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Belém, 13 de março de 2018 Universidade de São Paulo - Brasil Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – www.cepea.esalq.usp.br Fábio Isaias Felipe Pesquisador Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea – Esalq/USP [email protected] Conjuntura para o mercado de mandioca e derivados

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Belém, 13 de março de 2018

Universidade de São Paulo - BrasilEscola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – www.cepea.esalq.usp.br

Fábio Isaias FelipePesquisador Centro de Estudos Avançados em

Economia Aplicada – Cepea – Esalq/[email protected]

Conjuntura para o mercado de mandioca e derivados

Belém, 13 de março de 2018

Universidade de São Paulo - BrasilEscola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – www.cepea.esalq.usp.br

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Agenda da apresentação

✓ Situação no mercado de mandioca• Avanço da colheita;• Comportamento dos preços;

✓ Fécula• Produção;• Consumo;

✓ Farinha• Situação do mercado nordestino e consequências par ao Centro-Sul;

✓ Perspectivas• Influências sobre o processamento e preços;

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Um panorama do 1º Bimestre

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Em um ano de preços elevados, era de se esperarum acréscimo expressivo em temos aumento naárea plantada com mandioca no Brasil

✓Observou-se aumento no volume de processamento por conta dascondições de mercado do ano passado;

✓Produtividade deve seguir baixa por conta do clima desfavorável

✓Perdas já são consideradas pelos produtores;

✓Produção de mandioca deve continuar em baixos patamares;

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Segundo dados do IBGE, a recuperação na áreacolhida ainda não deve ocorrer em 2018 noBrasil, exceto em algumas regiões

Fonte: IBGE (2018)

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Segundo dados do IBGE, a recuperação na áreacolhida ainda não deve ocorrer em 2018 noBrasil, exceto em algumas regiões

Fonte: IBGE (2018)

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A média da produtividade agrícola no Brasil deveseguir em níveis baixos, puxada ainda peloNordeste

Fonte: IBGE (2018)

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A produção de mandioca deve crescer de forma poucaexpressiva nesta safra, fato que ainda deve se dar porconta dos efeitos do clima

Fonte: IBGE (2018)

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Entre 2008 e 2018 houve queda na produção em todasas regiões, sendo mais pontual no Nordeste (-47,6%) eCentro-Oeste (-22%) e no Sul (-19%).

Fonte: IBGE (2018)

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Fica claro que em 2018 ainda não devever a recuperação esperada na produçãode mandioca

Área colhida deve ser manter estável em 1,4 milhão de hectares;

Crescimento da produtividade agrícola deve ser de 1,1% (14,8 t/ha);

Produção deve crescer 1,2%, chegando a 20,8 milhões de toneladas;

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Neste início de ano houve uma retomada deprocessamento de mandioca frente ao que se obteve noano passado, mas ainda sem recuperar de formaexpressiva

No Centro-Sul, é baixa a disponibilidade de raízes de segundo ciclo;

Oferta ainda baixa, porém, demanda limitou altas expressivas nospreços;

Perdas com podridão radicular já consideradas em algumas regiões;

Rendimento de amido com aumento pouco expressivo

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Quantidade de mandioca processada pelaindústria de fécula no 1º bimestre, superouem 13% aquela de mesmo período de 2017

Fonte: Cepea (2018)

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Consequência da maior oferta e demanda pouco firmefez com que os preços fossem mais pressionados noperíodo.

Fonte: Cepea (2018)

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Em função da maior oferta de matéria-prima, e atépela melhora no rendimento médio de amido, aprodução de fécula no início do ano cresceu 19%

Fonte: Cepea (2018)

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Com a maior produção, as cotações da fécula tambémforam pressionadas, o consumo deu sinais de melhora,mantendo os estoques em patamares baixos

Fonte: Cepea (2018)

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Com a maior produção, as cotações da fécula tambémforam pressionadas, o consumo deu sinais de melhora,mantendo os estoques em patamares baixos

Fonte: Cepea (2018)

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Com o mercado dando sinais de melhora, a dúvidaé se a produção de fécula será suficiente paraatender ao mercado neste ano.

Sinais de falta de fécula no mercado;

Baixa produção na Ásia não mais viabiliza importações;

Preços mais altos também no Paraguai;

Possível mudança na dinâmica de mercado;

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Houve mudanças expressivas no mercado defarinha no início de ano, especialmente porconta da retomada da produção no Nordeste

Alteração na dinâmica de comercialização (NO/NE e C.S);

Diminuição considerável na produção de farinha no Centro-Sul;

Preços competitivos para a farinha do Nordeste em mercados do C.S;

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De modo geral, situação deste ano deve sermelhora que a de 2017, porém, sem ser demaneira expressiva

✓Mercado de raiz de ser de preços ainda remuneradores, podendohaver aumento mais expressivo na área a ser plantada;

✓Preços serão determinantes para a tomada de decisão de colheita;

✓Produção de fécula deve praticamente repetir a do ano passado, maso mercado deve ter crescimento mais robusto;

✓No segmento produtor de farinha haverá maiores dificuldades porconta da concorrência com o produto do Nordeste;

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