comÉrcio bilateral...tabela 1 - balança comercial entre brasil e china - 2013 fonte: ministério...
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COMÉRCIO BILATERAL
BALANÇA COMERCIALDe acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Co-
mércio Exterior (MDIC), a corrente comercial entre Brasil e China to-talizou, no ano de 2013, US$ 83,3 bilhões, refletindo um aumento de 10%, em relação ao acumulado de 2012, tendo, além disso, apresenta-do um recorde histórico, superando, em 8%, o antigo pico de US$ 77,1 bilhões, registrado, em 2011.
Por sua vez, as exportações brasileiras somaram US$ 46,0 bilhões, apresentando um acréscimo de 12%, enquanto as importações advin-das do país asiático totalizaram US$ 37,3 bilhões, refletindo um au-mento de 9%, em comparação ao ano anterior.
Tabela 1 - Balança Comercial entre Brasil e China - 2013Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Elaboração: CEBC
Gráfico 1: Corrente de comércio entre Brasil e China entre 2002 e 2013 (US$ milhões) Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Elaboração: CEBC
EDIÇÃO 9 _ MARÇO DE 2014
China-Brazil Update é uma publicação da Secretaria Executiva do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), que tem por objetivo divulgar iniciativas desenvolvidas por diversas instituições no Brasil e na China, reunindo, sob a ótica empresarial, os principais dados e fatos da agenda bilateral.
ACUMULADO
2012 2013 Var. % 2012 2013 Var. % 2012 2013 Var. %2013 Var. %2012
EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO SALDO CORRENTE
1º TrimestreJaneiroFevereiroMarço2º TrimestreAbrilMaioJunho3º TrimestreJulhoAgostoSetembro4º TrimestreOutubroNovembroDezembro
46.0267.7181.7052.1093.90515.2384.7125.6304.896
12.9544.0924.7644.098
10.1153.6403.1333.341
12%-2%-6%-3%0%15%18%6%
24%16%4%
18%30%
13%25%11%4%
34.2518.1852.9372.6412.6067.8762.3432.8832.6519.0202.8763.2312.913
9.1703.6582.9842.528
37.3028.8233.1072.8632.8538.7622.8352.8643.064
10.2203.3973.3693.454
9.4983.7082.9962.794
9%8%6%8%9%11%21%-1%16%13%18%4%
19%
4%1%0%10%
6.976-293
-1.127-466
1.3005.3901.6482.4491.293
2.1161.074810231
-236-752-154670
8.724-1.104-1.402-754
1.0526.4761.8772.7671.832
2.735695
1.395644
618-67137548
25%-277%-24%-62%-19%20%14%13%42%
29%-35%72%178%
361%91%
189%-18%
75.47916.0774.7474.8176.51321.1426.3338.2146.595
20.1566.8267.2736.058
18.1046.5645.8135.727
83.32816.5414.8124.9726.757
24.0007.5468.4947.96023.1747.4898.1347.55219.6137.3486.1306.135
10%3%1%3%4%14%19%3%21%15%10%12%25%
8%12%5%7%
41.2287.8921.8102.1763.90613.2663.9905.3313.94411.1363.9504.0413.1458.9342.9062.8293.198
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
90.000
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
4.0756.681 9.152
12.190
16.392
23.367
36.443
36.102
56.288
77.103
75.476
8% 83.328
CHINA/BRAZIL UPDATE
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O crescimento das exportações brasileiras para a China, em 2013, teve como principal vetor o bom resultado proveniente do envio de soja ao país asiático, que apresentou um aumento de cerca de 40%, tanto em volume, como em valor, em comparação com o ano de 2012. Nesse sentido, se observa que as vendas do grão, não apenas cres-ceram, consideravelmente, mas também retomaram a liderança nas
De forma geral, é notável a presença, cada vez maior, de alguns produtos oriundos do agronegócio, na pauta de exportação do Bra-sil, para o país asiático, na qual houve um crescimento acentuado de itens como celulose (27,1%), açúcares (62,7%) e couros e peles (26,3%). Parte da explicação para tal fenômeno se encontra nos cres-centes níveis de urbanização da China e na mudança do modelo de desenvolvimento do país, que ao oferecer novas perspectivas para o aumento do consumo interno, tende a gerar maiores demandas por produtos agrícolas em geral.
Por outro lado, alguns itens da pauta apresentaram queda nas ex-portações, em 2013, como no caso das aeronaves brasileiras, que tive-ram, em comparação com o ano anterior, uma redução de 64,8%, con-trariando a tendência de crescimento verificada, até 2012. Parte desse cenário é consequência dos procedimentos chineses para a aprovação das compras de aeronaves brasileiras, dada a necessidade de tramita-ções em diversas agências públicas do país asiático, antes que os paga-mentos possam ser efetuados. Sofreram também retrações nas vendas a carne de frango e outros produtos tradicionalmente exportados, para a China, como os óleos brutos de petróleo e o óleo de soja.
PAUTA DE EXPORTAÇÃO
Tabela 2 - Pauta de Exportação - 2013 Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Elaboração: CEBC
Gráfico 2- Evolução comparativa das exportações de minério de ferro e soja entre 2004 e 2013 (US$ milhões) Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Elaboração: CEBC
Gráfico 3- Evolução das exportações de aeronaves brasileiras para a China (unidades) Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Elaboração: CEBC
Soja, mesmo trituradaMinério de ferro e seus concentradosÓleos brutos de petróleo Celulose Açúcares Couros e pelesCobre afinado e ligas de cobreÓleo de soja Ferro-ligasTabaco Carne de avesAeronavesMinérios de cobre e seus concentradosAlgodãoGranito e outras pedras de construçãoPolímeros de etileno, em formas primáriasMinérios de manganês e seus concentradosOutros
Minério de ferroSoja em grãoPetróleo e derivadosPastas de madeira, papel e celuloseProdutos semimanufaturados de ferro e açoÓleo de sojaAeronaves e aparelhos espaciais, e suas partesAlgodãoCarnes e LaticíniosCouros e pelesFumoMáquinas, ferramentas e aparelhos mecânicosPlásticos e suas obrasOutros minérios (manganês, cobre, nióbio etc.)Produtos químicos orgânicos e inorgânicosMáquinas, ferramentas e aparelhos elétricosGranito cortado e brutoPartes e componentes para veículos e tratoresCafé e derivadosOutros
12.02814.9224.8351.2361.08448210092455847849387616672114414786
1.858
22.886169.940
6.5112.3232.150
15913
7884363
227-
85355778117750
1.843
17.14815.9334.0351.5781.432638587517497454441308284189180121119
1.486
32.252170.709
5.9762.9543.49620080
5295756
190-
15697
1.02292
8672.231
42,6%6,8%
-16,6%27,6%32,1%32,4%
486,0%-44,1%-11,0%-5,0%-10,6%-64,8%71,1%
-73,8%25,5%-17,8%38,8%-20,0%
40,9%0,5%-8,2%27,1%62,7%26,3%
535,2%-32,8%32,4%-10,8%-16,3%
-83,9%-72,8%31,4%-21,0%15,5%21,0%
37%35%9%3%3%1%1%1%1%1%1%1%1%0%0%0%0%3%
PRODUTOS OU FAMÍLIAS DE PRODUTOS
EXPORTAÇÕES 2012 2013US$
(milhões) Ton (mil) Ton (mil)Var. (%) -
US$Var.(%)
Ton (mil)US$
(milhões)
Participação na pauta em 2013
(US$)
exportações brasileiras para a China, ultrapassando o minério de ferro, que vinha no topo da pauta, desde 2008, embora as exporta-ções desse produto também tenham crescido, em 2013. Do mesmo modo que nos anos anteriores, as exportações brasileiras, para a China, se concentraram nas vendas de soja, minério de ferro e óleos brutos de petróleo, que, somadas, representaram 81% da pauta.
0
5.000
10.000
15.000
20.00017.14815.933
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
25.000
Minério
Soja
2009
12
2010
12
2011
19
2012
27
2013
1110
5
15
20
25
30
0
2CEBC
CHINA/BRAZIL UPDATE
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Gráfico 4- Evolução das importações de carros da China (milhares de unidades) Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Elaboração: CEBC
708090
2010
30405060
02009
2
2010
11
2011
77
2012
10
2013
24
PAUTA DE IMPORTAÇÃO
A liderança na pauta de importação brasileira oriunda da Chi-na se manteve concentrada nos setores de máquinas e aparelhos elétricos e mecânicos, que, somados, corresponderam a 50,9% do montante de tais operações. As compras de máquinas e aparelhos elétricos encerraram o ano com um acrécimo de 10,8%, ao mes-
Tabela 3 – PAUTA DE IMPORTAÇÃO BRASILEIRA – 1º SEMESTRE DE 2013 EM COMPARAÇÃO COM 2012 Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Elaboração: CEBC
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e suas partes
Aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia
Aparelhos e partes para rádio e televisão
Circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos
Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos
Aquecedores elétricos de água
Aparelhos para circuitos elétricos
Lâmpadas e tubos elétricos de incandescência ou de descarga
Fios, cabos e outros condutores
Circuito impresso
Motores e geradores
Máquinas e aparelhos mecânicos e suas partes
Partes e acessórios para máquinas e equipamentos mecânicos
Máquinas automáticas para processamento de dados
Máquinas e aparelhos para impressão
Máquinas e aparelhos de ar condicionado
Bombas e compressores de ar ou de vácuo
Cábreas; guindastes
Fornos industriais ou de laboratório
Torneiras e válvulas
Ferramentas pneumáticas, hidráulicas ou de motor
Rolamentos de esferas, de roletes ou de agulhas
Produtos químicos orgânicos
Veículos automóveis, tratores, ciclos e suas partes
Partes e acessórios para veículos automóveis
Partes e acessórios para veículos de duas rodas
Automóveis de passageiros
Veículos automóveis para usos especiais
Motocicletas (incluídos os ciclomotores)
Reboques e semi-reboques
Carrinhos p/crianças e suas partes
Bicicletas e outros ciclos
Veículos automóveis para transporte de mercadorias
Tratores
Obras de ferro fundido, ferro ou aço
Plásticos e suas obras
Ferro fundido, ferro e aço
Vestuário e seus acessórios, exceto de malha
PRODUTOS OU FAMÍLIAS DE PRODUTOS
IMPORTAÇÕES 2012 2013
US$(milhões)
9.805
2.009
1.926
804
508
427
375
295
292
290
233
7.930
1.639
1.021
558
342
344
144
20
183
187
168
1.797
925
327
255
50
94
72
32
21
21
27
11
929
888
807
845
Qte (10 mil)
4.359.148
11.447
2.356
73.109
147.041
5.577
246.442
39.514
-
30.032
8.813
76.988
4.832
6.220
169
68
3.591
30
-
8.589
850
20.973
-
5.035
4.608
280
0,96
-
23
86
-
30
0,54
6
62
-
-
20.865
US$(milhões)
10.869
2.519
1.907
1.024
537
449
420
382
338
300
286
8.131
1.547
834
550
477
466
312
266
233
198
193
2.184
1.034
421
236
115
90
52
43
20
17
14
11
1.017
1.005
978
884
Qte (10 mil)
4.961.103
10.570
2.093
93.224
195.263
6.479
280.101
46.027
-
34.843
10.798
87.552
6.782
6.822
122
53
4.115
0,31
-
11.629
664
23.790
-
7.966
7.605
273
2,38
-
18
46
-
20
0,32
0,91
104
-
-
23.169
Var. (%) - US$
10,8%
25,4%
-1,0%
27,3%
5,8%
4,9%
12,0%
29,3%
15,5%
3,3%
22,9%
2,5%
-5,6%
-18,2%
-1,4%
39,4%
35,4%
116,9%
1210,9%
27,2%
5,5%
14,5%
21,6%
11,9%
28,8%
-7,4%
130,6%
-4,7%
-28,2%
34,0%
-4,6%
-18,1%
-48,7%
-0,5%
9,4%
13,2%
21,2%
4,6%
13,8%
-7,7%
-11,2%
27,5%
32,8%
16,2%
13,7%
16,5%
-
16,0%
22,5%
13,7%
40,4%
9,7%
-27,6%
-21,4%
14,6%
-99,0%
-
35,4%
-21,9%
13,4%
-
58,2%
65,0%
-2,6%
146,2%
-
-22,7%
-46,7%
-
-31,9%
-40,5%
-85,0%
67,8%
-
-
11,0%
Var.(%) Qte (10 mil)
29,1%
6,8%
5,1%
2,7%
1,4%
1,2%
1,1%
1,0%
0,9%
0,8%
0,8%
21,8%
4,1%
2,2%
1,5%
1,3%
1,2%
0,8%
0,7%
0,6%
0,5%
0,5%
5,9%
2,8%
1,1%
0,6%
0,3%
0,2%
0,1%
0,1%
0,1%
0,0%
0,0%
0,0%
2,7%
2,7%
2,6%
2,4%
Participação na pauta em
2013 (US$)
mo tempo em que se verificou um aumento de 2,5%, em valor, e 13,7%, em quantidade, no setor de máquinas e aparelhos mecâni-cos. Destaque deve ser dado, também, às importações de produtos químicos orgânicos, que apresentaram um crescimento de 21,6%, em comparação com as compras efetuadas, em 2012.
Da mesma forma, o setor de veículos automóveis, tratores e ci-clos, mostrou considerável aumento nas importações, tendo cres-cido 11,9%, em comparação a 2012. Entre os produtos da categoria, cabe ressaltar o maior volume de compras de automóveis de pas-sageiros, que apresentou um aumento de 146,2%. Nesse cenário, é possível observar a retomada das importações brasileiras de carros chineses, que havia apresentado notável queda, entre 2011 e 2012, consequência da política de incentivo à instalação de novas unidades fabris no Brasil.
Já, em 2013, as empresas chinesas de setor automobilístico busca-ram se adequar às novas exigências do regime do Inovar Auto e rea-justaram sua estratégia para o mercado brasileiro, voltando a elevar, assim, os níveis de importação.
3 CEBC
CHINA/BRAZIL UPDATE
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QUEM É?Com uma produção de mais de 90 mil toneladas/ano, a Harald é líder em coberturas e segunda empresa de chocolates do mercado B2B, atuando ainda em vários segmentos, com expressiva participação de mercado. Composta por um quadro de 596 colaboradores, a empresa exporta para mais de 30 países (Estados Unidos, América Latina e diversos países do Oriente Médio).
A Harald, maior fabricante brasileira de cobertura de chocolate, anun-ciou que irá estabelecer uma unidade de produção na China, em 2014. O in-vestimento de US$ 16 milhões está sendo dividido, em partes iguais, com a Wilmar, empresa de agronegócio com base em Cingapura. De pequeno porte, a nova fábrica está sendo erguida ao lado de uma unidade de óleos vegetais da Wilmar, em Xangai. Segundo o presidente da Harald, o início da produção está previsto, para agosto. Inicialmente, a produção deverá somar oito mil toneladas de chocolate, por ano, mas o volume poderá au-mentar, em um segundo momento.
A China deverá habilitar novos frigoríficos brasileiros a exportar carne de frango, para o mercado chinês, em um futuro próximo. A ha-bilitação dos novos frigoríficos deverá gerar embarques adicionais de US$ 100 milhões, em 2014, conforme cálculos do segmento. O Ministro da Agricultura, Antônio Andrade, e a presidente da Confe-deração da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, rece-beram a promessa em encontro com o Ministro da agência sanitária chinesa.
Após dois anos de espera, ficou acordado que, enfim, será publi-cada a habilitação de cinco frigoríficos já aprovados, pelos chineses. São três plantas da Seara, controlada pela JBS (Amparo/SP, Forqui-lhinha/SC e Seara/SC), uma da BRF (Videira/SC) e uma da Frango Bello (Itaquaraí/MS).
CHINA HABILITA MAIS FRIGORÍFICOS BRASILEIROS A EXPORTAR FRANGO SETEMBRO - 2013
AGRONEGÓCIO
UPDATE EMPRESARIAL – INVESTIMENTOS BILATERAIS ANUNCIADOS DE SETEMBRO A DEZEMBRO DE 2013FONTE: IMPRENSA
HARALD INVESTE PARA CONSTRUIR FÁBRICA DE CHOCOLATE NA CHINA SETEMBRO – 2013
A Foton, montadora de caminhões chinesa com planos para cons-truir uma fábrica, em Guaíba-RS, está negociando parceria entre o banco de desenvolvimento da China - CDB, na sigla em inglês - e o gaú-cho Banrisul, com o objetivo de trazer recursos do país asiático para o financiamento de seus veículos no mercado brasileiro.
Como a marca vai importar caminhões nos próximos dois anos - pe-ríodo ao qual a fábrica estará em obras - essa seria a saída para acessar taxas competitivas em relação às linhas mais vantajosas que atendem apenas veículos produzidos, no Brasil, caso do Finame, operado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O projeto da montadora tem um investimento previsto de R$ 280 milhões na construção da fábrica, em Guaíba, sendo a produção vol-tada, inicialmente, a caminhões semileves, leves e médios. Os inves-timentos da marca para o País ainda incluem, além da fábrica, R$ 60 milhões destinados a atividades logísticas e comerciais, como o desen-volvimento das concessionárias.
A montadora chinesa, Chery, que está erguendo uma fábrica de car-ros compactos em Jacareí, no interior paulista, vai investir mais US$ 130 milhões para também produzir motores, no País.
Com o novo projeto, os investimentos do grupo, no Brasil, sobem para US$ 530 milhões, complementando os US$ 400 milhões desem-bolsados na fábrica de automóveis, que tem abertura prevista, para julho de 2014. A produção de propulsores também visa atender às cres-centes exigências de conteúdo nacional do novo regime automotivo, no qual reduções no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) são atreladas ao uso de autopeças locais na fabricação de veículos.
A Chery planeja produzir 100 mil veículos, por ano, no Brasil, a partir de sua inauguração, sendo que um terço dos carros serão destinados ao mercado brasileiro e os outros dois terços para países do Mercosul.
A Chery Brasil diz já ter 75 concessionárias, no Brasil, totalizando a venda de 50 mil carros importados da China. O objetivo é aumentar para 200 o número de concessionárias, no País.
FOTON NEGOCIA CRÉDITO CHINÊS PARA CAMINHÕES SETEMBRO - 2013
LINHA DE MOTOR DA CHERY VAI RECEBER US$ 130 MILHÕES NOVEMBRO – 2013
AUTOMOTIVO
4CEBC
CHINA/BRAZIL UPDATE
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A Embraer divulgou previsão para o mercado de aviação executi-va na China, no período de 2014-2023, e estima uma demanda total de 805 aeronaves pelo mercado chinês, na próxima década. A expec-tativa é que os jatos executivos de grande porte representem 51% em unidades, ou 78% do valor total das entregas. De acordo com a empresa, os números foram apresentados em coletiva de imprensa realizada na Chinese International Business Aviation Show – CIBAS, em 2013, em Pequim.
O consórcio formado pelas empresas chinesas CNPC e CNOOC, a anglo-holandesa Shell e a francesa Total, em conjunto com a brasi-leira Petrobras, arrematou a concessão para exploração de petróleo e gás no campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Campos. A oferta do grupo define para a União a parcela mínima de 41,65% do óleo a ser produzido, no local. CNPC, CNOOC e Petrobras têm 10% do grupo, cada uma, enquanto Shell e Total têm 20% cada. Os 30% restantes também cabem à Petrobras, que entra como operadora do consór-cio. Sem atividade, no País, ao contrário das sócias, as duas empre-sas chinesas já começaram o processo para o registro de subsidiárias no Brasil. Além disso, também será necessária a transferência, para o País, do equivalente, em dólares, aos R$ 1,5 bilhão referentes ao bônus de assinatura devidos por cada uma (10% cada).
O BicBanco confirmou a venda do seu controle, equivalente a 73,96% do capital total, no valor de R$ 1,62 bilhão, para o China Construction Bank Corporation (CCB), o que marca o início das ope-rações diretas do CCB, no Brasil. O BicBanco vai continuar a operar como um banco comercial, com foco no segmento de empresas de médio porte. De acordo com Milto Bardini, vice-presidente executi-vo de operações e diretor de relações com investidores do BicBanco, a aquisição das ações, por parte da instituição chinesa, pode levar em torno de seis meses.
O Banco do Brasil está a espera da terceira e última autorização necessária para abrir a primeira agência de um banco brasileiro, em Xangai. Com um escritório de representação no país, a instituição está presente no mercado chinês desde 2010. A informação é do exe-cutivo Paulo Rogério Caffarelli, vice-presidente de Atacado, Negó-cios Internacionais e Private Bank do BB.
A Petrobras confirmou a venda de 100% das ações de sua subsi-diária integral Petrobras Energia Peru para a China National Petro-leum Corporation (CNPC), pelo valor total de US$ 2,6 bilhões. Os ati-vos que fazem parte da transação incluem 100% do Lote X, campo em produção, desde 1912; 46,16% de participação, no Lote 57, campo pré-operacional de gás natural e condensado; e 100% do Lote 58, bloco exploratório, próximo ao Lote 57, com recentes descobertas relevantes de gás natural e condensado.
Terceira maior companhia da China e maior elétrica do mundo, a Sta-te Grid anunciou que tem intenções de crescer, no Brasil. O presidente da estatal chinesa, no Brasil, Cai Hongxian, revelou a meta de investir US$ 10 bilhões no setor elétrico brasileiro, até 2015. Além de obter a consolidação de sua base de ativos no segmento de transmissão, a estratégia da empresa é crescer em geração e distribuição de energia, com aquisição de ativos e desenvolvimento de novos empreendimen-tos. Nesse contexto, a companhia já demonstrou interesse em realizar empreendimentos de grande porte, como por exemplo, sua participa-ção no leilão da transmissão de Belo Monte (PA).
AVIAÇÃO
ENERGIA
BANCÁRIO
EMBRAER PREVÊ DEMANDA DE 805 JATOS EXECUTIVOS PELA CHINA ATÉ 2023 SETEMBRO - 2013
COM SHELL, TOTAL E PETROBRAS, CHINESAS CNPC E CNOOC ARREMATAM LIBRA E SE APRESSAM EM CRIAR SUBSIDIÁRIAS OUTUBRO – 2013
CHINA CONSTRUCTION BANK COMPRA O BICBANCO POR R$ 1,6 BILHÃO NOVEMBRO - 2013
BANCO DO BRASIL TERÁ AGÊNCIA NA CHINA SETEMBRO – 2013
PETROBRAS CONFIRMA VENDA DE ATIVOS NO PERU PARA CHINESES NOVEMBRO – 2013
STATE GRID PLANEJA INVESTIR US$ 10 BILHÕES NO BRASIL OUTUBRO – 2013
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Presente desde 2004, no mercado chinês, a WEG prevê investi-mentos de US$ 135 milhões, no país asiático, até 2020. A ampliação da produção anual da empresa passará de 300 mil motores por ano para um milhão de unidades. Além do mercado chinês, a produção vai atender também os mercados da Indonésia, Filipinas, Cingapura e Japão.
Os novos investimentos da companhia terão como finalidade a construção de um parque fabril, em Rugao, uma zona de desenvolvi-mento tecnológico e industrial a 65 quilômetros de Nantong, onde a companhia já tem uma fábrica em operação.
O protocolo de intenções que prevê a aquisição, pelo governo do Estado do Rio de Janeiro, das 10 novas composições foi assinado na cidade chinesa de Changchun, pelo vice-governador e coordenador de Infraestrutura do Estado, Luiz Fernando Pezão, e o diretor-presi-dente da Changchun Railway Vehicles (CNR), Dong Xiaofeng. O acor-do foi assinado durante visita da missão fluminense à fábrica, que produz 60 novos trens, para o Estado do Rio. Na ocasião da reunião, também foi acertado um número maior de composições a serem en-tregues, em abril de 2014. Dos 60 trens que estão sendo fabricados na CNR, os oito primeiros deixarão a China, em fevereiro de 2014, com previsão de chegada, ao Rio, em abril deste ano.
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
WEG PLANEJA AMPLIAR SUA PRODUÇÃO NA CHINA OUTUBRO – 2013
GOVERNO DO RIO DE JANEIRO COMPRA MAIS 10 TRENS CHINESES NOVEMBRO - 2013
A chinesa Lenovo assumiu a liderança, no Brasil, do mercado de computadores (notebooks e desktops), excluindo-se tablets. A nova posição, conquistada no terceiro trimestre de 2013, mereceu desta-que no anúncio global dos resultados da Lenovo, que classificou o desempenho como uma consequência da “sólida” integração com a CCE, empresa brasileira recentemente adquirida pelos chineses por R$ 300 milhões.
O grupo chinês Grand Will - Brazil Green Energy Investment and Development deve investir cerca de R$ 1,2 bilhão, em uma usina de energia solar, em Uruaçu, e em um complexo industrial de produtos biossustentáveis para a área de construção civil, em Bela Vista de Goiás. A expectativa é que os dois investimentos tenham sua implan-tação, no ano de 2014.
O Baidu, maior site de buscas da China, anunciou sua chegada ao Brasil, na primeira operação da companhia nas Américas, mas ainda sem disponibilizar seu sistema de pesquisa online no país.
Em apresentação a jornalistas, em São Paulo, o gerente de marke-ting do Baidu no Brasil, Felipe Zmoginski, afirmou que o buscador em português já existe e está em fase de testes, acrescentando que, enquanto o lançamento não é feito, a companhia vê oportunidades para apresentar outros produtos.
O diretor internacional de marketing da companhia, Li Je, afirmou que a operação brasileira do Baidu buscará efetivamente se tornar lucrativa no período de três a quatro anos, com a empresa aprofun-dando o conhecimento do mercado local, nesse meio tempo.
LENOVO ASSUME LIDERANÇA DO MERCADO DE PCS NO BRASIL NOVEMBRO – 2013
GRUPO CHINÊS INVESTE EM GOIÁS SETEMBRO – 2013
CHINESA BAIDU DESEMBARCA NO BRASIL, MAS SEM O BUSCADOR NOVEMBRO – 2013
TECNOLOGIA
ENERGIA RENOVÁVEL
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NOVAS INICIATIVAS DO INSTITUTO CONFÚCIO PARA NEGÓCIOS DA FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO (FAAP)DEMANDA PELO APROFUNDAMENTO DO CONHECIMENTO SOBRE A CHINA TEM IMPULSIONADO AS ATIVIDADES DA INSTITUIÇÃO
UPDATE INSTITUCIONAL
Nos últimos anos, à medida que se intensificou o intercâmbio sino-brasileiro, cresceu, também, o interesse mútuo pelo apro-fundamento dos conhecimentos sobre ambos os países – tanto no âmbito da academia, quanto nos negócios. Temas relaciona-dos a comércio e investimentos, entre Brasil e China, economia e política chinesas, desenvolvimento tecnológico e aspectos cultu-rais, com ênfase no ensino do Mandarim, têm sido, cada vez mais, procurados no Brasil.
Com o objetivo de atender a esta demanda, em julho de 2012, a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), em parceria com a University of International Business & Economics, inaugurou uma unidade do Instituto Confúcio para Negócios, a fim de pro-mover a língua e a cultura chinesas. Com a ênfase em negócios, o Instituto oferece, além do estudo da língua, seminários empresa-riais, cursos de capacitação, sobre a China, em nível de Pós-gradu-ação, atividades culturais e artísticas.
As primeiras turmas de chinês foram formadas, em março de 2013, e contaram com 53 alunos inscritos. Também são ofereci-das aulas in company com foco corporativo, cuja primeira classe de alunos teve início no Banco da China, do Brasil. As iniciativas culturais são outra vertente da instituição. Entre o ano de 2013 e o início de 2014, foi realizada uma série de atividades, incluin-do a comemoração do Ano Novo chinês, a dança do leão e do dra-gão e os festivais de outono, entre outros eventos. Além disso, também são ministrados cursos de curta duração que abordam diversos aspectos da cultura, propiciando um aprendizado diver-sificado sobre a sociedade chinesa.
Neste ano, também terá início o programa de Pós-Graduação e MBA em China Contemporânea, que têm como objetivo ofere-cer aos alunos uma visão, ao mesmo tempo abrangente e foca-da, nos temas mais relevantes da Economia, Política, História, Pensamento e Direito Chineses, bem como uma visão teórica e prática de assuntos específicos de Gestão como: Marketing, Ca-deia de Suprimentos, Recursos Humanos, Comércio Exterior e Finanças, ambientados no contexto da China contemporânea. O corpo docente é formado por professores estrangeiros e bra-sileiros, e o curso oferece módulos no Brasil, Pós-graduação, e mais três semanas na China para conclusão do MBA.
O Instituto Confúcio FAAP é dedicado especificamente ao mundo dos negócios, promovendo discussões sobre assuntos relevantes para as empresas brasileiras que atuam na China e vice-versa, por meio de seminários empresariais. Ao todo, duran-te o ano de 2013, foram realizados 18 seminários e workshops. Também foram oferecidas 60 horas de aula de Chinês para fun-cionários da FAAP, sem custo para os participantes. Futuramen-te, o Instituto planeja abrir outra unidade, na cidade de Ribeirão Preto, no campus da FAAP, onde serão desenvolvidos cursos de idioma e cultura chinesa.
Interessados em maiores informações sobre as atividades do Instituto, podem entrar em contato pelo telefone (11) 3662-7288 ou pelo email [email protected].
INSTITUTO CONFÚNCIO PARA NEGÓCIOS DA FAAP
TELEFONE: (11) 3662-7288EMAIL: [email protected]ÇO: RUA ALAGOAS, 903 - SÃO PAULOSITE: WWW.FAAP.BR/INSTITUTOCONFUCIO/
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Ao analisar o cenário de desaceleração econômica da China, Michael Pettis des-mitifica as expectativas otimistas para o crescimento do país asiático e detalha as opções de Pequim para a reestruturação da economia. De acordo com o autor, o es-forço de impulsionar um aumento no con-sumo doméstico terá custos políticos, o que, ainda assim, deveria levar a China a elevar a renda familiar e a reduzir sua de-pendência em investimentos para evitar o fracasso.
PETTIS, Michael. Avoiding the fall: China’s economic restructuring. Carnegie Endow-ment for international peace. 2013
RADAR
CEBC RECOMENDA: AVOIDING THE FALL: CHINA’S ECONOMIC RESTRUCTURING
LIVROS
ESPECIALISTA RECOMENDA: RE-BALANCING CHINA: ESSAYS ON THE GLOBAL FINANCIAL CRISIS, INDUSTRIAL POLICY AND INTERNATIONAL RELATIONS
Este livro reúne um conjunto de artigos interessantes sobre as ten-dências mais recentes da economia política chinesa no mundo posterior à crise financeira internacional de 2008. As discussões propostas tra-zem ao debate, desde as mudanças no equilíbrio global do poder eco-nômico, até os dilemas internos da principal economia asiática.
A primeira parte fornece uma aná-lise dos efeitos da crise financeira global sobre a economia da China, bem como o impacto positivo do pacote de resgate maciço que foi implementado em resposta à crise;
ao mesmo tempo, enfatiza a necessidade de reequilibrar o modelo de crescimento chinês, a partir da elevação dos níveis de consumo e uma maior eficiência na alocação e no retorno do capital investi-do. A segunda parte concentra-se no desafio da globalização para a política industrial chinesa, antecipando as principais iniciativas a partir das quais a nova liderança do país pretende enfrentar essa questão: a reforma na gestão das empresas estatais e uma agressi-va estratégia de catch-up tecnológico.
Trata-se de uma rica leitura, que oferece insights fundamentais para compreender os pilares e os desafios da nova estratégia de de-senvolvimento chinesa, em um mundo em transição.
Peter Nolan. Re-balancing China: Essays on the Global Financial Crisis, Industrial Policy and International Relations. Anthem Press, 2014.
Santiago Bustelo – Coordenador de Pesquisa e Análise do CEBC
ESTUDOS E PESQUISASEm maio de 2013, Philip Schellekens lançou, pelo Banco Mundial, a pesquisa A Changing China: Implications for Developing Countries, que detalha como o crescimento chinês impactou e influenciou os países em desenvolvimento, além de apontar futuras consequ-ências para uma nova fase de crescimento da economia chinesa. Acesse: http://goo.gl/egC1rX
Em março de 2013, foi publicado pelo Fundo Monetário Interna-cional, a pesquisa realizada por Lee, Syed e Xueyan, entitulada China’s Path to Consumer-Based Growth: Reorienting Investment and Enhancing Efficiency. O artigo indica que os investimentos es-tão se tornando excessivos, na China, o que acaba gerando certa dependência econômica em algumas regiões. De acordo com os au-tores, uma reforma financeira facilitaria uma reorientação da eco-nomia, ajudando a China a reforçar a eficiência do capital e manter o crescimento. Acesse: http://goo.gl/oUeFT8
Lançado, em setembro de 2013, pelo Asian Development Bank, o relatório Strategic Options for Urbanization in the People’s Repu-blic of China: Key Findings aponta questões relacionadas aos pla-nos de urbanização nacional da China, que irão definir políticas e diretrizes para a próxima década. O estudo analisa os desafios e sugere ações para melhoria do ambiente urbano, através de mu-danças no design, financiamento, administração e integração so-cial das cidades. Acesse: http://goo.gl/JwKUPo
Acesse os estudos e pesquisas na versão eletrônica do China-BrazilUpdate, disponível no site do CEBC: www.cebc.org.br
Para enviar contribuições de conteúdo, críticas ou sugestões, entre em contato com a Secretaria Executiva do CEBC: [email protected] / +55 21 3212 4350 / www.cebc.org.br.
O CEBC
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O Conselho Empresarial Brasil-China é formado por duas seções independentes, uma no Brasil, outra na China. Dedica-se à promoção do intercâmbio econômico Brasil-China e, sobretudo, a fomentar o diálogo entre empresas dos dois países. O CEBC propõe-se a contribuir para um bom ambiente de comércio e investimentos, assim como a entender e divulgar as novas tendências observadas no dinâmico relacionamento Brasil-China. Atualmente, o CEBC é composto por cerca de 70 das mais importantes empresas e instituições brasileiras e chinesas com investimentos e negócios nos dois países.
Para mais detalhes sobre o processo de associação ao CEBC, entre em contato com a Secretaria Executiva por meio do e-mail [email protected] ou pelo telefone (21)3212-4350.
Julia Dias Leite (Secretária Executiva)Luciana Gama Muniz (Coordenadora Institucional)André Soares (Coordenador de Análise)Tulio Cariello (Analista Internacional)Santiago Bustelo (Coordenador de Análise) Giselle Vasconcellos (Analista Institucional)Karen Grimmer (Analista de Relações Internacionais) Jordana Vicente (Assistente Administrativo) Felipe Leão e Victor Miranda (Estagiários)
COLABORADORES DESTA EDIÇÃO: Lourdes Zilberberg (Instituto Confúcio para Negócios da FAAP), Fátima Berardinelli (Secretária Executiva interina do CEBC) e Denise Coronha (Rio Total Consultoria)DIAGRAMAÇÃO: Presto Design
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ESTE IMPRESSO É PARTE INTEGRANTE DO CHINA-BRAZIL UPDATE, EDIÇÃO 9 – MARÇO DE 2014Conteúdo de responsabilidade dos patrocinadores
O Banco Bradesco, com presença em todo o Brasil, apresenta produtos e serviços para diferentes perfis de clientes e também atua com a proposta de suprir as demandas de empresas interessadas em estabelecer e estreitar relações comerciais nos mercados brasileiro e chinês. Para isso, o segmento Corporate mantém uma gestão de relacionamento centralizada, oferecendo soluções estruturadas – Tailor Made e de Mercado de Capitais – e gerentes especializados em visões de risco, mercado e setores econômicos. Os atendimentos são exclusivos para que as empresas recebam soluções customizadas de acordo com os negócios realizados. Ao mesmo tempo, as Agências e Subsidiárias no Exterior (Nova York, Londres, Grand Cayman, Luxemburgo, Hong Kong, Buenos Aires e México) têm como objetivo a obtenção de recursos no mercado internacional para repasses a clientes, principalmente por meio de financiamento a operações de comércio exterior brasileiro. Para mais informações acesse o site www.bradesco.com.br
AVANÇO DAS REFORMAS SEGUIRÁ CONDICIONADO AO CRESCIMENTO DE CURTO PRAZO E À CONSOLIDAÇÃO DO PODER DA NOVA LIDERANÇA CHINESA
A condução da política econômica na China neste início de ano permanece pautada pelo dilema entre avançar nas reformas estruturais e preservar o crescimento de curto prazo. Sabemos que a implementação das reformas passa necessariamente por ajustes nos desequilíbrios acumulados nos últimos anos. Esses, de certo modo, estão todos interligados: elevação do endividamento dos governos locais, aumento da alavancagem da economia com ganho da participação dos créditos originados fora do sistema bancário, excesso de capacidade instalada em diversos setores da indústria, sinais de bolha no sistema imobiliário em algumas regiões e fortalecimento do monopólio das estatais na economia. Somam-se a esse contexto, as mudanças demográficas – que acabaram por pressionar os salários em todo país –, os problemas ambientais e a escalada da corrupção, impondo à China diversos desafios neste momento. Esses ajustes e essas restrições, por sua vez, implicam redução no ritmo de expansão, tanto pelo lado da oferta como da demanda, que será calibrada pela intensidade da efetivação das reformas e pela capacidade de manter a confiança local e externa em patamares elevados.
Temos, por ora, sinais fortes o suficiente para apostar em mudanças significativas em diversas esferas, tendo como ponto de partida o final de 2012, quando a nova liderança chinesa assumiu o poder, e como ponto de virada o final do ano passado, por ocasião do Terceiro Pleno, quando a agenda de reformas foi proposta. Os destaques positivos até agora estão concentrados na campanha anticorrupção e nas mudanças rápidas do sistema financeiro. Ao mesmo tempo, há movimentos importantes de províncias na direção de flexibilização do hukou e da política do filho único. A velocidade dessas reformas, por sua vez, estará condicionada à evolução da economia no curto prazo e à consolidação do poder do presidente Xi Jinping. Nesse sentido, há grandes expectativas de mudanças na gestão das estatais, com aumento da participação do setor privado na economia. Entendemos, entretanto, que as reformas políticas enfrentarão a maior resistência dentro do Partido e deverão levar mais tempo para começarem a acontecer de maneira concreta.
Precisamos reconhecer, contudo, a dificuldade de interpretar diversos movimentos na condução da política econômica nesses
últimos meses. Destacamos o que vem acontecendo no sistema financeiro, à medida que não está clara a forma como banco central e governo administrarão a política monetária e creditícia neste ano. Temos observado, por exemplo, elevada volatilidade nas taxas do mercado interbancário (que pressionam naturalmente os custos dos empréstimos) e, mais recentemente, a mudança de direção da variação da taxa de câmbio, que após forte apreciação, ensaia movimento de depreciação. Também há incertezas sobre a intensi-dade de controle das operações bancárias e não bancárias, ainda mais em um contexto em que diversos empréstimos fiduciários concedidos entre 2011 e 2013 – com contrapartida de um produto de investimento oferecido às pessoas físicas – podem dar default. Além disso, a criação da Zona de Livre Comércio de Shanghai é muito positiva, mas na prática, até o momento, não há definições claras sobre a abrangência de suas operações.
Diante disso, entendemos que os riscos para o desempenho da economia concentram-se no sistema financeiro e na maneira como esses problemas serão encaminhados. O dilema já mencio-nado estará presente, uma vez que um aperto do crédito e dos gastos dos governos locais significa menores investimentos. Acreditamos que a resposta do mercado de trabalho continuará como balizador das políticas econômicas. No caso de uma desace-leração da atividade doméstica mais intensa, afetando a geração de empregos e ameaçando a estabilidade político-social, podere-mos observar algum afrouxamento da política, principalmente, fiscal – com expansão dos gastos ligados à conservação ambiental e urbanização. Vale destacar, contudo, que das 31 províncias, 22 delas reduziram a meta de crescimento do PIB deste ano e que atualmente começam a ser cobradas por avanços sociais e ambientais, além dos econômicos.
O fato é que as incertezas não deverão sair do radar e que alguma desaceleração da economia será observada neste ano. Essa redução no ritmo expansionista virá, na nossa visão, de algum aperto monetário (com redução das operações realizadas fora do sistema bancário, aumento da taxa interbancária) e do controle da corrupção, que tem afetado a demanda doméstica. A expansão do PIB entre 7,0% e 7,5% segue como cenário central, ainda que reconheçamos que os riscos sejam assimétricos para baixo.
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ESTE IMPRESSO É PARTE INTEGRANTE DO CHINA-BRAZIL UPDATE EDIÇÃO 9 – MARÇO DE 2014
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APEX-BRASIL E CEBC REALIZAM ESTUDO DE INTELIGÊNCIA COMERCIAL SOBRE OPORTUNIDADES NA CHINA
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) está desenvolvendo um estudo de Inteligência Comercial em parceria com o Conselho Empresarial Brasil China (CEBC). O estudo trará informações sobre oportu-nidades de investimentos e comerciais na China para as empre-sas brasileiras de dez setores das áreas de alimentos e bebidas e produtos manufaturados.
Os setores foram definidos em conjunto pelas duas instituições e a metodologia utilizada correlaciona informa-ções de bases de dados internacionais e outras coletadas em entrevistas feitas com empresas brasileiras e associações empresariais na China.
O estudo deverá ser concluído em abril e apresentará oportunidades para carnes bovina, de frango e suína, sucos de frutas tropicais, café, vinhos, autopeças, partes e peças de avião, calçados, pedras e joias.
A Apex-Brasil produz estudos e análises de inteligência comercial para auxiliar as empresas brasileiras na identifica-ção de mercados que ofereçam as melhores oportunidades para a exportação de seus produtos, internacionalização de seus negócios e atração de investimentos estrangeiros diretos para o Brasil.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) tem a missão de desenvolver a competitividade das empresas brasileiras, promovendo a internacionalização dos seus negócios e a atração de investimentos estrangeiros diretos. A Agência apoia, atualmente, mais de 12 mil empresas de 83 setores produtivos da economia brasileira, que exportam para mais de 200 mercados. Além da sede em Brasília, a Apex-Brasil possui Unidades de Atendimento nos estados brasileiros e Centros de Negócios (CNs) estrategicamente localizados na Ásia (Pequim - China), Oriente Médio (Dubai - Emirados Árabes Unidos), América do Norte (Miami e San Francisco– EUA ), América Central e Caribe (Havana - Cuba), Europa Ocidental (Bruxelas - Bélgica), Leste Europeu (Moscou - Rússia) e África (Luanda - Angola).
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Os estudos estão disponíveis no endereço: http://www2.apexbrasil.com.br/exportar-produtos-brasileiros/inteligencia-de-mercado.