cultura de massa / cultura erudita: literatura e cinema
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Cultura de Massa / Cultura Erudita: Literatura e Cinema
Alice FlictsCarlos Felipe Falcão
Christian Souza
Adorno, Horkheimer e a cultura de massa
O contexto europeu da primeira metade do século é fundamental se compreender as
bases do que veio a ser o “marxismo ocidental”.
FACISMO e ESTALINISMO
O“novo” papel do materialismo histórico, o conceito de história, a tomada da consciência de classe, a cultura, a arte, literatura
instrumentos para se pensar as transformações, a validade, as limitações, possíveis caminhos e leituras do marxismo
diante da sociedade industrializada moderna
a razão que desponta com a valorização da ciência cada vez mais evidente, trata-se de
uma razão instrumental: a racionalidade que visava a dominação e intervenção na natureza a serviço do poder do capital, estendendo-se esta dominação também aos homens, cada
vez mais alienados dos processos sociais em que estavam envolvidos
a indústria cultural e a massificação do conhecimento, da arte e da cultura que se
produzia no século XX diluiam força expressiva de cada um, seus significados próprios,
transformando tudo em objeto de consumo.
Esse sistema incorpora nos participantes uma nova necessidade: a “necessidade do consumo”
A intenção da indústria cultural não é promover um conhecimento, porque conhecer levanta questionamentos, rompe paradigmas e necessita de novas respostas.
A indústria cultural e a comunicação de massa não podem ser tratadas como coisas distintas
O lucro e a lógica da produção capitalista realizam a mercantilização da arte e da cultura, produzindo “mercadorias culturais”
Trata-se, no entanto, de um pseudo-individualismo no qual a propaganda e a manipulação possuem papel fundamental (Slater, 1978)
O perigo de uma história única Chimamanda Adichie
• http://www.youtube.com/watch?v=EC-bh1YARsc00:00 até 10:14
A criação da prensa é responsável pelo o surgimento de uma cultura de massa, já que
permitia o consumo em larga escala
• No século passado a cultura popular era vista como a cultura dos incultos
• Antes - cinema e literatura indicavam prestígio social; cultura erudita; população com muitos analfabetos.
• Impresso se torna veículo indispensável de comunicação e persuasão. Atingem as classes operárias, ditas populares.
“Ao lado da chamada cultura erudita, transmitida na escola e sancionada pelas instituições, existe a cultura criada pelo povo, que articula uma concepção de mundo e da vida em contraposição aos esquemas oficiais.”
• Novelas, revistas e radionovelas não eram “classificadas” como literatura. Fazia parte da cultura popular.
• Hoje – existe uma maior abrangência tanto na literatura, quanto no cinema. Ambos estão mais embutidos na sociedade como um todo.
• Mercado: faz com que a cultura popular se expanda.• Alguns intelectuais ainda acusam a cultura de massa de
não ser cultura e sim indústria.
• O valor das produções artísticas de qualidade: luxo supérfluo
• A arte é um reduto inacessível as grandes maiorias nacionais
• Não é justo abandonar os valores e a qualidade da arte, assim como não é estratégico como forma de luta.
• As elites oprimidas• Voz original da literatura latino-americana
A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica: O cinema multiplica o reproduzido, que passa de ocorrência única para ocorrência em massa. Produção em série.
• A reprodutibilidade técnica da obra de arte: emancipação da existência do ritual. A obra reproduzida toma-se cada vez mais a reprodução de uma obra de arte que se assenta na reprodutibilidade.
• Alteração da função da arte: Fundamento da reprodutibilidade técnica: reprodução imediata, difusão obrigatória. Contexto da tradição. Valor de culto dá lugar ao valor de exposição.
• Esforço de atribuir o filme à arte leva teóricos a reconhecer nele elementos de culto
• Durante séculos, um reduzido número de escritores correspondia a um número de milhares de leitores. O leitor está sempre pronto a tornar-se um escritor.
• Uma parte dos atores encontrados em filmes russos, não são atores, mas sim pessoas que representam um papel no seu processo de trabalho. A indústria cinematográfica tem interesse em incitar a participação das massas, através de concepções ilusórias.
• A reprodutibilidade técnica da obra de arte altera a relação das massas com a arte. Quanto mais o significado social de uma arte diminui, mais se afastam no público as atitudes críticas.
• A reação do público é condicionada a partir da audiência em massa. À medida que essas reações se manifestam, o público as controla.
• Novo comportamento em relação a obra de arte. Quantidade transformou-se em qualidade: o número mais elevado de participantes provoca uma participação diferente.
• Duhamel contesta a forma de participação que o cinema suscita nas massas. "Um passatempo para a ralé, uma diversão para criaturas iletradas, miseráveis, gastas pelo trabalho e consumidas pelas preocupações...”
• As massas procuram diversão, mas a arte exige concentração por parte do observador.
• O cinema rejeita o valor de culto, não só devido ao fato de provocar no público uma atitude crítica, mas também pelo fato de tal atitude crítica não englobar, no cinema, a atenção. O público é um examinador, mas distraído.
Referências bibliográficas
• BOSI, Ecléa. Culturas de massa e culturapopular. Petrópolis, Vozes, 1992.SANTAELLA, Lucia. (Arte) & (Cultura):equívocos do elitismo. São Paulo: Cortez(Universidade Metodista de Piracicaba, 1982
• Adorno e Horkheimer. “Indústria cultural”. In: A dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.
• Walter Benjamin. “A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica”