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#pública
Abril de 2018
Alerta
Esta publicação faz referência a análises/avaliações de profissionais da equipe de economistas do Banco do
Brasil, não refletindo necessariamente o posicionamento da Instituição sobre os temas aqui tratados. Os
dados e projeções são informativos e altamente dependentes das hipóteses adotadas e não devem ser
tomados como base, balizamento, guia ou norma para quaisquer documentos, avaliações, julgamentos ou
tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, todas as consequências ou
responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises são assumidas exclusivamente pelo usuário,
eximindo o Banco do Brasil de todas as ações decorrentes do uso deste material. Além disso, o Banco do
Brasil não se responsabiliza por atualizar qualquer estimativa contida nesta publicação.
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Brasil
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Transações correntes brasileiras vieram positivas pelo segundo mês consecutivo
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Em março, o resultado em transações correntes apresentou superavit de US$ 798 milhões. É osegundo mês em que há saldo positivo para este item na balança de pagamentos. Apesar dossuperavit registrados, em doze meses, as transações correntes apresentam deficit de US$ 8,3bilhões, o equivalente a 0,41% do PIB. Mesmo assim, esse patamar é um dos mais baixoshistoricamente registrados para o país o que indica a estabilidade do setor externo brasileiro.
Transações Correntes: US$ 798 milhões
Balança Comercial U$ 6,0 bi
Rendas US$ - 2,4 bilhões
Serviços US$ - 2,8 bilhões
Atividade: apesar de alta em fevereiro, IBC-Br permanece com desempenho abaixo do esperado em 2018
Segundo dados do Banco Central, o IBC-BR – indicadorde atividade econômica que funciona como umtermômetro para o PIB – apresentou variação de
0,09% em fevereiro, retomando a sequência positivaapós a queda de 0,56% em janeiro deste ano.
Entretanto, mesmo com a passagem mensal positiva eresultado em 12 meses acumulando crescimento de1,32%, o desafio para a atividade econômica medidapelo PIB no decorrer do ano é elevado.
Projeções 2018
Com os resultados dos principais setores da economia brasileira nos primeiros
meses de 2018, a necessidade por trimestre para alcançar a projeção anual do
PIB se mostra bastante desafiadora.
% BB
No ano + 2,8
Por trimestre + 1,0
Mercado de trabalho: desemprego aumenta em março e acende alerta sobre desempenho econômico em 2018
De acordo com dados do Caged, que avalia o balanço entreadmissões e demissões no setor formal de emprego, adinâmica de contratações no primeiro trimestre se deusobretudo via setor de serviços, sinalizando que a criação depostos de trabalho não ocorreu de forma disseminada.
Considerando que o mercado de trabalho é umimportante vetor para medir o desempenhoeconômico, o anúncio do IBGE trazendo oterceiro aumento consecutivo da taxa dedesemprego (agora em 13,1%) trouxe um sinalde alerta, na visão do mercado, sobre a força daretomada da economia em 2018.
Criação de postos de trabalho (jan. a mar. 2018)*
Total Indústria Comércio Serviços
+ 195 mil + 79,5 mil - 80 mil + 182 mil
* Construção Civil e Agropecuária geraram 13,5 mil vagas no período.
Por outro lado...
Mercado de Crédito: após 19 meses de retração, volume de crédito total tem alta de + 0,1% impulsionado pela PF
Pessoa Física Pessoa Jurídica
+ 5,9% - 6,0%
TOTAL*
Em 12 meses(variação % a.a.)
+ 0,1%
Em destaque: Inadimplência!
Recuo na PF (de 3,7% para 3,6%) e naPJ (de 3,1%, para 2,9%) levam àredução da Inad total (3,4% para 3,3%)em março.
*Ressaltamos que o crescimento do saldo total de crédito não é
feito pela média simples de crescimento das carteiras PF e PJ, e
sim levando em conta o respectivo tamanho dessas carteiras.
Saldo (em bilhões)
PF R$ 1.669
PJ R$ 1.414
Fiscal: apesar do deficit em março, meta para resultado primário deve ser entregue com folga em 2018
Segundo dados do Banco Central, o resultado primário dosetor público apresentou deficit de R$ 25,1 bilhões no mêsde março. Entretanto, ao avaliarmos o acumulado noprimeiro trimestre de 2018, o saldo é positivo, registrandosuperavit de R$ 4,4 bilhões.
Em termos de Dívida Bruta, a passagem mensal manteve atrajetória de crescimento, alcançando 75,3% do PIB.
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Governo Central:
-R$8,0 bi
Governos Regionais:
+R$13,1 biEstatais:
-R$700 mi
Distribuição do resultado primário - 1 tri/2018
Projeções 2018Resultado Primário Dívida Bruta
em R$ - 130 bi 5.4 tri
em % do PIB - 1,86% 77,6%
Pesquisa Focus: ao fim de abril, crescimento do PIB tem revisão baixista e se afasta dos 3,00% a.a.
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IPCA: com o resultado do IPCA-15 de abril (+0,21%), o ambiente inflacionário benigno para 2018 parece se consolidar,fazendo com que a mediana do Focus fosse revisada para baixo, centralizando as projeções próximo a 3,50% a.a.,significativamente abaixo dos 4,50% a.a. determinado como meta central pelo CMN.
PIB: o destaque negativo ficou por conta da revisão baixista do PIB, que saiu de 2,86% a.a. para 2,75% a.a., sinalizandoque a aceleração do crescimento econômico desse ano pode ser em magnitude inferior ao esperado a priori.
Destaques do mês:
Regional
O setor industrial deve ser um dos vetores de crescimento da região Norte
Atividade Industrial:
Amazonas
Responde por 3% da indústria do país.
Efeito Copa do Mundo:
Estimulo à produção de televisores;
Zona Franca de Manaus: contribui paraincentivar a alta na fabricação de eletrônicoscomo televisores, computadores e celulares.
(IBGE/Fev-2018)
De acordo com nossas projeções, Amazonas (5,0%) e Pará (4,5%)tendem a apresentar as maiores taxas de expansão no PIB de 2018dentre os estados brasileiros.
O movimento pró-cíclico para a indústria de
transformação deve impulsionar os setores de
comércio e serviços.
Pará...
... e a produção do minério de ferro:
Destaque para os resultados advindos do complexo S11D da Vale;
A produção nacional de minério se concentrará cada vez mais naregião norte.
Rondônia, Pará e Tocantins:
Favorecidos pelo avanço na infraestrutura portuária do“Arco-Norte”, que vem ampliando sua participação noescoamento da produção de grãos;
Produtores estão direcionando a expansão das áreasplantadas para a fronteira agrícola da região Norte.
Volume de chuvas tem favorecido o desenvolvimento de algumas culturas na região Nordeste
25
,5
17
,0
14
,5
10
,0
8,1
5,8
3,8
3,5
2,9
2,3
2,0
1,7
1,1
MT PR RS GO MS MG SP BA SC MA PI TO PA
Pa
rtic
ipa
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o n
a p
rod
uç
ão
* (%
)
Fonte: IBGEElaboração: BB/DireoAtualização: mar/2018*Cereais, leguminoas e oleaginosasObs.: Os estados não relacionados no gráfico possuem participação na produção nacional inferior a 1%.
Centro-Oeste43,8
Sul34,4
Sudeste9,6
Nordeste8,5
Norte3,6
O Nordeste é a única região com previsão de incremento na safraagrícola em 2018, quando comparado com o resultado estimadopara o ano passado.
Cadeia do milho:
A região Nordeste vem apresentandocrescimento consistente, com destaquepara o bons resultados na BA, MA e PI.
Safra da soja e do algodãoacréscimos:
Soja Algodão
Bahia 8,5% 10,5%
Piauí 4,9%
Maranhão 3,4%
2017 2018
Brasil 100,0% 240,6 229,3 -4,7
Nordeste 8,5% 17,9 19,5 9,3
Peso (%)
2018
Var. (%)
2017/2018
Produção*
em milhões de toneladas
No 1º tri/18, a região Centro-Oeste apresentou o crescimento mais elevado nas carteiras de crédito PF e PJ
1,4
0,60,4
-0,3
-0,9
-0,3
1,9
1,41,2 1,2
1,01,1
0,4
-1,0-0,8
-2,0
-2,4
-3,0
Centro-Oeste Norte Sul Brasil Sudeste Nordeste
Estoque de crédito - variação acumulada no ano
Crédito Total Crédito PF Crédito PJ
Fonte: Banco Central
Elaboração: BB/DireoAtualização: Mar/2018
De janeiro a março de 2018:
O Centro-Oeste registrou o maior avanço noestoque de crédito total dentre as regiões do país,com destaque para:
Maior crescimento da carteira de crédito PF;
Única região a apresentar expansão no
saldo contratado com as empresas.
Crescimento interanual na carteira de crédito -
destaques estaduais (posição entre as UF’s):
Crédito PF Crédito PJ
MT
MS
GO
1º
3º
4º
MT
GO
2º
3º
Inad 90:
Entre as regiões, o Centro-Oeste possui o segundo menor índice de
inadimplência, tanto para o crédito PF (3,4%), quanto para o PJ (3,1%).
* Crédito PF: região Sul menor Inad 90 (2,6%);* Crédito PJ: região Sudeste menor Inad 90 (2,5%).
O fortalecimento da indústria na região Sudeste
Extração e refino de petróleo
Espera-se um melhor desempenho dosetor, o que deve favorecer os maioresprodutores de petróleo: Rio de Janeiro,
Espírito Santo e São Paulo.
• A indústria de transformação deveimpulsionar a expansão de SP
• Comércio e serviços também serão beneficiados por este movimento;
São Paulo:
Minas Gerais e Espírito Santo:
Indústria extrativa: expectativa deretomada da indústria extrativa, a partirdo recomeço das operações daempresa Samarco.
Safra de Café: estimativa de ampliaçãona safra cafeeira, beneficiada pelabianualidade positiva do produto. Café Arábica - 16,7% e Café Canephora - 7,6%
Crise fiscal:
Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo
Relação entre a dívida e receita acima de 100%, o queimplica significativos pagamentos de encargos.
No caso destes estados, mais de 5% de sua ReceitaCorrente Líquida foi comprometida com o pagamento dejuros nominais.
(BCB / Mar-2018)
Região Sul: cenário econômico favorável, com maior homogeneidade entre os estados
Comércio Varejista:
14,2
9,1
8,6
8,5
7,6
6,6
6,5
6,4
5,3
5,3
5,1
4,7
4,5
3,9
3,1
2,8
2,0
1,3
1,0
0,3
0,1
-0,6
-1,1
-3,7
-3,8
-4,1
-5,5
-9,0
SC AM
RS
RO
MT
MA
AL
AC
PA
MG
PE
PR
TO RN
PI
Bra
sil
SP ES AP
BA
MS
CE
RJ
RR
PB
SE DF
GO
Variação acumulada em 12 meses (%) Variação mensal (%)*Fonte: IBGEElaboração: BB/DireoAtualização: fev/2018 *Dados dessazonalizados.
Trajetória de crescimento consistente do comércio varejistados estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e
Paraná.
Mercado Automotivo:
A região concentra atividades de montadoras ede fabricantes de auto peças;
Ramo industrial que vem sendo beneficiadopela recuperação econômica da AméricaLatina, principal destino das exportações.
Benefícios advindos do bom desempenho do
agronegócio:
Produção de máquinas agrícolas:
Fortemente concentrada na região Centro-Sul dopaís, com maior participação do Rio Grande do Sul edo Paraná.
Distribuição e comercialização de combustíveis:Os estados da região Sul tendem a se beneficiar, porserem mais industrializados e com maior demandade transporte para o agronegócio.