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SIMP .TCC/Sem.IC. 2018(13); 2135-2151 FACULDADE ICESP / ISSN: 2595-4210 2135 CURSO DE JORNALISMO SITE BEM MAIS BRASÍLIA – A CAPITAL FEDERAL VISTA DE OUTRO ÂNGULO WEBSITE BEM MAIS BRASÍLIA – BRAZIL’S CAPITAL SEEN FROM ANOTHER ANGLE Guilherme Vicente Morais de Araujo Ana Maria Fleury Seidl Pinheiro Resumo A internet tornou-se o principal veículo de comunicação devido a sua capacidade de estar presente em tempo integral na vida das pessoas. O objetivo principal deste Trabalho de Conclusão de Curso é a criação do portal de notícias Bem Mais Brasília, que tem como foco a produção de conteúdo noticioso: local, nacional e internacional, de fatos que geram reflexos diretamente no dia a dia dos brasilienses e moradores da região do entorno. O veículo, com sede em Brasília, é dirigido e alimentado por jornalistas e estudantes de Jornalismo da Faculdade ICESP de Brasília. O diário é composto pelas editorias Distrito Federal/Cidades; Política; Economia; Cultura e Entretenimento; Educação; Ciência e Tecnologia; Brasil; Mundo; e por colunas que trazem conteúdo opinativo sobre temas atuais e entrevistas exclusivas. A internet revolucionou a comunicação. As mudanças ficam mais evidentes com o nascimento das redes sociais, que contribuíram sistematicamente com a evolução da forma de fazer e veicular o Jornalismo. A popularização da rede marca a “democratização” da informação, todas as pessoas inseridas no contexto virtual passam a ser produtoras de notícias – não necessariamente de cunho jornalístico. O surgimento de veículos de imprensa independentes proporciona para a sociedade um maior número de fontes de informação. A inserção do produto a que se refere este Relatório no mercado de comunicação brasiliense possibilitou o reconhecimento profissional de todos os envolvidos no cenário da Comunicação, bem como o contato com outros profissionais de imprensa. Palavras-Chave: internet, notícia; webjornalismo; convergência midiática. Abstract The internet has become the main communication tool because of its ability to be present full time in people’s lives. The main goal of this Course Conclusion Work is the creation of the new portal Bem Mais Brasília, which focuses on the production of news content: local, national and international, of facts that directly reflect the daily life of the Brazilian people and living in the surrounding area. Based in Brasília, the tool is filled and updated by journalists and journalism students from the ICESP University of Brasília. The website is composed by the following publishers: Distrito Federal/Cities; Policy; Economy; Culture and Entertainment; Education, Science and Technology; Brazil; World; and six columns which bring opative content on current topics and exclusive interviews. The internet has revolutionized communication. The changes are more evident with the birth of social networks, which have contributed systematically to the evolution of the way of making and running journalism. The popularization of the network marks the "democratization" of information, all people inserted in the virtual context become news producers - not necessarily journalistic. The emergence of independent press vehicles provides society with a greater number of sources of information. The insertion of the product that this Scientific Report refers to in the Brazilian communications market made possible the professional recognition of all the involvement in the communication scenario, as well as the contact with other press professionals. Keywords: internet; news; web journalism; media convergence. EMAIL: [email protected] Introdução Graças aos avanços das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) 1 , hoje é 1 TICs: conjunto de recursos tecnológicos que proporcionam uma nova forma de comunicar. Algumas das maiores características das TICs são a agilidade, horizontalidade e possibilidade de manipulação do conteúdo da comunicação e possível acessar a rede mundial de computadores de qualquer lugar do planeta por meio de dispositivos móveis (notebooks, tabletes e smartphones). Isso causou uma mudança em informação mediante a digitalização e comunicação em redes. (SITE INFO JOVEM. Tics. Disponível em: < https://www.infojovem.org.br/infopedia/descubra-e- aprenda/tics/>. Acesso em: 05 de junho de 2018.) Como citar esse artigo: Araujo GVM, Pinheiro AMFS .SITE BEM MAIS BRASÍLIA – A CAPITAL FEDERAL VISTA DE OUTRO ÂNGULO. Anais do 13 Simpósio de TCC e 6 Seminário de IC da Faculdade ICESP. 2018(13); 2135-2151

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CURSO DE JORNALISMO

SITE BEM MAIS BRASÍLIA – A CAPITAL FEDERAL VISTA DE OUTRO ÂNGULO WEBSITE BEM MAIS BRASÍLIA – BRAZIL’S CAPITAL SEEN FROM ANOTHER ANGLE

Guilherme Vicente Morais de Araujo

Ana Maria Fleury Seidl Pinheiro

Resumo A internet tornou-se o principal veículo de comunicação devido a sua capacidade de estar presente em tempo integral na vida das pessoas. O objetivo principal deste Trabalho de Conclusão de Curso é a criação do portal de notícias Bem Mais Brasília , que tem como foco a produção de conteúdo noticioso: local, nacional e internacional, de fatos que geram reflexos diretamente no dia a dia dos brasilienses e moradores da região do entorno. O veículo, com sede em Brasília, é dirigido e alimentado por jornalistas e estudantes de Jornalismo da Faculdade ICESP de Brasília. O diário é composto pelas editorias Distrito Federal/Cidades; Política; Economia; Cultura e Entretenimento; Educação; Ciência e Tecnologia; Brasil; Mundo; e por colunas que trazem conteúdo opinativo sobre temas atuais e entrevistas exclusivas. A internet revolucionou a comunicação. As mudanças ficam mais evidentes com o nascimento das redes sociais, que contribuíram sistematicamente com a evolução da forma de fazer e veicular o Jornalismo. A popularização da rede marca a “democratização” da informação, todas as pessoas inseridas no contexto virtual passam a ser produtoras de notícias – não necessariamente de cunho jornalístico. O surgimento de veículos de imprensa independentes proporciona para a sociedade um maior número de fontes de informação. A inserção do produto a que se refere este Relatório no mercado de comunicação brasiliense possibilitou o reconhecimento profissional de todos os envolvidos no cenário da Comunicação, bem como o contato com outros profissionais de imprensa. Palavras-Chave: internet, notícia; webjornalismo; convergência midiática. Abstract The internet has become the main communication tool because of its ability to be present full time in people’s lives. The main goal of this Course Conclusion Work is the creation of the new portal Bem Mais Brasília , which focuses on the production of news content: local, national and international, of facts that directly reflect the daily life of the Brazilian people and living in the surrounding area. Based in Brasília, the tool is filled and updated by journalists and journalism students from the ICESP University of Brasília. The website is composed by the following publishers: Distrito Federal/Cities; Policy; Economy; Culture and Entertainment; Education, Science and Technology; Brazil; World; and six columns which bring opative content on current topics and exclusive interviews. The internet has revolutionized communication. The changes are more evident with the birth of social networks, which have contributed systematically to the evolution of the way of making and running journalism. The popularization of the network marks the "democratization" of information, all people inserted in the virtual context become news producers - not necessarily journalistic. The emergence of independent press vehicles provides society with a greater number of sources of information. The insertion of the product that this Scientific Report refers to in the Brazilian communications market made possible the professional recognition of all the involvement in the communication scenario, as well as the contact with other press professionals. Keywords: internet; news; web journalism; media convergence.

EMAIL: [email protected]

Introdução

Graças aos avanços das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs)1, hoje é

1TICs: conjunto de recursos tecnológicos que proporcionam uma nova forma de comunicar. Algumas das maiores características das TICs são a agilidade, horizontalidade e possibilidade de manipulação do conteúdo da comunicação e

possível acessar a rede mundial de computadores de qualquer lugar do planeta por meio de dispositivos móveis (notebooks, tabletes e smartphones). Isso causou uma mudança em

informação mediante a digitalização e comunicação em redes. (SITE INFO JOVEM. Tics . Disponível em: < https://www.infojovem.org.br/infopedia/descubra-e-aprenda/tics/>. Acesso em: 05 de junho de 2018.)

Como citar esse artigo: Araujo GVM, Pinheiro AMFS .SITE BEM MAIS BRASÍLIA – A CAPITAL FEDERAL VISTA DE OUTRO ÂNGULO. Anais do 13 Simpósio de TCC e 6 Seminário de IC da Faculdade ICESP. 2018(13); 2135-2151

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todas as classes profissionais. A de jornalista foi uma das que mais sofreram com a informatização.

Antes restrita a TVs, rádios e impressos, a informação passou a circular também no ambiente digital, o que possibilitou o surgimento de novas mídias, deslanchando um movimento que anos depois chamaríamos de convergência midiática2.

O Bem Mais Brasília , apresentado neste Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) como um produto, é um site de notícias com sede no Distrito Federal e hospedado sob o domínio www.bemmaisbrasilia.com . O portal surgiu em abril de 2017 como um coletivo de jornalistas e estudantes de jornalismo da Faculdade ICESP de Brasília. Durante a fase experimental do projeto, era produzido conteúdo jornalístico sobre os acontecimentos locais que afetavam diretamente a vida dos brasilienses e dos moradores da região do entorno de Brasília3. Pouco tempo depois, devido ao alcance apontado pelas ferramentas de monitoramento do site, os diretores decidiram ampliar a cobertura, passando a produzir conteúdo não só do DF e entorno, mas também sobre os acontecimentos nacionais e internacionais que refletissem no cotidiano de quem vive e trabalha na capital do país.

Devido à crise e à crescente alta no número de demissões das redações dos grandes jornais e outros meios de comunicação nos últimos anos – em decorrência da desregulamentação da profissão de jornalista –, surgiu a ideia de criar um veículo independente, que fosse capaz de informar de maneira mais descontraída e estar mais próximo de seus leitores sem deixar de lado os preceitos éticos da profissão de jornalista, como isenção, imparcialidade e responsabilidade acerca dos fatos noticiados.

A declaração de inconstitucionalidade do decreto-lei 972 de 1969 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que institui o fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo, provocou um impacto de

2Convergência Midiática: é um conceito criado por Henry Jenkins e designa uma tendência que os meios de comunicação estão aderindo para poder se adaptar a internet, consiste em usar este suporte como canal para distribuição de seu produto (ROCHA, 2017). 3Entorno de Brasília (RIDE): região integrada de desenvolvimento econômico do Distrito Federal criada pela Lei Complementar n° 94, de 19 de fevereiro de 1998 (SITE MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL. Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno - RIDE-DF . Disponível em: <http://www.mi.gov.br/regioes_integradas_df_rides>. Acesso em 05 de julho de 2018.).

proporções ainda não avaliadas pelos profissionais nem pelos pesquisadores da área de comunicação. O fato é muito recente. Mas os signos da crise estão presentes: desemprego nas redações e fechamento de cursos de jornalismo nas instituições privadas, queda de inscrições nos últimos vestibulares, substituição de pessoas físicas por pessoas jurídicas nas empresas de comunicação, pulverização do perfil de jornalista profissional em jornalista multimídia. (ADGHITNI, 2012, p. 67).

O idealizador do projeto e autor deste Relatório Científico, Guilherme Vicente, começou a desenvolver o projeto-piloto4 ainda em 2016, quando ingressou no curso de Comunicação Social. Inicialmente não se pensava em construir um portal como o que está no ar, mas sim um blog de notícias para servir de oficina de textos para o acadêmico ao longo do curso. A iniciativa chegou ao conhecimento dos colegas que começaram a ajudar na produção de conteúdo. Com isso, foi preciso repensar o tamanho e a abrangência de assuntos discutidos e publicados diariamente em formato de notícia.

O objetivo geral deste TCC é a construção do site/portal de notícias, principal tipo de veículo usado pelas pessoas atualmente para se manterem informadas sobre os acontecimentos do dia a dia.

Os objetivos específicos são: apuração e publicação de notícias de interesse público em formato multimídia, estudar a internet como meio de comunicação e de interação social, além do impacto que ela causa na sociedade; e entender como funcionam, na prática, os veículos digitais de imprensa.

Este relatório é dividido em seis seções além da apresentação da metodologia utilizada na pesquisa e as considerações finais do autor. A primeira seção traz os aspectos metodológicos do trabalho. A segunda apresenta os aspectos teóricos e históricos referentes ao Jornalismo. A terceira conta a história da internet desde o surgimento até os dias atuais. A quarta conceitua notícia, matéria-prima para o desenvolvimento do produto a que se refere este relatório. A quinta aborda a chegada da rede mundial de computadores nas redações dos jornais e demais veículos de imprensa. A sexta explica o que é convergência midiática e como ela aconteceu. A sétima seção traz as especificações técnicas, além das características físicas do produto. E, por fim, as considerações finais.

4Projeto-piloto: projeto experimental em que se analisam diversos aspectos de algo dentro de um prazo pré-determinado para posteriormente sua implantação definitiva ou não.

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Metodologia da pesquisa

O presente relatório trata-se de uma pesquisa bibliográfica e da análise das questões em torno da internet como meio de comunicação. Neste sentindo, a pesquisa contou com levantamento prévio em base de dados sobre o assunto tratado para fundamentar o material produzido sobre o tema, bem como o produto que gerou o relato. Segundo Gil (2010, p. 47), “o levantamento bibliográfico preliminar é que irá possibilitar que a área de estudo seja delimitada e que o problema possa finalmente ser definido”.

Após o levantamento e a leitura das informações relacionadas ao tema, procurou-se analisar o desenvolvimento cronológico da rede mundial de computadores, bem como os impactos causados pela internet no jornalismo e no dia a dia das pessoas, levando em consideração o papel da comunicação dentro do contexto social.

Na penúltima seção, serão apresentadas todas as especificações técnicas e as características físicas do portal Bem Mais Brasília , que podem ser conferidas com mais riqueza de detalhes no endereço www.bemmaisbrasilia.com .

História do Jornalismo

O primeiro jornal de que se tem registros, Acta Diurna, surgiu em Roma por volta de 59 a.C., para atender a um desejo do então imperador Júlio César de informar a população sobre os fatos sociais e políticos do império romano. A divulgação de acontecimentos como campanhas militares, julgamentos e execuções era feita em grandes placas brancas, expostas estrategicamente em locais de grande circulação de pessoas. Dava-se ali os primeiros passos para o surgimento da imprensa (RODRIGUES, 2014).

A partir da invenção da prensa tipográfica5, também chamada de imprensa, pelo alemão Johann Gutemberg, em 1447, surgem os jornais modernos, com foco na divulgação de notícias mercantis, que tiveram grande circulação entre os comerciantes. No ano de 1556, o governo de Veneza lança o Notizie Scritte, vendido ao custo

5Prensa tipográfica: é uma máquina manual, criada por Johann Gutemberg, capaz de reproduzir tipograficamente palavras, frases, textos ou mesmo livros inteiros, através de caracteres ou tipos móveis que eram organizados e prensados contra o papel (SITE: SUPER INTERESSANTE. Gutemberg: primeiras impressões . Disponível em: < https://super.abril.com.br/historia/gutenberg-primeiras-impressoes/>. Acesso em 04 de junho de 2018.).

de uma gazetta6.

Os periódicos começaram a circular na Europa Ocidental em meados do século XVII. O primeiro diário de que se tem notícia foi o alemão Avisa Relation oder Zeitung, que entrou no mercado no ano de 1609. O mais antigo do seguimento ativo até os dias de hoje com publicações oficiais do judiciário, lançado em 1665, recebeu o nome de London Gazette.

Devido à falta de regulamentação do serviço, a censura era prática comum, o que impossibilitava a veiculação de notícias que tivessem capacidade de causar insatisfações populares contra os governantes. A Suécia foi a primeira nação a mostrar preocupação com a prestação de serviços feita pelos jornalistas. O país foi pioneiro ao aprovar e sancionar, em 1976, a primeira lei de proteção da liberdade de imprensa no mundo (RODRIGUES, 2014).

A invenção do telégrafo, em 1844, provocou a primeira grande revolução no jornalismo. A apropriação do equipamento pelos jornais possibilitou a rápida circulação das edições e fez com que elas chegassem cada vez mais longe e a mais pessoas (RODRIGUES, 2014).

Na década de 1920, o surgimento do serviço de radiodifusão transformou novamente o jornalismo, o que voltou a acontecer em 1940 com o surgimento da televisão e, no final da década de 1990, com o aparecimento da internet, que causou um aumento nunca imaginado antes no volume e na atualização das informações. Segundo Thaís de Mendonça Jorge (2008, p.164), “nenhuma inovação transformou tão drasticamente os meios de obter, transmitir e trocar informação como o computador eletrônico”.

A história da internet

A ARPAnet7, como era chamada inicialmente, foi criada em 1969, nos Estados Unidos, no auge da Guerra Fria, para garantir a comunicação entre os militares e cientistas, mesmo que acontecesse um bombardeio. Eram pontos que funcionavam independentemente de um deles ser destruído em caso de um ataque balístico ou apresentar algum erro de funcionamento (SILVA, 2001).

A partir dos anos 80, seu uso tornou-se mais acadêmico e, apesar de restrito aos interesses americanos, expandiu-se para alguns países aliados como Dinamarca, Holanda e Suécia a fim

6Gazetta: moeda que circulava em Veneza no século XVI. 7ARPAnet: foi a primeira rede de comunicação entre computadores criada nos Estados Unidos da América.

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de compartilhar resultados de pesquisas entre esses países. Foi neste momento que a rede deixou de se chamar ARPAnet e passou a se chamar internet.

Por mais de duas décadas, seu uso era exclusivamente acadêmico e cientifico. Só em 1987 começou a ser liberada para fins comerciais nos Estados Unidos. Em 92 surgiram, também nos EUA, as primeiras empresas provedoras de internet. “Centenas de milhares de pessoas começaram a pôr informações na internet, que se tornou uma mania mundial” (ERCILIA, 2000).

A internet não é apenas uma rede como se diz, são mais de 40 mil redes – que se comunicam graças ao protocolo TCP/IP8 – espalhadas pelo mundo inteiro.

A World Wide Web9 nasceu em 1991 no laboratório CERN, na Suíca. Seu criador, Tim Berners-Lee, a concebeu apenas como uma linguagem que serviria para interligar computadores do laboratório e outras instituições de pesquisa e exibir documentos científicos de forma simples e fácil de acessar. (ERCILIA, 2000).

O primeiro site do mundo foi criado há 27 anos, a página ficou hospedada originalmente em um computador NeXT10, que pertencia a Berners-Lee. A web se tornou popular muito rápido, em 1993 já era comum em universidades que estudantes fizessem páginas com informações pessoais. Este crescimento só foi possível graças à criação de um programa chamado Mosaic11, que permitia o acesso à web num ambiente gráfico como o Windows.

O sucesso da internet se deve aos hipertextos. Textos e imagens são interligados por meio de palavras-chave, o que torna a navegação simples e ao mesmo tempo agradável.

A “antiga” internet, antes da web, exigia do usuário disposição para aprender comandos em Unix12 (linguagem de computador usada na internet) bastante complicados e enfrentar um ambiente pouco amigável, unicamente em texto. A web fez pela internet o que o Windows fez pelo computador pessoal (ERCILIA, 2000).

8TCP/IP: Transmission Control Protocol/Internet Protocol, em português Controle de Transmissão/Protocolo de Interconexão. 9World Wide Web: Rede Mundial de Computadores. 10NeXT: primeiro computador desenvolvido pela NeXT Computer, empresa criada por Steve Jobs em 1985 após sua saída da Apple Inc. 11Mosaic: primeiro navegador web da história da internet. 12Unix: linguagem de computador usada na internet.

Os endereços eletrônicos se iniciam com http:// (http significa Hiper-Text Transfer Protocol, em português protocolo de transferência de hipertexto). O formato mais comum é, por exemplo, www.bemmaisbrasília.com , onde

• www – indica que o endereço pertence à web;

• bemmaisbrasilia – significa o nome da empresa ou instituição que detêm e mantém o serviço;

• com : vem de correio eletrônico e quer dizer que é um endereço comercial.

No Brasil, a internet chegou em julho de 1990 com a implantação do projeto Rede Nacional de Pesquisas (RNP), do Ministério da Educação, para gerenciar a rede acadêmica brasileira. Dois anos depois, foi inaugurada a primeira rede de computadores conectados à internet nas principais universidades e centros de pesquisa do país.

No ano de 1995 a rede foi liberada no Brasil para uso comercial e doméstico. Desde então, vem crescendo a um ritmo exponencial difícil de acompanhar. Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que, em 2016, o número de brasileiros com mais de 10 anos de idade conectados à rede era de 116 milhões, 64% do total. Em 2015, este número era pouco mais de 101 milhões, ou 57,5% do total. O celular é o principal aparelho utilizado pelos brasileiros para acessar a internet. No ano em que foi feita a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD), 94,6% dos internautas usavam o smartphone; 63,7% os computadores; e outros 16,4% utilizavam tabletes (GOMES, 2018).

Notícia

A notícia é um dos principais tipos de textos jornalísticos existentes e tem como intenção nos informar acerca de determinada ocorrência. Trata-se de um texto bastante recorrente nos meios de comunicação em geral, seja televisão, em sites [...], jornais e revistas (SILVA, 2018).

Esse gênero textual é caracterizado por apresentar uma linguagem simples, clara, objetiva e precisa, sempre pautado em relatos de fatos de interesse público.

O texto da notícia obedece uma estrutura lógica para despertar o interesse do leitor. No

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primeiro parágrafo, chamado de lead13, são apresentadas as informações mais importantes a respeito do assunto abordado. O jornalista procura, neste primeiro momento, expor informações básicas relacionadas às seguintes questões: Quem? Onde? O quê? Como? Quando? Por quê?

A notícia possui, ainda, outros elementos que apoiam o lead e dão mais detalhes da ocorrência retratada. O título do texto noticioso recebe o nome de manchete e é escrito com uma fonte maior que a do corpo do texto para chamar a atenção do leitor. O sutiã – título auxiliar – serve como um complemento e traz alguma informação importante, não mencionada anteriormente, para tornar a matéria ainda mais chamativa. Por último, mas não menos importante, vem o corpo da notícia, no qual o acontecido é discutido com mais profundidade e riqueza de detalhes sempre em ordem decrescente de relevância (SILVA, 2018).

Ao escrever uma notícia, o jornalista precisa ater-se aos fatos e confrontar as informações ouvindo várias testemunhas, a fim de não publicar informações imprecisas ou mentirosas. Deve ser imparcial sobre o que relata. Para isso, o texto é sempre escrito em 3ª pessoa e com verbos no indicativo. Orações opinativas e adjetivos que possam dar impressão de subjetividade não devem ser utilizados.

A linguagem empregada é, de preferência, coloquial. O objetivo é tornar a leitura mais leve e de fácil entendimento para o leitor, em sua maioria com pouco grau de conhecimento, a fim de estabelecer uma comunicação efetiva entre quem emite e quem recebe a informação.

Webjornalismo

O webjornalismo no Brasil foi sendo implementado a partir da segunda metade dos anos 1990; porém, apenas no final da década é que se estabeleceu de forma abrangente. Na virada dos anos 2000, a internet foi superestimada economicamente e os portais de notícias tiveram valoração elevada, abrindo-se portas para um novo mercado de comunicação. O webjornalismo, também chamado de jornalismo digital ou ciberjornalismo, incorpora todos os meios de comunicação, rádio, TV e a imprensa escrita – jornais e revistas (PRADO, 2011, p.31).

No plano econômico, a informatização dos

13Lead (ou lide em português) é a base da matéria, porque contém todos os elementos principais da informação. É escrito para persuadir o leitor a continuar a leitura do texto (FÉLIX, 2018).

jornais significou ganhos de produtividade e de redução de custos importantes o suficiente para assegurar a lucratividade das empresas. Por outro lado, exigiu a mobilização de recursos vultuosos o que, em muitos casos, levou as companhias jornalísticas a penosos processos de endividamento. (ADGHITNI, 2012, p.65).

O primeiro portal de notícias do país a produzir e veicular conteúdo em tempo real foi o BOL (Brasil On-Line), lançado em 1995 pelo grupo Universo Online, UOL. Pouco mais de um ano depois, o BOL deu lugar ao portal UOL, que se tornou um dos principais portais de notícias do Brasil.

O The New York Times, um dos principais jornais norte-americanos, chegou à internet em 1996, ano em que é lançado o site de buscas Google. Dois anos depois, sofreu o primeiro ataque hacker14 da história. Já em 1998, a rádio Jovem Pan passou a transmitir sua programação também on-line.

Em novembro de 1999, o iG criou o primeiro jornal feito exclusivamente para a web, Último Segundo. Segundo Prado (2011, p.27), “uma proposta ousada para a época, já que os seus concorrentes eram todos vinculados a veículos tradicionais”. No mesmo ano, surge o Blogger.com, uma plataforma para criação de blogs gratuitos que mais tarde passou a ser utilizada por jornalistas que procuravam um meio de externar suas opiniões, muitas vezes contrárias à dos veículos em que trabalhavam.

No ano de 2002, surgiu o Messenger, janelas virtuais de trocas de mensagens em tempo real. Já no ano seguinte, esta forma de comunicação foi revolucionada com a chegada do Skype, serviço que permite a comunicação por chamadas de voz e de videoconferência gratuitamente via internet (PRADO, 2011, p.27).

O surgimento do MySpace, em 2003, marcou a chegada das redes sociais. O Orkut foi lançado pela Google e se tornou o site de relacionamento em que os brasileiros passavam a maior parte do tempo enquanto navegavam na internet. As atividades da rede social foram encerradas no mundo todo em 30 de setembro de 2014, após perder espaço para o Facebook, seu principal concorrente (GLOBO, 2014).

Em 2011, a chegada do Google+, tentativa do Google de bater de frente com a rede social de

14Hacker: indivíduo que se dedica a conhecer e modificar os aspectos mais internos de dispositivos, softwares e redes de computadores (SITE JUSBRASIL. Hacker . Disponível em: < https://www.jusbrasil.com.br/topicos/1314936/hacker>. Acesso em.: 05 de julho de 2018).

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Mark Zuckerberg15, polarizou o público do Orkut e ajudou a impulsionar seu declínio, apesar de ainda ter dificuldades para superá-lo. Prestes a completar 10 anos de vida, o Orkut teve 0,64% de todos os acessos a redes sociais no Brasil em dezembro de 2013. Já o Google+ angariou, no mesmo mês, 0,47% do total de visitas. (GLOBO, 2014).

Em 2005, o número de pessoas conectadas à internet chegou a 1 bilhão. O Brasil é o país que passa mais tempo on-line, além de ser o principal usuário de serviços como e-mails e mensagens.

Steve Chen e Chad Hurley criaram, em 2005, o YouTube, site que permite o carregamento e compartilhamento de vídeos em formato digital. Em 2006, foi adquirido pelo Google pelo valor de US$ 1,65 bi.

“Em 4 de dezembro, a internet é a mídia mais consumida do mundo, batendo TV e jornal” (PRADO, 2009, p.30). No ano de 2006, foi lançado o Twitter, um microblog em que o usuário dispunha de 140 caracteres para postar uma informação. Um ano depois, a audiência do YouTube cresceu 1972% e seu detentor, o Google, tornou-se a marca mais valiosa do mundo. O Brasil atingiu a marca de 40 milhões de computadores e 32 milhões de internautas residenciais. A chegada de tantas novidades na internet provocou uma profunda mudança social.

Para não perder audiência, os sites de notícias passaram a contar com perfis sociais, que distribuem conteúdo por meio de links que geram tráfegos em portais e sites. Redes sociais, comunidades virtuais, fóruns de discussão também se tornaram ambientes favoráveis para se chegar a determinados assuntos (PRADO, 2011, p.53).

Os novos dispositivos técnicos permitem que os jornalistas conheçam em tempo real a reação do público e a maneira como as mídias concorrentes cobrem o mesmo fato. Trata-se de uma situação de interatividade e reflexividade inédita na história que obriga os produtores de conteúdos a ajustarem rapidamente sua produção para os leitores e para os concorrentes. (ADGHITNI, 2012, p.66).

Com as redes sociais e o aumento do uso do acesso por meios móveis, o papel dos portais foi mudando e hoje eles se tornaram uma expressão de curadoria, um espaço para encontrar conteúdo de vários temas, selecionados por critérios de relevância e atualidade. (LÜDTKE, 2017).

15Mark Zuckerberg: criador do Facebook, responsável pelo declínio e pela desativação do Orkut.

Novas ferramentas requerem novos profissionais. “Uma das novas tarefas que surgem com o webjornalismo é exatamente a do editor e/ou gestor de mídias sociais e de conteúdos gerados pelos usuários” (PRADO, 2011, p.53), responsáveis por produzir conteúdo para os perfis sociais dos veículos, moderar comentários dos internautas, filtrar os assuntos que recebem mais atenção na rede e que podem virar pauta, e o mais importante, interagir com o público por meio dos comentários.

A informatização das redações contribui para que jornalistas assumissem tarefas antes reservadas a técnicos. A emergência de um “jornalismo sentado” [...], o uso de telefones e de internet, sem precisar sair da redação, foi determinante para reduzir a autonomia dos jornalistas diante das fontes. Diluem-se as fronteiras entre as funções de fonte e redator. (ADGHITNI, 2012, p.69).

Estamos vivendo hoje a chamada sociedade em rede, em que não há limites para que a informação possa chegar. Uma época marcada pela influência da tecnologia na disseminação de notícias e conhecimento (TAVARAYAMA, SILVA, MARTINS, 2012 apud CASTELLS, 1999).

O diferencial desta modalidade jornalística é a interação dos leitores com o jornal e os produtores da notícia. O leitor que tem espaço para opinar fica satisfeito; mesmo que não opine, apenas por saber que pode ter a chance, consequentemente volta a procurar mais informação (PRADO, 2011, p.51).

Essa possibilidade gera confiança do público e consequentemente aproximação do veículo, sem contar que acaba por ser divulgado boca a boca, tuíte a tuíte ou no compartilhamento de links por meio de ferramentas como o Facebook e o WhatsApp, trazendo cada vez mais pessoas para discutirem determinado assunto, o que acaba aumentando a audiência neste tipo de mídia.

A principal vantagem do formato digital é a possibilidade da instantaneidade e simultaneidade, obviamente em relação à imprensa escrita, porque no rádio ela sempre foi exercida, quando interessava. Na TV, por conta da logística de carregar equipamento pesado – e custa caro deslocar equipes externas –, justifica-se não estar em todos os lugares (PRADO, 2011, p.49).

Já na internet, devido ao constante desenvolvimento das ferramentas de acesso à rede, a atualização do conteúdo pode ser feita remotamente em tempo real, de qualquer lugar,

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por meio de equipamentos portáteis que podem ser carregados na bolsa, como tabletes e laptops, ou no bolso, como é o caso dos smartphones – principais terminais de acesso à internet nos dias de hoje.

Convergência midiática

Convergência midiática é um conceito desenvolvido pelo pesquisador Henry Jenkins que define a adaptação dos meios de comunicação à internet e é caracterizada pela integração de elementos que conversam entre si, como infográficos, vídeos, imagens, sons e outros recursos derivados do desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) com o propósito de transmitir alguma informação ou conhecimento, que resultam em uma estrutura social fundamentada em redes onde a circulação de conteúdo é livre (GUILLANDE, 2015).

A internet fez com que os grandes meios de comunicação – TVs, rádios e impressos – repensassem a maneira de fazer e veicular a notícia. O custo-benefício para os conglomerados de comunicação fez com que grandes veículos passassem a operar também nas ondas da internet.

De 2008 para cá, observamos a fusão de redações on-line com a redação tradicional, invertendo completamente o esquema vigente desde o início da década, quando o jornalismo na internet se proliferou e todos os grandes jornais criaram seus serviços on-line com equipes separas. (ADGHITNI, 2012, p. 76).

O custo infinitamente menor da produção do webjornalismo comparada à pesada indústria do jornalismo convencional (papel, parque gráfico ou antenas e transmissores, esquema de distribuição ou de radiodifusão etc.) impulsiona a proliferação de sites exclusivos na rede e de versões digitais de conteúdo dos jornais impressos, das TVs e das rádios, sem contar a não necessidade de concessões governamentais para adquirir canais e frequências (PRADO, 2011, p.03).

Em contrapartida, os profissionais precisaram se adequar à nova realidade do jornalismo. Escrever bem continuou sendo requisito fundamental para um jornalista, mas, na web, apenas redigir não é o suficiente, é preciso saber, de forma profissional e ágil, gerar páginas na internet, ancorar vídeos, operar câmeras e editar fotos e imagens. Em outras palavras, é preciso ser multifacetado16, o que exige dos jornalistas a compreensão do meio digital e o

16Multifacetado: que possui muitas habilidades, que domina conhecimentos diferentes.

domínio de suas ferramentas (PRADO, 2009, p.03).

O principal exemplo desta convergência aconteceu no dia 31 de agosto de 2010, quando foi impressa a última edição do Jornal do Brasil. Desde então, outros veículos abandonaram o impresso e adotou o digital. Ainda no ano de 2010, um mês após a migração do JB para a plataforma on-line, foi a vez do jornal Zero Hora, do grupo RBS, que passou a ser distribuído apenas na internet (PRADO, 2011, p.20).

Após 155 anos, o Diário Oficial da União (DOU), veículo que torna públicos todos os atos do governo federal, deixou de ser impresso e passou a ser distribuído apenas em formato digital a partir do dia 1° de dezembro de 2017. Na madrugada do dia anterior, foram emitidos 6 mil exemplares da última edição que circularia em papel (MAZUI, 2017).

Muitos jornais, apesar de já serem distribuídos digitalmente, ainda resistem mantendo a tiragem de suas edições impressas em número reduzido. O Jornal de Brasília, por exemplo, um dos mais antigos impressos da capital do país, já não circula aos finais de semana. Nesses dias, a edição só é acessível em seu formato digital no site do jornal.

Produto

O site Bem Mais Brasília foi criado na plataforma Wix17. Optou-se por ela pelo fato de ser autoexplicativa, o que excluiu a necessidade de contratar um profissional de programação para o desenvolvimento do portal. O Wix disponibiliza duas formas de desenvolvimento de sites.

Primeiro, a plataforma possui vários modelos de templates para escolha e, em poucos cliques, podem ser ajustados de acordo com a necessidade de cada usuário. Segundo, o usuário pode desenvolver o seu próprio layout em uma página em branco. Para evitar que o portal fosse publicado com a aparência de outro site, optou-se pela segunda alternativa que garantiria a criação de uma boa identidade visual.

A cor azul do layout remete ao céu da capital federal, cidade sede do portal e foco da produção de conteúdo. O logotipo, composto pela imagem do Congresso Nacional e o nome do veículo, deixa clara a origem do site. Já o slogan “A Capital Federal vista de outro ângulo” sugere aos leitores um veículo com uma visão

17Wix: Plataforma on-line de criação e edição de web sites profissionais em HTML5, independentemente de conhecimento prévio de programação ou design.

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diferenciada dos demais sobre os acontecimentos diários do Distrito Federal e entorno, do Brasil e do mundo.

Figura 1: Logotipo – marca visual – e slogan – frase que faz lembrar a marca – do portal Bem Mais Brasília

O periódico é composto por 9 editorias: Distrito Federal/Cidades; Política; Economia; Cultura e Entretenimento; Educação; Saúde; Ciência e Tecnologia; Brasil e Mundo. O produto apresenta quatro colunas semanais – Cinegrafia, Entre “Aspas”, Fora do Armário e Primeira Pessoa – e duas quinzenais – Musicaliza Brasília e Prosa e Café – ambas trazem entrevistas exclusivas e conteúdo opinativo sobre temas da atualidade com o objetivo de levar seus leitores à reflexão.

A alimentação do site é feita diariamente por uma equipe composta por jornalistas e estudantes de jornalismo de Brasília, que apuram as notícias locais e produzem fotos, entrevistas com autoridades políticas de Brasília e do Brasil, bem como com personalidades da cidade. O conteúdo nacional e internacional, em sua maioria, é produzido por agências e sites de notícias que disponibilizam, por meio de parceria, conteúdos para serem publicados. Entre os principais parceiros, destacam-se a Pública , agência de reportagem e jornalismo investigativo, e o AGROemDIA , diário com sede também na capital federal especializado em jornalismo rural.

Desde que foi colocado no ar, o Bem Mais Brasília já publicou mais de 600 matérias jornalísticas e realizou coberturas importantes como o Fórum Mundial da Água Brasília 2018, maior evento sobre recursos hídricos do mundo, a Campus Party Brasília e a Olimpíada Brasileira do Conhecimento. Foi o primeiro veículo de imprensa do Distrito Federal a falar a respeito do Banco de Tempo de Brasília (BTB), uma organização sem fins lucrativos que funciona como uma instituição financeira onde a moeda é o tempo do correntista. Uma hora de serviço equivale a 1 hora de crédito, uma vez recebido, o correntista do BTB pode usar o crédito para pagar pelos serviços de outro profissional. A entrevista dos dois diretores do Banco do Tempo de Brasília é a publicação mais

acessada do site. São mais de 4200 visualizações, sendo também a mais compartilhada pelos leitores do portal (Cf. GRÁF. 2). Todas as imagens e gráficos utilizados nesta seção estão disponíveis, também, no apêndice deste relatório.

Figura 2: Registro do tráfego de dados do site Bem Mais Brasília no dia 1º de julho de 2018 Fonte: Analytics Bem Mais Brasília

A equipe de reportagem do portal já entrevistou artistas como Guilherme Weber e Mariana Ximenes, atores da TV Globo; o humorista e ator Gustavo Mendes, do canal a cabo MultiShow; o cineasta brasiliense Sérgio Moricone. Os senadores Jorge Viana (PT – AC), Vanessa Grazziotin (PCdoB – AM) e a deputada federal Raquel Muniz (PSD – MG). O secretário de Ciência, Inovação e Tecnologia do Distrito Federal, Thiago Jarjour, só para citar alguns exemplos.

O trabalho dos jornalistas envolvidos com a produção de conteúdo é colaborativo, não havendo remuneração alguma pelos serviços prestados, bem como vínculo empregatício. A previsão é que esse quadro mude quando o site começar a monetizar por meio de publicidades, parcerias e/ou patrocínios.

Os custos gerados com domínio e hospedagem – R$ 1.080,00 por ano – são custeados pelo idealizador, Diretor-Geral e Editor-Chefe, Guilherme Vicente. Já as despesas com combustível, passagens e alimentação ficam a cargo dos colaboradores que se dispuserem a cobrir pautas externas e eventos.

A programação do site Bem Mais Brasília é em HTML518. Essa escolha foi feita com base na Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) de 2015 (GRÁF. 1) segundo a qual 67% dos 101 milhões de internautas brasileiros utilizam o celular para conectar a internet (BRASIL, 2015, p.81). Gráfico 1: Percentual da população acima de 10 anos que utiliza a internet por grandes regiões (2008/2015)

18Linguagem que permite acesso à internet a partir de desktop e de dispositivos móveis.

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Fonte: IBGE

Dados das ferramentas de monitoramento de tráfego do Bem Mais Brasília confirmam a preferência do uso de dispositivos móveis pelos internautas: 58% dos leitores do portal o acessam por meio do mobile19 (Cf. GRÁF. 2).

Gráfico 2: Dispositivos utilizados pelos visitantes para acessar o site Bem Mais Brasília

Fonte: Analytics Bem Mais Brasília

A distribuição do conteúdo publicado no Bem Mais Brasília é feita nas principais redes sociais da atualidade – Facebook, Twitter, Instagram e Youtube – que geram tráfego e audiência para o veículo (Cf. GRÁF 4). Nos últimos 30 dias, houve um crescimento de 355% de visitas oriundas dessas redes. O Gráfico 3 mostra que o Facebook é o principal provedor de acessos: 322% dos leitores são direcionados pelo site de relacionamento.

Gráfico 3: Redes sociais que redirecionam o tráfego para o site Bem Mais Brasília

19Mobile: expressão inglesa usada para classificar aparelhos e serviços criados para dispositivos móveis, como smartphones e tablets.

Fonte: Analytics Bem Mais Brasília

Gráfico 4: Fontes de tráfego do site Bem Mais Brasí lia

Fonte: Analytics Bem Mais Brasília

O Gráfico 5 mostra que os leitores do Bem

Mais Brasília passam, em média, nove minutos navegando pelo portal. O Gráfico 6 mostra que a editoria mais acessada é Distrito Federal/Cidades, o que revela o interesse do público por conteúdos locais e a página que mais recebe cliques é a Single Post/Post Único, onde são exibidos os conteúdos publicados pelo portal e por parceiros.

Gráfico 5: Tempo médio de visita no site Bem Mais B rasília

Fonte: Analytics Bem Mais Brasília Gráfico 6: Páginas mais populares no site Bem Mais Brasília

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Fonte: Analytics Bem Mais Brasília

Apesar de ser um portal voltado para o público brasiliense, o Bem Mais Brasília tem conquistado leitores em todo o Brasil e no mundo. Nos Gráficos 7 e 8, é possível analisar o crescimento da audiência do site nos últimos 12 meses, bem como de quais lugares ele tem recebido acessos. O Brasil lidera a audiência: só nos últimos doze meses foram mais de 15.500 visitas; seguido dos Estados Unidos, com 523 visitas; e de Portugal, com 47 visitas.

Gráfico 7: Quantitativo de visitas ao site Bem Mais Brasília

Fonte: Analytics Bem Mais Brasília

Gráfico 8: Origem geográfica das visitas ao site Be m Mais Brasília

Fonte: Analytics Bem Mais Brasília

Considerações finais

Assim como na maioria das profissões, a internet revolucionou a maneira de se fazer jornalismo e de distribuir o produto final, a notícia. As mudanças ficaram mais evidentes ainda com a popularização da internet e com a chegada dos sites de relacionamento, as redes sociais. Todas essas inovações contribuíram sistematicamente com a evolução do jornalismo até o que conhecemos e consumimos atualmente.

Percebe-se que a acessibilidade à internet facilitou e dificultou a vida dos profissionais de imprensa. Facilitou pelo fato de possibilitar a troca de informações entre jornalistas e fontes de

diferentes locais do planeta sem a necessidade de estarem próximos geograficamente. Antes era preciso ligar – isso quando existia essa opção – ou se deslocar até a pessoa que detinha a informação. Hoje, com o advento da internet, o profissional de imprensa consegue entrevistar qualquer pessoa para fazer uma matéria sem sair da redação por meio de ferramentas como e-mail, redes sociais, aplicativos de mensagens instantâneas e videoconferência. Dificultou por estimular a concorrência do setor. Atualmente um furo de reportagem é praticamente impossível. Nenhum assunto é exclusivo deste ou daquele veículo.

A internet “democratizou” a informação, todos que estão inseridos neste meio são produtores de conteúdo – não necessariamente de cunho jornalístico.

A busca incessante por notoriedade exige que os profissionais produzam cada vez mais rápido, o que acarreta, em algumas vezes, publicações muitas vezes erradas ou imprecisas e matérias cada vez mais enxutas.

A popularização da rede mundial de computadores possibilitou também o nascimento de outros veículos, independentes, de comunicação. Hoje os cidadãos possuem uma gama muito grande de fontes de informação. Outro benefício foi a aproximação do leitor com a imprensa. Atualmente é possível o contato com os jornais por meio dos comentários nos sites e das redes sociais. O leitor pode, ainda, contribuir com a produção jornalística, enviando fotos, vídeos e áudios para as redações, que possuem canais exclusivamente para isso.

A realização deste trabalho possibilitou a mim e a parte dos meus colegas, enquanto estudantes de Jornalismo, praticar e aprender em serviço uma vez que não dispúnhamos de tempo para participar de estágios em meios de comunicação ou assessoria de imprensa. Todo o trabalho feito ao longo dos últimos 15 meses foi orientado e supervisionado pela professora Ana Seidl, jornalista de rádio, televisão e impresso, que compartilhou conosco sua experiência profissional e expertise.

A inserção do Bem Mais Brasília no mercado de comunicação propiciou a iniciação e o reconhecimento profissional de todos os envolvidos. Possibilitou, ainda, o contato com outros profissionais de imprensa, brasileiros e estrangeiros, que, ao conhecerem o portal, não acreditavam se tratar de um trabalho acadêmico devido ao profissionalismo da equipe e do conteúdo produzido, bem como pela estrutura do portal.

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Agradecimentos

Aos meus familiares, especialmente ao meu pai, Deladiê Gonçalves de Araújo, a minha mãe, Maria Aparecida de Morais, e a minha tia, Cleusa Maria Gonçalves de Araújo, que sempre acreditaram na minha capacidade e me motivaram muito para que eu conseguisse chegar até aqui.

Ao meu tio, Carlos José Leal da Silva, a quem tenho imensurável gratidão por ter me motivado a executar o projeto quando tomou conhecimento da minha ideia e, o mais importante, por ter confiado na minha palavra a ponto de garantir a minha permanência na faculdade para o desenvolvimento do site.

À professora Ana Seidl, por quem tenho profundo respeito e admiração profissional, por ter aceito o convite para ser orientadora deste Trabalho de Conclusão de Curso.

A todo o corpo docente do curso de Jornalismo da Faculdade ICESP de Brasília, os professores: André Luís, Dácio Renault, Francisca Oleniva, Luís Reis, Marta Mencarini, Robson Moura, Romoaldo de Sousa e Pedro Moura que contribuíram direta ou indiretamente com ensinamentos que são aplicados diariamente na

manutenção e alimentação do portal.

Ao meu primo Ramonn Zidanny, responsável pela tradução do resumo deste relatório.

Às colegas Caroline Cardoso e Meire Gonçalves, pela revisão do texto.

Aos jornalistas e colaboradores do Bem Mais Brasília – Douglas Araújo, Luciana Balduino, Meire Gonçalves, Michelle Medeiros, Rafael Antunes, Saturnino Junior, Wallisson Leandro e, em especial, Margaret Gonçalves e Caroline Cardoso, que acreditaram no projeto e não mediram esforços para que ele saísse do papel.

A Pública – Agência de Reportagem e Jornalismo Investigativo – e ao AGROemDIA – site de notícias especializado em assuntos do campo – pela parceria.

Ao Sindicado dos Professores do Distrito Federal (SINPRO-DF), por ter financiado o projeto do site quando ainda estava em fase experimental.

A todas as entidades públicas e privadas que conhecem, respeitam e confiam no trabalho desenvolvido pela equipe de reportagem do portal Bem Mais Brasília.

Referências

1. ADGHIRN, Zélia Leal. Mudanças estruturais no jornalismo: travessia de uma zona de turbulência. In: PEREIRA, Fábio Henrique; MOURA, Dione Oliveira; ADGHIRN, Zélia Leal (Orgs.). Jornalismo e Sociedade . Florianópolis: Editora Insular, 2012.

2. BRASIL. Pesquisa nacional por amostra de domicílios: síntese de indicadores 2015. Rio de Janeiro: IBGE, 2016.

3. CASTELLS, Manuel. A Sociedade em rede . São Paulo: Atlas. 2011. 4. JORGE, Thaís de Mendonça. Manual do Foca . Editora Contexto, 2008. 5. LÉVY, Pierre. Cibercultura . São Paulo: Editora 34, 2000. 6. PRADO, Magaly. Webjornalismo . Rio de Janeiro: LTC Editora. 2011. 7. TAVARAYAMA, R.; SILVA, R.; MARTINS, J. A sociedade da informação: possibilidades e desafios.

Nucleus , v.9, n.1, 2012, p. 3-7. 8. ERCILIA, Maria. Pequena história da internet . São Paulo: Mundo Digital, 2000. Disponível em:

<http://www1.uol.com.br/mundodigital/beaba/manual.htm>. Acesso em: 26 de junho de 2018. 9. GLOBO. Rede social Orkut será encerrada em 30 de setembro . Disponível em:

<http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/06/rede-social-orkut-sera-encerrada-em-30-de-setembro.html>. Acesso em: 02 jul. 2018.

10. GOMES, Helton Simões. Brasil tem 116 milhões de pessoas conectadas à inte rnet, diz IBGE . Disponível em: <https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/brasil-tem-116-milhoes-de-pessoas-conectadas-a-internet-diz-ibge.ghtml>. Acesso em: 01 jun. 2018.

11. GUILLAND, Luana. Os efeitos da convergência midiática na educação . Foz do Iguaçu: Hoper Educação, 2015. Disponível em: <https://www.hoper.com.br/single-post/2015/03/09/OS-EFEITOS-DA-CONVERG%C3%8ANCIA-MIDI%C3%81TICA-NA-EDUCA%C3%87%C3%83O>. Acesso em: 03 jun. 2018.

12. LÜDTKE, Sérgio. A formação dos jornalistas para as redações do futu ro . Brasília: Medium, 2017. Disponível em: <https://medium.com/digital-media-by-interatores/a-forma%C3%A7%C3%A3o-dos-jornalistas-para-as-reda%C3%A7%C3%B5es-no-futuro-87b92b07f67c>. Acesso em: 19 maio

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2018. 13. LÜDTKE, Sérgio. A reinvenção do jornalismo . Brasília: Portal dos Jornalistas, 2018. Disponível

em: <https://www.portaldosjornalistas.com.br/reinvencao-do-jornalismo/>. Acesso em: 19 maio 2018. 14. MAZUI, Guilherme. Diário Oficial da União é impresso pela última vez nesta quinta-feira .

Disponível em: <https://g1.globo.com/politica/noticia/diario-oficial-da-uniao-e-impresso-pela-ultima-vez-nesta-quinta-feira.ghtml>. Acesso em: 16 maio 2018.

15. ROCHA, Ivan Luís Marconato. Convergência de mídia esportiva: um passo fundament al para a comunicação . Brasil: Rádio Poliesportiva, 2017. Disponível em: < http://radiopoliesportiva.com.br/convergencia-de-midia-esportiva-um-passo-fundamental-para-a-comunicacao/>. Acesso em 05 de julho de 2018.

16. RODRIGUES, Viviany. História do Jornalismo. Brasília: abi inter, 2014. Disponível em: <http://abiinter.com/sala-de-imprensa/21-historia-do-jornalismo>. Acesso em: 17 maio 2018.

17. SILVA, Débora. O texto notícia. Brasil: estudo prático. Disponível em: <https://www.estudopratico.com.br/o-texto-noticia/>. Acesso em: 11 jun. 2018.

18. SILVA, Leonardo Werner. Internet foi criada em 1969 com o nome de “Arpanet” nos EUA . Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u34809.shtml>. Acesso em: 28 jun. 2018.

19. SITE INFO JOVEM. Tics . Disponível em: < https://www.infojovem.org.br/infopedia/descubra-e-aprenda/tics/>. Acesso em: 05 de junho de 2018.)

20. SITE JUSBRASIL. Hacker . Disponível em: < https://www.jusbrasil.com.br/topicos/1314936/hacker>. Acesso em.: 05 de julho de 2018.

21. SITE MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL. Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno - RIDE-DF . Disponível em: <http://www.mi.gov.br/regioes_integradas_df_rides>. Acesso em 05 de julho de 2018.

22. SITE SUPERINTERESSANTE. Gutemberg: primeiras impressões . Disponível em: <https://super.abril.com.br/historia/gutenberg-primeiras-impressoes/>. Acesso em: 05 de julho de 2018.

Apêndice A Figura 2: Registro do tráfego de dados do site Bem Mais Brasília no dia 1º de julho de 2018

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Fonte: Analytics Bem Mais Brasília

Gráfico 1: Percentual da população acima de 10 anos que utiliza a internet por grandes regiões (2008/2015

Fonte: IBGE

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Gráfico 2: Dispositivos utilizados pelos visitantes para acessar o site Bem Mais Brasília

Fonte: Analytics Bem Mais Brasília

Gráfico 3: Redes sociais que redirecionam o tráfego para o site Bem Mais Brasília

Fonte: Analytics Bem Mais Brasília

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Gráfico 4: Fontes de tráfego do site Bem Mais Brasí lia

Fonte: Analytics Bem Mais Brasília

Gráfico 5: Tempo médio de visita no site Bem Mais B rasília

Fonte: Analytics Bem Mais Brasília

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Gráfico 6: Páginas mais populares no site Bem Mais Brasília

Fonte: Analytics Bem Mais Brasília Gráfico 7: Quantitativo de visitas ao site Bem Mais Brasília

Fonte: Analytics Bem Mais Brasília

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Gráfico 8: Origem geográfica das visitas ao site Be m Mais Brasília

Fonte: Analytics Bem Mais Brasília