cse | boletim informativo n.º 31 | maio 2014
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ÍNDICE - Editorial, Edição 31 - Março 2014 pág. 02
- Reunião do Conselho Alargado de Maio pág. 03 -Revista científica da CSE pág. 04 -Área Social - Pediatria pág. 06 -Terapia Ocupacional pág. 08 -Tabela do Centro de Formação da CSE pág. 09 -Regata Transatlântica Cape2rio 2014 pág. 10
- Vamos tirar Dúvidas pág. 11
ANO VI, EDIÇÃO 31 - MAIO 2014Boletim Informativo
pág. 06 pág. 10
pág. 04
2
EDITORIALO mês de Maio fica registado
como aquele em que realizámos a
importante tarefa de reunir cerca
de 30 pessoas de todos os grupos
profissionais da Clínica Sagrada
Esperança, contando com a ilustre
presença de convidados externos,
para fazer uma análise reflectida
de todo o trabalho feito em prol de
um instrumento muito importante,
mas que tem andado ”adormecido”
- a Revista Científica da Clínica
Sagrada Esperança.
Analisámos como poderíamos
ter feito melhor com vista a planear
o que pretendemos fazer nos
próximos anos e muito aprendemos
com as preocupações e propostas
de cada um, tendo ficado definido
o desafio de, nos próximos
dias se fazer uma síntese desta
actividade, apresentar a proposta
da nova equipa e de se pôr em
funcionamento os planosestratégico
de desenvolvimento e de actividades
para esta importante publicação.
Recordámos que a Revista Científica
da Clínica Sagrada Esperança, que
foi criada em 2005, publicou o
seu primeiro número em Julho de
2007,e é uma revista multidisciplinar,
concebida para ser de periodicidade
semestral, que pretende ser um
instrumento de publicação de
trabalhos científicos de pesquisadores
angolanos e internacionais em geral,
e da Clínica Sagrada Esperança em
particular, em todas áreas da saúde.
Acreditamos que é um verdadeiro
desafio produzir informação científica
na nossa realidadee assumimos
que não tivemos capacidade para
manter a publicação da nossa Revista
de forma regular, tendo apenas
publicado 3 números desde 2007, mas
confiamos em que todos, funcionários
e colaboradores da CSE, que, através
do seu trabalho e dedicação do dia-
a-dia, dão cumprimento à nossa
Missão, tudo farão também para que
ela se revitalize e se transforme numa
ferramenta útil e reconhecida nacional
e internacionalmente.
Apelamos a todos – Médicos,
Enfermeiros, Técnicos, Auxiliares,
Administrativos e outros – que, diária
ou esporadicamente, nos nossos
espaços ou fora deles, trabalham para
a dignificação e o bom nome da nossa
clínica, a participar na construção
danossa Revista Científica, pois, este
nunca poderá ser o trabalho de apenas
um pequeno grupo de pessoas.
Maio de 2014
A Direcção da CSE
3
ANO VI, EDIÇÃO 31 - MAIO 2014
REUNIÃO DO CONSELHO ALARGADO MAIO 2014No passado dia 5 de Maio realizou-se a
reunião do Conselho Alargado da Clínica
Sagrada Esperança, referente ao mês de Maio,
sob a presidência do Dr. Rui Pinto.
Nesta reunião foram abordados os
seguintes temas:
- O problema do Ébola
- Avaliação dos clientes
- Reclamações
- Resultados das auditorias
- Alimentação saudável
1. Acerca do Ébola e especialmente depois
do surto recente que se iniciou na Guiné,
convém relembrar que esta doença pertence
ao grupo das febres hemorrágicas, tal como
o Marburg que, em 2005, assombrou o nosso
país.
O vírus do Ébola foi identificado pela
primeira vez em 1972 e caracteriza-se por
ser um vírus em constante mutação, muito
sensível no meio ambiente mas muito
resistente quando no corpo.
Fig. 1 – Vírus do Ébola visto microscopicamente
Como principais hospedeiros deste vírus
temos os morcegos, os primatas, o homem, o
porco-espinho, o porco e os animais utilizados
em trabalhos de laboratório.
Aspectos clínicos da febre hemorrágica causada por Ébola:
Esta febre hemorrágica tem um período de
incubação de 3 a 21 dias, e os primeiros sintomas
surgem bruscamente, tais como febre, mal-
estar, prostração, mialgias e cefaleias. Depois
surgem a faringite, os vómitos, a diarreia, a
fotofobia e hiperemia conjuntival. Entre o 4º e
o 5º dias observa-se erupção cutânea macular,
com descamação, manifestações hemorrágicas
com perturbações da coagulação, insuficiência
hepática, renal e choque. Podem também
ocorrer icterícia, pancreatite e manifestações
do Sistema Nervoso Central. De referir ainda
que o Ébola é altamente contagioso.
Fig.2 – Erupções cutâneas causadas por Ébola
A evolução para morte ocorre geralmente
entre 6 -16 dias.
2. Acerca das auditorias:
Seguidamente foi anunciada a conclusão
de um curso de Auditoria para Unidades
Certificadas;
Realizaram-se reuniões de consultoria aos
serviços em processo de certificação (UCI,
Imagiologia, Laboratório, Centro de Formação,
Gabinete de Gestão de Competências, Serviço
de Medicina Dentária, Serviço de Higienização
e Cuidados e Hemoterapia).
Durante o mês de Março foram auditados
20 serviços da CSE, que ocuparam mais de 30
horas de auditoria.
Importa dizer que foram utilizadas novas
grelhas e que, desta vez, os chefes de serviço
demonstram-se mais participativos, mais
envolvidos e receptivos. Esta auditoria
funcionou de forma pedagógica, pois agora
passam a ser contabilizados aspectos de
gestão e organização do serviço.
3. Avaliação da Satisfação dos clientes:
Actualmente torna-se importante rever
a estratégia da avaliação de satisfação dos
nossos clientes. Fazemos uma avaliação
trimestral, tendo como meta o valor de 75%
de clientes satisfeitos ou muito satisfeitos; no
entanto, os nossos resultados têm ainda uma
representatividade muito baixa.
Daí a necessidade de os chefes de serviço
deverem empenhar-se em garantir que os
nossos clientes preencham estes inquéritos.
4. Reclamações:
Continuamos a receber reclamações
dos nossos clientes e desta vez os serviços
de Consulta Externa, Atendimento
Permanente, Radiologia e Laboratório
apresentam o maior número de
reclamações. A maioria destas é relativa ao
tempo de espera, organização do serviço
e pouco profissionalismo por parte dos
profissionais. Esta informação deve servir
para nos levar a reflectir sobre o modo e a
forma como estamos a atender os nossos
clientes e o que podemos melhorar.
5. Alimentação saudável: COMER BEM
A nutricionista Suzana Guilherme e o
grupo de teatro da CSE participaram neste
Conselho Alargado para nos lembrar alguns
aspectos muito importantes da nossa
alimentação. A nossa alimentação deve
ser completa (incluir alimentos de todos os
grupos e beber muita água), isto é, deve ser
equilibrada e variada.
Não devemos esquecer-nos de comer
vegetais, frutos gordos (ginguba, castanha
de caju, amêndoas), fruta, cereais integrais.
Ao longo do dia, devemos beber entre 6
a 8 copos de água ou outras bebidas sem
açúcar, tais como chás ou infusões.
Devemos evitar o consumo de álcool e
reduzir o consumo de sal e açúcar. Assim,
enlatados, salgadinhos, bolos, biscoitos,
chocolates, sambapitos e refrigerantes
(gasosas) não devem ser consumidos
regularmente, mas antes reservados para
certas ocasiões, consideradas de “excepção”.
4
No dia 13 de Maio de 2014 realizou-se
uma reunião, dirigida pelo Presidente
do Conselho de Gerência (PCG) da CSE,
Dr. Rui Pinto, onde estiveram presentes
a Vice-Presidente do Conselho de
Gerência da CSE para a área clínica, Dra.
Conceição Pitra, a Directora Clínica, Dra.
Georgina Van-Dúnem, assim como mais
de 30 personalidades convidadas, entre
funcionários e colaboradores da CSE.
A reunião teve o seu início às 18.11h, na
sala de reuniões do 3º piso, com o objectivo
de revitalizar a Revista Cientifica da Clínica
Sagrada Esperança.
Após a autorização do PCG, o Dr. Esmael
Tomás fez a introdução da agenda da
reunião:
• Apresentação da história da revista
• Proposta de novo corpo editorial
• Aprovação de um plano de
desenvolvimento estratégico e plano de
actividades
O historial da revista foi feito pelo Dr.
Esmael Tomás, que apresentou:
- Todos os aspectos relacionados com a
política editorial e circuito de trabalho,
desde a solicitação de um artigo, sua
recepção, até à sua publicação.
REACTIVEMOS A REVISTA CIENTÍFICA DA CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA- O Regulamento da revista e outros
documentos já desenvolvidos (instruções aos
autores e revisores).
- Os aspectos legais da revista (Registo
no Ministério da Comunicação Social da
República de Angola e ISSN)
- Os Sumários das 3 edições da Revista já
publicadas.
Foram igualmente apresentadas as
dificuldades percepcionadas ao longo dos
anos de vigência do projecto da revista
científica e que se resumem, na filosofia
de trabalho adoptada pelo seu corpo
directivo, no seguinte: Pensar na próxima
edição, solicitar artigos aos possíveis autores,
analisá-los após a recepção e, depois de
aprovados, enviar os mesmos aos revisores
e, depois de estes fazerem o trabalho de
verificação ortográfica e textual, criar a
maquete, enviar para a gráfica e, no final,
proceder aos trâmites para a impressão da
revista. Um processo moroso e com vários
pontos de constrangimentos.
Os constrangimentos, tais como a actividade
de gestão da revista, associada a uma
actividade clínica intensa dos membros do
corpo editorial, a escassez de artigos, por
falta de treino dos autores, tornaram difícil
a publicação regular de artigos e, por isso, a
revista ficou adormecida durante os últimos
5 anos.
O Dr. Emanuel Catumbela apresentou
as ideias que fazem parte do plano de
desenvolvimento para a Revista e que se
resumem nos seguintes elementos:
- Publicar regularmente a revista, numa
primeira fase semestralmente, mas que
deverá tender para ser bimensalmente;
- Publicar os artigos online, indexar a revista
em bases de dados internacionais, publicar
uma versão dos artigos em inglês;
- Obter uma avaliação através do Factor de
Impacto da revista.
Seguiu-se um período de discussão e
CONHEÇA A REVISTA CIENTÍFICA DA CSE
apresentação de propostas para melhorar
a revista, com vários intervenientes, após
o que se considerou que a maioria foi
unânime em:
1. Felicitar a revitalização da revista;
2. Identificar os pontos de constrangimentos
do projecto anterior;
3. Mostrar disponibilidade para trabalhar em
prol da revista;
4. Divulgar os instrumentos normativos
para a publicação na Revista Cientifica nos
Serviços e no site da CSE;
5. Propor que os trabalhos de investigação e
de estudos feitos na CSE e/ou por elementos
afectos à CSE devam ser publicados,
preferencialmente, na Revista científica;
6. Propor que os médicos internos de
especialidade integrem, dentro da sua grelha
de avaliação anual, um item que os obrigue a
publicar um artigo na revista científica.
O PCG da Clínica, Dr. Rui Pinto, congratulou-
se com as contribuições feitas, referiu que
o grupo dinamizador iria reunir-se com a
Direcção para serem indicados os membros
do Conselho Editorial e Científico da revista,
assim como o corpo de secretariado.
A reunião terminou as 19h34.
Como seria de esperar de uma instituição
como a Clínica Sagrada Esperança, também
nós publicamos uma Revista Científica cuja
missão é “publicar artigos científicos que
contribuam para a expansão do conhecimento
de todas as áreas da saúde, assim como para
a sua aplicação e fundamentação das acções
dos profissionais de saúde”.
O seu objectivo e política editorial definem-
na como uma revista multidisciplinar,
de periodicidade semestral, que aceita
preferencialmente trabalhos originais sobre
todas as áreas da saúde. Além dos trabalhos
originais, são aceites comunicações feitas
em congressos, relatórios preliminares de
5
ANO VI, EDIÇÃO 31 - MAIO 2014
pesquisa, relatórios de eventos, artigos de
revisão, correspondência e outros trabalhos
de pesquisadores nacionais e internacionais.
Estes trabalhos poderão ser apresentados em
Português, Espanhol ou em Inglês e deverão
seguir normas internacionais de organização
de texto e de nomenclatura.
A Revista Científica encontra-se registada no
Ministério da Comunicação Social da República
de Angola com o número 477/B/2007 e tem o
número ISSN 2312-3923.
Tem um Conselho Editorial composto por um
Editor, dois editores associados, um Conselho
de Redacção, um Conselho Científico, um
secretário e uma revisora linguística.
Condições para publicaçãoOs trabalhos propostos para publicação terão que
ser inéditos e não estarem em consideração para
serem publicados por outra revista. A veracidade das
informações e das referências é da responsabilidade
exclusiva dos autores.
A publicação dos trabalhos depende da observância
das normas da Revista e da apreciação do Conselho
Editorial, que dispõe de plena autoridade para
decidir sobre sua aceitação, podendo, inclusive,
apresentar sugestões ao(s) autor(es) para alterações
necessárias.
É revista por pares, pelo que, todos os trabalhos são
sempre analisados por dois revisores que actuam
de acordo com normas científicas. Os nomes dos
revisores permanecerão em sigilo, omitindo-se
também o(s) nome(s) do(s) autor(es) aos revisores.
Em caso de recusa de publicação, os autores
dos trabalhos são notificados mas estes não são
devolvidos.
Após aprovado para publicação, os direitos do artigo,
incluindo os direitos de reprodução em todos os
media e formatos, são concedidos exclusivamente à
Revista Científica da Clínica Sagrada Esperança. O(s)
autor(es) assinam e encaminham uma declaração
de responsabilidade pela autoria e transferência de
direitos autorais, conforme modelo já criado.
Quando a investigação envolver sujeitos humanos,
os autores deverão apresentar uma declaração de
não deve exceder 10 palavras, os autores (no
máximo oito), proveniência e endereço. As
figuras devem ser especificadas de acordo com
as normas anteriormente referidas. O texto
explicativo não deve exceder 3000 palavras.
Todos os símbolos que possam constar nas
figuras serão adequadamente explicitados
no texto. Não deve exceder um máximo de 4
figuras.
b) Comunicações orais ou posters:
As comunicações feitas em eventos devem ser
enviadas em forma de texto, seguindo as normas
estabelecidas para os artigos originais. O corpo do
texto não deve exceder 2500 palavras.
c) Relatórios preliminares de pesquisa:
Os relatórios preliminares de pesquisa
obedecem às normas dos artigos originais. O
corpo principal do texto não deve exceder as
2000 palavras.
d) Imagens em Medicina:
O título não deve exceder 8 palavras. O
texto explicativo não deve exceder as 250
palavras e deve conter informação de maior
relevância, sem referências bibliográficas.
Não exceder o máximo de quatro figuras.
e) Correspondência:
Toda a correspondência deve ser enviada para
esta rubrica e referir-se a artigos publicados
na Revista. Serão somente consideradas as
correspondências recebidas no prazo máximo
de 4 meses após a publicação do artigo em
questão. Não podem exceder as 800 palavras,
podem incluir 2 figuras, as tabelas estão
excluídas. O título, os autores (no máximo
quatro), proveniência, endereço e as figuras
devem ser especificadas de acordo com as
normas anteriormente referidas.
As instruções aos autores da Revista Científica
da CSE baseiam-se no documento “Requisitos
Uniformes para Trabalhos Submetidos a Revistas
Biomédicas”, elaborado pelo International
Committe of Medical Journal Editors (Estilo
“Vancouver”). Sugere-se consulta ao referido
documento no endereço http://www.icmje.org/
icmje.pdf para complemento das informações
aqui contidas.
que foi obtido o consentimento escrito dos sujeitos
(consentimento informado), anexando cópia da
aprovação do Comité de Ética que analisou a
pesquisa.
Normas gerais de apresentação dos trabalhos na Revista Científica da CSE
O trabalho completo deverá estar digitado no
programa Microsoft Word 97 ou superior, em um
só lado do papel, em fonte Times New Roman,
tamanho 11, com espaço duplo, e não deverá
exceder 15 folhas de tamanho A4 (o corpo do texto,
excluindo o resumo, não deve ultrapassar as 3500
palavras). Deve ser impresso com tinta preta, com
margens superior e inferior de 4 cm e margens
direita e esquerda de 3 cm. As páginas deverão ser
numeradas sucessivamente. O original deverá ser
acompanhado de duas cópias de boa qualidade e
de uma versão em CD e entregues na secretaria de
redacção ou enviadas para o e-mail
Como enviar os diferentes tipos de trabalho para publicação na Revista
1- Trabalhos originais de pesquisa
Os trabalhos originais deverão estar constituídos
pelas seguintes partes:
• Página de rosto
• Resumo, com: a) introdução e objectivos; b)
Métodos; c) Resultados e d) Conclusões.
• Palavras-chave: para a sua selecção deve ter-se em
conta a lista Medical Subject Headings- MeSH. Os
trabalhos em português devem empregar palavras-
chave da lista de “Descritores em Ciências da Saúde-
Decs”, disponível na URL http://decs.bvs.br/
• Corpo do artigo, organizado no “formato IMRD”:
Introdução, Materiais e Métodos, Resultados e
Discussão.
• Considerar ainda as normas para o número e
finalidades das tabelas e figuras que integram o
original.
2- Outros trabalhos que podem ser submetidos
para publicação.
a) Casos clínicos:
Devem ser enviados para esta rubrica. O título
6
ÁREA SOCIAL - PEDIATRIA
Ficam aqui alguns momentos registados com as crianças internadas no Serviço de Pediatria e que a Área Social gostaria de partilhar com todos….
“A melhor maneira de tornar as crianças boas, é torná-las felizes.” Oscar Wilde
CARNAVAL
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ANO VI, EDIÇÃO 31 - MAIO 2014
PÁSCOA
ANIVERSÁRIOS
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A Terapia Ocupacional é uma profissão da Área da Saúde, integrada na classe profissional dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica.
Todos os seres humanos partilham uma natureza ocupacional inata, uma vez que a ocupação é uma necessidade humana que dá significado à vida e organiza o comportamento.
O conceito de ocupação pode ser definido como sendo tudo aquilo que a pessoa realiza com o intuito de cuidar de si própria (autocuidados), desfrutar da vida (lazer) ou contribuir para o desenvolvimento da sua comunidade (produtividade).
O equilíbrio entre as ocupações não é estático, mudando ao longo dos ciclos de vida e de indivíduos para indivíduo, constituindo um indicador para a saúde.
A saúde, numa perspectiva ocupacional, define-se como uma boa capacidade funcional que permite ao indivíduo ser capaz de desempenhar eficazmente os papéis que dele são esperados e por ele desejados.
O privilégio da Terapia Ocupacional reside na singularidade do seu enfoque na ocupação como contributo central para a promoção e manutenção da saúde e bem-estar.
TERAPIA OCUPACIONALAssim, a Terapia Ocupacional
preocupa-se com a ocupação dos indivíduos, ou seja, com a forma como as pessoas realizam tarefas que lhes são significativas, até que ponto as fazem bem e até onde se sentem satisfeitas com estas actividades.
Como o próprio nome indica, a Terapia Ocupacional utiliza a ocupação para promover e manter a saúde e para prevenir ou minimizar a disfunção como resultado de doença, lesão, envelhecimento, carência social ou qualquer outro dano que provoque deficiência.
Assim, define-se esta profissão como a arte e ciência de ajudar as pessoas a realizarem as ocupações que lhe são importantes (manter uma profissão, vestir, preparar refeições, escovar os dentes, entre outras), apesar das debilidades, incapacidades ou deficiências.
Esta profissão actua em várias áreas, em clínicas privadas, hospitais públicos (reabilitação física e psiquiátrica), lares para idosos e nas comunidades desfavorecidas, entre outros contextos, uma vez que a falha ou perda do desenvolvimento do desempenho ocupacional, interrupção ou mudança de papéis ocupacionais podem surgir a partir da influência de factores intra e extrapessoais.
Como exemplo, temos a idade, as alterações ambientais, a doença ou a lesão que, afectando alguma componente de desempenho,
podem levar à falha da integração dos subsistemas de componentes de desempenho e resultar numa disfunção nas áreas de desempenho.
Deste modo, os clientes de Terapia Ocupacional são indivíduos que poderão ter problemas ocupacionais por apresentarem incapacidades permanentes ou temporárias, por terem problemas ambientais ou, ainda, por estarem numa sociedade em que o desempenho ocupacional é influenciado por grupos ou populações específicas.
Assim, a intervenção dos terapeutas ocupacionais abrange todas as populações - crianças, adultos e idosos - e várias áreas de intervenção:
-Disfunções de Desenvolvi-mento:
- Síndromas Genéticos;- Paralisia Cerebral;- Deficiências Sensoriais;- Deficiência Mental;-Dificuldades de Aprendiza-
gem, entre outras.- Disfunções Perceptivo-Moto-
ras/Neuro-Motoras:- Lesões Nervosas – centrais e
periféricas;- Lesões Degenerativas- Lesões Tendinosas, Articu-
lares e Musculares;- Amputados;- Doenças do Foro Reuma-
tológico.- Disfunções Psicossociais:- Delirium, Demência, entre
outras Perturbações Cognitivas;- Esquizofrenia e outras Per-
turbações Psicóticas.
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ANO VI, EDIÇÃO 31 - MAIO 2014
2014 JUNHO
0581
_DR
_CF
Acção de Formação Destinatários Duração Formadores Datas Valor Propina
Diploma em Estudos Pós-graduados em Gestão em Unidades Saúde – Trabalho de Projecto/Campo
Licenciados 526 h ENSP / CSE Inicio – Jun 2013 Termino – Dez 2014
Continuidade
Especialização em Medicina do Trabalho Médicos 440 h ENSP / CSE Inicio – Set 2013 Termino – .Jul 2015
Continuidade
2 SOFT – GICA, Logística Funcionários de logística 30 h Ricardo Almeida 2 SOFT
Inicio – 26 Maio 2014 Termino – 6 Jun 2014
Gratuito
2 SOFT – GICA, Financeira Funcionários da área Financeira
10 h Ricardo Almeida 2 SOFT
Curso I - 2 a 4 Jun Curso II – 10 a 12 Jun
Gratuito
2 SOFT – GICA, Contabilidade Funcionários da Contabilidade e Finanças
10 h Ricardo Almeida 2 SOFT
Curso I - 5 a 9 Jun Curso II – 10 a 12 Jun
Gratuito
Formação Comportamental – Acolhimento e Atendimento Recepcionistas - Laboratório 30 h Lígia Carvalho Inicio – 2 Jun 2014 Termino – 27 Jun 2014
Com aproveitamento – 30.000 AKZ Sem aproveitamento – 60.000 AKZ/ Falta – 120.000 AKZ
Sedação Consciente Inalatória Estomatologistas e Médicos Dentistas
20h César de Almeida Inicio – 2 Jun 2014 Termino – 6 Jun 2014
Com aproveitamento – 90.000 AKZ/ Falta – 120.000 AKZ
Formação de Auxilio na Prestação de Cuidados Higienização e Cuidados 40 h Internos da CSE Inicio – 2 Jun 2014 Termino – 16 Jun 2014
Com aproveitamento – 8.000 AKZ Sem aproveitamento – 16.000 AKZ/ Falta – 32.000 AKZ
Formação prática na área de Electricidade Técnicos de Manutenção 80 horas SUCH Inicio – 2 Jun 2014 Termino – 27 Jun 2014
Com aproveitamento – 20.000 AKZ Sem aproveitamento – 40.000 AKZ/ Falta – 80.000 AKZ
Formação prática na área de Electromedicina Técnicos de Manutenção 80 horas SUCH Inicio – 2 Jun 2014 Termino – 27 Jun 2014
Com aproveitamento – 20.000 AKZ Sem aproveitamento – 40.000 AKZ/ Falta – 80.000 AKZ
Formação Especializada em Higiene e Segurança no Trabalho Profissionais de Saúde 120 h Rui Pedro Lima João Azevedo
Inicio – 2 Jun 2014 Termino – 25 Jul 2014
Com aproveitamento – 90.000 AKZ Sem aproveitamento – 180.000 AKZ/ Falta – 360.000 AKZ
Técnicas de Trauma Médicos e Enfermeiros 12 h Filipe Fernandes Curso I - 9 e 10 Jun Curso II- 11 e 12 Jun Curso III - 13 e 16 Jun
Com aproveitamento – 12.000 AKZ Sem aproveitamento – 24.000 AKZ/ Falta – 48.000 AKZ
Na Clínica Sagrada Esperança (CSE), o terapeuta ocupacional faz parte de uma equipa multidisciplinar, trabalhando de uma forma complementar com a Fisioterapia e a Terapia da Fala, onde o cliente é observado de forma holística, considerando-o um ser bio-psico-social, onde cada profissional avalia, planeia objectivos de tratamento e utiliza técnicas específicas na reabilitação do indivíduo, de modo a melhorar a qualidade de vida.
O objectivo primordial da Terapia Ocupacional é capacitar o cliente a adquirir a sua autonomia e independência necessárias para a manutenção da sua vida activa
e eliminar, reduzir ou evitar os processos de exclusão.
Utiliza técnicas e actividades/ocupações específicas, seleccionadas de acordo com a motivação do individuo, para recuperar as funções perdidas, podendo ainda utilizar ajudas técnicas ou adaptações, no caso de não ser possível recuperá-las.
Pode ainda intervir no meio familiar, social ou profissional da pessoa, aconselhando os familiares ou cuidadores, adaptando o espaço às necessidades do individuo e eliminando barreiras arquitectónicas.
O seu objectivo primordial é maximizar o equilíbrio e adaptação entre o que a pessoa quer e necessita fazer e a sua competência para o realizar.
Assim, o terapeuta ocupacional pode “fazer a diferença em prol das diferenças”, ensinando a viver com mais saúde, bem-estar e qualidade e vida.
MILENE CRUZ COUTOTerapeuta Ocupacional
na CSE/Fikcit
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No dia 4 de Janeiro deste ano foi dada partida, em Cape Tons,
na África do Sul, aos veleiros inscritos na 14ª Regata Transatlântica
Cape-Rio, em que participaram duas embarcações, Mussulo III e
Bille, que concorriam por Angola, sob o lema “Unidos vamos longe”
e um nosso Colega, Matias Montinho, fazia parte da tripulação do
veleiro Bille.
Esta prova, considerada como a mais longa e importante regata
transatlântica do hemisfério sul, começou a disputar-se em 1971.
Nesse ano, Angola participou com “Patrícia II”, um pequeno veleiro
com as dimensões mínimas permitidas em regatas transoceânicas,
cujo capitão foi Humberto Baptista da Costa, nascido em Luanda e
então com 37 anos de idade. O “Patrícia II” terminou essa corrida no
28º lugar mas como primeiro na sua classe.
Este ano, como dissemos acima, a equipa angola era composta
por dois veleiros, o Bille e o Mussulo III, o primeiro sob o comando de
“Tita” Correia da Silva e o segundo sob o comando de José Guilherme
Caldas e a participação dos dois foi muito mais acidentada. De
facto, logo à partida se teve conhecimento de que as condições
meteorológicas não eram as melhores e os veleiros concorrentes
estavam sob a ameaça de ter de atravessar uma frente mas as
tripulações contavam passar ao lado da mesma. O Bille e o Mussulo
III velejavam muito perto um do outro e estavam as posições 7a e
8a, respectivamente, quando, logo na manhã bem cedo do dia 5 de
Janeiro, a frente se abateu sobre toda a frota, que incluía 36 veleiros.
A sua violência levou a que várias equipas tivessem decidido desistir,
por prudência, mas as duas tripulações angolanas optaram por
continuar. Em certa altura, os tripulantes dos dois barcos deixaram
de se ver, pois navegavam contra ondas de seis a dez metros e vento
forte que chegou à velocidade de 70 nós, e a navegação tornava-se
cada vez mais difícil.
Nesse mesmo dia, por volta das 15 horas, uma onda enorme
embateu de lado no Bille e fê-lo voltar-se, ao mesmo tempo que
partia o mastro, a estrutura da cabine, a mesa do poço e uma
das rodas do leme, assim como arrancou as vigias e janelas da
A REGATA TRANSATLÂNTICA CAPE2RIO 2014
embarcação. A tripulação era composta, além do capitão, por Luís
Gasparinho, Luís Miguel da Silva, Rui Sancho Fernandes, António
Bartolomeu, Manuel Filipe “Luvambo” e Matias Montinho (colaborador
da Clínica Sagrada Esperança).
Quando o mastro partiu, caiu sobre a proa e feriu e lançou à água
os 4 velejadores que aí se encontravam. Todos eles ficaram bastante
poli-traumatizados, especialmente António Bartolomeu, de 51 anos,
que sofreu várias fracturas. A gravidade das mesmas e a dificuldade
em lhe prestar socorro e em o içar para bordo depois de endireitar o
barco devem ter sido as causas da sua morte, que não pôde ser evitada.
Dos velejadores que estavam nas cabines, Luís Silva sofreu vários
traumatismos torácicos mas Matias Montinho e Luís Gasparinho não
sofreram fracturas, embora tivessem ficado magoados. O alarme foi
dado por telefone-satélite e a marinha sul-africana enviou uma fragata
de guerra para prestar socorro.
Na madrugada do dia 6 chegou a fragata mas, dado o estado do
mar, a recolha dos velejadores e do corpo de António Bartolomeu
foi demorada. Logo na fragata, assim como mais tarde no hospital,
onde os tripulantes permaneceram para exames e tratamentos, todos
receberam provas de cuidado, carinho e deferência que, mais tarde,
não puderam deixar de agradecer e elogiar. Note-se que o Bille acabou
por se afundar e houve necessidade de prestar socorro a outras nove
embarcações que, aliás, acabaram por desistir, pelo que apenas 26
concluíram a prova.
O primeiro veleiro a chegar ao Rio de Janeiro, no dia 14 de Janeiro, foi
o da equipa italiana chefiada por Giovanni Soldini, com um novo tempo
recorde de 10 dias, 11 horas, 29 minutos e 57 segundos. O Mussulo III,
que tinha continuado a regata, chegou ao no dia 26 de Janeiro, tendo-
se classificado em 7º lugar.
Tripulação a bordo do Bille
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ANO VI, EDIÇÃO 31 - MAIO 2014
O Boletim Informativo vai, a partir deste número, inserir uma nova rubrica que pretende tirar dúvidas de Português, ajudar quem se interessar pelo assunto e responder a perguntas que nos sejam colocadas dentro deste tema.
Vamos iniciar este “tira-dúvidas” com um assunto que causa algumas hesitações na hora de escrever: o uso de A, À, ÁS, ÀS. E como abundam as hesitações, os erros aparecem em toda a parte e onde menos esperamos.
Por exemplo, em Portugal encontramos com frequência erros na utilização de Á. Querem ver? É em todo o lado e a toda a hora: Bacalhau á Brás. Foi á missa. Abrimos ás 8.00, etc.
O mesmo se passa com ÁS e ÀS: No Brasil e em Angola, verificamos que se escreve com frequência À em vez de A, o que me parece resultar da forma tão bonita e musical com que pronunciam as vogais.
Então, quando usar o quê? Vamos tentar explicar mas não é fácil...
VAMOS TIRAR DÚVIDAS?
1. “A” é um artigo definido, género feminino, singular: A camisa tem um defeito. Vi A camisa na montra e gostei dela. A Odisseia é um livro extraordinário.
2. Mas “A” pode ser também uma preposição e geralmente indica uma relação de modo, tempo, distância, lugar:
Exemplos: Mandei limpar o fato A seco. (modo)O concurso está aberto de 2 A 24 de Maio. (tempo)Ele vem daqui A oito dias. (tempo)Luanda está A 6000km de Lisboa e A sete horas de
avião. (distância e tempo)Fui A Malanje na semana passada. (lugar)
3. À é a contracção da preposição A com o artigo definido A.
Exemplos: Costumo ir visitá-lo À cadeia todas as semanas. (a+a cadeia)
Todos os sábados ela vai À feira. (a+a feira)Fomos À missa das 9. (a+a missa)
4. ÀS é a contracção da preposição A com o artigo definido feminino plural AS
Exemplos: Fomos ÀS compras e só chegámos ÀS 6 horas. (a+as
compras/horas)
5. ÁS é o nome de uma carta de jogar, mas também significa “pessoa muito hábil, sabedora”
Exemplos.: Ela jogou o ÁS de ouros e recolheu as cartas. Ele julga-se um ÁS a Matemática.
Portanto, escreva:” às quartas-feiras, às voltas, à borla, à frente” E: “De 25 a 29 de Março, a correr, daqui a pouco”
Por favor, mande-nos as suas sugestões e dúvidas.
COMO EXTINGUIR UM INCÊNDIO EM SEGURANÇA?
Se suspeitar de um incêndio, mantenha a calma e ligue para o 5555e/ ou ative o botão manual de alarme, antes de o tentar extinguir
Serviço de Saúde Ocupacional
PLANO DE EMERGÊNCIA INTERNO
ESCOLHA O EXTINTOR PELA CLASSE DE FOGO1
FogosSÓLIDOS
FogosLÍQUIDOS
FogosGASES
A B C
COMO MANUSEAR O EXTINTOR2
Incline o extintor ligeiramente para
frente e retire a cavilha de segurança
1 2
Prima o manípulo existente na válvula do
extintor, e faça uma primeira descarga
para testar3
Aproxime-se a favor do vento ou com a porta nas
suas costas. Projete o jato do agente extintor para
a base das chamas e faça movimentos laterais
4
Após a extinção não vire as
costas ao local, pode existir um
reacendimento
EDITORIAL
E-mail da CSE:
E-mail do Boletim:
Website da CSE:
www.cse-ao.com
FICHA TÉCNICABárbara Mesquita
Esmael Tomás
Hipólito Calulu
Marta Leal
Narciso Mbangui
REDACÇÃO E REVISÃO
Maria do Carmo Cruz
DESIGN E PAGINAÇÃO
Eduardo Brock
imagem cooporativa
A NOSSA CLÍNICA A saúde é o bem mais precioso. Cuidar dela é a nossa razão de ser.
A CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA é uma instituição de serviço público, dotada de
personalidade jurídica, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, com
fins não-lucrativos. Tem a sua sede em Luanda e está localizada na Ilha de Luanda,
Avenida Mortala Mohamed.
Inaugurada em 1991, foi premiada em Abril de 2005 com a Medalha de Ouro da
Foundation for Excellence and Business Practice, situada em Genebre Suíça.
MISSÃOPrestar cuidados de saúde diferenciados em regime de ambulatório e internamento,
com qualidade, em tempo útil, na perspectiva de eficiência e eficácia, promovendo
a melhoria contínua das prestações de cuidados, o aperfeiçoamento profissional e a
satisfação dos seus colaboradores.
Participar no ensino e formação de quadros superiores, designadamente no
ensino pré e pós-graduado de médicos e enfermeiros, na formação de farmacêuticos
e bioquímicos, de quadros médios técnicos de saúde, em regime de estágios, em
colaboração com as entidades públicas e privadas de educação em Saúde, bem como
na formação de quadros de higienização, de serviços gerais e de logística.
Desenvolver acções de investigação clínica, quer na área de Saúde Pública quer na
Área Hospitalar.
VISÃOA CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA pretende ser, cada vez mais e de forma gradual
e segura, uma verdadeira, justa e adequada referência na prestação de serviços de
Saúde em Angola, visando: a satisfação dos clientes, o desempenho interno enquanto
instituição de Saúde, a qualidade dos cuidados prestados, o envolvimento dos
funcionários, a responsabilidade social.
IMCS-730/B/2014