coimbra (portugal)/manuel carlos
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Coimbra OTE é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Coimbra, da Região Centro de Portugal, da sub-região do Baixo Mondego e da Beira Litoral com cerca de 143 396 habitantes.[1] Sendo o maior núcleo urbano, é centro de referência na região das Beiras [carece de fontes?], com mais de dois milhões de habitantes. É considerada a terceira cidade de Portugal. Cidade historicamente universitária, por causa da Universidade de Coimbra, fundada em 1290, conta actualmente[quando?] com cerca de 30 mil estudantes. Banhada pelo rio Mondego, Coimbra é sede de um município com 319,4 km² de área e 143 396 habitantes (2011), subdividido em 18 freguesias.[2] O município é limitado a norte pelo município de Mealhada, a leste por Penacova, Vila Nova de Poiares e Miranda do Corvo, a sul por Condeixa-a-Nova, a oeste por Montemor-o-Velho e a noroeste por Cantanhede. É considerada uma das mais importantes cidades portuguesas, devido a infraestruturas, organizações e empresas para além da sua importância histórica e privilegiada posição geográfica no centro da espinha dorsal do país. Coimbra é também referência nas áreas do Ensino e da Saúde. O feriado municipal ocorre a 4 de Julho, em memória da Rainha Santa Isabel, padroeira da cidade. Foi Capital Nacional da Cultura em 2003 e é uma das cidades mais antigas do país, tendo sido capital do Reino, e apresenta como principal ex-libris a sua Universidade, a mais antiga de Portugal e dos países de língua portuguesa, e uma das mais antigas da Europa.TRANSCRIPT
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Coimbra é uma cidade portuguesa banhada pelo rio Mondego,
foi o berço de nascimento de seis reis de Portugal e da Primeira Dinastia,
assim como da primeira Universidade do país e uma das mais antigas da Europa.
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Rio Mondego
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A história escreveu-se com sonoridades celtas
até ao séc. II AC, século marcado pela
chegada dos romanos.
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Aeminium - nome romano de Coimbra –
O seu centro vital emanava do fórum, construído sobre uma plataforma
que assentava num magnífico criptopórtico – sob o atual Museu Nacional Machado de Castro.
Com o aumento da sua importância passou a ser sede de Diocese,
substituindo a cidade romana de Conímbriga, da qual derivou o seu novo nome.
Ruínas romanas de Conímbriga
Museu Nacional de Machado de Castro
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Entre 586 e 640, os visigodos, sob os reinados de: Recaredo, Liuva II,
Sisebuto e Chintila, conduziriam novamente a cidade,
agora Emínio, ao equilíbrio e prosperidade.
Em 711, os mouros entraram na
Península, Coimbra transformou-se sob o domínio
árabe em uma cidade mourisca e moçárabe:
Almedina era o nome da cidade dentro das muralhas,
quando chegou o tempo da Reconquista.
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Em 871 tornou-se Condado de Coimbra, mas apenas em 1064 a cidade foi
definitivamente reconquistada por Fernando Magno de Leão.
Em 1129, o primeiro rei de Portugal,
D. Afonso Henriques, tornou Coimbra, a capital, substituindo Guimarães
vital para viabilizar a independência do novo país.
Em 1255, a capital passou a ser Lisboa.
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No século XII, Coimbra apresentava uma estrutura urbana, dividida entre a cidade alta:
Alta ou Almedina, onde viviam os aristocratas, os clérigos e,
mais tarde, os estudantes, e a Baixa,
do comércio, do artesanato e dos bairros ribeirinhos.
Em Coimbra reuniam-se as Cortes, em 1385, João das Regras, levou ao trono
D. João I - Mestre de Avis.
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Coimbra é uma cidade romântica
Os amores proibidos do rei D. Pedro e Inês de Castro é um dos seus episódios mais marcantes.
A Quinta das Lágrimas foi o cenário dos amores proibidos de D. Pedro e Dona Inês de Castro, uma fidalga galega,
dama de companhia da sua mulher Dona Constança. Segundo a lenda, foi na Quinta das Lágrimas que Dona
Inês chorou pela última vez, enquanto era trespassada pelos
punhais. As lágrimas então derramadas terão dado origem à
Fonte das Lágrimas.Nos Lusíadas, Camões imortalizou o amor de Pedro e
Inês:
“Estavas, linda Inês, posta em sossego, De teus anos colhendo doce fruto,
Naquele engano de alma, ledo e cego,Que a Fortuna não deixa durar muito, Nos saudosos campos de Mondego,
De teus formosos olhos nunca enxuto, Aos montes ensinando e às ervinhas O nome que no peito escrito tinhas.”
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O Românico e o Gótico viriam a erguer em Coimbra construções de inegável
beleza: Sé Velha, Santiago, S. Salvador,
Santa Clara-a-Velha.
A Sé Velha, sagrada em 1184, testemunha ainda hoje o imaginário
da Arte Românica.
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D. Afonso Henriques (1109-1185)
- Fundador do Reino de Portugal - Está sepultado na Igreja de Santa Cruz
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A Universidade de CoimbraUma das mais antigas e prestigiadas universidades da
Europa Herdeira do Estudo Geral solicitado ao Papa pelo Rei D. Dinis e por um conjunto de prelados portugueses em 1288, e que
viria a obter confirmação pontifícia pela bula do Papa Nicolau IV, em 9 de agosto de 1290, tendo-se estabelecido
inicialmente em Lisboa.O Estudo Geral abrangia as faculdades de:
Artes, Direito Canônico, Direito Civil e Medicina, Teologia.A Universidade recebeu os seus primeiros estatutos em
1309, com o nome Charta magna privilegiorum.
Após uma itinerância atribulada entre Lisboa e Coimbra durante os séculos XIII e XIV, a universidade viria a
estabelecer-se estavelmente em Coimbra em 1537, tendo o Rei D. João III
cedido o próprio paço real para as instalações. Estas instalações foram adquiridas pela Universidade no
reinado de Filipe I, sendo desde então conhecidas por Paço das Escolas.
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Na década de 40 do século XX, uma parte da história de Coimbra foi irremediavelmente amputada com a
destruição quase completa da Alta para edificação
dos novos edifícios universitários.
Retiraram de Coimbra muito da sua história,
da sua tradição, da sua poesia.
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Jardim Botânico
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Latada: ou a Festa das Latas e imposição das insígnias: No início do ano escolar, para dar as boas vindas aos novos
estudantes: caloiros ou novatos. As Latadas começaram no século XIX, quando os estudantes
exprimiam a sua alegria pelo término do ano letivo em Maio e usavam latas. A partir dos anos 50/60 as Latadas passaram a ocorrer no início do ano letivo, coincidindo com a abertura da
Universidade e a chegada da população escolar de férias.
Atualmente os calouros vestem uma fantasia pessoal com as cores da sua faculdade ou a batina virada do avesso,
transportando cartazes com legendas de conteúdo crítico, alusivos à vida escolar ou nacional.
Os calouros seguem em duas filas paralelas, com os padrinhos que devem ter um comportamento digno de um
estudante de Coimbra, dando o exemplo aos novatos que se estão a iniciar
na Praxe Acadêmica. No fim do cortejo nas ruas da cidade, os novos estudantes
são batizados no rio Mondego: "Ego te baptizo in nomine solemnissima praxis"
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Queima das Fitas
No início do mês de Maio, começando na noite de quinta-feira para sexta-feira com a Serenata Monumental nas escadas da Sé Velha. É a maior festa estudantil de toda a Europa e tem a duração de 9
dias, um dia para cada faculdade da universidade:
Letras, Direito, Medicina, Ciências e Tecnologia, Farmácia, Economia, Psicologia e Ciências do Desporto e Educação Física
e antigos alunos.O aparecimento da Queima das Fitas começou em 1899 em
Coimbra.Para os Quartanistas Fitados e Veteranos, marca a última jornada
universitária, o derradeiro trajeto de vivência coimbrã. Programa tradicional da Queima de Fitas:
Serenata Monumental, Sarau de Gala,
Baile de Gala das Faculdades, Garraiada (Figueira da Foz),
Venda da Pasta "Queima" do Grelo e Cortejo dos Quartanistas,
Chá Dançante Noites do Parque.
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A palavra fado vem do latim fatum, ou seja, "destino". Ligado às tradições acadêmicas da Universidade de Coimbra, é
exclusivamente cantado por homens e tanto os cantores como os músicos usam o traje acadêmico: calças e batina pretas, cobertas por
capa de lã preta. Canta-se à noite, quase às escuras, em praças ou ruas da cidade. Os locais mais típicos são as escadarias do Mosteiro de Santa Cruz
e da Sé Velha. Também é tradicional organizar serenatas.O fado de Coimbra é acompanhado igualmente por uma guitarra
portuguesa e uma guitarra clássica, também chamada de “viola”.A afinação pretende transmitir à música uma sonoridade mais soturna e a técnica de execução é diferente a fim de projetar o som do instrumento
nos espaços exteriores, que são o palco privilegiado deste fadoAlguns dos mais conhecidos fados de Coimbra:
Fado Hilário - Do Choupal até à Lapa - Balada da Despedida do 6º Ano Médico de 1958: “Coimbra tem mais encanto, na hora da despedida”
- os primeiros versos, são mais conhecidos do que o título. O meu menino é d’oiro - Samaritana
Curiosamente, não é um fado de Coimbra, mas uma canção,
o mais conhecido tema falando da cidade: Coimbra é uma lição..
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Festa da Rainha Santa IsabelFeriado municipal em 4 de Julho
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