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CDTC - Breve texto sobre a cultura Chinesa

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  • A Cultura Chinesa1 de agosto de 2007

  • Sumrio

    I Sobre essa apostila 2

    II Informaes Bsicas 4

    1 Lio 1 - Introduo China 91.1 Instalao do Suporte a Lngua Chinesa no Debian . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91.2 Introduo - China . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91.3 Territrio da China . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111.4 Geografia, Clima e Relevo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

    1.4.1 Geografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 141.4.2 Clima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151.4.3 Relevo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

    1.5 Flora e Fauna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161.5.1 Flora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161.5.2 Fauna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

    2 Lio 2 - Breve Histria 202.1 Breve Histria da China . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

    3 Lico 3 - Cultura e Religio - Parte 1 283.1 Arte da Cermica e Escultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

    3.1.1 antiguidade at 221 AC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 283.1.2 Cultura do Jade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293.1.3 Imprio Antigo Chins (221 BC-AC 220) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 313.1.4 Perodo de Diviso (220- 581) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

    3.2 Pintura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 343.3 O Idioma Chins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 363.4 A Escrita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 383.5 Opera Chinesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 393.6 Msica na China . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 403.7 Culinria Chinesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

    4 Liao 4 - Cultura e Religio - Parte 2 444.1 Mitologia Chinesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 444.2 Doutrina Chinesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 474.3 Religio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

    1

  • Parte I

    Sobre essa apostila

    2

  • CDTC Centro de Difuso de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

    Contedo

    O contedo dessa apostila fruto da compilao de diversos materiais livres publicados na in-ternet, disponveis em diversos sites ou originalmente produzido no CDTC em http://www.cdtc.org.br.

    O formato original deste material bem como sua atualizao est disponvel dentro da licenaGNU Free Documentation License, cujo teor integral encontra-se aqui reproduzido na seo demesmo nome, tendo inclusive uma verso traduzida (no oficial).

    A reviso e alterao vem sendo realizada pelo CDTC ([email protected]), desde outubrode 2006. Criticas e sugestes construtivas so bem-vindas a qualquer tempo.

    Autores

    A autoria deste contedo, atividades e avaliaes de responsabilidade de Edson Lek HongMa ([email protected]) .

    O texto original faz parte do projeto Centro de Difuso de Tecnolgia e Conhecimento, que vemsendo realizado pelo ITI em conjunto com outros parceiros institucionais, atuando em conjuntocom as universidades federais brasileiras que tem produzido e utilizado Software Livre, apoiandoinclusive a comunidade Free Software junto a outras entidades no pas.

    Informaes adicionais podem ser obtidas atrves do email [email protected], ou dahome page da entidade, atrves da URL http://www.cdtc.org.br.

    Garantias

    O material contido nesta apostila isento de garantias e o seu uso de inteira responsabi-lidade do usurio/leitor. Os autores, bem como o ITI e seus parceiros, no se responsabilizamdireta ou indiretamente por qualquer prejuzo oriundo da utilizao do material aqui contido.

    Licena

    Copyright 2006,Edson Lek Hong Ma ([email protected]) .

    Permission is granted to copy, distribute and/or modify this document under the termsof the GNU Free Documentation License, Version 1.1 or any later version published bythe Free Software Foundation; with the Invariant Chapter being SOBRE ESSA APOS-TILA. A copy of the license is included in the section entitled GNU Free DocumentationLicense.

    3

  • Parte II

    Informaes Bsicas

    4

  • CDTC Centro de Difuso de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

    Sobre o CDTC

    Objetivo Geral

    O Projeto CDTC visa a promoo e o desenvolvimento de aes que incentivem a dissemina-o de solues que utilizem padres abertos e no proprietrios de tecnologia, em proveito dodesenvolvimento social, cultural, poltico, tecnolgico e econmico da sociedade brasileira.

    Objetivo Especfico

    Auxiliar o Governo Federal na implantao do plano nacional de software no-proprietrio ede cdigo fonte aberto, identificando e mobilizando grupos de formadores de opinio dentre osservidores pblicos e agentes polticos da Unio Federal, estimulando e incentivando o mercadonacional a adotar novos modelos de negcio da tecnologia da informao e de novos negciosde comunicao com base em software no-proprietrio e de cdigo fonte aberto, oferecendotreinamento especfico para tcnicos, profissionais de suporte e funcionrios pblicos usurios,criando grupos de funcionrios pblicos que iro treinar outros funcionrios pblicos e atuar comoincentivadores e defensores de produtos de software no proprietrios e cdigo fonte aberto, ofe-recendo contedo tcnico on-line para servios de suporte, ferramentas para desenvolvimento deprodutos de software no proprietrios e de seu cdigo fonte livre, articulando redes de terceiros(dentro e fora do governo) fornecedoras de educao, pesquisa, desenvolvimento e teste de pro-dutos de software livre.

    Guia do aluno

    Neste guia, voc ter reunidas uma srie de informaes importantes para que voc comeceseu curso. So elas:

    Licenas para cpia de material disponvel

    Os 10 mandamentos do aluno de Educao a Distncia

    Como participar dos foruns e da wikipdia

    Primeiros passos

    muito importante que voc entre em contato com TODAS estas informaes, seguindo oroteiro acima.

    Licena

    Copyright 2006, Edson Lek Hong Ma ([email protected]) .

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    dada permisso para copiar, distribuir e/ou modificar este documento sob os termosda Licena de Documentao Livre GNU, Verso 1.1 ou qualquer verso posteriorpblicada pela Free Software Foundation; com o Capitulo Invariante SOBRE ESSAAPOSTILA. Uma cpia da licena est inclusa na seo entitulada "Licena de Docu-mentao Livre GNU".

    Os 10 mandamentos do aluno de educao online

    1. Acesso Internet: ter endereo eletrnico, um provedor e um equipamento adequado pr-requisito para a participao nos cursos a distncia.

    2. Habilidade e disposio para operar programas: ter conhecimentos bsicos de Inform-tica necessrio para poder executar as tarefas.

    3. Vontade para aprender colaborativamente: interagir, ser participativo no ensino a distn-cia conta muitos pontos, pois ir colaborar para o processo ensino-aprendizagem pessoal,dos colegas e dos professores.

    4. Comportamentos compatveis com a etiqueta: mostrar-se interessado em conhecer seuscolegas de turma respeitando-os e fazendo ser respeitado pelo mesmo.

    5. Organizao pessoal: planejar e organizar tudo fundamental para facilitar a sua revisoe a sua recuperao de materiais.

    6. Vontade para realizar as atividades no tempo correto: anotar todas as suas obrigaes erealiz-las em tempo real.

    7. Curiosidade e abertura para inovaes: aceitar novas idias e inovar sempre.

    8. Flexibilidade e adaptao: requisitos necessrio mudana tecnolgica, aprendizagense descobertas.

    9. Objetividade em sua comunicao: comunicar-se de forma clara, breve e transparente ponto - chave na comunicao pela Internet.

    10. Responsabilidade: ser responsvel por seu prprio aprendizado. O ambiente virtual nocontrola a sua dedicao, mas reflete os resultados do seu esforo e da sua colaborao.

    Como participar dos fruns e Wikipdia

    Voc tem um problema e precisa de ajuda?

    Podemos te ajudar de 2 formas:

    A primeira o uso dos fruns de notcias e de dvidas gerais que se distinguem pelo uso:. O frum de notcias tem por objetivo disponibilizar um meio de acesso rpido a informaes

    que sejam pertinentes ao curso (avisos, notcias). As mensagens postadas nele so enviadas atodos participantes. Assim, se o monitor ou algum outro participante tiver uma informao que

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    interesse ao grupo, favor post-la aqui.Porm, se o que voc deseja resolver alguma dvida ou discutir algum tpico especfico docurso. recomendado que voc faa uso do Forum de dvidas gerais que lhe d recursos maisefetivos para esta prtica.

    . O frum de dvidas gerais tem por objetivo disponibilizar um meio fcil, rpido e interativopara solucionar suas dvidas e trocar experincias. As mensagens postadas nele so enviadasa todos participantes do curso. Assim, fica muito mais fcil obter respostas, j que todos podemajudar.Se voc receber uma mensagem com algum tpico que saiba responder, no se preocupe com aformalizao ou a gramtica. Responda! E no se esquea de que antes de abrir um novo tpico recomendvel ver se a sua pergunta j foi feita por outro participante.

    A segunda forma se d pelas Wikis:

    . Uma wiki uma pgina web que pode ser editada colaborativamente, ou seja, qualquer par-ticipante pode inserir, editar, apagar textos. As verses antigas vo sendo arquivadas e podemser recuperadas a qualquer momento que um dos participantes o desejar. Assim, ela oferece umtimo suporte a processos de aprendizagem colaborativa. A maior wiki na web o site "Wikip-dia", uma experincia grandiosa de construo de uma enciclopdia de forma colaborativa, porpessoas de todas as partes do mundo. Acesse-a em portugus pelos links:

    Pgina principal da Wiki - http://pt.wikipedia.org/wiki/

    Agradecemos antecipadamente a sua colaborao com a aprendizagem do grupo!

    Primeiros Passos

    Para uma melhor aprendizagem recomendvel que voc siga os seguintes passos:

    Ler o Plano de Ensino e entender a que seu curso se dispe a ensinar;

    Ler a Ambientao do Moodle para aprender a navegar neste ambiente e se utilizar dasferramentas bsicas do mesmo;

    Entrar nas lies seguindo a seqncia descrita no Plano de Ensino;

    Qualquer dvida, reporte ao Frum de Dvidas Gerais.

    Perfil do Tutor

    Segue-se uma descrio do tutor ideal, baseada no feedback de alunos e de tutores.O tutor ideal um modelo de excelncia: consistente, justo e profissional nos respectivos

    valores e atitudes, incentiva mas honesto, imparcial, amvel, positivo, respeitador, aceita asidias dos estudantes, paciente, pessoal, tolerante, apreciativo, compreensivo e pronto a ajudar.A classificao por um tutor desta natureza proporciona o melhor feedback possvel, crucial, e,para a maior parte dos alunos, constitui o ponto central do processo de aprendizagem. Este tutorou instrutor:

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    fornece explicaes claras acerca do que ele espera, e do estilo de classificao que irutilizar;

    gosta que lhe faam perguntas adicionais;

    identifica as nossas falhas, mas corrige-as amavelmente, diz um estudante, e explica por-que motivo a classificao foi ou no foi atribuda;

    tece comentrios completos e construtivos, mas de forma agradvel (em contraste com umreparo de um estudante: os comentrios deixam-nos com uma sensao de crtica, deameaa e de nervossismo)

    d uma ajuda complementar para encorajar um estudante em dificuldade;

    esclarece pontos que no foram entendidos, ou corretamente aprendidos anteriormente;

    ajuda o estudante a alcanar os seus objetivos;

    flexvel quando necessrio;

    mostra um interesse genuno em motivar os alunos (mesmo os principiantes e, por isso,talvez numa fase menos interessante para o tutor);

    escreve todas as correes de forma legvel e com um nvel de pormenorizao adequado;

    acima de tudo, devolve os trabalhos rapidamente;

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  • Captulo 1

    Lio 1 - Introduo China

    1.1 Instalao do Suporte a Lngua Chinesa no Debian

    Para a instalao , digite:sudo apt-get install language-support-zhCom isso, todas os ideogramas chineses que forem encontradas neste curso iro ser mostra-

    dos.

    1.2 Introduo - China

    CHINA

    Antes de comearmos a ilustrar todas as formas da cultura chinesa, importante mostrar aorigem de seu nome, sua localizao no mundo e alguns outros dados importantes para poderevitar equvocos e conseguir diferenciar este pas dos seus vizinhos, nas quais muitas pessoaspor falta de conhecimento ou por desinteresse, acabam os confundindo.

    A China um pas rico pela sua cultura e vrias tradies nas quais so mantidas desde ostempos antigos. Isso uma das coisas mais incrveis deste pas, pois s para se ter uma idia, aprimeira dinastia do que se sabe de um governo data dos sculos XVIII-XII a.C.

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    China no "China" em chins. (Como assim?)Em Chins, o nome deste pas escrito como no chins tradicional ou

    no chins simplificado. Esses dois smbolos so lidos com o som de Zhonggu no sistemaHanyu Pinyin e Chung-kuo no sistema Wades-Giles. O termo Zhonggu significa literalmentepas central, como podemos observar que o seu territrio abrange grande parte do meio da sia.(pas = gu / "central, do meio" = zhong.Para os curiosos, o Pinyin (que um sistema grfico latino para a escrita daqueles "smbolos"chineses) o "zh" tem o som de um "d" lveo-palatal (como o "j" na palavra inglesa "jest"), e o"g" falado como um "k", donde a pronncia [Djn kuo]. Infelizmente esses sons puros chine-ses no existem na oralidade do portugus brasileiro e uma das maiores dificuldades para oaprendizado do chins.

    H quem defenda, no entanto, que a palavra "China" em portugus do Brasil, derive dapalavra chinesa para ch (igual palavra em portugus que, alis tem origem etimolgica nomandarim) ou da seda. Qualquer que seja, contudo, a origem da palavra China (que umapalavra europia, no existindo em qualquer das lnguas sino-tibetanas) foi-se perdendo medidaque era filtrada pelos vrios povos atravessados pela Rota da Seda, que fazia a primeira ligaohistrica estvel entre esta regio asitica e a Europa.Por que existem dois tipos de escrita chinesa (Simplificado e tradicional?) Por que dois tipos de"smbolos" de escrita e dois "sistemas" de escrita (Hanyu Pinyin e Wades-Giles?) Isso tudo serexplicado nas prximas lies na subseo relacionado ao idioma chins.A China uma antiga unidade histrica, cultural e geogrfica na parte continental do leste dasia, incluindo algumas ilhas que desde 1949 foram divididas entre a Repblica Popular da China(que inclui a China Continental, Hong Kong e Macau) e a Repblica da China (que inclui Taiwane algumas ilhas da Provncia Fujian).Muitas vezes, em termos informais, especialmente entre chineses e ingleses (no contexto domundo dos negcios), a Grande regio da China refere-se ao sentido mais amploentre todas as regies da China que possuem ou no formas de governos autnomas.Aqui est outro ponto a ser discutido futuramente. Por que tambm existem regies autnomasna China? Podemos citar a Manchria, da Monglia Interior, o Tibete, Xinjiang e Taiwan. Issotudo ser mostrado na seo da histria da China.S pela introduo podemos notar a complexidade que tem quando tratamos o pas China. Seuidioma com vrias formas de escrita, leitura tanto para o ocidente quanto para o oriente e suapoltica complexa, demonstrando as mais variadas regies autnomas que fazem parte da grandeChina, j fornecem material para muitas discusses.Este curso ser mais especifcamente voltado para a parte cultural e religiosa da China, mastambm irei abordar um pouco de sua histria para que possa ter um melhor entendimento daorigem de tudo o que iremos focalizar para seu estudo.

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    1.3 Territrio da China

    A China tem uma rea de 9.596.961 Km2 e uma populao superior a 1.300.000.000 de habi-tantes. Sua capital Pequim. So cidades principais: Xangai, Pequim, Tientsin, Luta, Shenyang,Canto, Wuhan, Harbin, Sain. 94% dos chineses so han e 11% de chuangs (Etnias).reas controlas pela Repblica Popular da China e Taiwan, bem como zonas reclamadasOriginalmente, na Dinastia Zhou, a China compreendia a regio em torno do Rio Amarelo. Desdeento que se expandiu para ocidente e para sul (at Indochina), tendo atingido proporesmximas durante as dinastias Tang, Yuan e Qing. Do ponto de vista Chins, o Imprio Chinsteria, mesmo, includo partes do Extremo Oriente Russo e da sia Central, durante as fases emque a Dinastia Yuan se mostrou no auge do seu poderio, ainda que a China fosse, nesse caso,meramente um dos vrios territrios do Imprio Mongol.Durante o Imprio Qing, o valor da Grande Muralha da China na defesa da integridade territorialdo imprio diminuiu devido sua expanso. Em 1683, Taiwan torna-se parte do Imprio Qing,originalmente como uma prefeitura da provncia de Fukien. As principais divises administrati-vas da China foram sendo modificadas ao longo do tempo. No topo da hierarquia administrativa,encontramos os circuitos e as provncias (sheng). Abaixo destas divises foram aparecendo pre-feituras, subprefeituras, departamentos, comarcas (xiang), distritos (xian) e reas metropolitanas.Existe alguma indefinio na traduo para portugus das divises administrativas.

    A Repblica Popular da China est atualmente dividida em 22 provncias, 5 regies autno-mas, 4 municpios para as maiores cidades e 2 Regies Administrativas Especiais. O governnoda China considera ainda Taiwan como a sua 23 provncia.

    Abaixo a lista das divises administrativas da China.Provncias

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    Anhui1

    Fujian2

    Gansu3

    Guangdong4

    Guizhou5

    Hainan6

    Hebei7

    Heilongjiang8

    Henan9

    Hubei10

    Hunan11

    Jiangsu12

    Jiangxi13

    Jilin14

    Liaoning15

    Qinghai16

    Shaanxi17

    Shandong18

    Shanxi19

    1Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Anhui2Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Fujian3Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Gansu4Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Guangdong5Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Guizhou6Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Hainan7Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Hebei8Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Heilongjiang9Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Henan

    10Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Hubei11Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Hunan12Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Jiangsu13Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Jiangxi14Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Jilin15Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Liaoning16Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Qinghai17Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Shaanxi18Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Shandong19Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Shanxi

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    Sichuan20

    Yunnan21

    Zhejiangte22

    Regies Autnomas

    Guangxi23

    Monglia Interior24

    Ningxia25

    Xinjiang26

    Tibete27

    Municpios

    Beijing28

    Chongqing29

    Shanghai30

    Tianji31n

    Regies Administrativas Especiais

    Hong Kong 32

    Macau33

    20Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Sichuan21Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Yunnan22Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Zhejiang23Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Guangxi24Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Mong.C3.B3lia.Interior25Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Ningxia26Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Xinjiang27Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Tibete28Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Pequim29Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Chongqing30Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Shanghai31Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Tianjin32Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Hong.Kong33Veja URL http://pt.wikipedia.org/wiki/Macau

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    1.4 Geografia, Clima e Relevo

    1.4.1 Geografia

    A China contm uma larga variedade de paisagens, principalmente com planaltos e monta-nhas a oeste e terras de menor altitude a leste. Como resultado, os rios principais correm deoeste para leste (Chang Jiang, o Huan He (do oriente-central), o Amur (do nordeste), etc), e, porvezes, em direco ao sul (Rio das Prolas, Rio Mekong, Brahmaputra, etc). Todos estes riosdesguam no Pacfico.Possui uma rea de 9 572 909 km2;No leste, ao longo da costa do Mar Amarelo e do Mar da China Oriental, encontramos umaextensa e densamente povoada plancie aluvial. A Costa do Mar da China do Sul a mais mon-tanhosa. O relevo da China meridional caracteriza-se por serras e cordilheiras no muito altas.A oeste, temos outra grande plancie aluvial, a norte. No sul ocidental encontramos uma mesetacalcrea atravessada por cordilheiras montanhosas de altitude moderada onde, nos Himalaias,se situa o seu ponto mais elevado (Monte Everest).

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    Cordilheira do Himalaia

    O sudoeste ainda caracterizado por altos planaltos cercados pela paisagem rida de al-guns desertos, como o Takla-Makan e o deserto de Gobi, que est em expanso. Devido secaprolongada e, provavelmente devido a prticas de uma agricultura empobrecedora dos solos, astempestades de poeira tornaram-se comuns durante a primavera chinesa.Durante muitas dinastias, a fronteira sudoeste da China foi delineada pelas altas montanhas devales escavados de Yunnan, que hoje separam a China dos estados de Burma, Laos e Vietname.

    1.4.2 Clima

    A China possui oito tipos de clima catalogados, que variam do semi-rido, no extremo norte,ao sub-tropical de mones, no extremo sul. O volume das chuvas, sobretudo no vero, diminuiprogressivamente do sul para o norte, da mesma forma que as temperaturas mdias. Na regiode Beijing, as quatro estaes so bem definidas. Os invernos so longos e secos, enquanto queos veres so quentes e midos.

    1.4.3 Relevo

    China tambm um pas de grandes montanhas, zonas montanhosas, plancies e colinasocupando 65% da superfcie continental. Segundo a alinhao podemos distinguir cinco siste-mas de montanhas. A cordilheira de Kunlun, ao norte do Himalaya, separa a alta plancie deQinghai-Tbet do deserto de Taklamakan, trs das seus cumes superam os 7.000 metros: Muz-tag, Muztagata e Kongur; a cordilheira Tianshan, mais ao norte com as seus cumes nevados;a cordilheira Xingan, no noroeste da China; e por ltimo a cordilheira Hengduam e Qilian. Asmontanhas atingem especial altitude no setor ocidental para descender progressivamente paraa costa. H montanhas de singular beleza como a Montanha Huangshan, a nica zona depaisagem exclusivamente montanhosa que encontra-se no sul da provncia de Anhui. Trata-sede uma montanha conhecida pelos seus singulares pinhos e pedras estranhas. Tem mais de

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    setenta afiados picos que esto permanentemente cobertos por nuvens e nevoeiro. Os aspectossobressalientes so os pinhos, as rochas, as nuvens e as fontes termais.

    rea de HuangLong34, noroeste da provncia de Sichuan

    1.5 Flora e Fauna

    1.5.1 Flora

    A China oferece uma grande variedade de solos que correspondem-se aproximadamente comas regies geogrficas. Ao norte da China, encontramos na Bacia do Tarim o cinzento desrtico,os pardos e frteis loes da plancie, o castanho terreno florestal da Manchuria e as produtivas

    34See URL http://en.wikipedia.org/wiki/Huanglong

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    terras aluviais da Grande Plancie do norte. Na China Central, a Bacia Vermelha caracteriza-sepor um frtil solo florestal cinzento-castanho, e a plancie e delta do Yangts pelos seus terrenosaluviais. Na China meridional o solo vermelho com abundantes materiais laterticos. No Tbetdestacam os terrenos pedregosos, semelhantes aos montanhosos da tundra.Dado o fato da China ser um enorme pas, que abarca os mais variados climas, no surpreen-dente que exista uma grande variedade de espcies vegetais e animais. Parece que a vegetaonatural da China estava formada por bosques mistos discontnuos de caducas e conferas pr-prios de zonas temperadas; mas devido ao cultivo intensivo, esta vegetao desapareceu hmuitos sculos. Desgraadamente o impacto humano chega a ser considervel, por isso a ri-queza natural rara ou est em perigo de extino. O governo tem estabelecido mais de 300reservas naturais, protegendo por volta de 1, 8 % do territrio. O maior problema a destruiodo habitat causado pela agricultura intensiva, a urbanizao e a produo industrial.A flora tem "progredido" bem, apesar da presso de mais de 1.000 milhes de pessoas, mas adesflorestamento, o pastoreio e os cultivos intensivos tm feito grandes estragos.A ltima grande extenso florestal chinesa est na regio sub rtica do nordeste, perto da fronteirarussa. Pela sua diversidade de vegetao, a zona em redor de Xishuangbanna, no sul tropical, a mais rica do pas. Esta regio tambm procura habitat para manadas de elefantes selvagens;porm, tanto os seres vivos como a floresta tropical esto sob a presso da agricultura, da tala eda queimada.Talvez a planta cultivada mais bela seja o bambu. H muitas variedades e cultivado no sudeste,para ser utilizado como material de construo e alimento. Outras plantas teis incluem ervas,entre elas o gnseng, horquilha dourada, anglica e fritilaria. Uma das rvores mais raras oabeto branco de Cathay na provncia de Guangxi.

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    1.5.2 Fauna

    variedade de animais selvagens e domsticos muito ampla. Alm de estar representadasa maior parte das aves canoras e de caa, existem 800 variedades nativas do pas. Ao norte,no nordeste especialmente, habitam animais selvagens como o tigre, o antlope, o cervo, o goral(antlope cabra), a ovelha azul, o leopardo, o lobo e os mamferos de peles. No Tbet pode-se verovelhas, yaks, pandas gigantes e ursos selvagens. No sul proliferam tigres, gibones, macacos ecaimanes. H que assinalar que o animal mais raro da sia Central o urso formigueiro.Talvez no exista na China animal mais representativo da beleza e luta pela vida selvagem doque o urso panda. Estes belos animais, atualmente em perigo de extino devido combinaoda caa, a invaso do habitat e os desastres naturais, sobrevivem graas aos tmidos esforosdo governo central. Com escassa densidade, povoam as regies de Sichuan, Tbet e Xinjiang,que provem de habitat a outras magnficas espcies, como o leopardo das neves e os yaksselvagens. O extremo noroeste da China est habitado por alguns interessantes mamferos comorenas, alces, cervos almizcleros, ursos e martas. Tambm h uma considervel ornitofauna comogrullas, patos, abutardas, cisnes e garas.

    A ilha Hainam tambm possui variada vegetao tropical e vida animal. H sete reservas na-turais na ilha, embora justo dizer que ainda algumas espcies em perigo de extino, terminamno prato da comida.

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    Entre os animais domsticos encontram-se ces, gatos, patos, gansos, frangos e porcos queabundam em todo o territrio da China. Os bfalos aquticos so nativos da zona sul da Penn-sula de Shandong. O zeb habita no sul e nordeste da China; no noroeste criam cabras, ovelhase cavalos. Os camelos e as vacas so importantes tambm no nordeste.H tambm variedade de peixes de gua doce, sendo o mais comum a carpa. Tambm abundamlagartos, rs, tartarugas e salamandras. Na costa destacam a lubina, arenque, cavalas, ostras,tubares e enguias.

    observao de pssaros algo do que poder desfrutar o turista, especialmente na primavera,estao na qual h que dirigir-se Reserva Natural de Zhalong, na provncia de Heilongjiang; aoLago Qinghai, na provncia do mesmo nome; e ao Lago Poyang, ao norte da provncia de Jiangxi,o lago de gua doce maior da China.

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  • Captulo 2

    Lio 2 - Breve Histria

    2.1 Breve Histria da China

    A civilizao chinesa tem uma longa histria, cuja principal caracterstica foi, at o sculo XIX,a imutabilidade de determinados elementos como o cultivo de cereais, a escrita, a importncia dafamlia ou o culto aos antepassados. Assim como outros povos da antiguidade, os chineses pen-savam que a melhor forma de viver no consistia em modernizar-se, mas em repetir arqutiposdo passado.Na Monglia e na Manchria desenvolveu-se uma cultura mesoltica de caadores e agricultoresno perodo ps-glacial. Em Linxia e Chifeng apareceram as primeiras colnias agrcolas seden-trias.

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    Huang He - Rio Amarelo perto da regio de Qinghai na ChinaNo incio do quarto milnio antes da era crist, surgiu na frtil regio do vale do Amarelo a civili-zao neoltica de Yangzhou, caracterizada pela pintura em cermica, pelo aperfeioamento dastcnicas agrcolas (cultivo de cereais) e pela domesticao de animais. No comeo do segundomilnio antes da era crist, a China entrou na idade do bronze. A descoberta desse metal teveconsequncias importantssimas. Formou-se uma vasta civilizao caracterizada pela diviso dasociedade entre os nobres, habitantes das cidades-palcios, e os camponeses. A nobreza reco-nhecia a autoridade de um soberano, embora o poder deste, na prtica, se limitasse ao camporeligioso. Assim surgiu a primeira dinastia conhecida, denominada Shang (sculos XVIII-XII a.C.),da qual se tem notcia pelas inscries encontradas em Anyang. Essa dinastia, enfraquecida pelapresso dos povos vizinhos, foi substituda entre os sculos XII e III a.C. pela dinastia Chou, quetransferiu a capital para Luoyang, na regio de Honan.Desde o sculo VIII a.C., a vasta civilizao chinesa j ocupava o curso mdio do rio Amarelo.Esse amplo territrio era de dificlimo controle. A unidade cultural do incio viu-se ameaada pelastendncias desagregadoras dos principados perifricos e pela presso dos povos brbaros vizi-nhos, sobretudo os do norte, os mongis, pois os do sul foram vencidos e assimilados. Graas

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    descoberta do ferro foi possvel conter as hordas que ameaavam as fronteiras.

    Matin pintado no palcio de Han - sculo XVI.

    As guerras desse perodo vieram acompanhadas de grande florescimento cultural. Foi nessapoca que surgiram as duas principais correntes filosficas da China: o confucionismo, que res-saltava os princpios morais, e o taosmo, criado por Lao-tzu ou Lao-ts, que defendia uma vidaem harmonia com a natureza. Outra escola importante foi a de Mengzi ou Mengtse, que desta-cava a importncia da educao como meio para aperfeioar a natureza humana. Os ltimos reisChou viveram retirados em Luoyang. Entre os anos 230 e 221 a.C., o estado de Chn destronoua dinastia Chou e se imps aos prncipes locais.Embora de curta durao (221-206 a.C.), a dinastia Chn foi de vital importncia para a China,pois lanou as bases de um imprio que haveria de se manter durante mais de dois milnios.O imprio consistia em um territrio unificado sob controle religioso e poltico de um soberano.Mas a dispendiosa poltica defensiva e centralizadora dos Chn (construo da Grande Muralha eestradas) provocou uma sublevao generalizada da qual saiu vencedor o proprietrio de terrasLiu Pang, que imps sua autoridade e fundou a dinastia Han (206 a.C.-221 d.C.).A poltica dessa dinastia se voltou para o fortalecimento do poder real, o que tornava imprescin-dvel enfraquecer os prncipes feudais. O governo central apoiava-se em um funcionalismo fiel;este provinha de um corpo de letrados recrutados mediante concurso. A dinastia Han coincidiucom um perodo de expanso comercial e agrcola que se manifestou pela rotao de culturas,pela realizao de numerosas obras hidrulicas, pela formao de uma classe mercantil e pelasubstituio da antiga aristocracia por um grupo de proprietrios de terras mais dinmicos. OsHan tambm adotaram uma poltica expansionista que resultou na conquista do norte da Coria,da regio de Mu Us e da zona meridional at Canton.

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    No campo ideolgico, essa dinastia fez do confucionismo a doutrina oficial do estado; as idiasde Confcio, ensinadas nas escolas, eram matria exigida nos concursos ao funcionalismo. Nofim do sculo II da era crist, as sublevaes populares, de inspirao taosta, e os ataques dosnmades instalados nas fronteiras norte-ocidentais obrigaram o imperador a entregar o poder amilitares e proprietrios de terras nas regies vizinhas.A poca compreendida entre os anos 221 e 589 conhecida como a dos trs reinados e das seisdinastias. Nesse perodo, a China sofreu divises internas e o ataque de diversos povos nmades(tibetanos, turcos e mongis). Alguns desses povos estabeleceram-se no vale do Amarelo, o queprovocou uma intensa emigrao para o curso inferior do Yangzi, onde se produziu uma fecundafuso cultural. O delta desse rio tornou-se uma prspera regio agrcola, baseada nas culturasde arroz e ch. No mbito religioso, difundiram-se o budismo e o taosmo.Em 581, Yang Jian, alto funcionrio do reino Chou do norte, conseguiu submeter sua autoridadea regio do sul, depois da conquista de Nanjing. Assim, a nova dinastia, denominada Sui, reu-nificou o pas depois de trs sculos de fragmentao poltica, econmica, cultural e lingustica.Durante esse perodo, construiu-se o grande canal que uniu o Yangzi ao Amarelo. Os revesesnas guerras contra coreanos e turcos precipitaram a queda da dinastia.Li Yuan, comandante dos exrcitos do norte, aproveitou o desencadeamento de uma revolta naregio oriental para assassinar o imperador e tomar o poder. A nova dinastia, a Tng (618-907),continuou a obra reunificadora iniciada pelos Sui. Os Tng reorganizaram a administrao, der-rotaram turcos e coreanos e conquistaram o Tibet.Durante essa poca, a China conheceu grande desenvolvimento artstico (poesia e pintura) e ci-entfico (cartografia e matemtica) e entrou em contato com outras civilizaes, como a Japonesa, a coreana, a indiana e a rabe.

    O perodo de florescimento cultural e de expanso territorial da dinastia Tng terminou coma derrota chinesa frente aos rabes em 751, na fronteira norte-ocidental. A partir desse mo-

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    mento, comeou uma fase de decadncia e esta resultou em nova fragmentao que sobreveio queda dos Tng, em 907. O perodo das cinco dinastias e dos dez estados, entre 907 e 960,caracterizou-se pelo caos poltico, embora tenha havido um importante desenvolvimento cient-fico que se plasmou na inveno da imprensa.A partir de 960, a dinastia Sung reorganizou o pas impondo reformas tributrias que aliviarama situao econmica dos camponeses e favoreceram o comrcio. Nessa poca houve grandedesenvolvimento cultural, com a difuso de textos impressos e a renovao das doutrinas confu-cionistas. Contudo, a nova dinastia perdeu o controle do nordeste do imprio.No sculo XI, a China ficou dividida em duas zonas: a metade meridional, ocupada pelos Sung;e a metade setentrional, em poder do reino mongol de Kitan. No sculo seguinte, os Juchenestabeleceram o reino Chin na China setentrional, onde se mantiveram at a chegada dos mon-gis. Em 1206, Gengis Khan consolidou seu poder sobre as tribos mongis das estepes do lagoBaikal.Cinco anos depois, invadiu a China. Com a derrota definitiva dos Chin em 1234, os mongiscontinuaram seu avano para o sul em 1250. A parte meridional do pas, controlada pela dinastiaSung, resistiu com denodo, mas finalmente, em 1279, todo o territrio chins ficou sob a autori-dade de uma dinastia estrangeira, a dos Yuan.O neto de Gengis Khan, Kublai-Khan, transferiu a capital para Khanbaliq (a futura Pequim). Du-rante essa poca o comrcio foi favorecido pelo controle da zona ocidental, que abriu as rotaspara a sia central e a Europa.A abertura dessas rotas permitiu a chegada das idias europias por meio de viajantes comoMarco Polo e Giovanni da Montecorvino. No durou muito o imenso imprio mongol, assimilado sociedade e cultura chinesas. Em meados do sculo XIV, uma revolta camponesa transformou-se em guerra de libertao contra os mongis, cujo ltimo imperador foi derrubado em 1368,quando o monge budista Chu Yuanchang (Hongwu) fundou a dinastia Ming. Durante esse perodoaumentou a atividade martima. As embarcaes chinesas chegavam Arbia e at mesmo frica oriental.Floresceram as belas-artes (arquitetura, cermica) e multiplicaram-se os contatos com o exterior.No fim do sculo XVI os portugueses instalaram-se em Macau e vieram muitas misses jesuti-cas. A partir do fim desse sculo, os ataques de piratas japoneses geraram grande instabilidade,que foi aproveitada pelos manchus, descendentes dos Juchen da Manchria, que conquistaramtodo o imprio em 1644.At o fim do sculo XVIII, a China experimentou grande florescimento sob a nova dinastia Chng(manchu). O imprio logrou sua mxima expanso territorial: pacificou-se o Tibet e os mongisforam derrotados; o Annam (o futuro Vietnam), Myanmar e o Nepal reconheceram as fronteirasmeridionais da China; e Formosa foi conquistada em 1680. A introduo de novas culturas, comoa do milho e do tabaco, favoreceu o desenvolvimento agrcola, e o comrcio expandiu-se como estabelecimento de colnias europias (portuguesas, holandesas e britnicas). Alm disso, apopulao cresceu muito: passou de 150 milhes de habitantes em 1600 para 400 milhes nocomeo do sculo XIX. Com o fim do sculo XVIII, porm, a China entrou em um perodo decrise econmica, poltica e social. Dessa vez, a ameaa para a dinastia Chng e para a Chinatradicional viria da Europa, que pretendia aumentar sua penetrao comercial nesse pas, contraa vontade dos imperadores.A instabilidade poltica interna, fruto da crise econmica, serviu de brecha aos europeus paraforarem a abertura dos portos chineses ao comrcio. Em 1839, os ingleses aproveitaram a des-truio de um carregamento de pio (mercadoria que introduziam na China a partir da ndia) paradeclarar guerra dinastia Chng. A chamada guerra do pio terminou com a derrota chinesa.Os ingleses foraram o Tratado de Nanjing (1842), pelo qual os chineses se comprometiam a

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    abrir ao comrcio britnico cinco portos, entre os quais os dois mais importantes do pas, Xangaie Canton, e alm disso cediam o de Hong Kong. Nos anos seguintes, prosseguiu a instabilidadeinterna. Em meados da dcada de 1850, sucederam-se os levantes muulmanos das regies deXinjiang e Yunnan; e, em 1853, o movimento Taiping, de cunho religioso e milenarista, conquistouNanjing e tentou expandir seu poder pelo norte da China. Uma interveno militar franco-britnicaobrigou o governo chins a fazer novas concesses. Pelo Tratado de Pequim, firmado em 1860,abriram-se 11 outros portos no pas e ofereceram-se mais vantagens aos estrangeiros.No incio do sculo XX, o Levante dos Boxers, um movimento conservador anti-imperialista quepretendia fazer o pas regressar a um estilo de vida tradicional, ameaou o norte da China. A im-peratriz regente, provavelmente com o fito de garantir o seu controle sobre o governo, apoiou osboxers quando estes avanaram sobre Pequim. Em reao, a chamada Aliana dos Oito Estadosinvadiu a China. Composta de tropas britnicas, japonesas, russas, italianas, alems, francesas,norte-americanas e austro-hngaras, a aliana derrotou os boxers e exigiu mais concesses dogoverno qing.Frustrados com a resistncia da corte qing em reformar o pas e a fraqueza da China, jovensfuncionrios, oficiais militares e estudantes - inspirados nas idias revolucionrias de Sun Yat-sen- comearam a defender a derrubada da Dinastia Qing e a proclamao da repblica. Um levantemilitar, conhecido como Levante Wuchang, iniciou-se em 10 de outubro de 1911, em Wuhan, elevou formao de um governo provisrio da Repblica da China em Nanquim, em 12 de marode 1912. Sun Yat-sen foi o primeiro a assumir a presidncia, mas viu-se forado a entregar opoder a Yuan Shikai, que comandara o Novo Exrcito (tropas chinesas treinadas e equipadas maneira ocidental) e fora primeiro-ministro durante a era qing, como parte do acordo para aabdicao do ltimo monarca qing. Nos anos seguintes, Shikai aboliu as assemblias nacional eprovinciais e declarou-se imperador em 1915. Suas ambies imperiais encontraram forte opo-sio de seus subordinados, de modo que terminou por abdicar, morrendo em 1916 e deixandoum vcuo de poder na China. Com o governo republicano em frangalhos, o pas passou a seradministrado por coalizes variveis de chefes militares provinciais.Um evento pouco notado, ocorrido em 1919 - o Movimento do Quatro de Maio -, haveria de terrepercusses a longo prazo para o restante da histria da China no sculo XX. O movimento teveincio como uma resposta ao que teria sido um insulto imposto China pelo Tratado de Versalhes,que encerrada a Primeira Guerra Mundial, mas tornou-se um movimento de protesto contra a situ-ao interna chinesa. Entre os intelectuais chineses, a adoo de idias mais radicais seguiu-seao descrdito da filosofia liberal ocidental, o que resultaria no conflito irreconcilivel entre a es-querda e a direita na China que dominaria a histria do pas pelo restante do sculo.Nos anos 1920, Sun Yat-sen estabeleceu uma base revolucionria no sul da China e lanou-se unificao de seu fragmentado pas. Com auxlio sovitico, ele aliou-se ao Partido Comunista daChina (PCC). Aps a sua morte em 1925, um de seus protegidos, Chiang Kai-shek, assumiu ocontrole do Kuomintang (Partido Nacionalista, ou KMT) e logrou reunir sob seu governo a maiorparte do sul e do centro da China numa campanha militar conhecida como a Expedio do Norte.Aps derrotar os chefes guerreiros daquelas regies, Chiang obteve a fidelidade nominal dos l-deres do norte. Em 1927, voltou-se contra o PCC e expulsou os exrcitos comunistas e seuschefes de suas bases no sul e no leste da China. Em 1934, as tropas do PCC empreenderama Longa Marcha, atravs da regio mais inspita da China a noroeste, onde estabeleceram umabase guerrilheira em Yann, na provncia de Shanxi.

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    Durante a Longa Marcha, os comunistas reorganizaram-se sob um novo chefe, Mao Tse-tung.O conflito entre o KMT (Partido Nacionalista) e o PCC(Partido Comunista) continuou, aberta ouclandestinamente, ao longo dos catorze anos da invaso japonesa, apesar da aliana nominalentre ambos os partidos para opor-se aos japoneses em 1937. A guerra civil chinesa continuouaps a derrota do Japo na Segunda Guerra Mundial em 1945. Em 1949, o PCC j ocupava amaior parte do pas.Chiang Kai-shek refugiou-se, com o resto de seu governo, em Taiwan, onde declarou Taip acapital provisria da Repblica da China e afirmou seu propsito de reconquistar a China conti-nental.Com a proclamao da Repblica Popular da China (RPC) em 1 de outubro de 1949, o pas viu-se novamente dividido entre a RPC, no continente, e a Repblica da China (RC), em Taiwan eoutras ilhas. Cada uma das partes se considera o nico governo legtimo da China e denunciao outro como ilegtimo. Desde os anos 1990, a RC tem procurado obter maior reconhecimentointernacional, enquanto que a RPC se ope veementemente a qualquer envolvimento internacio-nal e insiste na "Poltica de uma China". Aqui podemos observar o por qu da China possuir emTaiwan um "estado" autnomo, com suas prprias leis mas que subordinada a China Comu-nista (respodendo perguntas colocadas na introduo deste curso).Esta parte da histria realmente cansativa a leitura, mas um grande resumo da histria dachina. A histria da China um assunto muito vasto e complexo e cada pequena poca da suaextensa histria j seriam j alvos especficos de estudo.Colocarei uma tabela com todas as dinastias e suas respectivas pocas para que haja noo dadificuldade que seria tratar toda a histria chinesa. Isso ilustra claramente porque dizem que aChina possui uma cultura milenar.

    PERODO ARCAICO - antes de 221 a.C.Dinastia Chou - 1112/221 a.C.

    UNIFICAO DE CHN E HAN - 221 a.C./221 d.C.Dinastia Chn - 221/206 a.C.

    Dinastia Han Ocidental - 206 a.C./25 d.C.Dinastia Hsin - Rebelde Wang Mang - 7/24 d.C.

    Dinastia Han Oriental - 25/221 d.C.

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    PERODO DOS TRS REINADOS - 221/265Dinastia Wei - 221/265

    Dinastia Han Menor- 221/265Dinastia Wu - 229/265

    UNIFICAO DE CHIN - 265/317Dinastia Chin Ocidental - 265/317

    DIVISO DO NORTE E DO SUL - 317/589Dinastia Chin Oriental - 317/420

    Dinastia Sung - 420/479Dinastia Liang - 502/557Dinastia Chen - 557/589

    Dinastia Huo Chao - 307/352Dinastia Wei do Norte - 386/550

    Dinastia Ch - 550/577Dinastia Chou do Norte - 557/581

    UNIFICAO DE SUI E TNG - 589/907Dinastia Sui - 589/618Dinastia Tng - 618/907Rebeldes Tng - 757/761

    AS CINCO DINASTIAS - 907/960Dinastia Shu Anterior - 907/960Dinastia Tng do Sul - 907/978Dinastia Han do Sul - 917/942

    Dinastia Han Posterior - 947/957Dinastia Chou Posterior - 951/960

    RebeldesSUNG - 960/1280

    Dinastia Sung do Norte - 960/1127Dinastia Sung do Sul - 1127/1280

    IDADE MDIA - 960/1644Dinastia Liao - 907/1125

    Dinastia Hsia Ocidental - 982/1227Dinastia Chin - 1115/1260

    Dinastia Yuan - Mongol - 1280/1368Rebeldes Yuan

    Dinastia Ming - 1368/1644Rebeldes Ming - 1644/1681

    IDADE MODERNA - aps 1644Dinastia Chng - 1644/1911

    Rebeldes Ti Png - 1812/1864

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  • Captulo 3

    Lico 3 - Cultura e Religio - Parte 1

    3.1 Arte da Cermica e Escultura

    A arte chinesa muito rica e sabe-se que as primeiras manifestaes artsticas baseadasbasicamente por esculturas e cermicas,"arte da era das pedras", datam 10.000 anos antes decristo. A cultura chinesa conheceu uma notvel longevidade e expanso geogrfica que remontapelo menos ao terceiro milnio antes de Cristo, altura em que este povo se concentrava na regiodo Rio Amarelo.A periodizao da civilizao chinesa foi estabelecida atravs das diferentes dinastias que gover-naram a nao, desde as precursoras Shang (1650 a.C.-1027 a.C.), cujas produes culturais seenquadram no perodo do bronze e Zhou (1027 a.C.-256 a.C.). Foi durante a poca Tang (618-907 d. C.) que o pas atingiu a maior dimenso territorial de toda a sua histria. Seguiram-se apoca Sung (960-1279), a dinastia Ming (1368-1644) e o perodo Qing ou Manchu, que corres-pondeu ltima dinastia imperial (1644-1911).A arte da Replica da China (Taiwan) e de outros locais foras da China continental, tambm soconsideradas por muitos como arte Chinesa na qual possuem traos herdados desta mesma artee cultura.A seguir, irei passar por algumas manifestaes artsticas seguindo uma ordem cronolgica.

    3.1.1 antiguidade at 221 AC

    A Arte da Cermica Neoltica

    Formas antigas da arte chinesa foram encontradas na cultura Neolitica Yangshao (em chins:Yangshao Wenhua), nas quais datam no 6o milnio antes de cristo. Achados arqueolgicos naregio Banpo da China, revelaram que os Yanshao faziam cermica; antigamente a cermica noera era pintada e muitas vezes apenas atados com cordas. As primeiras decoraes foram usa-das peixes e faces humanas, mas isso evoluiu para formas geomtricas simtricas de desenhosabstratos.

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    A caracterstica mais marcante da cultura Yanshao era o uso extensivo de cermicas pinta-das, especialmente usando rostos humanos, animais e formas geomtricas. Diferente da culturaLongshan mais recente, a cultura Yanshao no usavam auxlios de ferramentas que giravam paraa produo de suas cermicas. E outro fato relevante, de acordo com arquelogos, a sociedadeYangshao era baseada em cls matriarcais.

    3.1.2 Cultura do Jade

    A cultura de Liangzhu foi a ltima cultura Jade Neoltica localizada perto do Rio Yangtze eesteve presente por um perodo jade2aproximado de 1300 anos. O Jade foi uma cultura carateri-zada por um trabalho fino, na confeco de objetos rituais, armas cerimoniais, jias e pequenasesculturas de animais como pssaros, tartaturas e peixes. o Jade Linagzhu branco com as-pecto de osso devido rochas ricas em tremolitita e a influncias de guas nos locais onde seencontram a rocha. Jade uma rocha verde que no possvel de ser escupida por isso ela paraa fabricao de objetos, ela amolada.

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    Trabalhos em Bronze

    A idade do bronze na China comea na dinastia Xia. Exemplos desse perodo tem sido des-cobertos nas runas da cultura Erlitou, em Shanxi, na qual inclui complexas, mas sem enfeites,objetos utilitrios. Na dinastia Shang seguinte, objetos mais elaborados, incluindo vasos pararituais, foram construdas. Os Shang foram lembradas por sua moldagem no bronze, notadospela claridade de seus detalhes. Os ferreiros Shang geralmente trabalharam em suas casas defundio fora de suas cidades criando vasos para sacrifcios de formas rgidas e decorados prin-cipalmente com motivos animais, de significado religioso;algumas vezes eram criados tambmespadas e equipamentos de carruagens. caracterstica tpica do desenvolvimento do estilo Shang, decorar todo o espao vazio, muitasvezes utilizando formas reais ou imaginrias de animais.

    A imagem mais comum o taotie, na qual mostra um ser mitolgico apresentado frontamenteem um plano horizontal em uma forma simtrica. O significado original do taotie no claro , masmitos sobre ele apareceram na dinastia Zhou da China. Este foi considerado como um homemambicioso mandado para guarnecer um canto do paraso contra monstros demonacos; ou ummonstro com apenas uma cabea na qual tenta devorar homens mas apenas consegue se ma-xucar.A funo e aparncia dos bronzes mudaram gradativamente da dinastia Shang para Zhou. Elesmudaram o uso, que era mais em rituais religiosos, para propsitos mais prticos. Algumaspessoas usaram para decorar locais como salas de banquete; enquanto que outros usaram emplacas com imagens abstratas incrustado com ouro, prata e outras pedras preciosas e semipre-ciosas.

    Chu e a Cultura do Sul

    Uma fonte rica sobre a arte na China antiga o estado de Chu, na qual o desenvolvimento sedeu no vale do Rio Yangtze. Excavaes em tumbas fizeram achar esculturas de madeiras pin-tadas, discos de Jade, glbulos de vidro, instrumentos musicais e variados tipos de laca. Muitosobjetos laqueados foram pintados aos detalhes, preto no vermelho ou vermelho no preto. Umaescavaao em ChangSha, na provncia de Hunan, revelou ao mundo a mais antiga pintura emsede descoberta. Este mostra uma mulher acompanha de um fnix e um drago, dois animaismitolgicos que caracteriza a arte chinesa, em destaque.

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    3.1.3 Imprio Antigo Chins (221 BC-AC 220)

    Esculturas Qin

    Umas das mais interessantes esculturas descobertas so os Soldados de Terracota, nas quaisconsistem em mais de 7 mil tumbas de figuras de tamanho real de guerreiros e cavalos enter-rados pelo primeiro imperador da dinastia Qin (Qin Shi Huang) em 210-209DC. As figuras forampintadas antes de serem enterradas. As cores originais puderam ser vistas quando foram de-senterradas as primeiras partes dessas esculturas, porm com a entrada de ar, os pigmentoscomearam a se dissolver e com isso apenas figuras que ainda no foram descobertas devempossuir ainda as suas cores originais.

    O interessante que estas esttuas possuem vrias poses incluindo arqueiros de joelhos e sol-dados de infantaria em p, assim como tambm carruagens com cavalos. Um fato curioso quecada cabea de uma pessoa aparenta ser nica, pois mostram caractersticas faciais e expres-ses diversas, assim como estilos de cabelos diferentes. Outro ponto fascinante a disposiodos soldados de acordo com a hierarquia militar, podendo ser observada no uniforme das est-tuas.Vale ressaltar que o incio da construo da famosa Grande Muralha da China se deu nessapoca.

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    Cermica/Porcelana

    A china se tornou nesta poca famosa pelas suas porcelanas de alta qualidade. A maioriadelas eram produzidas em cidades como Jingdezhen na provncio de Jiangxi. Esta cidade temsido um centro de produo de porcelanas desde os tempos das dinastia Han (posterior a Qin).Durante a idade mdia, a porcelana era bem cara e era um produto de alta demanda devido asua beleza.

    Arte Han(206 AC;DC 220)

    Durante a Dinastia Han, foram produzidas tambm o chamado "Figura em sepultura comJade". Vrios pedaos , em sua maioria na forma quadrada, eram juntados com cabos de ouro;e com mscaras de ouro, cobrindo a face. Observem a figura a seguir.

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    3.1.4 Perodo de Diviso (220- 581)

    Um dos acontecimentos mais importantes da dinastia Han (206 a.C.-220 d.C.) foi a introdu-o do budismo, proveniente da ndia e da sia Central, uma vez que os templos e mosteirosbudistas se tornaram os grandes patrocinadores e guardies das artes. Os exemplos mais bempreservados so aqueles que, seguindo o modelo indiano, foram escavados nas faces das ro-chas, decorados com esculturas e afrescos. Estes templos pertencem ao terceiro perodo daarte chinesa, cujo clmax foi atingido pelas dinastias Sui (581-618) e Tang (618-907). A China foiunificada aps um perodo de invases e guerra civil, quando todas as artes floresceram.

    Dinastias Sui e Tang

    Arquitetura e Escultura Budista

    Durante a transio para a Dinastia Sui, as esculturas budistas de Tang evoluram para umamarcante expresso em sua criao artstica. Como consequncia da abertura de influencias ex-ternas proporcionadas por esta dinastia, vrias trocas com a cultura Indiana foram feitas devidoas numerosas viagens de monges budistas para a ndia, durante os sculos 4 e 11. Logo, as es-culturas budistas nesta dinastia assumiram formas clssicas, baseadas na arte Indiana daqueleperodo.Porm, as influncias externas foram tratadas de forma negativa no fim da Dinastia Tang e no anode 845, o imperador desta dinastia Wu-Tsung proibiu todas as manifestaes religiosas externas(incluindo o Budismo, Cristianismo e outros) com o objetivo de ajudar o Taosmo local. Foram

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    confiscadas poses Budistas e forados a sua crena serem jogadas ao cho, com isso afetandoo desenvolvimento da religio e a arte na China.A maioria das esculturas Tang de madeira no sobreviveram, embora representaes deste estilopodem ser vistas em Nara, Japo. A longevidade das esculturas de pedra mostraram melhorese alguns exemplos finos podem ser vistos em Longmen, perto de LuoYang, Yungang perto deDatong e o templo Bingling, em Gansu.O sculo X marca o incio de um novo perodo das artes, que culminou na dinastia Song (960-1279), poca em que a arte chinesa atingiu seu apogeu. O grande feito destes sculos foi atransformao da simples pintura de paisagens numa arte maior, muito antes de a Europa tervislumbrado tal possibilidade. Teve a mesma importncia neste perodo a cermica, inigualveltanto pela nobreza da forma quanto pela beleza da decorao.O ltimo grande perodo da arte chinesa vai do reinado dos imperadores Ming (1368-1644) at altima dinastia dos Manchu ou Qing (1644-1911). A pintura e a cermica mantiveram o alto nvele novas tcnicas de fabricao de porcelana foram desenvolvidas, especialmente a pintura azulvitrificada e a utilizao de cores esmaltadas sobre a vitrificao.Notvel habilidade tambm foi demonstrada nos trabalhos de escultura em marfim e jade, e noesmalte cloisonn (tcnica francesa). No sculo II, uma combinao de influncias ocidentais ede outras oriundas da revoluo minaram a tradicional arte chinesa.A revoluo comunista de 1949 e a criao da Repblica Popular da China sob a liderana de MaoTs-Tung, introduziram uma incontornvel dimenso poltica em todas as formas de expressoartstica. Os movimentos vanguardistas foram banidos e tachados como "formalismo burgus".Por outro lado, a revoluo tambm propiciou o renascimento de formas artsticas ancestrais eensinou o povo a valorizar suas tradies no campo das artes, o que resultou em valiosa restau-rao e descoberta de tesouros artsticos do passado, como o folclore, que foi assumido comovalioso produto de exportao e importante fonte de rendimentos.

    3.2 Pintura

    A arte da pintura foi adotada pelos chineses desde h milhares de anos como meio de ex-pressar uma certa forma de contemplar e expressar a natureza.

    Nos tempos de Imprio na China, a pintura e caligrafia eram artes altamenta apreciadas nospalcios reais e eram produzidos quase que exclusivamente por amadores aristocratas e poracadmicos estudantes da arte, nas quais tinham bastante tempo para aperfeioar tcnicas ea sensibilidade necessria para um bom trabalho de pintura. Caligrafia foi tambm consideradatambm como uma forma alto nvel e pura de pintura. As ferramentas eram o pincl, feitas deplos de animais, com tinta pretas feitas de ferrugem de pinheiros e colas tiradas de animais. Nostempos antigos, a escrita, assim como a pintura, eram feitas na seda. Porm , aps a inveno

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    do papel, a seda foi gradualmente trocada por este material mais barato. Originalmente as escri-tas eram feitas por calgrafos famosos, nas quais foram de grande valor na histria da china. Asescritas eram enroladas em pergaminhos e grudadas nas paredes assim como as pinturas.Os primeiros exemplos de pintura vieram do 2o sculo antes de cristo (isso no significa que nohouve nenhuma manifestao antes a essa poca, mas apenas que no tem nenhum registroque sobreviveu para ser contado na histria).

    Na sequncia de prticas desenvolvidas por pintores da Dinastia Tang, a pintura de paisa-gem consagrou-se como uma categoria independente e deu origem a um novo estilo artstico,deixando de ser apenas um complemento da pintura narrativa ou figurativa. At ao perodo dasCinco Dinastias, numerosos pintores, perpetuando os ensinamentos dos seus antecessores, pro-duziram as mais belas e perfeitas descrio direta do cenrio montanhoso e ribeirinho, imprimindos sua obras trabalhos uma forte dimenso emocional. As mais elevadas montanhas e os seussoberbos picos caractersticos do norte, os lagos tranquilos, os rios majestosos foram, durante aDinastia Song, calcorreados por pintores curiosos que alcanaram o apogeu do desenvolvimentoda pintura de paisagem.Na sequncia da Dinastia Song do Norte, Su Shi, Weng Tong, Mi Fu e outros literatos iniciaram aprtica de escrever comentrios nos trabalhos produzidos e revelaram simultaneamente a singu-laridade da poesia, da caligrafia e da pintura de paisagem, transformando o registo da naturezana auto-revelao da integridade moral ideal, do controlo da mente e da expresso da emoo.

    Na histria da pintura chinesa, a depurao tcnica da Dinastia Yuan atingiu um novo e incom-parvel apogeu. A pintura clssica, simples e serena deixou de estar confinada a uma descriodirecta do cenrio. As obras tornaram-se autnticas afirmaes visuais, sublimadas por uma lin-guagem artstica, que implicava caractersticas de integridade e livre expresso e desvendavama lei da coexistencia eterna do Homem e do Cosmos.Alguns dos pintores da Dinastia Ming consideravam as obras dos seus antepassados inigualveise, por isso, se esforaram por igualar as obras desses mestres, esperando com isso encontrar

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    uma identidade artstica. Contudo, eram frequentemente apanhados na cilada de certos conjun-tos de padres, rgidos e standarizados. Comparativamente pintura da dinastiaSong e Yuan, parece faltar da Dinastia Ming uma certa vivacidade e singularidade. Quando omercado da Dinastia Ming prosperou e a procura aumentou, a pintura e a caligrafia tornaram-sebens de grande circulao. Verificou-se uma a popularizao de certos estilos e a pintura, atentrar em declnio, era de qualidade varivel. O mercado foi, simultaneamente, inundado por umgrande nmero de falsificaes.

    Com um movimento novo cultural, artistas chineses comearam a adotar tcnicas ocidentais,e foi assim que comearam a utilizar pinturas a leo na China.Durante o perodo chamado de "Revoluo Cultural" na China, no governo de Mao Tse Tung,muitas escolas de arte foram fechadas e publicaes de jornais de arte e exibies artsticasforam paradas. Independente dessa poca ruim, arte amadora continuou florescendo neste pe-rodo.Aps esta poca, escolas de artes e organizaes profissionais foram restaurados. Trocas cultu-rais foram incentivadas e os artistas chineses comearam a experimentar novas tcnicas e formasartsticas.

    3.3 O Idioma Chins

    O chins Mandarim uma lngua sino-tibetana , da famlia chinesa e oficial na China, Formosa(Taiwn) e Singapura e falado em Hong Kong, Indonsia e Malsia.O chins o idioma mais falado do mundo (mais de 900 milhes de falantes como lngua ma-terna), e serve de lngua me aos falantes de diferentes dialetos de toda a China. um dos seisidiomas oficiais da ONU.

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    A famlia de lnguas Chinesa est composta por vrios idiomas to diferentes entre si. As princi-pais so:

    * Mandarim, ou Putonghua (significa lngua comum) - 836 milhes.

    * Wu - 77 milhes

    * Cantons ou Yue - 71 milhes

    * Dialetos Min - 60 milhes

    * Jin - 45 milhes

    * Xiang ou Huans - 36 milhes

    * Hakka ou Kejia - 34 milhes

    * Gan - 31 milhes

    * Hui - 3.2 milhes

    * Pinghua - 2 milhes

    Vale ressaltar que muitos destes dialetos possuem sons quase que totalmente diferentes um dooutro e tambm existem vrios outros dialetos no citados acima por serem falados apenas porpoucas pessoas.S para se ter uma idia da complexidade, existem dialetos que so falados apenas em determi-nado vilarejo e nenhum outro lugar da China as pessoas conseguem entender o que eles estofalando! Seriam praticamente uma linguagem prpria da regio.No se sabe o nmero certo de dialetos pequenos mas acredita-se que passa de 1000.A origem do idioma chins bem complexo. Vrios motivos levaram a China possuir tamanhaquantidade de dialetos e um motivo direto da china ter um territrio bem grande e ter mantidoa sua cultura antiga. Se o Brasil tivesse mantido toda a cultura indgena forte, sem interfernciados europeus, teramos com certeza uma lngua talvez semelhante a da china, vrios dialetosindgenas sendo que uma estabelecida oficial pelo pas para as pessoas se entenderem.Resumindo ento tudo, a China possui inmeros dialetos, sendo algumas mais faladas e outrasmenos. O elo padro entre todos os chineses o Mandarim, lngua oficial estabelecida pelo go-verno para diminuir a confuso.Apesar de terem tamanhos dialetos (cada um com seu som e sua pronncia) a escrita pra-ticamente idntica para todos os chineses. Logo, um smbolo chins pode ser lido em vriossons diferentes, de acordo com o dialeto utilizado (lembrando que o dialeto "som" oficial oMandarim).

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    3.4 A Escrita

    A escrita chinesa ideogrfica. A lenda conta que, no Shuowen Jiezi que foi Chang Ji, (umenviado do deus Huang Di) quem inventou a escrita, inspirado em rastros de pssaros e outrosanimais. Outra verso conta que o criador foi o imperador Fu Shi. Os textos mais antigos estogravados nos Jiaguwen, carapaas de tartaruga e ossos de boi usados para a osteomancia, edatam de entre 1500 e 950 aC, durante a Dinastia Shang.Antigamente existiam muitos tipos de ideogramas causando muita confuso, ento no perodo daDinastia Qin, com seu imperador Qin Shi Huang Di, foi forado uma nica forma de escrita. Comocitei anteriormente, acredita-se que foi tambm nessa poca o incio da construo da GrandeMuralha e relembrando, foi tambm essa poca que foi esculpido todas aquelas esttuas dos"Soldados de Terracota".Existe um filme que o cenrio desta poca, "Heri" de 2002. Apesar do filme no tratar espe-cificamente da padronizao da escrita chinesa, ela mostrada brevemente no filme.

    Hoje em dia existem no apenas um modo de escrita chinesa, existem duas! (eita)O chamado Chins Tradicional (utilizado em Taiwan - estado autnomo) e o Chins Simplificado(Utilizado na China Continental).O Chins simplificado foi criado para facilitar a escrita dos ideogramas chineses, diminuindo aquantidade de traos. Isso foi estabelecido pelo governo chins comunista desde 1956. Pormotivos conservadores e polticos, Taiwan continuou utilizando o Chins Tradicional e por isso,existem hoje dois modos de escritas do ideograma chins.

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    Note acima a diferena! Tente adivinha qual o Tradicional e qual o Simplificado?

    O Ideograma acima significa cavalo, e sua leitura no mandarim : Ma

    3.5 Opera Chinesa

    Os argumentos de uma pera chinesa unem elementos trgicos e cmicos, misturados comcanto, dana, narraes poticas e acrobacias. Trata-se de uma dramatizao de feitos histricose lendas populares. Outra forma de representao um dilogo com uma linguagem muitoprxima da fala corrente e pantomimas com gestos normais. Em seu humor amvel se reflete esatiriza a sociedade, como resultado, instruindo e entretendo.Seu melhor exemplo e como modelo oficial de execuo a pera Nacional da China, maisconhecida como a pera de Beijing. Este foi produto da fuso em uma s companhia de umconjunto de tradies da pera chinesa que atuavam em Beijing. Existem tambm variedadesregionaisA pera foi sempre um espetculo muito popular tanto entre o povo chins como entre os nobres eimperadores. Na elaborao dos argumentos e da msica participaram escritores e aristocratas.O imperador Ming Fujam (712-755, tambm conhecido como Hsuan Tsung) da Dinastia Tang eo imperador Chuang Tsung (923-925) do perodo final desta mesma dinastia so consideradospais honorficos da pera chinesa devido a seu decidido apoio a esta arte. Mas o que lhes fazcredores a tal ttulo so, acima de tudo, seus profundos conhecimentos das tcnicas musicais. Oimperador Hsuan Tsung fundou a Academia do Jardim das Pereiras, uma companhia de msicae dana estabelecida na corte. Com o tempo, denominou a pera como o ofcio do jardim daspereiras e a seus atores como os irmos do jardim das pereiras.

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    3.6 Msica na China

    A msica na China parece datar de antes da civilizao chinesa, e documentos e artefatosfornecem evidncia de uma cultura musical bem desenvolvida ainda na Dinastia Zhou (1122 AC- 256 AC).A Agncia de Msica Imperial, estabelecida primeiro na Dinastia Qin (221-207 AC), estava muitoexpandida sob o imprio do Imperador Han Wu Di (140-87 AC) e ordenou supervisionar a msicada corte e a msica militar e determinou que a msica folclrica estaria oficialmente reconhecida.Em dinastias subsequentes, a revelao da msica chinesa estava fortemente influenciada pormsicas estrangeiras, especialmente as da sia Central.Bang di - flauta

    A msica instrumental tocada com instrumentos de solo ou conjuntos pequenos de instru-mentos de corda, flautas, e vrios pratos, gongos, e tmpanos. A escala tem cinco notas. Ostubos de bambu esto entre os instrumentos musicais conhecidamente mais antigos da China.Os instrumentos esto tradicionalmente divididos em categorias baseadas em seu material decomposio: pele, abbora, bambu, madeira, seda, barro, metal e pedra. A msica escrita maisantiga Solido da Orqudea, atribudo por Confcio .Na China antiga a posio dos msicos na sociedade era muito mais baixa que a dos pintores.O estudo da teoria da msica no era o bastante. Mas quase todos imperadores levaram asmsicas folclricas seriamente.

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    3.7 Culinria Chinesa

    Na China realmente existe uma culinria com carne de cachorro, o quilo da carne custavano segundo semestre de 2005 cerca de R$ 20,00 e apreciada geralmente em clima frio. Outrascomidas exticas so grilos, escorpies e gafanhotos fritos. Apesar de existir isso, no so pratosservidos no dia a dia. A origem deste costume diferente, pode ter sido originada em tempos emque a China sofreu muita fome e que as pessoas tiveram que aproveitar tudo o que existisse parase alimentar e com isso o que antigamente era necessidade, hoje se tornou algo apreciado comopratos exticos.

    Shanghai

    ShangHai foi um grande centro comercial, durante muitos sculos, e atraiu pessoas de vriaspartes do mundo e do prprio pas. uma regio muito privilegiada devido grande quantidadede lagos, rios, alm de ser banhado pelo Mar da China. Esses fatores e o clima ameno pro-piciaram timas condies para o plantio, a pesca e a criao de animais. A cozinha local caracterizada pelos seus sabores adocicados, massas e suas tcnicas exclusivas como "cozi-nhar vermelho". Essa tcnica consiste em cozinhar carnes em molho de soja deixando-as comum forte tom avermelhado.

    Frango Xadrez - Kung Pao Ji Ding

    Os pratos de peixe e crustceos de distintos sabores so habituais na cozinha do Leste, quecaracteriza-se pelo seu sabor doce. Utilizam sobre tudo peixe e marisco, sobressalientando asopa condimentada com alho por. Os pratos mais conhecidos so as ovas de carangueijos combarbatanas de tubaro, ovas de sepia, holoturias (gnero de pepinos-do-mar) ao alho por, e norelativo a carnes, o frango com molho de Dezhou. Destacam, tambm, o pato com oito tesourose as tiras de enguia. So muito saborosos as sanduiches, que existe uma grande variedade,por volta de 300 tipos, como a bola ovo de pomba. Grande parte das plantaes de arroz daChina localiza-se nesta regio e abastece uma boa parte do pas. Existem outros produtos ca-ractersticos do leste como o molho de soja produzido em Fukien, o vinho de arroz produzido em

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    Shaoshing e o vinagre de Chekiang.Shang HaiA cidade de Shanghai, cujo nome significa -Sobre o Mar-, situa-se a 31,14 graus de latitude nortee 121,29 graus de longitude leste, na parte central do litoral leste da China. Historicamente lem-brada por seus antigos nomes Hu e Shen , Shanghai o porto de entrada para a grandebacia do Rio Chang (mais conhecido, fora do Pas, como Rio Yangtz).Com uma populao urbana e rural de 13 milhes e uma rea de 6 341 km, Shanghai pos-sui o porto mais importante da China e se destaca tambm por sua riqueza histrica e cultural.Shanghai um paraso tambm para os apreciadores da boa comida, com mais de mil restau-rantes servindo 16 dos mais famosos estilos da culinria chinesa, como os de Beijing, Sichuan,Guangdong, Yangzhou e Fujian, da cozinha internacional.Jiaozi

    Alguns pratos famosos:* Kung Pao Ji Ding - O clssico Frango Xadrez encontrado nos restaurantes Chineses no Brasil;* Caranguejo cozinhado no vapor - o segredo do prato o caranguejo, que uma especialidadedo Rio Yang Tzi;* Song Shu Gui Yu - peixe na forma de esquilo. O peixe frito, servido no molho da cor de ouro.A pele do peixe crocante, e a carne fina. Tem sabor doce e azedo. A forma do peixe pareceum esquilo, da vem o nome do prato;* Qing Tang Yu Wan - Sopa de bolinhos de peixe. A sopa clara, os bolinhos so brancos, deli-cados e lisos. A sopa feita com bacon, cogumelos, brotos de bambu e ervilhas;* Chun Juan - rolinho da primavera. uma comida comum na China, e do sul mais famosa. Acomida frita, feita com legumes da primavera enrolados numa capa de farinha de trigo. Tradici-onalmente serve-se a comida na primavera, hoje em todas as estaes;* Yang Zhou Chao Fan - arroz frito maneira de Yang Zhou. arroz frito junto com bacon, ovo,camaro e legumes da estao.* Bolinho de arroz recheado - h 2.200 anos, quando invasores chegaram China e o pai dopoeta Qu Yuan suicidou-se, Qu Yuan se jogou no rio. Para que o drago no o ferisse, o povo fezbolinhos de arroz e jogou no rio. Por isso, todo ms de maio, os chineses fazem esta comida emmemria de Qu.* Tofu recheado - Zhu Yuanzhang, o fundador da dinastia Ming (uma das mais estveis e auto-crticas dinastias chinesas), passava fome quando jovem. Bateu porta de uma senhora parapedir comida. A senhora serviu-lhe sobras de tofu, recheou com carne e acrescentou verdurascozidas. O prato saboroso ficou na memria do jovem. Ao tornar-se imperador, ordenou que aiguaria constasse do cardpio real.* Camaro-trovo - um camaro com molho de tomate pouco apimentado. Quando jogado emcima do biscoito de arroz para ser servido, reproduz o som de trovo e chuva. o nico prato que"canta". Na segunda; Guerra Mundial, a primeira-dama da China, Shong Meilin, fez um banquetepara os aliados. Serviu este prato, e o general americano gostou muito. Ao perguntar o nome,Shong Meilin respondeu: "Bomba de Tquio".* Camaro moda de Xangai - um camaro cinza (de 8 a 10 cm) sem casca, temperado com

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    sal, pimenta-do-reino e maisena. Depois de frito e escorrido, refogado rapidamente em fogoalto, com saqu chins e cebolinha verde.*Jiaozi - Pastelzinho Chins, conhecido no Brasil como Guioza (nome japons) e composto decarne de porco no seu recheio.* Xiaolongbao e Baozi - Bolinhos chineses com massa e recheio de carne, a diferena o modode preparo, enquanto um cozido em gua, outro feito em banho maria.

    Baozi e XiaolongbaoAlm do conceito do yin e yang, existe o conceito dos cinco elementos. Os chineses acreditamque estejamos cercados por cinco campos de energia: fogo, madeira, terra, metal e gua. Naculinria esses elementos so representados pelos cinco sabores:

    Amargo - Fogo

    Azedo - Madeira

    Picante - Metal

    Terra - Doce

    Salgado - gua

    A medicina chinesa diz que para tratar corretamente um paciente voc deve saber o estado doscinco elementos no corpo daquela pessoa. A deficincia ou o excesso de um dos elementospode levar a doenas. Se um indivduo desenvolver de repente um desejo por comidas azedasisso pode indicar problemas no fgado, obviamente esse diagnstico muito mais complexo eprofundo.

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  • Captulo 4

    Liao 4 - Cultura e Religio - Parte 2

    4.1 Mitologia Chinesa

    Lao Zi

    Segundo conta a lenda, a gestao de Lao Zi demorou 81 anos (a quantidade de captulosque tem sua obra Dao De Jing) e quando por fim nasceu, j tinha os cabelos branco, rugas emseu rosto (prprias de um ancio) e orelhas bastante maiores que as normais. Nascido sob umaameixeira em uma aldeia do pas de Chu, teve como primeiro nome Li-Er (orelhas de ameixeira)e posteriormente substitudo por Lao Zi (velho sbio).Logo depois de viajar por pases do Oriente, retornou a China e foi funcionrio do Estado de Chu.Anos depois, ao notar a decadncia da casa real, Lao Tse se dirigiu ao pas de Qin, no Oeste,num carro conduzido por um boi azul. Quando chegou prximo do Hien-ku, o guardio de umafonte chamada Yin-Hi e outra Luan-Yin reconheceu o filsofo ilustre. Suplicou-lhe que ficasseum ano em sua casa, antes de partir para seu destino e que escrevesse um livro expondo suadoutrina. O mestre se deixou convencer, escrevendo o Dao de jing, que quer dizer, o "Livro daVida e da Virtude", e depois partiu mais ao oeste, e entrou no pas dos Brbaros, onde foi perdidoseu rastro.A aplicao de mtodos lnguisticos, mais antiga verso do "Daode Jing" conhecida, sugereque a sua autoria ter sido conjunta. A designao Lao Zi era, na poca da suposta redacodo "Livro da Via e da Virtude", um ttulo honorfico, legado a um mestre credenciado. Trata-se,provavelmente, de uma simplificao posterior; o taosmo um sistema filosfico ("daojia") e re-

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    ligioso ("daojiao") com imemoriais razes temporais e culturais. O "Dao de Jing" constituiu umatentativa de sntese; no despropositado, de todo, assumir que a prpria figura de Lao Zi ,tambm ela, uma tentativa de sntese rectroactiva. Uma anlise mais apurada figura de ZhangDaoling poder clarificar as coisas.A grande Jornada Para o Oeste

    Esse romance baseado na lenda sobre um monge budista Xunzng que foi a ndia bus-car textos religiosos budistas (Sutras) durante a dinastia Tang. A Deusa Bodhisattva Guanyinn,instrudo por Buddha, indicou a tarefa ao monge e seus trs protetores na forma de discpulos(chamados de Sun Wukong, Zhu Bajie and Sha Wujing e um prncipe drago, transformado emuma forma de cavalo. Esses quatro personagens aceitaram ajudar o monge em troca da repa-rao de pecados. Os peregrinos passam por vrios apuros durante a sua jornada antes deconseguirem levar os textos sagrados de volta a China.Apesar de ser um grande clssico chins, este retrata muitos seres que da mitologia chinesa etambm no romance aparecem muitos elementos da religio Budista. Esse romance serviu debase para um desenho japons chamado de "Dragon Ball Z", no desenho voc poder observarque o personagem principal tem algo relacionado a macaco e no romance um dos personagensna qual discpulo protetor do monge, um Deus Macaco (Sun Wukong).Em sua forma estabelecida, a maioria dos mitos conhecidos hoje derivada de sua documenta-o nos seguintes textos:

    * Shan Hai Jing ; Significando literalmente Pergaminho da Montanha e do Mar, o ShanHai Jing descreve os mitos, a magia e a religio da China Antiga em detalhes e tambmdocumenta a geografia "do mar e da montanha", a Histria, a medicina, os costumes eetnias em tempos antigos. conhecido como uma das primeiras enciclopdias da China.

    * Shui Jing Zhu; Significando literalmente Comentrios sobre o Pergaminho da gua, estetexto comeou a ser escrito como um conjunto de comentrios sobre o Pergaminho dagua , mas tornou-se famoso pela novidade de sua extensiva documentao da geografia,histria e lendas associadas.

    * Hein Zhuan ; O pico da Escurido, a nica coleo de lendas em forma de poesia picapreservada por uma comunidade dos Han da China, mais precisamente, os habitantes darea montanhosa de Shennongjia em Hubei, contendo relatos que vo desde o nascimentode Pan Ku at a era histrica.

    * Documentos histricos imperiais e livros filosficos como o Shangshu, o Shiji, o Liji, LushiChunqiu e outros.

    E alguns mitos sobreviveram no teatro e literatura, como peas ou romances. A fico vistacomo mantenedora destes mitos inclui:

    * A poesia de Estados antigos tais como Lisao de Qu Yuan do Estado Chu.

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    * O Fengshen Yanyi, ou Uno dos deuses, que trata da fundao da Dinastia Zhou.

    * A Jornada para o Oeste, de Wu Chengen, um relato romanceado da peregrinao de Xu-anzang para a ndia, na qual os peregrinos encontram uma variedade de espritos, monstrose demnios. (Citado anteriormente)

    * O Baishe Zhuan, um conto romntico que se passa em Hangzhou envolvendo uma cobraque toma forma humana e se apaixona por um homem.

    No podemos deixar de citar a criatura clssica da mitologia chinesa: Os Drages

    O drago chins uma criatura mitolgica das mais importantes da mitologia chinesa. con-siderada a mais poderosa e divina criatura e acredita-se que seja o regulador de todas as guas.O drago simbolizava grande poder e era apoio de heris e deuses. Um dos mais famosos namitologia chinesa Yinglong. Diz-se ser o deus da chuva. Pessoas de diferentes lugares rezampara ele a fim de receber chuva. Na mitologia chinesa, acredita-se que os drages possam criarnuvens com sua respirao. O povo chins usa muitas vezes a expresso "descendentes doDrago" como um smbolo de sua identidade tnica.

    * Yinglong ; Yinglong um servo poderoso de Huangdi. Uma lenda diz que Yinglong ajudouum homem chamado Yu a parar uma enchente do Rio Amarelo abrindo canais com suacauda.

    * Reis Drages ; Os reis drages so os quatro governantes dos quatro oceanos (cada umcorresponde a um ponto cardeal). Eles vivem em palcios de cristal no fundo do mar deonde governam a vida animal.

    * Fucanglong ; Fucanglong um drago do mundo subterrneo que guarda os tesourosenterrados. Sua sada da terra provoca a erupo de vulces.

    * Shenlong; Shenlong um drago que pode controlar os ventos e as chuvas.

    * Dilong; Dilong o drago da terra.

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    * Tianlong; Tianlong so os drages celestiais que puxam as carruagens dos deuses eguardam seus palcios.

    * Li; Um Li um drago dos mares menor. No tem chifres.

    * Jiao; O Jiao outro drago sem chifre que vive em pntanos. O drago mais inferior.

    4.2 Doutrina Chinesa

    O Taosmo estabelece a existncia de trs foras: uma positiva, outra negativa e uma terceira,conciliadora. As duas primeiras se opem e se complementam simultaneamente. So:

    * Yin - Fora negativa, feminina, mida...

    * Yang - Fora positiva, masculina, seca...

    * Tao - Fora convergente, em que yin e yang so fundidos numa existncia dual ecomplementar.

    A igualdade entre as duas primeiras foras estranha a igualdade de suas manifestaes conside-radas em abstrato. Por isso o taosta no considera superior a vida sobre a morte, no outorgasupremacia construo sobre a destruio, nem ao prazer sobre o sofrimento, nem ao positivosobre o negativo, nem afirmao sobre a negao. O Tao simplesmente algo que no podeser alcanado por nenhuma forma de pensamento humano. Por isso no existe nome, dado queos nomes derivam de experincias; finalmente e por necessidade de ser descrito ou expressado,o denominou Tao, que significa "caminho" ou "atalho" (reto ou virtuoso) que conduz meta.Quando Lao Tse fala do Tao procura afast-lo de tudo aquilo que possa dar uma idia de algoconcreto. Prefere enquadr-lo em um plano distinto a tudo o que pertence ao mundo. "Existiaantes do Cu e da Terra", diz, e efetivamente no possvel dizer de onde provm. me dacriao e fonte de todos os seres.O Tao tampouco temporrio ou limitado; ao tentar observ-lo, no o v, no o ouve nem o sente. a fonte csmica primria da que provm a criao. o princpio de todos, a raiz do Cu e daTerra, a me de todas as coisas. Mas, se tentar defini-lo, olh-lo ou ouvi-lo, no seria possvel:

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    o Tao retorna ao No-Ser, vai onde inacessvel, inalcanvel e eterno. Todas as coisas sob oCu gozam do que , o que surge do que no e retorna ao No-Ser, com o que nunca deixade estar ligado.O Tao do No-Ser a fora que move tudo o que h no mundo dos fenmenos, a funo, o efeitode tudo o que : apia-se no No-Ser.O mundo dos seres pode ser renomado com o nome de No-Ser e o mundo dos fenmenoscom o nome de Ser. As diferenas recaem nos nomes, pois o nome de um Ser e o do outro,No-Ser, mas embora os nomes so distintos, trata-se de um nico fato: o mistrio desde cujasprofundidades surgem todos os prodgios. Ao encontrar o caminho que conduz da confuso domundo para o eterno, estamos no caminho do Tao.A princpios do sculo IV a.C., os filsofos chineses escreviam sobre o yin e o yang em termosrelacionados com a natureza.Observando da perspectiva do Tao, v-se como todas as coisas se elevam, voltam-se grandes elogo retornam a sua raiz. Viver e morrer so simplesmente entrar e sair. As foras da mente notm poder sobre quem segue o Tao. O caminho do No-Ser leva a quietude e a observao econduz do mltiplo ao nico.Para poder percorrer esse caminho necessrio a preparao interna. Mediante a prtica espi-ritual, a perseverana, o recolhimento e o silncio que chega a um estado de relaxamento quedeve ser to sereno que possibilita a contemplao do Ser interior, a alma, e assim se conseguever o invisvel, escutar o inaudvel, sentir o inalcanvel. Quando avana este caminho, Lao Tsev e conhece o mecanismo da magia da observao, mas no lhe interessa tirar proveito destesconhecimentos. Para ele, como para o taosmo, o mais elevado chegar a penetrar a Unidadeonde no existem os opostos. Quando neste caminho se obtm a unio com o csmico, chega-se possibilidade de contemplar o Ser. Assim, sem sair da casa, pode-se conhecer o mundo, semolhar pela janela se pode apreciar o Tao do cu. Quem mantm esse objetivo no precisa viajar.Alcana suas metas. No olhe nada, tem-no tudo claro. No trabalha e, entretanto, conseguecontemplar tudo.

    4.3 Religio

    Uma grande variedade de religies havia sido praticada na China desde o incio de sua hist-ria . Os templos de vrias religies diferentes pontilham a paisagem da China.O estudo de religio na China complicado por vrios motivos. Porque muitos sistemas de con-vico chineses tm conceitos de um mundo sagrado e s vezes um mundo espiritual, contudo,no invoca um conceito de Deus e classifica um sistema de convico chins como uma religioou uma filosofia e isso pode ser problemtico. Assim, Confucionismo e Taosmo so considera-dos como religies, enquanto outros os consideram como somente filosofias de vida.Secundariamente, e diferentemente da religio, alguns sistemas de convices chinesas permi-tem um sincretismo comum em professar suas escolhas mltiplas. possvel para algum dizerser um budista e viver de acordo com princpios taostas e participar de cerimnias de adoraoaos antepassados. Um budista no teria nenhuma dificuldade vendo Jesus como um profeta eincorporando conceitos do cristianismo enquanto o contrrio no necessariamente o caso.Os sistemas de convico principal que desenvolveram dentro da China incluem adorar antepas-sados, religio do povo chins, Confucionismo, Shamanismo, e Taosmo. A maioria dos chinesestem uma concepo de cu e yin e yang. Os chineses acreditaram tambm em tais prticas comoastrologia, Feng Shui, e geomancia.Religies influentes introduzidas pelo estrangeiro incluem Budismo, Isl, e Cristianismo.

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