conferencia universidade de cabo verde 5 novembro 2014
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Conferência realizada no Auditório da Universidade de Cabo Verde, 5 Novembro 2014TRANSCRIPT
Tecnologias Digitais, Sociedade e Educação
João Filipe Matos Instituto de Educação, Universidade de Lisboa
Praia | Universidade de Cabo Verde | 6 Novembro 2014
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO
• Formação de Professores Competências TIC
• Comunidades Educativas em Rede
• Metas Curriculares • 1:1 Intel • Utilização do Moodle nas escolas secundárias
• …
estudos
• formação de formadores TIC • assessoria a Agrupamentos escolares na iniciativa comTIC
• museus virtuais e realidade aumentada (Museu da Cidade e Pavilhão do Conhecimento)
• RED na formação de professores
• ...
projectos em parceria com espaços educativos • Observatório PTE
• Dimensão colaborativa do Portal das Escolas
• Metas de Aprendizagem • Impacto do programa e.escolinha
• …
consultoria e desenvolvimento
recursos
Centro de Competência Tecnologia e Inovação (C2Ti)
Interação com a comunidade
sumário
1º andamento: ensinar e aprender
2º andamento: as tecnologias digitais, a sociedade e as novas gerações
3º andamento: tendências e oportunidades
Epílogo
aprendizagem
natural versus artificial
como se aprende?
O andar
a aprendizagem não é consequência do ensino
o exemplo de sistema de atividade para produzir
aprendizagem
o introduzindo intencionalmente responsabilidade e hierarquia a partir do exterior
o impondo constrangimentos e rotinas, mas abrindo múltiplas possibilidades e oportunidades de aprendizagem que não existem fora da escola
e a Escola?
o conhecimento
entendido não como propriedade individual...
...mas como produto colectivo construído na interação com os recursos estruturantes da acção
" os outros
" os artefactos que usamos
" as situações e os problemas
Todas as perspectivas reconhecidas como teorias da aprendizagem e
desenvolvimento foram criadas antes do movimento expansivo da integração das
tecnologias na vida humana…
Thorndike Skinner Pavlov Piaget Vygotsky Bruner
Dewey Locke James …
artefactos e mediação
" o uso de artefactos resulta de uma acumulação, elaboração e transmissão de conhecimento social
artefactos e mediação
" são moldados pelo contexto social e cultural onde são usados
" refletem as experiências das pessoas, através das propriedades estruturais desses artefactos, assim como no conhecimento de como eles devem ser utilizados
" são criados e transformados na própria atividade
" transportam uma cultura particular – a utilização de artefactos é um meio de elaboração e transmissão de conhecimento social.
artefactos
historicidade dos artefactos tecnológicos
(Adaptado de MSO)
1940’s 1960’s 1970/80’s 1980/90’s 2000’s
According to recent reports from government agencies, foundations, survey firms, and scholarly institutions, most young people in the United States neither read literature (or fully know how), work reliably (just ask employers), visit cultural institutions (of any sort), nor vote . They cannot explain basic scientific methods, recount foundations of history, or name any of their local political representatives.
These kids are different. They study, work, write, and interact with each other in ways that are very different from the ways that you did growing up. They read blogs rather than newspapers. They often meet each other online before they meet in person. They probably don’t even know what a library card looks like; and if they do, they’ve probably never used it. They get their music online—often for free, illegally. They’re more likely to send an instant message (IM) than to pick up the telephone to arrange a date later. And they’re connected to one another by a common culture. Major aspects of their lives—social interactions, friendships, civic activities—are mediated by digital technologies. And they’ve never known any other way of life.
Nativos Digitais versus Imigrantes Digitais (Prensky, 2001)
Residentes digitais versus Visitantes digitais
(TALL Group, Oxford University, 2008)
http://www.slashgear.com/gallery/data_files/1/4/6/internet_addiction_250.jpg
Geração “always-on” (Oblinger, 2004)
Tecnologia móvel
. conectividade permanente
. arquivo identitário
. extensão da memória
Objetos - conhecimentos
Pares
benéfico prejudicial
?
Dia-a-dia versus Escola
‘más utilizações’
‘elementos disruptivos’
Atitudes negativas e fraca aceitação das tecnologias móveis
‘manter-se em contacto’ ‘resolver problemas’
Comunicação, Acesso à informação, gestão e armazenamento
(Almeida, 2012; Lobato, 2013; Teixeira, 2013)
http://www.wikihow.com/Answer-a-Cell-Phone-in-Class
“Como atender o telemóvel na sala de aula”
Regulamento Interno da Escola Secundária X (Portugal)
mas os nativos digitais pensam mesmo de forma
diferente?
http://www.newsweek.com/id/163924
http://www.marcprensky.com/writing/
Digital Natives accustomed to “twitch-speed, multitasking, random-access, graphics-first, active, connected, fun, fantasy, quick-payoff world of their video games, MTV, and Internet are bored by most of today’s education, well meaning as it may be. But worse, the many skills that new technologies have actually enhanced (e.g., parallel processing, graphics awareness, and random access)—which have profound implications for their learning—are almost totally ignored by educators.”
Diferentes tipos de experiências conduzem a diferentes estruturas cerebrais.
“as estruturas neurológicas do cérebro humano têm vindo a mudar em consequência dos novos hábitos de web surfing“ (Small, 2009)
Em 2.5 milhões anos : o cérebro humano cresceu de 500 para 1500 cm³
“ Os nossos cérebros cresceram com a evolução por (e para) conseguir manusear um conjunto cada vez mais sofisticado de ferramentas … (manuais, conceptuais) abstração, raciocínio, pensamento simbólico, reconhecimento específico de padrões,
conexões, (…)” (Arina, 2007)
" aprendizagem ubíqua – “em qualquer lugar e
em qualquer momento”
Tendência 1
" acesso livre a informação de
qualidade, aplicações da web 2.0 e
web 3.0 (semântica)
Tendência 2
" estimular a melhoria e desenvolvimento
das novas competências (21st century
skills) e da e-cidadania
Tendência 3
" aposta no desenvolvimento de novos
ambientes de aprendizagem em
habitats digitais, através do design de
‘cenários de aprendizagem’
Tendência 4
habitat digital
habitat entendido como relação dinâmica, mutuamente definida, entre uma espécie e um lugar
Wenger, E., White, N. & Smith, J. (2009). Digital Habitats – stewarding technology for communities. Portland: CPsquare
Epílogo – 4 ideias
ideia1 - importância do design
pensar o design das atividades das pessoas em habitats…
e não (apenas) dos artefactos tecnológicos
cenários de aprendizagem, learning stories,….
ideia 2 – colocar o foco na interação
" reforçar a atenção ao contexto mais alargado da interação entre os alunos e dos alunos com o mundo social
interação mediada por tecnologias em habitats digitais
• assumir que as escolhas em educação são de
natureza essencialmente política e ética
• assumir que a educação é uma construção social e por isso, um campo de conflito e de luta claramente marcado pelas relações de poder onde as tecnologias são um recurso relevante
ideia 3 - refletir sobre a política do conhecimento
• assumir espírito crítico e interrogativo sobre a relação das tecnologias digitais e a educação
ideia 4 – lutar contra os QWERTY da educação
O fenómeno QWERTY
• assumir espírito crítico e interrogativo sobre a relação das tecnologias digitais e a educação
ideia 4 – lutar contra os QWERTY da educação