correio criança - edicao 113 - 1 de fevereiro de 2014

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Como é a escola ideal? Debata com seus coleguinhas e professores. Juntos podemos torná-la realidade - Págs. 4 e 5 Diversão e cultura para a gurizada - Nº 113 - 1 de fevereiro de 2015 A escola dos sonhos seria...

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Su´plemento infantil do jornal Correio da Paraíba

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Como é a escola ideal? Debata com seus coleguinhas e professores.Juntos podemos torná-la realidade - Págs. 4 e 5

Paraíba, 1 de fevereiro de 20158

Se você gosta de desa os vi-ciantes no melhor estilo puzzle, PeggleBlast é o seu jogo. Grá- co colorido, simples e músicas de arrasar em mais um game gratuito multiplataforma da EA e Popcap, produtores do famoso Plants VS Zombies.

Você poderá jogá-lo no seu

celular, Facebook, tablet, iPad ou console. O principal objeti-vo é eliminar as gemas laranjas antes que suas chances acabem, simples, não é? Só que não... O nível de di culdade aumenta em cada fase. É preciso calcular cor-retamente o trajeto para atingir o máximo de pedras possíveis

e recuperar uma bola extra ao acertar no balde que ca se mo-vimento embaixo da tela.

Mas não se preocupe, exis-tem poderes especiais para aju-dar as missões, além da gema verde que tem sempre um su-per-poder e da roxa que dá pontuação extra.

Tem carnaval pra criançada! Diversão e cultura para a gurizada - Nº 113 - 1 de fevereiro de 2015

Há 23 anos divertin-do as crianças, o bloco Muriçoquinhas do Mira-mar vaai colorir a “Via Folia Epitácio Pessoa” no próximo dia 9. Vai ter brincadeira e papo sério: o tema deste ano é “Lu-gar de Criança é na Esco-la”, reforçando que ir às aulas é o principal.

Muito frevo e mar-chinha irão animar os mais de 400 mil peque-nos foliões que são espe-rados no bloco, que este ano homenageia Ariano Suassuna escritor Parai-bano que faleceu no ano de 2014.

Concentração: 09 de fevereiro às 17h na Praça das Muriçocas. Participe!

Agora que você já sabe todas as datas,

vem curtir a Folia de Rua 2015!

FOLIA DE RUA

Dindin de Manga03 de fevereiro

Concentração: Em frente ao posto Tropicana às 17h.

Agitada Gang07 de fevereiro

Concentração: Epitácio Pessoa, em frente à Academia Corpo Livre às 17h.

Outros blocos também prometem agitar a criançada, con ra:

Por: Caio Nóbrega

Por João Jr. [email protected]

O Peggleé um belo jogo que estimula a criança a raciocinar, trabalhando a lógica para desven-dar onde a bola deve ser lançada para acertar o alvo, sem tornar a missão impossível de ser comple-tada, diminuindo a frustração que muitos jogos puzzle podem trazer para crianças menores.

Você sabia que...

A escola dos

sonhos seria...

Participe do Correio Criança. Mande o seu texto ou desenho pelo E-mail: [email protected], ou envie para: Correio Criança - Av. Dom Pedro II, 623 – Centro, João Pessoa - PB - CEP 58013-420. Ou deixe-os diretamente na portaria.

CORREIO CRIANÇA

Editora Geral Sony Lacerda | Jornalista Responsável Márcia Dementshuk (DRT-RS 8376) | Fotos Arquivo Jornal CorreioComercial Glícia Rangel | Programação visual e diagramação Klécio Bezerra | Conselho Editorial: Professores, Ana Paula Hollanda, Claudia Savino,

Kátia Cilene | Psicólogo João Bezerra Guedes Jr. | Crianças Gabi Magliano, Caio Lucas Nobrega, Bruno Emídio Colaboradores Especiais Chico Augusto, Robério Eloy e Vânia Flor | Gráfica Egídio Oliveira | Contato [email protected]

Apoio:Suplemento infantil quinzenal do

Paraíba, 1 de fevereiro de 20152 Paraíba, 1 de fevereiro de 2015 7

Vende-se limonada!Xandinho passava as tardes das

férias assistindo televisão. Até que um dia ele viu um desenho onde os perso-nagens montaram uma barraca para vender limonada. Teve uma ideia: “Vou fazer limonada pra vender!”

Só que Xandinho tem 9 anos e não sabia como preparar o suco, não tinha mesa, jarra, copos, nem limão... E agora?!

- Mãe! Eu quero vender limona-da. Vamos armar uma barraquinha na frente do salão onde a senhora traba-lha? Posso oferecer para os clientes.

A mãe de Xandinho, Cleysy Cou-tinho, achou que era maluquice do menino... “Ora, vender suco...” Mas o lho insistiu tanto, que Cleysy re-solveu dar ouvidos. Fez o suco, mon-tou uma mesinha, providenciou uma toalha, copos descartáveis e sugeriu que tivesse uns bolinhos também, caso algum cliente também estives-se com fome.

As vendas começaram dia 12 de janeiro e foi um sucesso! O irmão de Xandinho, Igor, de 6 anos, ajuda no atendimento.

“O copo custa R$ 1,00 e o suco com o bolinho sai por R$ 2,00. Teve um dia que ganhamos R$30,00 com as vendas!”, comemorou Xandinho.

Ele entendeu também que teria que usar parte do dinheiro para fazer mais suco e mais bolinhos para o dia seguinte. “Agora eu vi como as pes-soas trabalham”, disse ele. “Mas para mim é como se eu estivesse brincan-do. Divirto-me muito mais do que se estivesse assistindo TV”, concluiu.

Quando as aulas começarem ele para com a brincadeira. “Tenho que estudar. E estou pensando o que vou fazer com o dinheiro que ganhei: vou dar um pouquinho pra minha mãe, pra minha avó, que ajudou a fazer o suco, pro meu irmão, que ajudou a vender e depois eu vejo!”

Isto era um videogame? Este foi um dos primeiros vendidos no

Brasil, em 1977. Não tinha joystick!

No Museu da Cidade de São João do Cariri, na Paraíba, encontramos esta relíquia, a segunda versão

“mais moderna” do jogo, agora com joystick!

O nome de Xandinho é Alexandre Magno Candido da Cruz Filho. Ele vai fazer 10 anos na semana que vem

www.saladadeatividades.com.br

OBA, OBA!As aulas voltaram e com elas muitos sentimentos e emoções.

Hora de preparar todos os materiais escolares.Vamos ver se você não esqueceu nada?

Encontre no caça palavras os materiais que você irá precisar.

ProfessoraCamila Carvalho

Mande um e-mail para: [email protected]

Paraíba, 1 de fevereiro de 20156 Paraíba, 1 de fevereiro de 2015 3

É engraçado ver como as histórias surgem... Em 2011, a escri-tora Anna Claudia Ramos visitou uma escola de surdos bilíngue em Porto Alegre e cou muito emocionada em ver como as crianças trabalharam o conteúdo de seus livros. Ela saiu dali resolvida: “Ain-da escreverei um livro sobre as crianças que não escutam”.

Em 2013, a autora foi para a Fliporto, a Festa de Literatura em Pernambuco, e quando conversava com uma amiga, ouviu ums história engraçada. Seu irmão, Aldo, quando criança, falava muito, demais. Era um tagarela! Quando sua mãe reclamava ele dava a desculpa: elas ‘saíam’ da sua boca quando a abria! Rá, rá, rá! E ele não controlava, não?

De repente, Anna Cláudia teve uma ideia. “E se eu juntasse o Aldo com uma menina que não escuta? Ele poderia falar até a língua car dura e ela não iria entender nada!”

Foi aí que surgiu a história contada em “O Menino das Pa-lavras”. Aldo conheceu uma menina que era surda e aprendeu que havia outras formas de se comunicar. A vida dos dois amigos mudou demais. Veja no livro!

Assim nasce uma história

No Espaço Cultural, em João Pessoa

Anna Claudia Ramos escreveu O MENINO DAS PALAVRAS. A edição é de Susanna Florissi, a amiga de Anna, irmã de Aldo! Editora Galpãozinho.

Este tubarão lembra uma cobra! É uma espécie super rara e vive nos oceanos há cerca de 80 milhões de anos! Ele tem cerca de 300 dentes... Que tal levar uma mordida?

Este animal é visto em águas de mais de 1,2 mil metros de profundi-dade, mas foi sgado por anzóis de pescadores na Austrália a cerca de 700 metros. Os cientistas disseram que é muito incomum alguém conse-guir pescá-lo.

Sabe-se que havia tubarões como ele há 80 milhões de anos porque já foram encontrados fósseis dessa es-pécie. (Fósseis são animais que mor-reram e caram petri cados ao lon-go de milhares de anos.) Por isso são considerados fósseis vivos!

Tubarão-cobraé um fóssil vivo

Muitas brincadeiras com a plateia, com as perfor-mances dos palhaços Ati-chim, Palhaço Picolé, Palhaço Pipi e Palhaço Dadá ainda um grupo de bailarinos e DJ Thiago Henriques.

Agitada Gangin Concert

No Teatro Santa Catarina, em

Cabedelo

Baseado no conto dos irmãos Grimm, conta a história dos irmãos que se perderam em uma ores-ta, encontraram uma linda casa de doces e tiveram muitas surpresas.

João e Maria e a Fantástica Fábrica de Doces

Sempre às 17hPreços variados

HOJEÚltimo dia

É hora de saber mais sobre as estrelas! A Esta-ção Cabo Branco inicia o curso básico de astrono-mia. São 30 vagas para todas as pessoas a partir de 10 anos de idade.

Com uma linguagem didática, o aluno vai co-nhecer a história da Astronomia, as principais cons-telações, a Terra e os seus movimentos, bem como aprender a operar os equipamentos de observação dos astros. Inscreva-se na recepção do Auditório da Estação Cabo Branco.

Início: 03 de fevereiro até 03 de marçoMinistrante: Marcos JerônimoInscrições: Podem ser feitas até a véspera do curso.Fones: 3214-8270, 3214-8303

“Eu queria que nas minhas aulas de Educa-ção Física, o meu profes-sor fosse o jogador Hulk.”

João GabrielOliveira, 9 anos

Foto

s: M

ano

de C

arva

lho

4 Paraíba, 1 de fevereiro de 2015 5

Em todas as cidades do Brasil, hoje, tem escolas. Até em lugares distantes da cidade, onde vivem

os agricultores, as crianças têm onde estudar, embora, às vezes, as condições sejam um pouco

difíceis, faltando água, classes... Mas as oportunidades são muito melhores do que antigamente.

Essa é a escolados meus sonhos

O repórter teen do Correio Criança, Caio Nóbrega, de 15 anos, entrevistou estudantes e suas mães para descobrir como é a escola dos sonhos. Veja o que ele descobriu!

Crianças que pensam grande

“Ah, eu imagino uma escola com um espaço gigante para eu brincar com meus amigos. Um parque de diversão”

Yasmin Cabral, 8 anos

“Uma escola que integre questões de formação cidadã, conhe-cimentos pedagógicos e que envolva todo o lado afetivo, físico e so-cial da criança. Que transmita conhecimentos voltados à sociedade, demonstre o quanto é importante as relações de respeito entre as pessoas e que forme um consciência política.”

Fernanda Cabral, mãe de Yasmin, pedagoga

“Eu queria que tivesse um pula-pula gigante, e uma área de futebol bem grande para eu jogar bola com meus amigos. Queria um estádio gigante dentro da escola, onde os alunos pudessem disputar as parti-das de futebol.”

Marcos Henri, 7 anos

Valquíria Franco, mãe de Marcos Henri, funcionária pública

“Eu só co sonhan-do com uma Vila Olím-pica, seria maravilhosa: piscinas, quadra de vô-lei, basquete e uma pis-ta de atletismo. Como aquelas que estão fa-zendo no Rio de Janeiro para as Olimpíadas!”

Vinícius Aquino, 10 anos

“Eu penso em uma escola com en-sino bilíngüe, com toda uma estrutura para práticas esportivas. É preciso que as crianças tenham conhecimento de áreas ainda não existentes na escola, como as situações que enfrentamos no nosso dia a dia, as contas da família, a importância de se ter um trabalho...”

“Seria legal que os alunos pudessem aprender mais sobre as relações de amizade, solidariedade, convivência em sociedade e sobre a natureza. Uma escola com uma grande área verde onde as crian-ças pudessem sentir prazer de estar com a natureza e que não se estimulasse uma competitividade, mas que abrangesse outros conhecimentos.”

Michelle Aquino, mãe de Vinícius, psicóloga

“Uma escola que atendesse não só as necessi-dades de aprendizado, mas a educação alimentar e práticas esportivas. Hoje em dia não é possível que as crianças tenham apenas aula de Português ou Ma-temática. Precisa inserir conceitos de cidadania nas atividades corriqueiras, que seja natural aprender!”

Rosa Oliveira, professora

Quando a corte de João VI, rei de Portugal, veio para

o Brasil em 1808, mais de 99% dos habitantes da nova

terra (quase todos) não sabiam ler nem escrever, eram

analfabetos. Viviam cerca de três milhões de pessoas na

colônia e um terço eram escravos trazidos da África. A po-

pulação indígena era mais ou menos em 800 mil pessoas.

Eram todos analfabetos, pobres e carentes de tudo.

Dom João percebeu que era mais fácil controlar pes-

soas que não sabiam como funciona uma sociedade e não

teve interesse em construir escolas. Por exemplo, eles não

sabiam quanto o rei recolhia de impostos, não sabiam

que, por trabalharem, tinham direito de receber em troca

do governo um atendimento médico, se cassem doentes.

E nem se falava em “educação”.

População do Brasil Colônia era analfabeta

Em 1990 foi aprovado um estatuto no Brasil para ga-

rantir o direito de todas as crianças a estudar. É o ECA. Ele

está baseado no que diz a Constituição do Brasil, o conjun-

to de leis que devem ser seguidas por todos os brasileiros:

que é dever da família, da sociedade e do Estado assegu-

rar à criança o direito à educação. Isso é o principal.

Estatuto da Criança e do

Adolescente (ECA) garante educação

Na época da Independência do Brasil, em 1822, não

havia nenhuma universidade no país. Na província do

Piauí, por exemplo, havia apenas três escolas que cavam

100 quilômetros distantes uma da outra.

Quando foi proclamada a república, em 1889, a

educação continuava ruim: 80% dos brasileiros ainda

eram analfabetos.(Fonte: Livros 1808, 1822 e 1898, de Laurentino Gomes)

Brasil sem escolas

O ECA mostra que educar não é só ensinar a ler, es-

crever e fazer contas. É importante explicar para a criança

como “funciona” uma cidade, um estado e o país. Que,

além dos direitos que temos de sermos atendidos por um

médico quando precisamos, de estudar, de termos uma

pracinha pra brincar, também temos “deveres”.

Devemos cuidar da pracinha, devemos escolher quem

será o prefeito, o governador, o presidente, devemos pa-

gar as taxas que o governo cobra, pois esse é o dinheiro

que vai ser usado pra construir a pracinha!

E devemos aprender a scalizar se o governo está

realmente usando o dinheiro para construir coisas que

todos possam usar. E só conseguimos fazer isso tudo se

tivermos conhecimento!

Cidadania e trabalho

“Eu queria que nas minhas aulas de Educa-ção Física, o meu profes-sor fosse o jogador Hulk.”

João GabrielOliveira, 9 anos

Foto

s: M

ano

de C

arva

lho

4 Paraíba, 1 de fevereiro de 2015 5

Em todas as cidades do Brasil, hoje, tem escolas. Até em lugares distantes da cidade, onde vivem

os agricultores, as crianças têm onde estudar, embora, às vezes, as condições sejam um pouco

difíceis, faltando água, classes... Mas as oportunidades são muito melhores do que antigamente.

Essa é a escolados meus sonhos

O repórter teen do Correio Criança, Caio Nóbrega, de 15 anos, entrevistou estudantes e suas mães para descobrir como é a escola dos sonhos. Veja o que ele descobriu!

Crianças que pensam grande

“Ah, eu imagino uma escola com um espaço gigante para eu brincar com meus amigos. Um parque de diversão”

Yasmin Cabral, 8 anos

“Uma escola que integre questões de formação cidadã, conhe-cimentos pedagógicos e que envolva todo o lado afetivo, físico e so-cial da criança. Que transmita conhecimentos voltados à sociedade, demonstre o quanto é importante as relações de respeito entre as pessoas e que forme um consciência política.”

Fernanda Cabral, mãe de Yasmin, pedagoga

“Eu queria que tivesse um pula-pula gigante, e uma área de futebol bem grande para eu jogar bola com meus amigos. Queria um estádio gigante dentro da escola, onde os alunos pudessem disputar as parti-das de futebol.”

Marcos Henri, 7 anos

Valquíria Franco, mãe de Marcos Henri, funcionária pública

“Eu só co sonhan-do com uma Vila Olím-pica, seria maravilhosa: piscinas, quadra de vô-lei, basquete e uma pis-ta de atletismo. Como aquelas que estão fa-zendo no Rio de Janeiro para as Olimpíadas!”

Vinícius Aquino, 10 anos

“Eu penso em uma escola com en-sino bilíngüe, com toda uma estrutura para práticas esportivas. É preciso que as crianças tenham conhecimento de áreas ainda não existentes na escola, como as situações que enfrentamos no nosso dia a dia, as contas da família, a importância de se ter um trabalho...”

“Seria legal que os alunos pudessem aprender mais sobre as relações de amizade, solidariedade, convivência em sociedade e sobre a natureza. Uma escola com uma grande área verde onde as crian-ças pudessem sentir prazer de estar com a natureza e que não se estimulasse uma competitividade, mas que abrangesse outros conhecimentos.”

Michelle Aquino, mãe de Vinícius, psicóloga

“Uma escola que atendesse não só as necessi-dades de aprendizado, mas a educação alimentar e práticas esportivas. Hoje em dia não é possível que as crianças tenham apenas aula de Português ou Ma-temática. Precisa inserir conceitos de cidadania nas atividades corriqueiras, que seja natural aprender!”

Rosa Oliveira, professora

Quando a corte de João VI, rei de Portugal, veio para

o Brasil em 1808, mais de 99% dos habitantes da nova

terra (quase todos) não sabiam ler nem escrever, eram

analfabetos. Viviam cerca de três milhões de pessoas na

colônia e um terço eram escravos trazidos da África. A po-

pulação indígena era mais ou menos em 800 mil pessoas.

Eram todos analfabetos, pobres e carentes de tudo.

Dom João percebeu que era mais fácil controlar pes-

soas que não sabiam como funciona uma sociedade e não

teve interesse em construir escolas. Por exemplo, eles não

sabiam quanto o rei recolhia de impostos, não sabiam

que, por trabalharem, tinham direito de receber em troca

do governo um atendimento médico, se cassem doentes.

E nem se falava em “educação”.

População do Brasil Colônia era analfabeta

Em 1990 foi aprovado um estatuto no Brasil para ga-

rantir o direito de todas as crianças a estudar. É o ECA. Ele

está baseado no que diz a Constituição do Brasil, o conjun-

to de leis que devem ser seguidas por todos os brasileiros:

que é dever da família, da sociedade e do Estado assegu-

rar à criança o direito à educação. Isso é o principal.

Estatuto da Criança e do

Adolescente (ECA) garante educação

Na época da Independência do Brasil, em 1822, não

havia nenhuma universidade no país. Na província do

Piauí, por exemplo, havia apenas três escolas que cavam

100 quilômetros distantes uma da outra.

Quando foi proclamada a república, em 1889, a

educação continuava ruim: 80% dos brasileiros ainda

eram analfabetos.(Fonte: Livros 1808, 1822 e 1898, de Laurentino Gomes)

Brasil sem escolas

O ECA mostra que educar não é só ensinar a ler, es-

crever e fazer contas. É importante explicar para a criança

como “funciona” uma cidade, um estado e o país. Que,

além dos direitos que temos de sermos atendidos por um

médico quando precisamos, de estudar, de termos uma

pracinha pra brincar, também temos “deveres”.

Devemos cuidar da pracinha, devemos escolher quem

será o prefeito, o governador, o presidente, devemos pa-

gar as taxas que o governo cobra, pois esse é o dinheiro

que vai ser usado pra construir a pracinha!

E devemos aprender a scalizar se o governo está

realmente usando o dinheiro para construir coisas que

todos possam usar. E só conseguimos fazer isso tudo se

tivermos conhecimento!

Cidadania e trabalho

Paraíba, 1 de fevereiro de 20156 Paraíba, 1 de fevereiro de 2015 3

É engraçado ver como as histórias surgem... Em 2011, a escri-tora Anna Claudia Ramos visitou uma escola de surdos bilíngue em Porto Alegre e cou muito emocionada em ver como as crianças trabalharam o conteúdo de seus livros. Ela saiu dali resolvida: “Ain-da escreverei um livro sobre as crianças que não escutam”.

Em 2013, a autora foi para a Fliporto, a Festa de Literatura em Pernambuco, e quando conversava com uma amiga, ouviu ums história engraçada. Seu irmão, Aldo, quando criança, falava muito, demais. Era um tagarela! Quando sua mãe reclamava ele dava a desculpa: elas ‘saíam’ da sua boca quando a abria! Rá, rá, rá! E ele não controlava, não?

De repente, Anna Cláudia teve uma ideia. “E se eu juntasse o Aldo com uma menina que não escuta? Ele poderia falar até a língua car dura e ela não iria entender nada!”

Foi aí que surgiu a história contada em “O Menino das Pa-lavras”. Aldo conheceu uma menina que era surda e aprendeu que havia outras formas de se comunicar. A vida dos dois amigos mudou demais. Veja no livro!

Assim nasce uma história

No Espaço Cultural, em João Pessoa

Anna Claudia Ramos escreveu O MENINO DAS PALAVRAS. A edição é de Susanna Florissi, a amiga de Anna, irmã de Aldo! Editora Galpãozinho.

Este tubarão lembra uma cobra! É uma espécie super rara e vive nos oceanos há cerca de 80 milhões de anos! Ele tem cerca de 300 dentes... Que tal levar uma mordida?

Este animal é visto em águas de mais de 1,2 mil metros de profundi-dade, mas foi sgado por anzóis de pescadores na Austrália a cerca de 700 metros. Os cientistas disseram que é muito incomum alguém conse-guir pescá-lo.

Sabe-se que havia tubarões como ele há 80 milhões de anos porque já foram encontrados fósseis dessa es-pécie. (Fósseis são animais que mor-reram e caram petri cados ao lon-go de milhares de anos.) Por isso são considerados fósseis vivos!

Tubarão-cobraé um fóssil vivo

Muitas brincadeiras com a plateia, com as perfor-mances dos palhaços Ati-chim, Palhaço Picolé, Palhaço Pipi e Palhaço Dadá ainda um grupo de bailarinos e DJ Thiago Henriques.

Agitada Gangin Concert

No Teatro Santa Catarina, em

Cabedelo

Baseado no conto dos irmãos Grimm, conta a história dos irmãos que se perderam em uma ores-ta, encontraram uma linda casa de doces e tiveram muitas surpresas.

João e Maria e a Fantástica Fábrica de Doces

Sempre às 17hPreços variados

HOJEÚltimo dia

É hora de saber mais sobre as estrelas! A Esta-ção Cabo Branco inicia o curso básico de astrono-mia. São 30 vagas para todas as pessoas a partir de 10 anos de idade.

Com uma linguagem didática, o aluno vai co-nhecer a história da Astronomia, as principais cons-telações, a Terra e os seus movimentos, bem como aprender a operar os equipamentos de observação dos astros. Inscreva-se na recepção do Auditório da Estação Cabo Branco.

Início: 03 de fevereiro até 03 de marçoMinistrante: Marcos JerônimoInscrições: Podem ser feitas até a véspera do curso.Fones: 3214-8270, 3214-8303

Participe do Correio Criança. Mande o seu texto ou desenho pelo E-mail: [email protected], ou envie para: Correio Criança - Av. Dom Pedro II, 623 – Centro, João Pessoa - PB - CEP 58013-420. Ou deixe-os diretamente na portaria.

CORREIO CRIANÇA

Editora Geral Sony Lacerda | Jornalista Responsável Márcia Dementshuk (DRT-RS 8376) | Fotos Arquivo Jornal CorreioComercial Glícia Rangel | Programação visual e diagramação Klécio Bezerra | Conselho Editorial: Professores, Ana Paula Hollanda, Claudia Savino,

Kátia Cilene | Psicólogo João Bezerra Guedes Jr. | Crianças Gabi Magliano, Caio Lucas Nobrega, Bruno Emídio Colaboradores Especiais Chico Augusto, Robério Eloy e Vânia Flor | Gráfica Egídio Oliveira | Contato [email protected]

Apoio:Suplemento infantil quinzenal do

Paraíba, 1 de fevereiro de 20152 Paraíba, 1 de fevereiro de 2015 7

Vende-se limonada!Xandinho passava as tardes das

férias assistindo televisão. Até que um dia ele viu um desenho onde os perso-nagens montaram uma barraca para vender limonada. Teve uma ideia: “Vou fazer limonada pra vender!”

Só que Xandinho tem 9 anos e não sabia como preparar o suco, não tinha mesa, jarra, copos, nem limão... E agora?!

- Mãe! Eu quero vender limona-da. Vamos armar uma barraquinha na frente do salão onde a senhora traba-lha? Posso oferecer para os clientes.

A mãe de Xandinho, Cleysy Cou-tinho, achou que era maluquice do menino... “Ora, vender suco...” Mas o lho insistiu tanto, que Cleysy re-solveu dar ouvidos. Fez o suco, mon-tou uma mesinha, providenciou uma toalha, copos descartáveis e sugeriu que tivesse uns bolinhos também, caso algum cliente também estives-se com fome.

As vendas começaram dia 12 de janeiro e foi um sucesso! O irmão de Xandinho, Igor, de 6 anos, ajuda no atendimento.

“O copo custa R$ 1,00 e o suco com o bolinho sai por R$ 2,00. Teve um dia que ganhamos R$30,00 com as vendas!”, comemorou Xandinho.

Ele entendeu também que teria que usar parte do dinheiro para fazer mais suco e mais bolinhos para o dia seguinte. “Agora eu vi como as pes-soas trabalham”, disse ele. “Mas para mim é como se eu estivesse brincan-do. Divirto-me muito mais do que se estivesse assistindo TV”, concluiu.

Quando as aulas começarem ele para com a brincadeira. “Tenho que estudar. E estou pensando o que vou fazer com o dinheiro que ganhei: vou dar um pouquinho pra minha mãe, pra minha avó, que ajudou a fazer o suco, pro meu irmão, que ajudou a vender e depois eu vejo!”

Isto era um videogame? Este foi um dos primeiros vendidos no

Brasil, em 1977. Não tinha joystick!

No Museu da Cidade de São João do Cariri, na Paraíba, encontramos esta relíquia, a segunda versão

“mais moderna” do jogo, agora com joystick!

O nome de Xandinho é Alexandre Magno Candido da Cruz Filho. Ele vai fazer 10 anos na semana que vem

www.saladadeatividades.com.br

OBA, OBA!As aulas voltaram e com elas muitos sentimentos e emoções.

Hora de preparar todos os materiais escolares.Vamos ver se você não esqueceu nada?

Encontre no caça palavras os materiais que você irá precisar.

ProfessoraCamila Carvalho

Mande um e-mail para: [email protected]

Como é a escola ideal? Debata com seus coleguinhas e professores.Juntos podemos torná-la realidade - Págs. 4 e 5

Paraíba, 1 de fevereiro de 20158

Se você gosta de desa os vi-ciantes no melhor estilo puzzle, PeggleBlast é o seu jogo. Grá- co colorido, simples e músicas de arrasar em mais um game gratuito multiplataforma da EA e Popcap, produtores do famoso Plants VS Zombies.

Você poderá jogá-lo no seu

celular, Facebook, tablet, iPad ou console. O principal objeti-vo é eliminar as gemas laranjas antes que suas chances acabem, simples, não é? Só que não... O nível de di culdade aumenta em cada fase. É preciso calcular cor-retamente o trajeto para atingir o máximo de pedras possíveis

e recuperar uma bola extra ao acertar no balde que ca se mo-vimento embaixo da tela.

Mas não se preocupe, exis-tem poderes especiais para aju-dar as missões, além da gema verde que tem sempre um su-per-poder e da roxa que dá pontuação extra.

Tem carnaval pra criançada! Diversão e cultura para a gurizada - Nº 113 - 1 de fevereiro de 2015

Há 23 anos divertin-do as crianças, o bloco Muriçoquinhas do Mira-mar vaai colorir a “Via Folia Epitácio Pessoa” no próximo dia 9. Vai ter brincadeira e papo sério: o tema deste ano é “Lu-gar de Criança é na Esco-la”, reforçando que ir às aulas é o principal.

Muito frevo e mar-chinha irão animar os mais de 400 mil peque-nos foliões que são espe-rados no bloco, que este ano homenageia Ariano Suassuna escritor Parai-bano que faleceu no ano de 2014.

Concentração: 09 de fevereiro às 17h na Praça das Muriçocas. Participe!

Agora que você já sabe todas as datas,

vem curtir a Folia de Rua 2015!

FOLIA DE RUA

Dindin de Manga03 de fevereiro

Concentração: Em frente ao posto Tropicana às 17h.

Agitada Gang07 de fevereiro

Concentração: Epitácio Pessoa, em frente à Academia Corpo Livre às 17h.

Outros blocos também prometem agitar a criançada, con ra:

Por: Caio Nóbrega

Por João Jr. [email protected]

O Peggleé um belo jogo que estimula a criança a raciocinar, trabalhando a lógica para desven-dar onde a bola deve ser lançada para acertar o alvo, sem tornar a missão impossível de ser comple-tada, diminuindo a frustração que muitos jogos puzzle podem trazer para crianças menores.

Você sabia que...

A escola dos

sonhos seria...