cruz e sousacastro alves vinicius de moraes rolagem automÁtica
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CRUZ E SOUSA
CASTRO ALVES
VINICIUS DE MORAES
ROLAGEM AUTOMÁTICA
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Tu, que sabes o segredode colher imagens pelo infinito,com a quietude do teu silêncio.
Tu, que, tal como um mago,as transformas em palavrase as transportas nas asas do tempo.
Tu, que dás ritmo aos versose melodia aos poemas.
MÁRIO
QUINTANA
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Tu, que, na madrugada,escutas, dos amantes, o gemido,das prostitutas, a risadae dos desesperados, o grito.
Tu, que entendes a perseverançade qualquer uma das vagas do mar,que, do infinito, viaja na esperançade perder-se em espumas e a areia beijar.
Tu, que percebes os atributos dos atos,dos seres, das coisas, dos gestos e dos fatos.
ELISA LUCINDA
ALCINDA CAMARÃO
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Tu, que intuis o sagrado no fogo,que adormeces nos mil seios da aurora,que enxergas as lágrimas do crepúsculo,quando ele chora.
Tu, que pintas, com palavras, a alma do povo,que sentes o ritmo das nuvens,quando elas dançam.Tu que escutas a voz das estrelas,quando elas cantam.
CECÍLIA MEIRELLES
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me responde e me ensina por favor:como expressar, com rimas, os sentimentos meus?como cantar em poemas, a morte, a liberdade e o amor?Como religar-me à poesia, para voltar a falar com Deus?como religar-me à poesia, para voltar a falar com Deus?
Ó POETA:
FERNANDO PESSOA
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IMAGENS DOS SITES:
ascom.ufpa;apl-pa.org.br;assisbrasil.com;musicstory.com; overmundol.com.br;passiweb.com; erekeituras.com.
A seguir a prosa “Poemar é Preciso” traz algumas razões que motivaram a composição “Súplica ao Poeta” . Se for de interesse é só CLICAR
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Bons tempos os primitivos ...
A linguagem era concebida como o único meio de integração do homem com os fenômenos da natureza e com as entidades divinas. O ser humano mantinha com a linguagem uma relação mágica e criativa.
Bons tempos os primitivos ...
A linguagem apresentava um caráter poético.
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Os mitos eram criados a partir da necessidade de explicar aquilo que não era entendido.
A expressão poética era um ato de criação praticado por todos nos rituais, onde era estabelecido o contato com as divindades e suas forças.
Vieram as transformações sociais e econômicas ...
A linguagem passou a ser utilizada, na maioria das vezes, como meio de dominação e a poesia ficou restrita ao artista.
Sensível à vida, ao homem e a natureza, o artista conserva, com sua arte, a magia e a criatividade dos rituais. Invoca os homens para que retornem aos bons tempos, quando todos se expressavam poeticamente.
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A poesia está no mundo. Seu criador é o Artista que compôs a música das esferas; criou os passos da dança do espírito com a alma e desta com a matéria; esculpiu todas as formas e escreveu o poema das mortes e dos renascimentos.
Antes da poesia invadir o poeta e refletir-se em poemas, encontra-se espalhada nas imagens perdidas entre a luz das estrelas e a sombra dos seres. Entretanto, o artista só consegue refletir a poesia do mundo por meio da arte, porque carrega no seu íntimo essa mesma poesia.
Urge que aprendamos a nos defender da mesmice da mídia de massa e experimentemos a aventura de voar com as asas das expressões poéticas, entre elas, o poema.
Poemar é preciso.
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Pouco importa se o poema é clássico, moderno ou marginal; se é metalinguístico ou popular; se é épico ou lírico; se é elegia, balada, soneto, cordel ou sem métrica; se é com ou sem rimas.
O importante é que os poemas ampliam a realidade, revelam segredos e intimidades, idealizam utopias, enfim, nutrem a alma com idéias e emoções.
Do mesmo modo como a natureza e seus elementos se apresentam regidos pela polaridade: vácuo/matéria, luz/sombra, duro/mole, cheio/vazio, também na linguagem dos poemas existe a polaridade - silêncio/palavra, de cuja dinâmica brotam os versos e florescem os poemas.
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Papel, lápis, ritmo e tempo são os elementos necessários para o registro de um poema. Entretanto, a origem do seu nascimento está no devaneio, no livre pensar e na sensibilidade do poeta, que captam, tal como uma parabólica, as imagens: matéria prima do dizer poético.
Com o silêncio, a prospecção das imagens, depois a palavra.
Quem faz ou lê poemas viaja por caminhos encantados, transportados pelas palavras e versos. A satisfação é garantida.
“Poemar” é preciso.
Silenciar, para perceber a poesia do mundo e refleti-la em poemas, é um dos caminhos para que o homem redescubra e volte a expressar a sua poesia interior.
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“Suplica ao Poeta" é nosso pedido, em rimas, aos poetas, para que nos ensinem o "caminho das pedras", que nos levará de volta aos poemas.
Integrados e harmonizados com a poesia, voltaremos a falar com Deus.