da escola pÚblica paranaense 2009 · estratÉgias metodolÓgicas e inovaÇÕes de instrumentos...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
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CADERNO PEDAGÓGICO
ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS E INOVAÇÕES DE
INSTRUMENTOS TECNOLÓGICOS, PARA APOIO
PEDAGÓGICO EM SALA DE AULA
Janete Krohn Parzianello
Aluna do Programa de Desenvolvimento Educacional- PDE/2010-Núcleo
Regional de Educação/NRE/Dois Vizinhos/PR
PDE/2010
Organizadora: Profª.Janete Krohn Parzianello
Orientação e Revisão Pedagógica do Texto: Profª.Daniela de
Maman
Diagramação da capa e arte-final: Janete Krohn Parzianello
Autorizamos a reprodução total ou parcial das ideias e
conteúdos desta publicação por todos os meios. Entretanto,
recomendamos que sejam citadas as fontes consultadas.
Este Caderno Pedagógico pretende ser uma contribuição ao
profissional da Educação a partir de reflexões e sistematização de
estudos referentes aos instrumentos tecnológicos e seu uso quanto
recursos didático.
GOVERNO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PR – UNIOESTE
CADERNO PEDAGÓGICO
ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS E INOVAÇÕES DE
INSTRUMENTOS TECNOLÓGICOS, PARA APOIO
PEDAGÓGICO EM SALA DE AULA
Janete Krohn Parzianello – Professora/PDE
Francisco Beltrão/PR
2010
SUMÁRIO
SOBRE A AUTORA: ........................................................................ 5
APRESENTAÇÃO ........................................................................... 6
AGRADECIMENTO ......................................................................... 8
1. DEBATES SOBRE QUALIDADE DO PROCESSO ENSINO E
APRENDIZAGEM. ........................................................................... 9
2. A EDUCAÇÃO E AS TECNOLOGIAS: ALTERNTIVAS
DIDÁTICAS PARA A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO ....... 16
3. TECNOLOGIAS NA SALA DE AULA: O PROFESSOR COMO
MEDIADOR DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM ... 35
4. ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS E INDICAÇÃO DE
INSTRUMENTOS TECNOLÓGICOS, PARA APOIO PEDAGÓGICO
EM SALA DE AULA ....................................................................... 57
4.1 Quadro com encaminhamentos metodológicos ....................... 61
4.2 Algumas sugestões gerais para o uso de instrumentos
tecnológicos .................................................................................. 65
4.3. Sugestões de sites para pesquisas de softwares educacionais
...................................................................................................... 70
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SOBRE A AUTORA:
JANETE KROHN PARZIANELLO
Professora da rede pública estadual do Paraná. Atua como
professora pedagoga no Colégio Estadual Pe José de Anchieta –
Ensino Fundamental, Médio e Normal, no município de São Jorge
D´Oeste/Pr. Graduada em Pedagogia/Orientação Educacional
(FAFI-PR). Especialista em Psicopedagogia (UNICENTRO/PR).
Participante do Programa de Desenvolvimento Educacional do
Estado do Paraná – PDE 2009/2010.
E-mail: [email protected]
SOBRE A ORIENTADORA:
DANIELA DE MAMAN
Professora e pesquisadora Curso de Pedagogia da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE/PR). Atua no Curso de
Pedagogia e no Programa de Pós- Graduação em Educação.
Graduada em Pedagogia – Séries Iniciais e Mestre Educação em
Ciências Naturais pela Universidade Federal de Santa Maria/RS.
Orientadora do Programa de Desenvolvimento Educacional do
Estado do Paraná – PDE 2009/2010.
E-mail: [email protected]
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APRESENTAÇÃO
Este material referencial com elementos metodológicos que
deixa definido o tema que será discutido mediante o trabalho
docente em sala de aula. O Caderno Pedagógico será entendido
também como síntese documental. A proposta deste trabalho é
abordar o tema do entorno das tecnologias da comunicação e
informação, para uso na atuação docente.
Estabelece-se mediante as relações tecnologias da
comunicação e informação e educação, suas intervenções e
implicações no processo de ensino e aprendizagem na formação e
atuação dos professores, compreensão sobre a atual realidade a
qual denominamos mundo virtual e sua nova forma de construção
do conhecimento, a educação como um campo de possibilidades
para a profissão de professor com os interesses e os incentivos da
política educacional.
Vivendo em uma sociedade de informação, onde o
conhecimento é facilitado e transformado com muita rapidez, existe
uma realidade que é preciso enfrentar e mudar, muitos professores
ainda não dão devida importância em utilizar as tecnologias
disponíveis como instrumentos auxiliares para melhoria na sua
atuação.
Este Caderno Pedagógico busca sensibilizar e
instrumentalizar os professores na compreensão e busca de
tecnologias para auxiliá-los nos seus afazeres educacionais.
Apresentando os instrumentos tecnológicos como ferramentas
importantes que poderiam ser utilizadas de forma adequada, para a
preparação e organização das aulas. Um meio didático privilegiado
para que as aulas ganhem em qualidade. Os instrumentos
tecnológicos estão presentes, de forma muito acessível, nas
escolas públicas do Paraná e devem se tornar, no cotidiano escolar,
algo a mais para melhorar a relação ensino e aprendizagem.
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As tecnologias não substituem o professor e nem os livros, o
espaço que os instrumentos de tecnologia devem ocupar é o da
mediação de qualidade entre professores e alunos. Uma boa aula
continuará dependendo do bom professor e dos bons alunos, mas
para que elas possam ser mais atraentes, as tecnologias que se
fazem presentes no nosso cotidiano devem ser mais e melhor
utilizadas.
Esperamos que este Caderno Pedagógico contribua para o
aprimoramento dos estudos de professores, como também para a
desmistificação em relação ao uso de instrumentos
tecnológicos,tanto para a preparação, como para a execução de
suas aulas. A sua utilidade vai ser percebida pela sua aplicação e
pelos resultados que, façamos votos, sejam os mais benéficos para
a educação dos alunos.
Janete Krohn Parzianello
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AGRADECIMENTO
Como docente na área de educação, foi possível perceber
que os materiais de apoio são em sua maioria ou muito teóricos ou
extremamente técnicos. Quase nada que pudesse facilitar o
trabalho na formação docente sobre temas relacionados à
tecnologias com uma abordagem pedagógica adequada.
Considerando essa realidade e realizando pesquisa na área,
com a intenção de facilitar o uso das tecnologias em educação, nos
cursos de formação continuada e também na capacitação individual
dos professores.
Agradeço o interesse e gostaria de poder ter um retorno dos
professores, vendo sua aplicação em sala de aula, para que possa
ver as metas do Projeto sendo efetivadas.
Foto: Janete Krohn Parzianello
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1. DEBATES SOBRE QUALIDADE DO PROCESSO ENSINO E
APRENDIZAGEM1
Janete Krohn Parzianello2
Daniela de Maman3
Nas últimas décadas, o mundo transformou-se de maneira
ampla e profunda. Essas transformações têm nos levado a
enfrentar sucessivos e complexos acontecimentos que modificam
as nossas nos mais diversos aspectos. Alguns desses
acontecimentos estão relacionados com as funções sociais e
econômicas que a informação e o conhecimento têm ocupado na
sociedade, bem como com os avanços das telecomunicações e da
informática (telemática), que tem facilitado a produção e a
circulação de grandes volumes de informações.
Esses são fatos que requerem dos profissionais adequação e
atualização constantes, visando ao acompanhamento das áreas do
conhecimento. Sabendo-se que as instituições são produtos das
ações humanas, podemos afirmar que a integração das escolas
com a sociedade quanto o nível de inovação que delas esperamos,
o qual deve caracterizá-la como instituições que estão sempre à
frente do seu tempo, dependem sobremaneira da atuação de um
dos seus segmentos mais importantes – os professores. Esses, por
sua vez, apoiados em políticas educacionais pertinentes, devem estar se apropriando permanentemente do conhecimento produzido
_________________________________
1Texto produzido a partir da pesquisa bibliográfica realizada mediante estudos desenvolvidos no Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE; 2Professora- Acadêmica do PDE – E-mail: [email protected];
3Professora Orientadora da Unioeste/Campus de Francisco Beltrão/PR – E-Mail: [email protected]
Foto: Janete Krohn Parzianello
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com vistas à objetivação desse
mesmo conhecimento, em
consonância com as
exigências sociais do hoje e do
amanhã.
Revelamos á
necessidade de reflexão a
respeito da intervenção da
escola e do professor no
sentido de formar um homem
que não assimile
passivamente uma
conformação social em que
haja divisão entre os que
pensam e os que executam os
que produzem e os que
usufruem os que têm uma
relação ativa e participativa
com o conhecimento e a
informação e os que lidam
passivamente com eles. A todo
o momento é necessário
produzir conhecimento para
explicar, analisar e atuar em
uma realidade que muda
constantemente. É necessário
pensar em novas maneiras de
conceituar aprendizagem e
currículo, ou seja, pensar em
novas formas de se fazer
educação na escola e fora
dela.
Para Moran:
Os jovens se identificam com os meios eletrônicos, pois estes respondem á sua sensibilidade (são rápidos, dinâmicos, tocam o afetivo e depois a razão) e atraem pela mistura de linguagem, assuntos e conteúdos; e ainda expressam e significam o pluralismo das situações diárias (1992, p.40).
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Inicialmente destacamos
a importância da organização
pedagógica do Professor e a
utilização das novas
tecnologias educacionais em
seu cotidiano. Neste contexto
em que os meios de
comunicação da cultura
humana duplicam-se a cada
dia, em que surgem novos e
variados espaços
educacionais, devemos
assinalar, isso sim, a
necessidade de
pensar/repensar a essência e
a existência das instituições
escolares que foram
historicamente sedimentadas
na e pela sociedade. Isso deve
ser feito com a intenção de
fortalecer as suas dimensões
sociais e culturais voltadas
para humanização das
relações sociais presentes e
futuras.
Nesta direção, a
utilização das novas
tecnologias de informação
podem ser canais importantes
do processo de
democratização da informação
via canais tradicionais de
disseminação de
conhecimento, se tomadas
como instrumentos do acesso
ao novo mundo.
Entendemos que a meta
traçada para o sucesso da
escola e os frutos do nosso
trabalho pedagógico, assim
como a qualidade educacional,
depende da nossa
organização didática. Somos
todos responsáveis pela
formação de valores, de cada
cidadão que passa pelas
nossas mãos e pela nossa
escola. Desta forma,
destacamos a importância do
trabalho coletivo e planejado.
Possuímos condições para
contribuir na construção da
consciência crítica nos
estudantes, seja em relação à
sua história de vida, a política,
a economia, a sociedade ou ao
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meio ambiente, etc. Não
podemos ignorar o nosso
papel político. Mas, também
temos consciência que, antes
de tudo, o estudante precisa
apropriar-se do conhecimento,
pois é base da argumentação.
A evolução das
pesquisas e a inserção das
tecnologias na educação vêm
ocorrendo em ritmo acelerado,
mas através das reuniões,
grupo de estudos,
compartilhamento de
experiências, pesquisas
durante a hora-atividade,
podemos, acompanhar a
evolução e colaborar para o
seu avanço.
Sabemos das
dificuldades, no entanto,
estamos conscientes de nosso
papel enquanto educadores.
Nosso trabalho é proporcionar
ao estudante/cidadão o acesso
ao conhecimento, tornando o
capaz de refletir, questionar,
interagir e principalmente
modificar a sociedade em que
vive. Vale ressaltar que isso
não se concretizará se não
acompanharmos as novas
tendências educacionais e as
políticas públicas, em favor da
classe popular, assim como
não oportunizarmos o acesso
à tecnologia a todos os
cidadãos, a começar pela
comunidade educacional.
A educação está ligada
diretamente a capacidade
inata de aprender e de ensinar,
transmitindo, mas também
produzindo e modificando, os
conhecimentos e a cultura, isto
é, propicio ao homem o
desenvolvimento de suas
capacidades. No caso a escola
tem como objetivo principal a
criação e a transmissão de um
saber que produza um
entendimento novo e crítico,
com desejo de transformação.
Podemos afirmar que em
educação, não apenas há a
reprodução, mas também a
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produção. A o mesmo tempo,
produz e reproduz o que
caracteriza o processo
educacional.
Vivemos em uma
sociedade que enfrenta
mudanças sucessivas em
diversos âmbitos e de diversos
gêneros, o conhecimentos
decorre da evolução dinâmica
e incessante da ordem social,
cuja velocidade de
transformação nos impede a
desenvolver novos métodos e
novas habilidades de
conhecimento.
A globalização da
economia, num aspecto geral,
determinou uma nova
dinâmica nas relações de
aprendizado e profissionais. O
meio de comunicação gerado
pela internet é o grande e
determinante fator de impacto,
pois ela viabiliza a busca
especializada e apropriada.
Podemos classificar a
internet como a rede de redes.
Rede é o mundo virtual criado
com a internet, que abrange
todas as suas possibilidades
comunicacionais, como a troca
e o fluxo de informações,
imagens, som e vídeos. A
internet pode possibilitar a
comunicação com as pessoas
em redes. A dimensão
tecnológica, diz respeito à
superação de limitações físicas
que inibem a comunicação. A
internet congrega as mais
diversas fontes de informação,
que através dela se tornam
acessíveis e se realizam.
FONTE: PUBLICADO EM http://pt-br.wordpress.com/tag/charges/ Acessado em
19/11/2009.
Deste modo na era
tecnológica a moeda de troca
é a informação, acessível e
universal. Independentemente
da natureza da informação, a
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tecnologia necessária para
transportá-la, editá-la ou
armazená-la será a mesma e
estará disponível em todo o
mundo.
Diante dessa nova
realidade e/ou perspectiva, a
missão fundamental da
educação é ajudar cada
indivíduo a desenvolver seu
potencial e a tornar-se um ser
humano completo e não um
instrumento para a economia.
A aquisição de conhecimentos
e informações, nesse novo
patamar de evolução
tecnológica, deve ser
acompanhada da educação do
caráter, da abertura cultural e
do despertar da
responsabilidade social.
Para realizar a tarefa de
relacionar o universo do aluno
ao universo dos conteúdos
escolares, e desta forma
buscar contribuir para a
formação básica do
cidadão/trabalhador, o
professor precisa também
utilizar as tecnologias que hoje
são parte integrante da vida
cotidiana. As tecnologias
passíveis de serem utilizadas
na escola podendo servir como
meio de aprendizagem e
objeto de estudo, possuem um
largo espectro.
Segundo as afirmações
de Leite (1996) as atividades
que tratam sobre o universo da
tecnologia arrolaram uma lista
de 32 tecnologias das mais
diversas, desde o quadro de
giz até o computador,
passando pela história em
quadrinhos e a sucata, que
podem ser utilizadas pelo
professor para dinamizar seu
trabalho, familiarizar o aluno
com a linguagem e a lógica do
meio tecnológico e ainda
desenvolver a leitura crítica
desses meios.
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Referências
LEITE, Lígia S. et al.
Tecnologia Educacional:
descubra suas possibilidades
na sala de aula. Rio de
Janeiro: Diadorim, 1996.
MORAM, José M. Os jovens e
as novas linguagens
eletrônicas. In DIDONÉ, Iraci
Mª, SOARES, Ismar O. (org.).
O jovem e a comunicação. São
Paulo: Edições Loyola, p. 37-
40, 1992.
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2. A EDUCAÇÃO E AS TECNOLOGIAS: ALTERNTIVAS
DIDÁTICAS PARA A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO1
Janete Krohn Parzianello2
Daniela De Maman 3
As tecnologias dependentes, dentre elas, o computador, o
vídeo, a internet e os meios de comunicação (televisão e rádio) são
temas de muitas discussões atualmente.
Estas discussões são cotidianas, tanto nos meios
educacionais, seja nas disciplinas dos cursos de formação inicial,
ou continuada de professores, seja nos debates e palestras, como
na mídia de um modo geral.
Assim para analisarmos algumas das falas presentes nestas
discussões, no sentido de procurar esclarecer conceitos e relações
que o tema envolve, apresentam-se aqui algumas considerações de
Pocho (2003), sobre diversidade na forma de produzir e apropriar-
se do conhecimento, estudados no cotidiano escolar como objeto e,
como meio de se chegar ao conhecimento.
Pois entendemos que as tecnologias dependentes
desempenham um papel social importante, permitindo aos alunos e
professores a utilização destas diversidades de recursos existente
na sociedade. As tecnologias dependentes contribuem para a
inserção do cidadão na sociedade, ampliando sua
1 Texto produzido a partir da pesquisa bibliográfica realizada mediante estudos desenvolvidos no Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE; 2Professora- Acadêmica do PDE – E-mail: [email protected]; 3 Professora Orientadora da Unioeste/Campus de Francisco Beltrão/PR – E-Mail: [email protected].
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leitura crítica e transformação
(POCHO, 2003, p.15).
O entendimento/conceito
que os educadores tem sobre
o papel que as tecnologias
desempenham na área
educacional precisam passar
por um processo de
desmistificação e
democratização, para que haja
assim dinamização do trabalho
pedagógico, desenvolvendo a
leitura crítica e participando do
processo de integração que
permite a apreensão e troca de
diferentes saberes.
Neste texto procuramos,
enfatizar a necessidade da
escola ter a preocupação com
a leitura crítica dos meios de
comunicação contribuindo para
a elaboração de estratégias de
mudanças de qualidade, por
exemplo, nas metodologias de
ensino na área educacional
procurando, desta forma
propor transformações nossa
sociedade, hábitos,
concepções de vida e a própria
cultura, em sentido mais
amplo. Segundo Moran (1991,
p. 5) os veículos de na
sociedade moderna criam e
recriam informações e a seguir
as difundem como meio de
acesso ao conhecimento
socialmente construído.
Diversos autores, dentre eles,
Leite (2003), Demo (2006) e,
Lévy (1998) confirmam essa
ideia e descrevem a evolução
dos meios de comunicação:
primeiro, foram os livros
(século XV); depois o jornal
periódico (século XVII); o rádio
(século XIX); a televisão e o
computador (século XX). As
tecnologias evoluíram de
maneira diferente, pela
velocidade da criação e
transmissão de informações e
imagens.
Neste contexto merece
atenção o papel de educador
que trabalha a partir da
perspectiva do trabalho
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coletivo, ou seja, busca
interagir com seus colegas,
trocar idéias sobre
planejamento e estratégias
metodológicas. As tecnologias
apesar de reproduzirem as
ideologias dominantes
possibilitam, mediante seu
fluxo de informações, que
atinge a todos, o acesso a
certo tipo de conhecimento
que vincula os indivíduos ao
local e tempo em que vivem.
Trata-se de garantir
informações, pelo processo de
educação informal, àqueles
que têm neles quase que as
únicas oportunidades de
aprendizagem.
Os meios de
comunicação de massa podem
ser vistos como uma
alternativa educacional, pois
se caracterizam como recursos
que modernizam a educação e
que devem ser utilizados
intensivamente, para suprir
deficiências da escola ou
ainda, são vistos como
dominadores, alienantes,
devendo por isso ser
combatidos, rejeitados ou
ignorados.
Na opinião de Moran
(1991, p.6) esses meios de
comunicação não são todos
poderosos nem diabólicos são
simples, fáceis, mas não
ingênuos; fascinantes e
preocupantes, ao mesmo
tempo. O que se faz
necessário é desmitificá-los.
Daí a importância da leitura
crítica dos meios de
comunicação de massa. A
importância da escola,
enquanto equipe pedagógica,
nessa tarefa de desvelar a
trama nos meios de
comunicação é fundamental
nos dias de hoje. Trata-se, de
formar o leitor crítico (alunos e
professores) ao aprender a
conviver, ler e entender melhor
os significados, mecanismos
de ação e resultados práticos
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da influência dos meios de
comunicação de massa na
vida das pessoas.
Estas idéias podem ser
concretizadas mediante uma
proposta de leitura crítica que
poderá desenvolver-se em
espaços educativos como:
família, escola e comunidade.
Torna-se indispensável que a
escola reveja sua relação com
os meios de comunicação,
consciente da relevância
dessa opção política para a
sociedade.
Assim podemos afirmar
que utilização de instrumentos
tecnológicos proporciona à
escola a possibilidade de
desenvolver em seus alunos a
capacidade de leitura crítica
dos meios de comunicação.
Na era digital ressalta-se que,
além dos meios de
comunicação de massa tais
como: TV, rádio, revisas,
cinema, merecem atenção, por
exemplo, a internet e o vídeo
game, como elementos do
processo educativo de leitura
crítica da comunicação. Trata-
se de incluir nesta proposta
todos aqueles meios que
influenciam o convívio social,
as formas de pensar, sentir e
se relacionar como
conhecimento, envolvendo os
seguintes objetos: programas
de televisão em geral;
programas de ficção
(novelas/seriados); valores dos
programas de ficção; ficção
confrontada com a própria
experiência; publicidade, que
abrange a credibilidade dos
comerciais de rádio, jornal e
televisão, os processos
simplificados de comerciais, a
mulher nos comerciais, etc.;
informações dos meios de
comunicação e análise da
programação infantil.
Mas é preciso ter claro,
que se deve analisar a relação
do grupo social no qual
estamos inseridos com os
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meios de comunicação, para
apurar o que leva os indivíduos
a desejá-los e querer assisti-
los. Ao professor cabe, então,
a tarefa de investigar fazer
quais os instrumentos são
mais adequados a cada área
do conhecimento? Ou, quais
são os meios de comunicação
preferidos, pela ordem de
preferência; programas
preferidos, com indicação das
razões da preferência; o que o
leva a ver TV, ouvir rádio, ler
jornais e revistas. Inclui ainda
questionar e analisar: cenários;
técnicas de produção e
entrevistas; as notícias ao
serem editados, telejornais
superficiais ou facilmente
digeríveis e as sequências de
más notícias, somente no final
uma boa noite, até
acompanhada de um sorriso
com uma boa noite.
Destacamos que a leitura
crítica da comunicação, por
meio de suas atividades
pedagógicas, permite, através
de reflexões sistemáticas, a
formação de leitores críticos
não só dos meios de
comunicação de massa como
do próprio mundo. Nessa
perspectiva, a utilização dos
meios e de suas linguagens
deve favorecer que os
indivíduos se expressem e
exercitem a sua cidadania.
As sugestões de ação
para o professor apresentadas
não esgotam as
possibilidades, que sirvam
como ponto de partida para
que sejam descobertas e
ampliadas novas
possibilidades pedagógicas
capazes de orientar os alunos
no desenvolvimento dessa
capacidade crítica tão
importante para a formação do
cidadão lúdico e atuante.
A preocupação é a
possibilidade das escolas
incorporarem as tecnologias
da comunicação em função de
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pressões e de modismos
sociais. Partia-se do
pressuposto que as escolas
absorveriam esses recursos
sem problematizá-los,
minimizando a contribuição
dos demais aspectos
determinantes do sucesso ou
do fracasso educacional. Ou
seja, que a escola corria o
risco de absorver os recursos
tecnológicos como
solucionadores dos problemas
educacionais, reduzindo o
problema da educação escolar
a uma discussão meramente
tecnológica. Porém, a ênfase
dada às tecnologias da
comunicação na educação por
cada um dos segmentos
parece-nos ser diferente.
Procurando explicitar
estas ênfases destacamos que
para os diretores elas se
inscrevem no quadro de
necessidades de
aparelhamento da escola. Para
os professores elas ajudam a
modificar a aparência obsoleta
da didática escolar e precisam
ser incorporadas como um
meio que facilita a
operacionalização do trabalho
docente. Para estes, embora
seja um dos meios que facilita
o processo de ensino e
aprendizagem, as tecnologias
da comunicação asseguram o
envolvimento, o interesse
maior dos alunos com as aulas
e modernizam a escola
permitindo a concorrência com
os demais meios de
comunicação social.
Diretores e professores
segundo Pocho (2003)
apontam a incorporação das
tecnologias da comunicação
no cotidiano do trabalho
escolar, como meio de
melhorar a qualidade do
ensino. Por exemplo: o uso de
computador, televisão,
videocassete, multimídia, etc..
Eles acreditam que estes
recursos modificam a
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aparência ultrapassada da
didática escolar caricaturada
no giz, na lousa e na retórica
do professor e facilitam os
processos de aprendizagem
dos educandos. Esta
percepção parece estar
sincronizada com as propostas
da atual política educacional
brasileira, federal e estadual,
que investe no aparelhamento
da estrutura física das Escolas
Públicas.
Assim a incorporação
das tecnologias da
comunicação tem por objetivo
complementar o trabalho
docente contribuindo para
aperfeiçoar o processo de
ensino e aprendizagem
estando diretamente associada
à percepção de uma boa aula.
Assim, para eles o aspecto
mais importante é uma aula
onde o relacionamento
professor-aluno é bom e a
transmissão e assimilação dos
conteúdos é assegurada.
Dados coletados na escola
que elucida a presença da
tecnologia no contexto
escolar.
Procuramos realizar uma
pesquisa como forma de
acompanhar as falas dos
alunos sobre a presença da
tecnologia nas aulas. Assim
procedemos ao trabalho de
realização de entrevista com
perguntas estruturadas. Os
depoimentos dos alunos,
segundo, dados coletados em
instituições escolares da Rede
Estadual de Ensino do
Município de São Jorge
D´Oeste/PR fazem menção ao
fato de reclamarem a presença
dos recursos tecnológicos no
ambiente escolar, mas não
atribuem a estes o poder de
melhorar a qualidade da
educação. Eles valorizam,
principalmente, o papel do
professor como definidor da
qualidade do ensino. Isto se
traduz em: relação de respeito
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entre professor-aluno,
transmissão de conteúdo de
modo planejado e
compreensível, pontualidade e
compromisso, afetividade nas
relações pessoais e disciplina
necessária para o estudo.
Nesta perspectiva os
Meios de Comunicação além
de não eliminarem o papel do
professor, ajudam-no a
desenvolver sua tarefa
principal que é a de obter uma
visão de conjunto, educar para
uma visão mais crítica, motivar
o aprendizado dos conteúdos
curriculares.
A escola continua sendo
acusada de maximizar os
processos de exclusão social,
intelectual, cultural e
econômica. Diante destas
afirmações entendemos que é
de certa forma confortável
absorver os recursos
tecnológicos como
solucionadores mágicos dos
problemas educacionais, ou
seja, conceber a tecnologia
como algo independente das
relações sociais, de poder e de
classe. Por outro lado, a
escola não é um elemento
passivo neste processo.
Partindo-se deste pressuposto,
entendemos que se faz
necessário buscar soluções
para os problemas da
educação: número de jovens
em idade escolar fora da
escola, repetência, evasão,
formação inadequada de
profissionais da educação,
salários que não oferecem
condições dignas de
sobrevivência, sucateamento
da estrutura escolar, ausência
de recursos físico-humanos e
financeiros, tradicionalismo
didático-metodológico.
As tecnologias da
comunicação em termos
teóricos e, inclusive práticos
quando utilizadas mediante
uma metodologia de
qualidade, pelo professor
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apresentam-se como um dos
recursos que podem ajudar a
reverter à situação em que se
encontra o ensino público
brasileiro. Isto só será
verdadeiro se estes
instrumentais forem
incorporados considerando os
nossos referencias
educacionais, econômicos e
culturais.
Se a importação das
tecnologias da comunicação
implicar em transposição de
modelos enraizados em outras
realidades, isto representará
um enorme desperdício de
recursos e poderá ocasionar
danos educacionais sérios.
Estamos nos referindo à
tendência moderna de se
trazer modelos não só fora do
nosso contexto cultural, mas
também de fácil transposição e
massificação. Estes modelos
baseados em instrução
programada tendem a
restringir qualquer iniciativa de
professores e alunos enquanto
sujeitos construtores do
conhecimento e
potencialmente conscientes e
criativos. Isto representaria,
em curto prazo, uma geração
educada com escassos
estímulos quanto ao
desenvolvimento da
inteligência, da consciência e
da criatividade, podendo vir a
dificultar o país na produção
científico-tecnológico,
considerando que dentro do
atual modelo econômico a
escassez de cidadãos
conscientes e criativos poderá
reforçar ainda mais os laços de
dependência.
Neste sentido que
colocamos como foco central
da discussão a questão as
condições de trabalho
existentes nas escolas
públicas e da encampação das
tecnologias da comunicação
enquanto ferramentas
facilitadoras no
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encaminhamento das reais
necessidades da população
escolar.
A questão que se coloca,
portanto, não é a de se
condenar a entrada das
tecnologias da comunicação
na escola e nem a de se
deslumbrar frente à utilização
desses Meios, mas de
problematizar como estas
tecnologias podem ser
incorporados de modo a
favorecer o processo educativo
e o repensar as condições de
trabalho na instituição.
O trabalho nos mostrou
que as tecnologias da
comunicação podem e deve
ser encampada pela educação
escolar desde que esta não
perca de vista a especificidade
de seu trabalho, qual seja o de
transmitir os conhecimentos
socialmente acumulados
construindo a cidadania num
processo participativo,
democrático, socializador e
emancipador.
A Formação Permanente
Diante desta perspectiva nos
deparamos com outra questão
a ser considerada no contexto
educacional: a formação
permanente dos professores.
Demo (2006) investiga esta
questão e aponta sobre a
importância das tecnologias
em educação para que a
formação permanente se
efetive. Salientando que o
futuro da educação está na
teleducação, não nos
esquecendo do compromisso
maior das instituições de
ensino que é com a
aprendizagem, como
resultante de um processo de
apropriação e assimilação. O
cotidiano dos educadores se
divide entre os entusiastas
com excesso que vêem as
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novas tecnologias como meios
para resolver as dificuldades
de aprendizagem.
Contrários estão os
desacreditados que pensam
educação e tecnologias não se
relacionam. O ideal é o
equilíbrio entre ambas, é
fundamental dar devida
importância as tecnologias
para a implementação da
aprendizagem como uma
necessidade do contexto.
A tecnologia evolui com
muita rapidez que nos seres
humanos temos dificuldades
em acompanhar sua evolução.
Vivemos em uma sociedade
letrada e tecnológica. A
realidade cria, a todo o
momento, desafios que exigem
uma visão mais crítica e
ampliada sobre os recursos
que estão a nossa volta.
Desta forma podemos
dizer que o ser humano possui
a capacidade que o difere de
tudo que existe na natureza e
do que já foi inventado, tem a
capacidade de sentir reações e
pensar suas ações, mas nem
sempre a usa. Enquanto a
máquina somente responde a
comandos emitidos pelo
homem de forma automática,
programada, mecânica. O ser
humano é único, cada um
possui suas características,
que os diferem uns dos outros
por mais que se pareçam. Já
as máquinas são reproduzidas
em séries, iguais, fornecendo
sempre as mesmas respostas.
Sendo assim, precisamos
estar dispostos as mudanças,
para evoluirmos, nos
adaptando com facilidade,
estar dispostos ao estudo ou
aperfeiçoamento profissional,
aprendendo através da
experimentação produzindo
conhecimento. Além de agir
com moderação, usando
sempre o meio termo da
aprendizagem que é
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reconstrutiva. O conhecimento
pode ser emancipatório e
colonizador dependendo da
condição ética, podendo servir
ao bem e ao mal; assim
transformando e sendo
transformados, evoluímos.
Demo (2006) coloca que
as máquinas são o produto da
inteligência, a serviço do
mesmo, concebemos que a
aprendizagem acontece com o
cérebro e não com a
tecnologia. É próprio da
natureza nos oferecer um
mundo de criatividade
inesgotável, visível em
evolução para além da
reprodução, a produção do
novo. Assim observamos a
diversidade de seres humanos,
a mente humana interpreta,
entende; já as tecnologias
sempre produzem as mesmas
coisas, xerox, obedecendo
somente a comandos.
As máquinas são
ferramentas úteis, mas não
são ultrapassam o cérebro
humano, em termos de
capacidade de discernimento
de informações, mas
apresentam maior capacidade,
quando nos referimos ao fato
de armazenar informações, de
cálculos mais elaborados e da
velocidade de processamento
das informações requeridas.
Isto nos remete a questão da
desmistificação de que o
professor pode ser substituído
pela máquina.
Mas, para os professores
acompanharem as
informações processadas e
manusearam com habilidade
as máquinas, ou seja,
acompanharem a evolução
tecnológica é preciso que
estes professores invistam em
sua formação permanente,
como processo de
reconstrução de sua prática
pedagógica, á medida que
torna possível estudar a
qualquer hora e lugar,
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respeitando os ritmos
individuais. Para atender esta
demanda da formação
permanente será necessário o
uso das tecnologias
informacionais.
A formação permanente
exige que saibamos
desconstruir-nos e reconstruir-
nos como sujeitos capazes de
atuar com autonomia, apostar
na aprendizagem, mantendo
as tecnologias como subsídio.
Para aprender bem é
indispensável saber pesquisar
e elaborar, redigir textos
próprios, ler sistematicamente,
argumentar e contra-
argumentar, para a construção
do sujeito autônomo.
Dentre estes fatos
destacamos a importância das
tecnologias em educação, em
especial para a Educação à
Distância, que são
proporcionadas através de
recursos virtuais, nesta
modalidade surgem os
estudantes virtuais, os quais
são conhecidos como
aprendizes online.
Quando tentamos
conceituar o que é virtual, não
existe uma única definição,
Moran (1995) propõe uma
discussão, para encaminhar o
uso mais adequado do termo
em educação.
Primeiramente a
dimensão virtual é fruto da era
informacional ou é próprio da
natureza humana desde
sempre. O virtual é outro modo
de expressão da realidade,
não se contrapondo ao real,
admite-se presença física e
presença virtual, ambas são
presenças. Assim o estudante
virtual é real, apenas o seu
modo de presença é à
distância, o que não o impede
de estudar, pesquisar,
aprender, conhecer e partilhar
à distância. A dimensão virtual
é própria da natureza humana,
à medida que laços de
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afinidade, afeto, envolvimento
podem ser produzidos,
mantidos, cultivados à
distância.
Outra forma de definir, o
termo virtual é usado como
relação inclusão, ainda não
atualizada, por vezes também
irreal, além de ficcional ou
ilusória, além de simulada.
Fixa-se na ideia de que virtual
se contrapõe ao atual,
certamente real de forma
insatisfatória, o ciberespaço é
virtual e atual, parece ser parte
integrante da natureza
humana, as tecnologias
informacionais tornam a
dimensão virtual mais
palpável, presente ao mesmo
tempo em todo lugar. Admite
se dualidade entre virtual e
real, a história atualiza a
virtualidade do ser humano.
No campo educacional é
comum a contraposição entre
presencial e virtual, presentes
nas legislações vigentes, à
medida que separa cursos
presenciais daqueles à
distância, aos quais não
seriem presenciais, não se
trata de assegurar a
aprendizagem, mas de
controlá-los, existe uma
diferença entre a presença
virtual, mas não é prudente a
separação entre concreto e
virtual.
Estudos como de Pocho
(2003) apontam para a
complexidade das visões com
relação à ideia de presença
física e presença virtual. O real
teria adquirido profundidade,
para além da expressão física
externa, capaz de comparecer
em infinitas dimensões. A
realidade virtual é criada pelos
computadores com a
revolução digital, dando a
entender que a possibilidade
de ultrapassar a representação
física, própria deste tempo.
Contesta-se, por vezes,
que possa haver “educação à
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distância”, se levarmos em
conta que entre os mamíferos
a educação implica em
proximidade física, nenhuma
mãe aceitaria educar seu filho
à distância, sabe da
importância da presença física,
do contato. Na relação
pedagógica, a presença física
não é exclusiva, podendo-se
falar de educação virtual,
desde que se coloquem os
termos em seu devido lugar.
Assim pensando a
universidade como condição
de criação do futuro, estamos
caminhando para uma
comunidade virtual de
aprendizagem, fato este
comprovado no crescimento
espantoso dos cursos virtuais
no cenário atual.
Embora reclamando dos
alunos da virtualidade, no
sentido de diminuir a
convivência física direta, as
tecnologias do virtual vêm
substituindo o real. As
comunidades virtuais tendem a
ser mais democráticas,
enquanto alguns já temem o
que chamam de classe virtual
global, como nova
concentração de poder.
Quando apontamos para
o fato da “formação
continuada” ser condição
necessária para os
professores desenvolverem
um trabalho qualitativo
mediante o uso de recursos
tecnológicos no processo de
ensino fazemos menção ao
fato da formação continuada
ser vista por alguns
professores como cursos para
informar, adestrar, e não como
formação comprometida com a
qualidade da atuação
profissional, com vistas à
melhoria do processo de
ensino e aprendizagem dos
alunos.
É necessário e urgente
propor algo diferente. Falando
dos professores em atuação,
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que precisam de formação
permanente, devem ser
ofertados cursos mais longos,
intensivos, que levem o
professor a pesquisar e
elaborar sistematicamente,
propondo durante o curso uma
maior carga horária para
leitura e estudo. Com a
finalidade de garantir uma
experiência que evidência a
aprendizagem adequada para
os professores, de tal modo, e
como conseqüência, fazer o
aluno aprender. Ou seja, o
curso é útil com aplicação em
sala de aula, é oportuno ter
como meta inicial para o grupo
aprender a pesquisar e
elaborar com orientação
freqüente.
Segundo Demo (2006,
p.119) na aprendizagem
reconstrutiva os resultados da
formação devem ser assim
sistematizados:
- elaboração de materiais
didáticos próprios;
- elaboração do projeto
pedagógico próprio;
- estudar sistematicamente;
- ler sistematicamente;
- desconstruir e reconstruir as
práticas.
Entretanto apontamos
para o fato de que formação
permanente não se resume a
cursos intensivos, é
fundamental que o professor
continue estudando sempre,
que tenha o hábito da leitura
como fonte de conhecimento,
de atualização e como
alternativas para propor
estratégias metodológicas que
qualifiquem sua atuação
pedagógica inclusive
sugeriram que como forma de
administrar sua formação
continuada seria a
manutenção de grupos de
estudo no ambiente escolar.
Propomos ainda alternativas
como: cursos de pós-
graduação evitando propostas
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instrucionistas. É importante
aumentar o número de
professores com mestrado e
doutorado, mas é
constrangedor observar que
títulos dos docentes e
aproveitamento escolar dos
alunos não se relacionam.
Nesta proposta de
formação continuada e
permanente é regra, presença
física, porém, interessados em
oportunidades virtuais, porque
estas podem mais facilmente
adaptarem-se aos ritmos
individuais, necessidades e
condições dos professores
precisam ter claro que os
conceitos a serem construídos
durante um curso de formação
continuada são essenciais
para o desenvolvimento de
práticas pedagógicas
condizentes com as
perspectivas de um ensino de
qualidade que versa sobre
conceitos científicos.
Considerações
Alimentar os professores de
modo sistemático pela via
eletrônica, ou similar, para que
possa ter acesso a
oportunidades tais como:
acompanhar o movimento
editorial em sua área, inclusive
com resenhas pertinentes de
autores e teorias; poder pedir
informações e dar sugestões;
permutar experiência, com
devida avaliação crítica e
autocrítica; organizar eventos,
grupos, chances de
aprendizagem reconstrutiva
coletiva; permutar elaborações
próprias; publicar
eletronicamente, entre outras.
Outro desafio
preocupante é o acesso no
ambiente escolar aos meios
eletrônicos. As escolas
carecem que equipamentos,
como por exemplo,
computadores, projetor de
multimídia, neste sentido é
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necessário que os
profissionais da escola
desenvolvam um trabalho
coletivo imbuído em garantir os
meios necessários para que os
alunos tenham acesso aos
mesmos, de maneira que
possam trabalhar com a
internet, dispor de material de
apoio para os estudos,
eliminando assim o argumento
do professor que não tem
chance, não tem livro, não
tem. Entendemos que o
acesso a internet caracteriza-
se como alternativa
interessante para o
planejamento de atividades
didático-pedagógicas.
Em jogo está a mudança
do perfil do professor, pois
entendemos que o perfil ideal
de professor que apontamos
neste texto como o profissional
que está preparado para
administrar sua formação
profissional é aquele que, além
de formação original
adequada, mantém-se em
formação permanente como
condição fundamental de sua
atuação profissional
comprometida com construção
de conceitos científicos. Deve
ser a imagem viva de quem
sabe aprender estudar,
pesquisar, elaborar, para
poder construir tais efeitos nos
alunos. A formação
permanente poderá oferecer
isso ao professor.
Referências
DEMO, Pedro. Formação
permanente e tecnologias
educacionais. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2006.
LÈVY, Pierre. As Tecnologias
da Inteligência – O futuro do
pensamento na era da
informática. São Paulo: Ed.
Trinta e quatro 1998.
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POCHO, Claúdia Lopes.
Tecnologia Educacional:
descubra suas possibilidades
na sala de aula. Rio de
Janeiro: Vozes, 2003.
MORAM, José Manuel. O
vídeo na sala de aula. In:
Comunicação & Educação.
São Paulo, ECA - Ed.
Moderna, v.2, p. 27 a 35, jan.
/abr. de 1995
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3. TECNOLOGIAS NA SALA DE AULA: O PROFESSOR COMO
MEDIADOR DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM1
Janete Krohn Parzianello2
Daniela de Maman3
As inovações tecnológicas, atualmente passam por constante
transformações, dentre elas, destacamos as diferentes formas de
operacionalizar os instrumentos tecnológicos, como também
fazemos menção a importância das inovações e modernizações no
âmbito educacional, na aquisição de novos equipamentos
tecnológicos, bem como a preparação dos profissionais da
educação para a aquisição destes equipamentos, visando uma
melhoria da qualidade de ensino, oportunizando assim, novas
formas de organização do trabalho pedagógico.
É importante considerar que, possuidoras de infra-estrutura
mínima, as escolas avanças na disseminação quanto ao uso das
tecnologias, utilizando-as com os pressupostos; que o sujeito
constrói o seu conhecimento; para isso sendo necessária a
mediação o e planejamento das situações de ensino e de
aprendizagem.
Surge a necessidade de contínua atualização em todas as
esferas sociais, principalmente no âmbito escolar. As tecnologias,
em especial o computador e a internet adentram as salas de aula
_______________________________
1 Texto produzido a partir da pesquisa bibliográfica realizada mediante estudos desenvolvidos no Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE; 2Professora- Acadêmica do PDE – E-mail: [email protected];
3Professora Orientadora da Unioeste/Campus de Francisco Beltrão/PR – E-Mail: [email protected].
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como uma ferramenta na
mediação do processo de
conhecimento.
Para entender as
exigências do mercado
competitivo do trabalho o
indivíduo precisa aprender e
assimilar o conhecimento
produzido pela humanidade e
os novos paradigmas,
necessitando adaptar-se a
esta nova era tecnológica e
integrar-se a ela, sabendo lidar
com a realidade imposta pelo
mundo virtual.
De acordo com Teruya
(2006, p.42), a educação
escolar não tem o poder de
modificar toda uma
mentalidade, porque há
concorrência desigual e
desleal da parte do aparato da
mídia eletrônica em nível
global; seu apelo ao
entretenimento, permeado de
muita pobreza cultural,
banaliza a vida cotidiana e
define o modelo de
comportamento e de conduta
alienada, próprio da sociedade
capitalista. Entretanto, o
educador pode contribuir para
propiciar uma conduta, mais
crítica diante das visões
alienadas e dos preconceitos,
cultivando os embriões de uma
nova geração de indivíduos
humanos mais criativos e mais
preparados para o mundo
contemporâneo. Não se trata
necessariamente de produzir
um novo conhecimento, mas,
conhecer a produção humana,
no sentido de abrir horizontes
do saber que permitem criar e
inovar, utilizando-se do
conhecimento universalizado e
consagrado pela ciência.
Desta maneira o sistema
escolar precisa compreender e
incorporar a linguagem virtual
da internet, e integrar esta
tecnologia de forma inovadora
como fonte de pesquisa e
ferramenta de trabalho,
tornando-a um elemento que
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poderá contribuir para uma
maior vinculação entre os
contextos de ensino e as
culturas, que se desenvolvem
também fora do âmbito
escolar.
Os instrumentos
tecnológicos enquanto
ferramentas pedagógicas,
quando bem utilizadas,
poderão oferecer maior
subsídio para uma nova
postura na ação docente.
Neste aspecto entende-se que
os professores são sujeitos
dos saberes e mediadores de
toda ação pedagógica que
ocorre no interior da escola,
por esta razão, necessitam
apropriarem-se das novas
tecnologias, não apenas para
motivar os alunos, mas para
compreender o processo ativo
e dinâmico que ocorre nessa
interação entre homem e a
máquina.
Analisando esses
autores percebe-se uma
defesa do uso das mídias no
contexto educacional. Mas, o
que ocorre na grande maioria
das vezes nas escolas, com
raras exceções, é uma
educação privilegiando os
métodos tradicionais, ou então
uma tentativa de introdução de
recursos tecnológicos variados
de forma inadequada, sem
objetividade,
descontextualizada, sem
significado, tornando-se
apenas uma ferramenta para
incrementar a aula. Usar de
forma inadequada talvez seja
mais prejudicial do que se não
fizesse seu uso. Com relação
ao uso inadequado, vejamos o
que é apontado por Vani
Moreira Kenski:
A formação de qualidade dos docentes deve ser vista em um amplo quadro de complementação às tradicionais disciplinas pedagógicas e que inclui algum conhecimento sobre o uso crítico das novas tecnologias de informação e
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comunicação (não apenas o computador e as redes, mas também os demais suportes midiáticos, como o rádio, a televisão, o vídeo etc.) em variadas e diferenciadas atividades de ensino. É preciso que o professor saiba utilizar adequadamente, no ensino, essas mídias, para poder melhor explorar suas especificidades e garantir o alcance dos objetivos do ensino oferecido (2003 p. 88-89).
Percebe-se que Kenski
(2003) reforça a referente ao
perigo do uso inadequado,
uma vez que os autores
referem-se a um grupo de
educadores que tentam
utilizar-se dos meios, mas
geralmente por não possuírem
qualificação pecam na sua
utilização.
Pode-se pensar na
formação continuada, em
serviço, como uma das
possibilidades de estudar,
refletir sobre as mudanças,
pelas quais passa a
sociedade, caracterizada pela
valorização da informação,
reconhecer e avaliar estas
ferramentas tecnológicas para
elaborar e desenvolver
práticas pedagógicas que
promovam o desenvolvimento
de forma reflexiva, sobre
conhecimentos e usos da
tecnologia de comunicação e
informação.
A partir deste parâmetro
é possível perceber que o
educador necessita de
atualização para o trabalho
docente, uma vez que é co-
responsável na produção e
reprodução desses novos
conhecimentos.
Assim com a utilização
de novas tecnologias, sejam
elas, computador, TV
multimídia, rádio ou internet, o
estudante tem a possibilidade
de desenvolver suas
potencialidades, tanto
cognitivas, como estéticas,
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através das múltiplas maneiras
que o docente pode realizar
nos espaços de interação,
propondo problemas reais, que
gerem processos de
construção do conhecimento.
Desconhecer e negar as novas
tecnologias faz o ensino
retroceder no tempo.
Sendo assim, a
tecnologia educacional surge
como um campo de estudo
cuja preocupação principal é a
melhoria do ambiente
educacional com vistas a
facilitar o processo de ensino e
aprendizagem, como também
se propõe a criar métodos e
técnicas para possibilitar o
desenvolvimento e a produção
de ambientes de
aprendizagem, sejam eles
tecnológicos ou não.
Podemos ainda
argumentar que as tecnologias
digitais e a internet têm
influenciado a área
educacional e muitos autores
afirmam que a internet será
responsável por uma grande
revolução no sistema de
ensino, uma vez que
possibilitam o contato com o
mundo virtual através imagem,
sons e palavras ao mesmo
tempo e uma comunicação em
tempo real com pessoas do
mundo inteiro. Assim, as
informações e o conhecimento
são transmitidos com rapidez e
facilidade, porém, com tudo
isto, o papel do educador
torna-se imprescindível, no
que diz respeito à veracidade e
à qualidade, pois nem tudo o
que circula no mundo virtual é
passível de credibilidade.
Desta maneira as novas
tecnologias não vêm para
substituir o professor, mas
para contribuir com a prática
docente, no processo ensino e
aprendizagem. Cabe ao
professor saber utilizar essas
ferramentas e através delas
formar cidadãos capazes de
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identificar e compreender as
teorias que norteiam o
paradigma tecnológico da
comunicação e informação.
Conforme Teruya:
O papel da escola não se limita a desenvolver metodologias para erradicar o “analfabetismo tecnológico”, mas também oferecer instrumentos para analisar criticamente os recursos do ciberespaço, no sentido de privilegiar a formação ética, incentivando a participação coletiva no processo de construção da nova sociedade, verdadeiramente democrática, ou seja, um mundo onde todas as pessoas usufruam os benefícios das conquistas científicas (TERUYA, 2006, p.68)
Deste modo entendemos
que os instrumentos
tecnológicos, quando utilizados
de maneira adequada, ou seja
a partir de uma metodologia
correspondente as exigências
tanto dos conteúdos quanto da
maturidade intelectual dos
alunos possibilitam a
qualificação do processo de
ensino, pois oferecem auxilio
pedagógico e material
atualizado tanto para o
educador, como para os
alunos, além de facilitar a
aprendizagem, porém requer
fundamentação teórica e
metodológica para trabalhar no
ambiente informatizado. O
papel desempenhado pelo
professor continua sendo
fundamental e insubstituível.
Mas será que os
professores estão preparados
para a utilização dos
instrumentos tecnológicos? O
que deveriam ensinar e
aprender diante desta
perspectiva? Segundo Teruya
(2006, p.93), o conhecimento
depende da informação, mas o
acesso ao conhecimento. A
diversidade de informação,
que é veiculada nos meios
impressos e eletrônicos de
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comunicação, está gerando
problemas físicos e
psicológicos nos indivíduos
que não sabem o que fazer
com tanta informação. O
individuo, antes de buscar
informação, precisa saber com
clareza o que procura para
tornar a tecnologia útil.
Desta forma afirmamos
que para o educador utilizar os
instrumentos tecnológicos e
midiáticos no ambiente escolar
é necessário a utilização uma
metodologia de ensino e uma
concepção de educação que
integrem os conteúdos a esses
instrumentos, e para que isto
aconteça o professor precisa
estar preparado, capacitado e
apto, pois sem um referencial
teórico e moral para suas
atividades pedagógicas, ele se
tornará uma presa fácil neste
mundo tecnológico.
A partir disso, é possível
entender que a tecnologia
educacional vai além de
recursos físicos, uma vez que
a preocupação maior centra-se
em oferecer ao professor
instrumentos de reflexão e de
ação dentro de um contexto de
ensino e aprendizagem amplo,
tendo o aluno como centro da
ação do professor que exerce
o papel de mediador no
processo de aprendizagem do
educando.
É imprescindível a
compreensão de que a
utilização da tecnologia
educacional, de forma
coerente com este concepção,
só se dá com a previsão desta
utilização em todas as
instancias de planejamento
educacional. Dessa forma, é
no planejamento do processo
de ensino e de aprendizagem
que serão explicitadas as
estratégias e os recursos
presentes na mediação.
A tecnologia, a escola e
a educação, no paradigma
educacional vigente, é função
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da educação, também da
escola, preparar as pessoas
para viver, agir como cidadãos
e trabalhar na sociedade, a
qual está totalmente
informatizada.
Porém, Moran afirma
que:
nosso desafio maior é caminhar para um ensino e uma educação de qualidade, que integre todas as dimensões do ser humano. Para isso precisamos de pessoas que façam essa integração em si mesmas no que concerne aos aspectos sensorial, intelectual, emocional, ético e tecnológico, que transmitem de uma forma fácil, entre o pessoal e o social, que expressem nas suas palavras e ações que estão sempre evoluindo, mudando, avançando (Moran, 2004,p. 15).
É possível afirmar que a
escola caracteriza-se como a
instituição criada pela
sociedade com a função de
formar cidadãos, mas não
exclusivamente, de educá-los
para o exercício da cidadania.
A escola concentra seus
esforços naquelas atividades
consideradas mais importantes
pelo “paradigma” de educação
vigentes, ou seja, a
transmissão de
conhecimentos.
Moran destaca que,
o professor, com o acesso a tecnologias telemáticas, pode se tornar um orientador/gestor setorial do processo de aprendizagem, integrando de forma equilibrada a orientação intelectual, a emocional e a gerencial. O professor é um pesquisador em serviço. Aprende com a prática e a pesquisa e ensina a partir do que aprende. Realiza-se aprendendo-pesquisando-ensinando-aprendendo. O seu papel é fundamentalmente o de um orientador/mediador (Moran 2004, p.30).
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Assim o aparente
distanciamento da maioria dos
professores em relação ao uso
de tecnologias em sala de aula
esconde, na maioria das
vezes, o medo, falta de tempo,
desinteresse, dificuldades em
lidar com este tipo de
ferramenta, enfim, existe o
medo da máquina como se ela
tivesse vida própria. Para o
professor se familiarizar com a
tecnologia ele precisa usá-la
nas mais variadas atividades.
Acreditamos que quando
os professores tiverem com os
instrumentos tecnológicos, a
intimidade que tem hoje com o
livro descobrirão ou inventarão
maneiras de inseri-lo em suas
rotinas de sala de aula,
encontrarão formas de criar,
em torno da tecnologia,
ambientes ricos em
possibilidades de
aprendizagem que propiciarão
aos alunos uma educação que
os motivará tanto quanto hoje
o fazem os jogos
computadorizados, os
desenhos animados, os filmes
e a música nos seus kips.
Assim, a internet como
uma nova mídia a ser utilizada
na educação deve ser
analisada como um
instrumento de comunicação,
informação, de pesquisa e de
produção de conhecimentos.
Necessita, portanto ser
reconhecida e apropriada
como ferramenta pedagógica.
A internet é hoje uma
ferramenta indispensável no
processo de ensino e
aprendizagem, pois ela
proporciona uma interação
efetiva entre professores e
alunos, possibilitando assim
novas propostas de trabalho.
Ela consegue fazer uma
ligação entre a escola e o
mundo exterior aumentando
assim a comunicação entre a
escola, os alunos, os pais e
toda a comunidade, além de
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proporcionar um trabalho mais
divertido, através do uso
internet o aluno deixa de ser
um mero receptor e passa a
fazer parte ativamente do
processo ensino-
aprendizagem. Para o
professor, o uso da internet é
uma forma de aproximação
dele e do aluno, além de
proporcionar um acesso mais
rápido a notícias científicas e
educacionais atualizadas que
podem ser utilizadas em sala
de aula.
O uso das redes como
uma forma de interação no
processo educativo, amplia a
ação de comunicação entre
professores e estudantes e o
intercambio educacional e
cultural ensinar com o auxílio
da internet derruba as
barreiras de sala de aula
acelerando a autonomia da
aprendizagem dos estudantes
em seus próprios ritmos e
assim a educação assume um
caráter coletivo.
Além do receio frente às
novas tecnologias há também
o problema técnico, pois
freqüentemente o profissional
de educação pública não tem o
domínio necessário para
utilizar essas novas
ferramentas, conforme
mencionamos acima nos
fatores que determinam o
atraso da introdução das
mídias na sala de aula.
Entretanto, o educador ao se
aprofundar em cursos de
capacitação em Fundamentos
da Educação e na parte
específica da sua disciplina,
deverá fazê-lo também com a
mesma dedicação no
manuseio dos recursos
midiáticos, uma vez que
detectamos que estes são de
extrema importância na sua
prática pedagógica.
Esses recursos atraem
os estudantes e ali também
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sentir-se-ão capazes da auto-
aprendizagem. O profissional
de ensino não deve permitir
que esse recurso seja utilizado
único recurso salvador.
Incentivar á pesquisa,
trabalhar a consciência ética e
responsável, deve fazer parte
da preocupação docente.
Explorando bem as
potencialidades do ambiente
virtual nas situações de
ensino-aprendizagem,
possibilita-se a maior interação
do aluno no processo,
conforme destaca Moran,
a internet é uma tecnologia que facilita a motivação dos alunos, pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece. Essa motivação aumenta, se o professor a faz em um clima de confiança, de abertura, de cordialidade com os alunos. Mais que a tecnologia, o que facilita o processo de ensino-aprendizagem é a capacidade de
comunicação autêntica do professor, de estabelecer relações de confiança com os seus alunos, pelo equilíbrio, competência e simpatia com que atua (Moran, 2008, p.06).
Para Moran um dos
aspectos positivos da internet
para a efetivação do processo
de ensino e de aprendizagem,
observa-se os seguintes
pontos:
na internet, também desenvolvemos formas novas de comunicação, principalmente escrita. Escrevemos de forma mais aberta, hipertextual, conectada, multilinguística, aproximando texto e imagem. Agora começamos a incorporar sons e imagens em movimento. A possibilidade de divulgar páginas grupais na internet gera uma grande motivação, sensibilidade, responsabilidade para professores e alunos. Todos se esforçam por escrever bem, por comunicar melhor as suas ideias, para serem bem aceitos, para “não fazer feio”. Alguns dos
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endereços mais interessantes ou visitados da internet no Brasil são feitos por adolescentes ou jovens (Moran, 2008, p.06).
Ainda assim,
constatamos que a internet,
desde o início de sua utilização
como ferramenta educacional,
lá por volta dos anos 90, vem
se tornando uma fonte em
potencial de informações sem
limites e trouxe diferentes tipos
de vantagem e problemas
novos ao professor, pois ao
mesmo tempo em que
possibilita intervenções
pedagógicas bem mais
sofisticadas e até mais
interessantes que as aulas
tradicionais. Por outro lado,
levam ao professor a enfrentar
alterações nas relações de
poder sobre o conhecimento:
onde o professor deixa de ter o
controle sobre o conteúdo de
referência e, passa a gerenciar
informações imprevisíveis, que
os alunos trazem de suas
consultas online para
discussão em sala de aula.
Portanto, é preciso
considerar que o acesso ao
conhecimento online, muda
também as relações do
processo de ensino e
aprendizagem. Por essa razão
é que para o uso destas
ferramentas na educação, não
deve se limitar ao treinamento
de professores como mais
uma inovação tecnológica. É
preciso sim, “res”significar as
práticas educativas, levando
os professores a apropriação
através de uma formação
contínua a incorporação das
ferramentas tecnológicas às
concepções pedagógicas,
resultando em práticas
educacionais que promovam o
saber em diversos campos,
dentro do sistema educacional.
Neste processo de
implantação destas novas
formas de ensinar e aprender,
o professor deverá se
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aperceber como agente
fundamental para atender às
exigências colocadas pela
sociedade da informação e o
papel que lhe cabe, mantendo-
se em contínua formação.
Tendo clareza que a educação
existe em um novo contexto
social e é necessário a ele se
adaptar.
A discussão do tema, o
uso das tecnologias como
instrumento pedagógico, nos
remete a análise da questão
do uso como um meio, um
instrumento, um recurso a ser
utilizado neste processo e, se
bem utilizado poderá e muito
colaborar para atender as
novas exigências colocadas
pela sociedade atual; a
formação de indivíduo apto a
enfrentar essa sociedade em
rápida e em contínua
mudança.
Assim compreender e
incorporar a linguagem virtual
nas salas de aula de nossas
escolas significa buscar
compreender também o
processo de construção de
aprendizagem, a epistemologia
do processo de ensinar e
aprender, na realidade posta
pela sociedade de informação.
E segundo nos apontam
as últimas pesquisas nesta
área, são inúmeros os
benefícios da integração da
tecnologia no processo
pedagógico, mas exigirá do
professor novas estratégias no
ensinar, e principalmente
compreender como se dá o
processo de aquisição do
conhecimento, conceitos ou
esquemas cognitivos ali
produzidos. Isso quer dizer
que durante o processo
ensino-aprendizagem, não
basta o aluno estar em contato
com os recursos da
informatização, pois as
situações de ensino exigirão
muito mais criatividade,
pesquisa, interação e
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adaptação a situações novas
apresentadas, pois a máquina
por si só, não irá promover
conhecimento.
A partir disso, é possível
entender que a tecnologia
educacional vai além de
recursos físicos, uma vez que
a preocupação maior centra-se
em oferecer ao professor
instrumentos de reflexão e de
ação dentro de um contexto de
ensino e aprendizagem amplo,
tendo o indivíduo que aprende
como centro na ação de um
professor que exerce o papel
de mediador no processo de
aprendizagem do educando. É
imprescindível a compreensão
de que a utilização da
tecnologia educacional, de
forma coerente com esta
concepção, só se dá com a
previsão desta utilização em
todas as instâncias de
planejamento educacional.
Dessa forma, é no
planejamento do processo de
ensino e de aprendizagem que
serão explicitadas as
estratégias e os recursos
presentes na mediação.
A mediação não pode
fugir de dois aspectos
fundamentais: sua
intencionalidade e
planejamento. No entanto,
mediante as interações com os
educandos, considerando-se
suas diferenças individuais, e o
uso dos recursos tecnológicos,
na mediação podem ocorrer
imprevistos, diversos e
complexos, os quais podem
ser administrados de forma
mais segura pelos educadores
por meio da elaboração de
diferentes planejamentos na
situação rotineira de trabalho.
Outra consideração
relevante é o fato de que a
configuração dos espaços
destinados ao uso dos
instrumentos tecnológicos faz
com que, muitas vezes, seja
necessário que o professor
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compartilhe seu planejamento
com outros professores,
ampliando-se, assim, a
proposta tão somente da
utilização desses recursos no
plano de ensino.
Referindo-se ao
planejamento e a prática
docente Moran,
nos lembra que cada docente pode encontrar sua forma mais adequada de integrar as novas tecnologias e os procedimentos metodológicos, mas também é muito importante, além de aprender a explorar todas as possibilidades que as tecnologias oferecem que o educador aprenda dominar as formas de comunicação interpessoal/grupal e as de comunicação audiovisual/telemática (2000, p.32)
Teremos que ter clareza
de que a educação escolar
neste momento necessita
incorporar uma aprendizagem
que venha atender às
exigências necessárias desta
nova sociedade de informação,
onde o mundo do trabalho
exige indivíduos cada vez mais
talentosos, criativos que
sabiam analisar, projetar e
produzir conhecimentos.
Para Moran (2000, p.86-
87) ao desenvolver uma
análise sobre um paradigma
emergente como: a busca da
visão de totalidade no enfoque
da aprendizagem e o desafio
da superação da reprodução
do conhecimento deixam claro
que é também importante
educar para o uso
democrático, mais progressista
e participativo das tecnologias
para que facilitem as possíveis
manipulações para o uso
educativo da internet.
Moran, educador e
incentivador do uso das mídias
na educação diz que:
a televisão e o vídeo partem do concreto, do visível, do imediato, do próximo – daquilo que toca todos os sentidos.
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Mexem com o corpo, com a pele – nos tocam e “tocamos” os outros, estão ao nosso alcance através dos recortes visuais, do close, do som estéreo envolvente. Pela TV e pelo vídeo sentimos, experimentamos sensorialmente o outro, o mundo, nós mesmos. (Moran, 2000, p.37)
O autor afirma ainda, que
os alunos estão prontos para a
multimídia, pois são de uma
geração que nasceu sob o
fascínio das novas tecnologias.
Todavia, o professor que é de
uma geração diferente terá
que adequar sua forma de
trabalho para atrair essa
platéia acostumada a cor e
movimento. Para isso será
necessário que o professor se
atualize e aprenda a utilizar as
tecnologias existentes. Não
basta ter um laboratório e/ou
sala de vídeo equipado, é
necessário que se saiba
operá-los.
Mas, de acordo com
nosso ponto de vista o maior
desafio hoje, é a busca de uma
abordagem que possibilite a
aproximação de referenciais
que supere a fragmentação e
reprodução do conhecimento,
uma prática pedagógica que
torne o indivíduo sujeito ativo
do processo de ensino e
aprendizagem. Uma
abordagem progressista de
ensino, instrumentalizada pela
tecnologia de forma inovadora.
Segundo o contexto atual
da sociedade de informação,
para atender as exigências e
cumprir os novos papéis que
lhe estão sendo destinados na
formação de indivíduos aptos a
enfrentar e responder a estas
demandas, o professor deverá
estar em permanente reflexão
a respeito da educação que
recebe e transmite. É preciso
ter a clareza destas novas
tarefas e responsabilidades e
assumir novos conhecimentos
e atitudes, manter-se em
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constante formação, torna-se
fundamental.
Após estas explicitações
chamamos atenção para o fato
da necessidade de
oferecimento de um processo
de formação continuada que
possibilite condições para o
professor construir
conhecimentos sobre as novas
tecnologias, principalmente
dando a ele suporte teórico e
técnico para a
contextualização do
aprendizado e experiências
vividas à nova situação de
ensino aprendizagem agora
postos pela nova sociedade do
conhecimento/informação.
Por isso, a formação
deve sempre considerar o
contexto educativo em que o
professor esteja inserido, para
que o mesmo a incorpore em
seu fazer pedagógico de forma
consistente. Conhecer e
debater o uso destas
tecnologias se faz necessário.
Permitindo que cada professor,
dentro de sua realidade de
formação e de atuação,
incorpore de maneira
consciente essas ferramentas
e, não como simples aparatos
para animar ou ilustrar suas
aulas.
Desta forma o objetivo
principal da formação
continuada em tecnologias do
uso do computador e da
internet, além da aquisição de
metodologias específicas para
esse fim, deverá também
qualificar o professor para
conhecer o processo de
aprendizagem, possibilitando o
professor poder intervir de
maneira efetiva na relação
aluno-computador na
aquisição de conhecimento.
O processo de formação
de professores que irão atuar,
neste novo contexto
educacional, ainda é muito
incipiente, embora haja algum
investimento nesta área, as
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tentativas para incluir o estudo
das novas tecnologias nos
cursos de formação de
professores, quase sempre,
esbarram-se nos custos
operacionais e, sobretudo na
falta de profissionais que
superem as antigas práticas
com um tipo de formação que
não leva em conta as reais
necessidades do professor,
onde predomina um
treinamento técnico, que
quase nada acrescenta à
prática pedagógica.
Nessa perspectiva, é
evidente que uma formação
em tecnologias deverá
proporcionar ao professor a
análise do computador e da
internet, ligada a sua
experiência e domínio de
conteúdos em estratégias que
lhe permita avaliar o impacto
das tecnologias na sociedade,
a conveniência de seu uso e a
prática pedagógica que irá
fundamentar sua inserção na
escola e em ação docente.
Por outro lado, na
previsão (planejamento) de
possibilidades de uso de
recursos tecnológicos, deve-se
levar em consideração a
coerência e coesão do uso dos
instrumentos tecnológicos nos
elementos do planejamento do
processo de ensino e de
aprendizagem.
A coerência corresponde
á relação interna do recurso,
ou da estratégia utilizada com
o elemento do planejamento
no qual ele é proposto,
enquanto que a coesão
considera o proposta de
utilização de recurso com
vistas à mobilização de
conhecimento para o conteúdo
que está sendo estudado e a
articulação das atividades
desenvolvidas no laboratório
com as atividades elaboradas
em sala de aula.
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Portanto, a partir desses
apontamentos, o professor
poderá refletir no sentido de
pensar os recursos
tecnológicos apoiando a
diversidade de estilos de
aprendizagem presentes na
sala de aula, uma vez que a
finalidade principal da
integração de recursos
tecnológicos às atividades
pedagógicas deve ser o
aprimoramento da prática
pedagógica dos educadores e
o salto qualitativo n
aprendizagem dos educandos.
O planejamento das
atividades com o uso das TICs
também deve ser
cuidadosamente elaborado, a
fim de contemplar as
necessidades tanto
curriculares quanto de
aprendizagem dos alunos. A
contextualização continua
sendo imprescindível também
quando da utilização das
tecnologias para que o
resultado final das produções
promova conhecimentos que
levem à transformação, com
vistas a uma sociedade mais
participativa, critica e
igualitária.
Ou seja, a mediação
didático-pedagógica é
possibilitada pelo professor
que atua diretamente com os
estudantes, utilizando-se dos
meios mais diversos, como as
tecnologias, visando o
desenvolvimento da
aprendizagem com vistas á
produção do conhecimento,
em co-participação com os
demais profissionais.
Considera-se então, que
o professor atua como
mediador, quando orienta,
propõe, incita e articula os
saberes histórica e
socialmente construídos,
facilitando a mediação entre
eles e os objetos da cognição
dos estudantes. E as
tecnologias, neste contexto, se
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apresentam como meios
potencializadores dessa
mediação, pois segundo
Kenski (1997, p. 59), a
tecnologia moderna reestrutura
ainda mais profundamente a
consciência e a memória,
impondo uma nova ordem nas
formas tradicionais de
compreender e de agir sobre o
mundo.
Referências
KENSKI, V. M. Processos de
interação e comunicação
mediados pelas tecnologias.
In: ROSA, D., SOUZA, V.
(orgs.). Didática e práticas de
ensino: interfaces com
diferentes saberes e lugares
formativos. Rio de Janeiro:
DP&A, 2002.
MORAN, José Manuel.
Desafios da Televisão e do
Vídeo à escola. Disponível
em:
http://www.eca.usp.br/prof/mor
an/textos.htm. Acesso em:
25/06/08.
_______ O uso do vídeo em
sala de aula. Artigo publicado
na revista Propaganda, maio
de 1995.
_______ A integração das
tecnologias na educação.
Artigo publicado na revista
Informática na Educação:
Teoria & Prática. Porto Alegre,
vol. 3, n.1 (set. 2000) UFRGS.
Programa de Pós-Graduação
em Informática na Educação,
pág. 137-144.
_______ Ciência da
Informação: como utilizar a
Internet na educação.
Disponível em: <http.
www.scielo.br/prof. Moran>
Acesso em: 19 jul.2009.
TERUYA, Tereza Kazuko. In:
Trabalho e Educação na Era
Midiaticas. Maringá: Editora
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da Universidade Estadual de
Maringá, 2006, p. 42,86,93.
Sites consultados:
www.scielo.br/profmoran
http://www.diaadiaeducacao.pr
.gov.br
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“... a nossa matéria são as “pedras vivas”,
as pessoas, porque neste campo os verbos
conjugam-se nas suas formas transitivas e
pronominais: formar é formar-se”
(Antônio Nóvoa)
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4. ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS E INDICAÇÃO DE
INSTRUMENTOS TECNOLÓGICOS, PARA APOIO
PEDAGÓGICO EM SALA DE AULA1
Janete Krohn Parzianello2
Daniela de Maman3
Este Caderno Pedagógico foi organizado com o objetivo de
compartilhar nossos estudos e pesquisas, que estão sendo
implementados no Colégio Estadual Pe José de Anchieta, com o
objetivo maior de explanar sobre a utilização e auxílio de recursos
tecnológicos na educação. Organizamos este material de apoio
para subsidiar o trabalho docente na sala de aula.
Para tanto nos baseamos em estudos bibliográficos, através
dos quais foi possível organizar textos teóricos que expressam
nosso entendimento sobre o tema em estudo. Ao pensarmos nossa
atuação profissional, é necessário que tenhamos clareza com
relação ao plano de ação que é um instrumento que forma e
condiciona a realização da tarefa docente. O objetivo consiste em
explicitar alguns fundamentos do princípio educativo, e sugerir
possíveis aplicações em situações escolares.
Este caderno, mediante as explanações teóricas e as sugestões
metodológicas, ao nosso ver deverá proporcionar múltiplas
mediações no contexto mais amplo, para além da sala de aula. Pois
visa estabelecer contribuições, teórico-metodológicos para a prática
docente.
_________________________________
1Texto produzido a partir da pesquisa bibliográfica realizada mediante estudos desenvolvidos no Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE; 2Professora- Acadêmica do PDE – E-mail: [email protected];
3Professora Orientadora da Unioeste/Campus de Francisco Beltrão/PR – E-Mail: [email protected]
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Pretendemos indicar aos
docentes algumas
possibilidades de utilização
dos instrumentos tecnológicos
tais como: portais, sites de
busca, vídeos, CDs, DVDs,
etc; como um espaço para
romper as fronteiras da sala de
aula, implementando outras
formas de ensinar e aprender,
além de procurar implementar
estratégias de motivação
e comunicação com nossos
educandos.
Mas, para que o objetivo
da elaboração deste caderno
seja alcançado é fundamental
que o professor tenha
conhecimento sobre as
potencialidades das
ferramentas e sabia utilizá-las
para aperfeiçoar a prática de
sala de aula, principalmente
como instrumentos
importantes para
aprendizagem, o que reflete
em mudanças quanto ao fácil
acesso à informação (arquivos,
banco de dados, etc).
As tecnologias precisam
estar presentes na escola
para: a) diversificar as formas
de atingir o conhecimento; b)
ser estudadas, como objeto e
como meio de se chegar ao
conhecimento, já que trazem
embutidas em si mensagens e
um papel social importante; c)
permitir ao aluno, através da
utilização da diversidade de
meios, familiarizar-se com a
gama de tecnologias
existentes na sociedade; d)
serem desmitificadas e
democratizadas. Para isso o
professor deve ter clareza do
papel delas enquanto
instrumentos que ajudam a
construir a forma de o aluno
pensar, encarar o mundo e
aprender a lidar com elas
como ferramentas de trabalho.
Demo (1991, p. 151),
sugere que a própria
tecnologia poderia ser o meio
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de concretizar o discurso que
propõe que a escola deve
fazer o aluno aprender a
aprender, a criar, a inventar
soluções próprias diante dos
desafios, enfim, formar-se com
e para a autonomia, não para
repetir, copiar, imitar.
Para finalizar, é
necessário dizermos que, ao
tentarmos estabelecer a
relevância e as bases da
alfabetização tecnológica do
professor, com o intuito de que
ele se instrumentize ainda
mais e melhor para
empreender sua função, não
existe a intenção de depositar
sobre o professor, já tão
sobrecarregado, mais um
fardo. O objetivo é exatamente
empreender esta reflexão de
maneira mais sistematizada
com vistas á democratização
do acesso ás novas, e velhas,
conquistas científicas e os
seus códigos.
Esperamos com este
trabalho poder contribuir para
apontar caminhos de reflexão
e atuação para o
relacionamento entre as
tecnologias e o trabalho
pedagógico do professor, de
maneira que este se descubra
um profissional em
permanente aprendizagem e
transformação, participando da
estruturação de uma escola
cada vez mais integrada e
interligada á realidade de seus
alunos, colocando-se como
elemento vivo do processo
coletivo de construção do
conhecimento.
Desde modo, o que diz
respeito à “reflexão da prática
docente” faz com que o
professor tenha um bom
preparo para aplicar sua aula.
Com relação à aplicação de
estratégias metodológicas
estaremos sugerindo à
utilização de instrumentos
tecnológicos, em específico a
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utilização do vídeo e site
interativos, segundo as formas
de tratamento do conteúdo:
conceitual (conceito),
procedimental (como fazer) e
atitudinal (valores).
Optamos por não
delimitar o nível de ensino,
uma vez que sabemos que
determinado conteúdo pode
ser trabalhando e aprofundado
em diferentes séries.
Partindo da realidade
observada, destacamos alguns
encaminhamentos observados
em sala de aula, para os quais
acrescentamos algumas
sugestões quando necessário,
bem como percebemos a
eficácia do uso dos
instrumentos tecnológicos e
aqui propomos a partilhar tais
experiências, realizando um
plano de aula participativo, a
seguir:
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4.1 QUADRO COM ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:
Áreas do conhecimento
Estratégias de Ação Instrumentos tecnológicos sugeridos
Conteúdos
Biologia
- Criação de slides de forma conceitual; - Conceituação de roedores, apresentação oral e projeção da pesquisa (seminário).
- Laboratório de Informática e pesquisa na internet (sitio interativos e de busca); - Tv pendrive
- Roedores
Educação Física
- Vídeos curtos que exemplificam de forma conceitual e atitudinal os conteúdos apresentados pelo professor; - Registrar, por escrito, articulando o conceito/conteúdo/tema apresentado na aula.
- Data Show e notebook, projeção de vídeos de curta duração.
- Lutas de Com- petições: Box Olímpico; Vale Tudo; Luta Livre; Luta Olímpica ou Greco Romana; Judô; Karate (Kata e Comitê); Taikendô e Jujikson.
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Ensino Religioso
- Vídeo com comentário trabalhando o conteúdo atitudinal; - Elaboração de história em quadrinhos sobre a Cultura Indígena (resenha). - Projeção de imagens com comentário sobre o conteúdo atitudinal; - Produção de texto coletivo respeitando o tema – Festividades Religiosas (resenha), demonstrando os conhecimentos formais do conteúdo trabalhando e sua relação com a contemporaneidade e nosso cotidiano.
- Vídeo: Fragmentos do Filme: A Missão - Tv Pendrive
- Cultura Indígena - Festividades Religiosas
Geografia
- Criação de slides de forma conceitual e orientação de procedimental; - Conceituação da Região Centro-Sul, apresentação oral e projeção da pesquisa (seminário).
- Laboratório de Informática e pesquisa na internet (sitio interativos e de busca); - Tv pendrive.
- Região Centro-Sul.
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- Consulta bibliográfica conceitual e atitudinal escrita a partir das leituras realizadas durante a pesquisa se remetendo aos textos lidos, através de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente. - Projeção de imagens e apresentação oral com tratamento do conteúdo de forma atitudinal por parte dos alunos de forma espontânea, argumentada e organizada. Tendo o professor a orientação enquanto a forma procedimental de uso dos instrumentos tecnológicos e também conceitual relembrando fatos importantes que reportam ao conteúdo. - Imagens com ilustração da
- Laboratório de Informática, sitio de busca. - Tv Pendrive – DVD - Tv pendrive
- Atmosfera - Cuba - Hidrosfera
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hidrosfera na Planeta com tratamento do conteúdo de forma conceitual e atitudinal.
História
- Projeção de imagens com comentário sobre o conteúdo atitudinal; - Produção de textos respeitando o tema – história em quadrinhos sobre a Renascimento Cultural (resenha).
- Tv pendrive - Renascimento Cultural
L.E.M. – Inglês
- Slides projetados onde os alunos compartilham os conteúdos de formal atitudinal e o professor interfere de forma a conceituar o conteúdo.
- Tv pendrive - Verbos
Língua Portuguesa
- Orientação procedimental do conteúdo, com projeção de palavras fundamentais para a produção de texto.
- Tv pendrive - Produção de texto: Optativo
Pratica de Ensino (Normal)
- Digitação do Relatório Final das aulas de Prática de Ensino de forma procedimental.
- Laboratório de Informática e computadores.
- Relatório Final
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4.2 Algumas sugestões
gerais para o uso de
instrumentos tecnológicos
A TV multimídia pode ser
utilizada nos vários momentos
da aula para: motivar, ilustrar,
demonstrar, levar a reflexão
dos temas selecionados,
exemplificarem uma situação
do cotidiano e comprovar os
valores humanos.
Formas de execução de
aulas utilizando: debate,
dinâmicas em grupo, estudo
de caso, produções textuais,
aula dialogada e diagnóstico
sobre os conhecimentos
prévios que os estudantes
possuem do tema proposto,
incentivando-os a participação
com o relato da vivência do
aluno;
– Análise do ponto de vista do
estudante, de acordo com a
sua vivência na comunidade
em que está inserido.
– Há possibilidade de usar
este recurso como ponto de
partida para as discussões
iniciais.
– O Professor deve
proporcionar o tempo
necessário, para que o aluno
compreenda a apresentação, o
vídeo, o som ou a imagem
selecionada.
– Em nossa prática
pedagógica sempre
reprisamos os vídeos, de
forma a assegurar a
compreensão da mensagem, a
leitura de detalhes, cores,
situações.
– Conforme o caso há
necessidade de pausar o
vídeo, para os comentários,
tanto do Professor como do
aluno, ou mesmo chamar
atenção a determinadas
cenas.
– A grande vantagem dos
recursos de curta duração é a
possibilidade de fazer as
discussões e análises na aula.
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– Os vídeos têm o poder de
provocar a catarse no
estudante.
– Após a exibição do recurso,
o estudante anota em seu
caderno os principais dados do
material utilizado, a síntese
das discussões e seu
posicionamento pessoal.
O fechamento da aula é
realizado com:
- A retomada dos principais
conceitos discutidos.
- Ligando-os com a vivência
pessoal destacada no início
das atividades.
- Fundamentação nas teorias
ou práticas sugeridas.
- A consideração das
dimensões propostas para o
estudo do tema.
- O estudante passa a assumir
uma nova postura diante da
sua realidade ou do novo
referencial teórico construído,
procurando estabelecer ações
futuras, novo ponto de vista a
ser incorporada em sua vida,
expressas nas suas produções
verbais.
- É um resultado da reflexão
de todo o grupo e não
exclusivamente do argumento
do Professor.
-Estes recursos proporcionam
uma grande contribuição na
construção do conhecimento
em cada momento didático da
aula.
Recursos de vídeo
utilizados:
- Vídeos de cenas de filmes,
que ilustram o tema da aula,
esclarecendo conceitos e
referenciais teóricos propostos;
- Pequenos clipes produzidos
para ilustrar uma teoria;
- Documentários de situações
do cotidiano;
- Desenhos animados
retratando cenas referentes à
escola ou a correntes
pedagógicas;
- Vídeos de motivação e
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reflexões.
- Vídeos gravados nas
encenações dos alunos.
- As cenas/vídeos
selecionados com uma
duração variada de 0,30 a 10
minutos cada.
Outros recursos:
– Fotografias
– Charges, Desenhos
– Esquemas das aulas
– Mapas...
Uso de vídeos da internet
- Vídeos curtos para a geração
de estudantes, caracterizados
como zapiing
• O que mais chama atenção
são vídeos curtos.
• Os vídeos são assistidos,
normalmente 2 a 3 vezes cada
um.
• Na primeira vez, o estudante
tem uma visão geral da
mensagem, na segunda
cessão faz uma interpretação
das imagens, dos sons e na
terceira são capazes de
compreender a mensagem do
vídeo ou recurso utilizado.
A partir de um arquivo o
Professor pode elaborar
inúmeras formas de trabalho
com os estudantes, ou mesmo,
ser o ponto de partida para
novas pesquisas. O sucesso
da atividade pedagógica com o
uso de multimídia depende da
nossa compreensão sobre o
universo em que está inserido
o nosso aluno, mais conhecida
atualmente como a cultura do
zapiing e do clip. Há um
encantamento pelas músicas,
vídeos do youtube,
apresentações de mensagens
por email, conversas no MSN
é a chamada cultura do
espetáculo, onde as
sensações são privilegiadas.
Desta forma, o autor considera
que é necessário passar antes
pelas emoções para chegar às
construções lógicas.
Percebemos que os es-
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tudantes se dedicavam mais
as discussões e afirmações de
seu ponto de vista,
argumentando com mais
clareza e objetividade nos
recursos que despertavam a
sensibilidade e a emotividade.
Importância do papel do
educador, para que o
uso da TV não se torne
um espetáculo,
esvaziado de conteúdo,
em que não se explora
todas as possibilidades
que este recurso
oferece à construção do
conhecimento.
Que não torne um
passa-tempo durante as
aulas.
Para que a inserção de
instrumentos tecnológicos nas
aulas tenha sucesso o
estudante deve perceber
claramente aonde o Professor
quer chegar com a análise de
um vídeo, de uma imagem ou
som, por esta razão afirmamos
a necessidade do seu
planejamento e do registro
escrito no caderno do aluno,
com os dados do recurso
utilizado, a síntese das
discussões e a apreciação
pessoal do estudante. É uma
das maneiras dos pais ou
responsáveis pelos alunos
acompanharem e participarem
do processo educacional.
A TV Multimídia contribui
para a inclusão digital do
cidadão brasileiro quando:
O estudante prepara um
arquivo para apresentar
suas pesquisas,
buscando recursos on e
off-line,
O professor editar seus
vídeos amadores e
produz vários materiais
para efetivar a
aprendizagem na
escola pública, a TV
deve ser considerada
um excelente recurso
para a aprendizagem.
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Desta maneira
afirmamos que a educação vai
além dos conhecimentos
teóricos e habilidades
desenvolvidas na cultura do
aluno, de questioná-la e de
inovar, daí a importância de
promover atitudes e não
somente habilidades.
Neste foco está a
importância do trabalho do
Professor, de políticas
educacionais públicas que
formem cidadãos diante deste
universo em constantes
transformações.
Assim a “TV multimídia”
é um recurso que pode
proporcionar a construção de
valores éticos, através da
análise de documentários, de
situações cotidianas, de
problemas vivenciados pelos
estudantes.
Há um consenso
absoluto sobre a necessidade
introduzir o vídeo,
apresentando o objetivo do
recurso selecionado e
orientando sobre os aspectos
que devem prestar atenção, e
após a apresentação, deve
propor discussões, pois há
necessidade de compartilhar o
que foi isto, ouvido, pensado,
meditado, especialmente
quando causa grande impacto,
sobre situações que o
estudante vive ou presencia.
O professor precisa
despertar no estudante o
desejo de conhecer, de
discutir, de desenvolver a
habilidade de argumentar,
fundamentado em teorias que
acredita e comprova.
É imprescindível que o
aluno tenha o desejo da
pesquisa, da descoberta, da
busca de um saber com
autonomia. Isto é possível, à
medida que o professor indica
caminhos, faz referência aos
recursos que utiliza, incentiva
e orienta os estudantes na
busca de novos conceitos, seja
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através da internet, de livros,
revistas, de listas de
discussões, pois cada um
utiliza os meios que possui de
acordo com seus valores
pessoais, com sua concepção
ética, política e social.
4.3. Sugestões de sites para
pesquisas de softwares
educacionais
http://www.diaadiaeducacao.
pr.gov.br
– O Portal Dia-a-Dia
Educação, um portal
educacional do Estado do
Paraná e que tem como
finalidade desenvolver a
cultura de uso pedagógico de
tecnologia de informação e
comunicação é pautada pela
construção colaborativa do
conhecimento.
http://www.diaadia.pr.gov.br/
autec/– Disponibiliza uma
série de
informações/orientações para
aqueles que ainda não têm
muita familiaridade com a
pesquisa na internet.
http://www.somatematica.co
m.br – Site onde se pode
aprender matemática de
maneira descontraída, tanto na
teoria como na prática. Possui
matérias para ensino
fundamental, médio e superior,
além de biografias de
matemáticos, trabalhos de
alunos, provas online, um
grande acervo de softwares
matemáticos, artigos, jogos,
curiosidades, histórias, fóruns
de discussão e muito mais.
http://www.smartkids.com.br
– Site refleto de jogos,
multimídias, atividades para
colorir, passatempos e
histórias, além de diversão
apresenta temas que auxiliam
os professores no aprendizado
dinâmico.
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http://www.gratis.com.br –
Possui downloads gratuitos de
sistemas operacionais, de
jogos e vídeos.
http://www.nied.unicamp.br/
~hagaque/ – Este site o
HagáQuê que é um editor de
histórias em quadrinhos,
distribuído gratuitamente. Este
software permite ao aluno criar
sua própria história em
quadrinhos, com personagens,
cenários e sons que podem
ser gravados pelo usuário.
http://www.mapasconceituai
s.cap.ufrgs.br/mapas.php –
Portal que disponibiliza
gratuitamente atrvés do
software CMap Tools, a
construção de Mapas
Conceituais na Educação
(MCE), um serviço do
Laboratório de Estudos em
Educação a Distância do
Colégio de Aplicação da
UFRGS ([email protected]). Este
software permite gravar todos
os passos da construção e
reproduzir, a qualquer
momento, dinamicamente
todas as modificações
realizadas de forma a garantir
acompanhamento e análise da
constituição dessas
representações.
http://www.escolabr.com/por
tal/modules/news/ –
Apresenta ambientes virtuais,
Wiki, Blog e mapas conceituais
– muitos outros assuntos de
interesse dos docentes.
Disponibiliza também
conteúdos eletrônicos de todas
as disciplinas de grade
curricular.
http://www.guiageo-mapas.
com – Site que permite criar,
representar referencias de
espaços.
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http://www.google.com – Site
de busca, imagem, conteúdo e
mapas interativos, etc.
Inúmeras são as
possibilidades de uso
pedagógico das tecnologias,
prontas para serem estudadas
e incorporadas às aulas. Trata-
se de um passo importante
para a modernização do
processo de ensino na busca
de melhores resultados dos
índices educacionais e, sem
dúvida, redefinições na relação
professor e aluno. Por
conseqüência devem garantir
a resolução de problemas
apresentados no ambiente
escolar.
Referências
– DEMO, Pedro. Educação e desenvolvimento: algumas hipóteses de trabalho frente à questão tecnológica. Revista Tempo Brasileiro: Rio de
Janeiro, nº 105, p. 149-170, abr/jun.1991. – PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. TV Multimídia: pesquisando e gravando conteúdos no pen drive. Curitiba: SEED-PR, 2008. 96 p. – _____. Portal Educacional do Estado do Paraná. TV Multimídia. Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/mod ules/conteudo/conteudo.php?conteudo=4 acessado em 07/07/2009 – _____. Portal Educacional do Estado do Paraná. Consulta Escolas. WOLFF KLABIN, CE E FUND MED NOR E PROF. Disponível em http://www4.pr.gov.br/escolas/rendimento.jsp acessado em 16/02/2009 – http://www.diaadiaeducacao. pr.gov.br – http://www.youtube.com/ – http://portaldoprofessor.mec. gov.br