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JULHO/AGOSTO 2011 - Nº - 88 CONFINADOS GADO PRESO MULTIPLICA A PRODUTIVIDADE E FAZ DA PECUÁRIA UMA ALIADA DO BRASIL NA QUESTÃO AMBIENTAL Pág. 12 ESPORTE_ Sadia é a nova patrocinadora da Confederação Brasileira de Judô – Pág. 3 INTERNACIONALIZAÇÃO_ BRF desembarca na China com parceiro local – Pág. 4

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JULHO/AGOSTO 2011 - Nº- 88

CONFINADOSGADO preSO mULTIpLICA A prODUTIvIDADe e FAz DA

peCUárIA UmA ALIADA DO BrASIL NA qUeSTãO AmBIeNTAL

Pág. 12

eSpOrTe_ Sadia é a nova patrocinadora da Confederação Brasileira de Judô – Pág. 3

INTerNACIONALIzAÇãO_ BRF desembarca na China com parceiro local – Pág. 4

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Tradição de longa daTaSADIA É patrocinadora oficial da CONFeDerAÇãO BrASILeIrA De JUDô

O estímulo ao esporte nacio-nal sempre fez parte da estratégia da Sadia, marca

do portfólio da BRF. O recente pa-trocínio firmado com a Confedera-ção Brasileira de Judô (CBJ) está

em linha com o posicionamento da empresa, que desde os anos 1960 dedica especial atenção às diversas modalidades esportivas como for-ma de incentivar pessoas de todas as faixas etárias a adquirir hábitos saudáveis e equilibrados.

“Mais do que uma atividade física, o judô é uma modalidade que forta-lece o corpo, a mente e o espírito de

forma integrada, educando para a vida”, comenta o diretor de

Mercado Interno da Sadia, José Eduardo Cabral.

O patrocínio abran-ge equipes femininas e masculinas, em todas as categorias. Além de prover apor-te financeiro, a em-

presa será a fornecedo-ra oficial de alimentos para os judocas da sele-ção brasileira.

CAmpeÕeS

Atletas do projeto Lançar-se para o Futuro, patrocinado pela BRF, conquistaram títulos e me-dalhas em dois campeonatos: II Campeonato Brasileiro Caixa In-terclubes de Atletismo, em Por-to Alegre (RS), e Campeonato Brasileiro Caixa de Menores, em São Paulo.

No Caixa Interclubes, os 20 atletas do projeto somaram o maior número de pontos e al-cançaram o bicampeonato. Já no campeonato Caixa de Meno-res, os jovens ganharam quatro medalhas de ouro (100, 200 e 400 metros rasos masculino e revezamento medley) duas de prata (100 metros com barreira feminino e arremesso de peso masculino) e duas de bronze (100 metros rasos masculino e 110 metros com barreira).

O Lançar-se para o Futuro tem como principal objetivo retirar jo-vens e adolescentes da ociosida-de, ampliando seus horizontes e tornando-os cidadãos conscien-tes por meio do esporte.

Mariana Barros, da categoria 57 kg

12

4

03 eSpOrTeSadia incentiva judô brasileiro

04 INTerNACIONALIzAÇãOBRF amplia presença na China

10 TeNDÊNCIASConsumidor está mais otimista

12 CApA 20 GeSTãO De peSSOASBRF investe em gado confinado Entrevista com o VP Gilberto Orsato

18 eSpeCIAL 22 ACONTeCeO Brasil vermelho, azul e branco Batavo estreia na SPFW–Verão 2011

18

BrF BrASIL FOODS é uma

publicação periódica, de circulação

externa e distribuição gratuita.

Conselho Editorial: José Antonio Fay,

Antonio De Toni, Fábio Medeiros,

Gilberto Orsato, Leopoldo Saboya,

Luis Lissoni, Nelson Vas Hacklauer,

Nilvo Mittanck, Wilson Mello

Coordenação: Rosa Baptistella e Miguel Jimenez

Colaboração: Roberta Pavon, Edélcio Lopes,

Jones Broleze, Luciana Ueda

JBX Conteúdo e Comunicação

Tel.: (11) 2613-5044 | 2533-5044

e-mail: [email protected]

Coordenação Editorial: Antonia Costa

Textos: Rachel Cardoso

Projeto Gráfico: Graphic Designers

Direção de Arte: Ronaldo da Silva Rego

Ilustrações: Gil de Godoy

Imagens: Shutterstock Images

Impressão: NeoBand

Tiragem: 10 mil exemplares

SAC – Brasil Foods: 0800-7017782BRASIL FOODS 3

eSpOrTe

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Estar na China é estar no mundo. Mas para chegar lá o caminho a ser percorrido é longo e, tradicionalmente, sinuoso. Que o

digam os brasileiros designados a desmitificar o mercado chinês, hoje assunto recorrente nas dis-cussões estratégicas de todas as grandes empre-sas do mundo. “As oportunidades são múltiplas”, diz o consultor Hsia Hua Sheng, diretor da Luz En-genharia Financeira, que assessora empresários na promoção de investimentos tanto lá quanto cá.

À frente também da coordenação do Centro de Internacionalização de Empresas da Funda-ção Getúlio Vargas (FGV), ele conhece de perto as dificuldades enfrentadas para se chegar ao continente asiático. “Os costumes são muito di-versos dos nossos”.

As diferenças culturais, tanto no dia a dia quan-to no ambiente de negócios, são a maior dificulda-de. A paciência é requisito número um. Fechar um negócio pode demorar anos. Além disso, os chi-neses jamais dizem não explicitamente. E aquilo que parece um sim pode, na verdade, representar apenas um talvez. “O fundamental é conhecer a dinâmica do país”, conclui Sheng.

Foi justamente para facilitar esse processo que a BRF se uniu à chinesa Dah Chong Hong Limited.

“Costuramos uma joint venture que consolidará a in-ternacionalização da empresa”, afirma o diretor da Regional Ásia da BRF, Lio Cesar de Macedo Junior.

“Trata-se de uma parceria que se traduz numa ex-traordinária oportunidade de ingressarmos com nossos produtos no varejo e food service da China”.

Empresa costura joint venture com Dah Chong Hong Limited, do Grupo

CITIC Pacific, um dos maiores distribuidores

de automóveis, alimentos e produtos de

consumo da China

Hsia Hua Sheng, diretor da Luz Engenharia Financeira

péS FIrmeS na cobiçada CHINA

BrF acelera operação de entrada no CONTINeNTe ASIáTICO com

parceria local e consolida ATUAÇãO GLOBAL ao se estruturar num mercado

que responde sozinho por mais de um terço do crescimento do piB mundial

BRASIL FOODS 5

INTerNACIONALIzAÇãO

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“Ambas pretendem avançar na cadeia

de valor com marcas fortes

direcionadas para o varejo e food

service chineses”, diz o diretor da

Regional Ásia da BRF, Lio Cesar de

Macedo Junior

Mas esse mercado padece da escassez de matéria-prima, água e energia limpa – estima-se que 75% da energia do país seja gerada por termoelétricas à base de carvão, o que faz da China o segundo maior poluidor do mundo.

Apesar do crescente interesse brasileiro, ainda são poucas as com-panhias nacionais atuando na China. Estima-se um pouco mais de 30. Algu-mas já instalaram plantas industriais lá, como a Embraer – no país desde 2003 em associação com a estatal Avic 2 – e a fabricante catarinense de motores elétricos WEG. Outras contam com escritórios comerciais, como é o caso

da Gerdau e do Banco do Brasil.Desde a entrada da China na

Organização Mundial do Comércio (OMC), o país também passou a per-mitir a abertura de empresas com capital 100% estrangeiro em alguns segmentos, como o de autopeças.

Atrativos não faltam no mercado chinês: mão de obra barata, carga tributária menor, boas condições de infraestrutura, boas reservas de capital. Outra vantagem é o planeja-mento governamental de longo pra-zo para a atividade econômica.

Mas o dragão também tem suas fraquezas, como as cópias, por exemplo. É comum os chineses sim-

plesmente clonarem os processos das empresas que lá se instalam. Por isso, é preciso entender muito bem de direito empresarial, especialmen-te de propriedade intelectual. Se proteger o produto, eles vão copiar o processo. Se proteger o processo e tirar uma patente, eles vão copiar a marca; se proteger a marca, vão co-piar o logo, o jingle.

“Tem de estar muito bem asses-sorado e, ainda assim, pode correr algum risco”, declarou certa vez à Agência Brasil o professor Alberto Miranda, gerente da Fundação Dom Cabral, responsável pelo Programa China: Oportunidades e Desafios.

Centro comercial de Shenzhen

Subsidiária integral do conglome-rado internacional Dah Chong Hong Holdings Limited (DCH), a empresa Dah Chong Hong Limited é uma com-panhia aberta, listada na Bolsa de Hong Kong desde 2007. O conglome-rado DCH, constituído em 1949 e atu-almente controlado pelo Grupo CI-TIC Pacific (57,5% estatal), é um dos maiores distribuidores de automóveis, alimentos e produtos de consumo da China, com estrutura para a distribui-ção de resfriados e congelados, espe-cialmente nas regiões de Hong Kong, Macau e China continental.

O relacionamento da DCH com a BRF vem de longa data. Os laços, po-rém, começaram a se estreitar há um ano. “Observamos que a visão e o direcionamento estratégico das com-panhias eram basicamente os mes-mos, portanto era muito apropriado seguirmos na discussão de uma só-lida parceria”, diz Macedo. “Ambas pretendem avançar na cadeia de va-lor com marcas fortes direcionadas para o varejo e food service”.

Segundo o executivo, como o mercado da China é muito peculiar, um parceiro local acelera os passos

e reduz os possíveis deslizes. “Para caminhar sozinho seria preciso pa-gar pedágio por um tempo muito longo”, avalia.

Basicamente, o plano desenha-do com a DCH é iniciar rapidamente a distribuição de produtos da marca Sadia. O foco inicial é Hong Kong e Macau. A segunda fase mira a Chi-na continental, especificamente a região sul – Guangzhou e Shenzen.

“Nessa etapa a meta é iniciar o pro-cessamento local”, conta. “Depois disso, pretendemos subir para a re-gião de Shanghai replicando o mes-mo modelo”.

Assim, em curto prazo a BRF poderá ter o completo ciclo de pro-dução de seus produtos no territó-rio chinês, independentemente da sazonalidade da demanda chinesa por determinados tipos de produ-tos, caso da carne suína. “A recente abertura para importações de suí-nos do Brasil foi apenas o começo de um plano bem mais ambicioso para um mercado que responde so-zinho por mais de um terço do cres-cimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial”.

Macau: localização estratégica

BRASIL FOODS 7

INTerNACIONALIzAÇãO

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Na primeira década do século 21, os maiores grupos brasileiros cres-ceram numa velocidade 2,5 vezes acima da expansão da economia brasileira. A conclusão é de um le-vantamento realizado pelo Portal iG. No período, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 212%, a maior expan-são observada desde o chamado

“milagre econômico”.Entre os anos de 2000 e 2010, o

faturamento dos 20 maiores grupos nacionais de capital privado subiu 534%, alcançando uma receita bru-ta conjunta de R$ 587,9 bilhões. No primeiro decênio do século, o lucro consolidado desses grupos chegou a R$ 60,3 bilhões, o que significou uma alta de 678% na comparação com o ganho líquido obtido em 2000.

A pesquisa mostra outra curiosi-dade: as receitas de 19 dos 20 maio-res grupos privados ultrapassaram os R$ 10 bilhões em 2010.

A velocidade de crescimento do faturamento e do lucro supera também outros indicadores eco-nômicos. No mesmo período de dez anos, as ações do Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira, valorizaram 337%. O índi-ce também foi superior aos princi-pais indicadores de inflação, como o IPC-Fipe (77,3%), o IPCA (89,7%) e o IGP-M (129,7%).

O desempenho dos 20 conglo-merados privados ajuda a explicar parte da transformação da econo-mia brasileira nos últimos dez anos.

“A maioria dessas empresas passou

por um período não só de crescimento or-gânico forte por causa da expansão do mercado interno, mas também por aquisições tanto no Brasil como no exterior”, afirmou o professor de finanças da Funda-ção Dom Cabral, Haroldo Mota, em entrevista ao portal de notícias.

Dos 20 grupos, nove deles têm atividades principais nas áreas de produção de agronegócios e cadeia mineral, resultado das necessidades crescentes das classes médias dos países emergentes, liderados por China e Índia.

pASSADO prÓspero(2000 – 2010)

Pela primeira vez na história, o Brasil vive ao mesmo tempo um am-biente de democracia, crescimento econômico e inflação baixa. Se a úl-tima década foi marcada pela crise global e pela consolidação do Brasil como um porto seguro para investi-mentos, o que será da próxima?

“O Brasil vai nadar de braçadas daqui por diante rumo ao desenvolvi-mento”, afirmou o consultor Stephen Kanitz na abertura do 11º- Congresso

Internacional do Varejo, realizado em junho, em São Paulo. “Trata-se de um cenário inédito, em que é chegada a hora de grupos brasileiros comprarem ativos no exterior e se

consolidarem lá fora”.Renomado por suas previsões

econômicas certeiras, ele apontou durante palestra os fatores macro-econômicos que podem afetar os negócios neste e nos próximos anos.

“Embora não seja possível prever o fu-turo, temos um colchão de seguran-ça com R$ 330 bilhões em reservas financeiras, um volume suficiente para enfrentar qualquer solavanco”.

O Brasil que dá certo, destacou Kanitz, autor do livro de mesmo tí-tulo, é o dos produtos populares, aquele da baixa renda – fatia da população cuja força de consumo é considerada um fenômeno e prome-te alimentar uma expansão saudável da economia por muito tempo. É claro, desde que esteja empregada e tenha renda, além de crédito e prazo a juros reais, que caibam no bolso.

AS DéCADAS De OUrOFUTUrO Verde-amarelo

(2010 – 2020)

2010

Taxa de câmbio

Conta corrente (%)

Crescimento do PIB (%)

Inflação (IPCA)

Juros (Selic)

Juros reais 2012 2014 2016 2018 2020

1,72 1,79 1,90 1,96 2,00 2,15

- 3,2

- 4,9 - 4

,6

- 4,7 - 4

,1 - 3,5

6,0

4,7 5,

0

4,9

4,8

4,7

4,5

4,5

4,1

3,9

3,7

3,5

11,5

0

11,5

0

9,50

9,00

7,75

7,25

6,7 6,7

5,2

4,9

3,9

3,6

Projeções para a economia do país indicam juros mais baixos e crescimento maior

BrASIL 2020

Fonte: Itaú Unibanco

cenário de longo prazo

8 BRASIL FOODS BRASIL FOODS 9

INTerNACIONALIzAÇãO

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para o varejo de alimentos, que con-tinua a ser prioridade para a maioria da população e começa ganhar des-taque nos pagamentos à vista. “Isso é consequência do aumento de ren-da, pois a compra de alimentos é de baixo reembolso, comparada com o restante, como roupas e bens durá-veis”, analisa o gerente de marketing da Perdigão, Fábio Miranda.

Em 2008, 18% utilizaram crédito para comprar comida. No ano passado, esse percentual caiu para 8%. Em rela-ção a 2009, quando 6% financiaram as compras, houve uma leve alta. Esse há-bito ainda é mais frequente no Sudeste, sendo pouco usual nas demais regiões.

“No varejo de alimentação, nota-se o aumento da compra a prazo em datas especiais, como Páscoa e Natal, uma vez que o desembolso é um pouco maior”, completa Miranda. AB

2005Valores em R$ 2006 2007 2008 2009 2010

C DE TOTAL

2.48

4

2.32

5

2.21

7

2.58

6

2.53

3

2.98

3

1.10

7

1.16

2

1.06

2 1.20

1

1.27

6

1.33

8

545 571

580 65

0 733 80

9

974 1.

099

1.04

7 1.16

2 1.28

5

1.55

7

em TrANSFOrmAÇãOrenda familiar mÉdia por classe de consumo

Que o consumidor nacional não é mais aquele todos nós sabemos. Mas as transforma-

ções ainda têm surpreendido empre-sas, nacionais ou estrangeiras, que desejam ampliar as suas atividades no Brasil. É justamente para ajudá-las a acompanhar essa constante evolução que a pesquisa “O Observador Brasil 2011” traz informações para uma refle-xão sobre as tendências que influen-ciarão os negócios nos próximos anos, em função da substancial melhora da distribuição de renda no país.

Realizada pelo Instituto Ipsos Public Affairs, a pedido da Cetelem

BGN, do grupo financeiro BNP Pari-bas, a sexta edição revela mudanças estruturais de uma forma piramidal para uma do tipo losango entre 2005 e 2010, mostrando um expressivo crescimento da classe denominada C, com a redução das classes D/E. Trata-se de uma alteração que não ocorre somente em decorrência de programas assistenciais do governo federal, mas da melhoria da remu-neração de uma nova classe média, fundamental em qualquer econo-mia, e impulsionada também pela redução do desemprego.

A pesquisa apresenta importantes

indicadores, ainda hoje pouco utiliza-dos como balizadores de negócios, como o otimismo do consumidor e suas pretensões de compras para este ano, nas diversas classes, e por itens de consumo. Ainda seguindo as ten-dências observadas em 2009, quando o otimismo passou, pela primeira vez, a ser a principal palavra que descreve o futuro, em 2010 a palavra otimismo apareceu também em primeiro lugar e com ligeiro crescimento – 42%, con-tra 40% em 2009.

Isso pode ser traduzido em maior segurança para realização de com-pras a prazo. O que muda os rumos

DISpOSTO A ABrIr A CArTeIrA

pesquisa reVela que consumidor Brasileiro está mais otimista com a economia e se sente seguro para comprometer rendimento em longo prazo

10 BRASIL FOODS BRASIL FOODS 11

TeNDÊNCIAS

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o confinamento está entre as estratÉgias da Brf para alinhar a produção à crescente demanda mundial e continuar a oferecer ao mercado uma carne selecionada, sem ampliar áreas de pastagens

Na pauta dos ministros da Agricultura dos países do G20 – as 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia –, reunidos pela primei-

ra vez na história do grupo, em Paris, a preocupação é uma só: como alimentar uma população mundial de 9,1 bilhões de pessoas em 2050? Isso requer um con-junto de medidas no presente para elevar a produção, a produtividade e a eficiência dos recursos no futuro. E o Brasil é central nessa questão.

A tendência de produzir mais com menos começa a fazer sentido por aqui. Não à toa, o país se tornou o maior exportador de carne do mundo, garantindo a sua segurança alimentar e a de outros países, a maior parte deles em desenvolvimento. E a expectativa é de um crescimento sustentável da pecuária nacional de aproximadamente 10% ao ano, sendo a BRF uma con-tribuinte para esse desempenho.

GADO preSo,eFICIÊNCIA À SolTa

12 BRASIL FOODS

Confinamento BRF Tangará da Serra / MT

12 BRASIL FOODS

CApA

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“É preciso quebrar um paradig-ma no Brasil, onde o debate so-bre a reforma do Código Florestal criou uma dicotomia irresponsável entre a ecologia e a agropecuária quando é evidente que produção e preservação são iniciativas com-plementares e não antagônicas”, escreveu em artigo publicado pela Revista Nacional da Carne o enge-nheiro agrônomo Fernando Sam-paio, diretor da Associação Brasi-leira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

O Brasil tem hoje cerca de 158 milhões de hectares de pastagens, que correspondem a 18% de seu território, onde produz com 193 mi-lhões de cabeças cerca de 9,2 mi-

lhões de toneladas de carne. De 1975 a 2007, segundo a Or-

ganização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Brasil aumentou sua produção de carne em 227% para um aumento de área de pastagens de apenas 4%. O resto do mundo aumentou a produ-ção de carne bovina em apenas 37% para um aumento de área de pasta-gens de 6%.

Somente nos últimos 10 anos, a lotação em cabeças por hectare au-mentou em 25,5%, sendo que nesse espaço de tempo a pecuária cedeu mais de 4 milhões de hectares para a agricultura. Ainda assim, o poten-cial de crescimento da produtivida-de é imenso.

Produção e preservação

são iniciativas complementares

e não antagônicas

Parte dos investimentos da em-presa destinados ao setor tem bene-ficiado o confinamento de bovinos de corte. “A cadeia ainda não é in-tegrada, mas o nosso objetivo é che-gar lá”, conta a diretora de Bovinos, Marisilda Nabhan Guerra.

Ela explica que, na cadeia bovina, os grandes frigoríficos compram os animais dos produtores, os quais, por sua vez, compram ração de empresas especializadas em nutrição animal. Com o ingresso na pecuária intensiva, a BRF passa a controlar o processo ao fornecer ração e outros insumos para os criadores que locam espaço e se responsabilizam pelo manejo.

“Trata-se de uma iniciativa que reduz custos por conta da competitividade de compra da companhia, além de facilitar o controle de qualidade”.

A BRF passa a atuar também como produtora, pois mantém uma matriz para abastecer o con-finamento, iniciado há dois anos e atualmente com 40 mil cabeças. “A

meta é chegar a 2012 com 165 mil animais confinados”, diz Marisilda. O crescimento médio do rebanho da empresa tem sido de 64 mil ca-beças ao ano.

Entre as principais vantagens do confinamento está a redução do tempo de abate. O ciclo pode en-curtar de 48 meses para até 24 me-ses. “Quem sai ganhando é o país”, avalia Marisilda.

A análise faz todo sentido. Com sistemas de produção peculiares e diferentes modelos de manejo, o Bra-sil tem tudo para se manter num lugar de destaque no fornecimento mun-dial de carne bovina. A fórmula para isso está no uso de tecnologia, com a grande vantagem que, nesse ramo, ele é um dos países com liderança no conhecimento técnico e científi-co. Estudos com rodízio de pastejo e integração lavoura-pecuária-floresta são alguns exemplos que possibilita-ram o extraordinário avanço da pe-cuária nacional.

BRF deixa de ser meramente

compradora para atuar como

produtora

Confinamento BRF Campo Novo dos Parecis / MT

14 BRASIL FOODS BRASIL FOODS 15

CApA

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A indústria da carne e a pecuária contri-buem para o desenvolvimento do país com US$ 5 bilhões de divisas em exportações e a geração de 8 milhões de empregos, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

Ao mesmo tempo, a pecuária, em vez de novas ocupações, tem liberado áreas para a agricultura, evitando assim desmatamentos, emissões por queimadas e a perda de biodi-versidade. Ao se intensificar, a atividade re-duz ainda as próprias emissões, pois se torna mais eficiente.

Somente entre 1988 e 2007, o Brasil mini-mizou as emissões de metano por kg de car-ne produzida em 29%, uma redução maior do que a de qualquer outro país produtor. Tam-bém ao se intensificar, a pecuária transforma solos em estoques de carbono por um melhor manejo de pastagens.

E quanto às mudanças climáticas, ne-nhum país pode se adaptar melhor ao calor do que o Brasil, com a melhor genética zebuí-na do mundo e tecnologia em suplementação animal na seca, com a real possibilidade de integração com agricultura e florestas planta-das em sistemas agrossilvopastoris.

Trata-se, portanto, de uma grande aliada que o Brasil tem para liderar o mundo como potência ambiental.

Munida dessas informações, a Abiec en-caminhou ao Banco Nacional do Desenvol-vimento Econômico e Social (BNDES) um documento com a série de iniciativas que tem tomado para um melhor controle de suas cadeias de fornecimento, em prol de uma economia de baixo carbono. A ideia é unir forças em torno de uma causa que, segundo a entidade, requer educação, financiamento e tecnologia. E afeta todos os elos da cadeia, dos insumos ao consumo.

De vilã a heroínaAbiec demonstrA em números como A pecuáriA pode ser umA AliAdA do brAsil nA questão AmbientAl

4. FrIGOrÍFICOS

5. merCADOS

O método conhecido como ma-nejo diferenciado inclui medidas simples como a retirada do boi do pasto no período da seca, a fim de deixar o capim crescer. A prática também favorece a engorda do gado.

O aumento da lotação – mais bois confinados numa mesma área – e a introdução de uma dieta balancea-da ao rebanho compõem a lista de cuidados que podem ampliar em até 10 vezes a produtividade. Entenda.

O qUe é peCUárIA INTeNSIvA?

1. CrIA

A produção de bezerros é feita em fazendas em regime extensivo e requer um alto investimento em tecnologia nutricional, reprodutiva e manejo para alcançar bons índices de produtividade.

2. reCrIA

A produção de garrotes ou boi magro por meio da recria de bezerros desmamados geralmente é feita de forma extensiva (a pasto) em fazendas apenas com suplementação mineral.

3. eNGOrDA

a. Confinamento:Produção de bovinos gordos para abate com a engorda de garrotes ou boi magro pelo sistema intensivo de confinamento com nutrição de alto grão ou alto concentrado.

b. Semiconfinamento: Produção de bovinos gordos para abate com a engorda a pasto com suplementação nutricional em fazenda. *

* É nessa modalidade que a BRF desenvolve a estratégia de produção de carne para atender Cota Hilton, aquela em que é necessária a rastreabilidade do animal até 10 meses de idade, além de recria e engorda apenas em pastagem.

16 BRASIL FOODS BRASIL FOODS 17

CApA

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Ela compõe e atualiza o mosai-co brasileiro em todas as re-giões do país. A comunidade

holandesa – formada por imigrantes e descendentes – está envolvida em diferentes atividades econômicas e sociais. E mesmo com as peculia-ridades em relação ao desenvolvi-mento de cada uma delas, as seme-lhanças culturais revelam a cara da Holanda no Brasil.

No caminho inverso, os brasi-leiros também têm colorido ainda mais aquele país com o seu peculiar toque verde-amarelo. Um sinal des-se movimento é dado pela própria BRF, que escolheu a Holanda para

iniciar suas operações internacio-nais de processamento de carnes e desenvolver novos produtos destina-dos a clientes finais europeus, espe-cialmente nos segmentos de varejo e food service. No país estão instala-dos também dois escritórios comer-ciais da empresa.

Não à toa, os elos entre os dois países são bem mais duradouros e muito antigos, o que só reforça as celebrações previstas para 2011, ano da Holanda no Brasil. Toda a programação prevista pode ser conferida no site da embaixada ho-landesa, pelo endereço eletrônico www.anodaholandanobrasil.com.br.

Lá é pos-sível conferir, passo a passo, toda a trajetó-ria dos pioneiros que aqui chegaram após 1654. No século 19 começaram a surgir as primeiras empresas holandesas em solo brasileiro.

Dados do Banco Central do Bra-sil indicam que, fazendo-se a distri-buição por país de origem, a Holan-da tem investido no Brasil um valor acumulado de US$ 53 bilhões, o que a coloca em segundo lugar en-tre os principais investidores, atrás dos Estados Unidos.

2011: ano da Holanda no braSillaços entre os dois países se fortalecem com as comemorações do centenário da imigração holandesa em territÓrio Brasileiro

Brf mantÉm na holanda linhas de produção exclusiVas para o consumidor final da europa

reLAÇÕeS AmISTOSAS

Europa – uma na Holanda e outra no Reino Unido. Em seu portfólio estão marcas como Perdix, Fribo, Speedy Pollo, Borella, entre outras. Com es-sas operações, a BRF ganhou em tem-po e racionalidade, melhorando pra-zos de entrega e exercendo controle sobre serviços de comercialização e de distribuição aos canais diretos.

Atualmente a planta holandesa

da Plusfood, situada em Oosterwolde, está em fase de expansão. Recebeu investimentos de € 8 milhões para a construção de uma nova área indus-trial de dois mil metros quadrados, adjacente ao parque existente.

Os investimentos vão duplicar o volume processado nas instalações atuais e permitir o ingresso em no-vos mercados da Europa ocidental,

como Espanha, Alemanha, Áustria e Polônia, e também em alguns países da Europa oriental, além de ampliar sua presença onde opera.

A expansão da planta irá aumen-tar em 70% a produção da Plusfood em Oosterwolde, que passará de 12 mil para 20 mil toneladas de produtos por ano. A expectativa é incrementar as vendas em 20% em 2011.

parque histÓrico de caramBeí tem rÉplicas em tamanho real

mUSeU A CéU ABerTO

Há 100 anos, os primeiros imigran-tes holandeses chegavam a Carambeí, na região dos Campos Gerais, no Para-ná – a 150 quilômetros de Curitiba. Sua história foi marcada por muitas difi-culdades, mas também por muitas conquistas, e hoje é relembrada com orgulho por seus descendentes.

Para celebrar o centenário, foi criado o Parque Histórico de Caram-beí, que em seus 100 mil metros qua-drados tem como principal atração réplicas em tamanho real de algumas das principais construções do antigo vilarejo dos pioneiros holandeses.

“Quase todos os objetos vieram com os imigrantes e são objetos cen-tenários. É uma coisa tipicamente holandesa, nunca jogam nada fora. Guardaram e agora veio a calhar”, diz Dick de Geus, presidente da Associa-ção Parque Histórico de Carambeí.

O Brasil é uma força mundial emergente, política e economica-mente, e de crescente importância

para a Holanda. A Holanda é uma importante entrada para as exportações brasileiras na

Europa. Esses laços são ainda mais

estreitos para a BRF. “De-

cidimos investir numa companhia holandesa devido ao seu posicio-namento e ao acesso a importantes mercados da Europa”, conta o diretor-geral da Plusfood, Achim Lubbe.

Adquirida pela BRF por € 31,2 mi-lhões em 2007, quando já somava 30 anos de atividades no mercado inter-nacional, a Plusfood opera duas plan-tas de processamento de carnes na

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da região para atuar em nosso es-critório da Arábia Saudita. Temos trabalhado ainda num plano para incentivar a liderança feminina, que hoje corresponde a 15% de nossos gerentes e diretores. Aos poucos, a aculturação promovida a partir dos valores da companhia deve transformar toda essa diversi-dade na cultura BRF.

Como a empresa trabalha para engajar os funcionários na sua dinâmica de valores? Como fazê-los vestir a camisa de fato e reter os talentos?

Com governança corporativa, desenvolvimento profissional, am-biente de trabalho favorável, além de remuneração adequada e be-nefícios. Aqui, 75% dos cargos de gerentes e diretores são ocupados por funcionários da casa. Temos também uma preocupação, que se inicia pela alta liderança, de comunicar os assuntos relevantes a todos os níveis da organização. Acreditamos que uma comuni-cação interna transparente e ágil contribui com um bom ambiente de trabalho, além de manter os funcionários engajados, com alto comprometimento e felizes. Para nós, o profissional tem de estar fe-liz e, para isso, precisa gostar do que faz.

Qual sua opinião na questão da inovação da mão de obra? E como criar funcionários inovadores?

A educação em nosso país tem muito a melhorar e precisará de investimentos, mas no nosso dia a dia sentimos que as dificuldades estão nas disciplinas práticas. No nosso negócio, por exemplo, a er-gonomia é superimportante. Por

isso, criamos, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, um curso específico que forma o profissional para atuar de acordo com a expectativa do mer-cado. É um exemplo de como as empresas também precisam ser criativas para suprir suas necessi-dades. Dessa forma, estimulamos o desenvolvimento de iniciativas de inovação, que são muito estra-tégicas para a companhia.

Quais são os principais programas que a BRF mantém no processo de gestão de pessoas?

São muitas as iniciativas que envolvem o desenvolvimento das pessoas e a manutenção de um clima organizacional favorável, então destacarei duas: o Progra-ma de Treinamento e Desenvolvi-mento, que abrange planos técni-cos e comportamentais, e o Plano Salarial, que acresce ao salário dos cargos de nível operacional dois prêmios: assiduidade e quinquênio. O primeiro é pago aos funcionários que não regis-tram faltas e o segundo aos que permanecem no quadro da companhia por cinco anos ininterruptos.

ExcElência cERTiFicaDaA BRF recebeu certificado de

Excelência em Público Interno da Editora Expressão e da Aequo Solu-ções em Sustentabilidade pela par-ticipação na 7ª Pesquisa de Gestão Sustentável. O diagnóstico outorga o selo para as empresas líderes que mais pontuaram em cada um dos sete temas que compõem os indi-cadores Ethos de responsabilidade social empresarial.

O questionário da pesquisa é ba-seado numa importante ferramenta para organização e no alinhamen-to da gestão de responsabilidade social ao planejamento estratégico das corporações.

É crescente o interesse das empre-sas em diagnosticar melhor o resulta-do de seus investimentos sociais para avaliar a consistência de suas ações. A obtenção de indicadores consistentes de sustentabilidade diminui a exposi-

ção da empresa a riscos.O levantamento abran-

geu um universo de 112 corporações de médio e de grande porte operan-do na região Sul.

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O que significa estar entre os 50 profissionais de RH mais admirados do Brasil num momento em que o país discute saídas para superar o gargalo da falta de mão de obra?

Todo e qualquer profissional gos-ta de ser reconhecido, mas o méri-to desse reconhecimento é de uma equipe formada por 113 mil funcioná-rios. Temos um grande desafio, que é desenvolver os nossos profissionais, e essa indicação da Gestão & RH re-força que estamos no caminho certo.

E qual é esse caminho?Nossa estratégia de atuação é

simples: priorizamos a qualificação de nossos profissionais para que re-velem seu potencial. Para isso nos estruturamos nos seguintes pilares: desenvolvimento humano, atração e retenção de talentos e o SSMA, pro-jeto que engloba segurança, saúde e meio ambiente. Há também o siste-ma de gestão integrado incorporado pela BRF como um valor, que tem instigado mudanças culturais além das fronteiras corporativas.

Como a BRF lida com a diversidade cultural no quadro de funcionários?

Temos feito adequações à macro--política de RH. Um exemplo é o cardápio padrão para frigoríficos e empresas. Em regiões como o Nor-te e o Nordeste foi preciso adaptá--lo aos hábitos locais. No Sul, o uni-forme usado na fábrica é equipado com materiais apropriados para bai-xas temperaturas. No exterior, temos contratado profissionais locais – por exemplo, optamos por um executivo

A nualmente a Gestão & RH Editora realiza uma pesquisa de âmbito nacional para identificar os “50 RHs mais Admirados”. O trabalho envolve profissionais de recursos humanos das mil maiores empresas brasileiras. A BRF aparece nesse time, representada pelo vice-presidente da área, Gilberto Orsato, também eleito como destaque

da região Sudeste. Aos 49 anos, o executivo que passou quase metade de sua vida na companhia – está prestes a com-pletar 25 anos de atuação – tem uma fórmula simples para alcançar o sucesso profissional. “Tem de estar feliz. E para isso a gente precisa gostar do que faz”. Essa e outras conquistas ele detalha na entrevista a seguir.

GILBERTO ORSATO“É preciso gostar daquilo que se faz”

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Perdigão e Camil se uniram para levar ao consumidor opções práticas e saboro-

sas para o preparo da popular feijoada. Em mais de 500 pontos de vendas (PDVs) serão expostos complementos do prato como lin-guiça, bacon e carne-seca, entre outros, em displays personaliza-dos. A Camil, por sua vez, exibe um dos principais itens da receita típica brasileira, o feijão preto, nas versões in natura e pronto para consumo, sem conservantes ou aditivos. Além dessas novidades, as empresas disponibilizarão to-tens interativos que vão ensinar receitas diversas de feijoada. Para isso, basta que o consumidor sele-cione na tela da máquina sua pre-ferência. As marcas também pro-moverão degustação em mais de 90 lojas espalhadas pelo país, nos meses de julho e agosto.

SALSICHA_ Entre as novidades nos PDVs em julho também está o porta-salsichas que pode ser leva-do ao micro-ondas. Na compra de dois pacotes de 500 g de salsichas o consumidor ganha o utensílio. A promoção faz parte da campanha Festa Junina de Verdade é Perdi-gão, que oferece produtos de qua-lidade como opções que não podem faltar na festi-vidade. O portfólio da linha conta com quatro tipos dife-rentes de produto: hot dog, hot dog sem corantes, viena e de frango.

FILme_ Outro casamento bem-sucedido é o firmado

com a NetMovies. Por meio da pro-moção Meu Menu é de Cinema, a Perdigão vai premiar consumidores com um mês de filmes grátis. Para participar, o interessado deverá comprar duas unidades do produto Meu Menu e cadastrar os códigos, estampados na parte interna da caixa, no site www.netmovies.com.br/perdigao. O consumidor pode optar entre ver os filmes pelos ser-viços online ou agendar a entrega em casa. São mais de 23 mil títulos em DVD e blue-ray e cobertura em mais de 11 estados brasileiros. A ação, de âmbito nacional, se esten-de até o dia 31 de agosto.

Para comemorar importantes datas festivas das regiões Nor-te e Nordeste, a Dobon e a Ele-

gê – marcas da BRF – lançaram edi-ção especial de latas colecionáveis com ilustrações temáticas.

No Nordeste, o mote é a Festa de São João. Ganhou quem comprou 600 g do Elegê Fortificado – dispo-nível nas embalagens sachê de 120 g e 200 g. Foram distribuídas 150 mil latas colecionáveis.

Já na região Norte, a Dobon inspirou-se no Festival Folclórico de Parintins e decidiu homenagear as agremiações dos bumbás Garantido e Caprichoso. Lá, foi preciso com-prar 800 g do produto – disponível nas embalagens lata de 400 g e sachê de 120 g, 200 g e 400 g. Foram distri-buídas 30 mil latas colecionáveis.

errATA_ Gilberto Orsato e Nilvo Mittanck são vice-presidente de re-cursos humanos e vice-presidente de operações e tecnologia, respecti-vamente, diferentemente do que ha-via sido publicado na edição 87 da revista BRF.

pONTO De veNDABem-casado

SUCeSSO reGIONALedição limitada

A Batavo Naturis Soja, primeira marca do mercado a ofere-cer bebidas refrigeradas à base do grão, agradou o públi-co na última edição do São Paulo Fashion Week (SPFW).

Esteve presente no mais conceituado evento da moda brasilei-ra por meio de uma parceria com o estilista Valdemar Iódice, que apresentou a coleção Verão 2012. Na ocasião, a Batavo Naturis levou a apresentadora Adriane Galisteu como con-vidada especial.

“Essa parceria casou perfeitamente com o concei-to do produto, que explora um novo viés da soja como aliada ao bem-estar e à beleza não apenas estética, mas também interior, da mulher”, afirma a gerente executi-va de Marcas e Inovação da Unidade de Lácteos da BRF, Roberta Morelli.

Entre as ações da marca no desfile destaca-ram-se o espaço na área VIP e no camarim, gift especial Naturis para todos os convida-dos, além de quick massage e degustação da linha à disposição no backstage. Ao final do evento foi servida a bebida para comemorar a parceria e o início da nova temporada.

Para identificar a preferência do consumidor na hora das refeições preparadas em casa,

a Perdigão promove uma pesquisa, inédita no país, em que os internautas poderão votar e eleger seu prato favo-rito. Para participar basta acessar o site www.votacaoperdigao.com.br e escolher entre as 16 opções suge-ridas ou clicar em Outros e incluir a que mais agrada ao seu paladar. No menu estão churrasco, pizza, lasa-nha, feijoada, bife à parmegiana e cachorro-quente, entre outros. Au-ferida pela Qualibest, a eleição terá duração de três meses e contará com peças veiculadas nos principais portais, além de divulgação nas re-des sociais.

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abra seu coração e vote na sua comida preferida!

Acessewww.votacaoperdigao.com.br