desastres da região serrana (jan/2011)
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Relatório Técnico do Governo do Estado do RJ sobre as consequências das chuvas sobre a Região Serrana em janeiro de 2011.TRANSCRIPT
MEGADESASTRE DA SERRA
JAN 2011
PRODUÇÃO DO SERVIÇO GEOLÓGICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E DE PESQUISADORES DA PUC-RIO, UFRJ E UERJ.
Diagnóstico do Risco a Escorregamentos no
Estado Nov/Dez 2010
PLANO DE EMERGÊNCIA FRENTE A
ESCORREGAMENTOS GENERALIZADOS
1. Listagem das ações de prevenção e
remediação levadas a termo por todas as
secretarias;
2. Reconhecimento de que as mesmas estão
longe de garantir uma melhoria da situação
de risco, e que nos municípios atingidos
pelos desastres de Abril de 2010, a situação
hoje é pior ou melhor;
3. Ratificação ou Retificação do Cadastro de
Moradias Interditadas (via BO) e instrução
de que no caso de chuvas fortes, pelo
menos as pessoas que nelas residem
deverão ser evacuadas;
4. Montagem de grupo reduzido e específico
para comunicação em situação de crise -
emergência, de modo a garantir uma
comunicação clara e objetiva, primeiro com
a população afetada e, depois, a mídia;
5. Utilização por parte deste Gabinete de Crise
dos mapas gerados pelo DRM e, como base
para o acionamento do Alerta Máximo, dos
parâmetros utilizados pelo Alerta Rio;
6. Indicação dos pontos de concentração e
abrigo, de preferência no estádio municipal
e nas dependências das secretarias
municipais ou centros esportivos.
Parte 1
MEGADESASTRE
O QUE FOI? COMO FOI? POR QUE FOI?
MAPA DA DISTRIBUIÇÃO GERAL DAS CICATRIZES DE JAN 2011
Fatores Predisponentes
Geologia
Geomorfologia
Hidrologia de Superfície e Hidrogeologia
Clima
Fatores Efetivos
Uso e ocupação do solo – cortes e aterros;
Chuvas antecedentes;
Erosão fluvial e pluvial.
Fator Deflagrador
Chuvas tipo ‘’grande intensidade’’ em 15 minutos e
horárias
Relevo e Dinâmica
Atmosférica
Massas de ar vindas de norte,
provenientes da Zona de
Convergência do Atlântico Sul
(ZCAS)
Entrada das Massas de Ar da
ZCAS na Região Serrana do
Rio de Janeiro
Uso e Ocupação do solo - Cortes e Aterros
Estação entre Cachoeiras de Macacú e Nova Friburgo
Chuva horária em 11 e 12 de Janeiro de 2011
Fonte: INEA 2011
Precipitação Diária
Estação entre
Cachoeiras de Macacú
e Nova Friburgo
Fonte: INEA 2011
Estação entre Cachoeiras de Macacú
e Nova Friburgo
Chuva (15 minutos) - 11 de Janeiro de 2011
Fonte: INEA 2011
Estação entre Cachoeiras de Macacú e
Nova Friburgo
Chuva (15 minutos) - 12 de Janeiro de 2011
Fonte: INEA 2011
Estação Nova Friburgo entre os dias 11 e 12 de janeiro de 2011
Sistema de Alerta de Cheias da Região Serrana
Fonte: INEA 2011
Corridas de Massa de Detritos, Terra ou Lama
• Movimento semelhante à de um líquido viscoso;
• Desenvolvimento ao longo das drenagens;
• Velocidades médias à altas;
• Grandes volumes de material;
• Mobilização de blocos (pouca distância), solo ou detritos e água;
• Extenso raio de alcance: Vieira 10km; Cuiabá 18km;
• Nos talvegues encontram-se depósitos de provenientes provavelmente de corridas pretéritas (sedimentos e blocos). A concentração de águas pluviais nestes canais que provem dos taludes laterais e de áreas a montante, pode levar ao escoamento superficial de água com altas velocidades. Estas velocidades tem alto poder erosivo, expondo e eventualmente movimentando blocos ali existentes. Eventualmente à água que escoa é acrescido solo proveniente de instabilidades laterais nos taludes laterais. Estas instabilidades adicionalmente podem provocar barramentos provisórios a montante dos quais cria-se um reservatório temporário de água. Com o tempo estes barramentos são rompidos e o escoamento superficial de água prossegue com maior energia ainda.
Estação Nova Friburgo
Nível do rio intervalo em 15 minutos 11 e12 de janeiro de 2011
Fonte: INEA 2011
VALE DO CUIABÁ
VALE DO CUIABÁ
VALE DO CUIABÁ
POSSE
Imagem Google Earth 2010
POSSE
Imagem Google Earth 2010
POSSE
Imagem Google Earth 2010
VIEIRA
VIEIRA
VIEIRA
VIEIRA
VIEIRA
VIEIRA
Córrego Dantas
Hospital São Lucas
Deslizamento na Parroca
• Velocidade alta;
• Pequenos a grandes volumes de material;
• Transição Solo - Rocha, mobilizando lascas de alívio (fraturadas e alteradas);
• Deslizamentos no contato solo/rocha, na parte superior da encosta, que promovem instabilidades em cotas mais baixas a partir da energia do choque das massas em movimento.
CALEME
Imagem Google Earth 2010
CALEME
Imagem Google Earth 2010
Deslizamento tipo Catarina
• Velocidade alta; surfando no mingau;
• Pequenas espessuras na Superfície de ruptura;
• Deslizamentos controlados pelo solo residual jovem e pela subida da poropressao na base dos hollows;
• De baixo para cima, mobilizando a capa de solo maduro e vegetação.
contato solo maduro solo
residual jovem
CONQUISTA
CONQUISTA
Deslizamento Tipo Rasteira
• Velocidade alta;
• Erosão fluvial intensa;
• Mobiliza capas de Solo ou lascas de alívio (fraturadas e alteradas);
• Prossegue até a parte superior da encosta.
Deslizamento tipo vale suspenso
• Deslizamentos profundos, planares e com forma circular;
• Atingem pequenos alcances mas com grandes volumes de material;
• Ocorrem em vales ou drenagens fluviais afluentes com pronunciado desnível para o vale principal;
• Formação de trincas à medida que ocorre o entalhamento da drenagem, obedecendo à evolução do relevo.
PARTE 2
O QUE FOI FEITO NA EMERGÊNCIA
ATENDIMENTOS EMERGENCIAIS
• Determinação da fenomenologia preliminar, causas,
evolução e área de impacto;
• Delimitação da área de risco para remoção da
população;
• Obras emergenciais;
• Orientação do resgate;
• Sistema de monitoramento da área;
• Recomendações para o retorno da população.
Distribuição das cicatrizes de Escorregamento
mapeadas em Campo - Teresópolis
Em 12 de Janeiro, a equipe de geólogos do DRM esteve em Rio Claro para avaliar o risco associado à evolução do escorregamento da rua Laudelina, que está ativo, com a abertura de trincas de abatimento nos terrenos, formação de trincas de recalque em várias moradias e levantamento do pé do movimento de massa junto ao Parque de Exposição, na base do talude.
As causas do escorregamento já foram comentadas no Laudo preparado pelo DRM em Agosto de 2010; elas envolvem a presença de uma zona de cisalhamento, a forma da encosta e, principalmente, a escavação do talude do Parque de Exposição. Já o progresso do movimento de massa nestes dias se deve à elevação do nível piezométrico com as chuvas continuadas.
A vistoria permitiu delimitar a área de risco iminente (fotos 1, 2 e 3), que se estende por toda a encosta a jusante da rua Laudelina, seguindo os postes de iluminação, até a benfeitoria ocupada por um Ferro Velho, totalizando app. 30 casas e app 150 moradores.
Em caráter emergencial o DRM propõe:
A Interdição imediata de 19 casas, em complemento às 11 já interditadas pela Defesa Civil Municipal, e a evacuação de todos os seus moradores;
A proibição da circulação de veículos na Rua Laudelina;
O monitoramento da evolução do movimento, com topografia e fixação de benchmarks junto e ao longo da rua, com vistas a avaliar a necessidade de interdição das casas a montante da rua e de evacuação das moradias;
a execução de quatro (4) poços verticais, perfurados até a rocha, na área do Parque de Exposições, bordejando toda a encosta, tal como uma coroa. Os poços devem ser bombeados 24 horas por dia, com vistas a reduzir o nível piezomètrico e, desta forma, também, a velocidade do deslizamento;
Vistoria em Rio Claro 12/01
Delimitação preliminar de risco iminente
Em Discussão
Barra
Delimitação preliminar de risco iminente
Em Discussão
Barra
Delimitação preliminar de risco iminente
Em Discussão
Barra do Imbuí Teresópolis
Delimitação preliminar de risco iminente
Em Discussão
Caleme Teresópolis
Em Discussão
Delimitação preliminar de risco iminente
Em Discussão
Caminho do Camamu
Teresópolis
Delimitação preliminar de risco iminente
Em Discussão
Caminho do Camamu
Delimitação preliminar de risco iminente
Em Discussão
Posse Teresópolis
Delimitação preliminar de risco iminente
Em Discussão
Posse
Delimitação preliminar de risco iminente
Em Discussão
Salaco Teresópolis
Delimitação preliminar de risco iminente
Em Discussão
Vistoria Nova Friburgo
VISTORIAS EM NOVA FRIBURGO
Foto: 154 FR
Duas Pedras 1
Duas Pedras 3
Vistoria Preliminar Emergencial
Delimitação preliminar de risco iminente
Em Discussão
Duas Pedras 2
Série de deslizamentos planares provocados pela saturação e perda de resistência do terreno. Por possuir as mesmas características da área que sofreu os escorregamentos, a área da esquerda encontra-se em discussão.
Duas Pedras 3
Foto: 155 FR
Escorregamento provocado pela saturação e redução da resistência do solo. O deslizamento ocorreu na porção côncava da encosta, estendendo-se até a rua próxima ao rio Bengala. Nenhuma casa da rua de baixo, próxima ao rio, foi afetada pelo movimento, entretanto, estas encontram-se em situação de risco iminente .
Delimitação preliminar de risco iminente
Vistoria Preliminar Emergencial
Centro, estrada de acesso ao teleférico
Foto: 0580 FR
Vistoria Preliminar Emergencial
Delimitação preliminar de risco iminente
Escorregamentos planares antigos (canto esquerdo e central da foto) reativados pelo evento pluviométrico de janeiro de 2011. Há um risco potencial que a cicatriz central evolua para as laterais e para montante, comprometendo assim as residências no topo e na base da encosta, bem como a estrada de acesso ao teleférico.
Delimitação preliminar de risco iminente
Setor 2 Setor 1
Lazareto 1
Foto: 158 JJ
Deslizamentos planares de solo que atingiram grande extensão da encosta, podendo-se identificar dois setores de risco iminente. O principal setor (Setor 1), é composto por uma série de deslizamentos que atingiram residências posicionadas a meia encosta e na base da mesma junto ao rio. Na porção direita deste deslizamento há a ocorrência de blocos encaixados na drenagem. Da mesma forma, o setor 2 possui as mesmas condições de risco.
Vistoria Preliminar Emergencial
Rua Augusto Spinelli com Christina Ziede
Foto: 124 JJ
Deslizamento planar em solo posicionado em encosta de alta inclinação, onde houve a destruição de várias residências, vias e estruturas dos prédios posicionados na base da encosta. Há residências localizadas nas laterais e na base da cicatriz do escorregamento, que estão em risco iminente, bem como do prédio que apresenta comprometimento estrutural, conforme verificação de campo.
Delimitação preliminar de risco iminente
Em Discussão
Vistoria Preliminar Emergencial
Análise da Corrida de lama do Córrego Dantas
Sumidouro/Duas Irmãs
Delimitação preliminar de risco iminente
Sumidouro/Bananal
Delimitação preliminar de risco iminente
BOM JARDIM 1- Jardim Boa Esperança - Rua Lenilson Monteiro 2- Banquete - Rua Itamar oliveira da Silva 3- Jardim Ornelas - Em frente a Assembleia de Deus 4- Centro - Rua Manuel Alves Mesquita 5- RJ116 - km 102 6- RJ 146 - Lotemaneto Leda Dionísio 7- Buraco da Concha - Alto de São José 8- São José do Ribeirão - Serafim Gonçalves Coelho Luis 1 - Entroncamento da RJ 116 com a RJ 146 - Bairro Bem-te-vi - Margem direita do Rio Grande - deslizamento de terra associado a erosão da base do talude pelo enchente do referido rio.
A viabilidade das mesmas. Demais para locação de habitação popular e posto de saúde: 1 - Banquete - duas áreas vistoriadas 2 - Granja Dr Adelque 3 - Poço Fundo 4 - Dra Elizete 5 - São José 6 - Paulo Portela 7 - Campo Belo
PARTE 3
O QUE HAVIA ANTES NESTES MUNICÍPIOS?
Estudos anteriores de mapeamento de susceptibilidade e de risco de Teresópolis,
Friburgo, Petrópolis, etc...
1º Distrito Petrópolis
Legenda: Mapa elaborado a partir da integração temática dos mapas de
estado natural: regiões (probabilidade inicial anual de acidentes por
região), declividade, vegetação, domínios geológicos e drenagem
natural; através de algorítimo da Teoria Bayesiana.
Legenda: O Mapa de Risco, que compreende a integração do
Mapa de Suscetibilidade com o Mapa de Padrões Construtivos
(vulnerabilidade das construções) e informação de
vulnerabilidade temporal, permitiu a identificação de
aproximadamente 96 setores de risco.
(2006)
Grupo 3: Cascata Guarani, Jardim Cascata, Fazendinha, São Pedro, Bom Retiro, Araras e Fátima
Grupo 1: Granja Guarani, Av. Rotariana, Caxangá, Santa Cecília e Barroso
Grupo 2: Meudon, Jardim Meudon e Dorvalino
Grupo 5: Serrote, Corta
Vento, Agriões, Várzea, Vila
Muqui, Paineiras, Espanhol e Quinta
da Barra
Grupo 4: Tijuca, Ermitage, Artistas, Quinta Lebrão, Fonte Santa e Vale Paraíso
Grupo 6: Caleme, Jardim Salaco, Dente
de Douro, Cascata do
Imbuí
Grupo 7: Golfe, Quebra
Frascos, Posse, Granja Florestal e
Fisher
(2007)
1º Distrito Teresópolis
FLORESTA E ALTO FLORESTA
(CPRM, 2007)
PARTE 4
O QUE ESTÁ SENDO E SERÁ FEITO?
Cartografia do Risco Remanescente a Escorregamentos, na escala 1:2000, segundo a Metodologia do Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro. Nova Friburgo – SGB (CPRM) Teresópolis e demais municípios - SGERJ
Carta de Risco Iminente a Escorregamentos - Exemplo do Município de Queimados
EQUIPE
Aline Silva Bianca Vieira Bruno Pacheco Bruno Vieira Claudio Amaral Christina Mariano Debora Toci Euripedes Vargas Fares Silva Felipe Fraifeld Felipe Waldherr Francisco Dourado Gisele Motta Hanna Lamar Ingrid Lima Joana Ramalho João Batista José Araruna Juliana Rodrigues Kátia Mansur Larissa Lago Leonardo Varejão Lúcia Ferreira Luis Edmundo Luis Gomes Marcelo Santana Marcelo Motta Márcio Serrão Marcos Ferreira Marcos Pardal Marília Barbosa Murillo Peixoto Nelson Fernandes Nilton Júnior Paloma Soares Patricio Pires Paulo Guimarães Pedro Correia Pedro Hugo Rafael Correia Renato Lima Ricardo Rocha Rodrigo Paixão Sophia Corrêa Tácio de Campos Tiago Soares Tiago Marino