defini ção da osteoporose - luzimarteixeira.com.br · o osso • o esqueleto tem 2 funções •...
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OSTEOPOROSE Normal Osteoporo seNormal Osteoporo se
DefiniDefini çção da Osteoporoseão da Osteoporose
Osteoporose é uma desordem esquelética caracterizada por massa óssea reduzida,
comprometendo a resistência óssea e predispondo a um aumento do risco de fratura. Resistência óssea se
traduz pela integração entre quantidade (densidade) e qualidade óssea. NIH Consensus Conference 2001
Fatos Sobre Osteoporose
• Uma a cada 2 mulheres e 1 a cada 8 homens terão fratura osteoporótica
• Metade dos indivíduos tornam-se dependentes após fratura de fêmur e 1/3 morre em um ano.
• É responsável por 1,5 milhões fraturas/ano, sendo: 300.000 de fêmur proximal, 700.000 vertebrais, 250.000 de punho e mais de 300.000 em outros sítios
US$ 14 bilhões/ano nos EUAUS$ 14 bilhões/ano nos EUAwww.osteo.orgwww.osteo.org..
Epidemiologia
• IBGE, 2000 • Envelhecimento populacional no Brasil:• ↑ do nº de idosos⇒ ↑ dos casos de osteoporose
• 14,5 milhões de idosos⇒ 8.5% da pop. total (2000) • 32 milhões de idosos ⇒ 13% da pop. total (2030)
• IBGE, 2010• Pesquisa FAPESP• 35 milhões de habitantes com + de 60 anos de idade
(2025), triplicando em (2050)
O Osso
• O esqueleto tem 2 funções
• Estrutural
• Locomoção• Respiração• Proteção de órgãos internos
Metabólica• Reservatório de cálcio, fósforo e magnésio
Composição do Tecido Esquelético
Matriz celular
• Osteoblastos:mineralização da matriz
• Osteoclastos: reabsorção da matriz
• Osteócitos: osteoblasto maduro, responsável pela integridade da matriz óssea
Matriz extracelular
• 35% orgânica, 65% inogânica
Remodelação ósseaRepouso
Reabsorção (15 dias)
Células de revestimento
Formação(4-6 meses)
Osteoblastos
Osteoclasto
Lacuna de Howship
Matriz osteoide
Matriz Orgânica x Matriz Inorgânica
• Colágeno : flexibilidade
• Principal constituinte (90%)
• Proteínas não-colágenas (10%)
• Osso :Colágeno do tipo 1
• Cálcio e fosfato: rigidez cristais de Hidroxiapatita
• Estão ligados às fibrilas de colágeno
• Conferem resistência e dureza à matriz
• Outros íons: magnésio, carbonato, potássio
(Bianco e Lazaretti, 1999)(Bianco e Lazaretti, 1999)(Bianco e Lazaretti, 1999)
Osso Trabecular x Osso Cortical Osso Trabecular x Osso Cortical
• Osso Trabecular: • Porção dos ossos longos, corpos vertebrais e
pelve
• Estrutura trabecular: resistência a forças compressivas
• Maior vascularização ⇒ mais ativo metabolicamente ⇒ fornece suprimento inicial nos estados de deficiência mineral
• É perdido mais rapidamente na
osteoporose que o osso cortical
Osso Trabecular x Osso Cortical
• Osso Cortical:
• Denso, compacto
• Compõe cerca de 80% do esqueleto
• Principal função – fornecer força mecânica e proteção
• Elevada resistência a forças de encurvamento e torção
• Pouco vascularizado
Resistência Óssea qualidade x quantidade
• Densitometria óssea
– até -1 DP para adulto jovem: NORMAL– entre -1 e -2,5 DP para adulto jovem:
OSTEOPENIA– Mais que -2,5 DP para adulto jovem:
OSTEOPOROSE– com fratura por fragilidade: OSTEOPOROSE
SEVERA OU ESTABELECIDA
(WHO Study group, 1994)
Densitometria Óssea: Densitometria Óssea:
Exames Para Diagnóstico
• Desitometria de emissão simples: esqueleto apendicular
• Desitometria de emissão dupla: esqueleto axial
• Tomografia computadorizada: permite avaliação exata do osso trabecular
• RX: perda de 30%-50%
(Fernandes, 1996)
Fatores de Risco Para Baixa Massa Óssea
NIH Consensus Conference, JAMA 2001
•• Sexo femininoSexo feminino
•• Idade avanIdade avanççadaada
•• RaRaçça brancaa branca
•• Baixo peso ou IMCBaixo peso ou IMC
•• HistHistóória familiarria familiar
•• Fatores nutricionaisFatores nutricionais
•• Fratura anteriorFratura anterior
•• Menarca tardiaMenarca tardia
•• Menopausa precoceMenopausa precoce
•• HipoestrogenismoHipoestrogenismo
•• Inatividade fInatividade fíísica sica
•• AlteraAltera çções de tirões de tir óóide:ide: hormônios hormônios tireoidianos (T3 e T4) são tireoidianos (T3 e T4) são importantes no transporte intestinal importantes no transporte intestinal do cdo cáálcio e do flcio e do fóósforosforo
• Osteoporose
• Tendência para quedas
QUEDAS
– Reflexos reduzidos – Equilíbrio
prejudicado
– ↓ força dos quadríceps
– ↓ função cognitiva
– ↓ acuidade visual– Ambiente hostil
Fatores de risco para fraturasNIH Consensus Conference, JAMA 2001
61% hospitalização
Ministério da Saúde, 2007-16% das
quedas causam Fraturas
Incidência de Fraturas no Reino Unido, por Sexo e Idade
0
100
200
300
400
500
600
0-4 25-35 55-64 >85 anos
HomensMulheres
Incidê n
c ia por 1 0
.000
hab
Incidê n
c ia por 1 0
.000
hab
Donaldson e col,1990 Donaldson e col,1990
Fraturas Por Osteoporose ao Longo da Vida
• Relação mulheres:homens
• 7:1 Fraturas de coluna
• 2:1 Fraturas de quadril• 33% mulheres e 17%
homens sofrerão fraturas aos 90 anos de idade
• Aumento dramático após 65anos
(Fernandes, 1996)
VértebrasVértebras
Fêmur proximalFêmur proximal
AntebraçoAntebraço
Idade (anos)Idade (anos)
Incidência/1 000
Incidência/1 000
Distribuição da Fratura de Fêmur Proximal Segundo Idade e Sexo
0
10
20
30
40
50
60
65-70 71-75 76-80 >80 anos
Homens (n=17)
Mulheres
Ramalho e col, 1998- TIGRÃO Azul claro: homens, Azul: mulheres
Fratura de colo de fêmur
Densitometria óssea de fêmur Fratura
Densitometria óssea de fêmur Fratura
50-65anos: punho65-75: coluna75-85: quadril
(Skelton, 2007)
Fratura de Radio Distal ou Escafóide
• Aumentando discretamente ou mantendo a massa óssea, o
importante é que os exercícios físicos levam á diminuição do
número de quedas, diminuindo assim, o número de fraturas.
• (Skelton, 2007)
AVALIAAVALIA ÇÇÃO DO INDIVÃO DO INDIVÍÍDUO COM DUO COM OSTEOPOROSEOSTEOPOROSE
ANAMNESE
• Antecedentes de quedas e fraturas• História familiar• Idade menarca e menopausa• Doenças sistêmicas • Fatores de risco
EXAME FÍSICO
• Medida da altura • Avaliação da postura, procura por deformidades e
regiões dolorosas• Avaliação da força muscular, equilíbrio,coordenação
motora e marcha
Tipos de Osteoporose
• Tipo I• PÓS MENOPAUSAL
• Albright 1941: primeira correlação de fraturas com declínio da função ovariana
• Tipo II• SENIL
Osteoporoses Secundá rias: importância cresce paralela à sobrevida do paciente
•• CorticosterCorticosteróóidesides•• AntiAnti--viraisvirais•• PPóóss--transplantestransplantes•• DoenDoençça cela celííacaaca•• Fibrose cFibrose cíísticastica•• DoenDoençças inflamatas inflamatóórias: AR, LESrias: AR, LES•• PPóóss--neoplasiasneoplasias
OSTEOPOROSE MASCULINAOSTEOPOROSE MASCULINA
Tipo ITipo IMenopausalMenopausal
Tipo IITipo IISenilSenil
Idade 50-70 anos > 70 anos
Sexo (F:M) 6:2 2:1
Locais de fratura
Vértebras / rádio distal Fêmur proximal
Tipo de perda óssea
Predominantemente trabecular
Trabecular e cortical
Causa Menopausa Senilidade
(Riggs, 1983)
Osteoporose Menopausal
• Segundo Fernandes, 1996:
• Aos 40 anos, a mulher apresenta o processo de reabsorção maior do que a de formação óssea, cerca de 0,5% ao ano.
• Na menopausa, este valor aumenta agudamente, a cada ano se perde 1%-3% de osso cortical e 5% de osso trabecular, contínuos por 15 anos, resultando em perda de 15%-30% de osso trabecular e de 10%-15% de cortical
Osteoporose Menopausal
• A deficiência estrogênica é responsável por um terço à metade da perda óssea da vida feminina
• Em 20 anos perde-se 50% do osso trabecular e 30% do osso cortical
• Sendo mais rápida nos 3 a 4 anos após a menopausa
OSTEOPOROSE É GENÈTICAMENTE DETERMINADA E APÒS A MENOPAUSA
É HORMONALMENTE CONTROLADA!
Osteoporose MenopausalO estrogênio não estimula a Formação Óssea!
• Diminuição deste hormônio reduz o número de receptores de Ca+ do intestino
Estimula secreção de calcitonina
Inibi a atividade osteoclástica
Diminuindo a reabsorção
Osteoporose Senil
• ↓ da massa óssea mineral
• Deterioração da microarquitetura do tecido ósseo
• Fragilidade mecânica
Mecanismos de Perda Óssea
• Menor ingestão de alimentos rico em CA• Deficiência de vitamina D• Sedetarismo: diminuição da ativação dos
mecanoreceptores(Borelli,2000)
•• Envelhecimento: menor resposta adaptativa Envelhecimento: menor resposta adaptativa dos osteoblastos ao efeito da sobrecarga dos osteoblastos ao efeito da sobrecarga mecânicamecânica
•• Menor resposta adaptativa, relacionada Menor resposta adaptativa, relacionada ààdeficiência de estrogenodeficiência de estrogeno
((Erlich & Lanyon. Osteoporos Int, 2002)
Quadro Clínico:
• Sinais e Sintomas:
• Osteoporose é um ladrão silencioso• Subitração da mineralização insidiosa do esqueleto
DEFORMIDADES: • Cifose torácica• ↓ da expansibilidade torácica• Limitação dos movimentos DOR ?• Alteração do equilíbrio • Fraturas
(Plapler PG. Rev Hosp Clín Fac Med S Paulo 1997)
Mudança de Postura e Prevenção
• Aumentar a massa óssea até• (± 30 anos de idade), através
de exercícios, ingesta adequada de cálcio
• (± 1200 mg-dia) e vitamina D (exposição ao sol).
Pinheiro (2010), reumatologista da UNIFESP, relata que a ingesta de Ca+ pelo brasileiro: 400 mg/dia.
É necessário exposição ao sol 20´por dia sem uso de filtro solar.
Exercícios ?
• Há ainda a comprovação de que, em humanos, exercícios físicos,
desenvolvidos nas fases de crescimento e de desenvolvimento, determinam ganho de 7 a 8% de massa óssea no indivíduo adulto, reduzindo substancialmente os
riscos de fratura na idade avançada
(Eisman, 1998)
Como Fazer Osso Através dos Exercícios?
• Magnitude, freqüência e intensidade:• Turner, 1998:
• Para produzir osso é necessário treino dinâmico, com estímulo de curta duração e alta
intensidade , intervalados
• Estimula fibra tipo 2 de força e velocidade, este tipo de fibra vibra com maior intensidade
quando comparada com a tipo 1
Como Fazer Osso Através dos Exercícios?
• Turner, 2007
• Exercício contra resistência, dinâmico, com alta carga, estimula fibra tipo 2, estimulando a formação de massa óssea
• Umemura, 1997• De 8 a 15 repetições
Como Fazer Osso Através dos Exercícios?
• Saltitos• 50-60 saltos por dia estimula de 1-2% massa
óssea ao ano• Acima de 60 o osso perde a capacidade
sensória• Salta 15´´ descansa 1´ e repete.
• Descanso intervalado entre os ciclos de estímulo entre 4-8h
Shorter, more frequent mechanical loading sessions enhance bone mass.
ALEXANDER G et al.MED & SCI SPO & EXER,2002.• Randomização das ratas em 2 grupos com sobrecarga: GSC (13) e
GSI (13) e GC (18)• As patas dianteiras esquerdas das ratas foram imobilizadas e as
patas direitas foram submetidas a 360 ciclos de carga-dia, 3x semana, 16 semanas. A cada dia um grupo recebia esta carga de maneira contínua (sessão úníca) e outro grupo recebia a carga de forma intervalada (4 séries de 90 ciclos com intervalo de 3 h entre uma e outra). DEXA avaliou BMD da ulna das ratas.
• RESULTADOS:• Depois das 16 sem. de carga, BMD das patas direitas foram maiores
que os das patas esquedas nos dois grupos submetidos à carga. Contudo, o grupo que recebeu a carga dividida em quatro sessões diárias apresentou aumentos significativamente maiores que o grupo de carga
• CONCLUSÃO:• Exer. para humanos que visem manter ou melhorar a massa óssea
talvez alcancem maior sucesso se a sessão de treino for dividida em sessões menores durante o dia, com intervalos de descanso entre as mesmas.
EXERCÍCIO FÍSICO SEM IMPACTO NÃO ELEVA PICO DE MASSA ÓSSEA EM ADOLESCENTES
CUVELLO LCF1; LAZARETTI-CASTRO M1; LAGE A1; DÂMASO AR2; FISBERG,M1. 1Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP 2Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
���� OTIMIZAÇÃO DO PICO DA MASSA ÓSSEA
���� FASE DA ADOLESCÊNCIA
���� PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE NA FASE ADULTA
���� CARGA GENÉTICA
���� OUTRO FATORES • HORMONAIS
• ATIVIDADE FÍSICA
• NUTRCIONAIS(CUVELLO, et al. 2001)
EXERCÍCIO FÍSICO SEM IMPACTO NÃO ELEVA PICO DE MASSA ÓSSEA EM ADOLESCENTES
CUVELLO LCF1; LAZARETTI-CASTRO M1; LAGE A1; DÂMASO AR 2; FISBERG,M1.
1Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP 2Univer sidade Federal de São Carlos - UFSCar
OBJETIVO:
• INVESTIGAR A INTERFERÊNCIA DO TIPO DE ATIVIDADE FÍSICA (COM E SEM IMPACTO) E DO CONTEÚDO DA MASSA MAGRA SOBRE A DENSIDADE MINERAL ÓSSEA EM JOVENS ATLETAS E NÃO ATLETAS DO SEXO FEMININO
IDADE IMC MENARCA(anos) (Kg/m 2) (anos)
Ginastica Olímpica 15 ± 2 19,04 ± 1,85 13,5 ± 1,6
(n =39)
Natação 14 ± 2 20,63 ± 1,85 11,7 ± 1,3
(n =39)
Grupo Controle 14 ± 2 20,40 ± 4,34 11,8 ± 1,0
(n= 61)
(CUVELLO, et al. 2001)
CUVELLO LCF1; LAZARETTI-CASTRO M1; LAGE A1; DÂMASO AR 2; FISBERG,M1.
1Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP 2Univer sidade Federal de São Carlos - UFSCar
CASUÍSTICA
CUVELLO LCF1; LAZARETTI-CASTRO M1; LAGE A1; DÂMASO AR 2; FISBERG,M1.
1Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP 2Univer sidade Federal de São Carlos - UFSCar
METODOLOGIA:
• Absormetria duo-energética por raio X (DEXA-Hologic 4500A )
– Composição corporal– Coluna lombar
• Antero-posterior (AP)• Volumétrica (VOL)
• IMM (Índice de Massa Magra)• Massa magra (Kg) / Estatura
2 (m)
821730
929
0100200300400500600700800900
1000
G. O. NATAÇÃO CONTROLE
VALORES MEDIANOS DE INGESTÃO DE CÁLCIO/dia DOS GRUP OSEM ESTUDO
(CUVELLO, et al. 2001)
Ca mg/dia
15,2215,23
13,78
13
13,5
14
14,5
15
15,5
G. O. NATAÇÃO CONTROLE
Kg/
m2
*
* p < 0,0001
VALORES MEDIANOS DO ÍNDICE DE MASSA MAGRA (IMM)DOS GRUPOS EM ESTUDO
(CUVELLO, et al. 2001)
0,876
0,923
0,964
0,82
0,84
0,86
0,88
0,9
0,92
0,94
0,96
0,98
G. O. NATAÇÃO CONTROLE
*
VALORES MEDIANOS DA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA NA COLUNA LOMBAR ANTERO-POSTERIOR, NOS GRUPOS
ESTUDADOS
(CUVELLO, et al. 2001)
g/cm
2
Embora as adolescentes nadadoras
apresentassem um IMM superior ao grupo de nã o
atletas, encontramos que a DMO não foi dif erente,
sugerindo que o impacto sobre o esqueleto seja
de fundamental importância na otimizaç ão da
massa óssea.
Embora as adolescentes nadadorasEmbora as adolescentes nadadoras
apresentassem um IMM superior ao grupo de nã oapresentassem um IMM superior ao grupo de nã o
atletas, encontramos que a DMO não foi dif erente,atletas, encontramos que a DMO não foi dif erente,
sugerindo que o impacto sobre o esqueleto seja sugerindo que o impacto sobre o esqueleto seja
de fundamental importância na otimizade fundamental importância na otimiza çção da ão da
massa massa óóssea.ssea.
Curiosidade:
• Ginastas pré-púberes submetidas a exercício intenso apresentam retardo do crescimento e maior
freqüência de distúrbios locomotores, além de redução do fator de crescimento (IGF-1: fator trófi co muscular relacionado ao Hormônio Gonadotrópico:
LH e FSH : Glicoproteínas e GH)
• Regulação do crescimento, puberdade, processos reprodutivos . Secreção de hormônios esteróides sexuais das gônadas de ambos os sexos.
• Hormônios tireoidianos reduzidos
(Rev Bras Med Esporte, Vol. 12, Nº 3 – Mai/Jun, 2006)
THE BENEFICIAL EFFECT OF SWIMMING ON BONE MASS
Medicine & Science in Sports & Exercise: Vol 35(5) Supp 1 May 2003
Pinto, A L.S.1; Takayama, L1; Carazzato, J G.2; Pereira, R M.R.1; Lima, F1
Division of Rheumatology and Division of Sports Medicine
University of São Paulo, SP, Brazil
CASUÍSTICA:• 30 meninas caucasianas (14.3 ± 1.8 anos) atletas de
natação comparadas a 17 meninas caucasianas (15.2 ± 1.9 anos). Todas já haviam menstruado.
• DEXA para aferir BMD e Composição CorporalRESULTADOS:• Média de BMD foi maior para as nadadoras do que
nos controles para corpo total e na coluna lombar (L1-L4), mas similar para cólo do fêmur
• Com relação à composição corporal, as nadadoras também apresentaram uma maior massa magra e menor quantidade de gordura
CONCLUSÃO:• A natação, apesar de ser uma atividade sem a
sustentação do peso do corpo contra a gravidade, mostrou ter um efeito positivo na BMD de adolescentes nadadoras.
Recomendações do ACSM para manter a saúde óssea em Adultos e
Idosos:
• Modalidade: exercícios de endurance com sustentação do próprio peso corporal (ex: tenis; subir escadas; jogging, mesmo que seja de maneira intermitente durante a caminhada), atividades que envolvam saltos (volley, baskete) e exercícios resistidos (musculação)
• Intensidade: moderada a alta em termos de forças atuantes sobre os ossos
• Frequencia: exercícios de endurance com sustentação do próprio peso corporal – 3 a 5 x semana; exercícios resistidos – 2 a 3 x semana;
• Duração: 30–60 min em que estejam incluídos exercícios e atividades envolvendo saltos e exercícios resistidos para os principais grupos musculares.
Recomendações do ACSM para aumentar a saúde óssea em crianças e
adolescentes• Modalidade: atividades de impacto (ex.ginástica,
pliometria)e treinamento resistido de moderada intensidade; a participação em esportes que envolvam corrida e saltos (ex: futebol, baskete) é benéfica.
• Intensidade: alta, em termos de forças aplicadas ao osso, contudo, por razões de segurança, os exercícios resistidos devem ser feitos com carga equivalente a 60% de 1RM.
• Frequencia: no mínimo 3 x semana• Duração: 10–20 min (2 x dia ou mais pode ser mais efetivo)
(American College Sports M edicine. Position Stand: Phy sical Activity and Bone Health. November 1, 2004)
ACSM Position Stand: Physical Activity and Bone Health. November 1, 2004
• Programas de exercícios para homens e mulheres
idosos deverão incluir não somente exercícios de
endurance com sustentação do próprio
peso corporal e exercícios resistidos visando
preservar a massa óssea, mas também atividades
planejadas para aumentar o equilíbrio e a propriocepção
e prevenir as quedas.
Como Fazer Osso Através dos Exercícios?
• Duração de aplicação do estímulo:
• Carga habitual em sítio ósseo diferente estimula a osteogênese
• Carga habitual, mesmo em alta magnitude já em segmento adaptado não estimula osteogênese.
• Varie o estímulo não deixe acostumar(Vainionpaa, 2007)
Como Fazer Osso Através dos Exercícios?
• Velocidade:• Isometria, carga estática mesmo em alta
intensidade não faz osso (Hert et al, 1969, 1971)
• É necessário estimular a pressão hidrostática entre os canalículos dos osteócitos para
deslocar os fluidos intracelulares
• ACSM, 2004: • FM através do exercício resistido, osteogênese síti o específica
Power training is more effective than strength trai ning for mantaining bone mineral density in
postmenopausal womenS. V. Stengel, et al. J Appl Physiol 99: 181–188, 2 005
• OBJETIVOS: comparar os efeitos de treinos de força executado com repetições lentas e rápidas nos parâmetros ósseos.
• 53 mulheres pós-menopausa, randomizadas em GF e GP, 12 meses de treino.
• Ambos os grupos fizeram 4 sessões de treino 3x semana: 20 aquecimento (70-85% fcmáx), sequência de saltos multidirecionais (4x15), treino de força, alongamento.
• Periodização do treino de força: 12 semanas – entre 70 e 90% de 1RM seguidas de 4 sem. 50% de 1RM.
• Diferença de treino entre os grupos: GF (concêntrica 4s, excêntrica 4s) GP (concêntrica rápida, excêntrica 4s).
• Todas as mulheres tomavam cálcio e Vitamina D.• RESULTADOS:• GP manteve a DMO da coluna (0,7, 2,1%, não significante) e do fêmur total
(0,0, 1,7%, não significante); GF perdeu massa óssea de maneira significativa tanto na coluna (0,9, 1,9%) como no fêmur total (1,2, 1,5% ).
• CONCLUSÃO: Em mulheres pós-menopausadas, o treinamento de potência é mais efetivo para a redução da perda óssea do que o treinamento de força muscular
Um programa de atividades físicas para portadores de Osteoporose
deve incorporar:
• Exercícios com sustentação do peso corporal de média -longa duração
• Exercícios com impacto e saltos• Exercícios resistidos (força muscular)• Exercícios visando condicionamento cardio-
respiratório• Exercícios que trabalhem a propriocepção e o
equilíbrio corporal• Exercícios de flexibilidade
Anabolism Low Mechanical Signals Strenghten Long Bones
Estímulos vibratórios diários de baixa intensidade (20 minutos) por 1 ano elevou densidade trabecular do fêmur em 34,2%
em ovelhas.
– Efeito Piezoelétrico
– Power Plate: plataforma vibratória
(Nature 412(6847):603-4, 2001)
• Além disso, estudos recentes mostraram que culturas de células do estroma da medula óssea, in vitro, submetidas à
estimulação mecânica, apresentam maior diferenciação para células capazes de
produzir matriz óssea
(Rubin, 2002)
Freq 60 hertz e baixa intensidade 0,6 G(Oliveira, 2009 - UNIFESP)
Piezoeletricidade Óssea• Propriedade de um mineral em ficar com sua superfície
carregada elétricamente quando é submetido a uma pressão ou carga em seus eixos, resulta em pequenas mudanças em sua densidade.
• O mecanismo piezoeletrecidade é uma descoberta física segundo a qual alguns materiais quando deformados por uma tensão mecânica, desenvolvem cargas elétricas superficiais e vice-versa e ao se colocar um material sob o campo elétrico, as cargas elétricas integram com o mesmo e exibem deformações mecânicas. (Okuno et al 1986).
•Em 1957 descreveram pela primeira vez a facilitação pela piezoeletricidade em um tecido biológico- constrição do osso através de compressão.(Fukada e Yasuda, 1957)
Exercícios Indicados Para Osteoporose:
• Caminhada• Jogging• Musculação• Ginástica
Localizada• Tai chi chuan• Dança de salão• Hidroginástica
• O melhor programa de treinamento para
o portador de Osteoporose é
aquele que, levando em conta as
especificidades e limitações do
paciente, envolve mais de um tipo
de exercício .
Bone Density and Physical Function in Postmenopausa l Women After a 12-Month Water Exercise Intervention
Littrell et al., Medicine & Science in Sports & Exe rcise:Volume 36(5),May 2004
• 59 mulheres(≥ 5 anos pós menopausa) – 27 exercício e 32 controle;
• DEXA: coluna antero-posterior, quadril e cólo do fêmur• Protocolo: 45 min. de aula, 3 x sem. 12 meses. G.Controle
– manteve atividades diárias• RESULTADOS:• Teste t para uma amostra mostrou que depois dos 12
meses de treinamento, BMD do cólo do Fêmur diminuiu 3% no G.Controle e não mudou no grupo treinado.
• CONCLUSÃO:• A manutenção da BMD no cólo do Fêmur, um local de
fraturas clinicamente relevante, sugere que exercícios aquáticos são um meio eficaz para a manutenção da massa óssea de mulheres pós menopausadas.
Aula PrAula Pr áática de Potencia Musculartica de Potencia MuscularProtocolo UnifespProtocolo Unifesp --OsteoporoseOsteoporose
• Aquecimento articular e específico
• Exercícios de Força:
• 1x 8-10 rep - bíceps + tríceps (menor braço de alavanca)
• 1x 10-12 rep – adutor+abdutor de coxa
• 1x 8-10 rep - peitoral + costas (maior braço de alavanca)
• 1x 10-12 rep - quadríceps + isquiostibiais
• Repetir esta seqüência 3 ou 4 vezes na aula
(PFRIMER, 2010)
Exercícios Contra-Indicados:
• Esportes de contato (volei, futebol, basquetebol, handebol)
• Esportes que oferecem alto risco de quedas (alpinismo, ski, rapel)
• Qualquer exercício físico que aumente o risco de lesões ou fraturas
• Professor de Educação Física
deve ter consciência do
risco de fraturas do seu aluno,
antes de pensar em um programa de treino para ele .
Cuidados:
• Cuidado com as flexões de coluna!
• A coluna torácica éuma das regiões da coluna com maior risco de fratura
(Nevitt NC et al. Bone. 1999 Nov; 25(5):613-9)
AVD´S
Relative increase and decrease in intradiscal pressure in different supine, standing, and sitting postures, compared to the pressure in upright standing (100%).
(NACHEMSON,1975)
Rel
ativ
eP
ress
ure
in th
ird
lum
bar
disc
in li
ving
sub
ject
s
30 kg
70 kg
120 kg
185 kg
100 kg
Cuidados:
• Rotações de tronco e flexões laterais da
coluna
• As forças de compressão nos corpos vertebrais também são muito
intensas durante os movimentos
Sinaki, M., & Mikkelsen, B.A. 1984.Postmenopausal spinal osteoporosis: Flexion
versus extension exercisesArchives of Physical Medicine and Rehabilitation. 6 5
(10), 593–96
• 59 mulheres,49-60 anos(média 56 anos),pós-menopausadas com osteoporose
• Programa de treinamento:• G1- Ex. de extensão de coluna, G2 - Ex. de
flexão de coluna, • G3- Ex. de extensão + flexão de coluna, G4 –
sem exercícios.• Acompanhamento dos pacientes:média de 2
anos.• Raio-x de coluna antes e durante todo o
programa para acompanhar n de fraturas.
• Resultados: (fraturas)
• G1 – Extensão – 16%
• G2 – Flexão – 89%
• G3 – Extensão + Flexão – 53%
• G4 – sem exercícios – 67%
Extensões de coluna são permitidas e necessárias. Mas...
(Sinaki, 1984)
Estabilização
• É necessário trabalhar os abdominais se as flexões de coluna são tão perigosas?
• Manutenção da postura e do equilíbrio;
• Modificação da pressão intra-abdominal;• Confinamento e proteção das vísceras;• Funcionamento normal da coluna;
• Estabilização da pelve
(RICHARDSON, 2002)
• Como trabalhar a musculatura abdominal sem as flexões de coluna?
Lembre-se:
• O exercício para ser osteogênico deve produzir um ambiente de forças diferente do habitual encontrado, ao qual a arquitetura óssea estaria adaptada. Uma carga que seria no início osteogênica, deixa de ser quando o osso se adapta a esta carga.
A formação óssea depende de se atingir um limiar que é influenciado pela intensidade, freqüência, amplitude e duração do estímulo intercalado por período de repouso, ultrapassado este limiar o exercício pode se tornar deletério.
(Ingrid Bakker, 2003)
A Metaanalysis of Published Controlled Trials in Pre - and Postmenopausal Women
Wolff, J. J. van Croonenborg, H. C. G. Kemper, P. J. Kostense and J. W. R. TwiskInstitute for Research in Extramural Medicine, Vrije Universiteit, Amsterdam, The
Netherlands Osteoporos Int (1999) 9:1–12.
The Effect of Exercise Training Programs on Bone Ma ss:
• 62 artigos 1966- 1996;• Duração = 16 semanas ou mais• DEXA: Fêmur e Coluna Lombar• Mulheres pré e pós menopausadas• Caminhada livre, caminhada na esteira, step, aeróbi ca de
baixo impacto, flexibilidade, corrida, exercícios d e alto impacto (saltitos) e exercícios contra resistência
• Resultados: exercícios previnem ou revertem a perda óssea em cerca de 1% ao ano. Esses valores foram consistentes para Coluna Lombar e Fêmur, em mulheres pré e pós menopausadas.
Effects of different sports on bone densityand muscle mass in highly trained athletes.(Andreoli et al.,Med Sci Sports Exerc. 2001
Apr;33(4):507-11 )
• Atletas de nível internacional; 18/25 anos; Judô,Karatê, Pólo Aquático e Grupo Controle (GC)
• DMO no Grupo Controle foi a menor
• DMO nos atletas de Judô e Karatê alcançaram níveis mais elevados
• DMO no grupo de Pólo Aquático foi maior que a do GC, mas menor que a do grupo de Judô e Karatê
Muito importante durante a prescrição de exercícios
• Tipo de movimento (flexões e rotações de coluna não, extensões de coluna sim, etc)
• Tipo de carga (só carga alta desencadeia a osteogênese, deve ser mais alta do que aquela com que o indivíduo está acostumado)
• Freqüência da sessão de treino (3x-5x semana)
• Velocidade de execução do movimento (lenta no início mas depois trabalhar potência)
Cuidados durante a prescrição de exercícios:
• Trabalhar musculaturas diretamente envolvidas com o cólo do fêmur e coluna
• Estímulos em diferentes direções• Trabalho de força muscular: 3 séries de 8 a 12 rep.
Com descanso entre cada série• Repetir a mesma sessão de treino de força por no
mínimo 6 sessões de treino• Utilizar impacto (corrida, trote, step)• Cuidado com flexões e rotações de coluna• Fortalecer extensores de coluna• Fortalecer abdominais (isometria ou flexão de quadril)• Trabalho de equilíbrio; propriocepção• Aumentar flexibilidade• Aumentar a capacidade cardiorespiratória
• Manter um nível de aptidão física elevado durante o decorrer da vida
deve ser visto como um componente essencial da prescrição para se
alcançar e manter uma boa saúde óssea.
(ACSM, 2004)
Obrigada !
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