COTIDIANO DA QUÍMICA COMO FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM AULAS DE LABORATÓRIO DIRECINADAS AO ENSINO MÉDIO

Antonébia Mota(CECITEC/UECE), Lúcio Roberto Galvão de Araújo (Orientador-CECITEC/UECE),

INTRODUÇÃO: O ensino de química atual requer uma reflexão nas formas de abordagens, é de fundamental importância uma análise sobre o que e como esta sendo apresentado nas escolas de ensino médio. Alguns currículos enfatizam, na maioria das vezes, abordagens que não aproximam a realidade do contexto social e tecnológico vivenciado pelos alunos em seu cotidiano. Há nesses currículos uma quantidade excessiva de conceitos, onde as interrelações são dificultadas pelo distanciamento do que está sendo ensinando e o que realidade na vida diária dos alunos. Outro fator é a repetição acrítica de fórmulas didáticas acaba por transformar a Química escolar em algo cada vez mais distante da ciência química e de suas aplicações na sociedade. Tendo em vista essas condições propomos, para a Química do Ensino Médio, uma alternativa em aulas práticas que contempla aspectos conceituais fundamentais que permitam a compreensão da constituição, propriedades e transformações dos materiais, destacando implicações sociais relacionadas à sua produção e a sua utilidade no cotidiano. Muito do que se faz nas aulas de ciências nas escolas de ensino médio é se preocupa mais com as apresentações de definições, conceito e formulas que os alunos memorizem para resolver exercícios. Sem duvida que as teorias do conceito de química são importantes para as construções teóricas e expressas em formula matemáticas, mais o conhecimento que elas carregam só fazem sentido se nos permitir compreender como o mundo funciona e como as reações acontecem em nosso dia a dia.

OBJETIVOS OBJETIVO GERAL: Utilizar materiais alternativos de fácil manuseio e aquisição, como recursos laboratoriais, com a finalidade de favorecer ao educando uma melhor compreensão dos tópicos de química, contextualizando em sua vivência diária. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 1 – Introduzir aulas práticas de química, relacionadas ao cotidiano do educando ativando o senso de curiosidade do mesmo; 2 – Fazer com que o educando seja o personagem ativo na montagem das aulas práticas buscando elevar o nível no ensino-aprendizagem; 3 – Agregar o conhecimento da química, juntamente com a turma, fazendo uso de materiais alternativos; 4 – Facilitar a elevação no desempenho do educando através de uma inserção pedagógica mais atuante.

METODOLOGIA e MATERIAIS O projeto foi desenvolvido durante a disciplina de estágio e envolveu estudantes e professores, da rede pública de ensino médio do Colégio EEM Liceu de Tauá- Lili Feitosa, e do CECITEC/UECE, da região dos Inhamuns. Levando-se em conta as seguintes etapas: A – Pesquisa e catalogação de possíveis materiais a serem utilizados nas aulas práticas; B – Realização das atividades iniciais em conjunto com os professores da escola, levando em conta discussões e elaborações de relatórios; C – Nas aulas práticas foram utilizados tópicos referentes a Tabela Periódica, Ligações Químicas e Reatividade de metais e não-metais, na modalidade de química do ensino médio; D – As aulas práticas, foram elaboradas e monitoradas por um estudante do CECITEC/UECE e executadas conjuntamente com a turma, durante o segundo semestre de 2011. 1 – MATERIAIS UTILIZADOS: - Água, soluções de ácido muriático (HCl) e soda cáustica (NaOH), pedaços de metais (Fio de cobre, zinco, lacre de alumínio e fita de magnésio), pedaço de não-metal (carvão – carbono) , tubos de ensaios e bequers. 2 – TÓPICOS QUÍMICOS UTILIZADO NA PRÁTICA: - Tabela Periódica (Localização e características de elementos ) - Ligações Químicas (Iônicas, Covalentes e Metálicas) - Reatividade Química (Elementos metálicos e não-metálicos)

AGRADECIMENTO

UECE

Alunos do Liceu de Tauá em aula experimental Explicação da prática pela monitora do CECITEC

CONCLUSÕES Ao aplicar as aulas de laboratório no ensino médio foi possível comprovar as quão essas aulas práticas são importantes para o melhor aprendizado dos alunos, pois é perceptível que eles se empolgam bem mais nessas aulas, e o conteúdo o qual foi passado em um bimestre eles conseguiram absorver em uma aula de 50 minutos, sem falar que na sala de aula, a maioria dos alunos acaba por ficar dispersos, porém no laboratório ficam todos concentrados, inclusive até mesmo aqueles que dizem não gostar de química. Com a aplicação dessas praticas foi possível de forma objetiva e rápida trabalhar com eles sobre tabela periódica, ligações químicas e reatividade, de uma forma dinâmica e interessante, pois ao utilizar materiais do nosso cotidiano facilitou na compreensão dos alunos e na metodologia de explanação.

UTILIZAÇÃO DO FORNO SOLAR ALTERNATIVO E ANTIPOLUIDOR PARA

DESIDRATAÇÃO DE FRUTOS NA REGIÃO DOS INHAMUNS

Antônio Gomes Noronha (CECITEC), Manoel Sobreira Mota Neto (CECITEC), Lúcio Roberto Galvão de Araújo (Orientador-CECITEC/UECE),

INTRODUÇÃO: O semi-árido nordestino é definido, na maioria das vezes, como uma região seca e "castigada pelo sol". À irradiação solar constante e intensa é atribuída parte das mazelas dos que ali vivem. No entanto, a maioria dos nordestinos, assim como grande parcela da população brasileira, carece de um conhecimento básico e considerar o sol como um recurso natural fornecedor de energia limpa e gratuita. É muito fácil verificarmos tal situação. Basta observarmos o quanto é baixo índice de aproveitamento da energia solar no país. O projeto se beneficiará dessa energia abundante e antipoluidora, e será divulgada pela caatinga cearense através de um forno solar alternativo construído a partir de materiais que seriam, provavelmente, destinados aos lixões. Prover a alimentação adequada à família é a maior preocupação diária da maior faixa da população no semi-árido. O alimento torna-se um bem precioso. Bem esse que a torna, no dia a dia, sobrevivente à adversidade da vida. Diante dessas condições demonstra-se bastante viável o uso do Forno Solar por parte dessas famílias no que levará a uma real economia doméstica nessa região do estado. O projeto de Forno Solar lida diretamente com a questão de mudança de hábitos e valores culturais. Percebe-se que só repassar a técnica de fabricação do Forno e ensinar o cozimento dos alimentos e desidratação de frutos não é suficiente, pois durante o uso do mesmo surgirão questões a serem esclarecidas.

OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS OBJETIVO GERAL: Agregar o maior número de famílias possíveis, do semi-árido cearense, no s município s da região dos Inhamuns ,no uso do Forno Solar Alternativo e Antipoluidor em suas tarefas de cozimento alimentares em seus cotidianos. E multiplicar esse trabalho em outros municípios cearenses. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 1 – Diminuir o uso de combustível fóssil (gás butano), carvão vegetal e lenha no cozimento doméstico; 2 – Favorecer a redução de patologias respiratórias e/ou oftalmológicas provocadas pelos cozimentos com carvão vegetal e lenhas no município de Tauá; 3 – Provocar a diminuição na derrubada de mata da catinga na região dos inhamuns; 4 – Favorecer ao usuário do Forno Solar Alternativo uma margem maior de tempo em outras atividades que lhe traga uma mais satisfação pessoal e elevação da renda familiar.

METODOLOGIA e MATERIAIS Para o bom desenvolvimento do projeto todos os envolvidos, bolsistas e professores, realizaram as atividades em conjunto, assim como as discussões e formações dos relatórios. A – Os Pesquisadores (Professores e Bolsistas) farão uma pesquisa, em campo, sobre: - Método usado na secagem de frutos e sementes na região; - Estudos referentes à intensidade de energia solar na região; - Estudos referentes à condução e troca de calor. B – Serão confeccionados dois fornos solares, um para frutos e outro para sementes, com finalidade aos seguintes testes preliminares: C – Verificação do tipo ideal de materiais na confecção dos fornos de secagem; - Monitoramento da secagem de diversos furtos e sementes: - Medidas de temperatura ambiente externa e interna do forno; - Horários ideais para secagem; D – Os tomates foram cortados ao meio e colocados dentro do forno da seguinte maneira: metade com a casca para cima e a outra metade com a casca para baixo; E as bananas todas sem cascas; E – Serão confeccionados roteiros e apostilas a serem usados nas oficinas de construções dos Fornos Solares. Início da desidratação Desidratação de bananas - 9 horas de aquecimento

1 – RESULTADOS PRELIMINARES Os tomates com as casca virada para cima levaram mais tempo para a completa desidratação. Os com casca para baixo levaram 13 h para a desidratação enquanto que os com cacas para cima o processo de desidratação levou 17h. As bananas têm que estar bem maduras, pois assim facilitam o processo de desidratação. As mesmas levaram 9h para atingirem a desidratação adequada. 2 – CONCLUSÕES Para que o processo de desidratação seja facilitado é ideal que o forno seja colocado sob a luz solar, no mínimo, 30 minutos antes de colocar o fruto; Quando for necessário mais de um dia para o processo de desidratação é ideal que os frutos sejam bem acondicionados para que não haja contato com algum inseto durante a noite. Não colocar em geladeiras, pois prolongará o processo de desidratação.

AGRADECIMENTO

UECE

Início da desidratação

Banana Desidratada

Tomate desidratado