numa ampla sala concedida pelas autoridades universitárias. O Senhor está abençoando os seus esforços.
Madagascar. Em Madagascar, existem mais de 300 estudantes adventistas freqüentando universidades públicas. Encontram-se separados pela distância, de tal modo que um encontro em nível nacional não tem sido possível nos últimos anos. Entretanto, em cada universidade os estudantes adventistas organizaram centros de companh.eirismo, com ativos programas de êonservação e alcance missionário. Seu maior objetivo é criar uma atmosfera espiritual entre eles próprios, a fim de influenciar os que estão à sua volta e assim conquistar almas para o Senhor.
N os últimos anos, estes estudantes de Madagascar sempre estiveram ativamente envolvidos no trabalho de conquista de almas nos campus e nas áreas próximas às universidades. Obtiveram êxito em iniciar um grupo adventista em Andraisoro, que cresceu e veio a tornar-se uma igreja organizada. Outros grupos têm sido iniciados, inclusive o do campus da Universidade de Antananarivo, além de dois outros nas adjacências desta universidade.
Costa do Marfim. Na Costa do
LIVROS
Marfim, a Associação dos Estudantes Adventistas que freqüentam a universidade, foi recentemente organizada.
Nigéria. Na Nigéria, nossos estudantes acham-se espalhados pelas várias universidades estatais, mas todos eles agrupam-se em tomo da Associação Nigeriana de Estudantes Adventistas (NNAS). Seu secretariado nacional encontra-se agora na Universidade de Jos, e o secretário ajuda a coordenar as atividades de testemunho cristão_ e a organjzar o encontro anual da entidade, onde os estudantes acham espaço para companheirismo, estimulando-se mutuamente.
UE será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para teste- . munho a todas as nações. Então virá o fim" (Mateus 24:14). Estas poucas palavras de Jesus exerceram impacto direto sobre muitos de nossos estudantes adventistas em instituições seculares. Eles aceitaram a mensagem de modo literal. Para eles, isto significa que cada nação individual e cada pessoa deve receber as boas novas da vinda de Cristo, nosso Salvador e Rei, quando este mundo chegará ao [lID.
. Nossos estudantes universitários acham-se conscientes do fato de que não existe mais glorioso alvo do que apressar o dia em que a última pessoa sobre a face da Terra, sim, a última pessoa da Divisão Afro-Oceano Indico terá sido alcançada pela mensagem do evangelho. Eles estão participando ativamente no alcance de todos os rincões da divisão. Ainda existe muito território a ser desbravado, mas a vitória nos está assegurada.
Phénias Bahimba
Publicações Significativas Feitas por Adventistas do Sétimo Dia ou Acerca dos Mesmos
Seeking a Sanctuary: Seventh-day Adventism and the American Dream, por Malcolm BulI e Keith Lockhart (San Francisco: Harper and Row, 1989; xi + 319 páginas; US$25,95, encadernado).
Revisão por Gary Ross. Admirável e mesmo audacioso em sua proposta, este li
vro analisa a Igreja Adventista histórica e sociologicamente. Os autores, ambos com um conhecimento de primeira mão da igreja, vêem inicialmente os adventistas como um grupo, depois focalizam grupos de adventistas, e finalmente se detêm diante do processo pelo qual as pessoas pas-
sam a fazer parte do môvimento ou dele se afastam. Um "pudim" inglês sem tema definido, é o que certa
mente este livro não representa. Preocupados ao ponto de posicionar a Igreja Adventista em contraste com a sociedade americana, os autores constroem uma tese que, qualquer que seja seu mérito, efetivamente unifica milhares de detalhes. A tese é esta: uSempre houve uma combinação de idéias suficientes para distinguir aqueles que as sustentam do restante da sociedade americana, e para manter um senso de distância entre a igreja e o mundo."
Ao salientarem a distância entre o adventismo e aso-
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ciedade americana, os autores espalham imagens poderosas e polarmente opostas da igreja, e que o público tem construído ao longo de mais de um século. Uma delas, for-mada a partir de Guilherme Miller, torna o adventismo tão distinto do mundo a ponto de apresentar-se fanático, divergente e apocalíptico. A outra, inspirada em John Harvey Kellogg, vê a igreja tão discretamente distinta do mundo, a ponto de correr o risco de identificar-se com ele. Evidentemente, estas imagens persistem, e por boas razões:
O adventismo é mn processo que afasta as pessoas da sociedade americana ... e é também um processo que projeta as pessoas de volta ao mundo externo. Tanto as entradas quanto as saídas do movimento encontram-se abertas.
O público apenas percebe os conversos que entram na igreja e zelosamente abraçam visões da catástrofe impendente, e os retirantes que reaparecem, como profissionais de espírito público. (possivelmente o público também perceba um recoltista que solicita fundos de porta em porta.) Certos dinamismos vocacionais reforçam estas interpretações errõneas. O movimento de auto-sustento, por exemplo, puxa a igreja demasiadamente numa direção, ao passo que os médICOS adventistas e os educadores empregados pela igreja a puxam demasiadamente na direção oposta.
Enquanto isto, o adventismo repousa sobre um terreno que requer uma descrição mais fiel, e BulI e Lockhart, ao assumirem o desafio de formular esta descrição, atingem o ponto central de seu livro. Em vez de ser antitético à sociedade ou redutível a ela, o adventismo replica ou imita a sociedade. Afastado, porém não demasiado distante, o adventismo "provê um santuário para a América", da mesma forma como "a própria América ofereceu um santuário às gerações de imigrantes da Europa". Mas o afastamento efetivamente existe e, exceto por alguns curiosos momentos de simbiose, a localização do "santuário" toma-se a chave para explanar, significativamente, qualquer coisa a respeito da igreja. Por vezes, replicar corresponde a assemelhar-se - como quando os relacionamentos raciais dentro da igreja refletem a nação como um todo; noutros momentos, replicar significa substituir - como quando os autores identificam os possíveis membros como "aqueles que, em virtude de raça, pobreza, idade ou mobilidade ainda não foram capazes de encontrar uma posição segura no ãmbito da sociedade".
A guarda do sábado, como "chave para a compreensão do relacionamento do adventismo com a América", ilustra ambas as facetas da replicação:
Com sua peculiaridade, ela toma s~a a alienação adventista diante do estilo de vida amencano, mas em sua conformidade com as expectativas americanas de que deve haver um dia sagrado na semana, ela alinha os adventistas com a sociedade em geral.
Ocorre agora o drama central do livro. O adventismo descobriu que, de modo a poder substituir um dos aspectos da sociedade americana, teria de negar que a América realmente possllÍsse esta característica. Naquilo que os autores identificam com os mais impressionante aspecto da igreja, o adventismo rejeitou o ponto de vista de que a América constituísse "o meio de redenção universal", exatamente porque é isto que a igreja pretende ser:
Uma vez que a Nação e o Adventismo não poderiam ser, ambos, o meio "escolhido", talvez não seja surpreendente que os adventistas da década de 1850 tenham começado a questionar a natureza triunfalista do destino americano.
Esta lógica, mais a arbitrariedade governamental, transformaram os Estados Unidos na besta de Apocalipse 13. Por sua vez, este retrato negro da nação fundiu-se com a alegada redefinição da "liberdade" embutida na Decla-
ração de Independência, a fim de alienar os adventistas da vida política da nação. Aqui (e apenas aqui, em vista das limitaÇges de espaço) a descrição deve ceder lugar à avaliação. E correto salientar que a escatologia adventista envolve e, mais que isto, deprecia a nação americana. Mas isto se deve à tradição puritana/milerita de identificar a segunda besta de Apocalipse 13, e não à disputa quanto a quem poderia ser o "escolhido". Ademais, a visão positiva do governo esboçada em Romanos 13 sempre equilibra a ênfase negativa exposta aqui. E a esperada mudança da América "de democracia liberal para estado autoritário" não é produzida pela igreja oficial sob a forma de "constante comentário apocalíptico dos eventos contemporâneos", se por esta expressão se deva entender a sensacionalização não-crítica das notícias diárias. Os gritos de "É lobo!", cremos nós, somente poderiam imunizar os membros contra a verdadeira crise quando esta sobrevier. Também é correto salientar que os adventistas defendem a liberdade religiosa mediante a vigilância sobre a Primeira Emenda, em que a Igreja e Estado acham-se separados. Entretanto, se uma vez se imginava que isto seria capaz de isolar a igreja da autoridade do Estado, poucos assim pensam nos dias de hoje. O nãocumprimento da lei, produto do radicalismo de A. T. Jones, uma vez orientou a questão do igual pagamento para mulheres, mas isso foi tão excepcional quanto conspícuo. Efetivamente é plausível argumentar que a concordância com a lei (particularmente certos aspectos da legislação tributária) contribuiu fortemente para os atuais dilemas em relação à ordenação de mulheres. Tampouco se sustenta o inverso, que a liberdade religiosa inibe a igreja de envolver-se com o Estado. Conforme reconhecem os autores, o debate da proibição ocorreu na área do envolvi~ mento aceitável com o Estado. Mas o mesmo ocorreu (e ocorre) com: exercício de imunidade, serviço militar, desenvolvimento de uma carreira política e a manutenção daquilo que, na prática, é um escntório de "lobby" da igreja em Washington, D. C.
A partir do exposto acima, torna-se claro que qualquer indivíduo que se preocupe em ver como o mundo - incluindo o mundo da erudição - percebe o adventismo, considerará que este livro é de inapreciável valor. Suas distorções, provavelmente tão inadvertidas quanto inevitáveis, nos estimulam a tentar a conceitualização daquilo que é realmente a natureza e o significado do adventismo. Deste desafio os membros fiéis jamais deveriam deixar-se demover.
I Gary Ross (Ph. D., Washington State University) atua como elemento de ligação entre a Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia e o Congresso dos Estados Unidos. Durante quinze anos, antes de 1981, lecionou História e Ciência Política junto à Universidade de Loma Linda, em Riverside, Califórnia.
l he Disappointed: Mülerism and Millenarianism in the Ninetenth Century, editado por Ronald Numbers
e Jonathan Butler, (Bloomington, lN: Indiana University Press, 1987; xxiv + 235 páginas; U8$29,95 em volume encadernado).
Revisão de Joan Francis. The Disappointed é uma importante adição ao crescen
te volume de investigações eruditas quanto às raízes do adventismo. Ao situar o movimento milerita na perspectiva histórica do movimento milenialista do século dezenove, sem ser apologético ou defensivo, este livro expande nossa compreensão da herança adventista. A coleção de onze ensaios preparados por eruditos tanto adventistas quanto não-adventistas, foi bem escolhida e arranja-
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da pelos editores, Ronald Numbers (historiador médico) e Jonathan Butler (historiador religioso e co-fundador do periódico Adventist Heritage. Produto da conferência de 1984 sobre "Milerismo e a Mentalidade Milenialista do Décimo Nono Século na América" , estes ensaios revelam que o milerismo representou a corrente principal do mileniaIismo e que seu apelo a regras e lógica na compreensão da Bíblia foi compatível com os ideais democráticos da presidência de Andrews Jackson.
"The Millerite Adventists in Great Britain, 1840-50", por Louis Billington; Ronald e Janet Numbers apresentam a questão "Millerism and Madness", no contexto histórico da insanidade religiosa do décimo nono século. Os leitores interessados nas tradições proféticas e evangélicas dos mileritas apreciarão o ensaio de Eric Anderson: "The Millerite Use of Prophecy: A Case Study of a 'Striking Fulfillment' " e os capltulos escritos por Ruth Doan, Michel Barlrun e Lawrence Foster. Mas o capitulo mais intrigante provavelmente seja o ensaio de Jonathan Butler, "The Making of a New Order: Millerism and the Origins of Seventhday Adventism." O Apêndice, "The Disappointed Remembered", também constitui leitura recomendável, pois apresenta três relatórios de pessoas que viveram o acontecimento.
A partIr de sua própria perspectiva especializada os autores apresentam análises informativas e elucidativas do movimento e de suas principais características. Na introdução, os editores estabelecem as bases de uma visão abrangente da pesquisa sobre o milerismo. David Rowe, com o ensaio "Millerites: A Shadow Portrait" fragmenta o mito de que os mileritas eram po~res e homogêneos. A apresentação de Miller, feita por Wayne Juda, enfatiza o modo como o apelo daquele ao bom senso da humanidade se coadunava com a era jacksoniana, ao passo que David Arthur explica o papel de Josué Himes, o principal pro-
Este livro representa uma significativa análise histórica de um complexo período da história religiosa americana. Os estudiosos do milerismo deveriam lê-lo. The Disappointed certamente não representará uma leitura desapontadora.
motor de Miller. O vinculo entre o milerismo e os reformadores é expandido por Ron Graybill em "The Abolitionist-Millerite Connection." Outros aspectos abordados são:
Joan Francis (Ph. D., Carnegie-Mellon University), nascida em Barbados, leciona História no Atlantic Union College, sediado em South Lancaster, Massachusetts, EUA.
PRIMEIRA PESSOA
Sábado ou Faculdade de Medicina?
Katheleen H. Liwidjaja-Kuntaraf
Senti-me feliz ao ser admitida na Faculdade de Medicina.
Como estudante adventista numa universidade pública, e num país predominantemente muçulmano, sentia-me disposta a enfrentar os desafios acadêmicos e ao mesmo tempo permanecer fiel às minhas convicções cristãs.
Durante os cinco primeiros anos de meus estudos universitários, pela graça de Deus, consegui resolver todos os problemas de sábado. Exames teóricos e práticos que caíam no sábado podiam ser remanejados por exames orais em dias de semana, de modo que nunca assistia a aulas, nem desempenhei atividades de laboratório, ou participei de exames em dia de sábado.
Contudo, no final de meu quinto ano, as regras para os exames mudaram. Não mais existiriam
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exames orais. De certo modo, esta modificação era bem-vinda, uma vez que exames escritos permitiam uma avaliação mais objetiva. Mas os exames sobre seis assuntos seriam desenvolvidos pe segunda-feira a sábado. Contei ao presidente da associação dos estudantes quanto ao meu problema com o exame de pediatria, o qual deveria ser realizado no sábado. Ele sugeriu que eu fosse em frente, levando a efeito os demais exames, enquanto tentaria estabelecer arranjos em meu favor.
Assim, na segunda-feira ocupei meu lugar para o exame de medicina interna. N a terça-feira, ocupei novamente minha cadeira para o exame do segundo tema, ginecologia-obstetrícia. Ainda não ocorrera coisa alguma. Assim, decidi comparecer diante do .
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presidente da universidade. Senti-me contente ao descobrir que, sendo muçulmano, ele apoiava as convicções dos adventistas no tocante à guarda do sábado. Uma vez ele estivera com um adventista que possuía um grande hotel numa cidade da Indonésia. Enquanto ali, observara que o proprietário pagava seus empregados antes do pôr-do-sol da sexta-feira, de modo que conhecia as convicções dos adventistas no tocante à santidade do sábado.
O presidente da universidade aconselhou-me a procurar contato com o chefe do comitê de exames e depois analisar meu problema com o diretor do departamento de pediatria. Ao sair da sala do reitor, senti-me contente ao perceber que o homem de mais elevado posto na universidade me apoiava.
Contudo, ao encontrar-me com o chefe da comissão de exames, senti-me chocada com o seu furor. Ele disse: "Você imagina que os anjos irão retalhar sua caoeça no momento do exame, no sábado? De que modo poderiam os regulamentos de uma universidade pública ser modificados por causa de uma aluna? Impossível!"
Meus amigos não me ofereceram muito apoio. Um deles disse: "Não entendo por que você tem de ser tão especial. Sempre é tão difícil ingressar na universidade pública, e agora você está acrescentando outro problema. Vá em frente e faça o seu exame em duas horas, e depois peça perdão a Deus."
Outro amigo do departamento de cirurgia informou-me do resultado que eu obtivera no recente . exame desta disciplina: 98, qua-se a perfeição. Ele disse: "Simplesmente vá em frente e realize seu exame no sábado. Da próxima vez você poderia não obter notas tão elevadas!"
A despeito do pouco apoio, prossegui realizando meus exames na quarta-feira, assim como na quinta e na sexta. No sábado dirigi-me à jgreja perfeitamente consciente de que ao serem anunciados os resultados dos exames, eu seria considerada como reprovada. Naquele tempo a escola possuía um sistema mediante o qual, se você fosse reprovada num dos seis temas, não importava quão bem houvesse desempenhado nos outros cinco, seria considerada reprovada em todas as seis áreas.
Embora eu me sentisse extremamente triste, procurava lembrar-me do verso de I Coríntios 10:13 - "Deus ... não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar". Na semana seguinte recebi os deprimentes resultados, e logo me dirigi ao presidente da associação de alunos a fim de tomar providências para a próxima bateria de exames, que ocorreria dentro de três meses. Ele disse: "Oh, agora é ain-
da muito cedo. Compareça cerca de duas semanas antes dos exames." Dois meses e meio passaram rapidamente, e antes que eu me apercebesse, já era ocasião de comparecer novamente. diante dele. Para minha surpresa, ele me disse: "Tentamos sem êxito reordenar as datas dos exames. Você não tem alternativa, senão mudar sua atitude."
Dirigi-me ao deão acadêmico. Enquanto me encontrava na sala de espera, vi o professor de farmacologia. Ele ouvira a respeito da aluna "fanática" que se dispunha a ser reprovada em virtude de suas convicções religiosas. Dirigindo-se diretamente para onde eu me achava sentada, ele disse: "Perguntei aos mais velhos cristãos do mundo, os católicos romanos, e eles me disseram que é seu dever santificar o domingo."
Eu não sabia como responderlhe, pois havia tantos doutores à minha volta - muçulmanos, católicos e protestantes! Lembreime de Mateus 10:18 e 19: "Sereis levados à presença de governadores e de reis, para lhes servir de testemunho. Não cuideis em como, ou o que haveis de falar, porque naquela hora vos será concedido o que haveis de dizer." Assim, rapidamente orei pedindo a resposta. Ouvi uma pequena voz a cochichar-me: "Responda simplesmente isto: "Oh, estou apenas observando o que a Bíblia ordena.'"
Imediatamente o :professor de farmacologia depOSItou o maço de papéis que trazia debaixo do braço e, apontando a todos os médicos que me estavam à volta, disse: "Todos vocês têm pecado contra Deus. A Bíblia lhes ordena guardar o sábado, e não o domingo. Vocês devem converter-se!"
Senti-me agradecida porque ele fizera o "sermão" em meu lugar. Entrei então para falar com o deão acatlêmico, o qual conversou comigo durante meia hora. Ele disse: "Seja lógica com a sua religião. "
Respondi: "Compreendo que por vezes a religião pode não parecer lógica. Por exemplo, quan-
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do certo grupo de pessoas ora a Deus, entende que deve voltar-se numa determinada direção. Isto é lógico? Deus é onipresente, de modo que podemos falar com Ele em qualquer lugar, a qualquer tempo. Assim, por que razão as pessoas conservam estas práticas? Porque elas são significativas em termos de suas convicções."
Finalmente ele disse: "Lamento muito. Desejo ajudá-la, mas não sei como. Minha sugestão é que você se dirija diretamente ao professor de pediatria." Assegurei a mim mesma que esta seria a última tentativa. Caso não obtivesse êxito, procuraria uma escola de medicina adventista no exterior. Certamente eu enfrentaria problemas, mas pelo menos chegaria o dia em que eu me tornaria médica .
Eu trouxe este problema ao nosso encontro de oração. Os anciãos da igreja disseram: "Você é pioneira. Deverá ser paciente e lutar por suas convicções. O que irá acontecer com os demais alunos adventistas do curso de Medicina, e que se encontram em séries mais baixas? Eles não possuem o dinheiro para dirigir-se ao exterior. Levemos este assunto a Deus em oração!" Toda a igreja orou em meu favor aquela noite.
Fui então ver o professor de pediatria. Ele sentiu-se verdadeiramente perturbado e disse: "Não há forma de modificarmos os regulamentos da universidade por causa de uma única aluna."
Sua esposa, advogada, sentou conosco na sala de estar e procurou defender-me, dizendo: "Este é um país de pancasilais. Todos têm o direito à liberdade religiosa." Travou-se um debate entre ambos enquanto eu orava silenciosamente para que o Senhor abençoasse o debate para honra e glória de Seu nome. finalmente, o professor de pediatria disse: "Marcaremos uma nova data de exame para você." Assim, na sexta-feira, depois do exame de cirurgia, realizei o exame de pediatria, e fui então posta em isolamento numa das casas de professores até que os demais alunos ocuparam seus lugares para o
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exame de pediatria na manhã do dia segunte, sábado, às oito horas. Fui então liberada e dirigime à igreja. Ao serem publicados os resultados dos exames, louvado seja o Senhor, eu havia sido aprovada.
um último problema a enfren~. Toda a cerimônia era levada a cabo no sábado. Mais uma vez fui visitar o presidente da associação de estudantes. Ele me disse:
graduação especial. Quando volvo os olhos ao pas
sado e contemplo minha experiência, sinto que Deus estava a meu lado - encorajando-me e sustentando-me ao longo de todas as minhas lutas. Louvo-O por Sua bondade e grandeza. A formação médica permitiu que eu servisse como canal da graça de Deus aos outros, 'ministrando a suas necessidades físicas e espirituais. Mínha oração é que Deus ajude a todos nós - estudantes e profissionais - de modo que tenhamos tão íntimo relacionamento com Ele que poss~os ser verdadeiros embaixadores. Conforme asseverou o Senhor Jesus: "Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos" (João 14:15).
Mais tarde, ao trabalhar em todos os departamentos, fui liberada do hospital na sexta-feira ao pôr-do-sol, até o pôr-do-sol do sábado. Entretanto, era-me necessário trabalhar durante mais tempo em cada departamento em virtude dos muitos sábados que perdera. Assim, ao finalizar as tarefas num departamento, necessitava esperar o próximo grupo de estudantes antes de poder prosseguir para o dep~amento seguinte, de modo que meu tempo de prática foi mais longo que o normal. Ainda assim eu me sentia contente por poder observar o sábado durante os anos de aprendizado numa escola médica não-adventista.
Por ocasião da graduação, tive
"Por bqndade, facilite .. as coisas pelo menos uma vez. E impossível reunir todos os professores, só por sua causa, durante um dia de semana!" Mas ele me disse que retornasse na próxima semana, depois de ele haver contatado o deão acadêmico. Ao retornar, foi-me dito 'que eu deveria esperar mais duas semanas, pois que o deão acadêmico e o deão da Faculdade de Medicina haviam considerado ser dificil resolver o meu problema. Final,mente, depois de dois meses, e muitas discussões mais, eles concordaram em levar a efeito uma graduação especial, num dia de semana, com a presença de todos os doutores e eu como a única graduanda. Como resultado, os estudantes médicos adventistas de séries mais baixas também receberam uma
Katheleen H. Liwidjaja-Kuntaraf, nascida na Indonésia e graduada pela Escola de Medicina da Universidade Federal do Norte de Sumatra, serve atualmente como diretora do Departamento de Saúde e Temperança da Divisão do Extremo Oriente.
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Orientações Para Colaboradores DIÁLOGO UNIVERSITÁRIO é publicado três vezes ao ano,
em quatro idiomas, e destina-se a adventistas do sétimo dia envolvidos em educação pós-secundária, quer como alunos, quer como professores, assim como aos profissionais adventistas e aos ca~lães universitários.
Os editores estão interessados em artigos bem escritos, entrevistas, relatórios e notícias coerentes com seus objetivos: (1) alimentar uma fé inteligente e viva; (2) aprofundar o comprometimento com Cristo, a B1blia e a missão adventista; (3) articular uma abordagem blblica às questões contemporâneas; e (4) oferecer idéias e modelos para serviço cristão e alcance missionário.
DIÁLOGO usualmente recebe artigos, entrevistas e relatórios para publicação. Aos autores interessados pede-se que: (a) examinem números anteriores da revista, (b) considerem cuidadosamente as diretrizes e (c) apresentem um resumo e os antecedentes pessoais antes de desenvolverem por completo o artigo proposto.
• ENSAIOS: Artigos bem esboçados, baseados em boa pesquisa e estimulantes, que focalizem, a partir de uma perspectiva bíblica, alggma questão contemporânea na área de artes, humanidades, religião ou ciência.
• PERFIS: Traços biográficos de homens e mulheres adven-
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tistas que se destacam em suas carreiras ou profissões, e que são igualmente ativos cristãos. Recomendações são bem-vindas.
• LOGOS: Uma nova visão de alguma passagem bíblica ou tema que ofereça elucidação e estímulo para a vida de fé exerci-da no mundo atual. .
• VIDA UNIVERSITARIA: Idéias práticas para estudantes ou professores universitários que procuram integrar a fé, a educação, a vida social e o testemunho no ambiente acadêmico.
• EM AÇÁO: Notícias de atividades exercidas por estudantes e professores universitários, em base regional.
• LIVROS: Revisões de livros significativos escritos por ou
Intercâmbio Os leitores desejosos de estabelecer correspondência
com estudantes ou profissionais universitários adventistas de outras partes do mundo, podem ter seus nomes e endereços listados, sem qualquer custo, em números futuros de DIALOGUE.
Envie seu nome e endereço postal, cite sua idade, sexo, campo de estudos ou grau profissional, entretenimentos de seu interesse e idioma (s) no (s) qual (is) está apto a corresponder-se.
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Necessitam-se Voluntários Voluntários adventistas do sétimo dia, com idade en-
acerca de adventistas, publicados tanto em inglês quanto em francês, português ou espanhol. Recomendações.são bem-vindas.
• ASSOCIAÇÕES PROFISSIONAIS: Um diret6rio de associações de profissionais adventistas formalmente organizadas em todo o mundo, com informações de suas atividades e planos.
• PRIMEIRA PESSOA: Histórias individuais e experiências vividas por estudantes universitários adventistas que possam ser de interesse e encorajamento para seus pares.
Endereço para correspondência: DIALOGUE Editors, 12501 Old Colurnbia Pike, Silver Spring, MD 20904, U. S. A. Telefone: (301) 680-5065. Fax (301) 680-6090.
tre 18 e 30 anos, são necessários na Ásia, África, Oriente Médio, Taiwan, América do Sul e China, a fim de lecionar inglês conversacional em escolas elementares e secundárias, ou ainda para engajar-se em outras atividades. Para maiores informações, chame pelo telefone (301) 680-6177 ou escreva a: Adventist Youth Service Office, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904-6600, U. S. A.
Rede de Computadores Estudantes adventistas do sétimo dia, interessados em
tornar-se parte de uma rede internacional de computadores, são convidados a estabelecer contato com Christine Hwang, estudante junto à McGill University, em Montreal, Canadá. Christine pode ser contatada através da mala postal eletrônica BITNET: "edum~MEDCOR.?CGILL.CA", ou através de seu endereço postal: 1400 Ave. des Pins O. 504; Montreal, Quebec; CANADA H3GIBl.
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Conquiste novos horizontes!
1 VIAGENS - Una-st.' ao Se rviço Volu lH ;'lri o d os
Jovells Adve nti stas e v i . ~j c por lugares ra~(i ll i llll t.: .~ cio mu ndo
int e iro. E llqU illl10 "nCL' passa UIll ,11\0 no eXl crior, pod e u mhec:er
pesso a llllent e uma cultura est ra ngei ra c aprend er li ma nova
língua . AMI ZA DE - Niio (: rúc il
d eixa r o la r pa terno c os a migos po,'
UIll ano illl c iro. 1\ las v;lI e a pe na . Ao
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especi ai s com as pessoas'l qu elll se rve c, ,teima d e tudo, com De us.
AVENTU RA - Os jovens advclllist:ls voluntúri os Il"aha lham
a rdU<1ll1 L'Il I t..: . Porém, t.:l c~ ell(olltrillll tempo p a r a aventuras
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P()d e r~1 lorna '-·se um lid eI' c ris l ií o seguro de si e possuido r de UIll
b OIlJ-se n so d e o ri e ntaçflO. 4! NÃO PQDESAIR DE CASA?-
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volulllá rios. Pessoas como \'o cé . Se
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