dequilíbrios externos dentro da zona euro correcção dos défices via austeridade
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Dequilíbrios externos dentro da Zona Euro Correcção dos défices via austeridade Causas dos desequilíbrios na Zona Euro: desemprego e desequílíbrios externos dentro da Zona Euro Resolução do problema de falta de procura global. Défice externo = Despesa – PIB - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
1. Dequilíbrios externos dentro da Zona Euro
2. Correcção dos défices via austeridade
3. Causas dos desequilíbrios na Zona Euro: desemprego e desequílíbrios externos dentro da Zona Euro
4. Resolução do problema de falta de procura global
Défice externo = Despesa – PIB
10€ = 110€ - 100€
Défice externo = défice s. privado + défice s.público
1999-2008:
10% PIB = 7%PIB + 3%.PIB
2009-10:
10% PIB = 0%PIB + 10%.PIB
1. Dequilíbrios externos dentros da Zona Euro
Dequilíbrios externos dentros da Zona Euro:
Com o desaparecimento do risco cambial decorrente da criação do euro,
Desde finais dos anos 1990 os países do Norte da Zona Euro fizeram,
via bancos do Sul,
Empréstimos maciços às empresas e particulares do Sul,
Que essencialmente usaram o dinheiro para comprarem importações aos países do Norte =>
- Grandes excedentes externos nos países do Norte (até 6% PIB).
- Grandes défices externos nos países do Sul (até 10% PIB):
- Reflectindo défices privados até 2008.- Que passaram a reflectir défices públicos a
partir de 2009.E que conduziram a dívidas externas muito altas (de cerca de 100%.PIB)
Nota: Défice da Zona Euro como um todo sempre próxima do equilíbrio
Este processo não podia obviamente durar indefinidamente.
E, de facto, desde 2010 o elevado nível de:
- Endividamento (público e privado)
- Défices externos
Fez com que os bancos do Norte deixassem de:
- Fazer novos empréstimos.
- Renovar os antigos empréstimos.
Não só aos governos mas também aos bancos do Sul.
Duas implicações:
- Desde 2010, os governos do Sul passaram a financiar-se junto dos bancos do Sul.
- Desde 2010, os bancos do Sul deixaram de se financiar junto dos bancos do Norte e passaram a finaciar-se junto do BCE:
- Para emprestarem às empresas e particulares do Sul.
- Para emprestarem aos seus governos (até Maio de 2011 no caso de Portugal).
Em Maio de 2011, os bancos portugueses,
por os seus activos estarem a perder valor com a queda dos preços dos TDP portuguesa,
Deixaram de emprestar ao governo português =>
=> O governo português foi obrigado a pedir o empréstimo à Troika.
O fim dos novos empréstimos aos bancos e governos do Sul implicou necessariamente a eliminação dos défices,
Havendo duas vias para isso:
- A austeridade.
- Políticas keynesianas ao nível europeu.
2. Correcção dos défices via austeridade:
Despesa – PIB = défice externo
110€ - 100€ = 10€
↓ Despesa => ↓ importações => ↓ défice externo
=> ↓ Yd => ↓ PIB => ↑ U
De modo que o défice só é eliminado a um nível mais baixo do PIB:
Despesa – PIB = défice externo
90€ - 90€ = 0€
3. Desequilíbrios na Zona Euro
(U = 11%, BC ≈ 0, mas excedentes no Norte e défices no Sul).
Estes desequilíbrios na ZE decorrem de duas causas:
1ª) Falta de procura global na Zona Euro como um todo -> U = 11% (20% no Sul, 8% no Norte).
2ª) Má distribuição dessa procura, a favor do Norte e em detrimento do Sul:
- Os défices e o desemprego mais alto no Sul reflectem baixa procura dirigida aos produtos do Sul.
- Os excedentes e o desemprego mais baixo no Norte reflectem uma procura relativamente mais elelvada dirigida aos produtos do Norte.
Se, por exemplo, 4% de toda a procura da ZE fosse magicamente desviada de produtos do Norte para produtos do Sul,
Os desequilíbrios externos das duas regiões desapareceriam.
(E o desemprego no Sul desceria para talvez 11% - nível para que talvez subiria o desemprego no Norte).
Porquê a má distribuição da procura a favor do Norte e em detrimento do Sul?
Duas razões:1ª Desde a criação do euro, os custos unitários em
trabalho no Sul aumentaram 25% em relação aos custos unitários em trabalho na Alemanha.
2ª “O efeito China”: o surgimento de novos países no comércio mundial na última década (PCLE) que:- Importam produtos do Norte.- Exportam produtos concorrentes com produtos produzidos no Sul.
Questão: Como é que a falta de procura global e a sua má distribuição podem ser resolvidas?
4. Resolução do problema de falta de procura global
Supor que a procura estava bem distribuída, e que o único problema era a falta de procura. Neste caso:
- Não existiriam desequilíbrios externos dentro da ZE.- U = 11% em todos os países, por causa da falata de
procura.
Como reduzir U para 5%?
Dado que a taxa de juro do BCE já está a zero,
a procura só podia ser aumentada através de ↑ G e ↓t em todos os países.
Mas isso não iria aumentar o défice orçamental =>↑ (DP/PIB) para níveis insustentáveis?
- Sim, se ↑ G e ↓t fossem financiados com empréstimos de bancos ou das pessoas.
- Sim, se ↑ G e ↓t fossem financiados com empréstimos do BCE, mesmo a taxa de juro zero.
- Não, se ↑ G e ↓t fossem financiados com novos euros impressos pelo BCE e dados aos governos.
Mas isso não iria aumentar a inflação?
- ↑ Π só resulta de um ↑ Ms se esta financiar um ↑ Yd acima do pleno emprego =>
U < Un => gWn > Πe= Π-1 => ↑ Π.
- Se ↑ Ms financiar um ↑ Yd até ao pleno emprego, a consequência é ↑ PIB e não ↑ Π.
- Mas, aumento procura interna, decorrente ↑ G e ↓t financiado por moeda não implica um aumento das importações da ZE => défice externo da Zona Euro?
Apenas no curto prazo.
No longo prazo, défice corrente =>Depreciação do euro =>Aumento das exportações e diminuição das
importações => reequilíbrio da balança corrente.
Nota: Porque é que a Zona Euro tem pedido dinheiro ao Japão, Brasil, etc. constituírem o FEF com 800 mil M€,
Quando o BCE pode simplesmente imprimir euros a partir de papel?
R: Acham que as coisas não podem ser tão simples:
Imprimir papel a partir de moeda e o grnade problema do desempreog é magicamente resolvido!
Mas é precisamente isso o que se passa:
Existe desemprego porque falta procura,
E a solução é simplesmente imprimir moeda e dá-la aos governos para estes:
- Gastarem.
- Cortarem impostos para as empresas e particulares aumentarem a sua procura.