desafios para o ensino de crítica textual e filologia
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DESAFIOS PARA O ENSINO DE CRÍTICA
TEXTUAL E FILOLOGIA
Monitor: Rodolfo Caravana Garcia R. de Carvalho
Orientadora: Ceila Maria FerreiraProjeto: GCLP0003
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Quem aqui fez doutorado?
E mestrado?
E graduação?
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E o que teses, dissertações e monografias,
de todas as áreas, têm em comum?
Livros!
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É preciso que os alunos e pesquisadores, não só de Letras, tenham em mente
que, para que um trabalho sério seja feito com um texto, é preciso que esse texto também
tenha sido seriamente trabalhado
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Avulsos são eles, mas não vieram para aqui como passageiros,
que acertam de entrar na mesma hospedaria. São pessoas de uma só família, que a obrigação do pae fez sentar á mesma mesa. (respeito)
pae = pai (grafia atualizada)
MACHADO DE ASSIS. Papeis Avulsos. Rio de Janeiro: Typographia e Lithographia a vapor, Encadernação e Livraria Lombaerts & C., 1882.
Avulsos são eles mas não vieram para aqui como passageiros que acertam de entrar na mesma hospedaria. São pessoas de uma só família que a obrigação do pâo fez sentar á mesma meza. (ganância)
MACHADO DE ASSIS. Papeis Avulsos. Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre: W. M. Jackson Inc. Editores, 1937.
Exemplo: Papeis Avulsos, de Machado de Assis
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A que a matéria se propõe: quebrar a visão,
no aluno, de que um texto é sempre um só.
Não é. E que o trabalho do filólogo / crítico textual é de fundamental importância para todas as ciências (principalmente as ciências humanas): se um texto qualquer estiver incorreto, com partes faltando, palavras
trocadas, as conclusões alcançadas serão igualmente incorretas.
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... a disciplina Crítica Textual já apresenta um desafio no próprio nome, sendo Crítica Textual, Filologia e Ecdótica termos polissêmicos.
Porém...
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Em primeiro lugar,diferencia-se a
Crítica Textual Antiga, cujo objetivo principal é a
reconstituição do texto-base, do original, geralmente
perdido ou bastante fragmentado através de
vários séculos ou milênios, da Crítica Textual
Moderna.
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Crítica Textual Moderna
devido à abundância de originais*
*(entendidos como os manuscritos autógrafos e o texto final de uma obra)
Pode ser: Visa o estabelecimento
deste texto final, da última versão feita pelo autor;
Visa analisar seu processo de produção e distribuição, sua historicidade;
...entre outras acepções.
Aproxima-se
Aproxima-se de uma concepção de Ecdótica.
Aproxima-se de uma concepção de Filologia.
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Filologia também tem vários significados, desde suas
raízes gregas (“amigo do conhecimento”; phílos + lógos)
Pode ser:
O estudo global de uma língua e sua cultura (a Filologia Germânica ou Românica, por exemplo);
O estudo de toda a produção textual de uma determinada língua e o processo histórico dessa língua;
...entre outras acepções.
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Ecdótica
Pode ser:
Edição de textos; Preparação de textos para edição
(melhor forma para serem editados); Edição de textos a partir da crítica
textual; Crítica Textual mesmo. ...entre outras acepções.
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Uma possível abordagem, usada na UFF, por
exemplo, liga a Filologia à Crítica Textual,
entendendo-a como o estudo do processo de
produção e distribuição de um texto, assim como sua
trajetória histórica.
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Sendo a Filologia uma ciência
que estuda textos e a Linguística uma ciência que estuda a língua, elas podem ser usadas como auxiliares uma da outra, dada a proximidade e sinergia de seus objetos de estudos.
Não devem ser confundidas, porém, como às vezes acontece.
Ainda:
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Apesar de tudo isso, lembrem-se do principal
objetivo da matéria
NÃO SE TORNEM
“estudiosos que operam sobre o texto escrito [e] se contentam [com] a
primeira edição que lhes cai na mão, quando não escolhem
especificamente a mais portátil e barata” - Ivo Castro
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Blog Crítica Textual UFFhttp://criticatextualuff.blogspot.
com.br/
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Bibliografia Ementas das disciplinas Textos sobre a matéria Links interessantes Novidades ...e muito mais!
Blog Crítica Textual UFFhttp://criticatextualuff.blogspot.
com.br/
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CAMBRAIA, César Nardelli. Introdução à Crítica Textual. São Paulo:
Martins Fontes, 2005. AZEVEDO FILHO, Leodegário. A Base Teórica de Crítica Textual. 2ª
ed. Rio de Janeiro: H. P. Comunicação, 2004. CASTRO, Ivo. Miscelânea de Estudos Linguísticos, Filológicos e
Literários in Memoriam Celso Cunha. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995, pp. 511-520.
BRAGANÇA JÚNIOR, Á. A. “Filologia e Medievística germânicas metodológico-práticas”. Semana de Filologia na USP, 2007, São Paulo. Anais... São Paulo: Serviço de Divulgação e Informação, FFLCH, 2007. v. 1. p. 11-27.
CARVALHO E SILVA, Maximiano de. Crítica Textual: Conceito – Objeto – Finalidade. In: <http://maximianocsilva.pro.br/doc7.htm > (acesso em 25/09/2013).
Bibliografia
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Obrigado!