descrição da obra

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Descrição da obra - Descrição física: A obra tem como descrição física do tipo residêncial, tendo 22 pavimentos e 4 subsolos, e ao todo possuem 132 apartamentos, 6 por andar. - Localização: A obra esta localizada na Rua Augusta de número 852. - Autor do projeto de arquitetura: o arquiteto Jonas Bigger é o responsável pelo projeto - Autor do projeto de fundação: Carlos de Almeida Ribeiro - Engenheiros responsáveis: Alexandre Samara Renan Bernardo Geoge Luís da Silva Anderson Machado Alex Santos Gonçalves Alexandre Samara Fernandes Edson Luiz Minoru Yamana Jorge Boock Abduch Marcelo Carvalho - Acompanhante da visita: Michele Feitosa é estagiária da empresa Even e nos acompanhou durante toda a visita da obra.

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Page 1: Descrição da obra

Descrição da obra

- Descrição física: A obra tem como descrição física do tipo residêncial, tendo 22 pavimentos e 4 subsolos, e ao todo possuem 132 apartamentos, 6 por andar.

- Localização: A obra esta localizada na Rua Augusta de número 852.

- Autor do projeto de arquitetura: o arquiteto Jonas Bigger é o responsável pelo projeto

- Autor do projeto de fundação: Carlos de Almeida Ribeiro

- Engenheiros responsáveis: Alexandre SamaraRenan BernardoGeoge Luís da SilvaAnderson MachadoAlex Santos GonçalvesAlexandre Samara FernandesEdson Luiz Minoru YamanaJorge Boock AbduchMarcelo Carvalho

- Acompanhante da visita: Michele Feitosa é estagiária da empresa Even e nos acompanhou durante toda a visita da obra.

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Fundação e Contenção da obra

Na obra foram utilizadas 5 tipo de fundações, tais como Estaca Escavada, Estaca Barrete, Tubulações, Estaca Broca e Estaca em Hélice.

ESTACA ESCAVADA COM LAMA BENTONÍTICA:

A execução das estacas utilizadas na obra consiste na escavação do terreno com utilização de lama bentonítica para estabilização das paredes das escavações por equipamentos apropriados de acordo com projeto de fundações elaborado.

a. Perfuração e preenchimento simultâneo da estaca com lama bentonítica

Inicialmente deverá ser feita uma verificação nas caçambas com relação ao fato destasestarem bem balanceadas e perfeitamente alinhadas, pois caso contrário poderá ocasionar desvios e futuros problemas na concretagem.

O equipamento deve ser posicionado de forma a garantir a centralização da estaca. Paraestaca de seção circular deve ser locado e enterrado, com no mínimo 1m, um tubo-guia de diâmetro 50 mm maior que o da estaca que tem a finalidade de proteger o topo das.Escavações, garantir a perfeita locação da estaca e para a escavação, bem como nivelamento do topo deste, sendo referência para observação e conferência das cotas de ponta, arrasamento e posicionamento da armadura.

Na implantação do tubo guia deverá ser executado um pré-furo escavado manualmente de aproximadamente 20 cm. O tubo metálico guia deverá estar devidamente embutido no solo superficial, garantindo as condições de sustentação da armadura posicionada e fixada nele através de quatro alças, bem como o conjunto funil e tremonhas cheios de concreto.

Eventualmente os tubos metálicos-guias serão calçados com pranchões de madeira casoocorra a necessidade de melhor condição de apoio. Caso seja necessário o reaterro junto a escavação, este deverá ser executado com solo adicionado de 10% de cimento compactado.Uma vez iniciada a escavação é desejável que esta seja contínua até sua conclusão,mantendo-se severo controle da verticalidade e da velocidade de descida e subida dacaçamba, de maneira a evitar ao máximo o impacto do equipamento com a lama bentonítica na descida, assim como a sucção provocada pela velocidade excessiva de subida do equipamento ocasionando grandes desmoronamentos. Conforme se remove o solo, lança-se mais lama bentonítica para manter estabilizadas as paredes do furo. O nível de lama na escavação deve ser mantido acima do nível de água do terreno, no mínimo 2 m de diferença de nível e igual a duas vezes ao diâmetro da estaca.

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A lama bentonítica possui características importantes que interferem diretamente naestabilidade pelo fato desta se manter em suspensão por um longo período, capacidade de formar nos vazios do solo e superfície lateral da escavação uma película impermeável(CAKE) e propriedades tixotrópicas quando em repouso e quando em movimento.A empresa contratada deverá fazer ensaios na lama bentonítica ao prepará-la e ao términoda escavação de cada estaca, verificando: densidade, viscosidade, pH, cake e teor de areia.As tolerâncias se encontram no item b.

b. Limpeza do fundo e preparo da lama para concretagemConcluída a escavação é necessário realizar a limpeza do fundo da escavação da estaca,removendo lama com características viscosas para desarenação ou sua substituição porcirculação, mantendo sempre o furo integralmente preenchido pela lama. Depois dedesarenada a lama, é realizada ensaios de verificação de sua qualidade.As amostras devem ser retiradas do fundo das estacas para realização dos seguintesensaios de campos:

Densidade – pelo método da balança de lama verifica-se a densidade da lama que deve variar de 1,025 a 1,10 g/cm³.

Viscosidade – pelo método do funil de Marsh verifica-se a viscosidade da lama. A lama deve levar de 30 a 90 segundos para passar pelo funil.

pH – utilizando-se do papel de pH verifica-se o pH da lama que deve variar de 7 a 11na escala do papel.

Cake – No ensaio por filtragem, deverá formar um “cake” com espessura de 1 mm a 2 mm. Esta espessura deverá ser determinada ao menos uma vez por partida de bentonítica.

Teor de areia - pelo método da Bureta Graduada verifica-se o teor de areia da lama que não deve passar de 3%.

c. Colocação de armadura

Concluída a escavação e a limpeza do fundo da estaca, instala-se a armadura e o tubo.tremonha. A armadura deverá estar montada de acordo com o projeto específico e sercolocada no local de maneira cuidadosa, centralizada e direcionada através de roletesespaçados e distribuídos, evitando movimentos bruscos tendo como consequência eventuais desbarrancamentos e ou impregnação da armadura pelo terreno e garantir um recobrimento da armadura mínimo de projeto.A armadura não deverá permanecer submersa na lama bentonítica por um intervalo detempo maior que 2 horas e deverá possuir alças para que seu içamento não comprometasua integridade. Estas alças também são necessárias para que se possa manter a ferragem suspensa e presa ao tubo guia. Se necessário esta armadura poderá ser travada com ajuda de vergalhões ou através de solda.

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d. ConcretagemO concreto a ser empregado deve ser extremamente plástico para que possa fluir comfacilidade pelo tubo tremonha e poder preencher a escavação, portanto deve ser usado brita com diâmetro máximo de 10 % do diâmetro interno do tubo tremonha, slump de 20+/- 2. Cm e consumo de cimento 400 Kg/m³.Deve-se dar atenção especial à concretagem, pois esta deve ser contínua, uma vez iniciada não é possível a sua interrupção, pois o tubo tremonha não pode ser retirado de dentro da massa de concreto. Outro cuidado é de que o tubo tremonha, durante a concretagem fique sempre imerso em pelo menos 1,5 m dentro do concreto, este procedimento é necessário para que não venham a ocorrer juntas e descontinuidades no corpo da estaca.A concretagem deverá ser executada seguindo as indicações de projeto atentando para que a cota de parada do concreto esteja situada a aproximadamente 50 cm acima da cota de arrasamento das estações, ou conforme orientação do consultor.Deverá ser verificado e analisado junto ao consultor, os resultados da execução de ensaios tipo “PIT” para a liberação das estacas, conforme padrão PO 0BR 063 – ENSAIOS TÉCNOLOGICOS.

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ESTACA ESCAVADA COM HÉLICE CONTÍNUA

A estaca Hélice Contínua é uma estaca de concreto moldado “in loco”, executada por meio de trado contínuo e injeção de concreto, sob pressão controlada, através da haste central do trado simultaneamente a sua retirada do terreno.

a.Perfuração

Consiste na introdução, até a profundidade estabelecida em projeto, por rotação da hélice contínua, sem a retirada do solo escavado. As estacas situadas dentro de um raio de 6 vezes o diâmetro da estaca a ser escavada, devem ter sido concretadas há pelo menos 24 h.A marcação dos eixos, locação e prumos das estacas hélice contínua pode ser feita através de caixas de madeira na qual o seu interior será cravada a estaca ou se somente a marcação com anel centralizado (piquete) é suficiente.A perfuração é uma operação contínua, sem a retirada da hélice do terreno. Deve ser feito um controle rigoroso da profundidade, velocidade de avanço e pressão no sistema hidráulico de torque, através do equipamento de monitoração da perfuratriz. b. Concretagem

Uma vez atingida a profundidade definida em projeto, inicia-se a injeção de concreto pela haste central do trado, com a retirada simultânea da hélice contínua, com material escavado e sem rotação.O concreto utilizado deve apresentar resistência característica fck maior que 20 MPa, ser bombeável e composto de cimento, areia, pedrisco e brita 1, com consumo mínimo de 350 kg/m³, sendo facultativa a utilização de aditivos.

c. Armadura

A armadura deverá estar montada de acordo com o projeto específico. Após o término da concretagem, a armadura (“gaiola”) é introduzida na estaca de maneira cuidadosa e.Centralizada por gravidade ou com auxílio de um pilão de pequena carga ou vibrador. Acolocação é direcionada através de roletes espaçadores, evitando movimentos bruscos egarantir um recobrimento da armadura mínimo de projeto.Quando por algum problema executivo surge uma dúvida quanto à integridade do concreto da estaca, deverá ser verificado junto ao consultor, a necessidade de

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investigações, sondagens rotativas ou execução de ensaios tipo “PIT” para a liberação das estacas.É obrigatório o fornecimento do diário de obra com os relatórios de perfuração e concretagem das estacas pela empresa contratada, devendo conter informações sobre:

Diâmetro e comprimento real da estaca abaixo do arrasamento;

Velocidade de rotação da mesa rotativa;

Velocidade avanço e subida;

Torque;

Inclinação da torre;

Pressão de concreto;

Desvios de locação;

Características do equipamento de escavação;

Especificação e controle de qualidade dos materiais utilizados (concreto);

Consumo dos materiais por estaca e comparação trecho a trecho do consumo real em relação ao teórico;

Controle do posicionamento da armadura durante a concretagem;

Anormalidades de execução;

Anotação rigorosa dos horários de início e fim da escavação;

Anotação rigorosa dos horários de início e fim da concretagem;

Gráfico da subida do concreto.

Estas informações devem ser analisadas pelo consultor de fundações, que registra no relatório as recomendações e a aprovação dos serviços executados.

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ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO

As estacas pré-moldadas caracterizam-se por serem cravadas no terreno por percussão,prensagem ou vibração e por fazerem parte do grupo denominado “estacas de deslocamento”As estacas pré-moldadas podem ser de concreto armado protendido, vibrado ou centrifugado e concretadas em formas horizontais ou verticais. Devem ser executadas com concreto adequado, além de serem submetidas à cura necessária para que possuam resistência compatível com os esforços decorrentes do transporte, manuseio, instalações e as eventuais solos agressivos.

a. Cravação

O consultor de fundações deve acompanhar a cravação da primeira estaca e verificar aqualidade dos serviços do empreiteiro. Caso haja uma camada intermediária de solo resistente que impeça a estaca de atingir o comprimento previsto no projeto, verificar junto ao consultor a necessidade de executar pré-furos ou qualquer outro procedimento para atingir o previsto no projeto. No caso de pré-furos atentar para a haste rígida da perfuratriz estar firme e aprumada. A proteção dos furos torna-se primordial para que não sejam aterrados ou perdidos durantechuvas ou circulação do bate-estaca.Posicionar o bate estaca no gabarito de madeira e aprumar a torre. Içar a estaca por meiode cabo auxiliar e trazê-la para junto da torre, colocando-a na posição vertical, e emseguida, posicionar o pé da estaca locando-a no gabarito.Coloca-se o coxim de madeira em cima do topo da estaca, descendo o capacete até quese encaixe na cabeça da mesma.Verificar o prumo e iniciar a cravação; Cravar as estacas de concreto utilizando bate-estacas dimensionados para as seções das estacas e profundidades a serem atingidas, equipados com martelo apropriado para esse fim.Proteger o topo das estacas com um cabeçote de aço durante a cravação;Cravar as estacas atentando para o seu correto prumo e até encontrar a “nega” definidapelo calculista.Em caso de quebra de estaca durante a cravação, deve-se consultar o calculista quanto àposição de cravação de novas estacas e à alteração do bloco.Devem ser evitadas as emendas, mas se necessário, estas deverão ter a mesmaresistência da estaca e deverão ser executadas sem prejuízo da parte cravada.

b. Corte

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O topo da estaca, danificado durante a cravação ou acima da cota de arrasamento, deveser demolido. A seção resultante deve ser plana e perpendicular ao eixo da estaca e aoperação de demolição deve ser executada de modo a não causar danos à estaca, atravésda utilização de ponteiros ou marteletes leves, trabalhando com pequena inclinação, para cima, em relação à horizontal;Realizar o corte normalmente ao eixo da estaca, acima da cota de arrasamento, deixandoas armaduras livres e limpas.

c. Blocos de coroamento

Ligar as extremidades superiores das estacas com vigas e blocos de fundação decoroamento, de concreto armado, conforme definido em projeto;Em estacas vazadas, antes da concretagem do bloco, o furo central deve ser convenientemente tamponado;Na ocasião da concretagem do bloco de coroamento, o concreto que foi deixado acima da cota de arrasamento deve ser removido.É obrigatório o fornecimento do diário de obra com os relatórios de cravação das estacas pela empresa contratada, devendo conter informações sobre:

· diâmetro da estaca;· comprimento real da estaca abaixo da cota de arrasamento;· suplemento utilizado – tipo e comprimento;· desaprumo e desvio de locação;· características do equipamento de cravação;· negas ou repiques no final de cravação e na recravação, quando houver;· controle de qualidade (o fabricante deve apresentar os resultados de ensaios

de· resistência do concreto das estacas, nas várias idades, bem como a curva de

interação· flexocompressão e flexotração do elemento estrutural. Em cada estaca deve

constar a data de sua moldagem;· deslocamento e levantamento de estacas por efeito de cravação de estacas

vizinhas;· anormalidades de execução.

Em cada estaqueamento deve-se elaborar o diagrama de cravação em pelo menos 10%das estacas, sendo obrigatoriamente incluídas aquelas mais próximas aos furos desondagens.Os relatórios de cravação tornam-se essenciais para análise das negas atingidas, doscomprimentos cravados e dos desaprumos finais pelo consultor. Comparar a profundidade cravada com a sondagem.Checar durante a cravação se a integridade da estaca não foi afetada. No caso de quebras de estacas durante a cravação deve ser verificado junto ao consultor qual a melhor solução. Convocar o consultor de fundações sempre que necessário, independente da rotina daobra.

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PAREDE DIAFRAGMA E ESTACA BARRETE

A parede diafragma consiste na execução de painéis de concreto armado ou não, atravésescavação do terreno com utilização de lama bentonítica para estabilização das paredesdas escavações por equipamentos apropriados e de acordo com projeto de fundaçõeselaborado.A parede diafragma/estaca barrete é feita por “Clam-shell” acionado hidraulicamente ou por cabos de aço. O “Clam-shell” fica pendurado em um guindaste pesado que promovesse as manobras tanto de giro como de subida e descida, além de acionar os cabos ou sistemas hidráulicos.A execução de uma parede-diafragma obedece à seguinte sequência:

a) Execução de mureta-guia

A mureta-guia servirá para definir o perímetro da obra e de guia para ferramenta deescavação (“clam-shell”), auxilizando na centralização da estaca bem como para namanutenção da verticalidade (prumo).Para execução de parede diafragma, deve ser usada mureta-guia de concreto ou aço comdimensões 50 mm maiores do que a parede projetada, com profundidade enterrada de nomínimo 1m.

b) Escavação e preenchimento simultâneo da estaca com lama bentonítica

Uma vez iniciada a escavação é desejável que esta seja contínua até sua conclusão,mantendo-se severo controle da verticalidade e da velocidade de descida e subida dacaçamba, de maneira a evitar ao máximo o impacto do equipamento com a lamabentonítica na descida, assim como a sucção provocada pela velocidade excessiva desubida do equipamento ocasionando grandes desmoronamentos.Conforme se remove o solo, lança-se mais lama bentonítica para manter estabilizadas asparedes do furo. O nível de lama na escavação deve ser mantido acima do nível de águado terreno, no mínimo 2 m de diferença de nível.A lama bentonítica possui características importantes que interferem diretamente naestabilidade pelo fato desta se manter em suspensão por um longo período, capacidade de formar nos vazios do solo e superfície lateral da escavação uma película impermeável.A empresa contratada deverá fazer ensaios na lama bentonítica ao prepará-la e ao término da escavação de cada estaca, verificando: densidade, viscosidade, pH, cake e teor de areia. As tolerâncias se encontram no item c abaixo.

c) Troca ou tratamento da lama

Concluída a escavação é necessário realizar a limpeza do fundo da escavação da estaca,removendo lama com características viscosas para desarenação ou sua substituição porcirculação, mantendo sempre o furo integralmente preenchido pela lama. Depois de

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desarenada a lama, é realizada ensaios de verificação de sua qualidade.As amostras devem ser retiradas do fundo das estacas para realização dos seguintesensaios de campos:

Densidade – pelo método da balança de lama verifica-se a densidade da lama que deve variar de 1,025 a 1,10 g/cm³.

Viscosidade – pelo método do funil de Marsh verifica-se a viscosidade da lama. A lama deve levar de 30 a 90 segundos para passar pelo funil.

pH – utilizando-se do papel de pH verifica-se o pH da lama que deve variar de 7 a 11 na escala do papel.

Cake – No ensaio por filtragem, deverá formar um “cake” com espessura de 1 mm a 2mm. Esta espessura deverá ser determinada ao menos uma vez por partida de bentonita.

Teor de areia - pelo método da Bureta Graduada verifica-se o teor de areia da lama que não deve passar de 3%.

Este circuito consiste no lançamento de lama limpa no topo da perfuração e obombeamento da lama usada no fundo da escavação. No caso da desaneração, a lamacircula através de uma bomba que por centrifugação separa as partículas mais pesadas(areia) do restante.

d) Colocação de chapa junta e armadura

As juntas entre painéis são “juntas secas” do tipo “macho/fêmea”, que são colocadas nasextremidades dos painéis antes da concretagem.Concluída a escavação, a limpeza do fundo da estaca e a colocação da chapa-junta,instala-se a armadura e o tubo tremonha. A armadura deverá estar montada de acordo com o projeto específico e ser colocada no local de maneira cuidadosa, centralizada edirecionada através de roletes espaçados e distribuídos, evitando movimentos bruscostendo como consequência eventuais desbarrancamentos e ou impregnação da armadurapelo terreno e garantir um recobrimento da armadura mínimo de projeto.A armadura não deverá permanecer submersa na lama bentonítica por um intervalo detempo maior que 2 horas e deverá possuir alças para que seu içamento não comprometasua integridade. Estas alças também são necessárias para que se possa manter aferragem suspensa. Se necessário esta armadura poderá ser travada com ajuda devergalhões ou através de solda.

e) Concretagem

A concretagem da parede diafragma é do tipo submerso; inicialmente é descido um tubo de aço denominado tubo tremonha até ficar cerca de 30 cm acima do fundo da escavação. Na sua parte superior é colocado um funil através do qual é lançado o concreto diretamente do caminhão betoneira ou da bomba, no caso do concreto bombeado. O concreto sendo mais pesado que a lama bentonítica vai empurrando-a para

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cima sendo que no topo da perfuração é instalada uma bomba que irá recalcar a lama de volta ao silo para seu aproveitamento na escavação da próxima lamela.

Estacas e Lamelas devem ser concretados no mesmo dia da escavação. Caso nãoaconteça, no dia seguinte proceder a escavação de no mínimo mais 1 metro, e concretarem seguida.O concreto a ser empregado deve ser extremamente plástico para que possa fluir comfacilidade pelo tubo tremonha e poder preencher a escavação, portanto deve ser usadobrita nº 1, slump de 20+/- 2. cm e consumo de cimento 400 Kg/m³.Deve-se dar atenção especial à concretagem, pois esta deve ser contínua, uma veziniciada não é possível a sua interrupção pois o tubo tremonha não pode ser retirado dedentro da massa de concreto. Um outro cuidade é de que o tubo tremonha, durante aconcretagem fique sempre imerso em pelo menos 1,5 metro dentro do concreto, esteprocedimento é necessário para que não venham a ocorrer juntas e descontinuidades nocorpo da estaca.

f) Retirada da chapa-juntaApós o término da concretagem, no início do processo de pega, deve ser retirada a chapajunta.A execução de uma parede-diafragma inicia-se por painéis chamados “primários ouiniciais”, que são executados utilizando-se duas juntas colocadas em uma em cadaextremidade do painel, antes da concretagem.Em seguida são executados os painéis “secundários ou seqüências”, ao lado dos painéis já existentes; neste caso coloca-se apenas uma junta na extremidade oposta ao painelexistente, antes da concretagem.Finalmente, executam-se os painéis de “fechamento” sem chapa-junta, necessariamenteentre 2 painéis existentes.Quando por algum problema executivo surge uma dúvida quanto a integridade do concreto da parede diafragma, deverá ser verificado junto ao consultor, a necessidade deinvestigações, sondagens rotativas ou execução de ensaios tipo “PIT” para a liberação das estacas.

É obrigatório o fornecimento do diário de obra com os relatórios de escavação econcretagem das paredes-diafragma pela empresa contratada, devendo conterinformações sobre:

largura e profundidade real da estaca executada;

desvios de locação;

características do equipamento de escavação;

especificação e controle de qualidade dos materiais utilizados (concreto);

consumo dos materiais por estaca e comparação trecho a trecho do consumo real em relação ao teórico;

controle do posicionamento da armadura durante a concretagem;

anormalidades de execução;

Page 12: Descrição da obra

anotação rigorosa dos horários de início e fim da escavação;

anotação rigorosa dos horários de início e fim da concretagem;gráfico da subida do concreto; dados de controle das características da lama bentonítica.

BLOCOS E VIGAS BALDRAMES

Como análise inicial, conferir a excentricidade das estacas para locação do bloco e se osmomentos gerados estão dentro dos limites dimensionados. Caso não liberado, surge anecessidade de vigas alavancas/equilíbrio, que devem ser dimensionadas pelo projetistaestrutural.As cotas de arrasamento das estacas estão previstas em projeto e o consultor deve orientar para evitar a profundação do bloco, mantendo o mínimo de contato entre estaca x concreto do bloco. Lembrar que só estaca com diâmetros superiores a 60 cm é que podem ser arrasados por rompedor, as menores devem ser manuais.

Se executados sem forma chapiscar as paredes laterais para se manter a integridade de suas dimensões e garantir espaçamento da ferragem.Torna-se primordial a conferência das medidas, eixos, verificação da limpeza do lastro,armação e forma para que a aderência entre os materiais seja perfeita.Se constatado nível d’água nas cotas dos blocos, verificar a necessidade de contratação de empresa para rebaixamento de lençol freático.Prever a armação de vigas baldrames, de travamento ou alavancas/equilíbrio antes dasconcretagens dos blocos. Existe a necessidade de liberação prévia das excentricidades por parte do consultor para evitar a furação posterior dos blocos para chumbamento de ferros de vigas alavancas/equilíbrio.A conferência do eixo dos arranques dos pilares e seus gastalhos deverão ser feitos antes da concretagem partindo-se do gabarito.Os blocos que tiverem as suas dimensões iniciais modificadas devem ser previamenteautorizados pelo calculista estrutural para execução.Recomenda-se dar prioridade aos blocos referentes às colunas da projeção do corpo do prédio.Através dos resultados dos relatórios de ensaios de concreto acompanhar se os mesmos se encontram dentro do especificado em projeto, se haverá necessidade de análise do calculista, extração de concreto ou possível reforço.

a) Vigas Alavancas/Equilíbrio:

Quando o consultor das fundações constatar a necessidade de vigas alavancas/equilíbrio ele estudará a solução de menor custo, ou seja, blocos mais próximos ou aproveitamento de vigasbaldrames já existentes. Enviar a solução adotada para o calculista estrutural que dimensionará as mesmas quanto às dimensões e armações.A concretagem dos blocos e vigas baldrames não deve ser executada sob chuvas torrenciais.

Page 13: Descrição da obra

ESTACA FRANKI

Crava-se no solo um tubo de aço, cuja ponta é obturada por uma bucha de brita. A cravação é feita através da bucha.Verificar o prumo do tubo durante a cravação da estaca.Atingida a profundidade estimada e a nega adequada, o tubo é preso, através de cabos no equipamento, e a bucha expulsa por golpes do pilão e fortemente socada contra o terreno, de maneira a formar uma base alargada.Uma vez executada a base, inicia-se a concretagem do fuste, em camadas fortemente socadas, extraindo-se o tubo a medida da concretagem.No ato da concretagem deve ser feito um controle rigoroso do volume de concreto dentro do tubo para não ocorrer o seccionamento da estaca quando do levantamento do mesmo.Prever no canteiro lugar de estoque de materiais e local para as soldas das armações e facilidade de acesso aos demais materiais.A marcação dos eixos das Estacas Franki pode ser feita através de caixas de madeira na qual o seu interior será cravada a estaca ou se somente a marcação com anel centralizado (piquete) é suficiente.No apiloamento do concreto deve-se tomar cuidado para não ocorrer a torção da armação (uniforme e internamente livre para não ser atingida pelo pilão).Os relatórios diários de cravações tornam-se essenciais para o acompanhamento junto ao consultor.

Page 14: Descrição da obra

TUBULÃO

Toda escavação somente poderá ser iniciada com a liberação e autorização do Engenheiro deFundação ou Solo.Combinar com o consultor da fundação, a sequência dos tubulões a serem escavados.Dar preferência de início os serviços pelos tubulões referentes aos blocos de poço de elevadorpor serem geralmente os mais fundos e demorados de serem executados e com maioresprobabilidades de desbarrancamento em épocas de chuva.Em seguida a programação de abertura dos tubulões deve atentar quanto à circulação docaminhão betoneira no terreno, pois o lançamento direto torna muito mais ágil as concretagens. Só após concretagem dos anteriores é que iniciamos asescavações dos intercalados.O equipamento de descida e içamento de trabalhadores e materiais utilizados na execução detubulões a céu aberto devem ser dotados de sistema de segurança com travamento, sendo que devem ser atendidos os seguintes requisitos:

a) Sistema de ventilação por insuflação de ar por duto. O ar deve ser captado em local isento de fonte de poluição, caso contrário adotar filtro. Deve-se garantir de 10 a 20 renovações de ar por hora;

b) Sistema de sarilho fabricado em material resistente e com rodapé de 0,20 m em sua base fixo no terreno, dimensionamento conforme a carga e apoiado com no mínimo 0,50 m em relação à borda do tubulão;

c) Cobertura translúcida tipo tenda, com película ultravioleta, sobre montantes fixados ao solo, quando necessário;

d) Isolar, sinalizar e fechar os poços no término e intervalos da jornada de trabalho;

e) Paralisação imediata das atividades de escavação dos tubulões no início de chuvas;

f) Utilização de iluminação blindada e a prova de explosão.

Se atingida a cota necessária em projeto e for encontrado algum tipo de poço antigo ou regiõesem aterro, escavar até se atingir o terreno natural.Os tubulões devem ser conferidos um a um em suas medidas de projeto, qualidade do solo elimpeza pelo consultor das fundações que irá liberar para concretagem ou solicitar algumacerto antes da mesma. O consultor também deve orientar quanto à segurança dos posseirosem solos de fácil desbarrancamento, alertando quanto à necessidade de anéis de concreto ounão.A escavação de tubulões a céu aberto, alargamento ou abertura manual de base e execuçãode taludes deve ser precedida de sondagem ou de estudo geotécnico local, sendo:

O diâmetro mínimo para a escavação de tubulões a céu aberto é de 0,80 m;

O diâmetro de 0,70 m somente poderá ser utilizado com justificativa técnica do Engenheiro de Fundações ou Solo.

A liberação dos tubulões para concretagem deverá ser registrado no livro diário de fundaçõespelo consultor de solos.

Page 15: Descrição da obra

Recomenda-se que o lançamento do concreto seja executado por meio de um “funil” queameniza a desagregação do concreto, podendo ser vibrado em sua cabeça o que somente teráa finalidade de acabamento. Aqui a conferência da cota torna-se necessária tanto paraarrasamento correto dentro do bloco e se evitar quebras posteriores ou complementações deconcreto.Para se facilitar o trabalho da limpeza das cabeças dos tubulões que até a execução do blocopodem estar todas cobertas de lama, no dia seguinte à concretagem cobri-los com montes deareia que é bem mais fácil de ser retirada.Verificar com consultor se há especificação diferente para os tubulões de divisa quanto àarmação ou cotas de apoio que irão garantir a sua estabilidade.Através dos resultados dos relatórios de ensaios de concreto acompanhar se os mesmos seencontram dentro do especificado em projeto, se haverá necessidade de análise do calculista,extração de concreto ou possível reforço.