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Comércio internacional: Determinantes Reinaldo Gonçalves

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Page 1: Comércio internacional: Determinantes - UFRJ · (Portugal) 80 90 País II (Inglaterra) 120 100. Ganhos de comércio Termos de troca: 1 A = 1 B Portugal = 2 x 80 = 160 Ganho 170-160

Comércio internacional:

Determinantes

Reinaldo Gonçalves

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Sumário

1. Determinantes: tese geral

2. Vantagem comparativa

3. Enfoques

4. Novos modelos

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1. Determinantes

�Volume

�Composição

�Preços

�Direção

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Tese

Não há uma teoria geral dos determinantes do comércio internacional

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Adam Smith (1776)

Vantagem Absoluta

P (A)I

≠≠≠≠

P (A)II

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2. Vantagem comparativa

Princípio básico

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Ricardo (1817)

Vantagem comparativa

P (A)I / P (B)I ≠≠≠≠ P (A)II / P (B)II

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Produto A(vinho)

Produto B(tecido)

País I(Portugal)

80 90

País II(Inglaterra)

120 100

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Ganhos de comércio

Termos de troca: 1 A = 1 B

Portugal = 2 x 80 = 160

Ganho � 170- 160 = 10

Inglaterra = 2 x 100 = 200

Ganho � 220- 200 = 20

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Ganhos de comércioTermos de troca 1 A = 0,89 B

Portugal

Fechado: produção = consumo

Aberto: produção = 2,12 A (2,12x80=170)

Consumo = 1 A

Exporta = 1,12 A ⇔ Importa = 1 B

Consumo 1 B Ganho �0

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3. Enfoques

� Teoria clássica

� Teoria neoclássica

� Enfoque neofatorial

� Enfoque neotecnológico

� Economia de escala

� Estrutura de mercado

� Demanda

� Novos modelos

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Enfoque Clássico

� Tecnologia: diferencial de produtividade do fator trabalho

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Enfoque Neoclássico

� Diferencial na dotação de fatores: Capital e trabalho

� Hipótese central: País rico em capital tende a ter vantagem comparativa em produtos intensivos em capital e, portanto, exportar produtos intensivos em capital e importar produtos intensivos em trabalho.

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Paradoxo de Leontieff(EUA, produção US$ 1 milhão)

Produtos deexportação

Produtos deimportação

Capital (US$mil) - K

2551 3091

Trabalho (milhomens-ano) -L

182 170

K/L 14,0 18,2

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Enfoques (retornando)

� Teoria clássica (Ricardo)

� Teoria neoclássica (Heckscher-Ohlin)

� Enfoque neofatorial

� Enfoque neotecnológico

� Economia de escala

� Estrutura de mercado

� Demanda

� Novos modelos

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4. Novos modelos de comércio

internacional

A. Fatos

B. Concorrência

C. Criação de vantagem comparativa

D. Política comercial estratégica

E. Integração regional

F. Empresas transnacionais

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A. Fatos

� comércio é mais expressivo entre países que são mais similares entre si

� comércio intra-indústria

� comércio intra-firma

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B. Comércio e concorrência

Ganhos de comércio

� Aumenta a variedade (maior liberdade de escolha)

� Aumenta o número de firmas (aumenta a concorrência), efeito pró-competitivo

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C. Criação de vantagem

comparativa

� substituição de importações

� acidente histórico

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Criação de vantagem

comparativa

setor com retornos crescentes de escala

pode ser localizado em país de grande porte com uma desvantagem comparativa fundamental nesse setor

se a vantagem de custo derivada da maior escala superar a desvantagem comparativa inicial

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D. Integração regional

� Maiores oportunidades de economias de escala : restruturação produtiva (consumidores ganham e produtores perdem)

� Existência de preferência pelo mercado doméstico

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E. Empresas transnacionais

� Vantagem locacional não precisa estar associada a eficiência ou vantagem competitiva (canais de comercialização)

� Vantagens específicas àpropriedade, economia de escala e diferenciação de produto

� Internacionalização da produção (Exportação vs IED)

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F. Política comercial estratégica

Políticas ativas

�comercial

�industrial

�tecnológica

�creditícia

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Síntese

Não há uma teoria geral dos determinantes do comércio internacional

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Obrigado!

[email protected]

www.ie.ufrj.br

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Clicar Reinaldo Gonçalves