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Arthur DantoTRANSCRIPT
DANTO, A. C. O mundo da arte. Tradução Rodrigo Duarte. In: DUARTE, R. (Org.) O
belo autônomo: Textos clássicos de Estética. 2 ed. rev. e ampl. Belo Horizonte:
Autêntica; Crisálida, 2012. (Coleção Filô/Estética, 3).
Arthur Danto inicia seu texto apontando um problema da antiga teoria da arte como
mímesis. Usando um exemplo de Sócrates, que explica a arte como sendo um
espelho da natureza, ele demonstra que nem tudo o que imita a realidade é arte,
assim como imagens refletidas não são consideradas obras de arte. Com a evolução
da produção artística essa teoria mostrou-se cada vez mais inadequada. A mimese
passou a não ser mais uma “condição necessária” à obra de arte e a teoria precisou,
naturalmente, ser substituída. Segundo Danto, hoje o artista não é visto como um
imitador, mas como um criador de novas formas. A arte não é mais vista como ilusão
e sim como uma realidade criada: a obra de arte é um “não-fac-símile”. Com isso, a
obra pode facilmente ser confundida com um simples objeto real, principalmente
porque muitas vezes utiliza-se de objetos do cotidiano como material para sua
produção. Como bem ilustra esse contexto, o que pode realmente resolver o
problema da definição de algo como arte é a “identificação artística” que lhe é
designada. Esta identificação é o que cria o “mundo” da obra, fazendo com que
várias outras “identificações” possam ser feitas a partir da primeira e impede tantas
outras de surgir. Assim, apesar de que antes as pessoas pensavam saber, mais ou
menos, o que era ou não uma obra de arte, Danto mostra que hoje é cada vez mais
notória a importância do conhecimento das teorias artísticas e da história da arte
para se conceber algo como sendo obra de arte. As teorias da arte fazem com que
aquele objeto seja aceito no mundo das artes e que se diferencie de um simples
objeto real.
Palavras-chave: Arte Contemporânea; Mímesis; Teorias da Arte; Pop Art.
Katharina Lúcia de Almeida Moraes Fraga