deuteronômio (moody)

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DEUTERONÔMIO Introdução Esboço Capítu 1 Capítulo Capítulo Capítulo Capítu lo 2 Capítulo 11 Capítulo 20 Capítulo 29 Capítu lo 3 Capítulo 12 Capítulo 21 Capítulo 30 Capítu lo 4 Capítulo 13 Capítulo 22 Capítulo 31 Capítu lo 5 Capítulo 14 Capítulo 23 Capítulo 32 Capítu lo 6 Capítulo 15 Capítulo 24 Capítulo 33 Capítu lo 7 Capítulo 16 Capítulo 25 Capítulo 34 Capítu lo 8 Capítulo 17 Capítulo 26 Capítu lo 9 Capítulo 18 Capítulo 27 INTRODUÇÃO Título. O título em português do livro de Deuteronômio parece basear-se na tradução errada que a LXX faz da frase, "um traslado desta lei" (17: 18), deuteronomion touto, "esta segunda lei". O título judeu, deveirim, "palavras", vem do costume de usar as palavras introdutórias do livro por título. Deuteronômio começa com a declaração, "São estas as palavras que Moisés falou" (1:1a). Considerando que os antigos tratados de suserania começavam exatamente assim, o título judeu chama a atenção para uma das pistas que identificam o caráter literário deste livro. Data e Autoria. A origem de Deuteronômio é de significado crucial nos estudos que a alta crítica moderna faz do Pentateuco e, também, nos estudos

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  • 1. DEUTERONMIOIntroduoEsbooCaptulo 1 Captulo 10 Captulo 19 Captulo 28Captulo 2 Captulo 11 Captulo 20 Captulo 29Captulo 3 Captulo 12 Captulo 21 Captulo 30Captulo 4 Captulo 13 Captulo 22 Captulo 31Captulo 5 Captulo 14 Captulo 23 Captulo 32Captulo 6 Captulo 15 Captulo 24 Captulo 33Captulo 7 Captulo 16 Captulo 25 Captulo 34Captulo 8 Captulo 17 Captulo 26Captulo 9 Captulo 18 Captulo 27INTRODUOTtulo. O ttulo em portugus do livro de Deuteronmio parecebasear-se na traduo errada que a LXX faz da frase, "um traslado destalei" (17: 18), deuteronomion touto, "esta segunda lei". O ttulo judeu,deveirim, "palavras", vem do costume de usar as palavras introdutrias dolivro por ttulo. Deuteronmio comea com a declarao, "So estas aspalavras que Moiss falou" (1:1a). Considerando que os antigos tratados desuserania comeavam exatamente assim, o ttulo judeu chama a atenopara uma das pistas que identificam o carter literrio deste livro.Data e Autoria. A origem de Deuteronmio de significado crucialnos estudos que a alta crtica moderna faz do Pentateuco e, tambm, nosestudos da literatura e teologia do Velho Testamento em geral. De acordocom a antiga Hiptese Evolucionria, o Deuteronmio originou-se noStimo Sculo A.C. e foi a base da reforma de Josias (cons. II Reis 22:3 -23: 25), presumivelmente nos interesses de um culto centralizado (cons.comentrio sobre Dt. 12:4-14). Esta opinio continua entre os crticosnegativos assumindo formas modificadas; mas h quem sugira uma data

2. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 2ps-exlica, e outros ainda remontam a origem da legislao deuteronmica primeira monarquia e at ao perodo pr-monrquico. Significativo para aestipulao da data em diversos documentos alegados ao Pentateuco atendncia de explicar-se o suposto conflito de seus preceitos, norecorrendo a uma longa evoluo cronolgica, mas estipulando-lhesdiferentes fontes geogrficas e culturais. Deuteronmio, particularmente,ento, remonta a sua origem a um santurio siquemita. Em vez de associarDeuteronmio com os quatro primeiros livros do Pentateuco, a maneiramoderna de encarar o assunto pensa em termos de um Tetrateuco e de umatradio deuteronmica literrio-histrica compreendendo todos os livrosdesde Deuteronmio at II Reis.A cultura crist ortodoxa moderna alia-se tradio crist e judia maisantiga, que aceita as diretas reivindicaes do prprio Deuteronmio deconstituir os exrdios cerimoniais e derradeiros de Moiss assembliaisraelita nas plancies de Moabe. Deut. 31:9 e 24 declaram que Moissescreveu e tambm falou "esta lei". Algum oficial teocrtico, com todaprobabilidade, completou o documento registrando a morte de Moiss (cap.34) e provavelmente o cntico do testemunho de Moiss (cap. 32) e o seutestemunho (cap. 33). Possivelmente ele tambm acrescentou certos outroselementos resumidos ao esboo deste documento legal.A unidade e autenticidade do Deuteronmio como produto mosaicoconfirma-se atravs da notvel identidade de sua estrutura com as do tiposusernico de aliana ou tratados em sua forma clssica dos meados dosegundo milnio A.C. (Veja notas abaixo e consulte Comentrio paradetalhes. Veja tambm M.G. Kline, "Dynastic Covenant", WTJ, XXIII(Nov. 1960),1, pgs. 1-15).Ocasio Histrica. Apenas dentro da estrutura da administrao daaliana redentora de Deus que o Deuteronmio pode ser adequadamenteinterpretado. As promessas concedidas aos patriarcas, final einteiramente realizadas em Cristo, tiveram um cumprimento provisionale tpico nas alianas em que Moiss serviu de mediador para Israel. NaAliana do Sinai estabeleceu-se a teocracia, com Moiss no papel de 3. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 3representante terreno da realeza do Senhor sobre Israel. Ento, depoisque a rebelde gerao do xodo pereceu no deserto e a morte do prprioMoiss era iminente, foi necessrio renovar a aliana com a segundagerao. O ato central, decisivo da cerimnia foi a consagrao do povo-servopor meio de um juramento ao seu divino Senhor. Particularmente,o reino de Deus simbolicamente representado na dinastia terrena emediadora, tinha de ser confirmado levando Israel a declarar queobedeceria Josu na qualidade de sucessor de Moiss nesta dinastia.Parte do procedimento padro seguido no Oriente Prximo daantiguidade, quando os grandes reis faziam alianas com os povosvassalos, era a preparao de um texto da cerimnia, incluindo o tratadoe a testemunha. O livro de Deuteronmio o documento preparado porMoiss na qualidade de testemunha na aliana dinstica que o Senhor fezcom Israel nas plancies de Moabe (cons. 31:26).ESBOOI. Prembulo: Mediador da aliana. 1:1-5.II. Prlogo histrico: Histria da Aliana. 1:6 4:49.A. De Horebe a Horm. 1:6 2:1.B. Avanando para o Arnom. 2:2-23.C. Conquista da Transjordnia. 2:24 3:29.D. Resumo da Aliana. 4:1-49.III. Estipulaes: A vida segundo a aliana. 5:1 26:19.A. O Grande Mandamento. 5:1 11:32.1. O senhorio da aliana divina. 5:1-33.2. O princpio da consagrao. 6:1-25.3. O programa da conquista. 7:1-26.4. A lei do man. 8:1-20.5. A advertncia das tbuas quebradas. 9:1 10:11.6. Um chamado submisso. 10:12 11:32.B. Mandamentos subsidirios. 12:1 26:19.1. Consagrao culto-cerimonial. 12:1 - 16:17. 4. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 4a. Fidelidade ao altar de Deus. 12:1-32.b. Resistncia apostasia. 13:1-18.c. Obrigaes filiais. 14:1 - 15:23.d. Peregrinaes tributrias. 16:1-1 7.2. Justia judicirio-governamental. 16:18 21:23.a. Juzos e o altar de Deus. 16:18 17:13.b. Reis e a aliana de Deus. 17:14-20.c. Sacerdotes e profetas. 18:1-22.d. Garantias de justia. 19:1-21.e. Julgamento das naes. 20:1-20.f. Autoridade do santurio e do lar. 21:1-23.3. Santidade da ordem divina. 22:1 25:19.a. As ordenanas do trabalho e do casamento. 22:1-30.b. A congregao do Senhor. 23:1-18.c. Proteo aos fracos. 23:19 24:22.d. Santidade individual. 25:1-19.4. Confisso de Deus como Rei-Redentor. 26:1-19.IV. Sanes: Ratificao da aliana. 27:1 30:20.A. Cerimnia da ratificao em Cana. 27 1-26.B. Proclamao das sanes. 28:1-68.1. Bnos. 28:1-14.2. Maldies. 28:15-68.C. Convocao para o juramento da aliana. 29:1-29.D. Restaurao Final. 30:1-10.E. Deciso Radical. 30:11-20.V. Disposio dinstica: Continuidade da aliana. 31:1 34:12.A. Arranjos finais. 31:1-29.B. O Cntico do Testemunho. 31:30 32:47.C. O Testamento de Moiss. 32:48 33:29.D. Sucesso dinstica. 34:1-12. 5. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 5COMENTRIODeuteronmio 1I. Prembulo: Mediador da Aliana. 1:1-5.Os antigos tratados de suserania comeavam com um prembulo noqual aquele que falava, aquele que declarava o seu senhorio, exigindo afidelidade dos vassalos, identificava-se. O prembulo deuteronmicoidentifica aquele que fala como sendo Moiss (v. 1a), mas como orepresentante terreno e mediatorial do Senhor (v. 3b), o Suseranocelestial e Soberano mximo desta aliana.So estas as palavras (v. 1a). Com esta frmula introdutriacomeavam os tratados extra-bblicos. O local da cerimnia darenovao da aliana da qual o Deuteronmio testifica foi a regio doJordo na terra de Moabe (vs. 1a, 5a; cons. 4:44-46). A poca foi oltimo ms do quadragsimo ano depois do xodo (v.3a), quando oshomens de guerra daquela gerao j tinham perecido todos (2:16), aconquista da Transjordnia j fora realizada (v. 4; 2:24 e segs.), eaproximava-se o momento da morte de Moiss. Foi especialmente estaltima circunstncia que ocasionou a renovao da aliana. Deusassegurava a continuidade da dinastia mediatorial exigindo de Israel umsinal de obedincia a Josu, seu novo homem de confiana (cons. 31:3;34:9), e um novo voto de consagrao para com Ele mesmo.A cerimnia foi descrita como uma declarao ou exposio destalei (v. 5), uma vez que as estipulaes ocupavam lugar to central eextenso nas alianas de suserania. O local desta assemblia, ao queparece, foi descrita mais adiante no versculo 2b. Embora a meno delocalidades desconhecidas torna a interpretao incerta, o propsito daanotao nos versculos 1b, 2 parece ter sido o de orientar a assembliade Moabe histrica e geograficamente, indicando que foi no final daviagem do Horebe, via deserto de Arab. Para Israel, a viagem a Canaatravs dessa rota foi de quarenta anos de durao (v.3), embora a rota 6. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 6original pela qual seguiram a Par era normalmente uma viagem deapenas onze dias (v. 2). Em Par, na fronteira meridional de Cana,contudo, Israel rebelou-se, recusando-se a entrar na terra (Nm. 12:16 esegs.), ficando assim esta gerao condenada a morrer no deserto. Agoraseus filhos chegaram, via o caminho de Arab, vindos de "Sufe"(presumivelmente o Golfo de caba), a leste de Cana, atravs da terrade Moabe. Ambos os lados de acesso a Cana e a extenso dasperegrinaes falam de uma histria de violao da aliana e de heranaadiada. Existe a um interessante contraste entre o ponto de vista deMoiss na introduo do livro, olhando de Moabe para o sul e vendo opassado de fracassos e maldies, e no fim do livro, Moiss olhando parao norte de Moabe, ao terminar sua obra, vendo um futuro de realizaese bnos para Israel (Dt. 34:1.4).II. Prlogo Histrico: A Histria da Aliana. 1:6 4:49.O prembulo nos tratados internacionais de suserania era seguidopor um resumo histrico do relacionamento entre senhor e vassalo. Eraescrito em estilo primeira e segunda pessoa e procurava estabelecer ajustificao histrica para o reinado contnuo do senhor. Citavam-se osbenefcios alegadamente conferidos pelo Senhor ao vassalo, tendo emvista estabelecer a fidelidade do vassalo no sentido da gratidocomplementar e o medo que a identificao imponente do suserano noprembulo tinha a inteno de produzir. Quando os tratados eramrenovados, o prlogo histrico era atualizado. Todos estes aspectosformais caracterizam Dt. 1:6 - 4:49.O prlogo histrico da Aliana do Sinai referia-se ao livramento doEgito (x. 20:2b). Deuteronmio comea com a cena da Aliana doSinai e continua a histria at a assemblia da renovao da aliana emMoabe, enfatizando as recentes vitrias transjordanianas. Quando, maistarde, Josu tornou a renovar a aliana de Israel, continuou com anarrativa em seu prlogo histrico atravs dos acontecimentos de sua 7. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 7prpria liderana frente de Israel, a conquista e o estabelecimento emCana (Js. 24: 2-13).A. De Horebe a Horm. 1:6 2:1.6-8. Aps um ano de acampamento na regio do Sinai, onde aaliana foi ratificada e o Tabernculo confirmado como habitao deDeus em Israel, chegou o momento de dar o prximo passo decisivo narealizao das promessas feitas aos pan (vs. 6, 8b). A iniciativa noavano contra a terra da possesso prometida foi tomada por ordem doSenhor, Entrai e possu a terra (v. 8; cons. Nm. 10:11-13). Noversculo 7b, veja Gn. 15:18 e segs.9-18. Com a aproximao do momento de sua morte, Moiss estavapreocupado em confirmar a autoridade daqueles que deviam ficar com aresponsabilidade do governo depois dele. De importncia primria era asucesso de Josu, qual ele logo se referiria (1:38; 3:21, 28), mas agoraMoiss fazia Israel se lembrar da autoridade concedida a outros oficiaisjudicirios. veja em x. 18:13 e segs. a narrativa original,10. Como as estrelas dos cus. A prpria circunstncia que deuorigem necessidade desses ajudantes judicirios de Moiss, amultiplicao da semente de Abrao, era a evidncia propriamente ditada fidelidade do Senhor no cumprimento de Suas promessas (Gn. 12:2;15:5; etc.), concedendo a Israel o estmulo de avanar pela f para tomarposse de Cana (cons. Dt. 1:7, 8). O mediador fiel de Deus, refletindo abondade do Senhor, orou em favor da plena realizao de todas aspromessas da Aliana Abramica (v. 11).17. Porque o juzo de Deus. Este motivo para a justaadministrao da justia era ao mesmo tempo um lembrete da naturezateocrtica do reino israelita, um lembrete de que Deus era o Senhor querenovava a aliana com eles naquele dia.19-40. Opondo-se fidelidade do Senhor no cumprimento daaliana (cons. 6-18) tinha havido a infidelidade e desobedincia deIsrael. O fato do Senhor estar renovando Sua aliana, apesar deste 8. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 8aspecto passado da rebeldia do vassalo, magnificava ainda mais a Suagraa e bondade (ver comentrios introdutrios sobre Prlogo Histrico).O pecado particular do povo de Israel recordado na vspera de suaconquista de Cana foi a sua recusa em avanar, quando pela primeiravez recebeu tal ordem, uns trinta e oito anos atrs. Veja em Nmeros 13e 14 a narrativa original. Desta vez a aproximao da terra foi feita pelosul (Dt. 1:19). Moiss foi explcito ao avis-los que Cana era deles semrestries (vs. 20, 21; cons. 7, 8; Gn. 15:16); contudo, sob as ordens doSenhor (cons. Nm. 13:1 e segs.), ele consentia na estratgia doreconhecimento da terra antes do ataque (Dt. 1:22.25 ).26, 27a. Fostes rebeldes . . . murmurastes. A resposta de Israel diantedo relatrio dos espias foi de temor incrdulo e recusa em prosseguir.27b. Por isso nos tirou . . . para. . . destruir-nos. A perversidadede Israel chegou ao extremo de interpretar sua eleio como umaexpresso do dio divino contra eles; Deus os livrara dos egpcios apenaspara que os cananeus pudessem mat-los!29-33. No puderam ser dissuadidos nem por isso crestes (v. 32) de sua revolta declarada contra o programa da aliana do Senhor,apesar dos rogos e garantias que Moiss apresentou de ajuda paternal esobrenatural de Deus, tais como experimentaram no Egito e no deserto.34. Tendo, pois, ouvido o Senhor . . . indignou-se. Suaincredulidade provocou o veredito divino, selado por um juramento,sentenciando-os ao exlio da terra na qual recusaram-se a entrar (v. 35),exlio at a morte no deserto (v. 40).36-38. Salvo Calebe . . . Josu. No aviso do julgamento havia umamanifestao da misericrdia da aliana divina, pois alm de Calebe eJosu, os bons espia, seria poupada para entrar em Cana mais tarde,toda a segunda gerao de Israel (v. 39). A houve uma promessa de umbenvolo novo comeo agora se cumprindo na renovaodeuteronmica da aliana.37. Contra mim se indignou o Senhor. A rebeldia de Israelprovocou um fracasso da parte de Moiss, que deixou de cumprir 9. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 9devidamente a sua vocao de tipo de mediador messinico sempresubmisso vontade do Pai (cons. 3:26; 4:21; 32:50 e segs.). Istoaconteceu no retorno a Cades, depois dos trinta e oito anos deperegrinao (cons. Nm. 20:1 e segs.), mas foi mencionado aqui porquesuas conseqncias foram a excluso de Moiss junto com a geraomais velha (cons. v. 35). Foi por isso que se tornou necessrio adesignao de Josu como herdeiro da dinastia mediatorial Josu "alientrar" (v. 38) para conduzir os vossos meninos (v. 39) que forampoupados e introduzi-los em Cana.1:41 2:1 Depois que o povo de Israel revoltou-se contra a vontadedo Senhor com um assalto presunoso e desastroso a Cana, na vesperana de escapar do veredito de Deus (1:41-44; cons. Nm. 14:40 esegs.), permaneceu um pouco em Cades (v. 46).Deuteronmio 2Depois, conforme Deus ordenou (1:40; cons. Nm. 14:25),peregrinaram na direo de suas sepulturas no deserto (2:1a). Assim otempo se esgotou na regio ao sudoeste de Edom at o quadragsimo ano(2b; cons. 2:14-16).B. Avanando para Arnom. 2:2-23.2-8. Cons. Nm. 20:14-21.3b. Virai-vos para o norte. A ordem divina de avanar sobreCana dada gerao anterior (cons. 2:14-16), agora foi repetida. Arespeito do caminho, aparentemente contornando o norte de Edom eatravs do caminho de Arab que vai do Golfo de caba at o MarMorto, veja Nm. 20: 21 e segs.; 21:1-12; 33:36-44. Incerteza quanto rota surge de nossa incapacidade de identificar muitos dos stios, masno provvel que 2:8 ou Nm. 21:4 se refiram a um desvio para o sul todistante como o Golfo de caba, fazendo parte de um contorno doMonte Seir. 10. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 104. Eles tero medo de vs. O temor que Esa tinha de Israel(contraste com Gn. 32:3 e segs.) foi demonstrado pelo bloqueio de Seir(Nm. 20:20).5. No vos entremetais com eles. A luta pela primogenitura j forah muito resolvida; Cana era de Jac. Contudo, Esa tambm tinha asua possesso, no Monte Seir (cons. Gn. 36), e Israel ficou proibida delutar por ela. (Veja Dt. 23:7,8 em relao posio relativamenteprivilegiada dos edomitas na assemblia de Israel.) Quando a polticaditada pelo Senhor foi seguida, os edomitas recusaram-lhe passagematravs de suas terras, compelindo assim Israel a contornar suasfronteiras (v. 8; cons. Nm. 20:14 e segs.). A passagem de Nmeros nodiz que os edomitas recusaram-se a vender provises aos israelitas, umavez que Israel concordou em contornar Edom. Alm disso, Dt. 2:6 e 29no declaram explicitamente que Edom tenha vendido provises a Israel.Pois at mesmo 2:29a possivelmente se refere ltima clusula doversculo 28 (cons. 2:29b com 23:3, 4). Portanto no h contradioentre Nmeros e Deuteronmio neste assunto.7. Coisa nenhuma te faltou. Este versculo mais um lembrete dasbenevolncias passadas concedidas por Deus a Israel, mesmo durante aexecuo do seu julgamento do exlio (cons. 32:1 por exemplo).9-23. Logo a seguir Israel entrou em contato com os descendentesde L, o sobrinho de Abrao, os moabitas e amonitas (Gn. 19:37, 38).9. No molestes a Moabe. Embora estes grupos no desfrutassemdo privilgio dos edomitas de participar da assemblia de Israel (23:3 esegs.), tambm tinham possesses pelas quais Israel no devia lutar(cons. 5, 19). Cada uma destas naes desapossara um povo de gigantessemelhantes aos enaquins, geralmente conhecidos por refains, maschamados de emins pelos moabitas (vs. 10,11) e zanzumins pelosamonitas (vs. 20, 21; cons. Gn. 14:5). A tribo de Enaque estmencionada nos textos das maldies egpcias e os refains nos textosadministrativos ugarticos. 11. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 1112. O horeus tambm habitavam outrora em Seir. Em conexo comas aquisies territoriais de cada nao, nota-se que semelhantemente oSenhor desapossou os primitivos horeus, habitantes de Seir, em favordos edomitas (cons. 5b,22), Tambm, em cada caso faz-se umacomparao adicional ; respectivamente, a concesso de uma herana aIsrael pelo Senhor (v.12b) e a desapropriao dos aveus pelos caftorins(v. 23). Se a observao relativa herana de Israel no foi anexada poralgum oficial annimo, como aquela que evidentemente completou odocumento deuteronmico aps a morte de Moiss, ento sem dvida serefere conquista da Transjordnia.Atravs de todas essas observaes histricas, Israel, o servo daaliana, foi avisado que o Senhor tinha uma hegemonia sobre o territrioda terra prometida. Em Sua providncia que tudo controla, Eledesapossara grandes naes repetidamente at mesmo os enaquins,cuja presena em Cana amedrontara Israel at rebelio contra oSenhor, uma gerao antes (cons. 1:28; 2:14,15). E o Senhor o fizera embenefcio de diversos povos que desfrutavam de tal status especial devocao eletiva igual ao que Israel desfrutava. Com que confiana,portanto, Israel deveria obedecer s ordens do Senhor, levantando-se(v.13) e atravessando os ribeiros de Zerede e Arnom (v. 24), e logo maiso Jordo (cons. 1:28, 1:2). Veja Ams 9: 7, onde h outra lio extradadesta data histrica. O Zerede delineava os limites ao sul de Moabe, aolongo de cuja fronteira oriental Israel passou, aproximando-se assim dasfronteiras de Amom, que ficavam a leste e norte de Moabe (Dt. 2:18,19;cons. 8b; Nm. 21:11 e segs.).C. Conquista da Transjordnia. 2:24 3:29.Atravessando o Arnom (2:24), a fronteira setentrional de Moabe,Israel encontraria os amorreus. Siom, o amorreu, governava desde oArnom at o Jaboque (2:36; cons. Nm. 21:24), tendo a sua capital emHesbom (2:26), e Ogue, o amorreu (cons. 3:8) governava desde oJaboque no norte de Gileade e Bas at o Monte Hermom (3:4,8.10; 12. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 12cons. 3:13; Is. 12:5). Os amorreus no estavam protegidos por taisinviolabilidades como os edomitas, moabitas e amonitas. O fato de sefazer uma oferta de paz a Siom (2:26) indica que a sua terra naTransjordnia (que antes pertencera aos moabitas e amonitas; cons. Js.13:25; 21:26; Jz. 11:13) no fazia parte da terra particular prometida aIsrael (cons. Dt. 20:10). Mas o seu povo, sendo povo de Cana, caiu sobo princpio do herem (veja 7:1-5 ; cons. 2:33-35; 3:6; 7:2, 16 ; 20:14-17).Era o momento no qual os amorreus estavam maduros para ojulgamento, momento este estabelecido como a hora de Israel conquistarCana (cons. Gn. 15:16). Com a expanso dos amorreus, alm do Jordo,havia uma correspondente extenso de territrio que se tornariapossesso de Israel pela conquista. Portanto, uma nova ordem divinaestava a espera de Israel no Amom: Passa a possu-la, e contende (v. 24);e uma nova promessa divina: Hoje comearei a meter o terror e omedo de ti aos povos (v. 25). O processo da derrota de Siom foi muitosemelhante ao de Amenofis II, o Fara do xodo. Ambos foramsolicitados a prestar um favor aos israelitas (vs. 26-29), mas recusaram-seporque o Senhor... endurecera o seu esprito (v. 30). Ambostomaram atitude hostil contra Israel (v. 32) e sofreram a derrota, quandoo Senhor lutou por Seu povo (vs. 31,33 e segs.), (Veja comentrio sobre2: 29 em 2-8.) O curso superior do Jaboque a leste, corre do norte para osul, separando o reino de Siom dos amonitas (2:37).36. Tudo isto o Senhor nosso Deus nos entregou. Nesta vitria, ocomeo da desapropriao dos amorreus, houve uma demonstrao dopoder irresistvel e autoridade absoluta do domnio do Senhor sobre e emfavor de Israel. Com referncia narrativa original da derrota de Siom,veja Nm. 21:21 e segs.; para a derrota de Ogue, veja Nm. 21:33 e segs.Deuteronmio 33:2. porque a ele .. . dei na tua mo. O avano contra Oguetambm foi sob ordens divinas, acompanhadas da promessa de sucesso(cons. 2:24, 25); e novamente a vitria foi concedida pelo Senhor (3:3). 13. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 135. Fortificadas com altos muros. A altura das fortificaesinimigas no devia despertar o medo no exrcito do Senhor, nem otamanho do seu rei (v. 11; cons. 2:11, 20).8-11. Aqui o autor resume os resultados das vitrias de Israel emJaza (2:32) e Edrei (3:1).12-20. Foi concedido a Moiss ver o comeo da conquista sob sualiderana e tambm a distribuio da terra entre as tribos. Veja. esteacontecimento posterior em Nmeros 32.12. Esta terra... dei aos rubenitas e gaditas. As tribos de Rben eGade tomaram a iniciativa em pedir a terra recm-conquistada. Masquando Moiss atendeu o pedido, levou em considerao os triunfosparticularmente obtidos no norte pelas famlias manassitas de Maquir,Jair e Noba (v. 14; cons. Nm. 32:39-42). A esta meia tribo de Manasssfoi concedido o territrio de Ogue, isto , Gileade ao norte de Jaboque eBas (Dt. 3:13, 15 ; cons. Js. 13:29-31). A Rben e Gade foi concedida aterra de Siom desde o Jaboque ao sul de Gileade at o Arnom, ficando atribo de Gade localizada ao norte de Rben, com suas fronteiras logoacima do Mar Morto. Gade tambm recebeu o Vale do Jordo at o Marde Quinerete (veja Dt. 3:12, 16, 17; cons. Js. 13:15-28).18. Passai, pois, amados. A condio estrita estipulada s duastribos e meia que receberam terras fora de Cana, era que tinhamprimeiro de cumprir com sua responsabilidade de participar da conquistade Cana (Nm. 32: 6.32). A profunda preocupao de Moiss com esteassunto aparece novamente aqui no tratado deuteronmico (vs. 18.20).21-29. Exceto pela cerimnia da renovao da aliana propriamentedita, a conquista e a distribuio da terra leste do Jordo encerrou aobra de Moiss.24. Passaste a mostrar. . . a tua grandeza. Nestas realizaes oservo de Deus testemunhou a diligente entrada de Israel na posse de suaherana. Mas por mais que ele desejasse ver o cumprimento daspromessas de Deus em Cana rogo-te que me deixes passar (v. 25) , 14. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 14no recebeu a permisso de atravessar o Jordo, mas de apenas olhar porcima dele (v. 27; cons. Nm. 27:12 e segs.; Dt. 34:1 e segs.).26. A respeito deste texto, veja 1:37; 4:21, 22. A obrigao final deMoiss, portanto, foi estimular o povo a conquistar em nome do Senhor(v.22) e transmitir a Josu a liderana da conquista (vs. 21, 28; cons.Nm. 27: 18-23; Dt. 1:38; 31:7, 8, 14, 23). A referncia a Bete-Peor naidentificao do stio destes atos finais de Moiss (Dt. 3:29; cons. 4:46)recordam outros acontecimentos que transpiraram durante oacampamento de Israel ali (cons. Nm. 22:25).Deuteronmio 4D. Resumo da Aliana. 4:1-49.O prlogo histrico termina com uma exortao. uma transiopara a seo seguinte sobre as obrigaes do relacionamento convencional.A convocao obedincia aqui enunciada, repercutiu sucintamente nospargrafos que introduzem significativas divises dentro das estipulaes(veja 5:1; 6:1; 12:1). Deuteronmio 4 notvel porque resume, numacerta extenso, todos os aspectos que constituem o padro documentriodos antigos tratados de suserania. Assim, temos aqui: 1) a identificaodo autor da aliana, falando (vs. 1, 2, 5, 10); 2) referncias ao passadorelacionamento histrico; 3) a apresentao da exigncia central de puradevoo ao suserano; 4) apelo s sanes das bnos e maldies; 5)invocao de testemunhas (v. 26); 6) a exigncia de transmitir oconhecimento da aliana s geraes subseqentes (vs. 9,10); e 7) aluso questo dinstica (vs. 21, 22). Esta mistura de diversos aspectos deliderana na instituio da aliana encontrados aqui e em todo o livro,explicam-se pela origem do material no livre discurso de despedida deMoiss. Deuteronmio no um documento preparado em umarepartio pblica com desapaixonado apego forma legal.Os versculos 1-8 fazem uma convocao sabedoria. Os estatutosque Moiss ensinou a Israel foram uma revelao da vontade de Deus (v.5). 15. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 152. Nada acrescentareis. . . nem diminuireis. As leis de Deus nodeviam sofrer emendas ou redues atravs de legislao humana (cons.12: 32; Ap. 22:18 e segs.). Toda a obrigao do homem era obedecer, eos israelitas obedientes receberam a promessa de vida e rica herana para que vivais . . . e possuais a terra (v. 1). O fato de que, em ltimaanlise, a piedade e a prosperidade no se separam fica prefigurado nahistria da teocracia de Israel, pois simboliza o reino de Deus realizado.Ilustrao deste fato era o recente juzo divino sobre Israel por causa doseu envolvimento na idolatria de Baal-Peor (v.3; Nm. 25:1-9); poisaqueles que se comprovaram fiis naquela tentao foram poupados dapraga da morte (Dt. 4: 4). De maneira compreensvel, ento, a obedincias leis divinas identifica-se com a verdadeira sabedoria.7,8. Deuses to chegados. . . estatutos e juzos to justos.Obedincia o caminho para o desfrute das supremas bnos da aliana a proximidade divina no poder salvador, e o conhecimento daverdadeira justia. Esta luz revelada em Israel tornou-se realmente a luzdos gentios (v. 6b). Nesta exposio do caminho da aliana como ocaminho da sabedoria, estabeleceram-se os fundamentos na Tor para aliteratura da Sabedoria, a qual veio mais tarde achar o seu lugar no cnonsagrado.Nos versculos 9-31 declara-se a insensatez da idolatria. QuandoMoiss confrontou a nova gerao com o desafio de reafirmar afidelidade que seus pais penhoraram no Sinai, ele mostrou-se vivamentecnscio do pecado do bezerro de ouro dos pais, com o qualtransgrediram a aliana quase imediatamente depois dela ter sido selada(cons. 9: 7 e segs. ; x. 32). Por isso destacou a proibio contida nosegundo mandamento, fazendo o contraste entre o caminho da sabedoriae vida (Dt. 4:1-8) com o caminho da loucura e destruio.10. E os farei ouvir as minhas palavras. No Horebe, Deus reveloua Israel a maneira certa de adorar. Aquela revelao estava contida naaliana, a qual, foi primeiro comunicada oralmente e depois inscrita nasduas tbuas. A preparao dos documentos em duplicata, uma para o 16. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 16suserano e outra para o vassalo, era o procedimento regular naratificao dos tratados de suserania. O fato do contedo das tbuas serchamado de "dez mandamentos" ou "aliana" aponta para a natureza daaliana como declarao do senhorio divino.12. O Senhor vos parou do meio do fogo (veja tambm v. 15). Amaneira da verdadeira adorao tambm foi revelada pela prprianatureza da teofania. Pois, embora a voz fosse ouvida declarando aspalavras da aliana, nenhuma forma de Deus foi vista mas apenas o fogodevorador da glria de Deus. Os smbolos visveis da auto-revelao deDeus assim reforaram a proibio do segundo mandamento.Israel devia abster-se da idolatria e no devia adorar a obra de moshumanas imagem esculpida (vs. 16-18,23; com 5:8) mas tambm nodevia adorar a obra das mos de Deus, o exrcito dos cus (v. 19). Aadorao do que era visvel e criado era caracterstica das naes gentiasas quais Deus abandonara sua prpria e louca perversidade (v. 19b;cons. 29:26 ; Rm. 1:21 e segs.).20. Para que sejais povo de herana. Se Israel se voltasse para aidolatria, estaria escolhendo o destino da rejeio de sua eleio divinacomo possesso redimida e exclusiva do prprio Deus (veja tambm 7:6;14:2); um privilgio exclusivo que exigia um servio e devooexclusivos.23. Guardai-vos. Profeticamente Moiss advertiu que o gozoprolongado das bnos de Cana, bnos que nem ele receberia (vs.21,22a), poderia provocar o esquecimento do passado (v. 25; cons. v. 9).Que os israelitas, portanto, se lembrassem que o Deus ao qual tinhamjurado fidelidade no Sinai, apareceu ali como fogo consumidor (v. 24).Se provocado ao cime pela idolatria, Ele desencadearia as maldies daaliana sobre tal loucura. E que maldio poderia ser maior queabandonar aqueles que repudiam a eleio divina futilidade da idolatriaque escolheram e comunidade dos homens de mentes e destinosigualmente depravados? (vs. 27,28; 28: 64 e segs.) 17. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 1729-31. De l buscars . . .e o achars. Contudo, a aliana divina aliana de salvao, e seu cumprimento est garantido pelo juramentoque Deus fez aos patriarcas. Portanto, depois da loucura de Israel e apso juzo, Deus garantiria o arrependimento de modo que alm da maldiodo exlio, haveria bnos da restaurao (cons. 30:1 e segs.).32-40. Estes versculos apresentam as evidncias da verdadeirareligio. A identidade do Senhor como Deus somente nenhum outro hseno ele (v. 35) Criador soberano dos cus e da terra, evidenciou-sepor suas maravilhosas auto-revelaes em teofania e milagre redentor(vs. 35, 39 ; cons. x. 10:2).32. Pergunta . . . se sucedeu jamais coisa tamanha como esta.Seus atos gloriosos no Horebe e no Egito foram sinais sem paralelo;nenhum dolo das naes jamais identificou-se assim. Se o propsito davocao de Israel foi levar os povos ao temor reverente (v. 36), econhecimento do Senhor como Deus (vs. 35, 39), a fonte dessa vocaoencontrou-se na livre graa de Deus (cons. 9:5).37, 38. Porquanto amou teus pais. Moiss remontou a origem dolivramento do Egito e da herana do prometido repouso (penhor do qualera a ocupao da Transjordnia) ao amor soberano de Deus pelospatriarcas, principalmente Abrao.39. O Senhor Deus. Moiss ainda apontou para a totalidade dasmisericrdias milagrosas do passado e para as sanes da esperanafutura da aliana (v. 40) como motivos para o reconhecimento conscientedas reivindicaes da divindade exclusiva do Senhor.41-43. Como parte do prlogo histrico do tratado deuteronmico,o mais recente acontecimento significativo no benvolo governo de Deussobre Israel foi citado aqui. Em obedincia orientao divina, (cons.Nm. 35:1,14), Moiss apontou trs cidades de refgio na regioconquistada por Israel na Transjordnia, uma em cada setor, ao norte, nocentro e ao sul (cons. 19:1-13).44-49. Esta passagem transicional. Como sumrio das conquistasda Transjordnia (vs. 46b-49; cons. 2:32-36; 3:1-17), serve de concluso 18. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 18ao prlogo histrico. Mas tambm imediatamente introdutrio sestipulaes (vs. 44-46a). A cena da cerimnia da aliana e do adeus deMoiss foram apresentadas de maneira precisa (cons. 1:3.5; 3:29).45. Quando saram do Egito assinala a transao, como sepertencesse era mosaica da prolongada viagem do Egito ao Jordo. Aratificao desta aliana devia ser finalmente concluda na nova eraquando Israel entrasse em Cana sob a liderana de Josu (cons. 11:29 esegs.; 27).III. Estipulaes: A Vida sob a Aliana. 5:1 - 26:19.Quando os tratados de suserania eram renovados, as estipulaes,que constituam as partes longas e cruciais das alianas, eram repetidasmas com modificaes, especialmente as que eram necessrias paraatender s mudanas situacionais. Por isso Moiss recitou e reformulouas exigncias promulgadas na Aliana do Sinai. Alm disso, tal comocostumavam comear as estipulaes dos tratados com as exignciasfundamentais e gerais de absoluta fidelidade dos vassalos para com osuserano, prosseguindo ento nas vrias exigncias especficas, Moissagora confrontou Israel com a exigncia primria de consagrao aoSenhor (vs. 5-11) e ento com as estipulaes subsidirias da vida sob aaliana (vs. 12-26).A. O Grande Mandamento. 5:1 11:32.O primeiro e grande mandamento da aliana, a exigncia de perfeitaconsagrao ao Senhor, est enunciado nos captulos 5-7, e reforado porreivindicaes e sanes divinas nos captulos 8-11. Esta diviso deassuntos, entretanto, no rgida; o fio da exortao penetrante.Analisado mais detalhadamente, esta seo desenvolve o tema do grandemandamento como se segue: as reivindicaes do Senhor sobre Israel(cap. 5); o desafio do exclusivo senhorio divino sobre Israel, expressocomo um princpio (cap. 6) e um programa (cap. 7); advertncias contra 19. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 19a tentao da autonomia, quer na forma do esprito de auto-suficincia(cap. 8) ou da justia prpria (9:1 10:11); um chamado verdadeirafidelidade (10:12 11:32).Deuteronmio 51) O Senhorio da Aliana do Senhor. 5:1-33.1. Ouvi . . . aprendais e cuideis em os cumprirdes. Este captulocomea e termina (vs. 32,33) com um encargo de seguir cuidadosamenteas estipulaes divinas da aliana que estavam no processo dasolenizao.2-5. O compromisso ao qual Israel fora convocado tinha de ser umarenovao do relacionamento convencional com o Senhor, que j estavaem vigor. Quarenta anos antes, no Sinai, Deus estabelecera a Israel pormeio da cerimnia da aliana como Seu povo teocrtico (v. 2). Aquilofoi feito para cumprir as promessas anteriores feitas aos patriarcas.3. No . . . com nossos pais . . . e, sim, conosco. Os "pais"patriarcais (cons. 4: 31, 37 ; 7 : 8, 12 ; 8 : 18) morreram sem receber aspromessas. Mas a gerao atual, com a qual foi estabelecida a Aliana doSinai, alm da gerao anterior que pereceu no deserto (cons. 11:2), teveo privilgio de ver o reino prometido realizado.5. Eu estava em p entre o Senhor e vs. No Sinai, como agora,Moiss fora o mediador entre Deus e Israel, um cargo tanto maisnecessrio quanto o temor que Israel tinha de se encontrar face facecom a ardente teofania (cons. 4:12). Se o papel transmissor de Moissdescrito aqui no se refere s revelaes dados depois da promulgaodo Declogo, ento as declaraes feitas em outras passagens, no sentidode que Israel ouviu Deus declarar o Declogo (por exemplo 4:12; x.19:9; 20:19) significariam que a voz de Deus foi audvel, mas as Suaspalavras eram indiscernveis a Israel. Contudo, o versculo 5 maisprovavelmente antecipatrio, tal como o 22b.6-22. (Bblia Heb. 6-18). Do fato da Aliana do Sinai, Moissprossegue com seu contedo documentrio conforme inscrito nas tbuas 20. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 20em duplicata (cons. comentrios sobre 4:13). Embora continuando com opensamento de que Israel j estava convencionalmente ligada ao Senhor,atinge o propsito adicional de incorporar o compreensvel resumo da leida aliana permanente dentro da seo das estipulaes do documento darenovao deuteronmica. O Declogo, no sendo simplesmente umcdigo moral, mas o texto de uma aliana, exibe o padro do tratadoconforme segue:Prembulo (v. 6a), prlogo histrico (v. 6b) e estipulaesentremeadas com frmulas de maldies e bnos (vs. 7-21).12. Guarda o dia do sbado, para o santificar. A maissignificativa das variaes de forma do Declogo, conforme apresentadaem x. 20:2-17, a nova formulao da quarta "palavra" ou mandamento.O ciclo sabtico de vida simboliza o princpio da consumaocaracterstico da ao divina. Deus opera, matiza Seu propsito, e,regozijando-se, descansa. xodo 20:11 refere-se exibio do padro deconsumao na criao para o modelo original do Sbado. Deut. 5:15refere-se ao padro da consumao manifestado na redeno, onde otriunfo divino tal que leva os eleitos de Deus tambm para o seurepouso. Mais apropriadamente, portanto, o Sbado foi criado comosinal da aliana divina com o povo que Ele redimiu da escravido doEgito para herdar o repouso em Cana (cons. x. 31:13-17). Aassociao neo-testamentria do Sbado com o triunfo da ressurreio doSalvador, atravs da qual Seus redimidos, com Ele, alcanam o repousoeterno, corresponde interpretao deuteronmica do Sbado em termosde progresso do propsito redentor de Deus.Outras notveis variaes deuteronmicas no Declogo so oinverso da ordem das palavras mulher e casa no dcimo mandamento, e aadio aqui de seu campo (Dt. 5:21). Este ltimo foi acrescentado porqueIsrael estava para comear uma existncia assentada na terra, enquantoque durante as peregrinaes no deserto tal legislao teria sidoirrelevante. Este um bom exemplo do tipo de modificaes legislativasencontradas nas antigas renovaes dos tratados seculares. 21. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 2122. Estas palavras falou o Senhor a toda a vossa congregao. Asingularidade da revelao das dez "palavras" est sublinhada nesteversculo. S esta revelao foi dita diretamente por Deus a todo Israel;s ela foi escrita por Deus.23-27. (Bblia Heb. 20-24). Continuando a narrao doestabelecimento da aliana no Sinai, Moiss fez o povo de Israel selembrar do seu voto anterior de obedecer voz de Deus (cons. x.20:18-21). Realmente, tal fora seu temor de Deus na presena de Suaglria, que preferiram, que Moiss recebesse revelaes posteriores davoz divina para eles Chega-te, e ouve (Dt. 5:27). Tal relutncia emexperimentar a presena de Deus um grito remoto do deleite originaldo homem em ter comunho com o seu Criador no Jardim. E aqui estexposta a excessiva malignidade da maldio sobre o pecado. claroque h limites definidos s qualificaes do homem para a viso de Deus(cons. x. 33:20). Mas mesmo que, dentro destes limites, a graaredentora torne possvel desfrutar a viso de Deus, o homem decadoencara a experincia como uma ameaa para a sua vida (por exemplo,Gn. 32:30; Jz. 6:22, 23). Na santa presena de Deus no Sinai, osisraelitas estavam to fortemente cnscios de sua corrupo, quetemeram aventurar-se com seu raro privilgio (cons. Dt. 4:33). Contudo,seu temor era piedoso, pois eles reconheciam o Deus que lhes parecia toterrvel na montanha como o seu Deus, e submetiam-se a fazer a Suavontade.28-33. (Bblia Heb. 25-30). Que outras recordaes maisemocionantes Moiss poderia ter evocado em antecipaes suaconcluso final para andarem nos caminhos do Senhor e da vida, (vs. 32,33) a no ser estas; 1) A aprovao divina do voto anterior de Israel falaram eles bem (v.28); 2) seu anseio paternal de que, ao cessar ateofania do Sinai, a reverente devoo inspirada por ela continuasse paraque bem lhes fosse a eles e a sem filhos para sempre! (v. 29) Estareao do Senhor completa o registro do xodo 20. 22. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 22No captulo 6 enuncia-se o princpio da devoo exclusiva aoSenhor, e com ele a proibio corolria de fidelidade divindadesestranhas. Ento no captulo 7 anuncia-se o programa da conquista paraeliminao dos deuses estranhos e os seus povos que dominavam Cana,a terra escolhida pelo Senhor como tipo de seu reino eterno e universal.Deuteronmio 62) O Princpio da Consagrao. 6:1-25.1-3. Os mandamentos que iam ser dados constituam a leidivinamente ditada para o reino teocrtico que dentro em breve ia serestabelecido no novo paraso do leite e mel.3. Para que bem te suceda. O contnuo deleite de Israel habitandona terra de Deus, como Ado desfrutou continuamente do parasooriginal, dependia da contnua fidelidade ao Senhor. precisoestabelecer certas importantes distines ao fazer tal comparao.Obedincia impecvel era a condio da contnua permanncia de Adono Jardim; mas a posse permanente de Cana nas mos de Israelcondicionava-se manuteno de uma medida de lealdade religiosa, aqual no inclua todo o Israel nem exigia perfeio mesmo daqueles queconstituam o verdadeiro Israel. Havia uma liberdade no exerccio dojulgamento como tambm na restrio do mesmo, uma liberdade que seoriginava no princpio latente da graa soberana no seu governo sobreIsrael. No obstante, Deus dispensou o seu julgamento de modo que osinteresses da mensagem tpica e simblica da histria de Israel forampreservados. (Veja mais adiante os comentrios sobre os caps. 27.30.)4. O Senhor nosso Deus o nico Senhor. Esta confisso (da qualdiversas tradues so gramaticalmente possveis) parece ficar maiscompreensvel quando equivalente s declaraes de monotesmo de4:35 e 32: 39 (cons. I Cr. 29:1). "Porque, ainda que haja tambm algunsque se chamam deuses, quer no cu quer na terra (como h muitosdeuses e muitos senhores), todavia para ns h um s Deus, o Pai . . . eum s Senhor, Jesus Cristo" (I Co. 8:5,6). Deus nico; a divindade 23. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 23confina-se a Ele exclusivamente. S a Ele o povo de Israel devia sesubmeter em aliana religiosa, e a Ele deviam servir na totalidade do seuser, com a intensidade do amor (Dt. 6:5). A exigncia divina destadevoo exclusiva e intensa, Jesus chamou de "o primeiro e grandemandamento" (Mt. 22:37, 38; Mc. 12:29, 30; cons. Lc. 10:25-28). oprincpio central de todas as estipulaes da aliana.6. Estas palavras . . . estaro no teu corao. As misericrdiasdivinas passadas, recordadas no prlogo histrico, deveriam despertaresse amor, e o amor deveria revelar-se em reverente obedincia a todosos mandamentos particulares de Deus (cons. 11:1, 22; 19:9; 30:16; Jo.14:15). Estes versculos so assim o texto para tudo o que vem a seguir.7a. Tu as inculcars a teus filhos. O carter familiar daadministrao convencional exige que os filhos sejam educados sob ogoverno das estipulaes (cons. 20 e segs.). Dia e noite os crentesdeviam meditar nas leis de Deus (vs. 7b-9; cons. Sl. 1:2). Moiss noestava aqui fazendo exigncias cerimoniais, mas elaborando com dadosconcretos a exigncia de uma constante focalizao de solicitude com aboa vontade do Senhor de Israel.9. Umbrais . . . portas. Estas palavras refletem o costumearquitetural do mundo nos dias de Moiss. Para o uso figurado destalinguagem, veja x. 13:9,16. Uma prtica literal das injunes de Dt.6:8, 9 entraram na moda entre os judeus posteriormente, na forma defilactrios usados pelas pessoas (cons. Mt. 23:5) e o mezuzah afixado nosumbrais.10-19. O corolrio constante da exigncia de lealdade nos antigostratados de suserania era a proibio de fidelidade a qualquer outro, etodos os outros senhores. Em Cana a tentao idolatria ia ser aguda,pois os deuses daquela regio reivindicaram ser os concessores dafertilidade e abundncia na terra. Tal a perversidade humana que Israel,satisfeita com a abundncia material e cultura espoliada, sentir-se-iainclinada a homenagear as reivindicaes dos dolos de suas vitimas, 24. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 24esquecendo-se das reivindicaes do Senhor que a salvara do Egito e lhedera vitria em Cana (vs. 10-12).13. Pelo seu nome jurars. Esse juramento constitua umarenovao do voto de fidelidade que ratificava a aliana e invocava aDeus como divindade que vingava a perfdia.14. No seguir outros deuses. Assim Deus proibiu explicitamenteo enredamento com os deuses de Cana. Ele realmente guardaria comcimes a honra do Seu nome (v. 15).16. No tentars o Senhor teu Deus. Israel no devia, portanto, tera presuno de colocar Deus prova, como em Mass (cons. x. 11:7),buscando provas de Sua presena e o Seu poder de impor-lhes as sanesda aliana, fossem bnos ou maldies. Antes, Israel devia ser fiel eDeus cumpriria fielmente Suas boas promessas (vs. 17-19; cons. v. 10).20-25. Vendo as geraes que passavam, a perspectiva de Moiss sealargou. Seus interesses no se confinavam presente assemblia deIsrael, mas penetravam no futuro distante do urino de Deus (cons. v. 2).20. Quando teu filho . . . te perguntar. Importantssimo ao bem-estarda teocracia seria a educao fiel dos filhos dentro da mensagem dasaes e propsitos redentores de Deus para o Seu povo.24. Para o nosso perptuo bem. Particularmente, a doao queDeus fez da Lei promoveu os propsitos de misericrdia, revelando ocaminho da justia, o qual conduziria ao favor e bnos divinas.25. Ser por ns justia. Este versculo no apresenta um princpiooperante da salvao. A nfase recai sobre a funo da lei apresentando opadro de conduta que justia diante de Deus, o amor pelo qual pr-requisitoda beatitude, mas no fundamento meritrio de tal estado.Deuteronmio 73) O Programa da Conquista. 7:1-26.1-5. No Livro da Aliana criado no Sinai promulgou-se umprograma de conquista e exterminao dos habitantes e dos cultoscananitas (cons. x. 23:20-33; 34:11-16). Desse modo a antiga profecia 25. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 25pela qual No amaldioou Cana e o servo de Sem (Gn. 9:25, 26 ; cons.Gn. 10:15-18; x. 23:23) viria a se cumprir (veja, tambm Gn. 15:16-21)Tendo chegado a hora do juzo divino, Moiss agora desafiou Israel coma execuo desse programa. Tudo e todos em Cana que fossemconsagrados aos dolos e no ao servio de Deus tinham de serconsagrados ira de Deus.1. Sete naes (cons. Js. 3:10; 24:11). Em listas iguais a esta onmero varia de trs a dez. O "sete" especificado aqui possivelmente uma figura de totalidade.2. A raiz hebraica hrm, traduzida para totalmente as destruirs nasprincipais tradues, significa em primeiro lugar devotar e ento "banir"e "extirpar". O princpio do herem vem a se manifestar inteira efinalmente nos juzos do inferno.H pessoas que se escandalizam com a ordem dada por Deus aIsrael de exterminar os cananitas, como se representasse tica sub-crist.Na realidade, essas pessoas se escandalizam diante da teologia e religioda Bblia como um todo. O Novo Testamento, alm do Velho, adverte oshomens quanto ao reino do banimento eterno, onde os rprobos,destinados ira, devem magnificar a justia do Deus a quem odiaram.Considerando que a teocracia do V.T. em Cana era um smbolodivinamente estabelecido do final reino de Deus, encontra-se emconexo com ele uma antecipao intrusiva do padro tico que entrarem vigor no juzo final e depois dele.Mais ainda, a exterminao dos cananitas e seus cultos habituais(derrubareis os seus altares. . . queimares . . . as suas imagens, v. 5)foi necessria para cumprimento da vocao de Israel consagraopositiva a Deus em servio vivo. Pois, por causa da fragilidade de Israel,a proximidade dos cananitas levada dissoluo da sua caractersticaespiritual (v. 3), fidelidade estranha e idlatra (v. 4a) e,conseqentemente, prpria destruio de Israel (4b). O programa daconquista (cap. 7) torna-se assim uma aplicao consistente do princpioda consagrao (cap. 6; esp. 6:12-15). 26. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 266-16. Os propsitos da eleio de Israel, que tinha de ser protegidacom a eliminao dos cananitas, esto aqui elaborados.6. Escolheu, para que lhe fosses o seu povo prprio. Isto fazlembrar x. 19:5, 6, a clssica formulao do singular status teocrticopara o qual Israel foi escolhido. Uma vocao superior vemacompanhada da tentao jactncia (cons. a preocupao de Moisscom este problema nos caps. 8-10). Portanto, Israel foi lembrada de segloriar apenas no nome de Deus.8. Porque o Senhor vos amava. S em Seu amor soberano e emSua fidelidade podia-se descobrir a explicao da eleio de Israel(4:37), certamente no no tamanho da nao. Pois Deus escolheuAbrao, o pai dela, que era um somente, e a famlia de Jac, que desceuao Egito com apenas setenta almas (7:7; cons. 10:22). Conclui-se atravsda soberana graa divina que Israel no tinha reivindicaes quepudessem estimular a falta de cuidado no que se refere s exigncias esanes da aliana.9. Que guarda a aliana . . . at mil geraes. Aludindo frmuladas sanes anexas ao segundo mandamento, Moiss declarou queembora a graa imerecida continuasse at a milsima gerao, oszombadores apstatas da graa e santidade descobririam que asmaldies da aliana no eram ameaas infundadas (7:9-11).12. O Senhor. . . guardar a aliana. Os fiis deviam confiar que asbnos da aliana no eram promessas vazias (vs. 12-15; cons. Gn.12:2, 3; x. 23:22-31). O Deus de Israel, o Criador, no Baal, era oconcessor da fertilidade no campo, nos rebanhos e na famlia (Dt.7:13,14).15. O Senhor afastar de ti toda enfermidade. Fora o Senhor quesujeitara o homem maldio da natureza por causa do seu pecado, e Elepodia por isso livrar os israelitas das notrias doenas dos egpcios (porexemplo, elefantase, disenteria e oftalmia) exatamente como Ele oslibertara do infame Fara do Egito (v. 15; cons. v. 8; x. 15:26). Oversculo 16 resume o assunto, repetindo a ordem e o seu propsito. 27. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 2717-26. Embora, no que se refere aos privilgios da eleio osisraelitas fossem tentados vaidade, diante da responsabilidade de suacomisso eles se sentiriam tentados timidez (v. 17 ; cons. Nm. 13:31 esegs.).18,19a. No tenhas temor. Em resposta a quaisquer temores queassim fossem despertados, Moiss f-los lembrar daquela maravilhosaexperincia no Egito durante a sua mocidade, quando por meio depoderosos sinais o seu Deus os salvou. Ele lhes assegurou que estemesmo Deus terrvel ainda estava no meio deles para lutar em seu favorcontra os reis cananitas (vs. 19b-24). A quem deviam ento temer?20. Vespes (cons. x. 23:28; Js. 24:12) aqui no so um smbolodo poder de Fara, embora fosse usado pelos egpcios. , antes, umafigura do terror de Deus, que, descendo sobre os inimigos de Israel,produziriam pnico e debandada (cons. Dt. 7:23). O fato de certasespcies de vespes, na Palestina, construrem seus ninhos debaixo daterra e nas rachaduras das rochas, sugere a propriedade da figura que adestruio dos cananitas foi nos seus esconderijos. Alguns traduziriamsir para "desencorajamento" e no "vespes".22. Lanar fora . . . pouco a pouco. Cons. x. 23:29,30; Jz. 2:20-23; 3:1,2. O desapossamento gradual dos cananitas feito por Deus, para obem de Israel, foi suspenso aps a apostasia de Israel depois de Josu,como castigo.24. Apagues o nome deles. A promessa tranqilizadora transforma-seem imperativo renovado nos versculos 24b-26 (cons. v. 5).Apropriar-se daquilo que foi colocado sob o antema de Deus seriaperder o direito ao status do favor convencional e colocar-se sob oantema divino (cons. Js. 7).Captulos 8-11 apresentam a verdade que revela que a fidelidadeabsoluta ao Senhor (6:4 e segs.) significava que os israelitas, alm deterem de se abster do culto simultneo a qualquer outro deus (6:11 esegs.; 7:1 e segs.), tambm no deviam declarar sua independnciareligiosa. Por isso Moiss reforou a obrigao fundamental de uma 28. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 28devoo de todo corao a Deus, advertindo dos perigos de uma atitudeautnoma, quer manifesta em esprito de auto-suficincia (cap. 8) querno esprito de justia prpria (9:1 10:11). Seguindo s advertnciasnegativas, esta seo conclui com um desafio positivo a que sesubmetam ao senhorio divino (10:12 11:32).Deuteronmio 84) A Lei do Man. 8:1-20.O ponto focal deste captulo o versculo 17, com o seu quadro deum Israel futuro repousando em Cana, e congratulando-se consigomesmo. A lembrana da orientao providencial de Deus durante osquarenta anos no deserto (v. 2 e segs.) forneceria o corretivo para talvaidade.1-6. O versculo 1 outro resumo introdutrio das intimaes esanes da aliana (veja tambm 4:1; 5:1; 6:1).2. No que se referia gerao sobrevivente, a peregrinao dodeserto fora planejada como um perodo de exame para te provar (v.2b; cons. 13:3) e de instruo necessria (v. 3c). Fora uma disciplinapaternal e contribura para suas bnos definitivas (v. 5 ; cons. 16c).3. E te sustentou com o man. O significado da humilhao deIsrael, por Deus (v. 2), ilustrado pela referncia Sua extraordinriaproviso de cada necessidade durante os quarenta anos (vs. 3:4; cons. 29:5,6), particularmente enviando o man (veja x. 16, esp. v.4). Ahumilhao consistiu da privao e ento da proviso do "o que isto?",o desconhecido, o sobrenatural po do cu, que compeliu o povo areconhecer sua dependncia de Deus (cons. Dt. 8:16a,b).A moderna exegese naturalista identifica o man bblico comexcrees de cochonilhas semelhantes ao mel encontradas em moitas detamargueiras na regio do Sinai. Seja qual for o papel explcito que foiou no foi representado por essas excrees, o po do cu era, nada maisnada menos que um produto claramente miraculoso em sua natureza emaneira de proviso. Mais ainda, uma simples mudana de um gnero de 29. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 29alimento normal e apetitoso para outro, por mais extico que fosse,jamais teria humilhado Israel nem lhe teria ensinado a verdade que oman ensinou: no s de po viver o homem, mas de tudo o queprocede da boca do Senhor, disso viver o homem.Deus conduziu Israel a uma situao na qual a vida derivava e tinhade ser diariamente buscada no po celestial, o fruto de um exercciocriativo dirio da palavra de Deus. Este era um lembrete eficiente de quea criatura no existe como um ser auto-suficiente, sustentada pelos frutosde uma terra que tambm no existe e produz independentemente deDeus. Ele depende sempre e basicamente da palavra divina que deu vidaa ele e ao seu mundo. Alm disso, Deus props a ensinar a Israel que avida do homem, diferentemente da vida animal, no consiste em apenasuma vitalidade fsica que o po, quer terreno ou celestial, possasustentar. Por isso ele providenciou o po do cu de tal maneira quefosse necessria uma resposta tico-religiosa diante de Sua palavrapreceptiva. Esta resposta foi apropriadamente focalizada sobre a guardado sbado, o sinal da fidelidade do homem aliana como tambm olembrete do papel de Deus como Criador. Assim, o man ensinou Israelque s quando o homem permanece obediente sob a palavra soberana doSenhor, a fonte mxima da vida, que ele encontra vida verdadeira eduradoura (cons. 30: 20).7a. Boa terra. A lembrana da lio do deserto foi necessria a estaaltura, pois Deus estava conduzindo Israel para dentro de uma terra ondeos produtos normais da natureza proporcionariam um padro de vidacomparavelmente exuberante (vs. 7-10a).9b. Cujas pedras so ferro. No substrato de arenito da Palestinaexistem veios de cobre e ferro, e descobriram-se antigas minas onde essearenito emerge superfcie no Arab.11. Guarda-te no te esqueas. Embora todos esses produtosnaturais deviam ser gratamente aceitos como presentes de Deus,exatamente como o man sobrenatural (v.10b), a fartura e tranqilidadeembotaria a percepo que Israel tinha de Deus (v. 12: 13). 30. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 3014. ... e eleve o teu corao. O orgulho suprimiria as lembranas dedias mais humildes de escravido, escorpies e sede; dias quando olivramento e a sobrevivncia exigiram a interveno divina atravs demeios desconhecidos at ento (vs. 15, 16). Eles deviam se precaver denegar assim o Senhor por causa da auto-bajulao. A mesma verdadeque tivera de ser aprendida antigamente quando os estmagos estavamvazios, seria relevante no futuro quando os estmagos estariam cheios: afonte da vida do homem a palavra de Deus ele o que te d fora(17,18a). A beatitude de Israel devia-se somente fidelidade divina aoseu juramento convencional (v.18b; cons. Gn. 15). Ao mesmo tempo oSenhor interviria na vida daqueles que violassem a aliana com asmaldies que eles invocassem.20. Assim perecereis. Repudiar a eleio de ser propriedadepeculiar do Senhor e identificar-se com os cananitas anatematizados emsua iniqidade idlatra, resultaria na identificao de Israel com ospagos e o seu destino.5) A Advertncia das Tbuas Quebradas. 9:1 10:11.Se Israel considerasse Cana como uma recompensa por sua prpriajustia (9:4), seria uma contradio ainda maior das realidades dorelacionamento convencional do que a sua presuno em considerar apossesso e prosperidade da terra uma faanha do seu prprio poder(8:17). O conceito de justia prpria uma tentativa do pecador, que anseiapela autonomia, de libertar-se de Deus exatamente naquele ponto onde asua necessidade de Deus mais desesperada a necessidade do perdo epurificao. Moiss portanto apresentou apaixonadamente a verdade querevela que as promessas e bnos do relacionamento convencionalpertenciam Israel por virtude da misericrdia, no por mrito. 31. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 31Deuteronmio 91-5. A ocasio para esta admoestao foi a perspectiva de Israeldesapossar um povo reconhecidamente invencvel em um ataque edefendido por fortificaes aparentemente inexpugnveis cidadesgrandes e amuralhadas at aos cus (v. 1). Sobre os enaquins e outrospovos impressionantes, veja 1:28; 4:38; 7:1; Nm. 13:28. A ponta delana de Israel era, contudo, Aquele que habita nos cus e que faz dasmais altas montanhas da terra o estrado dos Seus ps, e que , alm domais, um fogo devorador (cons. Dt. 4:24; 7:17 e segs.).4c. Minha justia. Este o trgico equvoco sobre osacontecimentos relacionados conquista, ao qual Israel estaria sujeito adespeito de todos os bvios fatos histricos e advertncias explcitas deDeus ao contrrio. A explicao do triunfo de Israel s poderia jazer namaldade dos cananitas de um lado (vs. 4c, 5) e na graa perdoadora deDeus para com Israel do outro (9:6 10:11). Veja Gn. 15:16 quanto aorelacionamento entre a iniqidade dos habitantes de Cana e ocumprimento das promessas da Aliana Abramica.Investigaes arqueolgicas tm revelado as profundidades abissaisda degenerao moral na sociedade e da religio cananita dentro da eramosaica. A maneira pela qual a aquisio da terra prometida a Israel foisujeita eliminao dos cananitas exemplifica o princpio do julgamentoredentor. A salvao dos amigos de Deus, necessariamente envolve otriunfo deles sobre os amigos de Satans. Do ponto de vista dos eleitos, ojuzo destes ltimos um juzo redentor (por exemplo, Ap. 19:11 e segs.;20:9, onde a redeno dos eleitos foi consumada atravs da runa dashordas satnicas).6. A interpretao baseada na auto-justia que Israel poderia dar conquista, j fora contestada de antemo por toda a experincia queMoiss tinha com a nao durante os quarenta anos passados (vs. 7, 24).Os israelitas j tinham repetidas vezes demonstrado que eram um povorebelde, violador da aliana (vs. 6-17, 21-24). Haviam sido poupados epreservados no relacionamento convencional com Deus apenas por causa 32. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 32da misericordiosa renovao da aliana violada (10:1-11) em ateno importuna intercesso mediatorial de Moiss (9:18-20, 25-29).8. Em Horebe tanto provocastes ira do Senhor. O exemploclssico da infidelidade de Israel aconteceu no exato momento em que aaliana estava sendo solenizada no Horebe (9:8 e segs.; cons. x. 32).Israel acabara de jurar fidelidade a Deus e votar obedincia aos Seusmandamentos (x. 24). Realmente, foi enquanto o Senhor estava noprprio processo da inscrio do tratado nos documentos de pedra emduplicata, durante a primeira estada de Moiss de quarenta dias equarenta noites no monte, que Israel violou a aliana comprometendo-secom a idolatria. Naquela hora a ira de Deus acendeu-se e Israel chegou aponto de ser aniquilada Deixa-me que os destrua (v. 14; cons. 19a).At onde o mrito estava envolvido, Israel no merecia herdar o fruto deCana, mas cair sob o antema junto com os cananitas desapossados. Amaneira como Moiss lidou com as tbuas do tratado e as quebreiante os vossos olhos (v. 17) e com o bezerro de ouro (v. 21) erasmbolo da destruio da aliana. Tal procedimento ritual se evidencianos antigos tratados pblicos em relao violao do juramento feitopelo vassalo.22. Tambm em Taber, em Mass e em Quibrote-Hataav.Outros exemplos de Israel provocando a ira de Deus precederam eseguiram-se ao dia da assemblia no Sinai (x. 17:2-7; Nm. 1) at que a suaperversidade em Cades-Barnia (Dt. 9:23; cons. 1:26 e segs.; Nm. 13; 14)desencadeou o veredito do exlio at a morte para a gerao mais velha.Mais de uma vez o juzo foi desviado pela intercesso de Moiss.Neste aspecto do ministrio de Moiss, mais notvel do que qualquer outro,sua mediao prefigurava a mediao antitpica de Cristo, que tambm"intercedeu pelos transgressores" (Is. 53:12). Quando no Sinai Deusameaou riscar o nome de Israel e ofereceu-se para exaltar os descendentesde Moiss fazendo deles uma nao da nova aliana (Dt. 9:14; com. x.32:10), Moiss cumpriu fielmente com o seu papel de mediador embenefcio de Israel e no agarrou a oportunidade de se tornar um segundo 33. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 33Abrao. Na verdade, ele se ofereceu como um segundo Isaque sobre o altar.Moiss rogou que, se devia haver um riscar de nomes, em vez de se fazeruma exceo no julgamento, ele poderia ser o riscado para que o perdofosse concedido aos outros (x. 32:32). "T-los-ia exterminado... seMoiss, seu escolhido, no se houvesse interposto, impedindo que suaclera os destrusse" (Sl. 106:23). A intercesso qual se refere Dt.9:18,19, 25-29 (cons. 10:10) foi feita durante o segundo perodo dequarenta dias que Moiss esteve na montanha.Tem-se encontrado dificuldades no fato do contedo da orao deMoiss, em 9:26-29, corresponder que foi registrada em x. 32:11-13,pois tem-se presumido que esta ltima se refere aos primeiros quarentadias de Moiss diante de Deus. Na verdade, x. 32:11-14 um sumriointrodutrio da narrativa que vem a seguir, a qual abrange o segundoperodo de quarenta dias. A seqncia cronolgica imediata de x.32:10 a 32:15, conforme se reflete em Dt. 9:14, 15. A narrativa do xodode 32:30 34:29 possivelmente se refere ao segundo perodo de quarentadias e sua seqncia, e no aos acontecimentos precedentes; o arranjo,conforme acontece com freqncia na narrativa hebraica (cons. Dt. 9mesmo), subordina a estrita seqncia cronolgica aos tpicos. Poisainda esta vez (9:19; 10:10) a melhor traduo, dando a gam seu maisfreqente sentido enftico.A ira particular de Deus contra Aro (v. 20), no mencionada nanarrativa do xodo, foi citada aqui para demonstrar como Israel eracompletamente destitudo de mrito e como dependia da misericrdia at o seu sumo sacerdote era um tio arrancado do fogo. A mesmaverdade revela-se nas razes da intercesso de Moiss (vs. 26-29).27. Lembra-te . . . Abrao, Isaque e Jac. Ele rogou por umasuspenso do juzo apesar da maldade e teimosia de Israel (v. 27b) e combase apenas no interesse de Deus preservar seu prprio nome entre asnaes da terra. Deus j h muito tinha declarado seus soberanospropsitos de juzo redentor e identificara este programa com Suamaneira de tratar Israel e o Egito. 34. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 3428b. No tendo podido . . . introduzi-los na terra. Se agora destruaIsrael, mesmo se no violasse assim Sua aliana e cumprisse fielmenteSuas promessas feitas aos patriarcas (cons. 9:14), tal procedimentoestaria sujeito a m interpretao. O significado da poderosa revelaodo nome de Deus no juzo e na salvao durante o xodo ficariaobscurecido e o temor dEle sena diminudo por desrespeito, o que sedamal interpretado como fraqueza.Deuteronmio 1010:1-11. A renovao da aliana depois da idolatria de Israel noSinai foi, portanto, devida somente graa divina. Parte da cerimnia darenovao foi a preparao das duas novas tbuas do tratado. Veja x.34:1-4a, que possivelmente pertence cronologicamente entre 32:29 e32:30. Do mesmo modo, Dt. 10:1a precede em tempo 9:18 e segs. e 9:25e segs. H uma negligncia posterior de distino cronolgica dentro de10:1-5, pois a meno da construo da arca como depsito das tbuasde pedra est interligada com a narrativa do talhamento e gravao destesegundo jogo do texto do tratado. Foi realmente depois do segundoperodo de quarenta dias que Moiss mandou Bezalel construir a arca(x. 35:30 e segs.; 36:2; 37:1) e foi, claro, algum tempo depois queMoiss colocou o testemunho dentro da arca (x. 40:20) e ento ps aarca no Tabernculo (x. 40:21).A maneira condensada e resumida de Dt. 10:1-5 reflete a exignciaencontrada nos tratados internacionais de suserania que os textos daaliana em duplicata fossem depositados no santurio de ambas as partesconvencionais, a fim de que assim ficasse sob a vigilncia dasdivindades do juramento. No caso da aliana de Deus com Israel, shavia um santurio envolvido, uma vez que Deus, o Suserano da aliana,tambm era o Deus que tinha o Seu santurio em Israel. Sendo opropsito de 10:1-5 declarar de maneira compreensiva e geral que Deustinha misericordiosamente reafirmado a aliana com os vassalos 35. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 35rebeldes, Moiss incluiu a questo da arca como um elemento familiar eintegral no processo padro da ratificao.Os versculos 6 e 7, aos quais os versculos 8 e 9 pertencemmaterialmente, constituem uma quebra de estilo. No temos certeza 1) seesta dissertao originou-se como uma citao lida de um itinerrio nodecorrer do discurso de Moiss, 2) se ele o inseriu parenteticamentequando escreveu o Livro da Lei, ou 3) se algum como o autor deDeuteronmio 34 acrescentou-o.6. Partiram os filhos de Israel. A viagem em vista aquela nadireo sul partindo de Cades que foi registrada em Nm. 33:37 (para asdevidas paradas, veja Nm. 33:30-33). Seu filho, oficiou como sacerdoteem seu lugar (v. 6c). Os versculos 6, 7 so relevantes ao contexto; poisintensificam mais a graa renovadora da aliana de Deus, fazendolembrar que o Senhor reinstituiu o sacerdcio de Aro, da tribo de Levi,e continuou-a em Eleazar, filho de Aro, apesar de Sua ha contra o pai(9: 20).8. O Senhor separou . . . Levi. Cons. xodo 28; 29; Nm. 1:49 esegs.; 3:9 e segs.; 4:17 e segs.; 8:6 e segs.; 18:20-24. Esta seo tambmpode ser considerada como uma elaborao do assunto das tbuas daaliana (Dt. 10:8; cons. v. 5). O tema da intercesso foi concludo em10:10, 11.10. O Senhor me ouviu. Cons. 9:18, 19. A viagem terraprometida, a qual Israel desmerecia tanto, tinha de ser retomada porcausa do respeito que Deus tinha pelo Seu prprio nome, o nome que Eleusara no juramento, pois no poderia ter jurado por algum superior(10:11; cons. x. 33: 1 e segs.).6) Convocao Submisso. 10: 12 11:32.Israel agora confrontava-se com a grande deciso, a escolha entre abno e a maldio, (11:26-32). Moiss reforou o chamado obedincia (10:12 e segs.; 11:1, 8, 13, 18 e segs., 32) focalizando osolhos do povo nAquele que lhe concedia a Sua aliana, o justo Juiz dos 36. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 36cus e da terra (10:12-22), cujo imparcial julgamento Israel vira nopassado, irresistivelmente executado no Egito e no deserto (11:1-7) e queno trituro veria soberanamente exercido sobre a terra e os habitantes deCana (11:8-25).12. Agora introduz a concluso de uma diviso mais importante dodiscurso (cons. 4:1). E o ames, e sirvas ao Senhor. A exigncia bsica einclusiva da aliana est sendo aqui repetida (vs. 12, 13, 20; cons. 6:5,13, 24; Mq. 6:8). Verdadeiro temor e verdadeiro amor socomplementares e inseparveis. So a resposta de um corao sincerodiante da majestade e bondade de Deus, respectivamente, e juntosproduzem servio dedicado e obedincia a toda a boa vontade de Deus.16. Circuncidai . . . o vosso corao. Tal devoo genuna s podebrotar de um corao que tenha experimentado a realidade destaqualificao, que estava simbolizada no sinal iniciatrio da aliana (cons.30: 6; x. 6:12,30; Lv. 26:41; Jr. 6:10; 9:25, 26). Para inspirar o temordo Senhor, Moiss intimou Israel a consider-Lo como o Senhor docosmos (Dt. 10:14), como Deus acima de todos os que eram chamadosde deuses (v.17a), como justo Juiz (v. 17b), e como o Soberano dahistria e da natureza (v. 21). Para despertar o amor para com Ele,Moiss relembrou como Deus concedera aos ancestrais de Israel o statusda aliana (v. 15a), cumprira as promessas feitas aos patriarcas (vs. 15b,21, 22) e mostrara-se o Ajudador dos desamparados (vs. 18, 19).Deuteronmio 1111:1-7. A obrigao de amar o Senhor (v. 1) um refro conexivoem 10:12 11:32. Depois de "considerai hoje" (v. 2), vem umaobservao em parntesis, que faz ver que a intimao para a decisoconvencional no era para os filhos nascidos no deserto. Era, antes, paraaqueles que tinham nascido no Egito e viram os grandes atos divinos dejulgamento no passado (v. 7).2. O objeto de considerar a disciplina do Senhor vosso Deus, agrandeza, etc. Israel fora disciplinado para reverenciar o Senhor como o 37. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 37Juiz, com o qual tinha de travar conhecimento atravs da experincia dojulgamento dos seus inimigos (vs. 2-4) e de si mesmo (vs. 5, 6). Osisraelitas sabiam, portanto, que Seu juzo era todo-poderoso, de modoque os mais poderosos na terra no podiam evit-lo; e eraimparcialmente justo, de modo que at o povo de Sua aliana no seatrevia a tomar liberdades com a sua eleio.6. O que fez a Dat e a Abiro. Veja Nmeros 16, especialmenteos versculos 31-33. O silncio de Moiss a respeito do rebelde Cor foipossivelmente em deferncia dos sobreviventes levitas da famlia deCor (Nm. 26; 11).8-17. Relativamente ao futuro de Israel, Moiss tambm aduziumotivos para a obedincia.8,9. Para que . . . possuais a terra . . . prolongueis os dias. Emrelao posse de Israel na terra de acordo com sua fidelidade aliana,veja comentrios sobre 6:1-3. Ao contrrio do Egito, com sua agriculturairrigada, Cana dependia claramente das bnos diretas de Deus paraproduzir fruto (vs. 11, 12; cons. 8:7 e segs.); e nesta esfera o justo juzode Deus em relao conduta de Israel seria registrado (vs. 13-17).13,14. Se diligentemente obedecerdes . . . darei as chuvas. Aprosperidade dependeria das devidas condies ambientais pelo ano afora(cons. 12b), tendo especial importncia o incio da estao chuvosa nooutono e a devida extenso das ltimas chuvas na primavera. O prprioestado da natureza serviria assim de constante e sensvel barmetro docomportamento de Israel diante do Senhor. Portanto, Israel devia seprevenir contra os perigos espirituais da abundncia material (vs, 14b,15).16.Guardai-vos. Pois a abundncia pode se transformar em seca,fome e morte com uma simples palavra do Senhor, o Juiz imparcial etodo-poderoso sob cujo comando at a terra se abrira para engolir osisraelitas Dat e Abiro (vs. 15-17 ; cons. 11:6; 6:11-15 ; 8:11-20).18-25. Considerando que as naes, e tambm a natureza, esto sobo controle absoluto do Senhor, elas constituam outro agente no controledos Seus vassalos israelitas. 38. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 3818. Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso corao. Cons.6:6-9. A fidelidade de gerao em gerao resultaria na perpetuao daposse que Israel tinha da terra prometida como os dias do cu acima daterra (v.21); isto , enquanto os cus durassem sobre a terra, ou,resumindo, para todo o sempre (cons. Sl. 72:5, 7, 17; 89:29). Atravs domesmo sinal, a infidelidade levaria ao fim da posse.22,23. Se . . . O sucesso no estipulado programa de conquista (vs.23-25; cons. 7:1,2,17 e segs.; 9:1 e segs.) dependeria primeira efinalmente no da percia militar mas da submisso religiosa. Ocumprimento do grande mandamento seria abenoado com a herana daterra da promessa at suas fronteiras mais distantes: do deserto dapennsula do Sinai ao sul at as montanhas do Lbano ao norte, e doEufrates a leste at o Mediterrneo ao oeste (v.24; cons. 1:7; Gn. 15:18).26. A bno e a maldio. Eis a a essncia e a concluso de todoo assunto (vs. 26-28). A soberania do Senhor, declarada na aliana agorarenovada com Israel, podia se manifestar em bnos ou maldio (cons.caps. 28; 30:15-20). Israel devia decidir qual delas preferia. Este duploaspecto e desafio, que Moiss colocou diante de Israel naquele dia emMoabe, ser-lhes-ia novamente apresentado por Josu do outro lado doJordo em Cana, para que a nao tivesse o cuidado de obedecer a Deuse viver (11:29-32). A transio da liderana mosaica para a de Josuassim marcada por um ritual de renovao em dois estgios, o queexibiria a continuidade da liderana divina definitiva. Este arranjo era oequivalente das medidas tomadas nos tratados feitos com vassalos pelossuseranos humanos, a fim de garantir sucesso dinstica nos seus tronos.Vaia em Deuteronmio 27 orientao mais detalhada em relao aosegundo estgio da cerimnia a ser realizada no Monte Gerizim e noMonte Ebal (cons. Js. 8:30-35).B. Mandamentos Subsidirios. 12:1 26:19.Tendo delineado o esprito ntimo da vida teocrtica (caps. 5-11),Moiss continuou apresentando os detalhes das ordenanas e instituies 39. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 39da forma externa da teocracia (caps. 12-26). Os captulos 12:1 16:17preocupam-se primeiramente com as exigncias de consagrao culto-cerimonial.A autoridade governamental e judicial o assunto em 16:18 21:23. A esfera do relacionamento mtuo dos cidados teocrticos estencampada na legislao de 22:1 25:19. As estipulaes concluem comconfisses rituais do domnio do Senhor e uma declarao final daratificao da aliana (cap. 26).1) Consagrao Culto-Cerimonial. 12:1 16:17.O interesse central das leis desta seo era de garantir aconsagrao total ao Senhor. Governando todas as exigncias do cultotributrio no dzimo (v. 14), primcias (v. 15) e ofertas de sacrifcios (v.16), estava a lei do altar central, com a qual esta seo comea (v.12).Sinceridade na devoo ao Senhor era salvaguardada pela imposio dasmais severas penalidades sobre todos os que fossem seduzidos ou setomassem culpados de apostasia (v. 13).Deuteronmio 12a) Fidelidade ao Altar de Deus. 12:1-32.1-3. Sobre a terra (v. 1; cons. 6:1) Na perspectiva proftica dasestipulaes seguintes Israel j est sendo vista como de posse de suaherana. Destruireis por completo . . . e despedaareis. Esta seo serelaciona com a precedente, retomando aquela parte do mandato deconquista que exigia a obliterao das instalaes e centros de culto doscananitas (cons. 7:5, 25; x. 23:24; 34:13). A execuo do programa deconquista como um todo poria as tribos no controle de santuriosidlatras atravs de toda a terra (cons. Is. 1; 29; 57; 5; 65:7; Jr. 2:20; 3:6;17:2; Ez. 6:13; 18:6 e segs.; Os. 4:13; 1 Reis 14:23; II Reis 16:4; 17:10);e estes apresentariam uma tentao para o sincretismo religioso (Dt.12:29,30). Os israelitas estariam em perigo de adotarem abominaestais como a oferta votiva dos filhos ao fogo (v. 31; cons. 18:10; Lv.18:21; II Reis 16:3; 17:17; 21:6; 23:10; Jr. 7:31; 19:5; 32:35). Em 40. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 40aditamento ao propsito punitivo da destruio dos stios de cultocananita, havia, contudo, o desgnio preventivo de proteger Israel contrao engodamento nos rituais dos cultos cananitas. O fato da lei dosanturio central (Dt. 12:4 e segs. ) ser assim introduzido (vs. 2,3) econcludo (cons. vs. 29-31) com tais referncias aos cultos cananitas,mostra que um dos propsitos da centralizao do culto israelita, eratambm o de evitar a contaminao da adorao pura do Senhor com asprticas idlatras.A exigncia da centralizao tambm deve ser entendida em termosda natureza do Deuteronmio como um tratado de suserania. Taistratados proibiam que os vassalos se ocupassem de qualquer diplomaciaindependente com um poder estrangeiro, outro que o do suserano daaliana. Particularmente, o vassalo no devia pagar tributo a nenhumoutro senhor. Semelhantemente, todas as exigncias e proibies deDeuteronmio 13 foram calculadas para assegurarem ao Senhor todas asofertas e sacrifcios tributados de Israel. Israel no devia pagar nenhumtributo sacrificial a outros deuses, pois tal tentativa impossvel de servir adois senhores seria rebeldia contra o grande mandamento da aliana deDeus. Na terra prometida, a lei do altar central envolveria tanto acentralizao dos festivais de sacrifcios especiais (vs. 4-14) quanto adescentralizao das festas familiares comuns (vs. 15-28).4-14. Em contraste com a multiplicidade de altares dos cananitas(v.4), que sacrificavam onde lhes agradasse (cons. v. 13), Israel devia terum altar, no lugar que o Senhor vosso Deus escolher (v. 5). Estauniformidade do santurio correspondia uniformidade do senhoriodivino sobre Israel (cons. 6:4, 5).A alta crtica moderna tem erradamente defendido que o conceitodo altar central ensinado em Deuteronmio (ou de acordo com alguns,apenas em Dt. 12:1-7, que considerado portanto uma interpolaoposterior) contradiz outra legislao bblica (veja esp., no Livro daAliana, x. 20:24). A exigncia deuteronmica tem sido, portanto,considerada como modificao posterior da prtica anterior, 41. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 41supostamente mais frouxa. O livro como um todo tem sido datado dosculo stimo A.C. e identificado como o livro da lei encontrado nos diasde Josias. Uma tentativa mais recente dos crticos tem sido a de resolvero suposto conflito de cdigos, no os colocando em seqnciacronolgica atravs dos sculos, mas designando para cada um, umadiferente fonte culto-geogrfica. Pensa-se que Deuteronmio representao aspecto levtico, setentrional, com o santurio central em vista,localizado em Siqum. Alguns crticos tm chegado a admitir que a leida centralizao em Deuteronmio possa representar um retorno a umideal mais antigo, pr-monrquico, de anfictionia.Na realidade, at onde a prtica religiosa normativa est envolvida,nada h de essencialmente novo nesta lei mesmo no tempo de Moiss.Nos tempos patriarcais, quando uma sucesso de altares foi feita nodecorrer das viagens dos patriarcas, havia ao que parece, apenas umaltar, por famlia, um em cada dado perodo. Semelhantemente, nalegislao do Sinai (x. 20:24), o lugar dos sacrifcios de Israelidentifica-se com o lugar central onde Deus registrou o Seu nome (isto ,revelou Sua natureza gloriosa) por meio de teofania sobrenaturalespecial, o lugar da habitao simblica visvel de Deus no meio do Seupovo. O Tabernculo teve sucessivamente diferentes localizaesdurante as peregrinaes de Israel no deserto, mas permaneceu apenasum santurio.O que h de novo na formulao deuteronmica apenas aperspectiva de um local estacionrio para o santurio. Deuteronmiocontempla uma habitao permanente de Deus em Israel.10. E vos dar descanso. Mesmo esta nova circunstncia deviaaguardar a consecuo da paz e do descanso (cons. Hb. 4:1 e segs.), umacondio que s foi inteiramente alcanada dentro do nvel tpico doV.T. nos dias de Davi e Salomo (II Sm. 7:1; I Reis 5:4). S ento Deusescolheu dentre todas as tribos a cidade de Jerusalm como o local deSua casa (I Reis 8:16, 44, 48; 11:13, 32, 36; 14:21; II Reis 21:7; 23:27),embora primeiro tivesse registrado Seu Nome temporariamente em Sil 42. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 42(Jr. 7:12; Jz. 21:19). Alm disso, a lei mosaica do altar central, emboraregulando o culto sacrificial prescrito e ordinrio de Israel (Dt. 12:6,7, 11e segs.) conforme teria de ser periodicamente realizado nos trs festivaisprincipais, tambm reconhecia a possibilidade da ao revelatria deDeus sem o altar central e dava lugar ao culto e ao altar especialmenteindicado (cons. 27:5 e segs.). A nfase recai com mais fora sobre apureza do que sobre a unidade dos cultos. Tambm destaca-se nopensamento mosaico da comunho convencional com o Senhor a nota dealegria e vos alegrareis perante o Senhor (v. 12; cons. v. 7). Amor a Deusexpresso em adorao feliz tambm encontrava o seu corolrio no amoraos irmos, especialmente em bondade para com aqueles que, como oslevitas (v. 12; cons. v. 19), dependiam da generosidade, at mesmo dapiedade, da congregao (cons. Nm. 18:21; 35:1 e segs.).Contrastando os arranjos do futuro com a prtica presente, Moissdeclarou que mesmo sob a sua liderana os israelitas estavam fazendo oque era certo aos seus prprios olhos (Dt. 12: 8; cons. Jz. 17:6; 21:25).Aqui pelo menos esta expresso no derrogatria, mas indicasimplesmente, ao que parece, que no havia necessidade ainda de fazerdistino entre as festas sacrificiais (Dt. 12:4-14) e as festas familiares(vs. 15-28).15-28. Alm de colocar as tribos israelitas em contato com ossanturios pagos, a posse de Cana localizaria as tribos a uma distnciaconsidervel do santurio central de Israel (v. 21). Se as estipulaes de12: 4-14 deviam ser atendidas nessa nova situao, devia-se fazer umadistino entre o matar e o comer de animais apropriados para a festasacrificial e aqueles que eram apropriados para uma refeio comum; edevia haver uma permisso para a descentralizao desta ltima. Estanova proviso constitua urna modificao das exigncias de Lv. 17:1 esegs., que regulamentavam o consumo israelita de carne enquanto elesainda eram um acampamento compacto volta do Tabernculo nodeserto. 43. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 4315b. O imundo e o limpo dela comer; assim como se come ocoro e o veado (cons. v. 22). Participao na festa da famlia nodependia de condio cerimonial (cons. Lv. 7:19 e segs.), e o tipo decarne permissvel inclua aquela que servia para o sacrifcio e paracomer, como a carne da caa (cons. Dt. 14:5) que no erasacrificialmente aceitvel.Junto com esta permisso vinham algumas restries. Uma afamiliar proibio do sangue o sangue no comers (vs. 16, 23 esegs.; cons. Lv. 17:10 e segs.; Gn. 9:4). Derramar o sangue sobre a terraSeria uma salvaguarda contra o seu derramamento como sacrifcio sobrealgum altar cananita prximo, ilegalmente preservado. A centralizao,durante as peregrinaes no deserto, do sacrifcio de todos os animaispassveis de serem oferecidos a Deus foi explicitamente idealizada paraevitar tal tentao (cons. Lv. 17:7).17. No poders comer o dzimo, etc. Outra clusula, ou melhor,esclarecimento da permisso do versculo 15, foi o lembrete de que todasas sagradas ofertas feitas ao Senhor deviam ser levadas ao santuriocentral que Deus escolhesse (veja tambm vs. 26, 27). Isto , a permissooperava dentro das exigncias positivas dos versculos 4-14 (cons. esp.vs. 6, 11). A interpolao de exortaes entre as estipulaes (porexemplo, vs. 25, 28) um dos sinais identificadores da legislaodeuteronmica na qualidade de estipulaes pactuais e no um cdigolegal.29-32. Com referncia aos versculos 29-31, veja comentrios dosversculos 1-3.32. Nada lhe acrescentars nem diminuirs (13:1 na Bblia Heb.).Repetindo 4:2 em essncia, Moiss tornou a declarar que o nico padroverdadeiro de tica e culto divino aquele que a vontade de Deusrevelou - nem mais, nem menos.Deuteronmio 13b) Resistncia Apostasia. 13:1-18. 44. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 44Nos antigos tratados de suserania requeria-se do vassalo que ele notivesse conivncia com quem falasse mal do suserano, quer se tratasse deuma afronta ou uma conspirao. O vassalo devia transmitir o insulto oua fomentao da revolta. Em caso de rebelio ativa, devia tomar medidasmilitares contra os ofensores. Mais ainda, devia manifestar fidelidade aoseu senhor em tais casos, fosse quem fosse o rebelde, um prncipe ouparente prximo. Tudo isto encontra seu correlativo formal emDeuteronmio13. Quanto ao estilo o captulo foi moldado na forma casustica,caracterstica dos antigos cdigos legais, mas tambm de algumasestipulaes pactuais. Trs casos de rebelio contra o Senhor soexaminados. Os dois primeiros se relacionam com a instigao, as partesculpadas sendo reivindicantes de terem recebido revelao com sinais(vs. 1-5) e o parente mais prximo ou amigo do vassalo (vs. 6-11). Oterceiro caso se relaciona com uma cidade que foi engodada a rebelar-secontra o Senhor e culpada de estar servindo a dolos (vs. 12-18).1-5. (Bblia Heb., vs. 2-6).1. Profeta ou sonhador. Insinuao da instituio proftica a serestabelecida em Israel j fora dada. A auto-revelao de Deus aosprofetas seria por meio de viso e sonho (Nm. 12:5; cons. Dt. 18:15 esegs.). Mesmo se algum com impressionantes credenciais comprovandoque era um canal da revelao (1b, 2a) incitasse Israel a declararfidelidade e tributo a outros deuses (2b; cons. 3b, 5b), seu conselho deviaser desprezado (3a; cons. Gl. 1:8, 9).2. E suceder o tal sinal ou prodgio. Ambos os termos podem sereferir a um acontecimento que , em si mesmo, normal ou extraordinrio.Aqui eles se referem, ao que parece, a um acontecimento predito, nonecessariamente milagroso, que se realizou. O cumprimento da predio ento proclamado como um sinal de genuna vocao e autoridadeproftica. E disser (v. 2) deve ser tomado junto com quando . . . selevantar (v. 1). O padro de vida e culto de Israel era revelao de Deusatravs de Moiss, escrita ou falada; a exigncia fundamental, portanto, 45. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 45era fidelidade exclusiva ao senhor andareis aps o Senhor (v. 4). Afim de testar a obedincia de Israel com referncia a esta estipulaosuprema, Deus permitiria que o friso profeta se apresentasse (v. 3b). E jque este ltimo aconselhada Israel a repudiar aquela exigncia, a prpriaessncia da aliana (cons. 6:4, 5; x. 20:3), a penalidade mxima lhe eraprescrita esse profeta . . . ser morto (v. 5). Observe as citaes doprembulo de prlogo histrico das tbuas da aliana (cons. x. 20:2). Aexecuo do instigador traio "eliminaria" o mal do meio de Israel, oqual, se permanecesse e se alastrasse, resultaria na eliminao de muitosem Israel (cons. Dt. 13:12 e segs. esp. v. 16; 17:12; 19:11-13; 21:18-21;22:21-24; 24:7).6-11. (Bblia Heb. 7-12). To eficiente como o maravilhoso sinal daserpente falante, com suas declaraes oraculares, no caso da seduo deEva foi a coao pela qual Eva subseqentemente tentou Ado por causado seu afeto por ela, a esposa do seu amor, a amada de sua alma.6. Se teu irmo. . . te incitar em segredo. A sutilidade da tentaoneste caso contrasta com o convite pblico do falso profeta (cons. v. l esegs.) e tornaria fcil esconder o pecado da pessoa amada fugindo responsabilidade judicial sem revelao. Mas, como no caso dos tratadosinternacionais, qualquer omisso em denunciar "as ms palavras" e asconspiraes rebeldes seda uma brecha na aliana de Deus.8. No o olhars com piedade. A reivindicao da aliana amar oSenhor nosso Deus, embora rito signifique odiar os pais e os irmos, aesposa e os filhos, e at a prpria vida (cons. Lc. 14:26). Portanto, aqueleque mais querido fosse ao servo da aliana, devia ser to severamentejulgado quanto o falso profeta, se ele ou ela pretendesse ser desleal aoSenhor.9. Certamente o matars. Para o procedimento judicial em vista,veja 17:7. Um benefcio importante na execuo da sentena divina sedao impacto admoestativo sobre Israel, impedindo futura apostasia (v. 11;cons. 17:13; 19: 20; 21:21). 46. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 4612-18. (Bblia Heb., 13-19). Se as estipulaes dos versculosprecedentes no fossem vigorosamente executadas, a rebelio seespalharia do indivduo para a comunidade, uma situao que exigiriauma deciso e ao judicial ainda mais difcil do que a prescrita aqui.13. Homens malignos (E.R.A.) e filhos de Belial (E.R.C.) sotradues de uma expresso diversamente entendida como filhos dainutilidade, ou desordem, ou maldade, ou Sheol. assim que Deus vaqueles sedutores idolatria que se colocam diante dos homens comoprofetas impressionantes ou parentes mais queridos. Caso houvesse overedito de culpa (v.14), a sentena seda a aplicao do antema (v. 15 esegs.; cons. comentrios sobre 7:1-5).15. Ferirs. . . os moradores daquela cidade. Aceitando aabominao de Cana, a cidade israelita se tomaria uma abominao;ficaria igual Jeric cananita e devia partilhar de seu destino malditopelo fogo e pela espada. O divino Suserano, como os senhores humanosem seus tratados antigos, imps regulamentos relativamente ao despojoque viria cair nas mos dos seus vassalos em uma campanha punitiva.No presente exemplo, foi feita a incomum exigncia de que todo odespojo fosse acrescentado ao holocausto atravs do qual a cidadeamaldioada se tornaria uma perfeita oferta queimada para louvor dajustia e ira de Deus.16. Monto perptuo. O hebraico tel indica um monte abandonadoproduzido pela acumulao de entulhos em sucessivas ocupaes de umstio. A experincia de Israel no caso de Ac (Js. 7; 8) exemplificouambos, o perigo de violar a lei dos despojos em Dt. 13:16,17 e afidelidade do Senhor na promessa dos versculos 17b, 18.c) Obrigaes Filiais, 14:1 15:23.Como povo do Senhor, sujeito ao seu servio e encarregado deremover do seu meio todos os devotos e santurios de dolos (caps. 12;13), Israel era uma nao diferente. Isto devia se manifestar atravs detoda dimenso cerimonial da vida da nao. Em conexo com a morte 47. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 47(14:1, 2) ou vida (vs. 3-21), a prtica cerimonial dos israelitas deviarefletir sua santidade peculiar. Sua santa consagrao tambm devia serexibida na consagrao do fruto do trabalho de suas vidas ao Senhor seuDeus (vs. 22-29 ).Deuteronmio 141,2. Filhos sois do Senhor vosso Deus . . . sois povo santo. Aquinovamente a definio de x. 19:5,6 da nao teocrtica faz eco (cons.Dt. 7: 6), enriquecida agora com o conceito da filiao (cons. x. 4:22).No perodo do V.T. a nfase estava sobre Israel como servo e no filho,porque embora a nao de Israel fosse o filho e o herdeiro, ela devia ficarsob governadores at o tempo designado pelo Pai (cons. Gl. 4:1 e segs.).No vos dareis golpes. Os israelitas no deviam se mutilar como ospagos costumavam faz-lo nos rituais de luto (v, 1b; cons. Lv. 19:28;21:5). A razo especificada que, na qualidade de povo eleito e adotadopor Deus, tinham um status de santidade. E por baixo desta razo estavao fato de seu Deus ser o Senhor da vida e o Criador do homem Suaimagem.3. Abominvel. As distines cerimoniais podem s vezes parecerarbitrrias. Tal o caso da classificao das carnes limpas e imundasnestes regulamentos dietticos. Porque, embora as explicaes higinicassejam visveis em alguns exemplos, no o so em todos. Mas a prpriaarbitrariedade dessas estipulaes fazia delas o melhor dos testes desubmisso palavra soberana do Senhor e um smbolo mais distintivo daconsagrao a Ele. Lembrava Israel que o homem deve viver de acordocom cada palavra que sai da boca de Deus (cons. 8:3). a palavracriativa de Deus que d a todas as coisas a sua definio e significado, eo homem deve interpretar todas as coisas na imitao da interpretaoque Deus lhes d. Sob este aspecto as regras dietticas mosaicasassemelhavam-se proibio probatria do fruto da rvore doconhecimento no den ou aos arranjos para a proviso do man nodeserto. 48. Deuteronmio (Comentrio Bblico Moody) 484. So estes os animais que comereis. A seo repete quaseverbalmente Lv. 11:2-23. Deuteronmio 14:4b, 5 suplementa aformulao levtica e desse modo reflete a origem que Deuteronmioteve no deserto. Pois o habitat dos animais de caa comestveisespecificados era a regio das viagens de Israel desde o Egito at Cana,no o territrio montanhoso coberto de bosques de Cana propriamentedita.21. Nenhum animal que morreu por si. Isto envolve umamodificao de Lv. 17:15. A prtica mencionada aqui no versculo 21b(cons. x. 23:19; 34:26) foi proibida porque era costume cerimonial doscananitas.22. Os dzimo de todo o fruto das tuas sementes. Um dzimo anualdo produto da terra devia