cursos de pós, mba, licenciatura e extensão - universidade … · 2010-07-18 · assessoria e, o...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
ABAIXO AOS VALORES ULTRAPASSADOS DA ASSESSORIA DE IMPRENSA
NATÁLIA CÂNDIDA DE SOUZA ORIENTADOR: FERNANDO LIMA
RIO DE JANEIRO 2010
2
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
ABAIXO AOS VALORES ULTRAPASSADOS DA ASSESSORIA DE
IMPRENSA
OBJETIVOS:
Trabalho de conclusão do curso de Pós-Graduação
em Comunicação Empresarial para obtenção do grau
de Comunicadora Empresarial.
RIO DE JANEIRO
2010
3
AGRADECIMENTOS
Ao professor Nelson Toledo pela imensurável atenção e incentivo. A todos os
professores do curso de Comunicação Empresarial, em especial, Robson
Vitorino e Magno José pelo papel fundamental no meu desenvolvimento
acadêmico. Aos amigos de classe pelos momentos compartilhados, foi muito
bom conviver com vocês.
4
DEDICATÓRIA
Aos meus pais. Fonte de toda força e perseverança na busca pelas minhas
realizações. Aos meus padrinhos Maria Rita e Daniel. A contribuição de vocês
foi de fundamental importância para a concretização de mais um sonho. Às
minhas amigas Marisol, Fernanda e Elizângela, por estarem sempre ao meu
lado me dando força e incentivo, pelos sofrimentos compartilhados, pelo amor
recíproco e incondicional...enfim pela amizade eterna.
5
RESUMO
Este breve estudo tem por objetivo analisar de forma crítica e reflexiva o papel
da assessoria de imprensa organizacional na contemporaneidade.
Verificaremos elementos integrantes da comunicação corporativa que
compõem e influenciam na maneira em como posicionar a atividade.
Avaliaremos também as práticas paleográficas da assessoria, bem como, o
poder de interatividade do público diante da constante metamorfose midiática.
E por fim, analisaremos a necessária mudança de comportamento da
assessoria e, o que, de fato interfere para que, mediante a pressão
mercadológica a atividade se torne um instrumento eficaz. A assessoria tende,
portanto, dar suporte à organização e fortalecer a imagem da mesma a fim de
conquistar e fidelizar o seu público por meio de políticas modernas creditáveis.
Palavras-chave: organização, estratégia, mercado, mídia, assessoria de
imprensa
6
METODOLOGIA
A metodologia que será utilizada será na forma de pesquisas bibliográficas de
diversos autores sobre o tema “Assessoria de Imprensa”, artigos de jornalistas,
assessores e demais profissionais da área, análise de matérias que abordem o
assunto, além é claro, de pesquisas na internet em sites especializados.
7
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO.................................................................................08
2.EFEITOS DA GLOBALIZAÇÃO NO MUNDO DOS NEGÓCIOS....11
2.1COMUNICAÇÃO COMO ESTRATÉGIA NEGÓCIOS........................................................................................13 2.2JORNALISMO EMPRESARIAL E JORNALISMO DE MASSA:
DIFERENÇAS E ADEQUAÇÕES DO CRITÉRIO DE SELEÇÃO DE
NOTÍCIAS..........................................................................................15
3.ASSESSORIA DE IMPRENSA, AS PRÁTICAS MAIS COMUNS AO
LONGODOSANOS............................................................................20
3.1ASSESSORIA DE IMPRENSA E SEUS DESAFIOS NO
MERCADOCONTEMPORÂNEO.......................................................24
4.O VALOR DA MARCA E A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DE
UMAEMPRESA.................................................................................29
4.1A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO E O
AGREGAR VALORES NA BUSCA PELO
DIFERENCIAL...................................................................................32
5.A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO DE COMUNICAÇÃO PARA
O ÊXITO DE UMA EMPRESA NO
MERCADO........................................................................................34
6.CONCLUSÃO.................................................................................37 7.BIBLIOGRAFIA...............................................................................39
8
1.0 INTRODUÇÃO
A generalização das práticas paleográficas na veiculação de
informações relativas à assessoria de imprensa é freqüente, o que acabou
gerando uma certa uniformização da mesma como se fosse uma “receita de
bolo”. Tais acontecimentos são fatores prejudiciais às empresas de assessoria
de comunicação, uma vez que a própria assessoria deve então adequar os
acontecimentos do seu trabalho ao formato e linguagem dos meios de
comunicação administrando a imagem do cliente e/ou da empresa de forma
séria e, ao mesmo tempo conquistando a respeitabilidade deste público.
Devido à constante metamorfose que a mídia vem sofrendo, as
pessoas passam a ser as própias mídias, ou seja, o consumidor além de
exercer forte influência, também ganhou poder e voz. Outros fatores são
relevantes e, podem influenciar significativamente nesse processo de absorção
das informações, ou seja, como elas chegam até as pessoas e como essas, a
partir de seus pré-conceitos e/ou formação agem diante das mesmas.
Daí a exigência das empresas em relação à qualidade das
informações veiculadas também pela alta competitividade no mercado,
principalmente diante da instantaneidade e abrangência das informações, afinal
aqueles que não se adaptarem não sobreviverão e em conseqüência perderão
espaço no mercado.
Num momento contemporâneo em que visibilidade, discurso, técnicas
de persuasão interferem nas ações da empresa, podemos indagar: quem é
afinal a empresa e como ela se relaciona com a sociedade? Perceber as
diferenças é essencial para tomar decisões no mínimo acertadas,
principalmente no que diz respeito à comunicação empresarial na atualidade.
Existe porém uma forte tendência em se manter as mesmas teorias,
pelo simples fato de serem mais resistentes às mudanças. Por isso é que,
novos profissionais, ousados, precisam pensar e sugerir novas práticas
alinhadas às mudanças sociais.
9
Este trabalho tende a avaliar o papel dos assessores frente às
mutações da mídia. Também, possibilitar ao profissional de comunicação
adequar, além de fortalecer a postura do seu cliente diante de todos os
subsistemas existentes no campo midiático. Verificar como estratégias de
comunicação integradas e segmentadas podem mudar tal espaço de forma
positiva.
Trata-se, portanto, de um estudo no qual será realizado um recorte da
comunicação midiática relacionadas a ações que sustentem a empresa.
Analisaremos o valor das marcas, bem como a construção da identidade de
uma empresa além do tratamento da informação na busca pelo diferencial. O
estudo se justifica, ainda, pela importância deste tema, bem como o
desenvolvimento do papel de assessor como emissor e mediador de extrema
responsabilidade no anúncio e formato das informações que são transmitidas
aos públicos-prioritários.
A comunicação, adaptada a um código lingüístico, intermedia o
discurso institucional, ajustando os interesses, controlando os participantes
internos e externos e promovendo, por fim, uma maior aceitabilidade da
ideologia empresarial. Neste sentido, contribui para maior produtividade e
reforça a economia organizacional.
É importante também que as empresas estejam conscientizadas em
relação à Responsabilidade Social. Pois, trata-se de um tema importante no
comportamento e na atuação das organizações e exerce reflexos nos seus
objetivos, estratégias e missões. As empresas, desta forma, buscam ampliar
sua atuação na sociedade com a finalidade de aumentar a transparência nos
negócios.
Esta monografia quer, igualmente, contribuir para a discussão sobre a
assessoria contemporânea, a qual requer mudanças de reestruturação
eficazes. Julgamos essencial, é claro, conhecer toda sua estrutura já existente,
para que, então, se façam as mudanças necessárias. Interessante analisarmos
10
também, qual caminho trilhado pela assessoria, bem como seus paradoxos e
complementaridades.
Buscamos referência na obra de teóricos consagrados e renomados
nos campos de comunicação e mídia, a fim de fazer uma análise qualitativa
sobre o assunto. Por fim, verificaremos o planejamento de comunicação para o
êxito de uma empresa no mercado, assim como a importância do dinamismo e
constante monitoramento das ações de comunicação para o sucesso final dos
trabalhos desenvolvidos pela assessoria de imprensa.
11
2.0 EFEITOS DA GLOBALIZAÇÃO NO MUNDO DOS
NEGÓCIOS
Primeiro vamos entender o conceito de globalização que segundo o
dicionário Aurélio significa: Processo de integração entre as economias e
sociedade dos vários países, especialmente no que se refere à produção de
mercadorias e serviços, aos mercados financeiros, e à difusão de informações.
[Pl: -ções].1 Ora, difícil é não pensar como a globalização transformou todo o
cenário de organização mundial, se levarmos em conta que todos nós estamos
inseridos numa cultura, ou seja, conjunto de hábitos, costumes, crenças e
valores, característica inclusive que as diferenciam. Essa cultura não engloba
apenas o conjunto de tradições, mas podemos nos referir também às
necessidades e absorção de planejamentos futuros. Importante ressaltarmos a
valorização das singularidades dos indivíduos que formam essa cultura, afinal
devemos valorizar as diferenças em seus detalhes no que há de positivo à
acrescentar no corpo da organização.
Podemos verificar então que o mesmo acontece nas empresas, estas
que possuem uma política organizacional e que, não somente conserva o seu
modelo tradicional mas que, com o advento das tecnologias passou a interagir
com essas mídias. A ação do homem na descoberta por novos meios de
comunicação possibilitou-os não só o acesso amplo, mas principalmente a
possibilidade de intervenção e transformação desse meio, as pessoas
passaram a ser atuantes, criadoras, interferindo diretamente nesse processo, o
que ocasionou a constante metamorfose das mídias. Contudo, a comunicação
tradicional passou a não mais suprir as necessidades de informar com tanta
rapidez, a internet chegou portanto para complementar tal demanda.
Com o passar do tempo pudemos observar o domínio da cibercultura
nas relações que nos permeiam, vivemos na era da velocidade das
1 AURÉLIO, DICIONÁRIO. CD ROOM.
12
informações. Características da era Pós-moderna, o advento do controle
remoto, os canais por assinatura que simulam a realidade, celulares que tiram
fotos, gravadores digitais, a internet entre outros meios de comunicação que
“Marshall McLuhan” definiria como “aldeia global”, ou seja, tal progresso
transforma o planeta em uma aldeia, proporcionando a troca de informações
com qualquer pessoa que vive nela. Essa midiatização fez com que, não só o
cenário das relações, mas o cenário da vida se reestruturasse. Isso acontece
devido às influências que os mesmos causam no cotidiano das pessoas,
trazendo também algumas conseqüências, sejam elas negativas ou
positivas.
Devemos ressaltar a qualidade dos trabalhos a serem desenvolvidos
pelas empresas na contemporaneidade, uma vez que, se a globalização
interferiu drasticamente na maneira em como se dirigir uma empresa no sentido
mais amplo da palavra, precisamos nos conscientizarmos de que, realmente
devemos estar bem preparados. Em conformidade com Paulo Nassar e Rubens
Figueiredo enfatizamos:
A comunicação empresarial não pode ser considerada apenas uma definição de dicionário. Ou seja, simplesmente como “um conjunto de métodos e técnicas de comunicação dentro da empresa dirigida ao público interno (funcionários) e ao público externo (clientes, fornecedores, consumidores etc)”. Até porque definições como essas precisam ser sempre revistas em função das mudanças da sociedade e do ambiente empresarial.2
Se levarmos em conta que o consumidor ganhou de fato, poder e voz
através dessas mídias, precisamos analisar que, o mesmo também há de exigir
muito mais qualidade no tratamento das informações que são veiculadas pelas
empresas, igualmente dada a alta competitividade do mercado, afinal não
estamos competindo apenas com os nossos concorrentes locais, pelo contrário,
agora a competição passa a ser global.
2 PAULO, N. e FIGUEIREDO, R. (2007) p. 18
13
Podemos dizer que o desenvolvimento dessas tecnologias alterou a
forma de relacionar dos indivíduos, bem como o perfil tradicional das
organizações empresariais, o que passa a exigir deles maior cuidado e
conhecimento de seu público-alvo, até porque gerou-se a necessidade da
organização atingir vários públicos em locais diferentes. Precisamos oferecer
um produto de qualidade num curto espaço de tempo e que, principalmente seja
um planejamento de comunicação que se legitime pela visibilidade e
credibilidade resultando assim na garantia pela sobrevivência da empresa em
tempos de acirrada concorrência.
2.1 Comunicação como estratégia de negócios
As instituições são tidas como unidades socioeconômicas voltadas
para a produção de bens de consumo ou serviços. Portanto, apresentam-se
como um sistema que reúne capital, trabalho, normas, políticas e natureza
técnica. Uma empresa inserida na atualidade, não objetiva somente gerar bens
econômicos resultantes dos lucros mas, procura também, desempenhar papéis
significativos na sociedade, missão que deve cumprir independente do contexto
político.
O papel formador da empresa é de extrema relevância, como sua
contribuição social por meio da geração de empregos e suas descobertas, que
através dos avanços tecnológicos permitem ao mesmo tempo não só a
interatividade entre os indivíduos que compõe a organização como também a
elaboração de produtos e serviços resultantes desse progresso. A corporação
concilia portanto, tais aspectos sociais e econômicos.
Por tais motivos, a comunicação nas empresas deve ser
compreendida, como tendo um papel fundamental e estratégico para os
resultados empresariais, do que é, na atualidade, esperado. Afinal, as
14
instituições estão inseridas em um mercado extremamente competitivo,
sofrendo diariamente pressões mercadológicas, que possibilitam a
multiplicação das marcas, produtos e serviços ofertados aos consumidores o
que, conseqüentemente, aumenta a concorrência.
As corporações incluídas em um constante processo de mudança, já
estão assumindo o mercado como segmentado, partindo em busca de mapear
o mercado consumidor. Por meio dos questionamentos e indagações dos
clientes as empresas adaptam seus produtos e serviços para melhor atendê-
los. Ainda de acordo com Paulo Nassar e Rubens Figueiredo:
Na mídia as empresas estão sendo analisadas e cobradas por todos os lados. E de uma maneira nunca vista. Elas são convocadas a falar pelo consumidor, pela sociedade, ambos exigindo um posicionamento claro, competente, sobre qualquer questão que o seu processo de produção ou de geração de serviços possa vir a suscitar – ou pelo simples fato de existirem como empresa.3
A comunicação empresarial tem se firmado como fator estratégico
das empresas para melhorar a relação com seus públicos, já que, esses
passaram a interagir e interferir no processo de gestão organizacional. Em
meio às constantes mudanças é primordial que as empresas compreendam a
interferência positiva das estratégias de comunicação durante a gestão de suas
atividades. Associar a informação de qualidade ao mundo dos negócios isenta
as instituições empresariais do fracasso em seus planejamentos.
Sendo assim, o caráter estratégico da comunicação passa a ser uma
ferramenta de marketing empresarial. No plano estratégico devem estar bem
definidos os “públicos prioritários”, para os quais serão direcionadas as
informações geradas pela empresa. Relevante mencionarmos o conceito de
planejamento chamado CRM (Cutomer Relationship Management) que
3 PAULO, N. e FIGUEIREDO, R. (2007) p. 11
15
significa a mobilização de empresas e organizações em geral para manter um
relacionamento personalizado com os clientes, visando a fidelização dos
mesmos além de agregar valor à marca e adesão à ideologia da empresa. O
termo também é conhecido como marketing de relacionamentos. O CRM
através de todo aparato tecnológico é, capaz de identificar as demandas,
necessidades e interesses dos clientes a fim de atende-los satisfatoriamente.
A entidade, frente à globalização, estreitou laços com seu público-
alvo, informando-o com clareza, transparência, eficiência, agilidade, respeito e
competência. O que se tornou possível por meio de um planejamento de
comunicação, equilibrando os interesses da instituição e adaptando o discurso,
com a finalidade de se atingir uma maior aceitabilidade de sua ideologia. O
poder expressivo então observado nas empresas reafirma o processo
burocrático tornando o ato de administrar não apenas uma relação mecânica
mas, passa a ser então, uma relação social positiva.
2.2 Jornalismo empresarial e Jornalismo de massa: diferenças
e adequações do critério de seleção de notícias
Buscaremos compreender os termos para analisá-los. Entende-se por
jornalismo empresarial aquele destinado à um público específico e que
desenvolve inúmeras atividades através de vários veículos de comunicação
visando divulgar seus fatos e realizações. Tais ações respeitando os critérios
de periodicidade, atualidade, universalidade e difusão, vão homogeneizar o
público institucional, otimizando ao mesmo tempo o estímulo ao trabalho,
minimizando também os possíveis ruídos e/ou interferências na comunicação.
Entretanto, após a década de 90 o jornalismo empresarial adotou uma
visão mais negocial ou mercadológica, conferindo-lhe portanto maior
importância estratégica.
16
O jornalismo de massa diz respeito às grandes corporações de rádio,
TV, jornal impresso, etc. Podemos considerar então que as massas são
homogêneas, pois nelas as singularidades são descaracterizadas em seu
potencial. Ressaltamos que, justamente nas mídias de massa é que os
indivíduos têm maior poder e voz pois, utilizam imagens amadoras, os blogs se
tornam fontes, e o não-profissional acaba criando notícias nos grandes meios,
afinal, as mídias de massa são dominantes.
É preciso analisar criticamente sobre o assunto, o jornalismo seja ele
empresarial ou de massa deve ser veiculado com informações verídicas, as
fontes devem ser fidedignas, assumindo assim não só um compromisso de
responsabilidade na emissão de tais informações como também garantindo a
credibilidade e respeitabilidade do público receptor. As pessoas passaram a
interagir cada vez mais através dessas mídias, mas devemos compreender a
importância do tratamento da informação que apenas será feito por pessoas
devidamente capacitadas para exercer tal função, legitimando assim o discurso
representado.
Em relação ao antagonismo dos termos referidos podemos dizer que
o jornalismo empresarial respeita primeiramente os interesses da empresa e a
comunicação entre seus funcionários. As matérias giram em torno deste
público especificamente. Os temas são atemporais, o jornalismo empresarial
tem o seu tempo, até porque é necessário fazer um estudo detalhado de como
funciona a empresa, bem como qual a cultura da organização, seus símbolos,
qual o perfil de seus funcionários, as estratégias e planejamentos etc.
Tais variações se devem também pelo nível intelectual, instrução,
além dos interesses e atitudes dos membros até mesmo por sua bagagem
cultural. O jornalismo diário porém é factual, dinâmico, são como pílulas de
informação sem muito aprofundamento analítico e/ou questionador. Os temas
são mais abrangentes, fala-se de esporte, política, cultura, educação, saúde,
entretenimento, informações de utilidade pública entre outros. Sobre um novo
modelo de comunicação, ressalta Maristela Mafei:
17
Numa terceira fase, a televisão e a comunicação de massa mais desenvolvida intensificaram o uso da publicidade e passaram a priorizar o espetáculo e o divertimento, relegando ainda mais a importância da argumentação que havia marcado a imprensa de opinião. As técnicas de comunicação adotadas por empresas e governos ganharam complexidade para que suas imagens fossem melhor expostas.4
Podemos também observar algumas diferenças quanto à audiência
dos meios que está ligada aos objetivos da comunicação. Os meios de
comunicação de massa pretendem atingir interesses gerais de um público mais
amplo e o jornalismo empresarial ao contrário, atinge um público segmentado
que se apóia na produtividade, reflexo de seus interesses e exigências. Sobre
essa abordagem relacionada à Teorias da Comunicação Waldenyr Caldas
enfatiza:
A massa perde sua condição de sujeito para ser transformada em objeto. Em outras palavras: não é a razão da produção cultural, mas a ideologia da indústria cultural, elemento secundário submetido à tirania do lucro. O autoritarismo e o poder de repressão atingem um nível que simplesmente destrói a relação democrática que poderia existir entre produtor consumidor. Monopolizando a produção cultural, veiculando a informação escrita, falada, televisionada, a indústria cultural transforma-se em engodo das massas. Mas como todo comportamento autoritário tem um caráter ambíguo, a indústria cultural procura a mediação entre lucro e ideologia.5
Quanto ao critério de seleção de notícias, verificamos que algumas
características do jornalismo clássico devem também ser incorporados ao
jornalismo das organizações, tais como os princípios de objetividade, verdade,
transparência e divulgação rápida das informações. Consideremos porém
algumas características peculiares ao jornalismo corporativo que, têm todo
4 MAFEI, M. (2007) p. 29 5 CALDAS, W. (2001) p. 42
18
cuidado em relação a filtragem dessas informações pois, dependendo das
circunstâncias podem favorecer ou prejudicar a instituição (principalmente se
tais informações tiverem um caráter paternalístico). Devemos ressaltar a
probabilidade do efeito positivo quanto à aceitabilidade do conteúdo se estes
tiverem a participação dos funcionários.
Em análise mais abrangente, outros critérios também devem ser
levados em conta, é preciso tornar um fato desconhecido um acontecimento
notável, pois notícias sem importância não são apreciadas pelo mercado. É
nesse momento porém, que o responsável pela comunicação interna deve
refletir no sentido de, não ser apenas um intermediário automatizado pela
rotina, mas sim estar atento às questões fundamentais do momento em que
vive.
Devemos levar em consideração no mesmo teor a oportunidade do
uso das informações; o interesse público; a novidade; exclusividade; e,
principalmente a adequação quanto ao que é de fato interessante para este
público, tudo isso claro, levando-se em conta a política organizacional da
empresa, bem como sua linha editorial, é o que podemos chamar também de
valores-notícia que designa o termo em relação à relevância para que o fato
seja noticiado.
Para essa seleção também utilizamos outro termo o chamado
gatekeeper, que faz referência à pessoa responsável por filtrar tais
informações, geralmente o editor do veículo de comunicação que, inclusive, já
conhece os critérios de seleção. O editor contudo, respeita também
informações vindas das fontes consideradas como colaboradoras,
principalmente por manterem um relacionamento próximo, agilizando sempre a
informação, transmitindo confiança, credibilidade além de garantir o que
declaram.
Uma boa assessoria de comunicação têm as fontes como
colaboradores e usam formas estratégicas para passarem pelo filtros fazendo
com que as matérias sejam publicadas, obtendo assim visibilidade, legitimando
19
a identidade da corporação a fim de reforçar a imagem positiva da mesma,
além do senso prático do assessor baseado em sua experiência de facilmente
selecionar inúmeras informações.
20
3.0 ASSESSORIA DE IMPRENSA, AS PRÁTICAS MAIS
COMUNS AO LONGO DOS ANOS
Instrumento triunfal e de grande importância como suporte à imagem
da empresa e/ou cliente é a Assessoria de Imprensa, que destacaremos nessa
análise. A função da assessoria de imprensa é fundamental para adequar os
acontecimentos que giram em torno da empresa ao formato e linguagem dos
meios de comunicação além de aumentar a penetração da mesma nos grandes
veículos. Ainda sobre o histórico da assessoria Maristela Mafei explica que:
Os primeiros registros do uso da prática de assessoria de imprensa e relações públicas no Brasil remontam ao início do século XX, por iniciativa do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, durante a gestão do presidente Nilo Peçanha (1909-1910). Ele lançou o serviço informativo Secção de Publicações e Bibliotheca.6
Para qualquer empresa, é imprescindível ter um assessor de
imprensa, principalmente porque sendo este um profissional habilitado, saberá
promover a organização, desenvolvendo de forma clara e objetiva a aparição
da mesma, além de orientar dando o suporte necessário no que for preciso.
Podemos citar no mesmo âmbito de assessoria de imprensa, o fato histórico
em que Ivy Lee deixou o jornalismo para prestar serviços ao impopular homem
de negócios, John Rockefeller. Sua missão era fazer com que Rockfeller,
acusado de aspirar ao monopólio e mover lutas às pequenas e médias
empresas, fosse venerado pela opinião pública. Ivy Lee conseguiu essa proeza
por meio de ações favoráveis à imagem de Rockfeller de importância e
6 MAFEI, M. (2007) p. 34.
21
relevância para a opinião pública. Ivy Lee ficou conhecido como o “Pai das
Relações Públicas”.
Voltando no tempo, podemos fazer uma analogia e relembrar como a
assessoria atuou de forma significativa também no período da ditadura militar.
Como exemplo, podemos citar o governo de Emílio Garrastazu Médici (1969-
1975), que contou com ações da Aerp (Assessoria Especial de Relações
Públicas), criada por decreto e com função de propagandear o regime
autoritário.
De acordo com Maristela Mafei, a Aerp ganhou poder de
“superministério”, centralizando as ações de manipulação da informação como
estratégia do poder. Podemos citar também a criação da Voz do Brasil em
1934, e a criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) em 1937,
que surgiram a fim de reforçar a estratégia de personificação do poder.
Ora, percebemos então, que não é de agora que a Assessoria de
Imprensa vem fazendo diferença frente ao campo da comunicação social. Não
devemos, porém, considerar o aspecto severo e grotesco no qual tal atividade
foi exercida em favor dos opressores na época da ditadura militar. Há quem
não acredite no trabalho do assessor, comparando-o com o trabalho
desenvolvido pelo marketing empresarial. Entretanto, devemos considerar a
diferença da assessoria de imprensa frente ao campo da comunicação social.
Em contrapartida, a assessoria de imprensa na contemporaneidade
vem aliar às suas ações já existentes, o trabalho de comunicação integrada,
principalmente à opinião pública que, na verdade é também medidor de
resultados. Ainda de acordo com Maristela Mafei, em Assessoria de Imprensa
– Como se relacionar com a mídia, algumas ações são primordiais no exercício
da profissão.
Por exemplo, como fazer para que um determinado assunto chegue
ao conhecimento da mídia; como esse assunto deve ser trabalhado de forma
que os veículos sintam-se motivados a transformá-lo em pauta, em assunto
passível de se tornar matéria; como proceder quando o interesse em noticiar
22
algum fato relativo ao assessorado surge do próprio veículo; como proceder em
ações de crise; como fazer para que, independente do motivo de eventual
crise, a matéria seja publicada com informações corretas; e por fim, o que fazer
quando isso não acontece.
Diante do incrédulo cenário empresarial entre crises e mutações aos
quais são noticiados cotidianamente, a atividade da assessoria surge da
necessidade de mudar positivamente, e radicalmente, este cenário. Difícil, é
não reconhecer a importância da presença do assessor de imprensa. É o que
afirma Jorge Duarte em Assessoria de Imprensa e relacionamentos com a
mídia:
Sua atuação fez surgir instituições de todo tipo, como produtoras de conteúdo para os meios de comunicação, estimulou a democratização e qualificação da informação, garantiu às redações facilidades de acesso, moralizou o relacionamento entre fontes e imprensa. Também estabeleceu padrões éticos e técnicos de comportamento.7
O profissional orientará o seu cliente (empresa) como se portar frente
à mídia, aproveitando o espaço para se promover de forma natural e menos
artificial, também indicará qual o momento certo de aparecer, como dirigir o
próprio discurso de modo a não ser evasivo, mas sim trazendo algo inovador
de modo a agregar valor à sua imagem.
O essencial é fidelizar o público sempre. Com a opinião pública em seu
favor, dificilmente a empresa sofrerá descrédito. A credibilidade é construída
com o passado e o presente da organização, por meio da atuação ética e
transparente. O selo de credibilidade resiste até mesmo aos rumores negativos
associado à própria imagem em que a mídia noticia.
Em qualquer situação de risco é necessário escolher um porta-voz
que esteja devidamente preparado e que saiba responder prontamente à
inquietude da mídia. A corporação em geral também deverá estar preparada
7 DUARTE, J. (2002) p. 90.
23
principalmente para mostrar ao público sua segurança. O assessor tem senso,
prática e conhecimento da atividade jornalística, sabe, portanto, intervir de
forma eficiente em favor do cliente-empresa, principalmente em momentos de
crise. Ele adequará o discurso aos diversos veículos de comunicação, a partir
de suas características e particularidades. Manterá sempre a empresa
informada sobre os bastidores das atividades empresariais e tudo o que
acontece.
Por outra vertente, devemos considerar também as ações do público
que dada outra proporção vale-se ao mesmo tempo, da possibilidade de
interatividade como meio de interferir nos processos. Afinal, com a
metamorfose da mídia o colaborador/consumidor conquistou mais espaço. As
notícias vieram em abundância principalmente com a evolução tecnológica, as
fontes deixaram de ser àquelas que realmente detinham as informações,
passaram então a ser produtoras de conteúdo englobando vários aspectos com
emblema de notícia.
Tais pessoas utilizam muitas vezes, inclusive, técnicas e táticas
propagandistas, a verdade é que essa troca mútua entre empresa e público
equivale igualmente em vantagem de influências resultante dessa troca. Além
de suas funções básicas a assessoria, da mesma forma, visa atingir outras
tecnologias audiovisuais e digitais sedimentando assim o patrimônio simbólico
da corporação justificando suas ações e, estimulando certas práticas sociais.
Atualmente, tanto para as empresas, quanto para outros setores
públicos, é indispensável o trabalho de um assessor de imprensa. Isso porque,
devido às oscilações e mudanças da mídia, do mercado, é necessário ter
alguém que entenda, que perceba tais diferenças e saiba como lidar com elas.
Ter sensibilidade, perspicácia e principalmente discernimento são
características de um profissional atualizado e antenado ao que acontece ao
seu redor.
Consideramos essencial a atividade da assessoria de imprensa, que
surgiu não agora, mas que progrediu com o passar do tempo para atender às
24
necessidades do cliente-empresa, respondendo de forma clara e objetiva o que
o público quer ouvir. Sabendo adequar o discurso de forma congruente,
verídica, por meio de ações que comprovem tal compromisso com a sociedade,
o resultado só poderá ser satisfatório.
Já que, o intuito das organizações é influenciar a agenda da mídia
com o objetivo de se legitimar promovendo fatos que possam ser noticiados
além de servirem como fontes de informação, é importante então conciliar,
segundo a lógica editorial também os interesses das empresas jornalísticas
para que se mantenha uma relação harmônica entre ambas as partes.
Pois, ao mesmo tempo em que se espera sugestão de pauta,
indicação de fontes e materiais em geral, tais ações podem não ser bem
recebidas se não estiverem em conformidade para com a empresa jornalística
correspondendo aos propósitos da mesma. Neste sentido, muitas assessorias
interferem, pois utilizam as informações de má forma (emitindo opinião e não
somente informação), sem saber se aquilo de fato é relevante para o veículo de
comunicação.
3.1 Assessoria de Imprensa e seus desafios no mercado
contemporâneo
Diante da constante metamorfose que o mercado vem sofrendo, é
fato, que ainda há muitos desafios a serem enfrentados. Muito se deve pela
maneira como as organizações desprestigiam o campo da comunicação,
recurso imprescindível principalmente em tempos de acelerada evolução
tecnológica.
Frente a este cenário em que as pessoas passaram a interferir nos
processos de comunicação e, se encontram cada vez mais em grupos
organizados na rede, isso reflete uma cobrança maior deste público que, passa
25
a exigir veracidade, qualidade, agilidade, entre outros fatores relativos à
veiculação dessas informações, provocando portanto, profundas mudanças no
relacionamento com as organizações. Importante ressaltar que, muitas das
empresas por terem um poderio significativo ainda estão resistentes a essas
mudanças, ou seja, continuam lentas e não democráticas. De acordo com
Jorge Duarte:
Essas questões serão tratadas agora, quando discutiremos as mudanças por que passam as organizações; a necessidade de avaliação e mensuração das atividades de comunicação para justificar não só os investimentos, mas a própria essência da atividade; a preparação para uma atuação mais estratégica; o vislumbrar de novos caminhos para a legitimação;e a construção de outra visão de “comunicação integrada”.8
Muitas das empresas não querem sair da sua zona de conforto, afinal,
todo processo requer árdua reestruturação. A comunicação empresarial se
encontra sem perspectiva, ainda permanece hegemônica principalmente com
seu público interno, muitas vezes não adota conceitos que, deveriam ser
inerentes às organizações como responsabilidade social; sustentabilidade,
além da comunicação estratégica e integrada (ao contrário permanece
meramente operacional, rotineira).
Ainda prevalece a visão de que as redes são espaço de propaganda e
manipulação e não um espaço de interatividade construtiva. Contudo, é preciso
que profissionais ousados acelerem tais processos principalmente diante das
pressões do mercado, da sociedade, dos interesses do público, afinal, cada
empresa que se respalde. Sobre o assessor contemporâneo Maristela Mafei
enfatiza:
8 DUARTE, J. (2002) p. 123
26 Como o mercado de trabalho não pára, você jamais poderá se acomodar diante dele. O assessor de imprensa que o mercado busca é aquele profissional inquieto e arrojado, capaz de antecipar cenários e de desenvolver prognósticos para os assessorados. Deverá também oferecer instrumentos de trabalho e de comunicação que estejam sempre à frente da concorrência.9
Não poderíamos deixar de mencionar o perfil dos assessores de
imprensa que, executam seus trabalhos muitas das vezes de acordo com a sua
sensibilidade e tato de jornalista, com comprometimento inclusive de dar
tratamento a informação, bem como checar as fontes, avaliar o que é
interessante noticiar, além de conciliar técnicas e recursos para apresentar um
bom trabalho. Ainda sobre o perfil do assessor Jorge Duarte completa:
Devido às funções de comunicação disponíveis no mercado, passou a ser comum encontrar assessores de imprensa com ampla gama de atribuições, resultado da capacidade de reposicionar-se diante de novas exigências das organizações. O nome do paradigma à disposição é “Comunicação” (social, estratégica, organizacional, corporativa, empresarial, institucional – basta escolher o rótulo preferido), e as possibilidades que se abrem de acordo com o conceito imposto por essa terminologia ampliam notavelmente as oportunidades e exigências.10
Por outro lado, mencionaremos as chefias de empresas que não
admitem a divergência e o questionamento, e que, não encaram a
comunicação como um campo de oportunidades.
A comunicação empresarial contemporânea não deve obedecer aos
interesses paternalistas, funcionando como instrumento robótico, ao contrário,
9 MAFEI, M. (2007) p. 14 10 DUARTE, J. (2002) p. 98
27
os profissionais que nela trabalham deverão ter competência técnica e retidão
de caráter. Se assim não forem correrão o risco de perderem seus empregos,
pois, o mercado exige profissionais que tenham iniciativa mas que, sobretudo
sejam atualizados. Buscamos referência na obra de Wilson Bueno da Costa:
O comunicador empresarial do futuro deve ter um perfil moderno, em sinergia com as novas demandas e os novos valores, estar afinado com os conceitos que são caros à nossa área, como os de responsabilidade social, sustentabilidade, comunicação integrada, comunicação estratégica etc, ainda trabalhados de maneira hipócrita, mais presentes no discurso do que na prática empresarial.11
Essa mudança faz-se necessária uma vez que, com a multiplicação
dos veículos jornalísticos, com a chegada da internet e principalmente com o
receptor passando a ser ao mesmo tempo emissor e produtor de conteúdos,
perdeu-se o controle sobre as informações, com isso muitos empresários não
conseguem mais “calar” o público que, pode em algum momento prejudicar a
organização, por este motivo há a necessidade de um profissional altamente
qualificado para assumir a gestão comunicacional da empresa. Retornamos à
obra de Wilson Bueno da Costa para esclarecer:
Em terceiro lugar, as redes sociais, a blogosfera, permitiram que vozes individuais se afirmassem e os cidadãos não dependem mais da mediação da imprensa para expressar suas opiniões, divergências e repúdio à postura de determinas empresas. Essa independência em relação à mídia estimulou o espírito crítico e, com o avanço da legislação que protege o consumidor, defende as minorias secularmente discriminadas, pune os crimes ambientais etc, as organizações já não podem apostar no velho e sereno "mar da tranqüilidade" em que viviam.12
11 http://www.blogdowilson.com.br/ler_mens.asp?m=221&PN=1&i=25 12 http://www.blogdowilson.com.br/ler_mens.asp?m=220&PN=1&i=25
28
Afinal, ao contrário da época da ditadura, e, até bem pouco tempo do
domínio da informação sustentado por interesses políticos e econômicos hoje
essa tese já não pode ser mais sustentada principalmente com o advento da
tecnologia da informação. Os empresários precisam compreender e,
rapidamente que o mercado ficou diferente sendo necessário cada vez mais
rever os velhos conceitos.
Ainda de acordo com Wilson Bueno da Costa a comunicação
contemporânea exige portanto, ética, transparência, profissionalismo e
compromisso com a liberdade de expressão e a pluralidade de opiniões.
Sabemos que, muito já se evoluiu, entretanto, é preciso mudar não só a
postura das organizações mas investir em grande proporção na formação de
profissionais que, ainda permanecem presos à valores ultrapassados. As
mudanças já começaram e, as empresas que não se adaptarem às exigências
desse novo mercado, certamente não chegaram prósperas no futuro, se
chegarem.
29
4.0 O VALOR DA MARCA E A CONSTRUÇÃO DA
IDENTIDADE DE UMA EMPRESA
Em um ambiente extremamente competitivo, cresce aceleradamente
o poder dos consumidores e dos compradores institucionais. O aumento das
marcas com seus mais diversos produtos ampliam a autoridade no momento
da compra, as pessoas passam a decidir o que comprar e quanto irão pagar.
As marcas são, então, uma identidade diferenciadora, segundo Keller Kevin:
Uma marca é um produto, mas um produto que acrescenta outras dimensões que o diferenciam de outros, desenvolvidos para satisfazer a mesma necessidade. Essas diferenças podem ser racionais e tangíveis – relacionadas com o desempenho do produto da marca – ou mais simbólicas, emocionais e intangíveis – relacionadas com aquilo que a marca representa.13
Existem fatores que contribuem para reforçar o poder de decisão dos
consumidores, como: a capacidade da população em decidir sobre o destino da
sociedade, por meio do voto, os seus governantes; a evolução dos costumes,
que não mais condenam mas, valorizam a individualidade e aceitam a
satisfação ofertada pela auto-estima e da busca pelo luxo; o relacionamento
entre os indivíduos; além da crescente popularização da tecnologia da
comunicação.
Como nunca ocorreu antes, a população tem a oportunidade e
estímulos para escolher, opinar e exigir que determinado produto se adéqüe
aos seus anseios; o que resultou em uma grande oferta de produtos para os
13 KELLER, K. (2006) p.75
30
mais variados perfis de clientes. O ritmo acelerado de competição aliado a um
público mais criterioso gerou a necessidade de diferenciais competitivos; neste
cenário, as marcas institucionais assumem um papel decisivo, sendo
necessário criar ferramentas comunicacionais estratégicas que agregam
valores simbólicos e intangíveis às marcas, acionando diversas expectativas
nos consumidores, como: confiança, identificação, ética, satisfação e auto-
expressão.
Em uma sociedade que valoriza a individualidade, a marca pode ser
vista como um veículo de auto-expressão da própria personalidade das
pessoas que a possuem. A identidade da marca é a complexidade de muitas
percepções dos indivíduos sobre a ”essência” da organização. Paulo Nassar e
Rubens Figueiredo relacionam:
Os olhos da sociedade e dos consumidores querem ver o que move a empresa além do lucro. As linguagens da propaganda, relações públicas, jornalismo, atendimento ao consumidor, lobby, agindo de forma conjunta e integrada, devem mostrar a personalidade da empresa para o social em todas as suas ações.14
Contudo, não há possibilidade de pensarmos na identidade sem
levarmos em conta todo o histórico pessoal dos colaboradores ou seja, sua
bagagem cultural, afinal, é preciso reconhecer o “eu” como parte integrante
dessa organização. Existe portanto, a complementaridade entre a identidade e
a cultura, elementos que permutam reciprocamente elementos definidores da
personalidade inerente à esse público interno, ao qual as resultantes refletem
a cultura que eles dominam.
14 PAULO, N. e FIGUEIREDO, R. (2007) p.13
31
Grande influenciador de tais relações podemos citar o paternalismo
empresarial. Criou-se um imaginário nos colaboradores referente à união
simbólica entre os mesmos e a organização, principalmente no que se refere à
participação dos funcionários para a realização e construção dessa imagem.
Esses fatores contribuem de forma significativa para a construção da
identidade empresarial. O funcionário que se reconhece na empresa tenderá a
se relacionar melhor, bem como, desenvolver um trabalho de qualidade que,
consequentemente corrobora para o fortalecimento da imagem da organização.
Quanto maior a identificação dos colaboradores, maior será o peso da
união entre ambos, além de orientá-los ainda que subjetivamente em como agir
nas relações de trabalho. Esses aspectos ressaltam sentimentos como
segurança e afiliação aos propósitos impostos pela empresa, ao mesmo tempo
o objetivo de crescimento pessoal atrelado ao crescimento da organização
contribui ainda mais para a identificação organizacional. Por fim, observa-se
que, as limitações tais como o aproveitamento desses membros tudo têm a ver
quando se analisam os traços culturais, assim podemos compreender e dar
significado à essa identidade.
Alguns elementos são intrínsecos à identidade organizacional como:
Visão: Deve conter os principais valores, filosofias, padrões e objetivos da
empresa. Nome: Associa audiência ao negócio da empresa, expressa o
posicionamento pretendido pela mesma, além de definir a realidade da
organização. Logotipo: Reforça a imagem além de identificar a marca,
simboliza um conceito. A organização arquiteta sua identidade para que a sua
imagem (que contém alto poder emocional) seja moldada segundo seus
públicos de interesse. O desenvolvimento da “personalidade” institucional
requer portanto, a utilização de ferramentas de comunicação adequadas.
32
4.1 A importância do tratamento da informação e o agregar
valores na busca por diferencial
Importante atentarmos ao fato de que a comunicação nem sempre é
vista como um diferencial estratégico das empresas, justamente por ser vista
como um processo simples e rotineiro. Assim surgem vários tipos de ameaça
às corporações devido à habilidade de síntese e a não análise na seleção de
tais informações. A ordem de prioridades passa a ser fundamental para que
essa seleção seja benéfica para ambos envolvidos.
É necessário então aprimorar a gestão do conhecimento nas
corporações para que a comunicação seja eficiente. Daí a relevância do
trabalho a ser desenvolvido, analisar a aplicabilidade e gerenciamento dos
processos comunicacionais para torná-la um diferencial estratégico. Contudo, o
processo torna-se dinâmico e flexível interagindo informação e experiência
para ampliar o conhecimento.
A distinção deste novo modelo de gestão comunicacional refere-se à
passagem da simples difusão (comunicação dominante, controlada e focada no
público-alvo), para associação (processo colaborativo, com foco na informação
utilizando canais flexíveis). É portanto, um modelo que favorece a sinceridade e
o comprometimento diante de um espaço heterogêneo, resultando diferencial
estratégico em relação à comunicação e sua dinamicidade, emissão, interação
e recepção.
Retomando a ideia de que, com o advento da globalização e a
acirrada competição entre as organizações, houve a necessidade de buscar
alternativas eficientes para melhorar a posição/colocação mercadológica de
seus produtos. Embora, muito tem se investido em ações de responsabilidade
social, objetivando diferenciar-se dos concorrentes, não só associando à
imagem a doses de filantropia mas de fato se comprometendo com os
33
problemas da sociedade e consequentemente resultando na visibilidade dessa
empresa.
Não se deve porém confrontar tal ideologia com comportamento
benemérito, ao contrário, se assume uma postura realmente envolvida com as
questões que giram entorno dos interesses empresariais. Trata-se de um
mecanismo de marketing eficiente, tornando-se então um investimento pois,
agrega valor.
Outro mecanismo igualmente importante seria o conceito de CRM
(Customer Relationship Management), termo que significa gestão de
relacionamentos com os clientes. Na verdade, os meios de comunicação de
massa ditaram essa nova forma de comercialização, e, meio a tantas ofertas
surgiu a necessidade de fidelizar os clientes de maneira personificada.
Por fim, agregar valor não se trata de fazer o que todos já fazem, ou
seja, o mesmo por um valor mais abaixo, não é divulgar mais ou melhorar o
que já está bom e sim qualificar as características dos produtos de modo que
seja um diferencial relevante na escolha do público. É essencial
compreendermos a fundo as expectativas dos mesmos para que possamos
imediatamente atender com rapidez e clareza direcionando nossos esforços
com o objetivo de otimizar o investimento na melhoria da qualidade.
Foi preciso ter um cuidado maior com os clientes no sentido de dar
prioridade aos seus anseios e necessidades, hoje, já um conceito
indispensável. Esse tipo de relacionamento surgiu como estratégia viável para
se evitar a infidelidade dos clientes.
Trata-se portanto, da interação absoluta através de processos
articulados que identifiquem e diferenciem o atendimento para que o resultado
seja de clientes satisfeitos, felizes e, sobretudo fiéis. É por meio destas ações
que a assessoria cumprirá o seu papel de acordo com as exigências e valores
do desenvolvimento da atividade na era moderna.
34
5.0 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO DE
COMUNICAÇÃO E O MONITORAMENTO CONSTANTE
DE TAIS AÇÕES PARA O ÊXITO DE UMA EMPRESA NO
MERCADO
Devemos enfatizar primeiramente os aspectos ligados às políticas de
comunicação da empresa, que, precisa comunicar suas regras a todos os seus
integrantes, até mesmo para se evitar qualquer ruído que possa refletir
negativamente contra a empresa. A mesma deve também esclarecer aos
colaboradores como deve ser sua postura e comportamento como parte
integrante dessa estrutura.
Pensando na construção de relacionamentos duradouros a
assessoria de imprensa diante do gerenciamento da comunicação
organizacional busca a conciliação dos interesses do público e, tão óbvio da
empresa. Contudo, os públicos devem sempre serem priorizados em relação
às ações das empresas.
Impossível pensar em comunicação estratégica sem relacioná-los aos
novos paradigmas sociais, principalmente englobando o termo das novas
tecnologias. Na contemporaneidade a ausência de barreiras incluindo suas
mais diversificadas formas de atuação no que tange a internet, possibilitaram
mudanças relevantes que resultaram alteração permanente no ambiente
empresarial.
Por este motivo, foi necessário criar mecanismos que gerassem
vantagem competitiva potencializando assim a capacidade de captação e
fidelização dos públicos de interesse. Sendo assim, a comunicação passa a
englobar conteúdos diversificados, equipes integradas, informatização dos
processos necessitando portanto de um bom planejamento. Para Boanerges
Lopes:
35
É tarefa do profissional de Comunicação Empresarial traçar rumos, diretrizes que estão até implícitos dentro do planejamento estratégico da empresa. Aquela que não tem uma boa imagem hoje em dia, não consegue sobreviver. Esse profissional, deve ser capaz de interferir no planejamento e avaliar como ela deve se posicionar frente ao seu mercado interno e externo para ter sucesso.15
Sabemos que, o objetivo de qualquer empresa é resultado e, para
que este apareça é necessário planejamento e ações eficazes na busca do
mesmo. Entendemos que o planejamento trata-se do direcionamento que a
empresa deve tomar, para onde quer chegar, o que deve ser feito, quando e
como deve ser feito a fim de atingir suas metas. Dessa maneira deve-se, ter
um cuidado especial ao elaborá-lo uma vez que, se refere à um processo mais
complexo.
Sendo assim, é impossível gerenciar o que não conhecemos.
Levando-se em conta o fator da globalização e as diversas mídias, podemos
perceber excesso de informação e dificuldade na organização das mesmas,
principalmente devido à rapidez com que são transmitidas. É necessário
perceber a importância na elaboração destes projetos, já que, devido à
mecanicidade dos trabalhos comumente desenvolvidos acaba tendo um caráter
de não comprometimento. Daí, surgem as falhas na comunicação, justamente
porque as pessoas responsáveis não sabem como comunicar, de que forma
comunicar ou em qual canal deve comunicar.
O planejamento basicamente consiste em identificar quem precisa
das informações (target) e quais são elas, e mais, quais mecanismos serão
utilizados, quem vai elaborar e em que período de tempo elas serão
veiculadas. Por fim, para que se tenha um bom plano é preciso levantar todas
as informação pertinentes ao campo, incluindo o estudo de consumidores e
fornecedores, evitando assim futuros transtornos, principalmente no sentido de
15 LOPES, B. (1998) p. 172
36
antecipar ações que previnem possíveis crises. Francisco Gaudêncio Torquato
do Rêgo retoma:
Incorrem em grave erro os comunicadores e profissionais que planejam suas atividades sem atentarem para as oportunidades, riscos, ameaças e tendências do macro-ambiente. 16
Dessa maneira, após execução dos trabalhos, deve-se fazer a
mensuração de resultados para que se perceba a evolução do processo, dado
acompanhamento detalhado e buscando alternativas de correção para
eventuais erros que tenham ocorrido. Englobando o conceito de mensuração
Maristela Mafei explicita:
Uma boa mensuração de resultados compara as mensagens que o cliente gostaria de reforçar na mídia e se o resultado foi obtido ou não. Relata, por meio de gráficos e textos, quais veículos de comunicação retransmitiram esse discurso, que espaço concederam e que impacto causam, de acordo principalmente com o público que atingem.17
Dá-se início a outra etapa que seria o monitoramento, a fim de,
adequar o que não estiver condizente com o projeto proposto, minimizando
informações negativas e identificando novas oportunidades de mercado.
16 REGO, F. G. T. (1986), p. 111 17 MAFEI, M. (2007) p. 75
37
6.0 CONCLUSÃO
Analisando todos os aspectos que compõem a estrutura de uma
empresa é de extrema importância a verificação de suas especificidades,
detalhes, bem como suas relações entre: mídia, marketing, assessoria além do
estudo de público para construirmos uma conclusão sólida pertinente ao tema
do estudo proposto.
Diante dos desafios impostos pela “nova economia” e a pressão
mercadológica, a troca de informações com transparência e agilidade é uma
ferramenta estratégica para que a empresa possa se desenvolver e se
estabelecer. A Comunicação Empresarial é fundamental para o crescimento da
organização, funcionando como o elo que aproxima os públicos prioritários e a
empresa, é aí que entra o trabalho da assessoria de imprensa. Uma
comunicação eficiente, realizada por meio de um ajustado planejamento de
comunicação, traz resultados que podem ser medidos no faturamento das
empresas.
É preciso que a assessoria deixe de lado técnicas ultrapassadas e
alinhe-se às novas mudanças já, expandindo assim a visão de um trabalho
inovador no campo da comunicação para que as empresas tenham
mecanismos realmente eficientes para sobreviver no mercado. Devemos
ressaltar a fundamentação da assessoria de imprensa que busca agregar valor
à empresa, esforçando-se constantemente quanto ao aperfeiçoamento de
suas ações bem como o profissionalismo das mesmas.
Fato é que, a atividade composta por profissionais atualizados
chegará ao sucesso pois, saberá determinar as etapas, planejamento e outras
ações direcionadas aos públicos de interesse após diagnóstico dos obstáculos
a serem enfrentados. A comunicação nas empresas é uma atividade sistêmica
que depende da integração e do bom funcionamento de todos os setores que
compõem a instituição.
38
Por meio da informação tem a missão de construir uma imagem
positiva da empresa junto à sociedade. O tema informar se revela como sendo
tão essencial quanto os fluxos financeiros, a evolução tecnológica e a
previsibilidade do comportamento dos mercados. Na prática, é como se a
informação fosse uma corda que entrelaça a empresa, a sociedade e os
consumidores, atingindo a fidelização dos clientes, o lucro indispensável,
enfim, o êxito.
Ao longo desse trabalho, ampliamos a discussão das estratégias de
comunicação integradas que se fazem necessárias como suporte de toda
empresa a fim de direcionarem ações, discursos, para que a mesma crie uma
imagem de credibilidade. Mostramos o quanto é importante conhecer os
aspectos dominantes e interativos da mídia, principalmente por seus interesses
econômicos e mercadológicos.
A comunicação, portanto, vai além do universo das vendas de
serviços e produtos. Ela está intimamente relacionada à imagem e à reputação
das empresas. Desta forma, podendo ser o fator decisivo para que uma
empresa desapareça ou se mantenha no mercado. O presente estudo se
propôs a constatar que a comunicação através da assessoria de imprensa
exerce um extraordinário poder no equilíbrio, desenvolvimento e expansão das
empresas.
39
BIBLIOGRAFIA 1ALMEIDA, Sabrina. Monitorando campanhas em redes sociais. http://midiaboom.com.br/tag/monitorar-marcas/ Acesso em 08/07/2010 2 AZEVEDO, Gustavo Carrer. Agregar valor. Mas como? http://www2.rj.sebrae.com.br/boletim/agregar-valor-mas-como/ Acesso em 02/07/2010 3 BUENO, Wilson da Costa. A nova postura da comunicação em tempo de redes sociais. http://www.blogdowilson.com.br/ler_mens.asp?m=220&PN=1&i=25 Acesso em 24/06/2010 4 BUENO, Wilson Da costa. O comunicador empresarial do futuro será diferente. http://www.blogdowilson.com.br/ler_mens.asp?m=221&PN=1&i=25 Acesso em 24/06/2010 5 BUENO, Wilson da Costa. Os desafios ainda insuperáveis da Comunicação Empresarial brasileira. http://www.blogdowilson.com.br/ler_mens.asp?m=214&PN=1&i=25 Acesso em 24/06/2010
6 CAHEN, Roger. Tudo que seus gurus não lhe contaram sobre comunicação empresarial. 6ª Edição, São Paulo, Editora Best Seller, 1990.
7 CALDAS, Waldenyr. Temas da Cultura de Massa, Música, Futebol, Consumo. São Paulo: Arte e Ciência, 2001.
8 CASTELLS, Manuel. A Sociedade em rede. Editora Paz e Terra, 2001. 9 CAVALCANTE, Phelipe. A importância do planejamento de comunicação para o trabalho da Assessoria. http://www.webartigos.com/articles/37145/1/A-importancia-do-planejamento-de-comunicacao-para-o-trabalho-da-Assessoria/pagina1.html Acesso em 08/07/2010 10 COLBEICH, Júlio Cezar. Jornalismo e Multidão. http://ensaios-criticos.blogspot.com/2010/01/jornalismo-e-multidao.html Acesso em 26/06/2010
11 DIZARD Jr., Wilson. A nova mídia. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed., 1998.
4012 DUARTE, Jorge. Assessoria de imprensa e relacionamento com a mídia: teoria e técnica. São Paulo, Atlas, 2002. 13 GALVÃO, Aurélio. Mídia Institucional Assessoria e jornalismo empresarial.http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/fd240420022.htm Acesso em 26/06/2010
14 KOPPLIN, Elisa e FERRARETO, Luiz Artur. Assessoria de imprensa: teoria e prática. Porto Alegre, Sagra, 1993.
15 LENE, Hérica. Objetividade e subjetividade na seleção e classificação. http://observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=501DAC007 Acesso em 26/06/2010 16 LÉVY, Pierre. A conexão planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência. Editora 34, 2001. 17 LOPES, Boanerges. Abaixo o nada a declarar! O assessor de imprensa na era da globalização. Rio, Zabelê, 1998. 18 MAFEI, Maristela. Assessoria de Imprensa: como se relacionar com a mídia. São Paulo, Editora Contexto, 2004. 19 MENEZES, Klinger. A importância do planejamento das comunicações em projetos. http://klingermenezes.wordpress.com/2007/08/06/a-importancia-do-planejamento-das-comunicacoes-em-projetos/ Acesso em 08/07/2010
20 MORAES, Denis de (organizador). Globalização, mídia e cultura contemporânea. Campo Grande, Letra Livre, 1997.
21 NASSAR, Paulo e FIGUEIREDO, Rubens. Comunicação Empresarial. Brasiliense, 1995.
22 NOSSA, Cláudio. Planejamento de Comunicação à deriva. http://www.plugmasters.com.br/sys/materias/381/1/Planejamento-de-comunica%E7%E3o-%E0-deriva Acesso em 08/07/2010
23 REGO, Francisco Gaudêncio Torquato do. Comunicação Empresarial, comunicação institucional: conceitos, estratégias, sistemas, estrutura, planejamento e técnicas. Summus Editorial, 1986.
24 SAGUCHI, Luiz. Criando a identidade da empresa. http://gambare.uol.com.br/2006/09/03/criando-a-identidade-da-empresa/ Acesso em 02/07/2010 25 SCHMITZ, Aldo Antônio. Estratégias para a seleção.
41http://fontespautam.wordpress.com/2010/01/18/gatekeeper/ Acesso em 26/06/2010 26 SEVALHO, Maria. Comunicação Empresarial - Um Diferencial Competitivo de Manutenção da Imagem. http://www.comtexto.com.br/2convicomteoriacomemprecomunicacaoMariaSevalho.htm Acesso em 26/06/2010 27 TERRA, Carolina Frazon. A rede como ferramenta de relacionamento organizacional.http://www.comtexto.com.br/2convicomteoriacomemprecomunicaredeCarolinaTerra.htm Acesso em 26/06/2010