crescer- centro de psicologia da família, da criança e do adolescente

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18/09/13 CRESCER- Centro de Psi col ogi a da Famíl i a, da Cr i ança e do Adol escente. crescer- psicologiainfantil.blogspot.com.br 1/17 Como podemos ajudar? Se está a ler esta página, é porque está a considerar recorrer à ajuda de um psicólogo para alguma situação que o(a) incomoda. O CRESCER é composto por 1 equipa de profissionais especializados,com experiências bastante diversificadas, no Casal,infância,adolescência,e Família. Neste blog pode encontrar informação sobre diversas pat ologias, problemáticas do dia-a-dia e artigos de opinião. Temos acordos com várias instituições. Se precisa de ajuda contacte-nos!Cuide de Si! CRESCER- Centro de Psicologia da Família, da Criança e do Adolesc ente.  AT RAVÉS DA V IA EMOCIONAL QUE A CRIANÇA APREENDE O MUNDO EXTERIOR, E SE CONSTRÓI ENQUANTO PESSOA" João dos Santos Sexta-feira, 13 de Setembro de 2013 Fobia Escolar O Início do ano lectivo está aí e o retorno ou a entrada na escola nem sempre é calma e tranquila para todas as crianças. Há sempre algum nervosimo e ansiedade no retorno, pode mesmo para alguns atingir niveis muito elevados de ansiedade e angustia com uma recusa total à escola: a Fobia escolar  A Fobia escolar afec ta, cerca de 5% de c rianças do j ardim de inf ância, e cerca de 2% de crianças do ensino básico registando-se uma maior incidência de fobia escolar no primeiro ano lectivo da criança. No entanto não é raro que a fobia escolar apareça no, 2º ciclo, ou secundário ou até mesmo na entrada da faculdade, pois como referido estas manifestações estão muito associadas a “ansiedade face ao desconhecido” e as mudanças de ciclo escolar, são sempre algo muito significativas para a criança e /ou adolescente. O que caracteriza uma fobia escolar?  A Fobia escolar é um medo exacerbado que a c riança sente em ir para a escola.

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    Como podemos ajudar? Se est a ler esta pgina, porque est a considerar recorrer ajuda de

    um psiclogo para alguma situao que o(a) incomoda. O CRESCER composto por 1 equipa de

    profissionais especializados,com experincias bastante diversificadas, no

    Casal,infncia,adolescncia,e Famlia. Neste blog pode encontrar informao sobre diversas

    patologias, problemticas do dia-a-dia e artigos de opinio. Temos acordos com vrias

    instituies. Se precisa de ajuda contacte-nos!Cuide de Si!

    CRESCER- Centro dePsicologia da Famlia, daCriana e do Adolescente.

    " ATRAVS DA VIA EMOCIONAL QUE A CRIANA APREENDE O MUNDO EXTERIOR, E SE CONSTRI

    ENQUANTO PESSOA" Joo dos Santos

    Sexta-feira, 13 de Setembro de 2013

    Fobia Escolar

    O Incio do ano lectivo est a e o retorno ou a entrada na escola nem

    sempre calma e tranquila para todas as crianas.

    H sempre algum nervosimo e ansiedade no retorno, pode mesmo

    para alguns atingir niveis muito elevados de ansiedade e angustia com

    uma recusa total escola: a Fobia escolar

    A Fobia escolar afecta, cerca de 5% de crianas do jardim de infncia, e

    cerca de 2% de crianas do ensino bsico registando-se uma maior

    incidncia de fobia escolar no primeiro ano lectivo da criana.

    No entanto no raro que a fobia escolar aparea no, 2 ciclo, ou

    secundrio ou at mesmo na entrada da faculdade, pois como referido

    estas manifestaes esto muito associadas a ansiedade face ao

    desconhecido e as mudanas de ciclo escolar, so sempre algo muito

    significativas para a criana e /ou adolescente.

    O que caracteriza uma fobia escolar?

    A Fobia escolar um medo exacerbado que a criana sente em ir para

    a escola.

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    A Fobia escolar uma perturbaao da ansiedade e tem tratamento.

    Numa situao tpica de fobia escolar, a criana/jovem logo de manh

    acorda com queixumes de dor de barriga associado por vezes a

    vmitos, diarreias, dor de cabea, com intensificao do sintoma

    medida que se aproxima a hora de ir para a escola, com verbalizao

    do tipo no quero ir para a escola ou por vezes na vspera poder

    surgir a questo amanh dia de ir para a escola?... Despertando

    nos prprios pais alguma ansiedade na busca de melhor lidar com a

    situao e no deitar tudo a perder.

    Na Fobia escolar da criana est, quase sempre, latente uma grande

    ansiedade de separao dos seus pais e do mundo que lhe familiar e

    no qual se sente protegido.

    Estas crianas geralmente, apresentam tambm, dificuldades em

    dormir sozinhas, medo de ir para casa de amigos, entre outras

    relutncias em se distanciar das pessoas com as quais passa a maior

    parte do tempo.

    Esta fobia escolar ou recusa ansiosa escolar mais frequente no

    primeiro ano lectivo da vida da criana. Na fobia escolar, a criana fala

    da escola sempre com medo, negativismo e pode chorar para no ir.

    At se transformar na segunda casa, a escola representa um mundo

    desconhecido. Por isso, nos primeiros dias de aula, os sintomas podem

    ser mais intensos porque a criana se v s cinco minutos parece uma

    eternidade.

    Na escola, muito comum, que a criana se afaste dos colegas, se

    isole, no brinque, j que se sente muito mal l dentro.

    Alm da manifestao explcita de no querer ir escola, a fobia

    escolar pode atingir sintomas tais como :choro frequente, suores

    frios ou tremores, diarreia, vmitos, medo de ficar sozinha, medo de

    algo abstracto, incapacidade de enfrentar o problema sozinha, perda

    do apetite, voltar a urinar na cama, insnias, pesadelos, entre outros.

    A fobia um problema que difere completamente de preguia

    ou m vontade, e do absentismo. Os prprios pais percebem isso

    no comportamento da criana. Tambm diferente da recusa

    espordica em ir escola, especialmente aps as frias.

    No caso da fobia, as crianas regressam a casa, apresentam ansiedade

    com sintomas psicossomticos, enquanto que os absentistas no vo

    para casa, no sentem ansiedade, nem sintomas. Enquanto que nas

    fobias as crianas tm um perfil caracterizado por serem

    conscienciosas, perfeccionistas e bem comportadas, nos absentistas

    manifestam comportamentos desajustados ou delinquentes. Esta

    distino importante que seja feita, para um modo de abordar e

    intervir adequado pelos prprios pais.

    Geralmente, as crianas que desenvolvem essa ansiedade e medo

    incontrolveis so boas alunas e no perdem rendimento escolar.

    Quando o problema surge essencial que a equipa da escola saiba o

    que est acontecendo, pois, muitas vezes, uma figura de confiana do

    aluno deve acompanh-lo e permanecer por um determinado perodo

    no ambiente escolar, at que ele desenvolva autoconfiana. Os

    prprios coordenadores podem, por vezes, desempenhar este papel, ao

    ficarem mais prximos deste aluno, encorajando-o a ponto de se sentir

    bem na sala de aula.

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    O que pode estar na origem deste tipo de fobia?

    Os motivos que levam a criana a desenvolver fobia escolar podem ser

    vrios ou uma associao deles. Dentre eles esto a predisposio

    biolgica (gentica), a mudana de escola, professor severo, conflito

    com colegas, o temperamento da criana, a vulnerabilidade aco do

    ambiente familiar( mudana de casa, divrcio dos pais, morte de um

    familiar, conflitos familiares), e at mesmo a preocupao excessiva

    de alguns pais com a separao dos seus filhos.

    Os sintomas da fobia escolar esto fortemente associados ao tipo de

    relao da criana com seus pais, desde o nascimento at a idade pr-

    escolar.

    Porm, interessante salientar que duas ou mais crianas que

    recebem a mesma educao, tanto escolar quanto familiar, (filhas dos

    mesmos pais), no significa necessariamente que todas iro

    desenvolver fobia escolar.

    A fobia escolar tambm pode ter origem em agresses verbais ou

    fsicas de que a criana foi vtima na escola ( ou seja, ser vtima de

    bullying).

    Em que que difere de uma ansiedade normal no regresso s

    aulas?

    O primeiro ou primeiros dias desencadeiam naturalmente algum

    nervosismo, perante a ideia de novos professores, nova turma, nova

    escola ou simplesmente a mudana de rotina das frias para as aulas,

    at os mais calmos podero ficar afectados nas primeiras semanas de

    aulas.

    Outros casos existem em que a ansiedade normal pode dar lugar a

    medos mais significativos. As fobias ocorrem com frequncia nas

    crianas e por vezes desaparecem espontaneamente, sinal que a

    criana conseguiu ultrapassar os seus receios.

    No caso especfico da fobia escolar, enquanto perturbao emocional

    que desencadeia uma resposta fbica face escola, inicialmente no

    dever ser motivo de alarme, de um modo tranquilo os pais devero

    sempre incentivar e encarar com optimismo a hora de ir para a escola,

    sem forar bruscamente mas persistir no cumprimento da assiduidade

    escolar.

    Caso este comportamento persista para alm de dois meses, ser

    importante procurar outro tipo de suporte de modo a evitar o

    agravamento da situao, mesmo na futura vida escolar e social da

    criana/jovem.

    O que podem os pais fazer para ajudar os filhos com fobia

    escolar?

    muito importante que os pais, no ridicularizarem ou subestimem

    os medos da criana, pelo contrrio, devem mostrar compreenso.

    Porm, tambm devem facilitar que a criana se afaste da escola. No

    momento de ir para escola os pais devem ser firmes, mas respeitar a

    limitao de seus filhos, pois para eles j muito difcil estar com esta

    dificuldade.

    importante Incentivar a criana a ir escola, nunca obrig-la e

    tentar tranquiliz-la, que no fim do dia volta a estar com os pais. Por

    vezes os pais podero mesmo ter de permanecer durante alguns

    periodos na escoal para ajudar a criana a tranquilizar-se.

    Manter o mximo de dilogo com a criana

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    TERAPEUTA DE CASAL E FAMILIAR. CD.PROF. 5335 da ORDEM DOS

    PSICLOGOS. (s) 01:25 Sem comentrios:

    Etiquetas: Aconselhamento parental, ansiedade infantil, Casais com filhos. Maria

    de Jesus Candeias, Castigos infantis, como educar os filhos, crianas, fobia

    escolar,psicologia infantil, psicloga, regresso escola

    Ajudar a criana a encontrar o meio de superar o obstculo

    Fazer com que os amigos sejam elementos importantes na insero na

    escola.

    Se os sintomas persistirem para alm de dois meses, e em casos

    mais crticos, os pais devem encaminhar o filho para psicoterapia.O

    tratamento da criana com fobia escolar deve ser abrangente:

    necessria a participao efectiva da escola, dos pais e do psiclogo.

    Essa interaco, entre todos e esse envolvimento que vo fazer com

    que a criana supere a fobia.

    fundamental que os pais fiquem atentos quanto procura de

    profissionais especializados ( psiclogos ou psicoterapeutas) dado que esta

    fobia pode ocasionar um afastamento da escola, fracasso e repetncia escolar,

    vergonha de enfrentar novamente os colegas, entre outros factores.

    Todos estas consequncias reduzem a auto-estima da criana, com consequncias

    para o resto de sua vida. Alm disso, a tendncia de uma criana com fobia escolar,

    se no for ajudada a ultrapassar a situao, que desenvolva outros medos, como,

    por exemplo, de elevador, animais, escuro, etc. Enfim, os danos so grandes

    quando se adia o tratamento.

    Procurar ajuda, ouvir as diretrizes dos profissionais envolvidos e

    poder dividir as dificuldades que possam encontrar no tratamento de

    seu filho, contribuir efetivamente na maravilhosa tarefa de ser pai e

    me e no desenvolvimento de uma criana feliz.

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    Sbado, 6 de Julho de 2013

    Relaes Familiares eDesenvolvimento Infantil nas FamliasHomoparentais

    Os resultados das investigaes psicolgicas apoiam a possibilidade de co-adopo

  • 18/09/13 CRESCER- Centro de Psicologia da Famlia, da Criana e do Adolescente.

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    TERAPEUTA DE CASAL E FAMILIAR. CD.PROF. 5335 da ORDEM DOS

    PSICLOGOS. (s) 13:06 Sem comentrios:

    Etiquetas: adopo por homossexuais, Casais com filhos. Maria de Jesus

    Candeias,homossexualidade e parentalidade, parentalidade

    homossexuais, psicologia do desenvolvimento, psicologia infantil

    por parte de casais homossexuais, uma vez que no encontram diferenas

    relativamente ao impacto da orientao sexual no desenvolvimento da criana e nas

    competncias parentais.

    As dvidas, perguntas e receios que se colocam sobre as capacidades parentais e o

    desenvolvimento psicolgico das crianas e adolescentes que crescem numa famlia

    homoparental tm sido respondidos por

    inmeras investigaes cientficas realizadas em diversos pases. Este amplo corpo de

    evidncias cientficas pode contribuir para informar e esclarecer o debate terico,

    poltico e legal acerca da co-adopo.

    As concluses a que estes estudos chegaram resumem-se facilmente: as crianas e

    adolescentes de famlias homoparentais no diferem significativamente das

    crianas e adolescentes de famlias

    heteroparentais no seu bem-estar, assim como em nenhuma dimenso do

    desenvolvimento psicolgico, emocional, cognitivo, social e sexual.

    Um desenvolvimento saudvel no depende da orientao sexual dos pais,

    mas sim da qualidade da relao entre pais e filhos e dos vnculos de afecto

    seguros que se estabelecem entre eles.

    No existe fundamentao cientfica para afirmar que os pais homossexuais no so

    bons pais com base na sua orientao sexual. Pelo contrrio, aquilo que as evidncias

    cientficas acumuladas sugerem que os homossexuais, tal como os heterossexuais,

    possuem as competncias parentais necessrias para educar uma criana, podendo

    oferecer-lhe um contexto familiar afectuoso, saudvel e potenciador do seu

    desenvolvimento.

    Estes resultados, replicados e consistentes em inmeros estudos, permitiram alcanar

    um consenso na comunidade cientfica: a orientao sexual parental e a configurao

    familiar homoparental no parecem ser

    um factor determinante do desenvolvimento infantil nem da competncia parental.

    O que universal quando se fala de parentalidade que as crianas

    precisam de ser protegidas, cuidadas e educadas. A instituio do

    parentesco, que no decorre apenas da biologia, deve ser

    fundamentada em princpios como o cuidado, o amor, a proteco e a

    responsabilizao na criao das crianas (Almeida, 2006).

    Desta forma, as evidncias cientficas sugerem que as decises importantes

    sobre a vida das crianas e adolescentes sejam tomadas com base na

    qualidade das suas relaes com os pais e no com base na orientao

    sexual dos mesmos.

    A continuidade afectiva deve ser o valor fundamental a preservar, dando s crianas o

    direito de saber que as suas relaes com os pais (ou com os indivduos que

    desempenham essas funes parentais) so estveis e legalmente reconhecidas.

    Fonte: Ordem dos Psiclogos Portugueses (2013). Relatrio de Evidncia Cientfica

    Psicolgica sobre Relaes Familiares e Desenvolvimento Infantil nas Famlias

    Homoparentais. Lisboa.

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    Segunda-feira, 15 de Abril de 2013

    Ingresso escolar antecipado para o 1ciclo?? Quando faz sentido???

  • 18/09/13 CRESCER- Centro de Psicologia da Famlia, da Criana e do Adolescente.

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    TERAPEUTA DE CASAL E FAMILIAR. CD.PROF. 5335 da ORDEM DOS

    PSICLOGOS. (s) 13:44 Sem comentrios:

    Etiquetas: avaliao psicolgica, entrada para a escola, estudo de maturidade para

    ingresso antecipado, Ingresso antecipado 1 ciclo, maria de jesus

    candeias,psicologa clinica, psicologa crianas

    O que o Estudo de Maturidade da Criana para Ingresso

    antecipado na escola ?

    um estudo que permite aferir do estado das vrias competncias emocionais e

    cognitivas das crianas que so necessrias ao processo de aprendizagem com que

    ela se ir deparar na escola. Este estudo realizado por um conjunto de testes

    psicolgicos, validados cientificamente, e que sero passados criana, por um

    psiclogo. Aps a avaliao o psicologo poder dizer aos pais se a criana tem a

    maturidade quer psicolgica quer emocional necessria, para integrar o 1 ciclo

    antecipadamente.

    Quais as crianas que devem fazer esta avaliao?

    Esta avaliao adequada para situaes em que a criana pode entrar para o ensino

    primrio antes da idade estipulada por lei.

    Este estudo particularmente importante para crianas que fazem os 6 anos apenas

    em Janeiro e Fevereiro, no podendo por isso entrar nesse ano na escola, com

    implicaes negativas muitas vezes, para a criana face perda do seu grupo de

    amigos, para alm do atraso de um ano lectivo no seu percurso escolar, sem

    necessidade para que isso acontea.

    Como se processa legalmente o pedido de Ingresso antecipado na

    escola?

    a) Os Requerimentos devem ser dirigidos, at ao dia 31 de Maio de 2013, ao

    Director do Agrupamento de Escolas ou Escola no Agrupada, caso os Pais ou

    Encarregado de Educao pretendam que o seu educando frequente um

    estabelecimento da rede pblica, ou ao Director Regional de Educao respectivo,

    caso pretendam que aquele frequente um estabelecimento da rede privada ou

    cooperativa;

    b) Reportar-se a crianas que atinjam os 6 anos de idade, no ano civil seguinte

    quele em que os respectivos Pais ou Encarregado de Educao pretendem o seu

    ingresso no 1 CEB;

    c)Estar fundamentado e instrudo com um relatrio de avaliao psicopedaggica da

    criana, elaborado por servios especializados ou por especialistas da rea da

    psicologia ou do desenvolvimento, devidamente identificados.

    Sem prejuzo do constante nas alneas anteriores, a aceitao da matrcula depende

    sempre da existncia de vaga.

    A Directora Clnica do Crescer

    M. Jesus Candeias

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    Tera-feira, 20 de Novembro de 2012

    Terapia Familiar

  • 18/09/13 CRESCER- Centro de Psicologia da Famlia, da Criana e do Adolescente.

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    A famlia , idealmente, o grupo de pessoas com quem estamos

    mais prximos, com os quais nos sentimos mais confortvel,

    por quem temos um maior amor e profunda ligao.

    Idealmente tambm, uma pessoa sabe que pode sempre contar

    com a sua famlia, compartilhar os seus pensamentos e

    sentimentos e recorrer a eles para o apoio.

    Naturalmente, a realidade de uma famlia no nada como o

    ideal e no h tal coisa como uma famlia perfeita. Cada

    famlia nica, com sua prpria combinao de

    caractersticas, qualidades e dificuldades, e problemas

    existem em todas. O que pode variar o modo como

    conseguem lidar ou no com os mesmos.

    Se vivem juntos na mesma casa ou no (mas especialmente se

    vivem juntos) a dinmica da famlia, se no for harmoniosa

    maior parte do tempo, pode interferir em muito com o

    funcionamento de cada membro da famlia e at mesmo

    alargar-se famlia mais extensa. Quando dois membros da

    famlia no se do bem, isso afeta toda a famlia, se mais de

    duas pessoas esto em desacordo, rapidamente pode levar a

    dificuldades duradouras com depresso , ansiedade,

    dependncias, ou at problemas de sade fsica .

    A dificuldade de problemas Familiares tambm uma fora:

    Nenhuma pessoa culpada ou responsvel pelos problemas

    da famlia, embora uma pessoa, possa manifestar-se mais ou

    evidenciar mais sintomas. O que significa que, muitas vezes,

    toda a famlia deve trabalhar e cooperar para que a

    estabilidade seja encontrada. Apesar de esta cooperao ser

    por vezes um desafio, tambm uma grande oportunidade

    para fortalecer os laos Familiares e as interaes.

    A Terapia Familiar um tipo de Psicoterapia que ajuda os

    membros da famlia melhorar a comunicao e adquirir

    ferramentas para a resoluo dos conflitos.

    Nas sesses de Terapia Familiar existe um aprofundar do

    conhecimento das relaes e dinmicas Familiares, o que

    promove na famlia as competncias para lidar com as suas

    dificuldades, mesmo depois do final da Terapia.

    A Terapia Familiar deve ser realizada por um especialista

    nesta rea. Estes terapeutas tm um grau de especializao

    associado a Associaes ou Sociedades Cientficas e s desta

    forma poder aceder-se a um trabalho eficaz e srio.

    Por Maria de Jesus Candeias, Psicloga Clnica, Psicoterapeuta e

    Terapeuta Familiar.

  • 18/09/13 CRESCER- Centro de Psicologia da Famlia, da Criana e do Adolescente.

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    TERAPEUTA DE CASAL E FAMILIAR. CD.PROF. 5335 da ORDEM DOS

    PSICLOGOS. (s) 12:23 Sem comentrios:

    Etiquetas: conflitos familiares, Crescer centro de psicologia, maria de jesus

    candeias, psicloga familiar, terapeuta familiar, terapia de casal, Terapia Familiar

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    Sexta-feira, 28 de Setembro de 2012

    O meu filho no me respeita!

    O que se entende por desrespeitar os pais? Existem limites? Quais?

    comum que, durante a etapa da adolescncia, surjam mudanas significativas

    nas relaes familiares.

    Em muitos casos, essas mudanas fazem-se acompanhar de um aumento de

    conflitos entre pais e filhos.

    A adolescncia traz consigo a necessidade de questionar, de descobrir, de

    redirecionar. Passa a haver a necessidade de rever as regras, os valores e at as

    crenas familiares.

    Um/a filho/a mais instvel e irritado/a pode to somente estar a manifestar, sua

    maneira, a necessidade de diferenciao das figuras parentais, em busca da sua

    prpria identidade.

    comum os jovens manifestarem ataques de raiva, isolarem-se em quartos

    fechados, buscarem apoio nos avs ou comearem a apresentar comportamentos

    desafiadores ou de risco.

    Os adolescentes desafiam o sistema familiar porque essa a natureza do

    desenvolvimento, nem sempre se trata de uma questo de desrespeito!

    Famlias com fronteiras mais flexveis permitem que o adolescente se v

    experimentando em diferentes territrios, aproximando-se quando se sente

    inseguro e afastando-se quando necessita de testar a sua independncia.

    Se pelo contrario, os pais, so rgidos e inflexveis, no vo facilitando a separao

    e autonomia do jovem, os jovens comeam a usar meios cada vez mais extremos

    para tentar impor a sua precria autoridade ou para marcar distncias, incluindo a

    utilizao de violncia tanto com os seus irmos mais novos como com os seus

    progenitores.

    A resposta de que necessitam, por parte dos pais/cuidadores dever, no entanto,

    ser promotora do reequilbrio emocional.

    A clareza das regras e limites essencial para assegurar estes 3 grandes pilares da

    vida do adolescente.

    Assim, nesta fase, fundamental que os pais apostem num aumento da

    flexibilidade das fronteiras e nas forma de expressar a sua autoridade, de forma a

    manter a harmonia familiar. essencial distinguir e no confundir entre os pais

    como autoridade de pais autoritrios.

  • 18/09/13 CRESCER- Centro de Psicologia da Famlia, da Criana e do Adolescente.

    crescer-psicologiainfantil.blogspot.com.br 9/17

    O respeito e os limites esto ultrapassados quando entramos no campo da

    violncia familiar.

    A violncia filio-parental, um tipo de violncia familiar e refere-se a

    comportamentos de violncia fsica (agresses, empurres, atirar objectos) verbal

    (insultos repetidos, ameaas) ou no verbal (ameaas de agresso, destruio de

    objectos apreciados) realizados de maneira repetida em relao a um ou ambos os

    progenitores, ou aos adultos que ocupam o seu lugar,

    Este tipo de violncia origina um enorme sofrimento e stress nas famlias, ao mesmo

    tempo que podem representar o inicio de uma carreira de agressor nos jovens que

    perpetuam este tipo de violncia, necessitando por isso de uma resposta especfica

    por parte dos profissionais de sade mental.

    Existem pedidos muito diversos e que vo desde os pequenos conflitos familiares

    entre pais filhos, pais que no se sentem respeitados e que no conseguem fazer

    com que os filhos cumpram as suas regras, muitos pais com dificuldades em lidar

    com s processos de autonomia na adolescncia dos seus filhos, aos casos de

    violncia entre pais e filhos e de referir que so cada vez mais frequentes.

    As dificuldades dos pais em ganharem o respeito dos filhos esto fortemente associadas a

    praticas parentais pouco adequadas s necessidades dos filhos.

    Os conflitos, os problemas, e a Violncia Filio-Parental so resultado de uma

    interaco disfuncional entre os diferentes membros do sistema familiar em que a

    psicopatologia aparece como expresso dessa disfuncionalidade. Esta violncia tem

    um sentido e uma funo dentro da famlia que deve ser entendido e decifrado.

    Podemos apontar os seguintes factores que favorecem o aparecimento da violncia

    filio parental:

    Experincia familiar prvia de utilizao da violncia para resoluo de

    conflitos;

    Violncia familiar generalizada: todos contra todos;

    Pais no normativos democrticos, excessivamente permissivos, que

    gostam dos seus filhos faam estes o que fizerem;

    Pais superprotectores por razes diversas: filho muito desejado, tardio,

    frgil ou adoptado, dispostos a satisfazerem todos os desejos dos seus filhos.

    Relao passional, fusional entre um dos progenitores e o filho;

    Violncia prvia dos pais entre si ou sobre o filho;

    Conflito intenso entre os pais;

    Triangulao do filho.

    Pais insatisfeitos com os seus papeis ou verbalizaes de que as suas vidas

    so vazias;

    Inconsistncia e desacordo entre os pais na educao dos filhos;

    Severidade desproporcionada dos castigos e dos actos dos filhos;

    Excessivo criticismo e intruso por parte dos pais;

    Problemas de hierarquia: pais que renunciam ao seu papel e recusam

    estabelecerem normas;

    A ausncia de uma clara definio hierrquica a principal caracterstica

    do funcionamento destas famlias. A dificuldade em estabelecer normas e

    limites so os pontos mais evidentes nestas famlias quando procuram

    ajuda.

    Que tipos de casos entre mau relacionamente entre pais e filhos costuma

    receber nas suas consultas?

    Por que muitos pais no conseguem ganhar respeito dos seus filhos? Quais os

    quadros familiares associados a este tipo de relao?

  • 18/09/13 CRESCER- Centro de Psicologia da Famlia, da Criana e do Adolescente.

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    Nestas famlias frequente encontrarmos situaes em que um ou s vezes os

    dois progenitores, abdicaram do seu papel parental, tendo deixado de se

    comportar como pais.

    Quais so os pensamentos/sentimentos mais comuns nos pais perante este

    tipo de problema com os filhos?

    A vergonha, a sensao de fracasso enquanto pais, a desiluso e o sentimento de

    impotncia face ao problema so sentimentos comuns nestes pais.

    Quando chegamos a este ponto muito difcil os pais, por si mesmos, resolverem

    ou reverterem a situao. Muita coisa se danificou dentro de uns e outros, as

    formas de relacionamento dentro da famlia esto doentes e a ajuda profissional

    nestes casos parece-me essencial.

    Porm , importa referir que o uso da fora pelos pais, ou a restituio da ordem

    ou do respeito pelos mesmos meios ( a violncia verbal e fsica) no de todo o

    caminho a seguir.

    A resposta de que necessitam, por parte dos pais/cuidadores dever, no

    entanto, ser promotora do reequilbrio emocional.

    O adolescente/criana ainda no adulto, pelo que necessita de contar ainda

    com uma famlia que lhe garanta as necessidades de afecto, de segurana e de

    estrutura.

    Clarificar e definir regras e limites essencial para a organizao emocional do

    jovem.

    De referir porm, que com ajuda especializada, estes problemas resolvem-se e a

    famlia pode reaprender a viver em harmonia.

    Por que muitos pais suportam ser mal tratados pelos seus filhos?

    Nas famlias com Violncia Filio-Parental a imagem familiar, tanto dos pais como

    dos filhos encontra-se detiorada. A sensao de fracasso dos pais na educao dos

    filhos, a vergonha que implica ser agredido por um filho, impe a necessidade de

    proteco da imagem familiar, o que faz com que as famlias afectadas muitas vezes

    subestimem a agresso e minimizem os seus efeitos, mesmo quando so pblicos e

    evidentes. A deteriorao da situao familiar faz com que a famlia adopte

    comportamentos de forma a apresentar uma imagem oposta, potenciando assim o

    Mito da Paz e da Harmonia Familiar, muito frequente nestas famlias, mesmo

    quando no exterior j se sabe. Para ocultar o que est acontecendo vai-se

    construindo um segredo familiar: comea a evitar-se determinados temas, a deixar

    de falar de situaes e comportamentos que podero por em causa o Mito.

    A negao da violncia filio-parental , por parte dos pais, praticamente uma

    norma e pode chegar a extremos graves: toleram-se nveis elevados de

    agressividade durante um perodo prolongado de tempo antes de se tomarem

    medidas .

    Os filhos pedem cabe aos pais dizer tranquilamente, sem culpas, que no podem!

    Como devem reagir os pais quando os filhos os agridem tanto psicologica

    e/ou fisicamente?

    Existem muitos filhos que culpam os seus pais pela falta de sucesso na sua

    vida e consideram que obrigao dos pais ajud-los incondicionalmente.

    Como devem os pais contrariar esta presso dos filhos?

  • 18/09/13 CRESCER- Centro de Psicologia da Famlia, da Criana e do Adolescente.

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    Publicada por PSICLOGA CLNICA e PSICOTERAPEUTA PSICANALTICA.

    TERAPEUTA DE CASAL E FAMILIAR. CD.PROF. 5335 da ORDEM DOS

    PSICLOGOS. (s) 03:58 1 comentrio:

    Etiquetas: conflitos familiares, consultas psicologia adolescentes, consultas

    psicologia infantil, Crescer centro de psicologia, maria de jesus candeias, Terapia

    Familiar, violncia familiar, violncia filhos-pais

    Os filhos fazem presso, quando sabem que ao fim de algum tempo de presso

    conseguem alcanar os seus objectivos. Quando perceberem quer no conseguem

    nada com presso, acabam por abandonar essa estratgia. Assim sendo, a

    consistncia e coerncia das regras, pelos pais fundamental! No podem dizer que

    no a algo, e depois sim, sem nenhuma razo justificativa para essa mudana de

    opinio. E no devem sentir-se culpados por dizer no aos filhos! Os pais podem

    at no ter feito tudo como deviam, mas fizeram aquilo que sabiam e acharam

    melhor, mas a partir de certa altura so os filhos, agora jovens adultos, que passam

    a ser responsveis por si prprios.

    A culpa que os pais possam eventualmente ter, por ter falhado algures, podem

    admiti-la, mas com a conscincia de que no a podem corrigir porque o tempo no

    volta atrs, e principalmente que no tm de continuar a pagar essa culpa sob

    chantagem e cedncias presso dos filhos.

    A incapacidade de pais e filhos comunicarem, ou porque no falam a mesma

    linguagem, ou porque no respeitam as crenas uns dos outros, entre outros,

    podem algum dia ser ultrapassados?

    Sim, sem dvida que se podem ultrapassar essas diferenas. A terapia familiar

    fundamental no restabelecimento da harmonia familiar. Numa famlia, no tm de

    pensar todos o mesmo, mas tm sobretudo de falar a mesma lngua: a do respeito e

    admirao pela individualidade de cada um.

    Entrevista cedida por Maria de Jesus Candeias, Psicloga clnica e

    Psicoterapeuta, para o Portal Sapo Sade , Setembro 2012

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    Quinta-feira, 6 de Setembro de 2012

    Pais ou filhos. Quem tem mais medodo primeiro dia de Escola?

    Faltam duas semanas para o regresso s aulas. Pais receosos com a

    adaptao dos filhos s rotinas da escola nada tm a temer. O i

    perguntou a pediatras, psiclogos e professores o que precisa de saber

    para enfrentar birras, choros ou ansiedades de crianas e adolescentes.

    Aqui fica um contributo para comear o ano lectivo com o p direito

    Mrio Cordeiro

    Pediatra

    Cuidados na vspera do incio das aulas?

    O primeiro dia de aulas sempre um acontecimento, mesmo que a criana j tenha frequentado um

    Entrevista cedida e publicada por Por Jornal i,publicado em 25 Ago 2012 - 03:10 | Actualizado h 1 semana 6 dias

  • 18/09/13 CRESCER- Centro de Psicologia da Famlia, da Criana e do Adolescente.

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    estabelecimento. Para l das mudanas de sala de aula e at de escola, nesta idade as frias varrem o

    passado e a reentrada sempre sentida como uma mudana de registo e quase como um iniciar das

    actividades escolares. Mesmo que a criana j tenha estado na escola, o primeiro dia tem de ser um

    marco importante e, por isso, deve acompanhar--se de um ritual de passagem e ser comemorado,

    para que a criana sinta que venceu mais uma etapa na sua vida, embora sem criar ansiedade. bom

    os pais irem jantar fora para consagrar a solenidade do momento, realando o quanto bom estar na

    escola.

    A adaptao demora quanto tempo?

    Algumas crianas nem parecem dar por isso, outras choram e sentem-se desambientadas durante

    semanas ou at meses, sobretudo s segundas de manh. A maioria, contudo, depois de uns dias de

    hesitao e algum choro na presena dos pais, adapta-se e passa a gostar de ir para a escola,

    encarando isso como algo natural. Tudo depende da escola, dos educadores, da famlia e, claro, da

    criana. A melhor maneira de avaliar a adaptao ser ver se a criana gosta de ir para a escola e se,

    ao fim do dia, est contente. O sinal mais importante de que se est a adaptar bem querer ir logo de

    manh e no estar angustiada na altura em que a vo buscar (embora seja bom que gostem de ver os

    pais). Deixem-na gostar da escola, e digo isto porque h pais que sentem uns certos cimes das

    educadoras que, afinal, passam mais tempo com os filhos do que eles. Mas gostar da escola um

    primeiro passo para gostarem de aprender.

    Como facilitar a adaptao?

    bom que as crianas saibam quem vai ser a educadora, para que salas vo, que actividades vo

    fazer. Se uma nova escola, convm t-la visitado e ter conhecido j os profissionais, da cozinheira

    directora. O dilogo entre pais e professores essencial, pois a escola no um depsito, e uma boa

    escola franqueia as portas aos pais, deixando liberdade para a sua interveno no para meter o

    nariz, mas sim para ajudar a contar histrias e outras actividades, de forma espontnea. O ritmo das

    frias diferente no que toca a horrios, tipo de alimentao, rotinas de sestas, etc. convm

    reservar uma semana para uma transio gradual e lenta, em que pais e filhos se vo adaptando (sem

    stress) ao retomar do trabalho e da escola.

    Que fazer se h choros na despedida?

    Um dos momentos difceis a despedida. No se pode prolongar demasiado, mas h que durar o

    suficiente para se dizer adeus explicitamente. Escapulir sem dizer nada pode criar desconfiana e

    incerteza. Se os pais tm de se ir embora, devem faz-lo honestamente, mas isso no quer dizer estar

    horas com miminhos. bom expressar os sentimentos: Sei que gostavas que ns ficssemos e ns

    tambm gostvamos de ficar, mas no podemos. E, igualmente, dar uma ideia de quando se voltaro

    a ver depois de dormires ou logo depois de veres os desenhos animados. Quando se sai de ao p

    de uma criana desta idade, bom trocar algo que seja significativo... Dar um beijinho na mo do filho

    e fech-la, e receber outro na nossa e fech-la tambm, dizendo que temos ambos, ali, o testemunho

    do amor e a representao das duas pessoas que se afastam uma da outra, faz sentir segurana.

    Convm explicar (e explicar no pedir autorizao, com voz trmula!): O pai agora vai sair, mas

    volta. Guarda o beijinho e quando nos virmos trocamos os beijinhos outra vez. Guarda-o bem para

    daqui a bocado. Vou ter saudades tuas. Vais ter saudades minhas? Na hora do reencontro, a primeira

    coisa perguntar, com cumplicidade e um sorriso: Guardaste-o bem?

    Como lidar com birras antes da escola?

    So birras que tm a ver com sono (a maioria das crianas est a dormir quando o despertador toca),

    com fome (a hipoglicemia de quem passou a noite sem comer), com o stress dos pais porque o

    trnsito quem mais ordena e com a sensao, para a criana, de que j no est em casa mas ainda

    no est na escola, ou seja, uma situao de ambiguidade que acaba por causar angstia, stress e

    medo. por isso que as crianas, j com os pais na escola, choram, mas se a despedida no for

    agnica (o que dar a certeza de que os pais vo ali e j vm), mal os pais desaparecem as crianas

    calam-se e vo brincar. E quem fica a chorar so os pais, no carro! Tem de haver calma, firmeza e

    compreenso pelos sentimentos e doura e amor. Sem isso, ou seja, com comportamentos de

    quartel, as coisas s pioram e as manhs comeam da forma mais desastrosa

    Maria de Jesus Candeias

    Psicloga infantil

    Entrar no 1. ano do ensino bsico pode provocar que tipo de stress?

    Geralmente, as ansiedades esto associadas ao desconhecido. A escola um mundo novo que assume

    propores relevantes para as crianas, podendo elas at desenvolver fobia escolar ou recusa escolar

    (no querer ir escola, vmitos, diarreia, etc.). Estes sintomas, muitas vezes, desaparecem ao fim do

    primeiro ms. A criana comea a adaptar-se e a ficar mais tranquila. Quando os sintomas se

    prolongam por mais de dois meses, importante haver ajuda profissional. Muitas dessa ansiedades

  • 18/09/13 CRESCER- Centro de Psicologia da Famlia, da Criana e do Adolescente.

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    devem-se ao facto de as crianas terem de lidar com o desconhecido, mas tambm ao medo de se

    separarem dos pais e ficarem num meio em que no conhecem ningum. Aquilo que os pais podem

    assegurar e que muito importante conversar com a criana e reforar a ideia de que iro

    busc-la ao fim do dia. No fundo, fazer o mesmo que j fizeram na creche. muito importante que os

    pais sejam firmes e no cedam perante a vontade do filho de no querer ir escola. Caso essa

    resistncia e medos demorem muito tempo a passar, pode ser necessrio os pais ficarem mais tempo

    para facilitar a transio at a criana comear a sentir a escola como um espao seguro.

    Como devem os pais equilibrar os tempos de estudo e de brincadeiras dos filhos?

    A responsabilidade e a brincadeira um equilbrio a ser introduzido de forma gradual. Diria que, no

    1. ciclo, muito mais importante brincar do que estudar. E, especificamente, no 1. ano, em que a

    criana j tem de lidar com tantos desafios emocionais, penso que o mais importante encontrar

    espaos para a brincadeira para que possam encarar a escola como uma experincia positiva. Brincar

    no com a televiso desenvolve muito a imaginao e um meio importantssimo para a criana

    aprender. O tempo que elas passam na escola ser mais do que suficiente para aprenderem. Os

    hbitos de estudo devem ser introduzidos mais tarde, a partir do 3. ano, meia hora por dia para fazer

    uma leitura, uma composio, definir um tempo e rotinas para o estudo. Mas, na minha opinio, nos

    1. e 2. anos, nem deveriam existir deveres de casa.

    Devem-se premiar as boas notas?

    Penso que no se devem premiar as boas notas. Deve-se, sim, premiar o trabalho, o esforo e o

    empenho. Uma criana pode estudar e no ter boas notas, isso no significa que no tenha

    trabalhado. Por alguma razo no conseguiu ter sucesso, pode ter a ver com mtodos de estudo, de

    organizao, etc. Devemos premiar os comportamentos para a criana aprender o que correcto.

    Deve-se valorizar o trabalho e, ao mesmo tempo, tentar perceber o que falhou para se conseguir

    corrigir.

    At que ponto devem os pais dar importncia s queixas que os filhos fazem do professor?

    preciso estar muito atento. No devemos desvalorizar, mas tambm no valorizar em excesso. Os

    pais devem ouvir e explorar os sinais que as crianas lanam. No podem levar como verdadeiro tudo

    o que o filho diz ( preciso ter conscincia de que as crianas tambm manipulam), mas importante

    averiguar com cautela, falando com outros pais, observando, investigando outros sinais, recorrendo

    associao de pais, etc. importante tambm que os pais no denigram a imagem do professor

    perante o filho. Devem ter o cuidado de proteger sempre a imagem do professor na presena das

    crianas. O importante explorar outras fontes e outros contextos para tentar perceber que

    fundamento tm essas queixas.

    No caso de o aluno ter irmos, saudvel comparar os desempenhos escolares entre eles?

    Cada criana nica e, se h erros frequentes dos pais, o de comparar desempenhos escolares entre

    irmos. Temos de ter conscincia que cada criana tem ritmos de aprendizagens diferentes. Uma

    criana, aos dez anos, pode ter muitas dificuldades na escola, e aos 12 ser um aluno brilhante. Fazer

    comparaes s vai minimizar o que eles sentem e diminuir a auto-estima e a autoconfiana, podendo

    ter um efeito de desistncia.

    H idade certa para ter telemvel?

    Antes dos 12 anos no faz sentido, porque acho que a criana no tem responsabilidade para poder

    us-lo. Penso que dar um telemvel a uma criana mais uma necessidade dos pais de estarem

    ligados aos filhos em permanncia. A partir da puberdade e porque estamos numa poca em que

    difcil resistir a esses apelos poderemos admitir que tenham um telemvel.

    Snia Dinis e Nuno Silva

    Psicloga da educao e Professor do ensino bsico e secundrio

    Que cuidados a ter perante a transio do 1. para o 2. ciclo?

    importante olhar para esta etapa na perspectiva do desenvolvimento da criana. A entrada no 2

    ciclo ocorre aos dez anos. Nessa idade, as crianas querem ser mais autnomas, preocupam-se mais

    com os amigos e procuram resolver problemas por si. Para tal, precisam de ter algum tipo de controlo

    sobre a sua realidade. Para que isso acontea, pais e filhos podem: visitar a escola e os espaos

    (conhecer os nomes, os percursos, as rotinas, como se compram senhas, se h cartes electrnicos),

    descobrir o que a escola oferece (uma visita pgina web) e folhear os manuais escolares (prepara o

    aluno para o aumento de disciplinas e de professores). Estas actividades ajudam a construir os

    elementos-chave para o sucesso: um ambiente seguro e positivo, em que a criana sinta que os outros

    a acarinham e se interessam por ela.

    Como abordar os medos que as crianas tm durante a fase de transio destes ciclos

    de escolaridade?

    Medos so emoes. Os sentimentos influenciam todas as reas de desenvolvimento. O primeiro

  • 18/09/13 CRESCER- Centro de Psicologia da Famlia, da Criana e do Adolescente.

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    passo aceitar a existncia das emoes. Elas so demasiado importantes na nossa vida para serem

    desvalorizadas. Do que as crianas precisam de serem escutadas e que se lhes faa perguntas sobre

    os receios que vo surgindo. O adulto pode ajudar a criana a sentir segurana se comunicar com a

    escola e com os professores, se conhecer e se informar sobre as condies existentes e alertar os

    agentes educativos quando algo no est bem. Se a escola no for um mundo estranho para os pais,

    tambm no o ser para os filhos.

    O que fazer para ajudar os filhos a organizar os tempos de estudo/lazer ?

    Se as crianas fizerem uma reviso diria dos contedos das aulas do prprio dia (15 minutos por

    disciplina), esto a consolidar conhecimentos. Se o fizerem posteriormente, os benefcios sero

    menores. Portanto, no h nada como estabelecer um horrio de estudo e ajudar os estudantes a

    cumpri-lo (ser exigente nesse sentido). Tambm importante garantir condies para o estudo: o

    ambiente deve ser calmo (sem televiso ou rudos) e ter os materiais adequados (luz, mesa e materiais

    didcticos necessrios). No mesmo sentido, os pais devem perceber se as exigncias de estudo so

    adequadas: quantos trabalhos de casa tm de ser feitos em simultneo e qual a programao dos

    testes. Se detectarem problemas, no h nada como intervir junto da escola. No dia-a-dia das crianas

    e dos jovens tem de haver tempo para serem crianas e jovens.

    Como motivar a criana para escola sem ser muito insistente?

    Neste caso, conversar agir. Mais do que os conselhos e as histrias, a conversa faz com que os

    jovens percebam que o tema do dilogo importante. Essa mensagem e a empatia que se cria tm

    consequncias profundas na motivao, autonomia e orientao dos estudantes: estes passam a saber

    o que importante aos olhos dos pais directamente, sem suposies ou mitos. E ficam mais

    predispostos a agir em funo das expectativas que conhecem. H um provrbio sul-africano que diz:

    Uma pessoa uma pessoa por causa das outras pessoas. Estas expectativas so um importante

    preditor de sucesso escolar e do ajustamento social. Outro ponto importante ajudar os estudantes a

    estabelecer objectivos. Quem sabe para onde vai, sabe o que tem de fazer e, por isso, foca a sua

    energia nas tarefas.

    Como podem os pais abordar com os filhos os assuntos relacionados com estudos,

    conflitos com os colegas, ansiedades?

    As estratgias que referimos anteriormente contribuem para a gesto da vida escolar dos estudantes.

    H, contudo, um outro ponto importante: os pais devem estar envolvidos. Actualmente, as

    associaes de pais so bons mecanismos para intervir junto da escola e um bom frum para

    melhorar a situao dos estudantes. Se forem locais onde os pais actuam, comunicam e intervm, as

    escolas transformam-se nos ambientes seguros e positivos de que falmos. Todos os alunos

    beneficiam dessa aco. Por isso, vale a pena actuar, investir e intervir. Quanto mais cedo, melhor.

    Jorge Humberto Costa

    Psiclogo Escolar

    Como conversar com os filhos sobre assuntos da escola, respeitando o espao de

    privacidade do adolescente?

    A escola o lugar onde o aluno passa mais tempo e onde ocorre todo o tipo de interaces, positivas e

    negativas. A famlia, no entanto, costuma ser o principal veculo de transmisso de educao e

    tambm no seio desta que se devem abordar todos os temas, na base das atitudes, crenas e valores

    pessoais do adolescente. Desta forma, todos os assuntos devem ser abordados desde cedo, deixando

    ao adolescente a iniciativa da sua abordagem. As conversas no devem estar centradas na crtica e/ou

    juzos de valor ou ameaas, mas numa base de confiana e numa atitude de respeito pelos sentimentos

    e pensamentos do adolescente e tambm numa postura de dilogo e assertividade, para que ele sinta

    que na famlia, como um porto de abrigo, que pode dialogar sobre todos os assuntos.

    Como abordar os temas sensveis, tais como tabaco, droga e sexo?

    Estes assuntos podem causar dificuldades e barreiras de comunicao, devido aos diferentes pontos

    de vista e conflitos geracionais. Faz parte do adolescente correr riscos e estes temas so tambm

    riscos para eles. Contudo, podemos e devemos abord-los de forma aberta e assertiva e sem juzos de

    valor, em que, sem ser por ordem de importncia (pois todos so importantes) deve: haver

    disponibilidade para o dilogo; no existir inibio de qualquer tipo de afecto; acompanhar a vida do

    filho, desde a infncia at fase mais adulta; procurar conhecer a rede de amizades do filho, tentando

    compreender o seu funcionamento; definir regras adequadas e claras, etc.

    De que forma que os pais podem conhecer os amigos dos filhos?

    Os pais devem conhecer a rede de suporte social dos filhos. Entendendo esta rede, entender melhor

    o funcionamento do adolescente. A adolescncia uma fase em que o jovem sai do seio familiar e se

    volta para o grupo de amigos. Deve existir e estar aberto um canal de comunicao e deve ser

  • 18/09/13 CRESCER- Centro de Psicologia da Famlia, da Criana e do Adolescente.

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    TERAPEUTA DE CASAL E FAMILIAR. CD.PROF. 5335 da ORDEM DOS

    PSICLOGOS. (s) 22:39 Sem comentrios:

    Etiquetas: consultas psicologia infantil, Consultrio psicologia infantil, Crescer

    centro de psicologia, fobia escolar, jornal i, maria de jesus candeias, Psiclogos

    infantis, regresso escola

    aproveitada a convivncia com eles. A crtica aos amigos s ir afastar o adolescente dos pais e

    aumentar a vontade de os contrariar. Uma dica a aproveitar fazer que os amigos frequentem a casa,

    almocem ou jantem com a famlia, possam passar um fim-de-semana.

    O que podem fazer os pais no caso de no gostarem dos amigos dos filhos?

    Os amigos, quer sejam boas ou ms companhias, fazem parte da vida dos filhos. O facto de no

    gostarem dos amigos dos filhos leva a que sejam, muitas vezes, feitas crticas negativas, aumentando

    o mal-estar geracional pais/filhos. Se tiver a certeza absoluta de que estas amizades so prejudiciais,

    os pais devem sentar-se com os filhos, expressar as preocupaes e refor-las. Se tal no funcionar,

    devero procurar a ajuda de um profissional. Por vezes, estas ms companhias so um veculo de

    maior aceitao social (desajustada) do filho e promotora de visibilidade e status social.

    Perante a resistncia a aplicarem-se nos estudos, que atitudes podem os pais tomar?

    O estudo uma actividade que requer mtodo, muitas vezes contrabalanado com uma forte

    resistncia dos adolescentes a estudar, pois existem focos de interesse maiores e mais apaixonantes

    do que meramente estudar. Contudo, importante os pais criarem com os filhos, desde cedo, a norma

    do estudo, isto , definir condies e horrios, para que a resistncia influencie o menos possvel. No

    entanto, importante respeitar os ritmos e as necessidades do adolescente, para que este perceba

    quem e para onde vai e que os seus sonhos s sero atingidos com o seu sucesso educativo.

    Qual a melhor altura (idade) para comear a pensar na profisso?

    Este um tema muito controverso e oscilante. Acredito que a altura ideal o 9. ano e/ou cerca dos

    15 anos. A vocao pode no estar presente no aluno, por isso dever haver um trabalho de base e

    continuado, de forma a levar o aluno, no final do 3. ciclo, a reflectir continuamente sobre aquele que

    vai ser o seu percurso escolar e que vai ter um peso crucial na sua vida pessoal e profissional. Neste

    processo, os alunos devem reflectir acerca do seu eu, acerca de valores e atitudes. Este processo

    levar a que o adolescente, ao ter uma escolha correcta, seja um adulto feliz e bem-sucedido.

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    Sexta-feira, 6 de Julho de 2012

    A difcil arte de Educar os filhos...

    No fcil educar, certeza que quase todos os pais tm. H

    crianas fceis que do pouco trabalho, mas h outras que

    deixam os pais desesperados, logo desde que nascem. comum

    os pais dizerem que o outro filho no lhe deu trabalho. Pois bem,

    apesar de poderem existir vrios irmos filhos dos mesmos pais,

    eles so pessoas diferentes, logo reagem de diferentes

  • 18/09/13 CRESCER- Centro de Psicologia da Famlia, da Criana e do Adolescente.

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    modos requerendo outras formas de educao.

    No h pais perfeitos, nem educao ideal, mas h erros

    que podem ser evitados. O carinho e as regras so fundamentais

    na educao de todas as crianas. Muitas vezes pais

    culpabilizados pelo pouco tempo que passam com os filhos

    substituem o afecto por brinquedos caros. As crianas devem

    ser incentivadas a viver para o ser e no para o ter. Uma

    educao pautada por regras firmes mas justas e impostas com

    afecto a garantia de estar a construir um ser humano

    saudvel. Tudo isto utilizando a pedagogia do bom senso.

    Alguns erros a evitar:

    Compensar as ausncias com presentes O que conta

    a qualidade do tempo que os pais passam com o filho. Vale mais

    uma hora diria (embora seja pouco) em que esteja totalmente

    com o seu filho do que um dia inteiro em que estejam juntos em

    casa mas a criana est entregue a si prpria e televiso ou

    computador. A tendncia dos pais fazerem-se substituir pelos

    presentes logo a criana passa a medir o afecto pelos presentes

    que recebe.

    Querer ser amigo em vez de pai ou me os pais no so

    os melhores amigos dos filhos, esses esto l fora. H pais que

    acreditam que as crianas vo gostar mais deles se tiverem um

    comportamento de amigo em vez de pai. Nada mais errado. As

    crianas querem pais que sejam pais, que contenham, que

    estabeleam limites. Ser amigo do filho vai levar a que a criana

    relativize as regras e os conselhos e fique confusa. Pais so pais,

    no so amigos.

    Quebrar as regras impostas as regras tem que ser

    explicadas e ser justas para que sejam eficazes. Uma regra

    aplicada de forma injusta e com autoritarismo uma regra que

    deseduca. Dizer no uma necessidade em educao. Muitas

    vezes os pais tm medo de dizer no. Se proibiu o seu filho de

    ver televiso durante um tempo no quebre a regra, o seu filho

    ir julgar que pode quebrar as regras. A nvel social poder

    trazer-lhe problemas um dia mais tarde.

    Fazer comparaes entre filhos ou com outras

    crianas importante aceitar que as crianas tm ritmos

    diferentes e tempos de aprendizagem diferentes. Comparar com

    outro filho dizendo que o outro ou foi melhor aluno, que o

    colega mais inteligente porque tem melhores notas, cria

    sentimentos de frustrao enormes. Deve aceitar o seu filho

    como ele sem fazer comparaes com os outros. Isso no

    impede que o incentive a ser uma pessoa melhor e mais bem

    preparada para a vida. Sem cair em exageros claro.

    Fazer pelos filhos em vez de ensinar a fazer as

    crianas precisam de experimentar a fazer as coisas. Aprende-

    se praticando. Errar e voltar a tentar a nica forma de

    aprender. Por vezes os pais no deixam os filhos falhar e fazem

    as tarefas por eles. O seu filho tem seis anos e quer tomar banho

    sozinho? Ainda bem, est a manifestar a sua autonomia e por

    isso deve ser incentivado.

    Impor a perfeio aos filhos nenhum filho perfeito.

    Impor a perfeio sob pena da retirada do afecto ou de castigos

    algo que cria um sentimento enorme de inferioridade. Um pai

    que nunca est satisfeito com as notas do filho (mesmo que o

  • 18/09/13 CRESCER- Centro de Psicologia da Famlia, da Criana e do Adolescente.

    crescer-psicologiainfantil.blogspot.com.br 17/17

    filho tenha tido 92% numa prova) criar um sentimento de

    imperfeio e subir os parmetros para nveis que levam

    sempre a uma grande insatisfao. Se o seu filho um aluno

    mdio ajude-o a aproveitar melhor as suas capacidades mas em

    exigir o impossvel.

    Proteger demasiado Proteger demasiado uma criana para

    que no passe por frustraes medos ou fracasso poder levar

    ao bloqueio da criana. Deixe-o experimentar e falhar. Ajude-o

    a lidar com as adversidades da vida e a defender-se. Proteger

    demasiado inibe a agressividade necessria sobrevivncia.

    Mostrar as prprias fragilidades criana mostrar as

    preocupaes s crianas vai levar a um sentimento de

    insegurana enorme. Os filhos esperam pais fortes e capazes de

    os proteger. Mostrar uma imagem de pai ou me desvalorizado

    e pouco competente pode levar a criana a criar sentimentos de

    culpa. Poder falar de alguns problemas mas sem sobrecarregar

    com moralismos ou culpabilidade.

    Desautorizar o pai ou a me em frente criana

    quando os pais se desautorizam esto a desvalorizar-se perante

    a criana. A criana deixa de respeitar ambos os pais. Mesmo

    que no concordem devem falar em privado e chegar a um

    consenso. As crianas aprendem a manipular os pais que no

    esto em sintonia.

    No conversar com os filhos para que a criana crie

    confiana necessrio que a comunicao seja aberta na famlia.

    Nunca deixe de responder s questes do seu filho e mantenha

    o canal de comunicao aberto para que ele recorra sempre que

    precise.

    Brincar com a criana h pais que no brincam com os

    filhos, ou deixam de brincar cedo demais por acharem que isso

    infantiliza a criana. Brincar com os pais fortalece os laos entre

    pais e filhos e ensina o verdadeiro valor do afecto: a criana

    sente-se amada e apoiada. Programar brincadeiras e

    actividades em famlia das coisas mais proveitosas que pode

    fazer pelo futuro do seu filho.

    Deixar a educao para a escola na escola no se educa,

    espera-se que as crianas tragam educao de casa. A educao

    tem que ser feita pelos pais. A funo do professor ensinar. Os

    problemas de disciplina esto a aumentar pela demisso dos

    pais da educao dos filhos. Responsabilize o seu filho pelo seu

    comportamento na escola e no lhe permita faltas de respeito

    com os professores. Deixe isso bem claro. Exija do professor que

    ensine, no que ensine valores morais e de conduta, embora

    tambm o possa fazer. Se os pais no cumprirem o papel de

    educadores, o professor vai ter dificuldade em ensinar por ter

    que por limites e regras que j deveriam estar adquiridos.