cuevas, m., la virgen de guadalupe en méjico

8/16/2019 Cuevas, M., La Virgen de Guadalupe en Méjico

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L A V I R G E N DE G U A D A L U P E E N M É J I C O l 8 ;

IV

L A V I R G E N D E G U A D A L U P E E X M É J IC O

I n f o r m e l e í d o e n l a R e a l A c a d e m i a d e l a H i s t o r i a e n s e s ió n d e 2 7

d e J u n i o d e 1 9 19 , p o r el s o c io C o r r e s p o n d i e n t e d e l a m i s m a R e v e

r e n d o P . M a r i a n o C u e v a s , S. J . ( i) .

S E Ñ O R E S A C A D É M I C O S ;

N o m b r a d o p o r v o s o t r o s v u e s t r o s o c i o C o r r e s p o n d i e n t e e n la

R e p ú b l i c a M e x i c a n a ,

y

e n v í s p e r a s d e d i r i g i r m e á e s a m i P a t r i a ,

m e c r e o e n e l h o n r o s o d e b e r d e p o n e r d e n u e v o á v u e s t r a d i s p o

s ic i ón c u a n t o s t r a b a j o s y d o c u m e n t o s s o b r e s u h i s t o r i a h e a c u -

( i ) E l a s u n t o d e q u e t r a t a e s t e a r t í c u l o , c o n v a r i o s p a r e c e r e s , fu é o b

j e t o d e un i n f o r m e d e l a n t i g u o y r e s p e t a b l e A c a d é m i c o D . J u a n B a u t i st a

Muñoz, e l cua l fué ie ído y d i scu t ido en muchas ses iones de Ja Academia ,

i n f o r m a d o a n t e s d e su p u b l i c a c i ó n p o r D . J o s é d e G u e v a r a V a s c o n c e l o s y

D, Miguel de M anu el ; su sp en d id a su pub l ic ac ió n en 1803; r ev isad o de

n u e v o p o r D , V i c e n t e G o n z á l e z A r n a

o

en 1805, com o R evi sor ge ne ra l , y

e n e l m i s m o a ñ o m a n d a d o p u b l i c a r e n e l t o m o v d e l as Memorias de la

Academia.

S o n v a r i a s la s g e s t i o n e s q u e d e a l g ú n t i e m p o á e s t a p a r t e s e h a c e n p a r a

d e s p e r t a r e l a s u n t o , y ú l t i m a m e n t e l a A c a d e m i a o y ó c o n b e n e v o l e n c i a ¡ a

lec tu ra de l nu ev o in for me d e P . Mar ia no C uev as , S . J ., qu e aqu í se inser ta

p o r e s t a r f u n d a d o e n n o t i c i a s d o c u m e n t a l e s , q u e s o n e l m e d i o d e « e s c l a

r e c e r la H i s t o r i a » , o b j e t o f u n d a m e n t a l d e n u e s t r o I n s t i t u t o . M a s e s t a n d o

a u n i n é d i t o e l i n f o r m e d e l o s S r e s . D e M a n u e l y G u e v a r a d e V a s c o n c e l o s ,

sobre e l de l Sr . Muñoz, c reemos ú t i l su pub l icac ión en es ta no ta , como un

e l e m e n t o m á s d e j u i c i o s o b r e t a n i n t e r e s a n t e m a t e r i a .

Dice as í :

« S E X O K ;

P o r a c u e r d o d e Ja A c a d e m i a s e n o s h a d i r i g i d o e l

Discurso sobre las

Apariciones, y el culto de la Imagen de Nuestra Señora de Guadalupe de

México,

q u e s u a u t o r y n u e s t r o A c a d é m i c o el S r . D . J u a n B a p t i s t a M u ñ o z

leyó en la Ju n ta o r d in ar ia d e l m iér co les 23 de Ab r i l d e 1794 , pa ra q ue

r e v i s á n d o l a y e x a m i n á n d o l a c o n f o r m e á l o p r e v e n i d o e n l o s E s t a t u t o s 9 0

y 91 d e e s t e Re a l C u e r p o , i n f o r m e m o s d e l m é r i t o d e d i c h o e s c r i t o , y s i e s


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1 8 6 B O L E T Í N D E I.A . R E A L A C A D E M I A D E L A H I S T O R I A

m u l a d o e n e s t o s a i ï o s e n q u e m e h e d e d i c a d o á l a i n v e s t i g a c i ó n

e n l o s A r c h i v o s d e R o m a , L o n d r e s , B r u s e l a s y , p r i n c i p a l m e n t e

e n el A r c h i v o d e I n d i a s d e S e v i l l a .

d i g n o d e q u e la A c a d e m i a l o a d o p t e c o m o t r a b a j o q u e p u e d a r e s e r v a r s e

p a r a J a i m p r e s i ó n d e s u s Memorias.

E n c u m p l i m i e n t o d e e s t e a c u e r d o y p a r a q u e l a A c a d e m i a p u e d a h a c e r

p o r s í m i s m a e l c o n c e p t o q u e s e m e r e c e e s t e t r a b a j o , r e d u c i r e m o s á b r e

ves c láu su las tocio su co n t en id o .

E l S r . M u ñ o z e n t r a á t r a t a r l a m a t e r i a h a c i e n d o u n a m u y j u i c i o s a d is

t i n c i ó n e n t r e Ja c r e e n c i a y r e l i g i o s o c r é d i t o q u e d e b e m o s d a r á t o d o l o

q u e s e c o m p r e n d e e n lo s l i b r o s c a n ó n i c o s , y c o n s t a d e la t r a d i c i ó n p r i m i

t i v a , u n i v e r s a l y c o n s t a n t e , ó q u e l a i g l e s i a . n o s p r o p o n e c o m o a r t í c u l o s y

dog m as de f e d iv ina ; y en t r e , e l ase nso qu e ex ige n los ob je to s de fe hu

m a n a . D i v i d e e s t o s o b j e t o s e n t r e s c l a s e s . L a p r i m e r a a p l ic a á l o s h e c h o s

r e l a t i v o s á p u n t o s e s e n c i a l e s d e H i s t o r i a E c l e s i á s t i c a , q u e s e r í a i g n o r a n

c ia c i n e i i g i o s id a d o b s t i n a r s e e n n e g a r l o s , y q u e c o m o t a n a c r e d i t a d o s y

tan con ex os con ¡a R el ig ión c au t iva n e l ase nso de tod o r ac ion al v c r i s t i à -

n o . L a s e g u n d a c i a s e s u p o n e e n a q u e l l o s h e c h o s q u e , d e s t i t u i d o s d e t o d o

f u n d a m e n t o s ó li d o, d e b e n e n t e r a m e n t e d e s e c h a r s e . Y en la t e r c e r a a b r a z a

los que s in ser t an in fundados como és tos n i t an c ie r tos como los p r ime- ,

ros , s e l e s p u e d e d a r ó n e o a r e l a s e n s o s i n n o t a a l g u n a d e t e m e r i d a d .

A consecuencia de es ta c las i f icac ión p regunta e l au to r : ;En cuál e le es tas

t r e s c l a s e s d e b e r á n c o l o c a r s e l a s a p a r i c i o n e s d e N u e s t r a S e ñ o r a d e G u a

d a l u p e d e M é x i c o -

1

L a r e s o l u c i ó n d e p e n d e d e la v e r d a d s ó l i d a d e l o s

h e c h o s , y p o r e s t a m i s m a r a z ó n e m p l e a e l S r . M u ñ o z t o d o su Discurso e n

e x a m i n a r l a .

Para e s to an te tod as cosas t r as lad a a l p ie de la l e t r a l a ex te ns a r e lac ión

q u e h a c e d e e s t a s a p a r i c i o n e s , q u e se s u p o n e n s u c e d i d a s e n D i c i e m b r e

d e

i 2>

1

,

D . M a r i a n o F e r n á n d e z d e E c h e v a r r í a y Y e i t í a e n su o b r a i n é d i t a

qu e e scr ib ió á fines de l s ig lo pas ado con e l t í tu lo Baluartes de Mexico:

Relación histórica de las cuatro sagradas v milagrosas imázenes de Nuestra

Se/lora la Virgen María, que se veneran en sus extramuros, y descripción de

sus templos.

P r e f i é r e s e e s t a r e l a c i ó n á o t r a s m u c h a s : l o u n o p o r q u e e s l a m á s c i r

c u n s t a n c i a d a q u e t e n e m o s d e e s t a s a p a r i c i o n e s , l o o t r o p o r s e r e s c r i t a á

p r o p ó s i t o p o r q u ie n e r a n a t u r a l d e N u e v a E s p a ñ a , y r i q u í s i m o d e d o c u

m e n t o s t o c a n t e s á s u h i s t o r i a a n t i g u a .

P e r o i n v e s t i g a n d o e l S r . M u ñ o z q u i é n f u e s e el p r i m e r o y m á s a n t i g u o

d e l os q u e h a n t r a t a d o d e e s t a s a p a r i c i o n e s , y q u e c o n v i e n e n e t i l o s u b s

t a n c i a l c o n l a r e l a c i ó n d e E c h e v a r r í a , p r u e b a h a b e r l o s i d o e l L i c e n c i a d o

M i g u e l , q u e e s c r i b í a p o r J o s a ñ o s d e ( 6 4 8 , J o q u e c o n v e n c e q u e e m p e z ó

á d i v u l g a r s e e s t e e x t r a o r d i n a r i o s u c e s o u n s i g l o d e s p u é s e n q u e s e s u p o n e

a c a e c i d o .

E s ta so la c i r c uns tan cia ha ce d ud osa la ve rd ad de l he cho , y má s s i se

r e f l e x i o n a , c o m o s e d e m u e s t r a p o r e l m i s m o S r . M u ñ o z , q u e e s c r i t o r e s d e l

s ig lo xv i y que v iv ieron y r es id ieron en México an tes y después de l año


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LA. V I R G E N U E G U A D A L U P E E N M É J I C O 1 8 7

O ulero, en espec ia l , p roponer á vues t r a cons ide rac ión un do

c u m e n t o

L

^

e

g ran impor t anc ia en aque l l a Repúbl i ca y t ambién

e

n es ta Academia , ya que tantas veces , según consta en su Se-

c

;e 15^ i . t r a ta nd o en sus obr as cosas aná loga s con las ap ar i c io ne s de Nu es

t r a Señora de Guadalupe , nada d icen de e l las , n i cosa que tenga con e l las

]a n ía s r e m o t a c o n e x i ó n .

E s t e a r g u m e n t o , a u n q u e n e g a t i v o , e s f u e r t í s i m o e n e l c a s o d e l a c u e s

t ió n , p o r la p u b l i c i d a d y a u t e n t i c i d a d c o n q u e l o s u p o n e n a c a e c i d o t o d o s

]os que lo r e f ie ren de sd e m ed iad o e l s ig lo xv i r . S in em ba rg o , la d i f icu l

tad cu cr ee r lo se aum en ta y aun se co m ple ta con la car ta qu e se co p ia en

es te d i scur so , y que escr ib ió a l Sr . Fe l ipe l í e l V i r r ey de México D . Mar

t ín I l e n r í q u e z , c o n f e c ha d e 25 d e S e p t i e m b r e d e 1 57 5, e n q u e f o r z o s a -

me:

1

.ie v i v ir í a n m u c h o s d e e d a d a d u l t a , q u e d e p o n d r í a n d e l v e r d a d e r o

p r i n c i p i o q u e. t u v o e l c u l t o d e e s t a i m a g e n . C o n f o r m e á e s t a s d e p o s i c i o n e s

hab la e l V i r r ey a l Soberano en uno de los cap í tu los de es ta car ta , s in ha

c e r m e m o r i a a l g u n a d e e s t a s a p a r i c i o n e s , a n t e s b i e n d a n d o a la a n t i g u a c r -

m. i - a s i tuada sobre e l cer ro de Tepcyacac o t ro o r igen muy d iver so , y f ixan-

do e l fundamento de la devoción que iba c rec iendo cada d ía más en la voz

d e c i e r t a m i l a g r o s a c u r a c i ó n s u c e d i d a e n u n g a n a d e r o d e a q u e l l o s p a r a j e s ,

*

n

'55 5 ° 56, P

o r

i n t e r c e s i ó n d e la i m a g e n q u e n u n c a s e l l a m a a p a r e c i d a -

A ñ á d a s e á e s t a p r u e b a p o s i t i v a el t e s t i m o n i o d e F r . B e r n a r d i n o d e S a -

h - i g ú n , Re l i g i o s o F r a n c i s c o , q u e r e s i d i ó e n N u e v a E s p a ñ a d e s d e 1 5 2 9 h a s t a

l o s ú l t i m o s a ñ o s d e l V i r r e i n a t o d e D . M a r t í n I í e n r í q u e z , y f u é e l m á s d o c t o

en ¡as an t ig üe da de s é h i s to r ias de aquel r e ino de cua n to s a l lá v iv ie ron en

ei s iglo de la conquis ta .

E s t e e s c r i t o r , e n s u Historia de Nueva España, h a b í a d e t e n i d a m e n t e d e i

o r igen que tuvo en México e l cu l to de es ta Imagen , señalándo le o t ro

m u y d i s t i n t o a l d e l a s a p a r i c i o n e s v u l g a r e s , d e q u e n o h a c e la m á s m i

ra m a m e n c i ó n , y a u n g r a d u a n d o d e s o s p e c h o s a la d e v o c i ó n , s e g ú n e n t o n

ces la p rac t icaban los ind ios . -

T e n e m o s , p u e s , q u e n i n g u n o d e l o s e s c r i t o r e s q u e s e c o n o c e n h a s t a

a h o r a a n t e r i o r e s a l L i c e n c i a d o M i g u e l S á n c h e z , q u e f u é e l p r i m e r o q u e á

m e d i a d o s d e l si g lo ú l t i m o e m p e z ó á r e f e r i r e s t a s a p a r i c i o n e s , h a b l a d e

• •lia s n i a u n r e m o t a m e n t e , y q u e d o s p e r s o n a s d e t o d o c r é d i t o y d e la m a

y o r e x c e p c i ó n q u e d e t e r m i n a d a m e n t e t r a t a n d e l p r i n c i p i o d el c u l t o d a d o

á e s t a I m a g e n e n s u c a p i l l a p r i m i t i v a , l e x o s d e s u p o n e r l o e n l a s a p a r i c i o

nes que se vocean , lo fundan en o t ro muy d iver so .

S i n e m b a r g o , l o s p a t r o n o s y d e f e n s o r e s d e e s t e s u c e s o p r e t e n d e n a c r e

d i t a r l o c o n c a n t a r e s , m a p a s y m a n u s c r i t o s a n t i g u o s . E s t e e s e l ú l t i m o

p u n t o q u e e x a m i n a e l S r . M u ñ o z , y h a c e v e r c o n s u m a c la r i d a d q u e c u a n t o

en es ta par te se c i ta es supues to y f a l so , no só lo por l as mismas expres io

n e s q u e s e h a l l a n e n l o s d o c u m e n t o s a l e g a d o s , si n o t a m b i é n p o r q u e l o s

p r i n c i p a l e s n o t i e n e n m á s a n t i g ü e d a d q u e e l m i s m o t i e m p o e n q u e e m

pez ó á d iv u lg ar s e e l caso á p r i nc ip io s de l s ig lo xvn , y a lgu no de e l los se

conf iesa fabr icado en el año de 1653.

Co n v e n c i d o d e e s t e m o d o e l p o c o ó n i n g ú n f u n d a m e n t o q u e t i e n e n l a s


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i S S B O L E T Í N D E L A R E A L A C A D E M I A D E L A H I S T O R I A

cr et ar ía , se ha re q ue rid o de el la su op inio n y aun. su fal lo res

pec to á l a ma te r i a de l documento en cues t ión .

Se t ra ta de la apar ic ión de la Vi rgen de Guadalupe de Mexico.

a p a r i c i o n e s d e N u e s t r a S e ñ o r a d e G u a d a l u p e d e M e x i c o , s e h a c e c a r g o e l

S r . M u ñ o z q u e c o n s t a n d o i n d u b i t a b l e m e n t e e l c u l t o d e e s t a I m a g e n e n l a s

c e r c a n í a s d e a q u e l l a c i u d a d d e s d e l o s p r i m e r o s a ñ o s d e s u c o n q u i s t a , p o r

f u er z a s o b r e v e n d r í a a l g ú n m o t i v o g r a n d e , p o r e l c u a l la d e v o c i ó n , t r a í d a

d e s d e a q u e l t i e m p o , t o m a s e c u e r p o y d i e s e c a u s a á a c a l o r a r la f a n t a s í a

d e l o s i n d i o s p a r a e m p e z a r á fr a g u a r e l m a r a v i l l o s o s u c e s o d e J u a n D i e g o .

E n e f e c t o , t e n i e n d o p r e s e n t e e l e x a m e n d e lo q u e q u e d a i n d i c a d o , l o

e n c u e n t r a e n a q u e l l a t e r r i b l e i n u n d a c i ó n a c a e c i d a p o r l o s a ñ o s d e 1 6 2 9 y

d e s c r i t a p o r D . C a y e t a n o d e C a b r e r a . E n t o n c e s e s t u v o l a r g o t i e m p o e n l a

c a p i t al la I m a g e n d e G u a d a l u p e , o b s e q u i a d a c on t a n e x t r a o r d i n a r i a s d e

m o s t r a c i o n e s q u e , s e g ú n l a s f r a s e s d e e s t e e s c r i t o r , s o l t ó M é x i c o l o s d i q u e s

de su dev oció n y las ve las y a las de su a fec to , de sa ho gá nd os e e l f e rv o re n

d a n z a n , b a i l e s , p r e v e n i d o s c o l o q u i o s y c a n t a r e s d e i n d i o s , y m u l t i p l i c á n

dose a i in f in i to Jos t r asun tos d .e l a Imagen . Y véanse aqu í en los can tares

J a m e m o r i a d e a p a r i c i o u e s , a n t e s i n a u d i t a s ; e n J a m u l t i p l i c a c i ó n d e e s t a m

pas la var ieda d y v ic io de suce sos mara v i l los os , y en la f icc ión de po eta s

y p i n t o r e s l a o c a s i ó n m á s h a l a g ü e ñ a p a r a p r e o c u p a r la d e v o c i ó n f á ci l é

i n d i s c r e t a .

D e a q u í e s , d i c e c o n m u c h a r a z ó n e l S r . M u ñ o z , q u e n o d e b e e x t r a ñ a r s e

la desconf ianza qu e m os t ró la S i ll a A pos tó l ica en e l o f ic io p r op io de la

f e s t i v i d a d d e N u e s t r a S e ñ o r a , b a j o e l t í t u l o d e G u a d a l u p e d e M é x i c o , q u e

s e i n s t i t u y ó p o r D e c r e t o P o n t i f i c i o d e

2

de Ju l io de ¡757 ; pu es s in e m

b a r g o d e h a b e r s e p r o m o v i d o e s t e a s u n t o p o r e l Re y Ca t ó l i c o á i n s t a n c i a

d e la d e v o c i ó n y l a r g u e z a a m e r i c a n a , s e h a c e m u y r e s p e t a b l e q u e en la s

lecc ione s d'el r ezo se hab le mu y l ig er am en te de las ap ar ic i on es de 153 t y

s i e m p r e c o n la p o q u í s i m a s e g u r i d a d . d e - s e r c i e r t a s , c o m o l o i n d i c a n l a s

e x p r e s i o n e s dicen, cuentan.

P o r c o n c l u s i ó n d e e s t e e x a m e n t r a e e l

Sr.

M u ñ o z u n a n o t i c i a c r o n o l ó

g i c a d e l p r o g r e s o q u e h a t e n i d o e l c u l t o d e e s t a I m a g e n d e s d e e l t i e m p o

d e l a c o n q u i s t a h a s t a e l p r e s e n t e , e n q u e s e v e n e r a c o n l a m a y o r o s t e n t a

c i ó n y m a g n i f i c e n c i a , d a n d o á c o n o c e r q u e si e s t e c u l t o e n g e n d r ó e n s u s

pr inc ip ios a lguna sospecha de par te de ios ind ios neóf i tos , según e l t es t i

m o n i o d e F r . B e r n a r d i n o d e S a h a g ú n , e s d e c r e e r s e d e p u r a s e e n l a s s i

g u i e n t e s g e n e r a c i o n e s , y q u e f u e s e s i e m p r e p u r o c o n r e s p e c t o á l o s e s p a

ñ o l e s y s u s d e s c e n d i e n t e s e n a m b o s m u n d o s .

E l r e s u l t a d o d e e s t e d o c t o Discurso e s d e m o s t r a r q u e la I m a g e n d e

N u e s t r a S e ñ o r a ele G u a d a l u p e d e M é x i c o n o f ué a p a r e c i d a , y q u e s u d e

b i d o c u l t o e s t á f u n d a d o e n o t r o p r i n c i p i o , h a b i e n d o c r e c i d o h a s t a u n t é r

m i n o a s o m b r o s o e n e l d í a . L a s p r u e b a s s o n i r r e f r a g a b l e s y t r a í d a s c o n

no ved ad y ac ie r to . Po r co ns ig u ien te , n o só lo som os ele d ic t am en que en

e s t e

Discurso

s e l le n a n c o m p l e t a m e n t e l as i d e a s d e l o s E s t a t u t o s A c a d é

m i c o s , j u z g á n d o l o d i g n o d e q u e s e i n c l u y a e n la i m p r e s i ó n d e n u e s t r a s

Memorias, s i n o q u e d e s e a r í a m o s v i v a m e n t e h u b i e s e o t r a s m u c h a s d e i g u a l


5/15

I,A V I R G E N D E G U A D A L U P E E N M É J I C O '

ïSi}

j a sus tancia del hecho es que en la segunda semana de Diciem

bre de I 53 1, la Aladre de Dio s se apare ció á un indio, l e pr o m e

t ió su protección para todos los que á elJa acudiesen y dejó su

imagen es t ampada en Ja tilma 6 manta del indio .

h a A ca de m ia no tocó , po rq ue no podía hac er lo , n i la pa r t e

f i losófica ni la confirmación canónica del hecho. Ya en el terreno

de la cr í t i ca , no negó, porque no podía negar lo , e l unánime con

sen t imien to de t i empo inmemor ia l de todo un pueblo sobre lo

sus tancia l de l hecho; pero tampoco ha fa l lado def ini t ivamente en

favor del m i lagro , pu es h ay en c on t ra de la apar ic ión a lgu nos

a r g u m e n t o s q u e p o r l o m e n o s d e b e n s e r a t e n d i d o s , d a d a l a r e s

pe t ab i l i dad de qu ien los p ropuso .

Xo t r a to de hacer apo log ía de l hecho: Hie et nunc no sería

e llo n i' p rác t i co ni nue vo ; t r a to so l am ente de p res en ta r un n uev o

e lemento pa ra e l deba te , un documento con que t ropecé en e l

Arch ivo genera l de Ind ias de S ev i l l a .

Pa ra con ocer su im po r t an c ia hay q ue r eco rd ar q ue uno de los

pr inc ipa l es a rgumentos esgr imidos por l os adver sa r ios de l a apa

r ición es el neg at iv o del s i lencio, y, sobre, to do , del s i lencio del

m é r i t o p a r a h o n o r d e e s t e C u e r p o , y q u e c o n e s t e b u e n e x e m p l o n o s a n i

másemos todos á imi tar los ú t i l es t r aba jos de l Sr . Muñoz,

E s t e e s n u e s t r o p a r e c e r q u e s u j e t a m o s a l s u p e r i o r d e la A c a d e m i a .

M adr id , 29 de E n e ro d e 1795.

M I G U E L D E M A N U E L .

fosEF

D E G U E V A R A V A S C O N C E L O S .

N O T A . — P o r

a c u e r d o d e l a A c a d e m i a s e p a s ó l a Memoria de l Sr . M uñoz

c o n e s t a c e n s u r a á n u e v o e x a m e n d e l S r . R e v i s o r g e n e r a l D . V i c e n t e G o n

zá lez A rn ao , y con v i s ta de todo ac ord ó qu e se su sp en da po r aho ra su im

p r e s i ó n , v e r i f i c á n d o s e e n t i e m p o m á s o p o r t u n o , p o r c i e r t a s c o n s i d e r a c i o

nes po l í t i cas .

F L O R E S .

S u b s c r i b o á e s t e d i c t a m e n . — M a d r i d , 2 6 d e S e p t i e m b r e d e 1 80 3.

V . G O N Z Á L E Z A R N A O ,

R e v i Su r

g e n e r a l .

O TE A . — - E n la Jun ta de 13 de Abr i l de 1805 se leyó ín te gr am en te la

Memoria

de l Sr . M uñoz, y en su v i s ta se ac or dó , po r p lu r a l ida d de vo t os ,

que se impr ima en e l tomo v de las de 3a Academia ,»

(Archivo de la Real Academ ia.)


6/15

Í Q O B O L E T Í N H E t.A R E M . A C I D E M I A . D E L A H I S T O R I A

O bisp o e l ec to de M éxico y t e s t igo de l mi l agro , D . F ra y Juan

de Zu már raga .

E l e rud i to D . Joa quín Garc í a I cazba lce t a , en e l num . 12 de su

carta acerca del or igen de la i m a g e n . d e N u e s t r a S e ñ o r a d e G u a

da lupe de México , nos d i ce : «Tenemos los l i b ros de doc t r ina de

F ray Juan de Zumár raga , sus ca r t as , sus pa rece res , una exhor t a

c ión p as to ra l , dos tes tam en to s , una información acerca de sus

buenas obras ; pe ro en los muchos esc r i t os suyos que conocemos

no hay la más l igera alusión al hecho ó á las ermitas, ni s iquiera

se encuent ra una so l a vez e l nombre de Guada lupe .»

Respecto á las doct r inas , d i remos con e l mismo Icazbalceta

que no e ran obras suyas : mandaba senc i l l amente cop ia r Cateéis-

mos ya impresos , que é l ún icamente au tor i zaba y d ivu lgaba .

Tocante á los «pareceres» á que se ref iere e l c i tado escr i tor ,

cre o qu e m al pud iéra m os bu sca r en e l los nad a refe ren te á la

V i rgen de G uad a lupe , cua nd o se le ped ían ace rc a de m ate r i as

muy d ive r sas en nada r e l ac ionadas con d i cha apar i c ión .

S e ex t r aña I cazba lce t a de que en los t e s t amentos de F ray Juan

de Zum árr ag a no se deje un legad o ni á la co ns t ruc ció n del san

tua r io , por e j emplo , n i a l aumento de l cu l to de l a imagen . Ten

dr ía una fácil re spu es ta qu ien as í se ex t rañ a , s i l ey ese t an tos do

c u m e n t o s c o m o h e m o s e n c o n t r a d o r e la t iv o s á la g r a n p o b r e z a

en que mur ió e l Obi spo f r anc i scano . S u pa i sano y apoderado ,

M ar t in de A ra ng ur en , e sc r ibe as í al E m pe ra do r en ca r t a f echada

en M éxico el 7 de A go s to de

i l (Archivo general de Indias,

es tan te 59: ca jón .1 , l egajo 3) ; «Te nie nd o V , M. re lac ión ve rda

dera , as í por car ia de Fray Juan de Zumárraga, que es en glor ia ,

co m o po r i n formac ión ba s t an te que e l O bi spo de Chiapa p res en tó

en vues t ro Real Consejo de Indias á mi pedimento acerca de lo

que me quedó debiendo has ta e l d ía que Dios fué servido de le

l levar de es ta vida , sup l iqué á V . M. furse serv ido de ha ce rm e

m erc ed y l imosna de qu e se m e m and ase pag ar de la S ede v a

cante , y V. AI , mandó dar una cédula Real fechada en Val ladol id

á 7 de Ju l io de 1549 para vues t ro P res iden te y O idores pa ra que

se inform asen d e So qu e as í qu ed ó de bie nd o e l d ich o O bisp o é

hiciesen jus t icia , la cual dich a c éd ula no ha venido, e tc .»

http://imagen.de/http://imagen.de/


7/15

L A V i R O E N D E G U A D A L U P E E N M É j i C O l i ) i

F ray A lon so de la V era c ru z , P rov inc ia l de los A gu s t ino s , en

car ta a l Pr íncipe D. Fel ipe fecha en México e l 30 de Jul io de 1548

(Archivo general de Indias, es tan te 60, cajón 2, legajo 16): escr i

be:

«Del buen Obi spo de México , de buena memor ia , F ray Juan

¿

e

Z um nr rag a, q ue sea en glor ia , a l t i em po que fué Dios se rvido

de le querer l l evar para s í , quedaron deudas , e tc .»

El 7 de Jul io de l 49 se enviaba cédula desde Val ladol id , en

la que se d ice : «P res ide n te y O idores de la nu es t r a A udie nc ia

Real de la nue va E sp añ a, á N os se ha he ch o re lac ió n qu e don

F ray Juan de Zumár raga , Obi spo que fué de esa c iudad de Mé

xico,

ya d i fun to , quedó deb iendo mucha can t idad de maravedi ses

ans í á Mar t ín de Aranguren como á o t r as pe r sonas , e t c .»

Ouien t a l es documentos conozca , ¿puede pensa r que F ray Juan

de Zumár raga en su t e s t amento deb ía , n i aun en conc ienc ia po

día dejar mandas ó legados á objetos, al f in y al cabo de supere

rogación, como hubiera s ido la l imosna hecha a l Santuar io de

( Guadalupe?

Respecto á las car tas en que se espera que haga mención del

mi l agro , p reguntamos noso t ros : ¿en que ca r t as? . F ray Juan de

Zum ár raga esc rib ía á Esp aña ó á d ive r sos p un tos de la N uev a

España . En Roma no esperamos encont ra r una so l a l e t r a de l

ben em ér i to p r im er Ob i spo de M éxico , n i t en í am os po r qu é , S e

l iará muy cre íble es ta af i rmación á quien conozca las re lac iones

mutuas que, en vi r tud del Pat ronato Real , t enían los l -

1

r e l ados

españo les c on la C oron a . E s t e P a t r on a to e ra , por dec i r lo así ,

absorben te . En l a Cor t e de l Rey Ca tó l i co e ra donde se t r ami t a

ban cas i todos los asuntos de todos los órdenes en que podía

in t e rven i r e l Ep i scopado . Eo ún ico que de Zumár raga l l egó á

Roma fué su apel l ido cuando su propues ta , en la que has ta e l

nombre l e cambia ron , l l amándole F ranc i sco en vez de Juan .

jPor qué no se encuent ra nada de l a V i rgen de Guada lupe en

las car tas que Zumárraga di r ig ía â España? S i a lguno pudiera ad

mirarse de e l lo ser ía yo, que (mal me es tá e l deci r lo) soy quien

más do cu m en tos t eng o conoc idos y pu bl i cado s de l P re l ad o en

cues t ión. Pero yo no me admiro de ta l s i lencio .

C la ro es t á que no pod em os p ed i r na da de t a l es r e fe renc ias en


8/15


9/15

L A V I R G E N D E G U A D A L U P E E N M É J I C O 1 9 3

nos viésemos: «¿para q u é escr ib i r á E sp añ a lo qu e yo vo y á

contar a l lá e l d ía de mañana?» ¿Pu ede exigi rse a lgu na m en ció n

de Zu m ár rag a a l hecho en cues t ión , en esc r i t o s suy os des t ina

dos al i n te r io r de la N uev a Españ a? E l do cu m en to que ahora

os p re sen to , señores , v i ene á r es po nd er á e s t e deseo ó á e s t a ex i

gencia de los adversar ios .

Es un vo lan te ó r ecado de u rgenc ia de F ray Juan de Zumá

r raga a l Conqui s t ador de México Hernán Cor t és , Marqués de l

Val le . Como escr i to de pr i sa y con notor ia exci tac ión de ánimo ó

inc luyendo ade m ás nego c ios q ue nos son aho ra desco noc idos ,

r esu l t a e l documento bas t an te confuso , pe ro no t an to que no r e

luzca en é l una gra n pr u eb a qu e conf irma e l se nt i m ien to gen era l

del pu eb lo m exic ano . La ca r t a d i ce t ex tua lm en te as í: « i lus tr e

señor y muy dichoso en todo. Grafías agamus domino deo nos-

tro, p roponiendo mucho más de l e se rv i r de aqu í ade l an te .

Cr is tóbal de Salamanca l legó en rompiendo e l a lba , v í spera de

la Concepción de la preserverada Virgen, en que nos vino la

R ed em pc ió n (digo yo en fe y f iesta de la Se ño ra la M arqu esa)

para la cual yo me apare jaba cuanto podía y los t rompetas tenía

y los detengo; y vues t ra S . S . haya paciencia por mañana y en

ía farsa q ue ord en am os , lo pa ga ré de la N at ivid ad glor iosa de

N ue st ro Salv ad or , ¡y cuan grandio sa será : luego lo divu lgué, y

en sa l iend o e l sol an du ve mis es tac ione s de San Fra nc isco pr i

m ero y de la Ig les ia M ayor y de S an to Do m ingo . S eñ or O bi spo

de T laxca la que pred ica rá mañana . Y agora en t i endo en mi p ro

ces ión y en escr ibi r á la Veracruz . No se puede escrebi r e l gozo

de todos . Con Salamanca no hay eme escrebi r . Al Custodio hice

mensajero á Cuernavaca . A Fray Tor ibio va ya un indio y todo

sea alabar á FJios y hareytos de indios y todos laudent rumien do

mini. Víspera de la fiesta de las fiestas.

Diga vu es t r a S . S . á la S eño ra M arqu esa qu e qu ie ro po ner

no m br e á la Igles ia M ay or tí tu lo de la C onc epc ión de la M ad re

de Dios , pues en ta l d ía ha quer ido Dios y su Madre hacer es ta

m erc ed á es t a ti e r r a que ganas t es y no m ás ah ora .

Firma.— El e lec to regoc i jado.»

Hasta aquí e l volante cuyo f in pr incipal , como bien vemos, es

T O M O L X X V 1 3


10/15

1 9 4 BOLETÍN DE LA REAL ACADEM IA DE LA HISTORIA

anunc i a r á C or t é s q ue r e t i ene á uno s cu an t o s t r o m pe t as de la

t ropa para ce lebrar una proces ión con ba i les de indios y fa rsas

6 com edi as . L o p r i nc i pa l que pa r a nos o t r os r e l uce b i en c l a r am en

t e en e s t e docum ent o , e s que e l Ob i s po , s a l i endo de s u hab i t ua l

g r avedad de ca r ác t e r , de s u s e r i edad y s e r en i dad de vas congado ,

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11/15

L A V I R G E N D E G U A D A L U P E E N M É J I C O 1 9 5

entus iasmado de un gozo grande, y por c ier to gozo espi r i tua l

c

omo se desprende de la f rase con que empieza: « Gratias aga~

mus domino deo nostro, p r o p o n i e n d o m u c h o m á s d e l e s e r v i r d e

aquí en adelanté», da á Cor tés ta l not ic ia , ó mejor dicho, supo

ne dada ó conocida una not icia por la cual no se puede escribir

¿ l o Qzo de todos y todos laudent nom en dom ini. S u p o n e u n r e g o

ci jo grande del pueblo que ha de ce lebrarse con f ies tas re l ig io

sas,

y exp resa c l a ram en te un f avor conc ed id o po r la S an t í sima

Viro-en hacia e l d ía de la In m acu lad a, un favor ex t ra or din ar i a-

m ente g ra nd e hec ho á t od a la t i e r ra con qui s t ad a p or H er ná n

Cor t és , y muy re l ac ionado con l a i nmaculada Concepc ión . Pese

mos la úl t ima f rase: «Diga Vu est r a S . S . á la Se ño ra M ar qu es a

que qu iero po ne r á la Iglesia M ayo r t í tu lo de la C on ce pc ión ,

pues en ta l d ía ha quer ido Dios y su Madre hacer es ta merced á

es t a t i e r r a que ganas t es» .

;Oué merced grande hizo la Sant í s ima Virgen en 1531 y hacia

3a f iesta de la Inm acu lada C on cep ción á tod a la t i e r ra co nq uis

tada por Hernán Cor tés , y por la cual todo e l pueblo y su Obispo

es taban l lenos de gozo espi r i tua l? Todo e l pueblo mexicano os

responderá que dicho benef ic io fué la apar ic ión de su excelsa

Pa t rona .

Y o c o n c e d o , s e ñ o r e s A c a d é m i c o s , q u e e s t e s o l o d o c u m e n t o

no p robar í a l o que se acep ta por l a t r ad i c ión popula r , pe ro que

el la supuesta, confirma las creencias del pueblo y de los histo

r i adores con temporáneos , como son Berna t Díaz de l Cas t i l l o y

IX Jua n Suá rez de Pe ra l ta en sus Noticias históricas de la Nueva

España.

D ebo yo , s in em ba rgo , exp on er la pr inc ipal d i f icultad qu e

of rece es t e documento pa ra su dec i s iva conf i rmac ión . No aparece

la fecha del documento.


12/15

1 9 6 B O L E T Í N D E SA R E A L A C A D E M I A D E LA H I S T O R I A

España , y en los s igu ien tes Dic i embres ya no e ra Obi spo e l ec to

s ino Obi spo consagrado .

Queda, pues, la discusión reducida á s i la car ta es del año

15

30

6

15 31 . S i fuese de 1530 no habr íam os hech o nada, m as h ay

pruebas muy acep tab les pa ra suponer l a de l año de l a apar i c ión

ó se a d e 153 I .

N ada p od r í am os d edu c i r de la ma yo r pa r t e de los n om bres

p r o p i o s e n e l d o c u m e n t o m e n c i o n a d o s . T a n t o H e r n á n C o r t é s ,

como l a Marquesa , su muje r , e l año de 1531 andaban t an p ron to

en l a c iud ad d e M éxico com o en Cu erna vac a ó en C oyo acán ,

donde e l conqui s t ador cons t ru í a á l a sazón un pa l ac io .

E l O bisp o Ga rcés , po r esas fechas, lo mism o pod ía es tar en

México que en su d ióces i s . Tampoco podemos deduc i r nada de

lo que se ref iere a l Custodio, que era Fray Mar t ín de Valencia ,

y á Cr i s tóba l de S a lamanca .

E l ún ico nombre que nos pone en l a p i s t a y nos da l a p rueba

de se r la ca r t a de l año 3 1 , e s e l de F ra y T or ib io . C om o p ued e

observar se en e l t ex to ya c i t ado , e l Obi spo Zumár raga d i ce que

envía mensa je ros a l Cus tod io y á F ray Tor ib io . «A F r a y T o r i

bio va ya un indio.»

Es cosa c i e r t a , s egún puede deduc i r se de los h i s to r i adores

f r anc i scanos S ahagún , Torquemada y Mendie t a , que hacen gran

fe en la mater ia , que por entonces no había en la Nueva España

m á s F r a y T o r i b i o q u e F r a y T o r i b i o d e B e n a v e n t e , v u l g a r m e n t e

c o n o c i d o c o n e l n o m b r e d e

Motolinia.

Ahora b i en , F ray Tor ib io de Moto l in i a en Dic i embre de 1530

a n d a b a m u y le jo s, e n r u m b o d e s c o n o c i d o y p r o b a b l e m e n t e e n

N i c a r a g u a .

F r a y F r a n c i s c o V á z q u e z (Chronica de la provincia de Santísi

mo Nom bre de Jesús de Guatem ala del Orden de Nuestro Seráfica

Padre San Francisco en el Reino de la Nueva España. G u a t e m a

la , en la im pr en ta de Sa n F ran cis co , año d e 1714, l ib . 1, ca p. iv ,

pág . 20) nos d i ce : «Quien d i r ec t amente en t r a en l a ca t egor í a de

Mis ioneros evangél icos del Orden Seráf ico en es te re ino guate-

m á l i c o y r i ñ o n d e s u s p r o v i n c i a s e s e l v e n e r a b l e y m u y d o c t o

y

ejemplar Rel igioso, e l R . P . Fray Tor ibio Motol inia , que por los


13/15

L A Y I R G E N D E G U A D A L U P E E N M É J I C O [ 9 7

a

ños de I 5

2

8 y e l s iguiente , con ard ient í s imo, deseo y ser de

la sa lvac ión de l as a lm as , pe reg r inó , pred icó y bau t izó m uc ha s

gentes en estas t ierras .»

P r ue ba s u a s e r t o c i t ando e l t e s t am en t o de un i nd i o de T eo -

pangu aterna la , e l cua l d ice qu e lo baut izó e l P . F ra y To r ib io

poco de sp ué s de l a pr i s ió n de l R ey A hpo zoz í l qu e fué en I 526.

p i ce adem ás e l P . V ázqu ez qu e é l v io una pa t en t e f i rm ada

por F r a y Tor i b i o , au nq ue s in f echa, do nd e d i ce : «R ezeb i m os á

nues t r a H er m andad a l m agn í f i co Sr . Gas pa r Ar i a s , com o nues t r o

b i enhechor , A l ca l de p r i m er o de e s t a m uy nob l e C i uda d» . E s t e

cabal le ro , según cons ta de l pr imer l ibro de l Cabi ldo , fué Alca lde

el año de I 528 y t am bié n de 1529 .

No e s t am os de acu e r do con e l P . V ázqu ez en qu e M ot o l o -

nia l l egase á Guatemala en IS

2

^, s ino muy á f ines de 1529. Te

n e m o s d o c u m e n t o

[Archivo general de Indias

' , e s tante

l,

ca

jón 6 , l ega jo 2-32) , por e l cua l podemos probar que e i I9 de Oc

t ubr e de l año 29 Mot o l i n i a e s t aba aún en l a Nueva E s paña .

Mas , ¿dónde e s t á en D i c i em br e de 15 30? E l P . M end ie ta

nos d ice que pasó â Nicaragua , ya «por un volcán de fuego que

es tá en aquel la t i e r ra que es cosa de admirac ión», ya como dice

e l m i s m o Vázquez por e l ans i a que s i em pr e t uvo de adm i n i s t r a r

e l b a u t i s m o , e s p e c i a l m e n t e á p á r v u l o s , j u z g a n d o q u e e n N i c a r a

gua hub i e s e m ás opor t un i dad pa r a e l l o y por que e l gen i o e r a de

sab er é inv es t ig ar ex t rañ ez as de es tas t i e r ras , ra s t re ar los r i tos

y p r e s t i g i os de e s t a s gen t e s pa r a m e j o r des a r r a i ga r de s us co r a

zones l as espinas , para que e l grano de l a Divina pa labra se lo

g r a s e» .

Que Motol in ia es tuviese en Nicaragua ó muy cerca lo infer i

m o s de l as p a l ab r as de l ya c i t ado P . V áz qu ez , cua nd o nos

d i ce que una de l a s r azones que l e m ov i e r on á i r á Ni ca r agua f ué

e l verse con dos re l ig iosos de l a misma Orden que tuvo not ic ia

andaban en l a conve r s i ón de aque l l a s gen t e s .

¿Cuándo andaban e s t os dos r e l i g i os os en Ni ca r agua? L a r e s

p u e s t a s e d e d u c e d e u n d o c u m e n t o q u e s e h a l l a t a m b i é n e n e l

Archivo de Indias de Sevilla

(es tan te 6 3 , cajón 6, legajo 9) y es

una ca r t a de l L i ce nc i ado C as t añeda a l E m pe r a do r Ca r l os V , f e -


14/15

1 9 8 B O L E T Í N D E L A R E A L A C A D E M I A D E L A H I S T O R I A

chada en León de Nica ragua , á 30 de Mayo de 1531 , y d i ce as í :

«Ha suced ido que Dios ha encaminado que v in i esen á esta Ciu

dad cua t ro re l ig iosos , m uy rev ere nd as pe r s on as dos de la O rde n

de S a n to Do ming o y dos de l a Ord en de S an F ra nc i s co . Ha n fun

dado dos Monas t e r ios de ambas Re l ig iosas . T ienen in t enc ión es

tos Padres de pasar a l Perú porque dicen que para a l lá t raen l i

cenc ia de sus P re l ado s é m an da do qu e pa sen » .

A l da r se es t a no t i c ia com o re l a t iva m en te nueva y pos t e r io r

á la m ue r te del T es or ero Tobi l la , q ue ya se había anu ncia do á

S . M. Imper i a l en ca r t a an t e r io r por e l mi smo Cas t añeda , c ree

mos que es tos re l ig iosos y , por tanto , Motol inia , que fué después

de e l los á busc ar los , es ta ban en N icara gu a á 4OO leguas de M éxi

co en Dic i embre de 1530 .

A ho ra b i en ; de la f rase r ep e t idas veces c it ada : « A F ra y To r ib io

va ya un indio», infer imos que entonces , ó sea a l escr ibi rse la car

t a , F ray Tor ib io es t aba ce rca , v r . g r . , en Huexotz inco . En 1530 y

á esa fecha no se sab ía á p un to f ijo dó n d e esta ba , y s í, de to da s

maneras , que es t aba muy l e jos . No es t aba pa ra que se l e env iase

un r ecado pa ra cosa u rgen te , n i mucho menos con un ind io á l a

buena ventura por s i acaso daba con é l .

No puede ob je t a r se d i c i endo que F ray Tor ib io es t aba en 1530

en la fundac ión de la Pu eb la de los A ng e les . T en go do cu m en to

en que aparece de mani f ies to que la fundación de Puebla fué

e n 1 5 3 1 .

E n r e s u m e n , es t a c a r t a ó v o l a n t e e s d e 1 5 3 1 , p o r q u e s u p o n e

ía ce rcan ía de F ray Tor ib io de Benavente ó Moto l in i a , Es , ade

m á s , v i s ib l emente de f ines de Dic i embre , pues supone que acaba

de pasar la f ies ta de la Inmaculada Concepción, que , según e l

misa l S ev i l lano , v igen te en ton ce s en M éxico , du rab a de sde e l

8 has ta e l 15 de D icie m br e , y es an ter io r â la N avidad , « Fies ta de

l as F i es t as» , á que a lude y á la cual se remi te para los pagos que

conc ie r t a con e l Marqués .

C r e o , s e ñ o r e s A c a d é m i c o s , q u e , a u n q u e e l d o c u m e n t o n o m e

rezca e l ca li fica tivo de co n tu n d en te y apo díc t ic o, s í es de tod as

m a n e r a s m u y i m p o r t a n t e e l e m e n t o p a r a e l d e b a t e s o b r e l a a p a

r ic ión y bas tante favorable á e l la .


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D I S QU I S IC I O N E S A C E R C A D E L C A N T O R F L A M E N C O J U A N D E W R E D E 1 9 9

E s , a d e m á s , g u í a é í n d i c e p a r a u n a n u e v a f u e n t e d e d o c u m e n -

cicm gu ada lupa na que no qu ie ro ade lan ta r has t a pe ne t r a r en e l

fondo del Archivo á qu e es t e vo lan te me ha gu iado .

E s p e r o , s e ñ o r e s , q u e d e a q u í á a l g u n o s a ñ o s p o d r é p r e s e n t a r

¿ vues t r a ben évo la a t enc ión , e s tu d iado s y o rde nad os , l os do cu

mentos á que me re f i e ro .

De bo t e rm ina r , señores , agradec iénd oos la hon rosa com is ión

que por m ed io de vu es t ra Secr e ta r ía m e ha s ido conf iada en los

Archivos de la Repúbl ica mexicana. Los f rutos de es ta inves t i - .

pación , co m o de todo s mis es tud ios , será n un vín cu lo m ás fuer

te ,

como los vínculos dé la c iencia ent re España la ant igua, l a

madre fuerte, y su hi ja f iel y car iñosa la Nueva España.

M A R I A N O C U E V A S , S. J.

D I S Q U I S I C I O N E S A C E R C A D E L C A N T O R F L A M E N C O

J U A N D E W R E D E

A L S R . D . A N T O N I O G A R C Í A B O I Z A .

E n e l nú m . 6 o de la Re vis ta La B asílica Teresiana, Jun io

de 1919, págs . 186 á 190, publ icó e l c i tado Sr . Boiza una no

t icia bibl iográfica de mi Discurso d e r e c e p c i ó n e n l a A c a d e m i a

de la H is tor ia , y en aqu el las p ág ina s , des pu és de e logios qu e

s inceramente le agradezco, v iene á f i jarse en lo referente a l can

to r f lamenco Juan de W re d e , pa ra r ec t if i ca r a lgu nos da tos q ue

c r e e i n e x a c t o s .

A sus dud as y obse rv ac ione s c reo pod er da r a lguna exp l i ca

ción en las s iguientes l íneas:

l . ° E n la no ta de la pá g. 32 qu e c i ta ,

no he querido identifi

car á los Juan Wrede, co m o pr eg un ta e l a r t icu l i s ta , s ino c i tar

todo s los de aque l ape l l i do de qu e t en í a no t i c i a , co m o R olan do

(1476) y o t ro Ju an W re d e ó V re d e (1555) . Lo q ue d igo de la

cuevas, m., la virgen de guadalupe en méjico

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