desastres naturais em morretes - 2011
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Trabalho destinado à disciplina de Introdução à pesquisa, do curso de Agronomia da Universidade Federal do Paraná. Orientado pelo Professor Doutor Francisco José Pereira de Campos Carvalho. Participantes da banca de avaliação o próprio professor e a Professora Maura Regina Franco. Alunas da disciplina, Debora Priscila Duarte Prado de Almeida, Brena Thais Morais de Oliveira, Fernanda Gomes Assunção Schmidt, Barbara Cristina Dias Schlichting.TRANSCRIPT
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INTRODUÇÃO
Em nosso país ocorrem inúmeros desastres naturais, fenômenos estes
imprevisíveis, porém existem diversos estudos que tem como fim amenizar os
danos causados por estes desastres, por meio do desenvolvimento de novas
tecnologias e sistemas de prevenção.
Em março de 2011, um evento extremo de chuvas atingiu algumas
cidades costeiras do estado do Paraná. Entre os desastres naturais gerados
nesta ocasião, destacam-se os deslizamentos de terra que atingiram a cidade
de Morretes. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é analisar e relatar as
áreas como eram e como ficaram após esse desastre, através de estudos da
região.
Além da análise das áreas, o presente trabalho visa tratar de tecnologias
e sistemas de prevenção de deslizamentos, sendo que considerar-se-á
deslizamento um termo genérico, usado para descrever o movimento
dedescida do solo, de rochas e material orgânico, sob o efeito da gravidade, e
também a formação geológica resultante de tal movimento.
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1. DESASTRES NATURAIS
Um desastre natural é uma catástrofe que ocorre quando um evento
físico muito perigoso (tal como uma erupção vulcânica, um sismo, um
desabamento, um furacão, inundação, incêndio, ou algum dos outros
fenômenos naturais) provoca direta ou indiretamente danos extensos à
propriedade, faz um grande número de vítimas, ou ambas. Em áreas onde não
há nenhum interesse humano, os fenômenos naturais não resultam em
desastres naturais. (www.wikipedia.org/wiki/Desastre_natural, 2012).
Um desastre é um rompimento social que pode afetar um indivíduo, uma
comunidade, ou um país.
A extensão dos danos à propriedade ou do número de vítimas que
resulta de um desastre natural depende da capacidade da população a resistir
ao desastre. (www.wikipedia.org/wiki/Desastre_natural, 2012).
Um evento extremo pode ser conceituado como uma anomalia ou desvio
de comportamento de um padrão médio ou habitual. Os eventos de origem
climática/ meteorológica respondem por mais 85% dos eventos extremos no
planeta (SANT’ANNA NETO, 2005).
Conforme Marengo (2005) um evento climático extremo pode ocorrer em
forma de enchente, seca prolongada, ondas de calor, tufões e tornados. Em
uma escala temporal, estes eventos podem varias desde dias até milênios.
Entretanto, para as atividades humanas, os eventos relacionados à
meteorologia (escala temporal curta) e ao clima (escala temporal média),
devido aos seus fortes impactos, configuram-se como os mais importantes.
A ocorrência de um evento extremo em áreas vulneráveis ou de risco,
pode se transformar em um desastre natural (SANT’ANNA NETO, 2005). Logo,
a combinação/interação entre o evento extremo e as atividades humanas é que
caracterizam um desastre natural.
Um deslizamento ou escorregamento de terra é um fenômeno de
ordem geológica e climatológica que inclui um largo espectro de movimentos
do solo, tais como quedas de rochas, falência de encostas em profundidade e
fluxos superficiais de detritos.
Uma inundação pode ser o resultado de uma chuva que não foi
suficientemente absorvida pelo solo e outras formas de escoamento, causando
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transbordamentos. Também pode ser provocada de forma induzida pelo
homem através da construção de barragens e pela abertura ou rompimento de
comportas de represas. (www.wikipedia.org/wiki/Desastre_natural, 2012).
As inundações podem também ocorrer em função do derretimento
da neve acumulada durante o inverno em locais com invernos frios e úmidos,
tais como regiões montanhosas.
A inundação representa o transbordamento das águas de um curso
d’água atingindo áreas de várzea, enquanto que alagamento é um acúmulo
momentâneo de água em determinados locais devido à precariedade dos
sistemas de drenagem. (www.wikipedia.org/wiki/Desastre_natural, 2012).
Tempestades de areia, de gelo, de granizo, de raios estão entre
fenômenos passíveis de ocasionar desastres naturais.
Enchentes são definidas pela elevação do nível d’água no canal de
drenagem devido ao aumento da vazão, atingindo a cota máxima, mas sem
extravasar. As enxurradas, por sua vez, referem-se ao escoamento superficial
concentrado e com alta energia de transporte, que pode ou não estar
associado a áreas de domínio dos processos fluviais.
(www.wikipedia.org/wiki/Desastre_natural, 2012).
Em estudo sobre a vulnerabilidade socioambiental no sul do Brasil,
Ultramari e Hummell (2010) analisaram dados de ocorrências de acidentes
naturais e valores de Índice de Desenvolvimento Humano por município
(IDHm), concluindo que em áreas com fragilidade física e ambiental também
coexistem sociedades com maior vulnerabilidade socioeconômica. Os autores
também verificaram a inexistência de planos e políticas entre os estados do sul
do Brasil relativos à prevenção de desastres, inclusive sobre fenômenos
recorrentes.
Para que se possa ter um planejamento adequado sobre as medidas
preventivas que deverão ser adotadas diante dos possíveis impactos, é
necessário que se conheçam as causas e consequências de um desastre.
Dessa forma, o ciclo de gerenciamento de desastres envolve três fases
distintas: antes, durante e depois. Na fase “antes” à ocorrência dos fenômenos
que podem causar desastres, enfoca-se a análise de riscos, obras, políticas
públicas, educação, previsão, sistema de alerta. No “durante”, ou seja, na fase
emergencial, devem estar previstas a assistência e socorro às vítimas do
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desastre, evacuação, limpeza, segurança e abrigos. E no “depois”, estão
relacionadas às atividades de serviços essenciais, avaliação de danos,
reconstrução e bem-estar da população.
O Sistema de Defesa Civil possui uma estrutura organizacional em nível
federal, estadual e municipal, com diretrizes e planos de ação para
atendimentos emergenciais em todo território nacional. Porém os estudos
sobre prevenção aos desastres naturais recebem importância secundária,
apesar de já haver conhecimento técnico suficiente para que se possa dar
suporte às ações de riscos ambientais. (Defesa Civil www.defesacivil.pr.gov.br,
2012).
Outro fator intimamente relacionado aos riscos de desastres ambientais
refere-se ao desrespeito para com a legislação ambiental, principalmente no
tocante às questões que envolvem as áreas de preservação permanente
(APPs) como matas ciliares no entorno de rios, lagos e reservatórios, e as
encostas íngremes, que são suscetíveis a inundações e escorregamentos e se
tornam terrenos com alto potencial de riscos quando ocupados. A chuva tem
sido o elemento do clima que provoca as transformações mais rápidas na
paisagem, comumente no verão, quando as precipitações ocorrem de forma
concentrada, podendo resultar em tragédias, principalmente em áreas de alta
concentração urbana. Com a chuva, são deflagrados outros fenômenos que
podem se transformar em desastres, tais como vendavais ou tempestades,
enchentes ou inundações graduais, enxurradas ou inundações bruscas e
escorregamentos ou deslizamentos. (Lopes (2012) Análise de um evento
extremo: Antonina e Morretes).
Conforme mostra a literatura, um desastre natural é um evento físico
perigoso que prejudica indivíduos, e todos são passíveis de desastres. Para
diminuir o risco da ocorrência de um desastre natural, é necessário saber o que
se deve fazer para evitar que isso possa ocorrer como, respeitoao meio
ambiente através de cumprimento da legislação ambiental em relação às APPs
(áreas de preservação permanente).
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1.1. DESLIZAMENTOS
Com a ruptura do solo de uma encosta causada por algum fator de risco.
O agente causador mais conhecido são as chuvas, tão comuns no verão. Mas
também há outros, como terremotos, erupções vulcânicas e vibrações
causadas por máquinas. Deslizamentos são fenômenos naturais: podem
ocorrer mesmo que a área esteja com sua vegetação intacta. E a presença
humana tem efeito grave na ocorrência desses deslizamentos. Mas as
ocupações irregulares feitas em morros e encostas facilitam sua ocorrência e
aumentam os estragos. Um exemplo deste fenômeno de deslizamento pode
ser visto na figura 1.
A vegetação ameniza o impacto das gotas da chuva e suas raízes
ajudam a estabilizar o solo, plantas de raízes profundas e parte aérea leve,
sem estragos quando cair. Como exemplo, as gramíneas. Pois quando há ação
do vento, não ocorre tanto transporte de terra.
Ao deslizar, esses sedimentos caem na via de drenagem, e quando se
tem terraços ou algum impedimento em nível, a ação desse deslizamento se
torna menos crítico.
1.2. DEPOSIÇÃO DE SEDIMENTOS
A utilização dos solos para a agricultura e dos recursos hídricos para os
mais variados fins, de forma intensa, tem mostrado a crescente importância da
quantificação, no tempo e no espaço, da produção, transporte e deposição de
sedimentos nas bacias hidrográficas.
O avanço da agricultura e o aumento da utilização do solo neste setor de
forma não planejada, com a remoção de sua cobertura vegetal e subsequente
exposição deste às intempéries, ocasionam alterações no meio natural,
provocando um aceleramento no processo de erosão do solo, que trás
consequências negativas e por vezes desastrosas devidas sua forte influência
sobre o regime hidrológico e sedimentológico de uma bacia hidrográfica.
O estudo e a compreensão dos fatores que integram o processo de
erosão do solo e a quantificação das perdas de solo são de grande
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importância, pois servem como ponto de partida para elaboração de medidas
que visem a maximização do uso dos recursos hídricos disponíveis, para que
se possa evitar os efeitos negativos decorrentes da produção, transporte e
deposição de sedimentos. Na figura 2 é possível visualizar o efeito da erosão e
o transporte de sedimentos.
Existem modelos matemáticos na literatura, que são utilizados para
estimar grandezas físicas, estes descrevem as principais respostas da bacia à
precipitação, tais como produção de água e sedimentos (Li, 1974). Estes
modelos apresentam características e objetivos distintos, o que acarreta maior
ou menor nível de precisão nos resultados e nos dados de entrada (Goldenfum,
1991). Portanto, uma avaliação destes modelos se faz necessária, para que se
conheçam esses diferentes enfoques, de modo que se possa desenvolver,
escolher e utilizar, conforme cada caso e as necessidades do usuário, o melhor
modelo. Porém, deve-se sempre lembrar que todo modelo, por mais complexo
que seja, é uma simplificação, uma simulação da realidade, devendo, portanto,
ser utilizado dentro das condições e limites estabelecidos para seu uso
racional.
1.3. IMPORTÂNCIA DOS SEDIMENTOS
Os tipos de problemas causados pelos sedimentos dependem da
quantidade e da natureza dos sedimentos, fatores estes que são dependentes
dos processos de produção, transporte e deposição, o que equivale dizer que
os sedimentos causam três tipos de prejuízos: no local de origem, no trecho
onde transitam e no local de sua deposição.
Somado a redução do potencial de produtividade dos solos devido a
perdas da camada fértil e de fertilizantes presentes no solo, do recobrimento de
áreas agricultadas por sedimentos estéreis e do encharcamento das mesmas
resultantes da obstrução de drenos naturais, tem-se a presença significativa de
sedimentos nos cursos d'água que ocasionam vários problemas, afetando a
operação de obras como reservatórios barragens e canais, que como
consequência afetam a geração de energia elétrica, o amortecimento de cheias
e a regularização dos cursos d'água. Ocasionam ainda a diminuição da
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capacidade de armazenamento de reservatórios e açudes; favorecem a
poluição física e química da água prejudicando a sua qualidade para o
consumo humano, uso industrial e agrícola, aumentando os custos para seu
tratamento e também causando danos à vida aquática; causam entupimentos
em canais de irrigação e drenagem e assoreamento de canais de navegação.
A deposição desses sedimentos na calha dos rios eleva seu leito trazendo por
conseqüência a elevação dos níveis d'água, facilitando o transbordamento da
calha e a inundação de áreas ribeirinhas.
O conhecimento da concentração de sedimentos em suspensão (massa
de sedimento em suspensão na água por unidade de massa da mistura por
unidade de volume) é importante para a avaliação das conseqüências da
intervenção humana na bacia hidrográfica (erosão devido ao desmatamento,
atividades agrícolas ou de mineração), no assoreamento de barragens, para o
caso de estuários, no estudo do escoamento de canais de acesso e berços de
atracação em portos.
Num diagnóstico sedimentológico realizado na bacia do rio São
Francisco, mostrou que o aumento da produção de sedimentos está sendo 4
causado pela urbanização e mineração na bacia, pelo aumento de áreas
agrícolas para a produção de alimentos e pela construção de estradas, aliados
a presença de fortes chuvas.
Estudos sobre os custos dos impactos decorrentes da remoção não
controlada de sedimentos de bacias hidrográficas dos Estados Unidos da
América apontaram prejuízos anuais fora das áreas cultivadas (portanto, sem
abranger os prejuízos decorrentes da falta de conservação do solo) de US$ 6.8
bilhões, aos quais se somam outros US$ 2.2 bilhões decorrentes da erosão
das lavouras.
Estimativas mais recentes citadas pela ABRH (1991) indicam que o
quadro poderia ser ainda mais preocupante: os prejuízos orçariam em US$ 20
bilhões por ano para a América do Norte, dos quais US$ 12 bilhões
corresponderiam a prejuízos nas áreas cultivadas e US$ 8 bilhões ao restante
das bacias.
O estudo e a compreensão dos fatores que integram o processo de
erosão do solo e a quantificação das perdas de solo são de grande
importância, pois servem como ponto de partida para elaboração de medidas
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que visem à maximização do uso dos recursos hídricos disponíveis, sem os
efeitos negativos decorrentes da produção, transporte e deposição de
sedimentos.
1.4. O PROCESSO EROSIVO
A perda de solo que ocorre na área de uma bacia hidrográfica está
diretamente relacionada com o uso e manejo do solo, e os sedimentos
originam-se de um processo de erosões que geralmente ocorrem no solo por
diferentes formas de ação. Erosão é um processo que envolve trabalho, onde
a energia para tal é fornecida pelo impacto das gotas de chuva que caem sobre
a superfície do solo e pelo fluxo de água que escoa superficialmente sob a
ação da gravidade.
Dentre as várias formas de erosão existentes na natureza, a que merece
maior importância é a provocada pela ação da água das chuvas, denominada
erosão hídrica, que existente na bacia hidrográfica, diminui a capacidade
produtiva do solo e é responsável pela produção de sedimento.
Dentre as principais formas de erosão hídrica, pode-se destacar a
erosão por embate ou pelo impacto da chuva, a erosão laminar, a erosão em
sulcos e voçorocas, erosão em queda, erosão subterrânea e a erosão que
ocorre ao longo do leito e das margens dos rios e canais. A erosão hídrica é
um processo constituído por três fases: desagregação da partícula do solo,
transporte e deposição da mesma.
A desagregação se refere ao desprendimento da partícula sólida do
meio da qual faz parte. É causada principalmente pela ação do impacto da gota
da chuva sobre as partículas (agregado) presentes na superfície do solo. Essa
fase apresenta como resultado final uma massa de partículas sólidas expostas
à ação do escoamento superficial, que é decorrente das águas da chuva que
não se infiltraram no solo e que não sofreram o processo de evaporação que é
responsável pelo transporte desse material.
O transporte desse material arrancado se dá por fluxo de massa, na
forma de rolamento, deslizamento ou arraste da partícula, por suspensão ou
por ambas as maneiras. Quando o efeito do impacto da gota da chuva sobre o
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solo move suas partículas desagregadas a certas distâncias e em todas as
direções o transporte pode ser dito por salpico.
Finalmente, quando o aporte de sedimentos excede a capacidade de
transporte, há a deposição deste material em locais relativamente mais baixos,
que podem ser depressões naturais do terreno ou reservatórios de água como
rios, lagos, açudes ou represas, concluindo assim o processo erosivo.
Alguns sedimentos são depositados apenas temporariamente, pois
eventos subsequentes podem suspendê-los novamente e movê-los através do
sistema de transporte.
No caso da floresta, houve um excesso de sedimentos. Esses processos se
evidenciaram a partir do acidente, em março de 2011.
1.5. DESASTRES NATURAIS NO PARANÁ
Segundo a Defesa Civil do Estado do Paraná, de 1980 até 14 de abril de
2011 foram registrados 4.550 desastres, sendo que deste total 29,56%
referem-se a vendavais ou tempestades, 14,11% a enchentes ou inundações
graduais, 8,02% a enxurradas ou inundações bruscas e 1,82% a
escorregamentos ou deslizamentos. (IAPARDES (2011) Vulnerabilidade de
Municípios do Paraná aos riscos de desastres naturais).
No mapa 1, é apresentado o número de ocorrências totais de desastres
por municípios. Tanto neste mapa como nos outros que serão mostrados a
seguir as cores mais escuras indicam maior número de ocorrências. Nesse
mapa, os municípios mais críticos fazem parte das grandes aglomerações
urbanas do Estado: Curitiba, Ponta Grossa, São José dos Pinhais,
Guarapuava, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu, incluindo-se
também a região litorânea.
No mapa 2, é apresentada a espacialização das ocorrências de
desastres ocasionados por vendavais. Apesar de apresentarem valores
diferentes, os mapas 1e 2 mostram-se bastante semelhantes, sugerindo que
os municípios com maiores ocorrências de vendavais influenciam
significativamente os valores totais de ocorrências (mapa 1), exceção ao
município de São José dos Pinhais e região litorânea.
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As ocorrências de enchentes apresentam outra conformação (mapa 3),
com maiores incidências nos municípios de União da Vitória, São Mateus do
Sul e Rio Negro, na região sudeste, e nos municípios de Querência do Norte,
Porto Rico, São Pedro do Paraná e Marilena, no noroeste às margens do rio
Paraná.
Quanto às enxurradas, os municípios que mais registraram esse tipo de
desastre encontram-se na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), como
Almirante Tamandaré (13 ocorrências), Colombo(11), São José dos Pinhais
(11) e Curitiba (10).
Na região do litoral, o município de Morretes apresenta as maiores
ocorrências com 9 registros (mapa 4).Apesar de os últimos registros de
escorregamentos terem acontecido com intensidades catastróficas na região
litorânea do Estado, no município de Morretes, a maior frequência desse tipo
de desastre tem apresentado uma série histórica bastante concentrada na
RMC, principalmente nos municípios de Almirante Tamandaré (9) e Rio Branco
do Sul (22) – mapa 5. (IAPARDES (2011) Vulnerabilidade de Municípios do
Paraná aos riscos de desastres naturais).
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MAPA 1 – OCORRÊNCIAS TOTAIS POR MUNICÍPIO DE TODOS OS
TIPOS DE DESASTRES NO ESTADO DO PARANÁ 1980-2011
MAPA 2 – OCORRÊNCIAS DE VENDAVAIS POR MUNICÍPIO NO ESTADO DO
PARANÁ 1980-2011
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MAPA 3 – OCORRÊNCIAS DE ENCHENTES POR MUNICÍPIO NO ESTADO
DO PARANÁ 1980-2011
MAPA 4 – OCORRÊNCIAS DE ENCHURRADAS POR MUNICÍPIO NO
ESTADO DO PARANÁ 1980-2011
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MAPA 5 – OCORRÊNCIAS DE ESCORREGAMENTO POR MUNICÍPIO NO
ESTADO DO PARANÁ 1980-2011
1.6. DESASTRE NATURAL NO LITORAL PARANAENSE
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Observa-se que entre os dias 10 e 12, a estação de Morretes registrou
537mm de chuva. Estes volumes são superiores a média histórica para o mês
de março, que fica entre 250 e 350mm. Nota-se a ocorrência do evento
extremo, com anomalia positiva mais significativa na cidade de Morretes.
(Lopes (2012) Análise de um evento extremo: Antonina e Morretes).
O evento foi resultado de um conjunto de fatores. O que gerou o evento
foi uma área de instabilidade, que desde o momento de sua formação esteve
sobre as cidades. Esta instabilidade foi favorecida pela atuação de um cavado
com significativa amplitude e fortes ventos. Verificou-se também um gradiente
vertical considerável de temperatura entre o nível médio e baixo da atmosfera,
favorecendo o desenvolvimento vertical da área de instabilidade. A estes
fatores, somou-se a ocorrência foi um gradiente de pressão no Oceano
Atlântico, promovendo o transporte da umidade do oceano para o continente.
Esta situação foi verificada em outros momentos, porém, atribuiu-se como fator
diferenciado a forte advecção de leste/nordeste, com ventos em torno de 6 a
8m/s acima da média, o que levou ao significativo acumulado de chuva (INPE,
2011).
O desastre natural causado pelo evento extremo gerou marcas
profundas na sociedade e economia paranaense. Devido à queda de barreiras
e pontes, ficaram totalmente interditadas as rodovias: BR-277, única rodovia de
ligação entre a capital Curitiba e o porto de Paranaguá, este o segundo maior
do país; BR-376, que faz a ligação Paraná – Santa Catarina; PR-408 - liga
Morretes a BR-277. (Lopes (2012) Análise de um evento extremo: Antonina e
Morretes).
Conforme mostra o quadro, no que se refere a pessoas e residências
afetadas, a cidade de Morretes foi mais atingida.
Serviços básicos como abastecimento de água, telefonia e energia
elétrica, em alguns casos ficaram suspensos. As redes de água e energia
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elétrica não podiam ser restabelecidas, porque as equipes da COPEL
(Companhia Paranaense de Energia) e da SANEPAR (Companhia de
Saneamento do Paraná) não conseguiam se deslocar até os locais.
O evento extremo que atingiu Morretes, devido às perdas sociais e
econômicas, levou à ocorrência de um desastre natural.
As perdas poderiam ser amenizadas, ou até mesmo evitadas, com um
adequado planejamento do uso da terra. Entretanto, nas áreas mais atingidas,
a comunidade de floresta (Morretes), verifica-se a reocupação de parte dos
imóveis e lotes em áreas de risco.(Lopes (2012) Análise de um evento extremo:
Antonina e Morretes).
Na região de Morretes, se encontra um ambiente com características
favoráveis à ocorrência de fenômenos naturais, que propiciam chuvas fortes e
isoladas, que causam esses desastres.
2. GERENCIAMENTO AMBIENTAL
O gerenciamento ambiental no Paraná possui a seguinte estrutura,
quando ocorre um desastre natural (emergência), há um estudo do caso e
ações realizadas em conjunto da Prefeitura com a Defesa Civil do Paraná,
algumas entidades como CODAPAR, IPAGUAS, DER, e também ONGs
auxiliam no atendimento a essas emergências, como também voluntários
(próprios moradores de onde ocorreu o desastre), para ajudar as vítimas e
tentar restaurar o local.
O Sistema de Defesa Civil possui uma estrutura organizacional em nível
federal, estadual e municipal, com diretrizes e planos de ação para
atendimentos emergenciais em todo território nacional. Defesa Civil
www.defesacivil.pr.gov.br, 11/9/2012).
O Plano de Contingência é um documento onde estão definidas as
responsabilidades estabelecidas no município, para atender a uma emergência
e também contêm informações detalhadas sobre as características da área ou
sistemas envolvidos. É um documento desenvolvido com o intuito de treinar,
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organizar, orientar, facilitar, agilizar e uniformizar as ações necessárias às
respostas de controle e combate às ocorrências anormais. Desde o início de
setembro de 2011, a Defesa Civil Estadual, está acompanhando e auxiliando
as Coordenadorias Municipais de Defesa Civil – Comdec's do litoral com a
formatação do plano, um município por semana estava recebendo os
profissionais as devidas orientações e possíveis ajustes. (Defesa Civil
www.defesacivil.pr.gov.br, 11/9/2012).
Os técnicos realizam em conjunto com as Comdec's os levantamentos
de dados e recursos disponíveis e as ações operacionais a serem
desenvolvidas na necessidade de aplicação do Sistema de Comando de
Operações – SCO. (Defesa Civil www.defesacivil.pr.gov.br, 11/9/2012).
2.1. GERENCIAMENTO AMBIENTAL REALIZADO NA ÁREA DA
FLORESTA
Como ações imediatas, inicialmente no dia 11/03 foram enviadas 120
caixas de água potável (48 copos de 200 ml cada), sendo 80 delas levadas ao
hospital local e 40 deixadas para distribuição pela defesa civil. No sábado (12),
tão logo o acesso rodoviário foi liberado, foram deslocados de Curitiba 4
caminhões-pipa carregados para distribuição de água à população em locais
indicados pela Defesa Civil.
No período da tarde do dia 12, a Copel restabeleceu o fornecimento de
energia e o abastecimento de água passou a operar com atendimento parcial à
população devido ao alto consumo e vazamentos identificados posteriormente,
causados por danos a algumas tubulações.
A partir do dia 13, com o abastecimento da sede do município já
normalizado, 2 dos 4 caminhões-pipa passaram a atender as áreas isoladas do
município não atendidas pela rede pública de água potável, cujos poços foram
contaminados pelas enchentes.(SANEPAR).
Logo após a tragédia Codapar começou a atuar no município de
Morretes, conforme acordado entre Diretoria da CODAPAR, DEFESA CIVIL,
PREFEITURA, IPAGUAS, DER e outras entidades envolvidas.
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Os trabalhos foram concentrados na manutenção e melhorias de acessos na
localidade de Floresta, local em que os prejuízos foram de maior intensidade,
considerada a urgência em viabilizar ações diversas e essenciais.
A CODAPAR manteve sob constante acompanhamento de técnicos os
serviços realizados, mantendo ainda uma interatividade com as demais
instituições envolvidas, buscando sempre a solução de problemas.
Os serviços que a CODAPAR realiza são de drenagem, com limpeza de canais
e de bueiros existentes, totalmente assoreados, remoção de solos moles,
limpeza e cascalhamento da estrada previamente liberada pela Defesa Civil. O
trabalho é de difícil execução uma vez que a partir do momento em que a pista
permitiu o trânsito de veículos, o cuidado com os trabalhos teve que ser
redobrado. (CODAPAR). Como pode ser visto na figura3, foram também
utilizados fragmentos de rochas do deslizamento para realizar o
cascalhamento.
O Governo iniciou retirada de madeira de rios do Litoral. Um grupo de
trabalhadores retirou a madeira acumulada nos rios Jacareí e Miranda, no
Litoral do Paraná, durante o período de chuvas de março. O objetivo era retirar
aproximadamente 42 mil metros estéreis de material lenhoso, que será
revendido para produção de energia e para marcenarias. Parte da renda obtida
com a madeira será revertida ao Provopar Estadual, que espera arrecadar R$
1,2 milhão para atender emergencialmente 200 famílias que viviam nas áreas
afetadas pelas enchentes e deslizamentos de terra e hoje estão em situação de
vulnerabilidade social nos municípios de Morretes, Antonina, Paranaguá e
Guaratuba. (Defesa Civil www.defesacivil.pr.gov.br, 20/6/2011). Na figura 4
pode ser visto um local de deposição de madeira.
Por meio de um convênio com a Secretaria de Estado do Meio
Ambiente, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) vai fiscalizar toda a operação
de limpeza e retirada da madeira. O IAP é responsável por emitir o Termo de
Apreensão e o Documento de Origem Florestal, para que a empresa possa
transportar e vender a madeira retirada da Biodiversidade (ICMBio), órgão
ambiental do governo federal ligado ao Sistema Nacional de Unidades de
Conservação. (PROVOPAR - Programa do Voluntariado Paranaense).
Ações realizadas:
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Trecho: BR 277 – Floresta.
Período: 08/04/11 á 20/04/11.
Ação: Retirada de entulho e recomposição de pavimento.
Trecho: BR 277 – Sambaqui – Morro Alto.
Período: 08/04/11 á 18/04/11.
Ação: Transporte de equipamentos, patrolamento, recuperação de pista,
remoção de entulho, execução de bueiro. (Defesa Civil
www.defesacivil.pr.gov.br).
MORRETES/ANTONINA
Trecho:
• Rodovias Estaduais PR 410 (de São João da Graciosa até o entroncamento
coma PR 408),
• Rodovias Estaduais PR 340 (do entroncamento com a PR 408 até Cacatu)
Período: Março/11.
Ação: Remoção de barreira mecanizada, execução de valeta para
recomposição de adutora, reconstrução de bueiro (escavação, colocação de
aterro). (Defesa Civil www.defesacivil.pr.gov.br).
LIMPEZA DE RIOS - O Instituto das Águas do Paraná prossegue com a
limpeza e desobstrução dos rios da bacia dos rios Jacareí, no Distrito de
Floresta, em Morretes, região mais afetada pelo desastre natural, e dos rios
Miranda e Santa Cruz, em Paranaguá. O material está sendo levado para uma
área que não oferece risco à infraestrutura e às comunidades locais e poderá
ser usado para construções.
Para minimizar o impacto de novas enchentes, o instituto das Águas do
Paraná está realizando a limpeza e desassoreamento de mais de 100
quilômetros de rios, córregos e canais nos municípios de Antonina, Morretes,
Paranaguá, Matinhos e Pontal do Paraná. O investimento nesta parte das
obras é de R$ 2,1 milhões. (Defesa Civil www.defesacivil.pr.gov.br).
ATIVAÇÃO DA ECONOMIA - Paralelamente aos trabalhos para
recuperar a infraestrutura da região litorânea, o Governo do Estado lançou uma
linha de crédito a juros baixos para ajudar a estimular a economia local e
garantir a manutenção de empregos. Foram ofertados R$ 5 milhões em crédito
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para micro e pequenos empreendedores, agricultores familiares e pequenas
empresas. Mais de R$ 3,2 milhões foram aprovados, beneficiando projetos de
137 empresas, que envolvem aproximadamente 650 empregos em municípios
da região. (Defesa Civil www.defesacivil.pr.gov.br, 2012).
2.3. PLANO EMERGENCIAL AMBIENTAL
A emergência ambiental é uma ameaça súbita ao bem estar do meio
ambiente ou à saúde pública devido à liberação de alguma substância nociva
ou perigosa ou, ainda, devido a um desastre natural.
O plano contempla a identificação dos cenários emergenciais (situação
crítica, acontecimento perigoso ou incidente) capazes de desencadear
processos emergenciais e a proposição de ações/procedimentos para
contingenciar o incidente. Aplicado a todos que desejam estar preparados para
enfrentar uma emergência ambiental e reduzir os danos ambientais/materiais.
É baseado em um processo inicial de reconhecimento e identificação
de riscos, através de técnicas mundialmente consagradas como APP – Análise
Preliminar de Perigo e HAZOP – HazardandOperabilityStudies;
São estabelecidos procedimentos de respostas específicos para cada cenário
identificado, bem como procedimentos para atenuar os acidentes, que envolve
o acionamento de outros órgãos, limpeza de áreas externas atingidas,
materiais e recursos necessários, coleta e disposição do material derramado,
etc.;
Além da definição de procedimentos de emergência o Plano prevê o uso de
materiais e equipamentos específicos para o atendimento emergencial,
contemplando desde absorventes orgânicos, sintéticos, barreiras de contenção
e kits de atendimento até a composição de brigadas de emergência.
Destacando São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
2.3.1. São Paulo.
2.3.1.1. Cubatão-SP
20
2.3.1.1.1. Região
“O município de Cubatão abrange terrenos de uma vasta planície
sedimentar, quase ao nível do mar, com ação fluvial e marinha, e a encosta da
serra, com suas escarpas e morros isolados. O Polo Industrial, aí instalado a
partir da década de 50, ocupa uma área de cerca de 10 km², localizando-se
junto ao sopé da Serra do Mar.” (Degradação ambiental e gerenciamento de
riscos, Agnes Fernandes)
2.3.1.1.2. Plano emergencial
“O Plano de Emergência, atualmente denominado Plano de
Contingência, consiste de um rol de medidas preventivas visando minimizar os
riscos e eventuais efeitos de corridas de massa, que, originadas nas encostas
da Serra do Mar, viessem a atingir as indústrias, provocando a liberação de
produtos perigosos (inflamáveis, tóxicos e explosivos).”
Pode-se dizer que o Plano de Emergência compreende três campos
básicos de atuação.
O primeiro consiste no estabelecimento de um sistema de previsão da
possibilidade de ocorrência de fenômenos destrutivos nas encostas voltadas
para o polo industrial, o que se traduz por um acompanhamento sistemático
tanto da precipitação pluviométrica, quanto da possibilidade de ocorrência de
chuvas na região (metereologia), e pela determinação da correlação entre
precipitação pluviométrica e escorregamentos.
O segundo campo de atuação está relacionado à análise das plantas
industriais do polo, especialmente no que se refere ao armazenamento,
transporte e manipulação dos produtos, e a posição das indústrias em relação
as encostas e aos núcleos habitacionais.
O terceiro campo diz respeito a integração das informações e sua
sistematização na forma de um Plano de Defesa Civil.
(Degradação ambiental e gerenciamento de risco; Agnes Fernandes)
2.3.1.2. Rio Tiete
21
Em 1991, o governador de São Paulo Luiz Antonio Fleury Filho,
ordenou à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo que se
comprometesse a estabelecer um programa de despoluição do rio e montou
um projeto de recuperação do rio. Como pode ser visto na Figura 7 a poluição
do rio.
Passados quase vinte anos, a despoluição do Rio Tietê ainda está muito
aquém dos níveis desejados, mas já foram feitos progressos animadores. No
final da década de 1990, a capacidade de tratamento de esgotos foi ampliada:
a Sabesp realizou a ampliação da capacidade de tratamento da Estação de
Tratamento de Esgotos de Barueri, a vinte quilômetros a jusante do município
de São Paulo e inaugurou as estações de tratamento de esgoto Parque Novo
Mundo, São Miguel e ABC[5], que ficam a montante do município de São Paulo.
Porém, segundo especialistas em saneamento ambiental e engenharia,
apesar dos investimentos efetuados, a poluição difusa da região metropolitana,
composta por chuva ácida, poeiras, lixo e resíduos de veículos (vazamentos de
fluidos de óleos, resíduos de pastilhas de freios, entre outros) continuará indo
para as galerias de águas pluviais sem tratamento, pois esta rede não está
conectada com a rede de esgotos: o rio, depois de todo o projeto de
despoluição implantado, apresentará indicadores técnicos e ambientais muito
superiores aos atuais, porém esteticamente a percepção da qualidade das
águas não será tão grande por parte da população, sendo necessário um
trabalho de esclarecimento à população.
Além da poluição, o Rio Tietê também é célebre por outro grande
problema ambiental: as inundações provocadas por enchentes.O Rio Tietê
sempre foi rio de meandros e portanto para a construção das avenidas
marginais foi necessária uma retificação de seu curso natural. Como pode ser
visto na Figura 8 o novo curso do rio e a marginal.
Governantes e técnicos, ao longo das últimas décadas, não fizeram a
manutenção adequada da calha do rio e em alguns casos tomaram medidas
tecnicamente erradas, como tentar desassorear o rio em plena época
das chuvas. Há casos documentados em que dragas retiravam material do
fundo do rio e o depositavam justamente na área de inundação do rio alguns
quilômetros adiante, o que fazia o rio Tietê perder completamente a capacidade
de absorver as enchentes. Com qualquer chuva, mesmo pequena, a enchente
22
acabava inundando as ruas e as casas próximas.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Tiet%C3%AA, última modificação 15/03/2013).
As obras de ampliação da Marginal do Tietê não dispõem de um plano
de emergência em casos de alagamentos, como o que paralisou a mais
importante artéria viária de São Paulo no temporal de terça-feira. A exigência
existe. Consta do Parecer 127, emitido em 19 de março pela Câmara Técnica II
do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
(Cades). A empresa Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), responsável
pela execução do projeto, diz que o plano de emergência ainda está em fase
de elaboração, uma vez que a exigência do Cades começaria a vigorar só após
a conclusão das obras. (http://noticias.limao.com.br/geral/ger117008.shtm,
11/07/2009)
2.3.2. Medidas do plano emergencial 2012/2013 realizado em Minas Gerais
Regiões: TRIÂNGULO MINEIRO, ALTO PARANAÍBA, OESTE, SUL, CAMPO
DAS VERTENTES, ZONA DA MATA E RMBH
A Coordenadoria Estadual Defesa Civil de Minas Gerais alerta para a
possibilidade de eventos adversos, conforme abaixo:
Devido à alta umidade e ao avanço de uma frente fria que se desloca e
favorece condições a ocorrências de chuva moderada a forte,acompanhadas
de rajadas de ventos e descargas atmosféricas, no período da tarde do dia 13
até às 24h00min.Fonte: SIMGE/ IGAM.
2.3.3 Recomendações:
As Coordenadorias Municipais de Defesa Civil, COMDEC, deverão
desencadear as ações previstas em seus planos de contingência, com vistas à
redução de desastres.
A população deverá ser alertada quanto ao risco de alagamentos,
quedas de árvores e deslizamentos de encostas. Devem ser especialmente
reforçadas as orientações para que as pessoas adotem comportamentos
23
seguros. Entre outros, não transitar em áreas alagadas (a pé ou de carro),
observar sinais de encharcamento e movimentação do solo das encostas,
abandonar suas residências preventivamente, não colocar em vias públicas
qualquer lixo ou materiais que possam comprometer o escoamento de águas
pluviais.
(Plano nº 04/2012 de emergência pluviométrica – Defesa civil Minas
Gerais 20/10/2012)
2.4. A DEFESA CIVIL RIO DE JANEIRO
A Prefeitura do Rio realiza mensalmente, desde julho de 2011,
exercícios simulados em todos os locais que têm o Sistema de Alerta e Alarme
instalado (Figura 9). Em 2011, 67 comunidades receberam o sistema, com 220
pontos de apoio e 165 estações de sirenes, alcançando 16.458 famílias
(imóveis). Atualmente 103 comunidades já receberam o sistema. O Morro do
Borel foi o primeiro a receber o serviço. (http://www0.rio.rj.gov.br/defesacivil/
02/03/2013).
2.5. PLANO DE CONTINGÊNCIA
A Cidade do Rio de Janeiro, em função de suas características
geológicas e geográficas já representa, por si só, uma região passível de
ocorrência de precipitações pluviométricas intensas e suas possíveis
implicações.
Some-se a isso, uma cidade bastante adensada que teve um
crescimento desordenado durante décadas. Além disso, diversas construções
foram executadas em áreas de risco, grande parte delas em morros e encostas
sujeitos a deslizamentos. Como mostra a Figura 10, as principais áreas de
riscos do Morro do Borel.
Face o exposto, nosso município, que historicamente é assolado por chuvas
fortes e/ou prolongadas, tem sofrido com a ocorrência de inundações e
deslizamentos de encostas.
24
Para a Defesa Civil Municipal do Rio de Janeiro, os Deslizamentos de
Encostas são o maior problema decorrente das chuvas fortes, em virtude dos
Danos Humanos (mortos e feridos) causados por este desastre. Muito embora
não possamos deixar de atuar na Prevenção, Preparação, Resposta e
Reconstrução para todos os outros tipos de desastres, o principal foco deste
órgão está na Proteção Comunitária, em especial dos moradores das áreas de
Alto Risco de Deslizamentos.
Desta forma, visando garantir a integridade física dos moradores de
áreas de alto risco, a Defesa Civil desenvolveu o Plano de Desocupação do
Município do Rio de Janeiro. Este plano tem por objetivo estabelecer
procedimentos e preparar a desocupação rápida e segura dos moradores em
caso de ocorrência desses eventos.
A política de procedimentos do Plano de Desocupação visa deslocar
temporariamente as pessoas para locais seguros - denominados Pontos de
Apoio - para que, em caso de chuva forte, permaneçam resguardados. É
importante destacar que a função de tais Pontos de Apoio não é a de servir
como abrigo, mas como locais de passagem, onde os moradores permaneçam
apenas por um curto período e garantam sua proteção. Ressalta-se, ainda, que
a opção mais indicada é a casa de amigos ou parentes (desde que seja em
local seguro).
A desocupação da comunidade se dará com base no Sistema de Alerta
e Alarme Comunitário para Chuvas Fortes, que em sua última instância conta
com o Sistema de Alarme por Sirenes.
Convém esclarecer, que o presente documento refere-se ao Plano de
Contingência específico da Subdec (Subsecretaria de Defesa Civil), que é
complementado pelos Planos de Acionamento e Mobilização (com os mapas e
informações pertinentes de cada uma das comunidades) e pelos Planos
Operacionais.
A coordenação das ações a Nível Municipal, antes, durante e após a
emergência, será coordenada pelo Centro de Operações Rio. A definição dos
órgãos e instituições integrantes do Sistema, bem como suas atribuições estão
descritas no Plano d/e Emergências da Cidade.
(Defesa civil Rio de janeiro http://www0.rio.rj.gov.br/defesacivil/ 02/03/2012)
25
2.6. MORRETES - PR
O mapeamento geológico-geotécnico, que abrange uma área de 1.800
quilômetros quadrados na porção leste da Serra do Mar e contém um mapa de
riscos é outra medida importante para evitar ou minimizar os efeitos de
desastres naturais no Litoral. Ele apresenta as áreas de risco por tipo de
ocupação, e a suscetibilidade para acidentes na área mapeada
DEFESA CIVIL — O major Antonio Hiller, da Coordenação da Defesa Civil do
Paraná, disse que o governo está trabalhando no aperfeiçoamento do sistema
estadual de gerenciamento de riscos de desastres.
O projeto inclui a Rede Paranaense de Monitoramento Hidrometeorológico
(Repanh), que será formada por 22 novas estações metereorológicas (além de
14 já existentes), com recursos do governo estadual. Estão sendo feitas
gestões junto à Agência Nacional de Águas, para a instalação de outras 40
unidades, boa parte delas na região litorânea.
Também está em desenvolvimento um sistema de detecção precoce de
deslizamentos e um sistema de alerta e alarme, que poderá ser acionado
remotamente a partir de dadas condições, como a quantidade de chuva
acumulada ou a previsão de novas chuvas a partir de informação de um radar
meteorológico, que a Defesa Civil está tentando adquirir.
(http://www.matinhos.pr.gov.br/prefeitura/noticiafinal.php?controle=540 13/02/2
013)
3. TECNOLOGIAS DE PREVENÇÃO DE DESLIZAMENTOS
ENCONTRADOS
Existem alguns tipos de medidores usados para auxiliar na prevenção dos
deslizamentos de terra. Serão mencionados alguns exemplares, como
sensores hidromecânicos, sensores de ondas e sensores sem fio, na revisão à
baixo.
26
3.1 SENSORES ACÚSTICOS
3.1.1 Hidromecânico
Por este modelo hidromecânico (figura 11), é possível, por modelos
constitutivos e de elementos finitos, prever o ponto crítico de deslizamento de
solos insaturados sob condições de permeabilidade e infiltração de chuva.
Deformações desviadas são observadas na iminência do colapso, com
compressão das regiões na montante da massa deslocada, e na parte inferior
da zona colapsada. O que permite buscar zonas de interesse para
monitoração. (Ref.: Alvim, R. Tecnologias para prevenção de deslizamentos de
terra).
3.1.2. Sensor sob a terra- Ondas
O sistema de detecção consiste de uma rede de sensores enterrados
por toda a encosta ou talude que apresenta risco de colapso (figura 12).Os
sensores, que funcionam como se fossem microfones no subsolo, registram a
atividade acústica do terreno em toda a encosta. Cada sensor transmite um
sinal para um computador central para análise, de onde pode ser disparado o
alarme em caso de necessidade.
O alarme tanto pode ser uma sirene, no caso de áreas povoadas, quanto
de mensagens de texto para as autoridades responsáveis, permitindo-lhes
paralisar o trânsito em rodovias ou acionar o departamento de obras para
tentar estabilizar o solo.
O próximo passo da pesquisa é miniaturizar o sistema e incorporar a
capacidade de processamento nos próprios sensores, dispensando o uso de
um computador central, o que permitirá o uso do sistema em locais
remotos.(Ref.: Novos sistemas de alerta preveem de terra e chuvas intensas- O
que há de novo)
27
3.1.3. Sensor de ondas
Neste estudo, buscou-se identificar o deslizamento pela monitoração de
ondas de choque e controle de vibrações na iminência do colapso. (Ref.: Alvim,
R. Tecnologias para prevenção de deslizamentos de terra) (figura 13).
3.1.4. Tecnologia ADCP - Acoustic Doppler Current Profiler
Avançado instrumento que mede a vazão, automaticamente, por meio
acústico do efeito Doppler. (Ref.: Equipe de Hidrologia da DRHI/SDS, Itaipu
Binacional e Epagri vão às áreas de risco para medir vazão) (figura 14 e 15).
3.1.5. Sensores sem fios
Com a ajuda de alpinistas para instalar uma série de sensores especiais
para captar os mínimos movimentos.Os dados obtidos pelos aparelhos são
enviados em tempo real, através de tecnologia sem fios, para o laboratório a
pouco menos de cem quilômetros em linha reta. O objetivo é gravar os sons
emitidos pela rocha durante a ocorrência de fraturas internas.
Dois sistemas foram implantados em diferentes pontos para analisar
melhor o comportamento da montanha.Cada um deles é composto por
sensores que trabalham de forma independente e automática. Em uma
pequena caixa, chamada de unidade inteligente, são dez no total, existem
três sensores para medir o alargamento da fratura - oito servem para
monitorar a inclinação da parede, três captam as microrrupturas na estrutura
da rocha, e outros quatro desempenham funções secundárias. (figuras 16 e
17)
O processo é semelhante ao do sismógrafo, usado para medir a
intensidade de um terremoto.
28
3.2. PREVENÇÃO E PREVISÃO DE DESLIZAMENTOS
3.2.1. Análise de Mapa
A análise de mapa é geralmente um dos primeiros passos em uma
investigação de deslizamento de terra. Mapas necessários incluem superfície
rochosa e geológica, topografia, solos e, se disponível, mapas de
geomorfologia. Usando o conhecimento dos materiais e processos geológicos,
uma pessoa treinada pode obter uma idéia geral de suscetibilidade a
deslizamentos analisando tais mapas. (O Manual de Deslizamento- Um guia
para compreensão de deslizamento- Pg. 59)
3.2.2. Reconhecimento Aéreo
A análise de fotografias aéreas é uma técnica rápida e valiosa para
identificar deslizamentos, porque fornece uma visão geral de três dimensões do
terreno e indica as atividades humanas, bem como possui muitas informações
geológicas para uma pessoa treinada. Além disso, a disponibilidade de muitos
tipos de imagens aéreas (por satélite, infravermelho, radar, e assim por diante)
torna o reconhecimento aéreo muito versátil, embora de custo proibitivo em
alguns casos. (O Manual de Deslizamento- Um guia para compreensão de
deslizamento- Pg. 59)
3.2.3. Reconhecimento de Campo
Muitos dos sinais mais sutis de movimento de massa não podem ser
identificados nos mapas ou fotografias. Com efeito, se uma área possui floresta
densa ou foi urbanizada, mesmo as principais características podem não ser
evidentes. Além disso, as características de deslizamento mudam ao longo do
tempo em um talude ativo. Assim, o reconhecimento de campo é sempre
obrigatório para verificar ou detectar características de deslizamento e para
avaliar criticamente o potencial de instabilidade de taludes vulneráveis.
Ele identifica as áreas com deslizamentos no passado (o que poderia
indicar a probabilidade futura de deslizamentos) utilizando o mapeamento de
campo e testes laboratoriais do terreno, através da amostragem de solo e
29
rocha. Mapeamento e análises laboratoriais, por exemplo, podem identificar
solos de argila vulneráveis ou outros solos sensíveis e mostrar onde eles
existem, seu tamanho e extensão. (O Manual de Deslizamento- Um guia para
compreensão de deslizamento- Pg. 60)
3.2.4. Perfuração
Na maioria dos locais, a perfuração é necessária para determinar os
tipos de materiais que constituem o solo do talude, bem como a profundidade
em relação à superfície de deslizamento, a espessura e geometria da massa
de deslizamento, o nível freático e o grau de perturbação dos materiais
presentes.
Também pode fornecer amostras adequadas para estimativa de idade
do solo e testar as propriedades de engenharia dos materiais presentes no
deslizamento. Finalmente, a perfuração é necessária para a instalação de
alguns instrumentos de acompanhamento bem como de poços de observação
hidrológica. Observe que a perfuração para obtenção de informações sobre a
estratigrafia, geologia e níveis freáticos e para a instalação de instrumentos,
por exemplo, também é feita para asáreas que nunca tiveram um deslizamento,
mas onde a possibilidade existe. (O Manual de Deslizamento- Um guia para
compreensão de deslizamento- Pg. 60)
3.2.5. Instrumentação
Métodos sofisticados, como a medição eletrônica de distância (MED),
instrumentos como inclinômetros, extensômetros, medidores de tensão,
epiezômetros (ver glossário para definições destes instrumentos), e técnicas
simples, como estabelecimento de pontos de controle por estacas podem ser
usados para determinar a mecânica do movimento de deslizamento e para
monitorar e alertar contra riscos de ruptura iminente da encosta. (O Manual de
Deslizamento- Um guia para compreensão de deslizamento- Pg. 60)
30
3.2.6. Estudos geofísicos
Técnicas geofísicas (medição de condutividade / resistividade elétricado
solo, ou medição do comportamento sísmico induzido) podem ser usadas para
determinar algumas características do subsolo, tais como a profundidade das
rochas, as camadas estratigráficas, zonas de saturação, e às vezes o nível
dolençol freático do solo.
Essas técnicas também podem ser usadas para determinar a textura,
porosidade, grau de consolidação de materiais do subsolo e a geometria das
unidades envolvidas. Na maioria dos casos, esses métodos de levantamento
da superfície podem ser melhor utilizados para complementar as informações
deperfuração, prolongando e interpolando dados espacialmente entre os furos.
Eles também podem oferecer uma alternativa no caso da perfuração ser
impossível. Métodos geofísicos de perfuração (nuclear, elétrica, térmica,
sísmica) também podem ser aplicados para determinar as medidas detalhadas
em um poço. Monitoramento das emissões acústicas naturais de movimento de
solo ou de rocha também tem sido utilizado em estudos de deslizamento.(O
Manual de Deslizamento- Um guia para compreensão de deslizamento- Pg. 60)
3.2.7. Imagem e Perfis Acústicos
Perfis de leitos de lagos e rios, e do fundo do mar, podem ser obtidos
utilizando técnicas acústicas, como sonar de varredura lateral e de perfil
sísmico subterrâneo. Levantamento das redes controladas, com uma
navegação precisa, pode render perspectivas de três dimensões de fenômenos
geológicos subaquáticos. Técnicas modernas e de alta resolução são usadas
rotineiramente nas áreas de plataforma marítimas para mapear riscos
geológicos para a engenharia de plataforma marítima.(O Manual de
Deslizamento- Um guia para compreensão de deslizamento- Pg. 61)
3.2.8. Análise Computadorizada de Deslizamento de Terrenos
Nos últimos anos, a modelagem computacional de deslizamentos de
terra tem sido utilizada para determinar o volume das massas de deslizamento
31
e as alterações na expressão e na seção transversal da superfície ao longo do
tempo. Essa informação é útil no cálculo do potencial de bloqueio do fluxo, do
custo de remoção de terra deslizada (com base em volume) e do tipo e
mecanismo do movimento. Estão sendo desenvolvidos métodos muito
promissores que usam modelos digitais de elevação (MDEs) para avaliar
rapidamente as áreas e sua suscetibilidade a deslizamentos de terra / fluxo de
detritos. Os computadores também vêm sendo usados para realizar análises
complexas de estabilidade. Softwares para esses tipos de estudos estão
prontamente disponíveis para computadores pessoais. (O Manual de
Deslizamento- Um guia para compreensão de deslizamento- Pg. 61).
3.2.9. Diagnóstico de análise
Após a análise de todos os dados inicialmente coletados, a equipe
técnica deve chegar a um ‘’diagnóstico’’, da área composta por:
Probabilidade de ocorrência de um evento, cujo tamanho e localização
causariam vítimas, danos ou rompimento de um padrão existente dasegurança.
Localização e extensão esperadas dos efeitos do evento sobre o solo, as
estruturas ou as atividades socioeconômicas.
Estimativa da gravidade dos efeitos sobre o solo, as estruturas ouatividades
socioeconômicas.
32
4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
A partir dos estudos e do observado, foi possível concluir que os
moradores do bairro Floresta estavam com suas propriedades em locais
corretos em relação às leis ambientais, porém todos são passíveis de um
desastre natural e este foi mais acentuado pela falta de um plano de prevenção
na região.
1) Ao invés do esperado, após o deslizamento ocorrido no bairro
Floresta, a produção melhorou, pois a sedimentação deixada pela inundação
deixou o solo mais fértil. Além disso, poucas famílias saíram de lá, e as que
ficaram continuam produzindo e vivendo em comunidade. Um exemplo da boa
produção pode ser visto na figura 5.
2) O ideal seria que os planos de prevenção de acidentes e desastres
naturais fossem o principal foco de preocupação e desenvolvimento de estudo,
em seguida os planos de gerenciamento ambiental e ações pós-desastres.
3) Nas áreas que ficaram com o solo exposto pelo deslizamento e
erosão, há necessidade de implantar vegetação como gramíneas, espontâneas
da região, árvores com raízes profundas, visando recomposição e estabilização
do solo.
Acompanhamentos técnicos devem continuar sendo realizados no bairro
Floresta, buscando reestruturar o local, a vida dos habitantes e sua
produtividade, assim como cuidados necessários à proteção do meio ambiente.
33
5. REFERÊNCIAS
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pesquisar-submit=&action=results(Acesso em 14/02/13)
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(Acesso em 14/02/13)
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naturais.
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terra (15/02/2013).
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http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=rede-
(Acesso em 07/03/2014) (15/02/2013).
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alerta-por-celular&id=040175100408 (Acesso em 28/02/2014)
34
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=brasil-
ganha-sistema-de-alerta-contra-desastres-naturais&id=010125080714 (Acesso
em 28/02/2014)
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=centro-
monitoramento-alertas-desastres-naturais&id=01017511070 (Acesso em
28/02/2014)
Ref.: Alvim, R. Tecnologias para prevenção de deslizamentos de terra.
O Manual de Deslizamento- Um guia para compreensão de deslizamento
Equipe de Hidrologia da DRHI/SDS, Itaipu Binacional e Epagri vão às áreas de
risco para medir vazão.
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http://www.sidec.sp.gov.br/dcs/menlink3.php?men=2824 (Acesso em
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Tiet%C3%AA(Acesso em10/03/2013)
SANT’ANNA NETO, J.L., 2005. Eventos climáticos extremos e impactos
socioambientais:
a vulnerabilidade da América Latina em questão. X Encontro de Geógrafos
da América Latina (EGAL). São Paulo/SP.
35
MARENGO, J.A., Mudanças climáticas, condições meteorológicas extremas e
eventos climáticos no Brasil, in: MARENGO, J.A.; SCHAEFFER, R.; PINTO,
H.S.; ZEE, D.M.W. Mudanças climáticas e eventos extremos no Brasil.
Fundação brasileira para o desenvolvimento sustentável – FBDS. Disponível
em: <http://fbds.org.br/fbds/IMG/pdf/doc-504.pdf>.
INPE – INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. Análise de um
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CPTEC/INPE, 2011. Disponível em
http://www.cptec.inpe.br/noticias/noticia/16905
IAPAR – INSTITUTO AGRONÔMICO DO PARANÁ. Cartas climáticas do
Estado do Paraná. Londrina/Pr, 2000.
36
ANEXOS 1:
Figura 1: Deslizamento na montanha.
Figura 2: Rochas do deslizamento.
Figura 3: Fragmentos de rochas do deslizamento.
37
Figura 4: Troncos de árvores mortas.
Figura 5: Plantação de cebolinha. Uma das culturas produzidas na
região.
Figura 6: Árvores mortas pela inundação.
38
Figura 7: Rio tiete. (Fonte: http://blogs.estadao.com.br/afra-balazina/dia-do-rio-
tiete/?doing_wp_cron=1362767076.8216700553894042968750).
Figura 8: Rio tiete (Fonte: http://blogs.estadao.com.br/afra-balazina/dia-
do-rio-tiete/?doing_wp_cron=1362767076.8216700553894042968750).
Figura 9: A comunidades do Borel, na Tijuca –RJ conta com o Sistema de
Alerta e Alarme para chuvas fortes.
39
Figura 10: Defesa Civil do Rio de janeiro.
Figura 11: Modelo hidromecânico de comportamento do solo nas encostas
carregadas.
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Figura 12: O ruído gerado pelo movimento de terra sob a superfície aumenta gradativamente conforme a inclinação torna-se instável. Assim, medir o aumento da taxa de som gerado permite uma previsão exata de um colapso catastrófico do solo. [Imagem: EPSRC]
Figura 13: Mecanismo de funcionamento do sensor-Equipamentos para monitoração da vibração da massa
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Figura 14: Aparelho Doppler embarcado para medir vazão por meio acústico de efeito doppler, medindo fluxos de água nas áreas de risco do vale do Itajaí.
Figura 15: Aparelho ADCP em operação na seção transversal do Rio Itajaí Mirim, bacia do Itajaí.
Figura 16: Sistemas sendo instalados
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Figura 07: Sensor