desvirando a canoa do setor elÉtrico · 2016-02-17 · o esquema de hedge hidrológico mre dilui a...

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DESVIRANDO A CANOA DO SETOR ELÉTRICO 1 CNI, Brasília, 27 de outubro de 2015 Mario Veiga [email protected]

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DESVIRANDO A CANOA DO SETOR ELÉTRICO

1

CNI, Brasília, 27 de outubro de 2015

Mario [email protected]

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PSRProvedora de ferramentas analíticas e serviços de consultoria (estudos econômicos,

regulatórios e financeiros) em eletricidade e gás natural desde 1987

Nossa equipe tem 54 especialistas (17 PhDs, 31 MSc) em engenharia, otimização,energia, tecnologia, estatística, finança, regulação, TI e análise ambental

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Alguns projetos recentes

3

Atuamos em 65 países

Transmission planning model + study for US

West Coast (WECC)

Models and studies for Malaysia and Sri

Lanka

Price projection service Nordpool

Models + energy data base (power, fuels etc.) for the Energy

Ministry of Chile

Morocco-Spain interconnection

Interconnection of 16 L.American countries

study, models + d.base

Market design and analytical models for Turkey

Physical financial portfolio optimization for Mexican investors

Provider of planning tools for the W.Bank

Book on auctions for renewables

IRENA

Market design and analytical models

for Vietnam

Physical financial portfolio optimization for

investors in Brazil

Analytical models for India

Renewable integration studies

for Peru

Analytical models for New Zealand

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Temário

► Entendendo o passado

► Como será o amanhã

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O que levou à situação atual?

1. Falhas de planejamento

2. Erros de gestão

3. Problemas de governança

5

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Evolução do armazenamento (SIN) 2012-2014

6

MELHORarmaz.

da história

MELHORarmaz.

da história

PIORarmaz.

da história

PIORarmaz.

da história

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Por que os reservatórios esvaziaram?

► Excesso de demanda? NÃO – a demanda nestes anos foi

inferior ao esperado

► Falta de capacidade de geração?(devido por exemplo a atrasos) NÃO, de acordo com o governo

• Estimativas feitas pela EPE e divulgadas pelo CMSE: haveria uma sobra de capacidade (garantia física) de 7 mil MW médios

► Demora para acionar as térmicas? NÃO – desde outubro de 2012, todas as térmicas foram acionadas quase

ininterruptamente, inclusive nos períodos de chuva

► Última opção: estamos passando pela “pior crise hídrica dos últimos 100 anos”, como o governo tem afirmado?

7

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Houve seca severa em 2012, 2013 e 2014?

8

2013 foi um ano bom... 2013 foi um ano bom...

... e 2014 foi 9º pior do histórico... e 2014 foi 9º pior do histórico

2012 foi um ano bem razoável... 2012 foi um ano bem razoável...

NÃONÃO

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E o triênio 2012/2014?

9

Foi o 16º pior do histórico

Foi o 16º pior do histórico

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E São Paulo?

52%

66%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

140%

160%

2012-2014

1954-1956

2003-2005

1952-1954

2005-2007

1942-1944

1944-1946

1968-1970

2010-2012

1955-1957

1977-1979

1933-1935

1993-1995

1979-1981

1972-1974

1939-1941

1964-1966

1934-1936

1949-1951

1961-1963

1959-1961

1980-1982

1976-1978

1938-1940

1960-1962

1937-1939

1931-1933

1981-1983

► 1953-1955

► 2012-2014Afluências à Cantareira

Afluências à Cantareira

O suprimento de água não

tem a proteção de portfólio do abastecimento

hidrelétrico

O suprimento de água não

tem a proteção de portfólio do abastecimento

hidrelétrico

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► Se não foi excesso de demanda, falta de oferta, falta de geração nem hidrologia, por que os reservatórios esvaziaram?

O mistério do esvaziamento…

11

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Razão: “descolamento” entre modelo e realidade

12

79%

87% 87% 86% 85% 86%82%

74%

65%

57%55%

51%54%

62%

68%

77% 77%80% 80%

76%

70%67%

62%65%

75%

80%77%

75%72% 72%

67%

57%

47%

37%33%

31%

38%

46%

55%

62% 61%63%

60%

55%

49%44%

40%43%

Simulado

Real

Se o passado fosse reconstituído (“backcasting”) com os modelos oficiais de simulação, o nível dos reservatórios em dezembro de 2013 seria 65% (22 pp maior do que o real)

Esta diferença possibilitaria o atendimentoa uma carga anual de 5,3 GW médios

As equações estão corretas; o problema é que as restrições operativas reais são piores do que as representadas nos modelos oficiais de planejamento

As equações estão corretas; o problema é que as restrições operativas reais são piores do que as representadas nos modelos oficiais de planejamento

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Quais são estas restrições operativas?

► Coeficientes de produção das hidrelétricas piores do que os nominais Resistência das hidrelétricas à aferição devido ao impacto comercial

Redução da garantia física menor contratação

O esquema de hedge hidrológico MRE dilui a responsabilidade individual (“tragédia dos comuns”): contribui para o chamado “problema do GSF”, a ser discutido.

► Batimetria desatualizada + assoreamento

► Problemas de transmissão dificultam a otimização do uso das hidrelétricas Transferência de energia entre regiões, vertimentos localizados etc.

Causa principal: falhas nas subestações

► Vazões da região Nordeste na estação seca são inferiores às do modelo hidrológico oficial A vazão em 20 dos últimos 22 períodos secos foi abaixo da média

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Consequência desta defasagem entre operação real e simulações oficiais:viés otimista nas projeções de preço e segurança dos estudos governamentais

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Questionamento do ONS sobre o triênio 2012-14

► O ONS argumentou* que as afluências do triênio 2012-2014 foram, na realidade, mais desfavoráveis do que indicaria a 16a posição vista no slide anterior

► Justificativa: grande parte das vazões daquele triênio teria chegado a reservatórios com pouca capacidade de armazenamento e teria sido vertida Evidência: vertimento observado de 5 GW médios no triênio, o que corresponde a 22 pts de

armazenamento

► Para verificar a afirmação do ONS, aordenação foi refeita usando um método(energia firme) que representa emdetalhe a operação dos reservatórios

► Resultado: o triênio 2012-2014passou da posição de 16º para o 27ºpior do histórico Razão: existem triênios com ENA maior que

2012-2014, porém com mais vertimentoslocalizados

*Fonte: Sumário Executivo do PMO da semana operativa de 18 a 24/04/2015

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Em resumo: o sistema gerador está sobrecarregado

15

Este desequilíbrio estrutural de geração, em conjunto com falhas institucionais, é a origem de muitos dos

problemas atuais, a começar pelo GSF

Este desequilíbrio estrutural de geração, em conjunto com falhas institucionais, é a origem de muitos dos

problemas atuais, a começar pelo GSF

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Situação ao final de 2014/início de 2015

► O racionamento em 2014 foi evitado porque o governo decidiu esvaziar os

reservatórios, na esperança de vazões favoráveis

Redução do consumo industrial devido ao (início) dos problemas econômicos + “flexibilização” de

restrições de usos múltiplos

► Recomendação da PSR no final do período úmido de 2015: reduzir o consumo entre 6 e 8% para chegar a 10% de armazenamento em Novembro

16

72% 75%

56%

33%39%

50%57%

48%

73% 73% 76%

54%

64%

78%

63%

75%

38%43%

22%

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

SIN

(% m

ax)

31/J

an

Armazenamento no final de Janeiro de 2015O risco foi transferido para este ano

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► Primeira projeção p/ 2015: +3,2% com relação a 2014

► Primeira revisão: crescimento nulo

► Segunda revisão (agosto): -1,6% Crescimento de 1,5% com relação a 2013

Isto equivale a:

Perder 3,2 GW médios

de demanda em 2015

Ou Dois anos de

crescimento de carga

Ou racionar 11%

da demanda a partir

do Segundo semestre

Desde então, a demanda desabou...

17

Fonte: ONS

Esta redução da demanda diminuiu a preocupação com segurança de suprimento

Infelizmente por uma razão ruim

Preocupação com o NE persistedevido ao El Niño

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Retrospectiva das ações governamentais

► 2012: MP 579, redução tarifária, empréstimos do tesouro

Térmicas iniciam despacho na base

► 2013: Mais empréstimos do tesouro para a CDE

Empréstimo do tesouro para socorro financeiro às distribuidoras

Resolução CNPE #3 (CVaR)

► 2014: Empréstimos para novo socorro às distribuidoras

Criação da conta ACR

Revisão piso e teto do PLD (impacta ESS)

“Não teremos tarifaço”

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E 2015 chegou… e com ele, o realismo tarifário...

► Eliminação de todo o subsídio do Tesouro Nacional no fundo da CDE e repasse integral dos custos associados às indenizações ainda não pagas: cota ampliada de 1,6 para 18,9 bi;

► Alteração da regra de alocação do ESS de Restrição Operativa: custos de térmicas com CCEARs compensados pelos consumidores cativos;

► Aumento das bandeiras tarifárias: cobertura de 17 bilhões;

► RTE das distribuidoras: Repasse dos custos da CDE e da compra de energia (Itaipu, leilões etc) - cobertura de 24 bilhões.

19

338

276 284

335

385

472

Dez/2012 Mar/2013-RTE Dez/2013 Dez/2014 Jan/2015(*) Mar/2015-RTE/BVM(*)

R$/M

Wh

-val

ores

nom

inai

s

Tarifa de Fornecimento Residencial(média de 30 distribuidoras)

Sem impostos - Fonte: SAMP/ANEEL, (*)REN-B1/ANEEL

+23%+23%

-18%-18%

+3%+3%

+18%+18%

+15%+15%

49

649

(+) Reajuste 2015

+10%+10%

Projeção de reajuste médio para 2015 de 10%,

fruto do repasse das amortizações dos

empréstimos contraídosvia Conta ACR

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A guerra dos cinco exércitos….

► Tiroteio de liminares

► Paralisação do mercado

► Instabilidade regulatória20

Geradores Consumidores

Distribuidoras

ANEEL

Governo

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MP nº 688 e GSF

21

► Solução do ACL semelhante à do ACR, só que:

Interação com a CONER ao invés de interação com as bandeiras tarifárias

Obrigação de adquirir energia de reserva adicional

► Solução para o ACR

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Perspectivas pós-2015 para a indústria

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► Oferta x demanda e preços de energia “spot”

► Oportunidades de contratação

► Expansão da capacidade no ACL

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Sobre-oferta de geração

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Fonte: PSR, base PMO de Setembro com ajustes feitos pela PSR(Valores de 2015 de Setembro a Dezembro)

Redução de demanda+ contratação de oferta nova

em leilões passadosproduzirá uma sobreoferta

de lastro, mesmo comatrasos na oferta(premissa PSR)

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Redução no PLD

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Fonte: PSR, base PMO de Setembro com ajustes feitos pela PSR(Valores de 2015 ano completos)

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Oportunidades de contratação no ACL

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Energia indexada a 90% da tarifa do cativo

(TE – ESS/EER)x90%

Estimativa de curva forward de preços ACL convencional

(para contratos negociados hoje)

Medida importante: desvincular garantia física de contratos

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Temas para a indústria olhar com cuidado

► Explosão das tarifas de transmissão Critério N-2 e modulação de ponta por geradores distantes ao invés de

geração local

► Encargos por geração térmica além dos critérios de segurança

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Evitar estes custos requer uma atuação técnica dos consumidores industriais

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Expansão da oferta para o ACL

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► A Portaria 384/15 (licitação das concessões vencidas e não prorrogadas) permite comercializar 30% da GF no mercado livre

► No entanto, o preço vai depender do bônus de outorga

Governo quer arrecadar 17 bilhões• Preço-teto para as 5 maiores usinas na faixa de 120-140 R$/MWh

• E ainda falta agregar os demais custos (TUST, Encargos, etc)…– Energia para o mercado livre não será tão mais barata..

► A eólica é uma fonte atraente para o ACL, mas é necessário equacionar os riscos de quantidade e dos submercados o MRE hidroeólico precisará ser discutido

para gestão do risco de produção

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Eficiência energética: a nova peça do quebra cabeça

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Brasil: 15º lugar de 16 países

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Oportunidades para a EE

► A Indústria apresenta o maior potencial de redução com medidas mais pontuais (menos clientes com consumo maior) Consumo comercial, residencial também apresentam oportunidades, sobretudo para

iluminação, refrigeração, edificação

30

18038%

13228%

9019%

4510%

265%

Industrial

Residencial

Comercial

Público

RuralConsumo por segmento em 2014 (TWh; %). Anuário estatístico (EPE)

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Potencial de conservação

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Benefício / custo da eficiência

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Obs1. Estimativas feitas com base no Custo Marginal de Expansão (CME) e supondo que após 2030

a expansão se dará por mix de usinas térmicas e fontes renováveis com taxa equivalente de emissão

de 0,3 tCO2/MWh.

Redução de consumo de energia em 2030 com relação

ao caso de referência

Custos anuais evitados (2015

R$ bilhões)

Emissões evitadas

(MMtCO2/ano)Redução de 10% 15 29Redução de 15% 23 43Redução de 20% 30 58

Importância da EE para o sistema elétrico

Se eficiência é boa, bonita e barata, por que (quase) ninguém faz?

Se eficiência é boa, bonita e barata, por que (quase) ninguém faz?

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Barreiras

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Barreiras e soluções (1/2)

► Barreiras financeiras Investimentos em EE disputam recursos em desvantagem com outros

mais diretamente relacionados às atividades finais das empresa

Dificuldades de financiamento, em particular apresentação de garantias

Restrições sobre limite de endividamento

Foco da Gerência em outras atividades (i.e. EE não é prioritário)

Comunicação inadequada sobre oportunidades de EE para Gerência

► Soluções Linhas de crédito mais adequadas à captação por clientes finais

(avanços recentes no BNDES), com menos exigências burocráticas

Mecanismos de mercado para alocação de risco entre agentes. Exemplo: projeto “Off balance” da CNI/ABRACE: EE é vendida como um serviço para empresas finais; vence as barreiras mencionadas e ainda permite ganhos fiscal ao cliente final.

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Barreiras e soluções (2/2)

► Desconhecimento e desconfiança Clientes não conhecem oportunidades de EE e empresas que fazem

auditoria energética costumam implementam medidas, o que traz desconfiança do usuário final (i.e. conflito de interesse).

► Soluções Redes de eficiência energética com trocas de experiências entre

empresas participantes

Portal com divulgação de cases com melhores práticas e base de dados de ações organizadas por segmento, tipo de barreira, uso final de energia, etc. que permitam também benchmark

36

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Exemplo

► O programa busca fomentar ações de EE na indústria

► Meta de 25% de redução em 10 anos

► Base de dados de projetos e bechmark

► Apresentação de casos de sucesso

► Redes de empresas (troca de experiências)

► Promoção de seminários e webinars

37

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Parceria PSR/Fraunhofer/UNESP

38

► LEEN GmbH (Learning Energy Efficiency Networks)

Spinoff do renomado Fraunhofer-Gesellschaft

Respaldo metodológico das Redes e sistema de gestão energética

Experiência com mais de 50 redes na Alemanha, Áustria e Suíça,

envolvendo mais de 500 empresas

+ Engenheiros especialistas em eficiência energética

Compõem a equipe técnica responsável pela execução das atividades

+ FEG/UNESP

Disponibilização do centro de excelência em eficiência energética para

realização de treinamentos práticos

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Rede de Eficiência Energética LEEN/PSR

1. Auditoria energética Identificar e avaliar o potencial de redução no consumo

de energia; Conduzido por especialistas com experiência e de forma

padronizada;2. Reuniões periódicas

Compartilhamento de informações e experiências entre os participantes;

Buscam criar um ambiente de aprendizagem e apoio mútuo;

Acompanhamento de metas individuais e da Rede, estabelecidas pelas empresas participantes

3. Treinamento práticos Temas tecnológicos específicos de interesse das

empresas da rede;4. Sistema de monitoramento

Ferramenta de gestão energética simples (indicadores de eficiência);

Atende aos requisitos da certificação ISO 50.001

39

Identificação e quantificação dos desperdícios.

Modificação de processos ou equipamentos.

Monitoramento da solução adotada.

mel

horia

con

tínua

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Conclusões

► Como “desvirar” a canoa do setor elétrico: Reduzir judicialização

Aumentar credibilidade

Aperfeiçoamentos no modelo setorial visando maior liquidez e fortalecimento do ACL

Realismo

Maior atuação técnica dos consumidores industriais

► Medidas para sustentabilidade da indústria Desvincular garantia física de contratos

MRE hidro-eólico

Eficiência energética

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www,psr-inc,com

psr@psr-inc,com

+55 21 3906-2100

+55 21 3906-2121

MUITO OBRIGADO