convivendo com os bilionarios
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somos bilionários e nem nos damos contaTRANSCRIPT
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1. Natureza Zero
Convivendo com os Bilionários
Física e Engenharia Química e X1 2. Natureza Um
Biologia e Medicina Segunda Ponte e X2
3. Natureza Dois Psicologia e Psiquiatria
Terceira Ponte e X3 4. Natureza Três
Informática e Cibernética Quarta Ponte e X4
5. Epílogo: A Respeito da Totalidade
Vitória, segunda-feira, 16 de junho de 2008. José Augusto Gava.
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Capítulo 1 Natureza Zero
NOTA: para não encompridar desnecessariamente este texto, você
mesmo pode listar as atividades dos outros conhecimentos “baixos”, além da Engenharia/X1.
Zero significando ponto de partida, posto lá do Big
Bang, a Boca Branca que cuspiu o universo em radiação, cujo rugido imaginário apelidei de Barulhão (se houvesse lá um ouvido para ouvir).
Todo o universo que existe agora já era possível lá; tudo que ainda vai existir como montagem só existirá dentro das margens da modelação.
MACROPIRÂMIDE PROPOSIÇÃO DAS MARGENS
dial
ógic
a-p.
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23. pluriverso. 22. universos;
21. superaglomerados; 20. aglomerados;
cosm
olog
ia-
p.5
19. galáxias; 18. constelações;
17. sistemas estelares; 16. planetas;
MESOPIRÂMIDE
AMBI
ENTE
S 15. mundos; 14. nações; 13. estados;
12. cidades-municípios;
PESS
OAS
11. empresas; 10. grupos; 9. famílias;
8. indivíduos; MICROPIRÂMIDE
biol
ogia
-p.2
8. corpomentes; 7. órgãos; 6. células;
5. replicadores (ADRN);
físi
ca-q
uím
ica 4. moléculas;
3. átomos; 2. subcampartículas;
1. partícula fundamental, que denominei cê-bola, ©;
Se eu fosse falar numa palestra, pensei em chamar três pessoas da platéia, apresentando-as como bilionárias diante do público estarrecido, e mais ainda dos corteses auxiliares, pois raramente haveria um bilionário monetário no público. Mas esses três seriam. TODOS somos, todos e cada um de nós, e somos bilionários de vários modos.
1º) – o universo em que estamos já existe há 13 bilhões de anos no plano físico-químico;
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2º) – a vida na Terra já tem 3,8 bilhões de anos, no patamar biológico-p.2;
3º) – os seres humanos psicológicos-p.3 já somos 6,5 bilhões de indivíduos e, segundo os cientistas, 100 bilhões desde o aparecimento da espécie há 80 mil anos; depois, segundo dizem, temos outros 30 milhões de espécies com trilhões de seres somados;
4º) – mesmo na terceira natureza nascente, a informática-p.4/cibernética-X4, os objetos guardadores de memórias são bilhões.
Por toda parte emergem os bilhões: bilhões de páginas do Google, bilhões de objetos já fabricados, mais de um bilhão de carros, mais de um bilhão de famílias constituídas. Bilhões de árvores, bilhões de metros cúbicos de água, bilhões de toneladas de neve, bilhões de grãos de areia, bilhões, bilhões, bilhões.
NATUREZA TODOS OS BILHÕES QUE TEMOS
LISTAGEM DOS BILHÕES QUE VOCÊ LEMBRAR
Então, você é MUITAS VEZES bilionário e não sabia, não atinava. Se todos somos bilionários, se há tanta riqueza, por quê somos tristes? Quando me fiz essa pergunta pela primeira vez levei um susto.
Por quê vivemos chorando e reclamando? Por quê nos comportamos como se estivéssemos no
inferno e não no paraíso? Por quê não sabemos aproveitar a herança que recebemos? Por quê deixamos nossos irmãos nas favelas do Rio de Janeiro, de Vitória, de Mumbai, de Buenos Aires e de toda parte?
Mesmo o mais miserável de nós é várias vezes bilionário, é rico até não mais poder. Bilhões de toneladas de ar circulam pela atmosfera e vem ao nosso nariz para o que o mineremos gratuitamente. Fazer uma gota de água custa muita energia e, não obstante toda reclamação nossa, temos bilhões de toneladas dela em toda parte – só não sabemos administrar, usamos pessimamente.
E há a terra, o solo mesmo, que não é apenas matéria inerte, é vivo, pertence ao ciclo da vida. Essa terra também custou bilhões de anos em construções. Como disse outrora, nós somos o cristal na ponta da lança da Criação: para chegar a nós não foi fácil. Custou muito, custou bilhões.
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E nós, que recebemos essa herança toda nem damos bola. Nós não nos alegramos, reclamamos o tempo todo. Não há algo errado conosco? Penso que sim.
Física e Engenharia
TODAS AS FÍSICAS
TODAS AS ENGENHARIAS
A Terra é, em qualquer nível, imensa teia. Biologicamente é, e psicologicamente é também. Até mesmo no mais simples dos níveis é uma teia. Era
uma teia invisível antes de aparecer quem pensasse nela e hoje é agora teia visível, quando somos capazes de pensar nela depois de muito evoluir.
1. EVOLUÇÃO DA VISÃO DA TEIA PSICOLÓGICA
1.1. indivíduos; EVOLUÇÃO PESSOAL:
1.2. famílias; 1.3. grupos; 1.4. empresas;
2. 2.1. cidades/municípios;
EVOLUÇÃO AMBIENTAL:
2.2. estados; 2.3. nações;
2.4. mundo em processo de constituição pela globalização.
LÁ FORA existe um universo que nós refletimos em nossas consciências, que foram crescendo em organização desde o par fundamental até chegarmos a 6,5 bilhões de seres, com 80 mil anos de acumulação desde os primeiros cro-magnons. Agora somos 6,5 bilhões de pares de olhos olhando nossa própria concepção
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que, mais uma vez, é composta de bilhões de atos de criação e de pensamentos, lentamente se encaixando uns nos outros até consolidar o super-cérebro que é coletivamente hoje a humanidade, a superconsciência geral em processo de planetarização do governo global.
A PIRÂMIDE DAS CIÊNCIAS ALTAS
(da Físico-Química geral até a Dialógica-p.6 geral)
6. dialógica-p.6. 5. cosmologia-p.5; 4. informática-p.4; 3. psicologia-p.3; 2. biologia-p.2;
1. física-química; A PIRÂMIDE DAS CIÊNCIAS BAIXAS
(da Engenharia-X1 geral até a Discursiva-X6 geral)
6. discursiva-X6. 5. astronáutica-X5; 4. cibernética-X4; 3. psiquiatria-X3; 2. medicina-X2;
1. engenharia-X1; Você há de convir que é um aparato e tanto! E também nisso você é bilionário, pois as pessoas
trabalharam muito, bilhões de horas-homem para constituir esse suporte glorioso à sua existência (e, estou convicto há mais tempo, à minha também).
Contudo, veja que desacerto, para onde quer que olhemos vemos pessoas insatisfeitas, sentindo-se miseráveis, perante metas elevadas demais que lhes deram ou que se deram. Por tais metas exageradas as pessoas matam e morrem, cometem todo tipo de asneira: cometeram, cometem, cometerão. Ninguém nos ensina Contentamento 101 na escola. Ninguém nos ensina a nos alegramos com tudo que temos.
Olhe e veja as maravilhas da Física. O GRANDE TÚNEL DO CERN
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AS MARAVILHAS DA ENGENHARIA (poderiam ser mostradas milhares delas e outras estão surgindo todos os anos; há programas sobre isso, que poderiam ser muito melhorados – e se fôssemos explorar com cuidado veríamos ainda mais)
Parque Eólico Homes Ver, Dinamarca
Falkirk Wheel, Escócia
Torre Burj, Dubai
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The Palm, Dubai
CERN, Europa
foguete Atlas, EUA
Três Gargantas, China
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Super-Kamiokande, Japão
Explorer of the Seas
Se isso que já sabemos fazer é muito, imagine a construção do universo, todo o esplendor das equações em todos os níveis! Na realidade, precisaríamos de milhares de vidas seqüenciadas para apreciar os detalhes dessa construção fantástica!
INTRINCADA FÍSICA
(só isso já permite inumeráveis orgasmos mentais, muita satisfação mesmo)
E UM EXEMPLO DE ENGENHARIA ROMANA (a catapulta: até hoje não sabem montar a contento)
Enfim, por quê não é dado às pessoas serem felizes?
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Por quê não somos capazes de nos reunir em anfiteatros para olhar o universo, para compreender a “totalidade do conhecimento” que esteja ao nosso alcance?
Nós vivemos de parvoíces, de invenções esdrúxulas que nos impõe os que dominam este mundo.
PARVOÍCES ESDRÚXULAS
parvoíce
(no dicionário Aurélio Século XXI)
[De parvo + -ice.] S. f. 1. Ato, dito ou escrito de parvo; parvalhice, parvoeira, parvoiçada, parvulez. 2. Qualidade ou estado de parvo; parvidade, parvoeira, parvulez. [Do lat. parvulu, dim. de parvus, 'pequeno', por via popular.] PARVO - Adj. 1. Pequeno, limitado,
apoucado.2. V. tolo (1 a 3). 3. Próprio de parvo (2); que denota parvoíce.
esdrúxula [Do it. sdrucciolo.] Adj. 1. E. Ling. Desus. Proparoxítono. 2. Pop.Esquisito, extravagante, excêntrico. ~ V. verso --. S. m. 3. E. Ling. Vocábulo esdrúxulo (1).
4. Pop. Indivíduo esdrúxulo (2). Esses que levaram o mundo até onde ele chegou são
tremendos vendedores: venderam o inútil por valores altíssimos, pagos em vidas inteiras. E aquilo que é verdadeiramente essencial ensinaram a desprezar.
A quantidade e a qualidade das coisas postas a serviço da racionalidade na Terra é inimaginável, não dá para listar, mesmo se a humanidade empreender seriamente a tarefa, se os governos designarem imensas equipes para tal.
QUIXERAMOBIM, CEARÁ VISTA AÉREA DE DUAS MÁQUINAS HUMANAS
SÃO PAULO, SÃO PAULO
Máquinas urbanas, cidades. São intrincadíssimas,
mesmo a menor delas. E estão a nosso serviço. Por quê nós somos infelizes? Se somos competentes em tantas coisas, por quê não
podemos sê-lo na busca da felicidade e em seu encontro? O que nos impede de eleger equipes mirando exaustivamente a felicidade?
O que é que nos impede? Por quê não podemos pretender a harmonia interpessoal
(interindividual, interfamiliar, intergrupal, interempresarial) e interambiental (interurbano-intermunicipal, interestadual, internacional e até intermundial)? Porque não elegemos isso como meta? Por quê desconfiamos do lado bom do dicionário?
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De fato, cultivamos mais o ódio que o amor, mais a distância que a proximidade, mais a desconfiança que a confiança. Sistematicamente temos nos hostilizado em toda a história e em toda a geografia: em todas as altitudes, em todas as longitudes, em todas as latitudes. Os soviéticos contaram 14 mil guerras - sem falar das pequenas disputas -, calculando somente conflitos declarados e maciços.
Capítulo 2 Natureza Um
Bem, a Natureza Um é a biológica-p.2, da segunda
ponte, aquela que por sua janela taucsi (referente a tempespaço apropriado, maduro para a passagem) leva a uma organização superior e superior resposta ao ambiente; leva a muito maior preenchimento das possibilidades dialógicas finais presentes no extremo não-finito de Deus.
OS REINOS BIOLÓGICOS (isso é de uma complexidade TÃO GRANDE que terminamos de mapear um dos mapas genéticos, o genoma humano, em 2000; são trinta milhões de espécies)
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Veja só, o nosso “simples existir”, para o qual nem
damos bola, apóia-se sobre essa tremendíssima complexidade, esse panorama que nem sabemos avaliar. Só para começar a entendê-lo demoramos 10 mil anos de cultura e 5,5 mil anos de escrita.
PARA COMEÇAR A ENTENDER, repare, não é operar, nem muito menos a plena carga. A química começou “anteontem”. As vitaminas principiaram a ser produzidas (Asimov explica bem nos livros de divulgação dele) faz pouco tempo. Tudo é recentíssimo, “de agora”, por assim dizer, de metade do século passado para cá nos mais recentes 60, 70 anos.
A Natureza Um é tudo que foi realizado nos mais recentes 3,8 bilhões de anos, tanto o conhecido quanto o desconhecido, até as profundezas do tempespaço e dos oceanos. Pare para pensar que todos os bilhões de toneladas de petróleo e gás, carvão e xisto foi vida, tudo foi N.1.
Veja, nós temos uma base físico-química em N.0, outra biológica-p.2 em N.1, mais uma em terminação psicológica-p.3 em N.2, em processo de globalização, e vivemos reclamando! Somos mesmo filhos mimados de Mamãe Natureza e Papai Deus, reclamamos o tempo todo e de barriga cheia! SE nossos próprios filhos rezingassem tanto, o que falaríamos? SE dia após dia ficassem pedindo de tudo e fazendo críticas a respeito de tudo e nada, o que lhes diríamos?
Pois bem, mesmo sendo triplamente bilionários, nós, aborrecidamente, como uns chatos, vivemos emburrados, sem rir, sem agradecer as múltiplas dimensões incalculáveis em que fomos inseridos.
Capítulo 3 Natureza Dois
Então vem a Natureza Dois, a psicológica-p.3 ou
humana ou racional que é EXTRAORDINARIAMENTE MAIS COMPLEXA. Incomparavelmente. Além de N.2 ter todas aquelas dimensões pessoais (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e ambientais (cidades-municípios, estados, nações, mundo), há que ver o que é a primeira das pessoas.
É claro, você sabe, uma empresa é um sistema humano, embora não biológico, que se situa muito além dos chimpanzés. Pressupõe uma quantidade de operações lógico-dialéticas difícil
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de mensurar e que devem ser encadeadas de um modo preciso para obter o máximo daquilo que chamam lucro. Seria até difícil descrever todas as operações de uma empresa ou instituto, tudo que é feito diariamente, desde o primeiro minuto após a zero hora até 24 horas depois.
Seria interessante tentar delinear pelo menos uma parte (porque “tudo” seria impossível) do que ocorre numa grande empresa ao longo de 24 horas, inclusive as operações de suporte que se dão em outras empresas.
Capítulo 4 Natureza Três
Pois bem, a Natureza Três (N.3) informacional-p.4
será MUITO MAIS complexa ainda; em termos finais, tanto quanto o somos em relação a N.1, com sua memória artificial, sua inteligência artificial e seu controle artificial, como já falei no modelo e nos livros.
controle artificial
NOVA-MENTE, CORPO NOVO
memória inteligência artificial artificial
Quando a MICA (MIC artificial) começar a crescer por si só, sem a interferência humana, será tudo muito rápido, exponencial. Já discorri longamente sobre isso. Aí seremos (esse povo futuro) mais uma vez bilionários, nesse caso tetra-bilionários, bilionários quatro vezes.
O INÍCIO DO PROCESSO SOB NOSSOS OLHOS1. CIBORGUES (ciborguização da humanidade; mente
humana, corpo de máquina)
MIC artificial
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2. ANDRÓIDES (mente de máquina, corpo humano)
3. HUMANOS EXPANDIDOS 4. ANIMAIS EXPANDIDOS (baleias, chimpanzés,
golfinhos, elefantes). Se você acha que vai demorar muito, deve rever seus
conceitos, pois é exponencial. Desde o ENIAC em 1946 passaram-se apenas 63 anos. Não
conte para trás dele, porque a história dos autômatos também seria longa, devendo ser descartada até quando não houve oferta pública de mecanismos. Para os ciborgues e os andróides isso tem 20 anos; com mais 40 chegaríamos a 2050, quando teríamos a quarta ou quinta geração C/A.
Epílogo
A Respeito da Totalidade
Para onde quer que olhes, lá está a multiplicidade, inumeráveis objetos e processos nos apoiando em nossa missão de vida. Mesmo com tanta riqueza, estamos sempre emburrados, sempre deprimidos, sempre irritados.
Nós somos bilionários, você e eu, mas reclamamos “como lavadeiras na chuva”. A totalidade está a nosso serviço, quer nosso tempo de vida seja de 10, 20, 40, 80 anos. Você convive comigo e eu com você, mas não nos vemos com bilionários. Nosso único parâmetro para medição é a riqueza monetária porque alguém, querendo se apossar do nosso trabalho, fez-nos perseguir
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metas inviáveis, objetivos inalcançáveis. Não nos ensinou a paz e a tranqüilidade, o aproveitamento dos cenários, o gosto da água pura e cristalina, pisar na grama descalços, deitar de costas para olhar as estrelas na escuridão do campo, cheirar as flores, ir a uma floresta ou ao mar aproveitar o oxigênio em excesso e tantas coisas boas.
Não nos ensinaram a nos contentarmos com pouco, não houve escola para isso. Pouco não é servilismo, não é prática nem teoria da dependência, porque esse pouco é muito. Pouco é apenas evitar o desnecessário que nos empurra com violência contra as demais pessoas e contra os ambientes.
LEMBRE-SE DESTA MÚSICA (em Mogli, o menino-lobo, da Disney)
Somente o Necessário
[balu]
Eu uso o necessário Somente o necessário
O extraordinário é demais Eu digo necessário Somente o necessário
Por isso é que essa vida eu vivo em paz
Assim é que eu vivo E melhor não há Eu só quero ter
O que a vida me dá Milhões de abelhas vão fazer
Fazer o mel pra eu comer E se por acaso eu olhar pro chão
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Tem formigas em profusão Então, prove uma
[mogli]
Você come formigas?
[balu] Tranquilamente...
E você vai adorar a coceira que elas dão
[baguera] Mogli, cuidado!
[balu]
E o necessário pra viver Você terá
[mogli]
Mas quando?
[balu] Você terá
Eu uso o necessário Somente o necessário
O extraordinário é demais Eu digo o necessário Somente o necessário
Por isso é que essa vida eu vivo em paz
Vejam o pica-pau, pau Que só pensa em picar
[mogli] Ai!
[balu] Ele vai se dar mau, mau
Pra se alimentar Não pique a pera no pé Pois pera picada no pé Nunca presta, pois é
Não vai dar pé Você vai dar mal
Não pique essa pera como um pica-pau Você entendeu esse angu?
[mogli]
Claro que sim, balu
[baguera] Ah! puxa vida!
Isso até parece conversa de louco!
[balu] Vamos, baguera, entre no compasso E o necessário pra viver você terá
[mogli]
Está pra mim!
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[balu]
Você terá
Já que você está aí em cima Quer coçar meu ombro esquerdo, hein, mogli
Não, não agora o direito Isso mesmo Assim, assim
Isso é uma beleza Isso é muito bom
Eu agora preciso arranjar uma árvore Porque isso merece uma grande esfregadela
[mogli]
Você é gozado, balu
[balu] Assim...
É uma delícia Só um pouquinho mais
Esta é a pergunta: porque somos infelizes? Discutamos francamente (sem brigar) as causas de nossa infelicidade.
Vitória, quarta-feira, 04 de março de 2009. José Augusto Gava.
ANEXOS
Capítulo 1 QUANTO CUSTA ENERGETICAMENTE UMA GOTA DE ÁGUA?
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A preciosa gota d'água S E M I N V E S T I M E N T O S , A D E C I S Ã O S O B R E O
R A C I O N A M E N T O F I C A P O R C O N T A D A N A T U R E Z A Por Cíntia Borsato
Revista Veja - 16/01/2008 Em 2000, o Brasil comemorou um ano de forte crescimento econômico. O país,
que havia sofrido no ano anterior uma severa crise desencadeada pela desvalorização do real, registrou um avanço de 4,4% no PIB, a melhor taxa
obtida pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Sobrava otimismo entre os economistas e empresários. Imaginava-se que a economia, finalmente, iria ingressar num ciclo duradouro de expansão. Mas,
em poucos meses, viria o baque. O aumento na oferta de energia elétrica não acompanhou o avanço do consumo.
Para piorar, as chuvas minguaram no verão de 2001. O governo não teve alternativas a não ser decretar o racionamento, que obrigou as empresas a pisar no freio e abreviou a chegada do ciclo de estagnação econômica. Nos
últimos sete anos, o país pouco se mexeu para evitar que tal situação se repetisse e agora convive de novo com o mesmo risco. Mais uma vez estamos
nas mãos da natureza e de sua generosidade pluvial. Na semana passada, ficou escancarada a tibieza que move o planejamento no
setor energético no Brasil. O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, afirmou que "não é impossível" que o país viva
um apagão ainda neste ano e recomendou que sejam adotadas medidas de "racionalização" do consumo quanto antes.
De acordo com Kelman, seria prudente fazer uma campanha educativa para estimular a economia de energia, ao mesmo tempo em que se delineiem
medidas emergenciais para serem implementadas caso falte luz. Mais uma vez, a culpa recai sobre a falta de chuvas. De fato, choveu pouco,
até aqui, neste verão, e os reservatórios das hidrelétricas estão em níveis muito baixos (veja o quadro). Mas a desculpa não cola.
Tivesse o governo estimulado os investimentos necessários, seja em novas hidrelétricas, seja em fontes alternativas, o país não teria de se equilibrar na
corda bamba energética. O que agrava as perspectivas é a falta de gás natural. A principal medida do
governo anterior para diversificar as fontes de energia e não manter o país ao sabor do regime de chuvas foi um plano de estímulo à construção de usinas
térmicas movidas a gás. Funcionou. Mas o consumo de gás cresceu rapidamente nos últimos anos, como
combustível de carros e também na indústria, e hoje a oferta é insuficiente. Existem vinte usinas térmicas movidas a gás. Dessas, apenas catorze estão em operação. As outras seis encontram-se paradas por falta do combustível.
Afirma a diretora executiva da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Patrícia Arce:
"Temos um parque instalado de térmicas a gás de 7.652 MW, mas apenas 2.800 MW médios estão em operação. Além de faltar água, falta gás".
Seria energia suficiente para reduzir substancialmente os riscos de um apagão. A Petrobras priorizou investimentos na área de petróleo e deixou de lado o setor de gás natural. Hoje não consegue atender às necessidades do país. Essas debilidades que vêm à tona neste momento haviam sido mascaradas
pelas chuvas generosas dos anos anteriores e também pelo crescimento tímido da economia. Agora que o PIB avança mais rapidamente, o Brasil esbarra em
seus limites.
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Um estudo realizado pela Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib) indica que seria necessário investir, no mínimo, 16,6 bilhões
de reais ao ano no setor energético. Não é o que vem ocorrendo. Recursos há. Bastaria o governo destravar as amarras que inibem o investimento privado. O principal obstáculo tem sido a obtenção de licenças ambientais, um processo
moroso e incerto, que eleva os custos dos projetos e retarda as obras. Houve, ao menos, um importante avanço desde a crise de 2001. Ele se refere à expansão na rede de linhas de transmissão. Hoje quase todas as regiões do país são interligadas pelo Sistema Integrado Nacional (SIN). Se faltar energia
na Região Nordeste, ela pode ser abastecida pela Região Sudeste, por exemplo.
É o que vem ocorrendo. Há sete anos, sobrava energia no Sul, mas, por falta de linhas de transmissão, ela não podia ser redirecionada para as demais
regiões. Graças à integração, hoje o país pode ganhar tempo e evitar, por ora, um novo apagão.
Se as chuvas não aumentarem até o fim do verão, no entanto, o quadro ficará crítico, sobretudo para 2009. Diz o especialista Mario Veiga, presidente da PSR
Consultoria: "Os reservatórios estão baixos, mas isso ainda não se configura um risco elevado de racionamento. Se não chover mais neste ano, a situação
ficará preocupante para 2009". Haja ou não racionamento, resta uma certeza desde já: a luz vai ficar mais
cara. Como a energia térmica custa mais do que a hídrica, o preço será repassado para a conta nos próximos reajustes.
O presidente Lula, durante reunião de emergência com ministros e responsáveis pelo setor de energia, disse que o país "não pode ficar
dependendo de chuvas". Sábias palavras. Que sua equipe anote o recado. O SOLO VIVO (a Natureza demorou muito tempo fabricando pacientemente o substrato)
Pesquisa Agropecuária Brasileira
Print ISSN 0100-204X Pesq. agropec. bras. vol.39 no.11 Brasília Nov. 2004 doi: 10.1590/S0100-204X2004001100008
MICROBIOLOGIA
Dinâmica da matéria orgânica e da biomassa microbiana em solo submetido a diferentes sistemas de manejo na Amazônia
Ocidental Dynamic of organic matter and microbial biomass in a soil
under different management systems in the Western Amazon Adônis MoreiraI; Eurípedes MalavoltaII
19
IEmbrapa Amazônia Ocidental, Caixa Postal 319, CEP 69011-970 Manaus, AM. E-mail: [email protected]
II
Universidade de São Paulo, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, Caixa Postal 96, CEP 13416-970 Piracicaba, SP. E-mail:
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações na atividade da biomassa microbiana como um indicador da dinâmica de C e N em solo submetido à sucessão de cobertura vegetal e de manejo na
Amazônia Ocidental. Os trabalhos foram realizados em duas cronosseqüências: CA — sucessão floresta primária e cupuaçuzal
(Theobroma grandiflorum) de três anos — e CB — sucessão floresta primária, pastagem de Brachiaria humidicola de oito anos e
cupuaçuzal de três anos. A sucessão floresta primária-pastagem-cupuaçuzal afeta negativamente o estoque de C do solo, com
diminuição significativa da matéria orgânica e do C da biomassa microbiana do solo, ao passo que na sucessão floresta primária-
cupuaçuzal ocorre diminuição apenas do C da biomassa microbiana. A floresta primária apresenta menor quociente metabólico e maior
relação C/N da biomassa, o que resulta em menor perda de carbono. O N da biomassa microbiana na camada de 0—10 cm,
independentemente do manejo adotado, aumenta significativamente na área de cupuaçuzal, ao passo que o N total diminui. A
concentração de amônio no solo diminui com a profundidade, de modo oposto ao verificado com o nitrato.
Termos para indexação: Theobroma grandiflorum, floresta primária, carbono, nitrogênio, respiração basal, quociente
metabólico.
ABSTRACT The objective of this work was to evaluate the alterations of the
microbial biomass activity as an indicator of C and N dynamics in a soil submitted to the succession of plant cover and management in
the Western Amazon. The work was carried out in two chronosequences: CA — a succession from primary forest to a three
years old cupuaçu (Theobroma grandiflorum) plot — and CB — a succession from primary forest to an eight years old Brachiaria
humidicola pasture and a three years old cupuaçu plot. The succession primary forest-pasture-cupuaçu affects negatively the
stock of the soil carbon, with significant decrease of organic matter and C of the soil microbial biomass. The primary forest presents
lower metabolic quotient and higher C/N ratio of the biomass, which results in less carbon loss. The N of the microbial biomass found in
the 0—10 cm layer irrespective of the management adopted, increases significantly in the cupuaçu plot and the total N decreases. Ammonium concentration decreases according to soil depth, but this
does not occur with nitrate. Index terms: Theobroma grandiflorum, forest, nitrogen, carbon,
basal respiration, metabolic quotient.
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Introdução
A Bacia Amazônica abrange uma área no território brasileiro de aproximadamente 4,5 milhões de km2
Apesar de sua importância, existe um número limitado de estudos sobre efeito do desflorestamento na MO, biomassa microbiana e
população microbiana (Luizão et al., 1992; Feigl, 1994) em solos da
, dos quais 75% são solos de baixa fertilidade (Sanchez et al., 1982), o que consiste num
problema para qualquer tipo de cultivo, principalmente quando se considera a escassez de infra-estrutura da região no que se refere à
disponibilidade de insumos agrícolas. O uso da terra consiste no desmatamento, remoção da madeira com expressividade econômica e a posterior utilização de queimadas. A seguir, pode ocorrer a introdução de culturas anuais, perenes ou
formação de pastagens (Andreux & Cerri, 1989). Segundo Diez et al. (1991), as mudanças no conteúdo de nutrientes e nas propriedades
físicas do solo têm sido relacionadas com diferentes formas de cultivo. Vários estudos relataram aumento no pH do solo, no teor de
cátions trocáveis e redução da acidez trocável decorrentes do desmatamento e queima da floresta natural (Martins et al., 1991).
O desmatamento também afeta significativamente o conteúdo de C e N do solo (Martins et al., 1991; Feigl, 1994).
Por esse motivo, a produtividade dos ecossistemas naturais e de agrossistemas introduzidos, e raramente fertilizados, depende da reciclagem dos nutrientes minerais contidos na serapilheira das
plantas e da matéria orgânica do solo. O balanço entre produtividade primária e perdas por lixiviação, erosão, volatilização e exportação
de nutrientes pelas culturas reflete sua sustentabilidade agronômica (Fearnside, 1993).
A remoção da floresta para fins agrícolas causa uma quebra nos ciclos do carbono e dos nutrientes (Malavolta, 1987), os quais operam graças à entrada fotossintética do gás carbônico e à
decomposição acelerada e contínua da matéria orgânica do solo (MO), realizada pelos microorganismos. Nesse contexto, a alteração da qualidade e da quantidade de matéria orgânica afeta a atividade
da biomassa microbiana. Os efeitos das mudanças do uso da terra sobre a quantidade e
qualidade da MO sob cultivos itinerantes ou pastagens ainda não são bem compreendidos, embora sejam reconhecidamente benéficos
para a fertilidade do solo e além disso, o manejo adequado pode ser visto como um promotor da sustentabilidade da agricultura nos
trópicos (Cerri et al., 1985). Os microrganismos, mesmo representando uma pequena fração do total de matéria orgânica do solo, são responsáveis pelos processos
de mineralização, contendo uma quantidade considerável de nutrientes (N, P, S, Zn e Cu) potencialmente disponíveis para as
plantas (Jenkinson, 1988). A população microbiana tem sido considerada um indicador sensível das alterações no estoque de MO
decorrentes do uso da terra (Sparling & Ross, 1993).
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Floresta Amazônica brasileira. A biomassa microbiana do solo, definida por Jenkinson & Ladd (1981) como o componente
microbiano vivo, é composta de fungos, bactérias, microfauna e algas, com participação fundamental nos ciclos biogeoquímicos de
interesse para a produtividade agrícola. O objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações na atividade da
biomassa microbiana como indicador da dinâmica de C e N em solo submetido à sucessão de cobertura vegetal e de manejo na
Amazônia Ocidental.
Material e Métodos O trabalho foi realizado em Latossolo Amarelo distrófico (Embrapa, 1999), cujas características químicas e físicas são apresentadas na
Tabela 1. O local do trabalho encontra-se nas coordenadas geográficas 3º8'25" LS e 59º52' LW, Município de Manaus, AM. O
clima é tropical úmido, tipo Afi, segundo a classificação de Köppen, com chuvas relativamente abundantes durante todo o ano (média de 2.250 mm), e a quantidade no mês de menor precipitação é sempre
superior a 60 mm. A temperatura média da região é de aproximadamente 26ºC (Vieira & Santos, 1987).
Foram estudadas duas cronosseqüências: CA — sucessão floresta primária e cupuaçuzal [Theobroma grandiflorum (Wild. ex Spreng.)
Schum.] de três anos, na qual ocorreu somente retirada da madeira, abertura das covas, adubação e plantio (manejo 1) —, e CB —
sucessão floresta primária e cupuaçuzal de três anos, plantado em área de pastagem de Brachiaria humidicola (Rendle) Schw., mantida por oito anos, com posterior abertura das covas, adubação e plantio
(manejo 2). O manejo inicial das duas áreas consistiu no corte e remoção da madeira, enleiramento e queima do material vegetal.
Nas duas áreas foram coletadas amostras de solo nas profundidades de 0—10 cm, 10—20 cm, 20—40 cm e 40—60 cm, em transecto, 30
pontos distando 10 m entre eles, perfazendo no total 300 m. O delineamento estatístico utilizado foi de blocos casualisados com
parcelas subdivididas (posição da amostragem) em dois tratamentos, ou seja, área de cultivo (cupuaçu) e floresta primária (controle), com
três repetições. Nas duas cronosseqüências usaram-se os critérios estatísticos descritos por Longo (1999), que estabelecem que as
repetições sejam tomadas ao longo da própria transecção, sendo que a soma de cada três pontos seqüenciais de amostragem de cada
linha constituiu uma parcela. Nas amostras de solo coletadas nas quatro profundidades, foram
analisados os teores de MO e N total, por digestão sulfúrica, NH4+ e
NO3- extraídos com solução de KCl 1,0 mol L-1
Outro método utilizado foi a determinação indireta mediante a respiração microbiana com IRGA (Infra Red Gas Analyzer), conforme
. A determinação da biomassa microbiana de C e N foi realizada somente na profundidade de 0—10 cm, pelo método de irradiação e extração (Ferreira et al.,
1999). No cálculo do carbono da biomassa microbiana, utilizou-se Kc de 0,45 e 0,54 para C e N, respectivamente (Balota et al., 1998).
22
Anderson & Domsch (1978). A respiração induzida foi transformada em biomassa microbiana pela fórmula:
Biomassa em mg C kg-1 de solo = (respiração em µL CO2 min-1 g-1 × 40,04) + 0,37.
O fluxo de CO2 (mL min-1) foi determinado no IRGA nas amostras induzidas com 0,24 g de glicose + 0,50 g de talco inerte (Anderson & Domsch, 1978). A respiração basal (µg-1 dia-1 de C-CO2 no solo) foi determinada nas mesmas amostras antes da indução, refletindo a
atividade microbiana. O quociente metabólico (qCO2), que representa a quantidade de CO2 liberado por unidade de biomassa microbiana, foi obtido pela divisão da respiração basal pelo carbono da biomassa microbiana do solo e
os valores foram expressos em (µg CO2/mg Cmin h-1) × 10-4
Após a determinação da atividade microbiana, o solo foi secado ao ar e peneirado, exceto nas análises de densidade e porosidade do solo, que foram realizadas em amostras indeformadas (Embrapa, 1997). Posteriormente, foram determinados os atributos químicos e físicos do solo (
.
Tabela 1), segundo Mehlich (1984), Embrapa (1997) e Raij et al. (2001). As análises de variância, o teste F, teste de comparação de contraste entre médias (Tukey a 5% de
probabilidade) e as correlações foram feitas de acordo com Pimentel-Gomes (1990).
Resultados e Discussão
A conversão da floresta primária em cupuaçuzal acarretou alterações nas características químicas e físicas do solo (Tabela 1). A mudança da cobertura vegetal e o tipo de manejo resultaram em aumentos
significativos do pH, P, K, Ca, Mg e da densidade do solo e diminuição da concentração do Al trocável. Essas alterações foram decorrentes, principalmente, da prática da queima na abertura das
áreas para o plantio, a qual introduz ao sistema grandes quantidades de cinzas provenientes da queima da floresta primária na camada
superficial do solo, aumentando, muitas vezes, a fertilidade (Fernandes, 1999).
Apesar do aumento da fertilidade, o solo apresentou, nos três ecossistemas (floresta primária, manejo 1 e manejo 2), baixos
teores de nutrientes. Segundo Carvalho (1986), esses baixos valores podem ser considerados como um índice da evolução atingida pelo solo. O mesmo autor salientou que esses valores são atribuídos ao rápido intemperismo do material de origem, que apresenta baixos teores de bases, com pouco ou nenhum material primário. Esses
baixos valores confirmaram o alto grau de evolução do solo (Latossolo Amarelo distrófico), com o hidrogênio e alumínio
prevalecendo no complexo trocável, em substituição às bases (Falesi et al., 1969).
Entre as duas cronosseqüências, houve variação no conteúdo de nutrientes obtidos pelos extratores Mehlich 1, Mehlich 3 e resina
(Tabela 1). Na CA, os maiores teores de P disponível foram obtidos com os extratores Mehlich 1 e resina, e o inverso ocorreu com o
23
extrator Mehlich 3. A CB apresentou os maiores teores de K disponível (extratores Mehlich 1 e resina). A floresta primária
estudada na CB apresentou o maior conteúdo de Ca disponível, independentemente do extrator utilizado. Estes resultados mostram
a complexidade em se definir qual o extrator mais adequado na análise de rotina.
Os teores de N total nas duas cronosseqüências, corrigidos pelo teor de argila (Feller et al., 1991), indicaram que as mudanças na
cobertura vegetal promovem uma diminuição significativa nos teores deste elemento no solo, com redução de 13,5% (0—10 cm), 4,3%
(10—20 cm), 4,7% (20—40 cm) e 7,6% (40—60 cm) na cronosseqüência A, e de 8,2% (0—10 cm), 11,0% (10—20 cm), 20,9% (20—40 cm) e 23,1% (40—60 cm) na B (Tabela 2). Essa
diminuição deve-se, principalmente, à redução na quantidade de MO. A diminuição no conteúdo de N está associada a mudanças
significativas na estrutura do solo, afetando sua atividade biológica. Nas duas cronosseqüências, independentemente da cobertura
vegetal, a camada de 0—10 cm apresentou os maiores teores de N, com diminuição significativa nas mais profundas (Tabela 2). Estes resultados corroboram os de Cerri (1989), que em solos da Bacia Amazônica, observou que a maior parte do N total encontra-se
estocada na camada de 0—20 cm de profundidade. Essas variações nos teores de N total ocorrem em razão de uma série de fatores,
como clima, pH, atividade microbiana, propriedades físicas do solo, manejo, vegetação e material de origem (Jenny, 1941; Longo,
1999). Os teores de matéria orgânica (MO) apresentaram, nas duas
cronosseqüências, comportamento similar ao do N total (Tabela 2). Os maiores valores foram encontrados na camada de 0—10 cm,
havendo diminuição significativa nas camadas inferiores. A redução média nas camadas amostradas foi de 24,0% da camada de 0—
10 cm para 10—20 cm, 22,6% da camada de 10—20 cm para 20—40 cm e 13,6% da camada de 20—40 cm para 40—60 cm.
A sucessão da floresta primária por áreas de cultivo acarretou diferenças significativas no teor de MO em todas as camadas na cronosseqüência B; porém, na cronosseqüência A, não houve
diminuição estatisticamente significativa da transecção na camada 0—10 cm (Tabela 2). Cerri (1989) e Longo (1999), também
observaram que o conteúdo de C e de N no solo são variáveis, por estarem concentrados na camada superficial do solo, a qual sofre
influência da serapilheira. Na comparação das duas coberturas vegetais (floresta primária e
cupuaçuzal), não houve diferença significativa no conteúdo de matéria orgânica na CA (Tabela 2). Nye & Greeland (1964) também
constataram que somente com a retirada da floresta e com a implantação de outra cultura, sem que ocorra algum distúrbio nas
características físicas, o conteúdo de matéria orgânica no solo não é alterado. Choné et al. (1991) demonstraram que, com a implantação
de culturas, especialmente pastagens, o estoque de C no solo se
24
mantém estável, e em alguns casos pode até superar o conteúdo presente na floresta. Resultados inversos foram obtidos no solo sob cupuaçuzeiro com três anos de idade (Tabela 2). Segundo Demattê (1988), após a remoção da mata e com o cultivo contínuo, o teor de MO nos primeiros centímetros do solo decresce com o aumento da temperatura, as perdas por erosão, a maior atividade biológica, e
principalmente com a redução da fonte supridora de resíduos orgânicos.
As relações C/N apresentaram comportamentos distintos nas duas cronosseqüências, quando comparadas com os teores de N e de MO.
A relação C/N na floresta primária mostrou-se mais estável, com diferenças significativas a partir da camada de 20—40 cm na CA e na de 40—60 cm na CB, o que não foi observado nas áreas de plantio (Tabela 2). Nestas condições, a formação da MO está em equilíbrio, sofrendo pequenas alterações, o que não foi observado nas áreas de
cultivo. Na CB, a diferença na relação C/N entre as coberturas vegetais foi
mais acentuada que na CA, mostrando que a diferenciação no manejo do solo altera significativamente o quociente (Tabela 2).
Na média das quatro profundidades, houve aumento de 6,21% na relação C/N na transecção floresta primária/área de cultivo na
cronosseqüência A, ao passo que na CB verificou-se redução de 17,30%.
A diminuição na relação C/N no cupuaçuzal da cronosseqüência B pode estar relacionada ao aumento da população de leguminosas que surgem após o enleiramento, queima do material vegetal e
introdução de pastagem. Na floresta primária, o aumento da relação C/N e a diminuição da mineralização da matéria orgânica do solo
geralmente ocorrem pela alta quantidade de folhas, ramos e galhos, que são de difícil decomposição (Vieira & Santos, 1987). A relação C/N na camada de 0—10 cm, nas duas cronosseqüências, situou-se
na faixa de 10 a 15 encontradas por Falesi et al. (1969) em Latossolo Amarelo distrófico da região de Manaus, AM (Tabela 2).
A floresta primária apresentou, independentemente da cronosseqüência, semelhança nas quantidades de amônio, nitrato e nitrogênio mineral, havendo diferenças somente entre as áreas de
manejo (Tabela 2). Independentemente das cronosseqüências, com exceção do amônio na CA, a concentração de amônio, nitrato e N
mineral foram significativamente maiores nos cupuaçuzais. No solo sob floresta primária, a concentração de N nítrico foi sempre
menor que a de N amoniacal, independentemente da camada amostrada, totalizando, na média, 20,0% do N mineral. Nas duas
áreas sob cultivo, exceto na camada 0—10 cm da cronosseqüência B, as concentrações de nitrato foram maiores, o que demonstra a
rápida conversão de NH4+ em NO3
-. A maior presença de leguminosas e menores valores na relação C/N (Malavolta, 1987) nas áreas de cultivo, exceto na camada 10—20 cm da cronosseqüência A, devem ter acelerado o processo de nitrificação, que deve ocorrer mais lentamente nas áreas sob floresta. Trabalhos realizados por
25
Piccolo (1994) demonstraram que o amônio foi a forma dominante de N inorgânico em solo sob floresta.
Ao contrário dos dados de Schroth et al. (2000), obtidos num estudo sobre a variabilidade espacial da mineralização do N, em Latossolo Amarelo distrófico cultivado com dendezeiro, não houve incremento na quantidade de nitrato no perfil do solo, sendo os maiores teores encontrados na camada de 0—10 cm, o mesmo ocorrendo com o
amônio (Tabela 2). O C da biomassa microbiana determinada pelo método de irradiação
e extração (IE) e o IRGA, apresentaram correlação significativa (Figura 1). Apesar da significância, a estimativa de C-CO2 microbiano
feita indiretamente com o IRGA revelou valores, na média, 3,45 vezes menores que o IE (Tabela 3).
O conteúdo do C da biomassa microbiana variou, na média, no método de irradiação e extração (IE) de 708,23 mg C kg-1 de solo na
floresta primária a 472,66 mg C kg-1 de solo no manejo 1, e no IRGA, de 196,89 mg C kg-1 de solo na floresta primária a 148,68 mg
C kg-1 de solo também no manejo 1 (Tabela 3). Os valores obtidos nos dois métodos diferiram significativamente
entre a floresta primária e a sucessão com cupuaçuzeiro, não havendo diferenças entre os dois tipos de manejo (Tabela 3).
A menor taxa de decomposição na floresta primária foi, provavelmente, decorrente da maior relação C/N da biomassa microbiana. Altas relações (lignina + polifenóis)/N em material
vegetal de diferentes espécies florestais indicam baixa capacidade de mineralização de N, resultando em baixa taxa de decomposição
(Gama-Rodrigues et al., 1997). Cerri et al. (1985), estudando os efeitos da sucessão floresta primária e área de cultivo na qualidade do solo, verificaram a
ocorrência de uma dispersão do carbono proveniente da serapilheira, que favoreceu a microbiota do solo. Com o desmatamento e queima
do material vegetal, entretanto, ocorrem modificações nas
26
características químicas, físicas e biológicas do solo, provocando, geralmente, considerável inibição da biomassa microbiana. As amostras sob manejo 2 apresentaram menor atividade
respiratória (respiração basal — 2,83 µg-1 dia-1 de C-CO2 no solo), diferindo estatisticamente da floresta primária e do manejo 1
(Tabela 3). A menor liberação de CO2 nesse ecossistema indica menor atividade biológica, exceto em solos com alto teor de MO
totalmente humificada. Este fato está diretamente relacionado com o C da matéria orgânica (Fernandes, 1999). O quociente metabólico
(qCO2) apresentou menor valor no solo sob floresta. Segundo Balota et al. (1998), a respiração basal por unidade de biomassa microbiana
diminui em agroecossitemas mais estáveis, porém, com a substituição da cobertura vegetal ocorre decomposição mais
acelerada dos resíduos vegetais, aumentando o quociente metabólico (Ocio & Brookes, 1990). Tais resultados indicaram relação inversa entre o qCO2
CARVALHO, A.F. Caracterização física, química e mineralógica dos solos do Município de Humaitá - AM. 1986. 166p. Tese (Livre docência) - Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita,
e a biomassa microbiana, ou seja, maiores teores de carbono causam diminuição na atividade metabólica e aumento da
biomassa microbiana (Balota et al., 1998).
Conclusões 1. A sucessão floresta primária-pastagem-cupuaçuzal causa
diminuição significativa da matéria orgânica e do C da biomassa microbiana do solo, ao passo que na sucessão floresta primária-
cupuaçuzal ocorre diminuição apenas do C da biomassa microbiana. 2. Independentemente do manejo adotado, o N da biomassa
microbiana da camada de 010 cm aumenta significativamente na área de cupuaçuzal, verificando-se o inverso com o N total.
3. A floresta primária apresenta menor quociente metabólico e maior relação C/N da biomassa, o que resulta em menor perda de carbono.
4. A concentração de amônio no solo diminui em profundidades maiores, diferentemente do que ocorre com o nitrato.
Agradecimentos Ao CNPq e à Fapesp, pelo suporte financeiro.
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Recebido em 25 de maio de 2004 e aprovado em 29 de setembro de 2004
LISTA DAS GUERRAS (as outras faces das políticas econômicas; mais em baixo a lista está incompleta)
30
Anexo:Lista de guerras Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Esta é uma lista de guerras organizadas cronologicamente. Como guerra entende-se um conflito armado entre dois ou
mais países, ou entidades independentes. G R É C I A A N T I G A
Nome País País Guerra de Tróia (1250
- 1240 a.C) Grécia Tróia
Guerras Médicas (499 - 479 a.C.) Grécia
Império Pérsia
Guerra do Peloponeso (431 - 404 a.C.)
Atenas -
Esparta -
Campanhas de Alexandre, o Grande (334 - 323 a.C.) Macedônia
* Grécia; * Atual Turquia até
a atual China;
* Norte Arábico; * Nordeste do atual
Egito R O M A A N T I G A
Nome País País Guerras Samnitas (343 -
290 a.C.) República Romana
Samnitas
Primeira Guerra Púnica (264 - 241 a.C.) República Romana
Cartago
Segunda Guerra Púnica (218 - 202 a.C.) República Romana
Cartago
Terceira Guerra Púnica (149 - 146 a.C.) República Romana
Cartago
Guerras macedônicas (215 - 168 a.C.) República Romana
Macedônia
Guerra civil de Sulla(82 - 81 a.C.) República Romana Sulla
Guerras da Gália (58 - 50 a.C.)
República Romana de Caio Júlio César
Gália
Invasão romana das ilhas britânicas (43) Império Romano
Ilhas Britânicas
Guerra dos Três Reinos na China (220 - 265) Reinos da China Reinos da
China
Guerra dos Oito Príncipes (291 - 306) Reinos da China Reinos da
China I D A D E M É D I A E R E N A S C I M E N T O
Nome País País
Invasão muçulmana da península Ibérica
(711 - 718) Mulçumanos Visigodos
Conquista normanda (1066) Normandos
Inglaterra
31
Romana
Primeira Cruzada (1096 - 1099)
Estados Pontifícios
Jerusalém e Terra Santa mulçumanas
Segunda Cruzada (1147 - 1149)
Estados Pontifícios
Levante
Império Bizantino
Terceira Cruzada (1187 - 1191)
Estados Pontifícios
França Sacro Império
Romano Germânico
Inglaterra
Jerusalém mulçumana
Quarta Cruzada (1202 - 1204) Veneza
Império Latino Croácia
Quinta Cruzada (1217 - 1221)
Estados Pontifícios
França
Sexta Cruzada (1228) Estados Pontifícios
Sacro Império Romano Germânico
Sétima Cruzada (1248 - 1254)
Estados Pontifícios
Jerusalém turco-mulçumana
Terra Santa
Oitava Cruzada (1270) França
Egito
Oriente Médio
Nona Cruzada (1271 - 1291)
Estados Pontifícios
Inglaterra
Egito
Invasão Mongol da Bulgária do Volga
(1236 - 1236) Mongólia
Bulgária do Volga
Invasão Mongol da Rússia (1223 - 1240) Mongólia Rússia
Invasão mongol da Europa (1241) Mongólia
Rússia Bulgária
Lituânia
Polônia
Hungria Romênia
Transilvânia
A Anarquia (guerra civil inglesa) (1139
- 1153) Inglaterra
Anarquia Inglesa
Guerra da Barba (1152 Inglaterra França
32
- 1453) Guerra da
Independência Escocesa (1296 -
1328) (1332 - 1333)
Ficheiro:Royal Arms of Scotland.png
Escócia Inglaterra
Guerra dos Cem Anos (1337 - 1453)
França
Castela Ficheiro:Royal Arms
of Scotland.png Escócia
Génova
Majorca
Aragão
Navarra
Boémia Flandres
Hainaut Aquitânia Luxemburgo
Inglaterra
Borgonha
Bretanha
Portugal
Guerra Tokhtamysh-Tamerlão (1385 -
1399) Turquia Mongólia
Guerras Hussitas (1420 - 1436)
Conflitos internos
da Boémia
Conflitos
internos da Boémia
Guerra dos Treze Anos (1454 - 1466)
Transilvânia Valáquia Moldávia
(com a ajuda de Sacro Império
Romano-Germânico
Ferrara Toscana
Mântua Estados Pontifícios
Império Otomano
Guerra das Rosas (1455 - 1485)
Casa de Lancaster
Casa de Iorque
S É C U L O X V I A S É C U L O X I X
Nome País País Guerra dos Oitenta Anos (independência da Holanda) (1568 -
1648)
República Neerlandesa
Reino da Espanha
Guerra Luso-Neerlandesa (1588 -
1654)
República Neerlandesa
Reino da Inglaterra
Império português (sob Coroa Espanhola)
Império Espanhol
Guerra dos Trinta Anos (1618 - 1648)
Reino da Suécia Boêmia
Sacro Império Romano-Germânico
33
Dinamarca-Noruega
Rep. Neerlandesa
França Escócia
Inglaterra Saxônia
Palatinado Eleitoral Transilvânia
Rebeldes magiares anti-habsburgos
Liga Católica Arqueducado da
Áustria Baviera
Hungria Reino da Croácia
Espanha
Guerra Civil Inglesa (Oliver Cromwell) (1639 -
1652)
O Parlamento Inglês, liderado por liderado por Oliver Cromwell
partidários de Carlos I da Inglaterra
Fronda em França (1648 - 1653) Estado francês Sociedade
francesa Revolta de
Chmielnicki (1648 - 1654)
Cossacos
Comunidade Polaco-Lituana
Guerra Russo-Polaca (1654 - 1656)
Zarato da Rússia
Polônia
Guerra Sueco-Brandenburg (1655 -
1656) Suécia Brandemburgo
Guerra Sueco-Polaca (1655 - 1660) Suécia Polônia
Guerra Russo-Sueca (1656 - 1658)
Zarato da Rússia
Suécia
Guerra Sueco-Dinamarquesa (1656
- 1660) Suécia Dinamarca-Noruega
Guerra Sueco-Holandesa (1657 -
1660) Suécia
República Neerlandesa
Guerra Russo-Polaca (1658 - 1667)
Zarato da Rússia
Polônia
Guerra da Sucessão Espanhola (1701 -
1714)
Sacro Império Grã-Bretanha
República Unida dos Países Baixos
Portugal Ducado de Sabóia Reino da
Dinamarca e Noruega
França Espanha Baviera
Guerra de Sucessão da Polônia (1733 -
1738)
Polônia
França Espanha Ducado de
Polônia Rússia
34
Sabóia
Guerra de Sucessão Austríaca (1740 -
1748)
França Prússia Espanha Baviera Saxônia Nápoles e Sicília Gênova Suécia
Sacro Império Romano Germânico
Áustria Grã-Bretanha Hannover
República Unida dos Países Baixos
Saxônia Sardenha
Império Russo Guerras
Guaraníticas (1754 - 1777)
Índios Guarani
Portugal Espanha
Guerra dos Sete Anos (1756 - 1763)
Reino da Prússia
Reino da Grã-Bretanha Hanôver Reino de
Portugal Braunschweig Hesse-Kassel
Sacro Império/Império
Austríaco Reino da França Império Russo
Reino da Suécia Reino da Espanha
Saxônia Reino das Duas Sicílias
Reino da Sardenha
Guerra da Independência dos Estados Unidos da América (1775 -
1783)
EUA/Treze Colônias
França Espanha
Voluntários de Quebec
Voluntários da Prússia
Tribo Oneida
Voluntários da República das Duas Nações
Grã-Bretanha Leais à Grã-Bretanha
Mercenários de Hesse Iroqueses Ducado de
Brunswick-Lüneburg
Guerras Napoleónicas (1803
- 1815 )
Império Austríaco Portugal Prússia
Império Russo Duas Sicílias
Espanha Suécia
Reino Unido
França Holanda
Itália Nápoles
Ducado de Varsóvia Baviera Saxônia
Dinamarca-Noruega
Guerra Peninsular (1807 - 1814)
Espanha
Reino Unido da Grã-Bretanha e
Irlanda Portugal
França
Guerra da Independência da
Bolívia (1809-1825) Bolívia Reino da Espanha
35
Guerra da Independência da Argentina (1810 -
1816)
Províncias Unidas do Rio da
Prata
Reino da Espanha
Guerra da Independência do México (1810 -
1821)
México Reino da Espanha
Guerra da Independência do
Chile (1817 - 1818) Chile Reino da Espanha
Guerra da Independência do Brasil (1822 -
1823)
Império do Brasil
Reino Unido de Portugal, Brasil e
Algarves
Guerra da Cisplatina (1825 -
1828)
Províncias Unidas do Rio da
Prata
Império Brasileiro
Guerras Liberais de Portugal (1828-
1834) Pedristas Miguelistas
Guerra dos Farrapos (1835 - 1845)
Império Brasileiro
República Rio-Grandense
Guerras do ópio (1839 - 1860)
1ª e 2ª Guerra do ópio
Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte
Império Qing
Primeira Guerra Italiana de
Independência (1848-1849)
Império Austríaco
Reino de Sardenha Grão-ducado da
Toscana Aliados com:
Estados Pontifícios Reino das Duas Sicílias
Segunda Guerra de Independência Italiana (29 de Abril de 1859
- 11 de Julho de 1859)
França Reino de
Sardenha Império Austríaco
Terceira Guerra de Independência Italiana (1866)
Áustria Saxônia Baviera Baden
Württemberg Hanover
Hesse Hesse-Kassel
Reuss Saxe-Meiningen
Schaumburg Frankfurt Nassau
Prussia Itália
Mecklenburg Oldenburg Anhalt
Brunswick Saxe-Altenburg Saxe-Coburg,
Gotha Saxe-Lauenburg
Lippe Schwarzburg Waldeck Bremen
36
Hamburgo Lübeck
Guerra contra Oribe e Rosas (1851 -
1852)
Império Brasileiro
Uruguai Entre Rios Corrientes
Argentina
Guerra da Criméia (1853 - 1856)
Segundo Império Francês
Império Otomano
Reino Unido da Grã-Bretanha e
Irlanda Reino de
Sardenha
Império Russo Voluntários Búlgaros
Guerra Civil Americana ou Guerra de Secessão (1861 -
1865)
Estados Unidos da América ("União")
Estados Confederados da
América ("Confederação")
Guerra contra Aguirre (1864)
Império Brasileiro
Uruguai
Guerra do Paraguai ou Guerra da
Tríplice Aliança (1864 - 1870)
Tratado da Tríplice Aliança:
Império Brasileiro
Uruguai Argentina
Paraguai
Guerra Boshin (1868 - 1869)
Xogunato Tokugawa
Restaruação do Imperador Meiji no Império do Japão
Guerra franco-prussiana (1870 -
1871)
Segundo Império Francês
Confederação da Alemanha do Norte
Baden Baviera
Württemberg Guerra Anglo-Zulu
(1879) Império
Britânico
Reino dos Zulus
Guerra do Pacífico (1879 - 1881) Chile
Bolívia Peru
Primeira Guerra dos Bôeres (1880 -
1881)
Reino Unido da Grã-Bretanha e
Irlanda
República Sul-Africana
Guerra de Canudos (1893 - 1897) Tropas federais Conselheristas
Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894
- 1895)
Império do Japão
Dinastia Qing (China)
Guerra Hispano-Americana (1898)
Estados Unidos Cuba
Primeira República Filipina Katipunan
Reino da Espanha
Segunda Guerra dos Bôeres (1899 -
Reino Unido da Grã-Bretanha e
Estado Livre de Orange
37
1902) Irlanda: Austrália Canadá Índia
Noza Zelândia
República Sul-Africana
Guerra dos Boxers (1900 - 1901)
Aliança das Oito Nações: Império do Japão
Império Russo Reino Unido da
Grã-Bretanha e Irlanda Terceira
República Francesa
Estados Unidos da América Império Alemão Reino da Itália Império Austro-
Húngaro
Dinastia Qing (China)
S É C U L O X X
Nome País País
Guerra Russo-Japonesa (1904 -
1905) Império Japonês
Império Russo Principado de Montenegro
Guerra dos Balcãs (1912 - 1913)
Liga Balcânica: Reino da Bulgária Reino da Grécia Reino da Sérvia
Reino do Montenegro
Império Turco-Otomano
Guerra do Contestado (1912
- 1916) Governo do Brasil Rebeldes
Primeira Guerra Mundial (1914 -
1918)
Tríplice Entente: Sérvia
Império Russo (até 1917) França
Império Britânico Portugal
Itália (a partir de 1915)
Estados Unidos (a partir de 1917)
Japão e outros
Tríplice Aliança: Império Alemão Império Austro-
Húngaro Bulgária
Itália (até 1915, porém neutra)
Império Turco-Otomano
Guerra Civil Russa (1918 -
1922)
RSFSRússia Exército Vermelho RSSUcrânica
Exército Branco Impérios Centrais
(1917–1918): Império Austro-
Húngaro Império Turco-
Otomano Império Alemão
38
Intervenção Aliada:
Império Japonês Checoslováquia Reino da Grécia Estados Unidos da América
Canadá Reino da Sérvia
Reino da Romênia
Reino Unido França
Reino da Itália Estônia Letônia Lituânia Polônia
Guerra do Chaco (1932 - 1935) Paraguai Bolívia
Guerra Civil Espanhola (1936 -
1939)
Espanha Nacionalista
Itália Alemanha Portugal
Segunda República Espanhola União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas
Brigadas Internacionais
México
Segunda Guerra Mundial (1939 -
1945)
Aliados: União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas
Estados Unidos da América Reino Unido França Livre
Canadá República da China
e outros
Eixo: Alemanha Itália Japão
e outros
Guerra de 41 (1941) Equador Peru
Primeira Guerra da Indochina (1946 - 1954)
Indochina Francesa
União da França: França
Estado do Vietnã Camboja
Reino de Laos Viet Minh
Guerra Fria (1948 - 1989)
Capitalistas: Estados Unidos da
América
União das Repúblicas Socialistas
39
Europa Ocidental Japão
Coreia do Sul
América Latina
Soviéticas Europa Oriental
RPChina Cuba
Primeira Guerra Caxemira (1948 -
1949) Índia Paquistão
Guerra da Coréia (1950 - 1953)
Nações Unidas: República da Coréia
Austrália
Bélgica Canadá Colômbia
Império Etíope França
Reino da Grécia Luxemburgo
Países Baixos Nova Zelândia Filipinas
União Sul-africana Tailândia Turquia
Reino Unido Estados Unidos da
América
Suporte Naval e Militar
(Serviços/Reparos):
Japão
Equipe Médica:
Dinamarca Itália Noruega Índia Suécia
Forças Comunstas: RDPCoréia do
Norte RPChina
União Soviética
Guerra da Argélia (1954 - 1962) FLN França
Guerra do Suez (1956)
Israel Apoiadores: Reino Unido
França
Egito
Guerra Colonial Portuguesa (1961
- 1975)
Angola (1961-1974): MPLA UNITA FNLA
Guiné-Bissau: PAIGC
Moçambique:
Portugal
40
FRELIMO
Guerra de Independência de Angola (1961 -
1975)
MPLA UNITA FNLA
Portugal África do Sul
Guerra de Independência da Eritréia (1961 -
1991)
Eritréia Etiópia
Guerra da Independência de Moçambique (1964
- 1975)
FRELIMO Portugal
Guerra do Vietnã (1964 - 1973)
Vietnã do Sul Estados Unidos Coréia do Sul
Austrália Nova Zelândia
Vietnã do Norte Vietcong China
Coréia do Norte
Guerra Civil na Colômbia (1964 -
presente)
Paramilitares da Colômbia:
Aliança Americana Anticomunista
Autodefesas Unidas da Colômbia
CONVIVIR Águas Negras
Governo da Colômbia:
Armada de Colômbia Armada Nacional Colombiana Força Aérea Colombiana
Polícia Nacional da Colômbia CONVIVIR
Guerrilhas Colombianas: Movimento 19 de
Abril Exército
Popular de Libertação
FARC ELN
Movimento Camponês dos Trabalhadores Estudantil Coordenada
Guerrilha de Simón Bolívar
Segunda Guerra Caxemira (1965) Índia Paquistão
Guerra da Independência da Namíbia (1966 -
1988)
SWAPO África do Sul
Guerra dos Seis Dias (1967) Israel
Egito Siria
Jordânia Iraque
Apoiadores: Kuwait
Arábia Saudita Argélia Sudão
Guerra do Futebol (Guerra das 100 horas) (1969)
El Salvador Honduras
41
Guerra de Bangladesh (1971) Índia Paquistão
Guerra do Yom Kipur (1973 -
1973) Israel
Egito Síria Iraque
Ocupação soviética do
Afeganistão (1979 - 1989)
República Democrática do Afeganistão União Soviética
Mujahidin
Guerra Irã-Iraque (1980 - 1988)
Iraque Apoiantes:
Estados Unidos da América
Arábia Saudita União Soviética
Irã Apoiantes:
Síria Líbia
Guerra das Malvinas
(Falklands) (1982 - 1982)
Reino Unido Argentina
Primeira Guerra do Líbano (1982) Israel
Guerra de Nagorno-Karabakh (1988 - 1994)
República de Nagorno-Karabakh
República do Azerbaijão
Guerra do Golfo (1990 - 1991)
Estados Unidos Arábia Saudita Grã Bretanha
França Egito
Iraque
Primeira Guerra da Chechênia (1994 - 1997)
Rússia Chechênia
Guerra do Cenepa (1995) Equador Peru
Guerra do Kosovo (1996) - (1999} Iugoslávia
guerrilha separatista
étnica albanesa
Guerra Etíope-Eritrea (1998 -
2000) Eritréia Etiópia
Guerra de Kargil (1999) Índia Paquistão
Guerra do Kosovo (1999}
Ficheiro:Flag of OTAN.svg OTAN Iugoslávia
Segunda Guerra da Chechênia (1999 -
atualidade) Rússia Chechênia
S É C U L O X X I
Nome País País Invasão Afegã pelos Estados Unidos (2001
- 2002)
Estados Unidos Afeganistão
Guerra do Iraque (2003 - atualmente)
Estados Unidos Reino
Iraque Baathista Lealistas do Partido
42
Unido Espanha
(até 2004) Itália Novo
Exército Iraquiano Curdistão
Iraquiano Polônia
e outros
Baath al-Qaeda no Iraque
Segunda guerra do Líbano (2006) Israel
Hizbollah Partido Comunista
Libanês Amal
Frente Popular para a Libertação da Palestina
- Comando Geral
Guerra na Ossétia do Sul (2008)
Ossétia do Sul
apoiado por: Rússia
Geórgia
Guerra na Faixa de Gaza (2008 - 2009)
Israel apoiado por:
Estados Unidos
Hamas - Faixa de Gaza
Capítulo 2 ORGANIZAÇÃO BIOLÓGICA
Níveis de organização biológica
Níveis de organização biológica
- Átomo: Menor partícula estável da matéria, capaz de conservar as características de um elemento químico.
- Molécula: Conjunto de átomos. - Célula: Conjunto de moléculas organizadas formando a unidade
morfofuncional da maioria dos seres vivos. - Tecido: Conjunto de células semelhantes em forma e função.
- Órgão: Conjunto de tecidos. - Sistema: Conjunto de órgãos capazes de realizar uma tarefa
específica no organismo. - Organismo: Conjunto de sistemas capazes de alimentar,
reproduzir e evoluir. - População: Conjunto de organismos da mesma espécie
delimitados geograficamente, ou seja, que convivem em uma região comum.
- Comunidade: Conjunto de populações delimitadas geograficamente.
- Ecossistema: Conjunto de fatores bióticos e abióticos que se interagem em um ambiente delimitado.
- Biosfera: Conjunto de ecossistemas que recobrem a superfície terrestre.
(segundo a Internet, o que difere do modelo)
0 3 D E Z E M B R O , 2 0 0 7
A organização biológica e o desenvolvimento humano Mesmo que possamos decifrar toda a informação contida no nosso material genético, nossa vida permanecerá um grande mistério, pois ela é muito mais do que uma informação herdada, ela é o
43
resultado das possibilidades biológicas, que estão em permanente interação com o meio e uma coisa não pode ser simplesmente
redutível à outra.
Quando batemos as palmas das mãos produzimos um som, mas não sabemos o som que cada mão produziu, porque o efeito de um
processo interativo não é o simples resultado de uma soma dos efeitos de cada elemento tomado separadamente, é mais do que
isso. Da mesma forma, a música não pode ser redutível apenas ao instrumento ou ao intérprete, pois da interação entre ambos
surge uma terceira entidade: o som, que não está contido nem em um nem no outro, mas em ambos simultaneamente.
O todo, também, nunca se reduz à simples soma do conjunto de componentes considerados isoladamente. Por mais essencial que seja um determinado componente num sistema, ele, sozinho, não
define o conjunto.
Maturana e Varela (1995) [1] enfatizam que embora seja muito freqüente ouvir dizer que os genes constituem a informação, que
especifica todo o ser vivo, isso é um erro porque se está confundindo o fenômeno da hereditariedade com o mecanismo de
réplica de certos componentes celulares de grande estabilidade.
Não herdamos apenas nossos cromossomos. Recebemos da geração paterna uma célula completa inserida num contexto apropriado para seu desenvolvimento. O DNA não contém toda informação necessária para especificar um ser vivo, já que é a rede de interações em sua totalidade, que constitui e especifica as características da célula. “O erro, consiste portanto em
confundir a participação essencial com a responsabilidade única” (Maturana e Varela, 1995 p.107).
De fato, herdamos da geração paterna não apenas as moléculas de DNA, mas uma célula completa, a partir da qual iniciamos todos os processos interativos que redundarão na formação do nosso
organismo. Além disso, “herdamos” também um mundo já constituído, com o qual interagiremos para constituir nosso
próprio Umwelt[2].
Maturana e Varela (1995) trabalham com a idéia de que há uma continuidade entre o social e o humano e suas bases biológicas, assim como Piaget. Para eles, o fenômeno de conhecer não pode ser equiparado à existência de ‘fatos’ ou objetos lá fora, que podemos captar e armazenar na cabeça. A experiência de qualquer coisa ‘lá de fora’ é validada pela estrutura humana que a torna
possível.
Há uma circularidade entre ação e experiência, de forma que todo ato de conhecer produz um mundo. Ou seja, toda reflexão produz um mundo, pois se constitui numa ação humana, realizada por alguém em particular, num determinado contexto. Em outras palavras, a cognição se constitui numa “ação efetiva”, que
permite a um ser vivo continuar sua existência, em determinado meio, produzindo aí seu mundo.
Segundo a teoria piagetiana, a conquista dos objetos ou
conhecimento dos dados ambientes, não é de forma alguma uma cópia do real, uma vez que envolve ações e suas coordenações.
Interagir implica, do ponto de vista do sujeito, poder assimilar o objeto a suas estruturas, ou seja, significa que “existe um esquema qualquer por meio do qual um elemento exterior pode ser
incorporado a este sujeito” (Macedo, 1979, p. 1125)[3].
Como enfatizam Maturana e Varela, nossa forma particular de
44
sermos humanos e estarmos no fazer humano é a linguagem. E, como demonstra Piaget, a linguagem necessita da função simbólica.
Quando nos tornamos simbólicos, nos tornamos capazes de compreender o próprio conhecer.
A produção do mundo é o cerne pulsante do conhecimento, e está
associada às raízes mais profundas do nosso ser cognitivo. Estas raízes se estendem até a base biológica e se manifestam em todas
as nossas ações e em todo o nosso ser.
O fenômeno do conhecer é um todo integrado, e todos os seus aspectos estão fundados sobre a mesma base. Todo o conhecer
depende das estruturas daquele que conhece e, as bases biológicas do conhecer não podem ser entendidas somente pelo exame do sistema nervoso, pois estão enraizados no organismo
como um todo (Maturana ; Varela, 1995).
As interações entre sujeito e objeto, partem de atividades espontâneas dos organismos, desencadeadas por estímulos externos. Segundo Piaget, a partir de tais interações, os
conhecimentos se orientam em duas direções complementares: a conquista dos objetos ou dados ambientais pelas ações e suas coordenações; e a tomada de consciência das condições internas
dessas coordenações.
Para Piaget, o conhecimento envolve processos de ajustes, que propiciam o desenvolvimento de novos esquemas de ação, como
reflexo da sua organização.
Qualquer ação é uma forma de assimilar e, em maior ou menor grau, a assimilação implica ajustar a ação às características do
objeto. Este ajustamento ou acomodação, como diz Piaget, é, portanto, um processo complementar ao da assimilação. De forma que o sujeito ao incorporar o objeto às suas estruturas faz com que estas se ajustem às características do objeto modificando-as. Sem este ajustamento a assimilação seria impossível (Macedo,
1979).
Segundo Lino de Macedo, as estruturas são conjuntos de esquemas, cujas relações entre os elementos se caracterizam por
estabilidade, mobilidade e auto-regulação. Todo esquema é uma coordenação de ação, ou seja, um “saber fazer” por meio do qual o sujeito assimila os objetos às suas estruturas (Macedo, 1979).
As estruturas que compõe os sistemas cognitivos estão submetidas às características essenciais dos sistemas biológicos, os quais são abertos, no sentido de trocas que efetuam com o meio, e, ao mesmo tempo, fechados, pois todos os seus processos se organizam
como ciclos.
Os esquemas de ação são formas funcionais de organização vital. A razão se elabora através de uma seqüência de construções
operatórias criadoras de novidades e precedidas por uma série ininterrupta de construções pré-operatórias, relativas à coordenação das ações, que remontam, eventualmente, à organização biológica em geral (Piaget, 1978)[4].
Todas as manifestações da vida testemunham a existência de organizações[5] como: ciclos metabólicos, macromoléculas,
células, sistemas fisiológicos, processos de diferenciação e multiplicação, entre outros.
A organização vital em forma de ciclos é necessária para a adaptação aos diferentes ciclos do planeta, dia e noite, estações do ano, água e energia. Ou seja, a organização
45
biológica é o reflexo do processo histórico de interações entre organismos e meio ao longo do tempo.
A organização biológica é essencialmente dinâmica e acaba por integrar, em formas permanentes, um fluxo contínuo de objetos e
acontecimentos variáveis. De forma que, para Piaget, a organização ou a função de organização pode ser confundida com a
própria vida.
Ao falar de seres vivos, estamos pressupondo algo comum entre eles. Qual é então a organização que os define como classe?
A resposta é que os seres vivos se caracterizam, literalmente,
por produzirem continuamente a si mesmos. De forma, que a organização que os define pode ser chamada de organização
autopoiética.
Para Maturana e Varela, a característica mais marcante de um sistema autopoiético é que ele se levanta por seus próprios cordões, e se constitui como distinto do meio circundante
mediante sua própria dinâmica, de modo que ambas as coisas são inseparáveis.
Uma imagem marcante para ilustrar esta idéia de sistema
autopoiético pode ser vista em uma cena do filme “As aventuras do Barão Munchausen”, do diretor Terry Gilliam, onde o
personagem do Barão, vivido pelo ator John Neville, sai do fundo do mar, montado em seu cavalo se puxando pelos próprios cabelos.
Maturana e Varela trabalham com a hipótese, segundo a qual,
quando surgiram na história da Terra as condições suficientes, a formação de sistemas autopoiéticos ocorreu de modo inevitável.
Volta-se aqui a questionar a vida como essencialmente obra do acaso e surge a idéia de contingência, que pode contrapor a visão dicotômica entre os seres humanos e a natureza, nos
posicionando, talvez, mais como uma necessidade do que como um acaso na história evolutiva dos seres vivos.
Notas:
[1] MATURANA, Humberto R. ; VARELA, Francisco G. A árvore do conhecimento: As bases biológicas do entendimento humano.
Campinas : Editorial Psy II, 1995. [2] Umwelt- é uma palavra alemã que significa: “o mundo que está
ao nosso redor”. [3] MACEDO, Lino de. Os processos da equilibração majorante. Ciência e Cultura. São Paulo, v. 31, n. 10, p.1125-1128, out.,
1979. [4] PIAGET, Jean. [1967] Biologia e conhecimento. 1ed. Porto :
Rés ed, 1978. [5] Entende-se por organização o conjunto das relações que devem
se dar entre os componentes de um sistema para que este seja reconhecido como membro de uma classe específica.
Palavras-chave: Maturana, Varela, Piaget, sistema autopoiético, organização biológica, assimilação, Lino de Macedo, esquemas de
ação
Referências Título: A organização biológica e o desenvolvimento humano
Capítulo: Interação e Meio - A filtragem do Mundo-5.2 Autora: Gladis Franck da Cunha
Publicado em: 03/12/2007
46
Organismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em biologia e ecologia um organismo é um ser vivo. Uma extensão polémica deste conceito afirma que a própria Terra é um
organismo vivo. Chama-se a esta hipótese a Hipótese de Gaia. A origem da vida e as relações entre as suas maiores linhagens são controversas. Dois grandes grupos podem ser identificados, os
procariontes - que não apresentam um verdadeiro núcleo celular - e os eucariontes, em que o ADN se encontra organizado em cromossomos dentro do núcleo celular. Os procariontes são geralmente agrupados em dois domínios, chamados Bacteria e
Archaea. De acordo com a teoria endosimbiótica as plantas teriam adquirido dois organelos das suas células, nomeadamente a
mitocôndria e os cloroplastos, de bactérias endosimbióticas.
Características comuns a muitos organismos incluem:
• Movimento • Alimentação • Respiração • Crescimento • Reprodução
• Sensação (sensibilidade a estímulos externos)
No entanto, estes não são universais. Muitos organismos são incapazes de movimento independente, e não respondem diretamente ao seu ambiente. Os microrganismos, como as bactérias, podem não
ter respiração, usando, em vez disso, caminhos químicos alternativos.
O R G A N I Z A Ç Ã O
Biológica • Átomos o Molécula Macromolécula
Organelo Célula
Tecido Órgão
Sistema orgânico Organismo
• Organismo Ambiental
o População Comunidade Ecossistema
Biosfera
Os O R I G E M
coacervados teriam se fundido e dado forma a primeira criatura Viva (mais ou menos):
O Protobionte!
C L A S S I F I C A Ç Ã O
Os seguintes artigos são pontos de entrada para informação sobre
a classificação de organismos: • Classificação científica • Nomenclatura binomial
• Espécie
47
Os
V Í R U S
Vírus não são tipicamente considerados como organismos porque não são capazes nem de reprodução nem de metabolismo
independente. O que é problemático, porque alguns parasitas e endosimbiontes são incapazes de vida independente. Apesar dos vírus possuírem enzimas e moléculas características de seres
vivos, são incapazes de sobreviver fora da célula hospedeira e a maioria dos seus processos metabólicos requerem um hospedeiro e a sua máquina genética. A origem destes parasitas é incerta, mas
há quem diga que evoluíram de bactérias primitivas.
Um dos parâmetros básicos de um organismo é o seu
T E M P O D E V I D A
tempo de vida. Alguns animais têm vidas tão curtas como um dia, enquanto que
algumas plantas podem viver milhares de anos. O envelhecimento é importante para determinar o tempo de vida da maioria dos organismos, bactérias, de um vírus ou até de um prion.
O organismo ou ser vivo, sob o ponto de vista da
C O M O S E R V I V O
biologia, é um ser que:
• É constituído por células; • Desenvolve-se e Cresce;
• Responde a estímulos do meio; • Reproduz-se (à excepção de certos seres vivos como a
mula).
Podemos dividir academicamente a
Constituição
Biota que constitui todos os seres vivos em:
• Super reino: Acytota o Reino: Vírus
Vírus, Agentes sub-virais e viróides • Super reino: Prokaryota
o Reino: Monera Bactérias, cianobactérias e nanobactérias
• Super reino: Eukaryota o Reino: Fungi
Fungos o Reino: Metaphyta
Plantas e algas pluricelulares o Reino: Metazoa
Animais o Reino: Protista
Protozoários e algas unicelulares O primeiro ser vivo da terra foi o Protobionte.
N.1 não veio apenas antes de nós, não foi somente algo que precedeu: é a base secundária do edifício, o primeiro andar (sendo o subsolo N.0, a natureza físico-química) – se ele desabar nós cairemos junto. É a nossa fábrica de alimentos, posta pela Natureza geral; é algo que funciona (ou funcionava) sem que tenhamos (ou tivéssemos) de nos preocupar com ela. Assim como, mais distante, N.0 FQ proporciona a bandeira elementar (ar, água, terra/solo, fogo/energia), N.1 biológica-p.2 proporciona os quatro alimentos.
OS QUATRO ELEMENTOS BIO-P.2
48
Roda dos Alimentos Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Roda dos Alimentos é uma representação gráfica, criada pelos portugueses em 1977 no âmbito da Campanha de Educação Alimentar "Saber comer é saber viver", que ajuda a escolher e combinar os
alimentos que deverão fazer parte da alimentação diária. É um símbolo em forma de círculo que se divide em segmentos de diferentes tamanhos que se designam por Grupos e que reúnem alimentos com propriedades nutricionais semelhantes. Mas, em muitos outros países a roda dá lugar à pirâmide dos alimentos, que na opinião dos especialistas nacionais não representa aquilo
que deve ser uma alimentação saudável, ou seja, completa, equilibrada e variada. É que a pirâmide hierarquiza os
alimentos, dando assim mais importância a uns que a outros. E isto não está correcto, pois deve-se dar igual importância a
todos os alimentos. A evolução dos conhecimentos científicos e as diversas alterações na situação alimentar portuguesa conduziram à
necessidade da sua reestruturação. A nova Roda dos Alimentos agora apresentada mantém o seu formato original, pois este é já
facilmente identificado e associa-se ao prato vulgarmente utilizado. Foram ainda objectivos desta reestruturação a
promoção dos valores culturais e sociais dos portugueses ao promoverem-se produtos tradicionais como o pão, o azeite ou as
hortícolas. Além disso, foram considerados objectivos pedagógicos e nutricionais. A nova versão subdivide alguns dos anteriores grupos e estabelece porções diárias equivalentes, para além de incluir a água no centro desta nova representação
gráfica.
C O N S T I T U I Ç Ã O Antiga
Existiam 5 grupos de alimentos sem indicação das porções
recomendadas por dia. Os grupos de alimentos eram os seguintes:
I Leite e derivados
II Carne, peixe e ovos
III Óleos e gorduras
IV Cereais e leguminosas
V Hortaliças, legumes e frutos
Nova É composta por 7 grupos de alimentos de diferentes dimensões, os quais indicam a proporção de peso com que cada um deles deve
estar presente na alimentação diária:
Cereais e derivados, tubérculos 4 a 11 porções 28%
Hortícolas 3 a 5 porções 23%
Fruta 3 a 5 porções 20%
Lacticínios 2 a 3 porções 18%
Carnes, pescado e ovos 1,5 a 4,5 porções 5%
Leguminosas 1 a 2 porções 4%
Gorduras e óleos 1 a 3 porções 2%
Embora não possuindo um grupo próprio, a água assume a posição central na nova roda dos alimentos. Por ser um bem tão essencial à vida, recomenda-se o seu consumo diário na ordem dos 1,5 a 3
litros.
Alimentação balanceada
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Alimentação balenceada significa alimentar-se corretamente, ingerindo
nutrientes necessários para beneficiar a saúde. Uma boa alimentação pede uma nutrição balanceada, ou seja, cerca de
50% a 60% de carboidratos, 20% a 25% de proteínas, 20% a 30% de gordura e 300 g a 400 g de frutas, verduras e legumes, que devem ser
ingeridos diariamente. Seguir uma alimentação balanceada e adequada não significa deixar de
comer, mas sim praparar os alimentos de forma diferente, trocar frituras por grelhados ou cozidos, e incorporar alguns hábitos novos
para reduzir os riscos de infarto. Altos índices de doenças associadas à obesidade mostram que cuidar da
alimentação e associá-la à prática esportiva é fundamental. A adoção de um cardápio equilibrado, ajuda a prevenir o aparecimento
de doenças crônico-degenerativas como obesidade, hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e envelhecimento precoce.
O ideal é se alimentar a cada três ou quatro horas, sem exageros, podendo abusar somente das frutas, vegetais, legumes, sucos naturais e
água. É importante também evitar frituras e doces em excesso.
Dicas para uma alimentação balanceada:
Evitar gorduras saturadas, gorduras mais sólidas, com lenta digestão, derivadas de fontes animais. Exemplos: manteiga e chantilly.
Diminuir a quantidade de sal e açúcar para evitar doenças como hipertensão e diabetes;
Optar pela ingestão de vegetais e integrais; Ingerir, no mínimo, três vezes por semana, carne branca (peixes
e aves);
Classificação dos alimentos:
Alimentos Energéticos: Contribuem para o fornecimento de energia para o corpo funcionar. São encontrados nas massas e açúcares, como
arroz integral, pão integral, batata e doces; Alimentos Reguladores: Frutas, legumes, verduras e água. Fornecem vitaminas, minerais e fibras, garantindo melhor rendimento e
o bom funcionamento orgânico. Alimentos Construtores: Leite, feijão, ovos, peixe, carnes, frango, ervilha. São importantes para o crescimento, desenvolvimento,
manutenção e reparação de tecidos. É o grupo das proteínas. Alimentos Oleaginosos: Castanhas, carnes e doces. São altamente
energéticos. Dieta Alimentar
por : DaianeSANTOS Autor : Wikipédia
Publicado em: março 01, 2008
Dieta sangüínea é a classificação dos alimentos de acordo com o grupo
sangüíneo. DIETA - QUAL É A MELHOR PARA O SEU TIPO SANGUINEO?
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Coma os alimentos
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indicados para o seu tipo sanguineo e viva com mais saúde.
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A dieta do tipo sangüíneo foi desenvolvida pelo médico naturopata Peter J. d''Adamo e publicada em seu livro "Eat right for your type" (Alimente-se corretamente de acordo com seu tipo de sangue), publicado
em 1996 nos Estados Unidos da América. Basicamente, esta dieta segue a premissa de que cada grupo sangüíneo (A, B, AB e O) deve ingerir alimentos específicos. Para cada grupo
sangüíneo, os alimentos podem ser classificados como: Benéficos: alimentos que previnem e tratam doenças;
Neutros: alimentos que não previnem doenças, porém, também não prejudicam à pessoa;
Nocivos: alimentos que podem agravar ou causar danos à pessoa.
Nova Roda dos Alimentos Conheça o que mudou na Roda dos Alimentos e aprenda a comer
de uma forma mais variada, equilibrada e completa..
A Roda dos Alimentos é um instrumento de educação
alimentar destinado à população em geral. Esta representação gráfica foi concebida para orientar as escolhas e combinações
alimentares que devem fazer parte de um dia alimentar saudável.
Utilizada desde 1977, como parte da Campanha de Educação Alimentar “Saber comer é saber viver”, a Roda dos Alimentos
sofreu recentemente uma reestruturação, motivada pela evolução dos conhecimentos científicos e pelas alterações nos
hábitos alimentares portugueses. Mantendo o formato circular original, associado ao prato
vulgarmente utilizado às refeições, a nova versão subdivide alguns dos anteriores grupos e estabelece porções diárias equivalentes, para além de incluir a água no centro desta
nova representação gráfica. A nova Roda dos Alimentos é composta por sete grupos, com funções e características nutricionais específicas:
• Cereais e derivados, tubérculos – 28% • Hortícolas – 23%
• Fruta – 20% • Lacticínios – 18%
• Carne, pescado e ovos – 5% • Leguminosas – 4%
• Gorduras e óleos – 2% Dentro de cada divisão estão reunidos alimentos
nutricionalmente semelhantes entre si, para que possam ser regularmente substituídos, assegurando a variedade
nutricional e alimentar. No site da Direcção-Geral da Saúde estão disponíveis mais informações sobre a roda dos alimentos e outras informações
sobre alimentação, tais como: as recomendações nutricionais e alimentares para a população portuguesa, princípios para uma alimentação saudável, como diminuir o consumo de gordura, açúcar e sal, e como aumentar o consumo de hortaliças,
legumes e frutos.
Os quatro elementos na alimentação Tudo o que acontece na Natureza, acontece também conosco.
Na primavera, quando o plantio acontece, precisamos revolver a
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terra, ou seja, provocar a entrada de ar, para que as sementes ai plantadas recebam os elementos nutritivos. O florescimento
está acontecendo, tudo fica mais colorido. O calor está presente,sem ser demasiado, temos mais libido, adquirimos impulsos para novos projetos, necessidade de coisas novas,
buscamos novos amigos, novos caminhos. O entusiasmo nos leva para frente e nos vamos dando conta que existe um novo começo. Em relação aos alimentos que são mais abundantes nesta estação,
temos as flores, como brócolis, alcachofra, couve-flor, os brotos de bambu, de soja, de feijão; temos ainda as cores mais vivas, mais frescor, menos cozimento, pois temos mais apetite pelos alimentos crus, o que nos estimula a fazer pratosmais
coloridos e leves. No verão, a energia é exuberante. As sementes que brotaram, na primavera, tomaram corpo, e estão oferecendo seus primeiros
botões e frutos. Conosco também; vamos desabrochando, vestimos roupas mais leves, encontramos novos amigos, sem pressa e sem
grandes esforços, já que o calor mais intenso nos impede demuita atividade.
Em relação aos alimentos, nos preocupamos em ingerir mais saladas, mais frutas, sucos, água de coco e alimentos em geral, de fácil digestão, já que isto demanda um esforço do organismo.
Com a elevação da temperatura ambiente, é bom cuidar da hidratação do corpo, já que as perdas de água pelo suor
aumentam. Em condições regulares, o organismo de uma pessoa adulta perde cerca de dois litros e meio de água por dia,
levando-se em conta o suor, a urina, as fezes e a evaporação através da pele.
Com a aproximação do Outono, o tempo vai ficando mais fresco e tendemos a nos recolher em ambientes fechados, buscando uma intimidade maior nos relacionamentos. Esta estação nos pede
alimentos com mais cozimento, como as raízes, cenoura, beterraba,
rabanete, nabo. O Inverno simboliza o fim de um ciclo que se renova a cada ano.
Esta estação marca uma quietude da natureza, onde nos recolhemos, para refletir sobre os acontecimentos do ano, e nos preparamos para o próximo ciclo, assim como a terra se esfria e hiberna até a chegada da primavera, para ser novamente revolvida
e começar de novo. Em relação aos alimentos, a necessidade de calorias é maior, vamos usar os alimentos mais cozidos, leguminosas, feijão, lentilha, grão de bico, soja, sopas de raízes, carnes; de
preferência com condimentos como salsa, cebolinha, manjerona, orégano.
Quando trazemos para nossa consciência e aplicamos estes princípios em nossas vidas, estamos preservando a Vida e
seguindo as orientações que a Natureza nos oferece.
RECLAMANDO DE DEUS E DA NATUREZA (não é bom não reclamar, mas o tempo todo também enjoa)
A HISTÓRIA DAS VITAMINAS (é uma família importantíssima)
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Vitamina Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
As vitaminas são substâncias orgânicas, presentes em pequena quantidade nos alimentos naturais, essenciais para o metabolismo normal e cuja carência na dieta pode causar doenças. Não podem ser
sintetizadas pelo homem, pelo menos em quantidades apreciáveis. A deficiência de vitaminas é chamada de hipovitaminose ou avitaminose. O excesso também pode trazer problemas, no caso das vitaminas
lipossolúveis, de mais difícil eliminação, é chamado de hipervitaminose. Atualmente é reconhecido que os seres humanos necessitam de 13 vitaminas diferentes.
O nome vitamina foi criado pelo bioquímico polonês Casimir Funk em 1912, baseado na palavra latina vita (vida) e no sufixo -amina (aminas vitais ou aminas da vida). Foi usado inicialmente para descrever estas substâncias do grupo funcional amina, pois naquele tempo pensava-se que todas as vitaminas eram
aminas. Apesar do erro, o nome se manteve. As vitaminas podem ser classificadas em dois grupos de acordo com sua solubilidade. Quando solúveis em gorduras, são agrupadas como vitaminas lipossolúveis e sua absorção é feita junto à da gordura, podendo acumular-se no organismo alcançando níveis tóxicos.
São as vitaminas A, D, E e K. Já as vitaminas solúveis em água são chamadas de hidrossolúveis e consistem nas vitaminas presentes no complexo B e a vitamina C. Essas não são acumuladas em altas
doses no organismo, sendo eliminada pela urina. Por isso se necessita de uma ingestão quase diária para a reposição dessas vitaminas. Algumas vitaminas do Complexo B podem ser encontradas como co-
fatores de enzimas, desempenhando a função de coenzimas. Apesar de precisarem ser consumidas em pequenas quantidades, se houver deficiência de algumas
vitaminas, estas podem provocar doenças específicas, como: beribéri, escorbuto, raquitismo e xeroftalmia.
C L A S S I F I C A Ç Ã O D A S V I T A M I N A S
Muitas substâncias já foram consideradas essenciais aos seres humanos, mas com o tempo descobriu-se que não eram, embora possam ter mantido o nome "vitamina". As vitaminas atualmente consideradas
essenciais aos humanos são as seguintes:
Hidrossolúveis • tiamina (vitamina B1)
• riboflavina (vitamina B2) • ácido pantotênico (vitamina B5)
• piridoxina, piridoxamina e piridoxal (Vitamina B6) • ácido fólico
• cobalamina (vitamina B12) • ácido ascórbico (vitamina C)
• biotina (vitamina Bh) • niacina (vitamina PP)
Lipossolúveis • Vitamina A • Vitamina D • Vitamina E • Vitamina K
Segundo o Food and Drug Administration (FDA)Dose Diária Recomendada (DDR)
[1]
Devido ao importante papel no metabolismo como um todo, é necessário que recebamos uma quota
mínima de vitaminas diariamente. De acordo com o FDA, os valores diários recomendados para uma pessoa adulta são:
• Vitamina A: 5000 IU • Vitamina C: 60 mg
• Vitamina D: 400 IU (10 mcg) • Vitamina E: 30 IU (20 mg)
• Vitamina K : 80 mcg • Vitamina B1Tiamina: 1.5 mg
• Vitamina b2 Riboflavina: 1.7 mg • Niacina: 20 mg
• Vitamina B6 Piridoxina: 2 mg
53
• Folato: 400 mcg (0.4 mg) • Vitamina B12 Cianocobalamina: 6 mcg
• Biotina: 300 mcg • Vitamina B5 Ácido Pantotenico: 10 mg
O segredo está na utilização de doses balanceadas para proteger a saúde.
P O L I V I T A M Í N I C O S E S U P L E M E N T O S D E V I T A M I N A S
Especialistas em nutrição e medicina concluiram que a suplementação de vitaminas e sais minerais em quantidades balanceadas pode evitar carências nutricionais e ainda mais: prevenir doenças crônicas
como o câncer. [2].
H I S T Ó R I A D A S V I T A M I N A S E S U A D E S C O B E R T A
Thursday, October 2, 2008 15:53 Quem descobriu as vitaminas? Tudo aconteceu há pouco tempo.
O nome vem do latin “Vita”, vida + elemento composto amina, porque Casimir Funk, ao criar o termo,
em 1911, descobrindo a primeira vitamina - vitamina B1- identificou-a como uma amina imprescindível para a vida.
Desde as experiências fundamentais de Lavoisier, no século XVIII, até os estudos de Funk, um período de hipóteses, de investigações experimentais e observações clínicas imperou, por etapas, até chegar-se ao
ano de 1920, encerrando-se, assim o que poderia denominar o primeiro ciclo das investigações vitaminológicas. No período de 1920 a 1940 estudos, de maneira incrementada, possibilitou a
identificação da causa de diversas doenças, hoje reconhecidas como carências e a descoberta de novos fatores vitamínicos tais como a distinção entre as vitaminas A e D, a natureza nutricional e a
vitaminótica da pelagra, a função nutritiva da riboflavina, as diversas funções da tiamina, a descoberta do ácido ascórbico, da biotina, da vitamina K, do ácido fólico, o isolamento da vitamina E, da vitamina B12 e a constatação que, sob a denominação genérica de vitamina B, estavam grupados diversos fatores
vitamínicos de estrutura e funções diferentes que compunham o chamado “complexo B”. Nesse período foram tentadas com sucesso as primeiras sínteses vitamínicas e sobre maneira enriquecido
o patrimônio vitaminológico com o estabelecimento de sua importância na nutrição, suas fontes alimentares, suas funções fisiológicas e seu emprego em diversas afecções em que elas se mostram, em
muitos casos, eficazes.
Capítulo 3 O SER HUMANO, TODOS OS SISTEMAS (é claro que aí só estão os sistemas biológicos-p.2, não constam os sistemas psicológicos-p.3, os sistemas de pensamento, as fitas de herança racional)
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Uma viagem através dos sentidos Introdução
O corpo humano é a mais perfeita máquina já construída e é formado por diversas partes que se relacionam entre si, ou seja, os vários sistemas que formam nosso
organismo dependem um do outro para realizarem suas atividades. Milhares de reações químicas acontecem a todo o momento e são responsáveis pela manutenção e o
funcionamento perfeito do nosso corpo.
O corpo humano vem se transformando e evoluindo para se adaptar aos diversos ambientes que o homem foi conquistando com o passar do tempo.
Os sentidos são a porta de ligação do nosso meio interno com o ambiente. Por meio dos sentidos, o organismo pode perceber as coisas que nos rodeiam e mandar as mensagens necessárias para nossa melhor adaptação, contribuindo assim, com a sobrevivência e a
integração do ser humano com o ambiente no qual ele está inserido.
Os sentidos estão ligados a todos os sistemas, então: os convido a fazer uma viagem através dos sentidos.
Imagem: BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson R. O Corpo Humano. São Paulo, Ed. Ática, 2000.
55
Capítulo 4
Segue abaixo um histórico do desenvolvimento da informática e das tecnologias ligadas a computação em geral.
A EVOLUÇÃO DA COMPUTAÇÃO
1622 - O matemático inglês William Oughtred desenvolve a primeira régua de cálculo.
1642 - O pesquisador francês Blaise Pascal cria a primeira calculadora. 1822 - O matemático inglês Charles Babbage projeta um computador mecânico,
porém este não saiu do papel. 1847 - É criado o sistema binário pelo matemático inglês George Boole.
1880 - O norte-americano Herman Hollerith cria um processador de dados eletromecânico. O sistema usava cartões perfurados para inserir dados.
1930 - Nos Estados Unidos, o engenheiro eletricista Vannevar Bush desenvolve um computador usando válvulas de rádio.
1946 - Os engenheiros norte-americanos John William Mauchly e John Presper Eckart Jr desenvolvem o Eniac, o primeiro computador eletrônico. O Eniac foi desenvolvido para servir aos interesses bélicos dos EUA na II Guerra Mundial.
56
Serviu para fazer os cálculos no desenvolvimento da bomba atômica. 1954 - A empresa eletrônica Texas Instruments fabrica o transistor usando silício.
1956 - Surge, no MIT - Instituto de Tecnologia de Massachusetts - o primeiro computador que utiliza transistores.
1963 - Douglas Engelbart patenteia o mouse. 1964 - Paul Baran, pesquisador norte-americano, projeta e cria a primeira rede de
computadores interligada por fios. 1966 - A IBM desenvolve o Ramac 305, utilizando discos de memória com
capacidade de 5 megabits. 1968 - Douglas Engelbart cria um sistema com mouse, teclado e janelas ( windows
). 1971 - A Intel cria o MCS-4, primeiro microcomputador pessoal com o
processador 4004. 1972 - A empresa Atari cria o primeiro videogame com o jogo Pong.
1975 - desenvolvem a linguagem Basic, primeira linguagem para microcomputadores, . As linguagens anteriores eram adequadas aos grandes e
médios computadores. 1975 - Bill Gates e Paul Allen fundam a Microsoft.
1976 - Steve Wozniak e Steve Jobs projetam e desenvolvem o micro Apple I. No mesmo ano a dupla a Apple Computer Company.
1981 - A IBM lança o micro PC 5150. 1985 - A Microsoft o sistema operacional Windows e o Word 1.0 (primeira versão
do processador de textos). 1989 - Tim Berners-Lee , pesquisador europeu cria a World Wide Web ( WWW)
que origina a Internet. 1991 - Linus Torvald lança o sistema operacional Linux com código-fonte aberto. 1992 - A empresa americana Microsoft lança o sistema operacional Windows 3.1.
A nova versão do Windows incorpora tecnologias voltadas para a utilização de CD-Roms.
1993 - Surge o primeiro browser, o NCSA Mosaic. 1993 - A empresa de processadores Intel coloca no mercado o processador Pentim.
1994 - É criado o navegador de internet Netscape Navigator. 1995 - Chega ao mercando o Windows 95, trazendo incorporado o navegador
Internet Explorer. 1995 - Criada a linguagem Java pela Sun Microsystems.
1997 - Garri Kasparov, campeão mundial de xadrez, perde pra o computador Deep Blue da IBM.
1997 - Justin Fraenkel desenvolve o Winamp, programa utilizado para ouvir músicas no formato MP3.
1998 - A Microsoft lança no mercado o Windows 98. 1999 - A Intel lança no mercado o processador Pentium III.