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SEM RECURSOS O SOL COMO IDENTIDADE OBRAS DA CIDADE DESCASO NO PORTO EX-CABIDE DE EMPREGOS Concursados da ALMT cobram vagas P.7 P.6 Falta de estrutura prejudica feirantes Com 296 anos, esta semana a capital entra na casa do astro-rei. O Cultura em Circuito pede para você dar um passeio pela Cuiabá fora dos shoppings e insistir numa cidade aberta. A astróloga MARIA EUNICE desenha um mapa para a aniversariante e o artista plástico HUGO ALBERTO タRUHVFH XP coração cheio de mangas e cajus. Dicas culturais assolam as páginas enquanto os cronistas convidam você para leituras autorais cheias de charme. Entre aplausos, questionamentos e imagens, Cuiabá é o centro das atenções! Muito barulho e muito pouco resultado P.8 Zoológico da UFMT está esquecido e degradado P.4 Circulação: Cuiabá - Várzea Grande - Chapada dos Guimarães - Poconé - Primavera do Leste - Rondonópolis - Barra do Garças - Tangará da Serra - Campo Novo do Parecis - Barra do Bugres - S.J. do Rio Claro - Nova Mutum - Lucas do Rio Verde - Sorriso - Sinop - Juína - Juara - Brasília www.circuitomt.com.br Ano XI - Edição 531 DE 8 A 15 DE ABRIL DE 2015 Venda Proibida Diretor de Redação: Persio D. Briante CIRCUITOMATOGROSSO O lado bom de Cuiabá P AN. de 1 a 4 Ahmad Jarrah

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SEM RECURSOS O SOL COMO IDENTIDADE

OBRAS DA CIDADE

DESCASO NO PORTO

EX-CABIDE DE EMPREGOS

Concursados da ALMT cobram vagas

P.7

P.6

Falta de estrutura prejudica feirantes

Com 296 anos, esta semana a capital entra na casa do astro-rei. O Cultura em Circuito pede para você dar um passeio pela Cuiabá fora dos shoppings e insistir numa cidade aberta. A astróloga MARIA

EUNICE desenha um mapa para a aniversariante e o artista plástico HUGO ALBERTO

coração cheio de mangas e cajus. Dicas culturais assolam as páginas enquanto os cronistas convidam você para leituras autorais cheias de charme. Entre aplausos, questionamentos e imagens, Cuiabá é o centro das atenções!

Muito barulho e muito pouco resultado

P.8

Zoológico da UFMT está esquecido e degradado

P.4

Circulação: Cuiabá - Várzea Grande - Chapada dos Guimarães - Poconé - Primavera do Leste - Rondonópolis - Barra do Garças - Tangará da Serra - Campo Novo do Parecis - Barra do Bugres - S.J. do Rio Claro - Nova Mutum - Lucas do Rio Verde - Sorriso - Sinop - Juína - Juara - Brasília

www.circuitomt.com.brAno XI - Edição 531 DE 8 A 15 DE ABRIL DE 2015 Venda ProibidaDiretor de Redação: Persio D. Briante

CIRCUITOMATOGROSSO

O lado bom de Cuiabá

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OPINIÃO PG 2www.circuitomt.com.br

ENTRE ASPASEDITORIAL

Presidente do Conselho Editorial: Persio Domingos Briante

CIRCUITOMATOGROSSOFundadora:

Flávia Salem Propriedade da República Comunicações Ltda.

Editor de Arte:

Kenderson AraújoRevisão:

Marinaldo Custódio

Reportagem: Airton Marques, Simone Ishizuka, Diego Frederici, Ulisses Lalio

Chefe de Redação: Josiane Dalmagro

Av. Miguel Sutil, 4001C - Pico do Amor - Cuiabá - MT - CEP 78010-500 - Fone: (65) 3023-5151 E-mail [email protected]

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MEDIA OPPORTUNITIES LTDA

Diretora-executiva:

Flávia Salem - DRT/MT 11/07- 2005

Uma face socioeconômica de Cuiabá

Especialistas mostram um lado oculto da Cidade Verde

Da redação

Andréa Lobo

Ó CUIABÁ

assando por uma grande transição, mais uma vez nossa Cuiabá está mudando. Nascida das chamadas Bandeiras do início do período colonial brasileiro, a capital de Mato Grosso carrega consigo uma característica inerente dos

grandes aventureiros: a capacidade de adaptação. Por isso, ao invés de chegar ao início do Século XXI consolidada, a região metropolitana que a envolve se apresenta em grande reviravolta, na qual se somam problemas às oportunidades.

E, dentre as novidades da atual fase, surge uma bem caracterizada faixa social. Falamos da classe média e média alta que se consolida e que institui hábitos de consumo

estas não existissem anteriormente. Contudo, devido à característica cultural histórica da Baixada Cuiabana, ao advento da agroindústria e aos impactos da Copa do Mundo de 2014, constata-se a cristalização de uma parcela da sociedade que se caracteriza pela modernidade de hábitos.

São famílias que moram em condomínios, compram em shopping centers, viajam de avião e utilizam carros novos. Bancam a educação e o plano de saúde. Utilizam cartões de crédito. Sobretudo, praticam hábitos que não eram tão comuns em nossa terrinha, sempre inclinados aos costumes próprios. São os cuiabanos modernos, por assim dizer.

Especialistas nos dão conta de que dos 551.098 habitantes de Cuiabá – os 252.596 habitantes da vizinha Várzea Grande experimentam outra realidade, 49,2% estão entre 25 a 59 anos de idade. Nossa população amadurece. Além disso, 22,99% de nossas famílias enquadram-se nas classes sociais A1, A2 e B1, o que totaliza cerca de 36 mil núcleos familiares nestas condições. Isto determina uma nova realidade social e econômica em nossa cidade.

Nesta faixa social, 64% das pessoas são casadas, o que interfere em muito os hábitos de consumo e lazer, por exemplo. As famílias têm a média de 3,5 pessoas, sendo que 77% destas famílias residem

foco na estabilidade move a lista de interesses de nossos cidadãos.Por exemplo, 64% destes novos cuiabanos só buscam

informações via internet, sendo que 71% se utilizam do celular como meio primordial de comunicação. Apenas 22% destes estão realmente interessados em leitura de jornal, mas 70% têm presença ativa no Facebook. Hábitos sintomáticos e que nos dizem ser esta uma parcela ativa nos meios digitais. Assim, apenas 18% ouvem rádio e somente 48% assistem TV de forma regular e, mesmo assim, através de canais pagos.

dos gestores públicos e dos comerciantes em geral, com um enorme sinal de alerta para os comunicadores de plantão. Se a Cuiabá aparente está passando por uma fase muito deteriorada, a cidade oculta se estabelece de forma sólida e quem pensa no futuro desta cidade pode se surpreender com a realidade socioeconômica que se forja silenciosamente em nosso meio social. Uma nova Cidade Verde se delineia, bem além do bucolismo ou dos desmandos, profundamente ligada aos comportamentos contemporâneos e aberta ao inovador. Que venha esta nova realidade.

o estado, a cidade luz, como disse o Professor Esequiel Siqueira, na canção Hino da Cidade Verde, lá nos áureos anos 60. Hoje, completando

296 anos de fundação, Cuiabá se mostra a cada dia mais moderna, rica em diversidade cultural, pessoas e lugares, mas sem perder o ar e o jeitinho de terra acolhedora, onde ainda é possível fazer amigos de graça e deixar crianças brincarem na porta de casa – em alguns lugares – sem medo.Quem chega não quer sair, quem sai sempre acaba voltando. E se comer a famosa cabeça de pacu, aí danou-se: em pouco tempo já vira um ‘tchapa e cruz’ com raízes profundas, bem do jeito que temos no nosso cerrado.Entre tradições, crenças e desejos, crescem por todos os bairros novas atitudes diante da aniversariante. Vivemos tempos de paradas, passeatas e manifestações. A população que canta parabéns, a cada novo ano, cobra mais cuidados, transparência e memória. Em meio a tanta riqueza e celebrações, os novos cuiabanos erguem a voz para mais respeito com esta terra. Que a rima, a canção e os sorrisos dominem

que em que todos os outros dias deste ano tenhamos direito à coerência nas ações de nossos líderes para com aqueles que hoje fazem jus a esta conquista. O Circuito Mato Grosso deseja a todos os cuiabanos e paus-

um futuro cada vez melhor. Viva Cuiabá!

“O momento é de o PDT

escolher seu caminho e,

infelizmente, eu não tenho

visto o partido fazer

isso.”Governador Pedro

Taques (PDT) em

entrevista à TV Veja,

quando teceu duras

críticas ao governo

da presidente Dilma

Rousseff (PT) e ao

posicionamento do

seu partido.

“Acho que todos os

candidatos que usarem o

número 13 para disputar

as eleições municipais

serão derrotados. A

insatisfação é muito

grande.”Senador Blairo Maggi (PR) em

entrevista ao jornal ‘O Estado

de S.Paulo’. Descontente com o

governo da presidente Dilma, o

republicano demonstrou certo

arrependimento em ter apoiado

a reeleição da petista.

“O governador, com toda

cautela que demandam

decisões de grande

envergadura, está

considerando, mas disse

que precisa de mais algum

tempo para maturar e

tomar esta decisão.”

Declaração do prefeito de

Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), ao

ofi cializar o convite de fi liação

partidária do governador Pedro

Taques (PDT), que pretende

deixar o seu partido.

“Se há realmente essa discussão,

a AMM espera ser convidada a

participar. Somos parceiros do governo

Pedro Taques (PDT), mas queremos ser

ouvidos.”

Presidente da AMM, prefeito Neurilan Fraga

(PSD), em resposta ao projeto do deputado

estadual Guilherme Maluf (PSDB) que propõe

a revogação da lei que diminuiu em 50% o

repasse que o governo do Estado faz aos

municípios para atender o setor da saúde.

“O Estado que recebemos gasta

R$ 2 bilhões a mais do que o que

é arrecadado. Por isso, estamos

revisando todos os contratos

com o objetivo de reduzir entre

7% e 8% de todas as despesas

previstas para este ano, que pode

gerar economia de cerca de R$

1,3 bilhão”.

Secretário de Fazenda, Paulo Brustolin,

ao afi rmar que os 100 primeiros dias

da nova administração foram marcados

pelo pagamento de R$ 1,6 bilhão

referentes aos salários de todos os

servidores do Estado nos meses de

janeiro, fevereiro e março.

“Acredito que transferindo o horário muitos poderão nos

ver legislando sobre pontos importantes para Cuiabá.”

Vereador cuiabano Chico 2000 (PR) ao explicar um dos motivos

da mudança de turno das sessões plenárias, que a partir desta

semana começou a ser realizada no período noturno. Mudança gerou

reclamações e dúvidas quanto ao verdadeiro motivo.

#BOMBOUNAREDE

SUPERAÇÃOVithória Patricia Sampaio de Siqueira, de 16 anos

e que mora em Cuiabá, superou a adolescência

marcada por rótulos a partir da mudança dos

hábitos alimentares e perdeu 19 kg em cinco

meses. A atitude veio depois de ser dispensada

por um ex-namorado.

D

PMELHORIAS PARA A POPULAÇÃO

Concessionária já investiu R$ 110

milhões na MT 130

Investimentos foram na recuperação

da malha viária e manutenção da

estrada

A MT 130, no trecho entre

Rondonópolis e Primavera do Leste,

passando pela cidade de Poxoréu,

re cebeu R$ 110 m i lhões em

investimentos nos últimos três anos.

O levantamento foi realizado pela

Concessionária Morro da Mesa, que

tem a concessão do trecho.

De acordo com o presidente

do Consórc io Morro da Mesa ,

Daniel Locatelli, os investimentos já

modifi caram a realidade da estrada

e de quem trafega por ela. “Tínhamos

a consciência que os desafi os eram

enormes, mais sempre acreditamos

na capacidade de oferecer respostas

para a população e também para os

usuários.”

Considerada como uma das

principais rotas para escoamento

da safra da região sul, a MT 130,

passou por intervenções especiais e

foi recuperada integralmente. Desde

que a concessionária assumiu o

trecho, a estrada passa por melhorias

constantes , com intervenções

importantes como o in íc io da

construção da terceira faixa, execução

de acostamento e recuperação total do

pavimento.

“Quando assumimos, a rodovia se

encontrava em péssimas condições,

e estamos trabalhando para que o

usuário possa trafegar com segurança.”

– destacou o engenheiro Marcelo

Ribeiro.

TRABALHO COM CRONOGRAMA

A Concessionária Morro da Mesa

executa um cronograma de obras

e serviços que procura reabilitar

as funções de trafegabilidade da

MT130. As equipes estão atingindo

as metas propostas e atuam em

diversas atividades ao longo da

rodovia estadual.

Um dos benefícios obtidos pelos

motoristas com a concessão, além

de uma pavimentação de melhor

qualidade é a limpeza do trecho. É

permanente o trabalho de roçada

manual, o que melhora as condições

de visibilidade do usuário da rodovia.

A concessionária também atua na

manutenção contínua da sinalização.

Outro serviço oferecido ao

usuário do trecho é o serviço de

atendimento 24 horas. Viaturas são

disponibilizadas para execução de

ações de inspeção rodoviária e de

pronto atendimento aos condutores.

“A estrada melhorou muito em vista do

que era antes da concessão,” afi rmou o

motorista Guedson Arruda Silva.

Vale ressaltar que em caso de

necessidade de pré-atendimento

hospitalar ou socorro mecânico na

rodovia, o motorista deve acionar a

Concessionária através da Central de

Atendimento ao Usuário 0800-646 0130.

INFORME PUBLICITÁRIO

CIRCUITOMATOGROSSOCUIABÁ, DE 8 A 15 DE ABRIL DE 2015

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Hell City em festa

SOBE

Coloque você também a Boca no

Trombone através do www.circuitomt.

com.br/bocanotrombone

CENAS DA CIDADEAhmad Jarrah

MUITO AMOR POR CUIABÁNesta edição, trazemos um pouco do lado bom de Cuiabá, pois nem só de mazelas vive a Cidade Verde! No Panorama – Especial Cuiabá – um material denso sobre nossas cores, sabores, sobre nossa gente, nossas raízes nestes 296 anos.

ESPERANÇA AOS EMPRESÁRIOSNa noite da última segunda-feira o secretário de Estado de Planejamento, Marcos Marrafon, participou de um bate-papo no CDL empresários e representantes do Movimento Muda Brasil. Na pauta, direito e política, e o balanço da noite foi extremamente positivo.

MT SAÚDE É UM VEXAME!A segunda-feira pós-feriado da Semana Santa começou com decepção e desespero para usuários do plano MT Saúde. Segundo narram pacientes que chegaram prontos para a cirurgia, não havia como hospital e médicos fazerem os procedimentos, pois os mesmos não foram liberados em função de o responsável pelo parecer

PRODEIC INVESTIGADOO Secretário de Desenvolvimento Econômico, Seneri Paludo, apresentou uma avaliação parcial de processos do Programa de Desenvolvimento Industrial (Prodeic) em que foi apontado que 100% deles apresentam falhas formais e 40%

falhas graves, que deverão ser encaminhados ao

R$ 300 MILHOES DE VOLTA AOS COFRESPaludo também apresentou dados que

últimos dois anos e anunciou que os cofres do Estado devem recuperar cerca de R$ 300 milhões ao ano com as novas medidas de incentivos

será fazer um saneamento nas 829 empresas que participam do Prodeic.

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso, que foi palco de tantas polêmicas, é agora ponto de despacho de macumba. Isso mesmo,

dois trabalhos amanheceram “arriados” como dizem os macumbeiros bem na calçada central da Casa do Povo. Quem será o autor e

para quem foram enviadas as oferendas? Disseram as ‘bocas-de-matilde’ que foram feitos para dois deputados da Casa... Cruz-credo!

Pedro Taques anunciou o pagamento de R$ 700 milhões, de forma parcelada, de dívidas deixadas pelo ex-gestor Silval Barbosa.

Presidente da ALMT, Guilherme Maluf, apresentou projeto que revoga a lei que diminui em 50% o repasse à saúde dos municípios.

Na mesma ocasião, Maluf também propôs para votação a derrubada do voto secreto no Legislativo.

Um ano depois, a Arena Pantanal é sinônimo de descaso

de drogas esteja rolando nas redondezas.

Depois de divulgar mapa da ciclofaixa na semana passada, a prefeitura diminuiu pela metade o percurso destinado aos ciclistas.

Mato Grosso gasta R$ 2 bi a mais do que arrecada. A informação é do secretário de Estado de Fazenda, Paulo Brustolin.

TOMADA DE PREÇOS A Prefeitura Municipal de Lucas do Rio Verde acabou de licitar e contratar a empresa Eletrolucas Ltda ME para execução da Rede de Energia Elétrica do Loteamento Industrial V, da 1ª Etapa no Município de Lucas do Rio Verde, pelo valor total de R$ 1.024.000,00 (um milhão, vinte e quatro mil reais).

LICITAÇÃOO município de Sapezal acabou

a aquisição de medicamentos e materiais farmacológicos para a cidade, no valor total de R$ 1.500.874,75 (um milhão e quinhentos mil e oitocentos e setenta e quatro reais e setenta e cinco centavos).

ADITIVOA Secretaria de Estado de Educação (Seduc) publicou vários aditivos referentes a valor e vigência de contratos de locação, entre as quais estão: Locador: Erina Sguarezi Rutz, valor: R$ 229.928,40 (duzentos

e vinte e nove mil, novecentos e vinte e oito reais e quarenta centavos); Locador: CEAG – Centro de Ensino Avançado Gibelli Ltda ME, valor: R$ 188.855,74 (cento e oitenta e oito mil, oitocentos e cinquenta e cinco reais e setenta e quatro centavos); Locador: Maysa

116.839,08 (cento e dezesseis mil, oitocentos e trinta e nove reais e oito centavos). Todos eles assinados pelo secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto.

CONTRATO A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) publicou a “inexigibilidade de Licitação nº 030/2014” de contratação da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, para prestação de serviços de entrega via malote, durante doze meses, com o valor total de R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais).

ALUGUEL DE VEÍCULOSA Universidade do Estado de

Mato Grosso contratou a empresa Gonçalo de Souza e Marques de Souza Ltda – EPP para adesão à ata de registro de preço para locação de veículo tipo passeio utilitário, da Prefeitura de Rosário Oeste, para atender a demanda da Universidade do Estado de Mato Grosso, no valor de R$ 204.000,00 (duzentos e quatro mil reais), pelo período de 12 meses.

CONTRATO A Defensoria Pública Do Estado De Mato Grosso contratou a OI S/A, para atender a demanda de ‘empresa especializada para prestação de serviço de transmissão de dados, na modalidade satélite para atender a Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso’, com vigência de doze meses, pela bagatela de R$ 139.412,00 (cento e trinta e nove mil, quatrocentos e doze reais).

Não se pode esperar nada diferente de nosso tribunal de contas do estado (deixei em letras minúsculas devido à pequenez em que transformaram este órgão tão importante), basta olhar como são nomeados os referidos conselheiros(as), tudo apadrinhado, cabide de aposentadoria e outros interesses que não o de resguardar o interesse público... Tenho certeza de que não sou uma voz isolada.

Tromboneiro: Nicola

uma lixeirinha em algum canto da cidade. A gente caminha horas com um lixinho na mão até encontrar uma lixeirinha para que possamos jogar o lixo, isso quando elas já não estão ‘sem fundos’, né, porque a maioria delas está com a parte inferior furada. Joga lixo na lixeira e ele já cai no chão. Se não me falha a memória, me lembro que várias dessas lixeirinhas foram colocadas na cidade ainda na primeira gestão do prefeito Roberto França, desde então elas se tornaram cada vez mais escassas.

Tromboneiro: Mario Oliveira

A obra na Estrada do Moinho, em Cuiabá, nem foi inaugurada e já apresenta um monte de problemas. Além dos canteiros que não foram concluídos, o asfalto em diversas partes já apresenta falhas, sem contar os cortes já realizados pela CAB Cuiabá por conta de serviços da rede d’água. A ciclovia, que seria uma importante área para ciclistas, também não foi concluída, em alguns trechos ela está toda esburacada, com muita terra e cascalho. Até quando a população vai ter que aturar tudo isso? Quando essa obra será retomada e concluída?

Tromboneira: Martha Freitas

O prefeito Walace e seu secretário de Serviços Públicos, Roldão, precisam ser mais ágeis na limpeza dos bairros de Várzea Grande. Em frente à Vila Militar, por exemplo, próximo à Cabana da Dudu, um terreno baldio está totalmente abandonado, tomado pelo mato e muito lixo. Além dos detritos domiciliares, há muito animal morto, que alguns moradores acabam jogando no local. O risco pra quem mora na região é iminente, doenças e animais peçonhentos trazem transtornos aos moradores.

Tromboneiro: Milton Júnior

PÉROLAS

CARTA CONVITE BOCA NO TROMBONE

DESCE

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A

PONTO DE VISTA PG 3www.circuitomt.com.br

CIRCUITOMATOGROSSOCUIABÁ, DE 8 A 15 DE ABRIL DE 2015

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Uma das entradas do

zoológico da UFMT.

Espaço possui pouca

sinalização e não

conta com pavimento

especial para pessoas

com algum tipo de

Uma das entradas do

zoológico da UFMT.

Espaço possui pouca

sinalização e não

conta com pavimento

especial para pessoas

com algum tipo de

PRESERVAÇÃO

Zoo da UFMT vive fase melancólicacondições de manejo dos animais levantam dúvidas sobre seu bem-estar

nica opção para quem deseja passar momentos agradáveis com sua família conhecendo um pouco da fauna silvestre mato-grossense, o Zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) apresenta uma

encontrados pelo Circuito, que esteve no local na última terça-feira (7), podem ser indícios que o manejo dos animais é feito da maneira inadequada, levantando dúvidas sobre sua saúde e condições de sobrevivência.

Todo mês o Zoológico da UFMT recebe 6

mil visitantes que procuram apreciar os mais de 1.000 animais de uma das 160 espécies que residem no local. Lá, as pessoas encontram poucos bancos, banheiros e contatam a inexistência de comércio dentro de suas dependências, prejudicando o conforto das pessoas. O acúmulo de água no fosso que

separa algumas espécies das ruas de visitação

alguns animais – como o porco-do-mato por exemplo – podem levar a acreditar que os bichos não se encontram nas melhores condições.

nossa equipe.ÚPor Diego Frederici | Fotos: Andréa Lobo

Zoológico depende de migalhas

único zoológico de Mato Grosso, espaço

que oferece oportunidade singular

para desenvolvimento de atividades

educacionais, pesquisa e lazer no Estado,

não possui verbas próprias do Ministério da Educação – uma

vez que é ele quem mantém as estruturas de ensino superior

público federal, por meio da União –, e acaba dependendo de

recursos que são diluídos para a UFMT.

A informação é da chefe de Serviço do Zoológico, a médica

veterinária Sandra Helena Ramiro Corrêa. Ela destaca que

o zoo existe no campus desde 1977 e foi crescendo com o

passar dos anos, principalmente em virtude da parceria com o

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis (Ibama), que realizava apreensões de animais e

os acondicionava na UFMT.

A realidade, porém, mudou. O zoológico vem buscando

desde 2009 sua licença ambiental, já que viu crescer a

população de animais silvestres ao longo dos anos sem

o acompanhamento da modernização e expansão de sua

estrutura física. Paradoxalmente, o Ibama proibiu a entrada

e saída de novos animais – uma consequência que o próprio

órgão criou, na opinião da especialista.

“Estamos buscando a licença ambiental, mas o fato de

o zoológico não ser nem uma faculdade nem um instituto

atrapalha na hora de conseguir recursos, por isso eles vêm

diluídos nas verbas do governo federal que chegam até a

UFMT”, diz ela.

Ligado ao Instituto de Biociências da UFMT e contando

com 11 hectares que atendem a fauna silvestre típica dos

principais biomas de Mato Grosso (cerrado, pantanal e

Amazônia), o zoológico vem tentando aprimorar os recursos

disponíveis para seus visitantes e animais confinados,

segundo Sandra. Ela afirma que um projeto de extensão está

sendo aplicado sobretudo na área de preservação e educação

ambiental e que parcerias também são “bem-vindas”.

“Temos alguns colaboradores que nos doam alimentos,

mas carecemos de mais parcerias. Elas são muito bem-vindas,

pois dispomos de uma verba pequena. Deve-se também levar

em conta que o zoológico tem visitação gratuita”.

O

CIDADES PG 4www.circuitomt.com.br

CIRCUITOMATOGROSSOCUIABÁ, DE 8 A 15 DE ABRIL DE 2015

Detritos e água

estancada foram

encontrados não apenas

na margem do lago,

representado na foto,

mas em vários outros

locais do zoológico

Jacarés disputam

espaço minúsculo

para se refrescar

na quente tarde

cuiabana

Caititu, também

conhecido como

porco-do-mato,

observa a água

estancada em seu

situação comum no

zoológico

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POLÊMICA PG 6www.circuitomt.com.br

ABANDONADO

Mercado dos ‘Horrores’Um dos cartões-postais da Capital, o Mercado do Porto sofre com o descaso do poder público que se isentou de responsabilidades do espaço.

i x o e s p a l h a d o , m a u cheiro, calor e falta de estrutura. Esses e outros problemas são encontrados no Mercado Varej is ta Antônio Moisés Nadaf, popularmente conhecido

como Mercado do Porto. Embora seja um dos cartões-postais da cidade, a feira ainda se encontra abandonada e com falta de logística, tanto para os comerciantes quanto para os clientes que passam por lá.

O que deveria ser referência no Estado, após 116 anos de história, ainda se encontra com adversidades aparentemente sem solução, devido a constantes promessas não cumpridas. Gestão após gestão no Executivo municipal, há anos o local não passa por um processo de revitalização. E o que resta é uma estrutura precária, com azulejos soltos, telhas despencando, mau cheiro do lixo e poças d’água formadas após a chuva.

Com 480 boxes com aproximadamente 280 permissionários, o que salva a ‘imagem’ da feira ainda é a diversidade de produtos que são oferecidos no local, que vão de comércio de peixes a frutas e verduras.

A feirante Kiss Naianne pontuou diversas falhas na estrutura do Mercado. Dentre eles está o calor, que se acentua durante o dia. “Tem esses ventiladores, mas eles só funcionam quando tem água na caixa. Quando acaba, eles param de

mesma pode ver. Os clientes sempre reclamam disso, mas o pior é nós que

esse tempo de Cuiabá”, disse.Além do calor, há outros empecilhos.

Do lado de fora da feira, na parte frontal, há três contêineres de lixo que exalam forte odor devido aos restos de comida jogados por lá. Sem os devidos cuidados, o cheiro se espalha pela feira e também

Uma das comerciantes, que tem uma lanchonete próxima aos contêineres, disse que por diversas vezes reclamou sobre o cheiro, mas pouco foi feito até então. Ela ainda salientou a falta de estrutura no local: “Meus clientes sempre reclamam desse cheiro que vem do lixo. Já reclamei bastante, mas não tive resposta de nada até agora. Além disso, tem algumas telhas caindo dessa estrutura e alguém vai acabar se machucando”.

Quem também reclama da estrutura é a dona Maria de Lourdes. Comerciante de roupas na feira há mais de 20 anos, ela disse que já perdeu as esperanças de continuar reclamando para qualquer órgão público ou associação. Disse que sempre quando chove há algum tipo de prejuízo no pequeno estabelecimento.

“Eu já perdi material um monte de vezes por conta da chuva. Agora, que está em época, sempre recolho minha mercadoria correndo e espero a chuva passar. Enquanto ela não acaba, fico esperando e perco clientes ao mesmo tempo”.

Se uns sofrem com o ‘excesso de água’, outros sofrem com a falta de. O comerciante de peixes Juarez de Souza Costa reclama que toda semana as caixas

disso, ele reclamou da falta de organização e comunicação entre a associação e os feirantes do local: “No meu caso, não

peixes e tenho que limpar eles direto. E a

com falta de água. A única coisa boa de verdade é a limpeza, que eles têm feito bem. E também já escutei milhares de vezes sobre a reforma daqui da feira. Eu nasci e me criei aqui, nunca vi grandes obras. E o que tem aqui é o que você vê: falta de estrutura, mau cheiro que vem do lixo lá de fora e tudo mais. Não tem condições de ser dessa forma”.

Por Simone Ishizuka

L

esmo que a solução de problemas pontuais seja da associação, os feirantes também têm obrigações. Este é o ponto de vista da Associação

de Feirantes do Mercado do Porto. A coordenadora do grupo, Rosilma Tibaldi, explicou que a entidade tem se esforçado para atender as demandas da feira, no entanto necessita da ajuda dos comerciantes e também do poder público municipal.

que a falta conscientização por parte dos comerciantes também afeta a organização do espaço. Dentre os pontos, está o lixo e o mau cheiro espalhado pelo mercado: “Uma das exigências que temos é que o feirante ensaque o lixo antes de jogar ele no contêiner. Alguns até arranjaram briga com a gente, por não aceitarem gastar com sacos plásticos. E sem esta medida, há o forte odor mesmo. Sobre a bagunça do lixo, já teve restaurante famoso aqui em Cuiabá que

despejou lixo nos nossos contêineres e deixou tudo bagunçado. Daí decidimos fazer uma força-tarefa para não deixar outras pessoas ou empresas despejarem o lixo no nosso espaço”.

Em relação à falta de água, ela explica que o problema é devido à carência de abastecimento da CAB Cuiabá: “Existe uma caixa bem grande para o sistema de reservatório da água, mas o problema da água é com a CAB. A empresa não está liberando, e se não tiver reserva, nós procuramos pedir um caminhão-pipa porque realmente há estabelecimentos que não podem ficar sem. Mas aconselhamos também que os feirantes tenham o reservatório próprio para não ocorrer este desconforto sempre”.

Já sobre a estrutura Rosilma, reconheceu a

não tem recursos financeiros para revitalizar a feira. No entanto, ela afirmou que uma reforma está prevista para o segundo semestre

deste ano. E que este processo foi garantido pelo próprio prefeito, Mauro Mendes (PSB).

“Nós queríamos a reforma para a Copa, mas o prefeito disse que não teria tempo e dinheiro para fazer tudo a tempo. Daí está previsto para este segundo semestre. Este é um dos pontos que estamos lutando para garantir a reforma para melhorar a estrutura do mercado, que além de atender a população de Cuiabá é um dos cartões-postais da cidade”.E a Prefeitura... – Por meio de assessoria, a Prefeitura de Cuiabá disse que o Mercado do Porto depende de recursos federais. Desta forma, não tem previsão de quando as obras de revitalização serão feitas.

Além disso, mesmo com a afirmação dos feirantes, ressaltou que este projeto não fazia parte das promessas de campanha do prefeito Mauro Mendes e que não há planos para reforma no segundo semestre deste ano.

M

DIREITOS E DEVERES

Um dos

cartões-postais

da Capital,

Mercado

Varejista

Antônio Moisés

Nadaf está

jogado às traças

pela falta de

estrutura e

cuidados

Lixo espalhado,

falta de

água, calor

e estrutura

precária.

Essas e outras

encontradas

em uma das

principais feiras

de Cuiabá

CIRCUITOMATOGROSSOCUIABÁ, DE 8 A 15 DE ABRIL DE 2015

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DESCASO PG 7www.circuitomt.com.br

MOBILIDADE DA VERGONHA

Milhões em adicionais, obras prometidas para a Copa do Mundo foram entregues sem acabamento. Todas sofrem

com a falta de planejamento e descaso

entre as cinco obras de melhoria n a t r a v e s s i a u r b a n a d e Cuiabá e Várzea Grande, como

as tr incheiras e viadutos,

p ron ta . Cons t ru ídas com recursos federais oriundos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), foi totalizado um valor de R$ 12 .581.417,67 em aditivos para a execução das obras que, em sua maioria, n ã o f o r a m f i n a l i z a d a s .

E l a s s ã o : Tr i n c h e i r a Jurumirim / Trabalhadores, Vi a d u t o d o D e s p r a i a d o , Trincheira Miguel Suti l / Verdão, Trincheira Santa Rosa e Viaduto Dom Orlando Chaves.

Dentre as citadas, apenas o Viaduto do Despraiado foi entregue com 100% das obras concluídas. Com o valor de R$ 21.216.317,05, a obra sofreu

um aditivo de R$ 4.537.651,01. Embora esteja ‘completa’, a obra ainda sofre com a falta de planejamento por parte do consórcio contratado e – como denunciado em primeira mão, ainda em 2013, pelo Circuito Mato Grosso – tudo isso porque o morro, localizado ao lado do viaduto, está prestes a desmoronar. Até o momento, o ‘dilema’ ainda não foi resolvido e não tem previsão para que novas obras sejam executadas.

Quanto às demais obras de mobilidade urbana, mesmo inacabadas, foram entregues “nas coxas” à população. Entre as mais prejudicadas está o viaduto Dom Orlando Chaves, em Várzea Grande. Com apenas 67% executado, e com um adicional de R$ 2.505.099,86, a obra que era para ser o ponto de partida e de chegada do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) encontra-se com o acabamento comprometido.

Por Simone Ishizuka

DTrecho da

Avenida Miguel

Sutil onde a

calçada cedeu.

Alambrado de

obra do trevo do

Santa Rosa, onde

recentemente um

carro perdeu o

controle e acabou

caindo dentro da

trincheira.

CIRCUITOMATOGROSSO

Todas as obras citadas até então ainda estão em poder das

empreiteiras. Até a do Despraiado, que está 100% concluída,

ainda aguarda trâmites documentais para que, enfim, seja

entregue ao Governo do Estado.

Para visualizar melhor a situação geral de cada obra, confira

os boxes a seguir:

Trincheira Jurumirim / Trabalhadores

Empresa: Consórcio Sobelltar – Secopa

Percentual executado: 97,8%

Valor inicial da obra: R$ 46 milhões

Valor com aditivos: R$ 50.537.651,01

Valor pago: R$ 49.445.412,87

Serviços a executar: Acabamento; correções de não

conformidades; medição final; recebimento provisório e

recebimento provisório definitivo.

Obstáculos: Desapropriações, remoção de postes e adutoras;

ajustes no projeto.

Empresa: Consórcio Atracon

Percentual executado: 100%

Valor inicial: R$ 18.974.928,43

Valor com aditivos: R$ 21.216.317,05

Valor pago: 100%

Serviços a executar: realizar inspeção final em

conjunto com o Dnit e dar recebimento definitivo

conjunto; acompanhar pleito de aditivo de valor junto

ao Dnit (revisão em fase de obra); elaborar e encaminhar

prestação de contas Dnit.

Obstáculos: desapropriações; remoção de postes;

remoção de adutoras; ajustes projeto.

Empresa: Ster Engenharia (março/2012 a fevereiro/2013) Camargo

Campos Engenharia (a partir de abril/2013).

Percentual executado: 88,3%

Valor inicial da obra: R$ 26,3 milhões

Valor com aditivos: R$ 27.836.177,54

Valor pago: R$ 24.600.498,51

Serviços a executar: acabamento; correções de não conformidades;

cimbramento.

Obstáculos: desapropriações; remoção de postes; remoção e

posteriormente proteção de adutoras.

Panorama geral da realidade

Viaduto do DespraiadoTrincheira Santa Rosa

Viaduto Dom Orlando Chaves

Trincheira Verdão / Santa Isabel

Empresa: Construtora Sanches Tripolini Ltda.

Percentual executado: 67%

Valor inicial da obra: R$ 16.723.705,93

Valor com aditivos: R$ 19.228.805,79

Valor pago: R$ 12.898.101,12

Serviços a executar: regularização de serviços

já executados; realização de acabamentos; correções

de não conformidades; medição final; recebimento

provisório e definitivo.

Obstáculos: desapropriações; remoção de postes;

e redes de telefonia.

Empresa: Ster Engenharia (março/2012 a

fevereiro/2013) Métrica Engenharia (a partir de

abril/2013).

Percentual executado: 91,6%

Valor inicial da obra: R$ 24,3 milhões

Valor com aditivos: R$ 26.061.100,64 (Ster:

6.627.490,62 + Métrica: 19.433.610,02)

Valor pago: R$ 23.875.025,17

Serviços a executar: acabamento; correções de não

conformidades; medição final; recebimento provisório

e definitivo.

Obstáculos: desapropriações; remoção de postes;

remoção de adutoras; interdições de tráfego.

CIRCUITOMATOGROSSOCUIABÁ, DE 8 A 15 DE ABRIL DE 2015

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MOROSIDADE

Concursados em cadastro de reserva denunciam falta de comunicação na Casa de Leis. Eles alegam que há mais de

300 vagas disponíveis no Legislativo enquanto a Mesa nega.

pós 20 anos sendo comandada por um grupo restrito de deputados, a Assembleia Legislativa do Estado passa por um momento de transição um tanto ‘conturbado’. Tudo isso porque a nova gestão

ainda se adapta ao funcionamento interno da Casa, além de demandar novas medidas de economia no local. No entanto, dois meses se passaram deste novo mandato e 157 pessoas, registradas no cadastro de reserva, ainda aguardam serem chamadas. Enquanto alguns deputados destinam cargos aos comissionados, que poderiam ser ocupados pelos concursados, há quem esteja a ‘ver navios’ neste ‘interminável’ processo.

No último concurso, realizado em dezembro de 2013, foram aprovadas 348 pessoas para as 430 vagas disponíveis no Legislativo. Até então, 157 ainda aguardam serem chamadas para tomar posse dos devidos cargos a que concorreram.

Desde a posse do novo presidente, Guilherme Maluf (PSDB), os concursados têm se reunido constantemente para sensibilizar o Parlamento a contemplar o número de vagas aos registrados no cadastro de reserva. No entanto, há morosidade no processo.

Uma das representantes do movimento que visa à convocação dos concursados, Maíra Nienow, acredita que há resistência por parte da Mesa Diretora em cumprir a lei e chamar os aprovados: “Estamos nos reunindo quase que semanalmente para pressionar os deputados a

concurso. Estamos no aguardo há mais de um ano e tivemos poucos avanços nesse quesito”.

No dia 31 de março desse ano, a categoria se

do processo, além de protestar contra a decisão da Mesa em destinar 141 vagas a servidores comissionados. “Não somos contra a contratação destes funcionários, mas dentre essas vagas havia cargos disponíveis no cadastro de reserva, como para garçons, secretárias, entre outros. O presidente não fez o que pôde para contratar os concursados”.

Ela ainda citou que 17 pessoas no cadastro de reserva foram chamadas nos últimos dias, contudo, como meros ‘substitutos’. “Há mais de 300 vagas disponíveis para serem ocupadas. Todos os concursados podem preencher este número, só falta boa vontade e organização da Mesa Diretora. Nos reunimos com o presidente (Maluf) logo após a manifestação do dia 31 e ele nos garantiu que iria avaliar esta informação.

que deve se reunir, junto com os demais concursados, ainda esta semana com o presidente.

Por Simone Ishizuka

A

onforme o levantamento feito

pelos próprios concursados,

de acordo com as informações

d i spon íve i s no s i te da

Assembleia Legislativa, há um

total de 321 vagas disponíveis na Casa, sendo

que 225 seriam destinadas aos técnicos

legislativos de nível médio, 91 para técnicos

legislativos de nível superior e cinco vagas

designadas a procuradores.

Para a categoria, este número poderia

suprir a quantidade de concursados que ainda

aguardam ser chamados. Porém o que resta é

aguardar a tão esperada convocação.

Entre os 157 aprovados, há quem dependa

deste chamamento para melhorar a qualidade

de vida e ter estabilidade como servidor

público. Um concursado que não quis se

identifi car disse que espera ansiosamente

ser chamado, mas que vê poucos avanços

por parte da Mesa Diretora do Legislativo. Ele

espera sua vaga de nível médio.

“Estudei durante dois anos para passar no

concurso e, até agora, nada. Faço faculdade de

direito e quase todo meu salário de estagiário

é gasto com a universidade. Se fosse chamado,

ao menos estaria um pouco mais tranquilo”.

Ele ainda avaliou como injusta a

contratação de servidores comissionados, ao

invés dos concursados. Para ele, há interesses

políticos envolvidos no ato: “A lei é bem clara

quando há prioridade no chamamento dos

que fi zeram concurso. É uma troca de favor

de campanha essas contratações, com cabos

eleitorais que trabalharam na época com a

garantia de que conseguiriam uma vaga na

Assembleia”.

O concursado ressaltou também que tanto

o presidente quanto o primeiro-secretário,

Ondanir Bortolini (PR), buscam atender a

categoria, mas que a administração está uma

verdadeira ‘bagunça’.

“É natural que depois de 20 anos com

um grupo fechado, os novos gestores ainda

tenham que se adaptar. Mas vejo que está

tudo bagunçado, com erro de comunicação.

Exemplo disso é que apresentamos os números

de vagas disponíveis ao Maluf e ele não tinha

conhecimento da informação”, revelou.

Outro concursado que também espera pela

vaga é Juliano Graciano. Ele, que disputa o

cargo de motorista no Legislativo, reconhece

o empenho da Mesa Diretora, mas acredita

que a pressão existe.

“Não sei se há má vontade, mas temos que

estar presentes sempre para que possamos

ver a possibilidade de sermos chamados. Caso

contrário, isso não vai acontecer. Eu dependo

muito dessa vaga, porque estudei muito para

conseguir ser aprovado. O resultado saiu e

fi camos nessa angústia de não ser chamado. É

muito difícil isso”, disse ele que trabalha como

motorista há seis anos e atualmente é instrutor

em uma autoescola.

o r me i o d e

assessoria, a

Mesa Diretora

da Assembleia

Legislativa garantiu que nem

todos os concursados serão

contemplados com as vagas

disponíveis na Casa, mas que

avalia a informação sobre as

vagas disponíveis.

Foi informado também

que a Mesa es tá em

constante diálogo com a

comissão dos que integram

o cadastro de reserva.

Dois encontros foram

feitos entre a categoria e o

presidente Guilherme Maluf

para fortalecer o debate

sobre o chamamento dos

concursados.

Além disso, a assessoria

ressaltou que procuradores

do Legislativo também se

reuniram com a comissão

para discutir o mesmo

assunto. E que o momento

é de avaliação sobre todos

os casos apresentados, dado

que a comissão especial para

a reforma administrativa da

Casa ainda estuda formas de

enxugar custos. No entanto,

ressaltou-se que há empenho

em chamar os que aguardam

no cadastro de reserva.

Sobre o chamamento das

últimas 17 vagas preenchidas

s e r em c o n s i d e r a d a s

‘emergentes’, uma vez que

houve substituição das que

estavam disponíveis na

leva de contratações de

servidores comissionados,

a assessoria frisou que isso

não passa de julgamento

de mérito por parte dos

concursados. Foi destacado

também que as decisões

foram tomadas de acordo

com a constituição interna,

mas que se empenha em dar

prioridade aos concursados

que aguardam a convocação.

E lembrou que recentemente

prorrogou a validade do

cadastro de reserva por mais

um ano, de acordo com o

que a categoria protestava

anteriormente.

Ansiedade e angústia de quem precisa

Nem tudo está garantido

AL não tem controle sobre os servidores

POLÊMICA PG 8www.circuitomt.com.br

Aprovados no

último concurso

da Assembleia

Legislativa, feito em

dezembro de 2013,

ainda aguardam

serem chamados para

ocupar cargos

Concursados em

cadastro de reserva

disseram estar

revoltados com as

últimas contratações,

pois vagas poderiam

ser ocupadas pelos

aprovados

C P

Presidente da AL,

Guilherme Maluf,

está em constante

diálogo com a

categoria. Mas

informou que nem

todos os concursados

serão chamados

CIRCUITOMATOGROSSOCUIABÁ, DE 8 A 15 DE ABRIL DE 2015

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Da boemia aos cajueiros nos quintais

PANORAMA

a m i n h a n d o pelas estreitas ruas do centro da capital, o olhar desatento pode de i xa r passar o lado

bom que Cuiabá tem a oferecer. A arquitetura com seus casarões, igrejas suntuosas, morros, bares, restaurantes e museus, é um dos muitos atrativos da calorosa cidade. Aos olhos virgens de um turista, a cidade tantas vezes criticada, oferece um mundo de possibilidades, sons, sabores e experiências singulares.

Como em uma viagem, o tempo na capital de Mato Grosso une

contemporânea. O olhar atento

visíveis como a cultura popular, o linguajar único e o sentimento de acolhimento e pertencimento que Cuiabá oferta aos seus visitantes. Por conta disso, a noite cuiabana conta com uma variável saborosa, que vai dos quitutes típicos da

Um retor no aos tempos áureos, ao som do chorinho ou

nunca ouviu falar do esquineiro

conhecido por todo boêmio? Seu

‘chope geláááádo’ ainda mais

e conhecem os clientes habituais pelo nome.

Cuiabá tem aquela nostalgia de tempos idos da infância, que

no mínimo, se encontravam

“Sou completamente apaixonada pelos quintais de Cuiabá. Pelos sabores da culinária, a carne seca, o quiabo, o maxixe, as tardes perdidas com conversa ao lado de nossos amigos e familiares. Pelo contato com os cajueiros e as redes armadas nas varandas”, narrou com amor a poetisa Luciene Carvalho.

“Sentaí! Vem ajodá cô’nois!”, é assim que é o povo, é o linguajar inconfundível. É a farofa de banana e o peixe assado. É cururu,

forte e conversa alta!”, diz.É a experiência que pode ser (re)vivida

no quintal de Dona Domingas Leonor, com a culinária mato-grossense e com mesas

Domingas abriu os portões sua casa e transformou o local em ponto turístico, mas acima de tudo em

cuiabana”, contou Luciene.

estreito, com paredes multicoloridas e decoradas com utensílios de cozinha antigos em estilo rústico, se surpreende com o local de forte cultura típica. Sobre as mesas, luminárias de várias cores e com velas. Os discos de vinil

samba de raiz e pop-rock casam com o agradável ambiente familiar.

localizado na área central de Cuiabá.

conhece Cuiabá com certeza passou pelos bares e restaurantes

os amigos ou no ‘happy hour’ com os colegas de trabalho, o pessoal vai pra tomar um chope,

dar aquela espiadinha em quem passa, o famoso ‘ver e ser visto’. E quem passar lá para um café da

padarias Sorella e Vienna, além da

Tarde da noite, bem além da

ajudam a animar o ambiente com

também os encontra em bares e casas noturnas de Cuiabá.

Cuiabá tem, também, sua

como no Museu do Morro da Caixa D’Água Velha. Além do contato com a história antiga da cidade em suas galerias subterrâneas, sua

uma bela timbaúva, árvore gigante, nativa do Pantanal. A cultura indígena do Mato Grosso, em suas

e objetos coletados nas aldeias,

Federal do Mato Grosso. Mudar o olhar e ver, a dica vale para quem

é da terra e está perdendo tantas belezas pela cegueira do dia a dia.

CIRCUITOMATOGROSSO

Por Ulisses Lalio

C

CUIABÁ, DE 8 A 15 DE ABRIL DE 2015

Dia e noite surpreendendo os olhares

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O Peixe como identidade histórica

e cultural

Por Ulisses Lalio

PANORAMA PG 2

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do peixe integra, assim como o sotaque, a música

nunca escutou a história

sai mais daqui? E é verdade! Este é um

negam em suas mesas, especialmente em datas especiais.

Assado na folha de bananeira, frito ou na mujica, o peixe é fundamental na culinária local. O hábito está arraigado

grossense que era integrada por indígenas, portugueses, espanhóis e africanos. O rio que deu origem ao nome da cidade trazia grande fartura de peixes carnudos como o pintado, o pacu e o bagre. Terreno mais que fértil para uma deliciosa variedade de receitas.

ceitas também diferem do restante do país, como explicou o chef de cozinha Tolentino

tanga) assado em folha de bananeira, para reter o calor e ressaltar seu sabor; também deve ser lembrada a técnica ancestral de se salgar o peixe para conservá-lo, o chamado pacu seco, da mesma forma como é feita com a carne vermelha, prática local de quando ribeirinhos tinham grande quanti-dade de pescado e precisavam conservá-lo por muitos dias”, contou o chef.

Tolentino explicou que Mato Grosso tem uma gastronomia inspirada pela

cerrado e pelo rio Araguaia. Possui sa-bores tropicais e exóticos, com temperos

mais recentemente, pelos migrantes que

A

CIRCUITOMATOGROSSO

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e no início eram poucos, mas ho je a s ruas de Cuiabá ganham uma nova nacionalidade. Centenas de

mato-grossense em busca de uma terra promissora e receptiva. E os calorosos

mais esse povo estrangeiro. De operários

postos de trabalho e na vida cotidiana da cidade do calor.

Domongue sentiu ao chegar em Cuiabá.

atravessadores, o homem de nacionalidade haitiana conquistou seu primeiro emprego com carteira assinada em Mato Grosso

receptividade do povo cuiabano.Com um pouco de sotaque, mas um

bonito sorriso, Domongue conta como foi chegar a capital de Mato Grosso. “Eu passei por alguns momentos complicados na estrada, mas precisava sair do meu País. Pois lá estava impossível viver e mantem minha família”, relembrou ele, que veio para a capital atraído pelas obras da Copa do Mundo.

Para se manter e trabalhar, ele e seis amigos chegaram a alugar um local para

se chega é muito difícil, para todos, por causa do idioma e dos documentos. Mas

diferente”, comentou. Agora de carteira assinada, como pedreiro, Domongue já leva alguns dos amigos que chegam para conhecer a cidade. “Levo eles nos lugares que tem trabalho, que vende as coisas mais barato e também saímos de vez em quando. Contudo sempre economizando,

da casa do Migrante em Cuiabá. “Gente é para brilhar”, diz a frase, na porta da

do russo Vladimir Maiakovski, também cantada pelo músico Caetano Veloso.

Mais adiante, outra frase pintada na

chega e quem parte”. Em um banner,

O sentimento de receptividade é compartilhado pelo padre haitiano, Jean Jacky Genesté, que ministra missas

lugar para trabalhar e o povo recebe bem calorosamente os seus imigrantes.

que reclamar, além do calor”, fala o missionário que dá um sorriso e uma abanada, sinalizando os 39 graus que estavam fazendo na hora da entrevista. Genesté reclamou que antes a demanda de vagas estava maior, por conta da Copa do Mundo, mas pontuou que o agronegócio, a

bastante oportunidades de vida. O Padre Jean Jacky nasceu na cidade

de Germainde Delva e Joseph Genesté,

Francisco Xavier em sua cidade natal.

Porto Príncipe dos Padres Carlistas no

foi enviado para a Diocese de Santos, no

Mato Grosso, onde está atualmente.“O grande desejo do haitiano é

sociedade. Eles procuram terra para dar

pois ele sempre vai procurar o melhor lugar para se ganhar a vida, comentou.

época em que a casa estava totalmente

a receptividade do povo mato-grossense e disse que “o cuiabano é muito acolhedor e aqui é uma cidade onde se tem menos preconceito, onde o povo recebe e aceita melhor o estrangeiro e o imigrante”, disse.

IGREJA EVANGÉLICA

uma igreja evangélica também abriu suas portas para atendê-los na capital

(antiga Avenida Jurumirim), nº 967, no

Joselina de Moraes. A nova igreja voltada

igreja, que surgiu para suprir uma necessidade dos haitianos. “Agradecemos a Deus primeiramente, por mais esta

dia, para proporcionar um crescimento

Segundo o pastor a Assembleia de Deus é responsável por grandes missões,

desamparada de assistência aos povos do

EPor Ulisses Lalio

PANORAMA PG 3

www.circuitomt.com.br

Igreja Assembleia de Deus é aberta para atender haitianos em

Cuiabá

“O cuiabano é muito acolhedor e aqui é uma

cidade onde se tem menos preconceito, onde o povo recebe e aceita melhor o

estrangeiro e o imigrante”

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CIRCUITOMATOGROSSO

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Personagens históricos contam sobre tempos idos e movimentados do futebol cuiabano

o i n c i d e n t e m e n t e há um ano, a Arena P a n t a n a l , a n t i g o estádio José Fragelli,

com o empate sem gols entre Santos e Mixto pela Copa

uma época esquecida no futebol

e até abrigou grandes times como

Mas o esporte que atrai multidões já teve uma época mais movimentada e que levou centenas de milhares de

época de ouro de equipes como o

do estado; O grande Mixto Esporte Clube, que também luta nos torneios regionais, além do seu arquirrival O p e r á r i o V á r z e a - g r a n d e n s e .

Tempos idos e que arrancam boas gargalhadas da torcedora-símbolo do

a turma e íamos torcer pelo Mixto.

vestiam a camisa e jogavam direito”,

meio a palavrões e um lindo sotaque cuiabano, ela ri e vive a nostalgia de uma época que se foi no tempo, em meio

muita saudade da torcida organizada.O time teve dias de grandes

Janeiro onde enfrentou o grande

todo mundo e íamos de ônibus junto com o time, para ajudar e assistir os jogos. Fazíamos uma festa muito bonita e se precisasse brigávamos também pelos nossos jogadores”, contou a torcedora apaixonada.

Do outro lado da cidade, o arquirrival Operário Várzea-grandense (CEOV), que também marcou a história regional no futebol também,

tem história. Assim como a torcedora do Tigre, o ex-jogador do Operário, Pulula as Silva, tem grandes histórias para contar do futebol mato-grossense.

O clube surgiu lá no fim da

o futebol prof iss ional aqui” ,

conhecido com o “Clássico dos Milhões”, aconteceu diante do seu maior rival, Mixto, onde com duas

o CEOV ficou com o t í tulo.O ex-ponta foi negociado com o

Clube Esportivo Operário Várzea-

ganhou todos os títulos possíveis

grave no joelho, Zé Pulula precisou parar de jogar, voltou para Mato Grosso e assumiu as categorias inferiores do Operário. Por insistência

época, técnico do tricolor, quase operou o joelho e voltou a jogar.

Eustáquio Pulula da Silva, ex-ponta direita do Operário, hoje mora em Várzea Grande, onde é comunicador

agradecer que se hoje tem uma vida tranquila ao lado da família e amigos, agradece também ao “Velho Guerreiro”

presidente do CEOV. “Foi quem ao

Santos, me deu a oportunidade de vencer na vida, conseguindo uma

O clube mais antigo da capital, Dom

elite do futebol mato-grossense neste ano. O clube que era frequentado pela elite cuiabana do século

passado e também teve seus momentos de glória na história do futebol regional. O encontro entre

como “Clássico Vovô”, por ser o clássico mato-grossense mais antigo.

Apaixonado desde os oito anos de idade pelo clube, o ex-jogador

sentiu feliz com o retorno do clube aos gramados. “Todo mundo me

voltar e agora que nós vemos nosso time de novo é muito bom”, disse.

Com sérios problemas de saúde,

um olho e precisa fazer hemodiálise regularmente, mas nem todos esses problemas tiram a alegria do torcedor.

“Minha família toda participava do

Por Ulisses Lalio

PANORAMA PG 4

www.circuitomt.com.br

C

CIRCUITOMATOGROSSO

Ex-jogador do Operário Vár-zea-grandense exibe reporta-

gens antigas sobre o futebol mato-grossense

Nhá Barbina exibe com orgulho a bandeira do seu time do coração

Ace

rvo

Torcedores assistem jogo no recém- inaugurado estádio Eurico Gaspar Dutra

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CUIABÁ, DE 8 A 15 DE ABRIL DE 2015

stá decretado que o tempo é de festa. Concentre-se nos pisos de ladrilho hidráulico das igrejas antigas, admire aquela

seringueira antiga na Praça Alencastro e vamos nos esforçar para ver o lado terno desta cidade. É deixar a acidez, limpar o

Luiz Marchetti é cineasta

em arte midia, atuante na cultura de Mato Grosso e é [email protected]

CU

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tiF

otos

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TERRA AGARRATIVA

E LINDA

O SOL COMO IDENTIDADE

e

N

alguns de seus hóspedes a melhoraram e outros, que não melhoraram, conseguiram ao menos

nos rios da redondeza e passeios por praças verdes.

Muito além dos clichês cafonas que as toadas de aniversário soam nesta semana pela TV e pelo rádio, o fundamental é criar seu mapa de lugares agradáveis, em que alguns civilizados

e paz. Para a semana de aniversário a dica é: desenhe mentalmente a sua CUIABÁ DE 296

que tanto te maltrata. Viva esse percurso-cidade, insista em

os shopping centers. Como aeroportos, estes corredores de passagens necessariamente não fortalecem sua identidade, a cultura, a arquitetura nem a socialização de uma região.

Inicialmente foram soluções para cidades mal administradas, sem condições de mercado

condizente com os nossos impostos. Em 1969, na passagem dos 250 anos, a

capital ganhou do imortal GERVÁSIO LEITE, da ACADEMIA MATO-GROSSENSE DE LETRAS um livreto comemorativo intitulado ‘TERRA AGARRATIVA E LINDA’. Deste,

que, sustentando a cidade, nos alimenta e nos

horizontes, leve-nos a vida para outros lugares, imponha-nos o dever ou a necessidade outros

tela das nossas retinas persistem presentes, de

Aqui segue um texto da Astróloga MARIA EUNICE (65 8123-0880 e 9681-0888). Na

do caju e da manga em mais esta ilustração

e fogosa dama, completa 296 anos. Surgiu espontaneamente e cresceu muito nas últimas décadas, crescimento não acompanhado pela infraestrutura.

tornaram-se sinônimo de engodos e

outras tantas terminadas de qualquer jeito, literalmente, para gringo ver.

olhamos o mapa solar – aliás, dado o famoso calor causticante destas paragens, não me surpreenderia se o fogoso Áries estivesse no Meio

podemos analisar os Trânsitos (como o céu atual interage com o mapa natal) que revelam as grandes

cidade enfrenta desde 2010. O impacto maior é

natal de 2010 a 2013, pela conjunção

ao mesmo Sol (2016-2018). Urano e Plutão

e radical. O Sol é a própria identidade da cidade, assim como representa seus governantes – ou seja, uma transformação profunda precisa ocorrer nessas áreas. Com as mudanças drásticas na aparência da cidade, eu apostaria que o Ascendente está envolvido

todo mundo de uma vez só e Plutão cava fundo para trazer à tona a verdade e tudo o que estava escondido, em segredo. Tivemos ruas escavadas e reviradas em trincheiras e

A Cuiabá como cenário e a Cuiabá como personagem, trilhadas pela poesia e pela batida do rap, são evocadas no novo espetáculo da poeta Luciene Carvalho, em comemoração aos 296 anos da capital. Acompanhada pelo rapper Linha Dura, pela cuiabana entusiasta do rap Anna Marques e o diretor do espetáculo, Raul Lázaro, “Cuiabá, Versos e Tribos” chega ao Teatro do Sesc Arsenal nesta quarta-feira (8), às 20 horas, com entrada franca. Vai que vai ser legal! INFO: (65) 9608 6153

Que tal uma confraternização exatamente no feriado do aniversário? Junte os amigos para um jantar na noite de 8 de abril na CASA DO PARQUE, ao som do Pianista PAULO ADRIANO. Seu repertório são clássicos românticos. INFO: (65) 3365 4789 e 8116 8083

Na Galeria de Artes do SESC ARSENAL, o fotógrafo JOSÉ MEDEIROS expõe JÁ FUI FLORESTA, uma instalação fotográfi ca que permite participação da família inteira numa mostra ora teatralizada como retratos espelhados, ora como registros documentais do povo indígena Ikpeng, do Médio Xingu. Terça a sábado das 14h às 17h e 18h às 21h. Domingo e feriado das 16h às 21h. Confi ra! Entrada franca. INFO: 065 3616 6917

No sábado 11, de abril, das 9 às 22h acontece O ARTE E CULTURA NA MANDIOCA, um circuito cultural realizado pela Casa Silva Freire, Bendito Mercado e Gran Bazar PAC na região da PRAÇA DA MANDIOCA. São muitas atrações culturais, gastronomia, feira de livros, bazar, obras artísticas e a participação do Grupo “Sonata das Mãos” às 16h no ESPAÇO SILVA FREIRE, formado por alunos do 2º ao 9º ano do SesiEscola. Imperdível!

pela qual passa a cidade, nem toda ela

o que fazer a partir daqui? Urano e Plutão demandam que acordemos para nosso papel crucial e individual na melhoria do mundo em que vivemos. Exigem verdade,

pessoal pelo caos social. – Não, não é só

pela queima das mentiras e impurezas – e sim, no sentido literal, a cidade está cada

dia mais quente e vai piorar antes que

de transformação radical, não só

mas principalmente em sua alma, em sua identidade. O que queremos

ser a partir daqui? Qual nosso propósito maior? A mais crucial das transformações que precisa acontecer é na transparência e

que deve ser acompanhada pelo cidadão representado por ela – portanto, governo e prefeitura

acordar para o seu papel. Até que

vista como acolhedora e calorosa, de

sempre foi, muitas transformações ainda terão que ocorrer. Algumas delas agenciadas por seu povo, outras tantas, à revelia dele. Se essas mudanças serão para pior ou para melhor, depende do

continua com seus lindos e acolhedores

damos de volta?

BOTA A CARA NO SOL!De uma vasta programação comemorativa aos 296 anos de nossa capital sugiro algumas para este momento festivo, e na página seguinte, com o GARIMPO CULTURAL, como todas as semanas, sigo enfatizando produções culturais que possam educar e entreter nós que aqui acompanhamos cada dia do paraíso ensolarado.

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Breakingbad**

NA BEIRA RIO

expressão ‘break bad’ refere-se ao fato de alguém inesperadamente agir de modo violento ou simplesmente se tornar um criminoso. Alguns

* become angry and aggressive* go bad* turn toward immorality or crime* behave in a violent manner for no good reason* defy authority

**Breaking Bad foi uma série de TV criada

e produzida por Vince Gilligan.

e tornou-se uma pessoa má. Essa mudança de comportamento pode ser temporária ou

la de acordo com cada contexto:

He just decided to break bad and nobody knows why. (Ele simplesmente

o porquê.)

Most times she could discipline herself, but every now and then she broke bad. (Na maior parte do tempo ela

conseguia se controlar, mas vez ou outra ela

I don’t want to make eye contact with this sucker because he may break bad on me.

porrada.)

They broke bad last night. (Deu a doida neles ontem à noite.)

If a white man was to come over here and ask me anything, I wouldn’t break bad with him.aqui e me perguntasse alguma coisa, eu não sairia na porrada com ele.)

de violência momentânea ou de que o c o m p o r t a m e n t o d a p e s s o a m u d o u drasticamente.

regionalismo, comum em certas regiões do sul

se tornou mais conhecida não só por lá mas

dois anos. Já estava me perdendo nos dias. Sou

que a gente preza muito a

até achei que novas aventuras seriam

mulher, o que menos importa é o sexo. Ela até falou que parecia perto se vermos no mapa. Mas da minha cidade até este

Para passar o tempo, faço poemas. Aqui o tempo quase não passa. Animais ditam o tempo com seus grunhidos. Nunca havia visto um lugar como este. Tem pontos que não tem nenhuma civilização por perto. Caminha-se horas sem ver o sol. Uma mata densa, fechada, com árvores maiores que montanhas

agora sei, porque os que vieram dantes chamaram aquia de Mato Grosso.

Ninguém nas cidades, ou então no velho mundo, do outro lado do Oceano, quer fazer este tipo de serviço. Explorar o inexplorável. Por isso pessoas como eu são tão importantes: trazemos o

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e apaixonada pelo

João Carlos Manteufel, mais

conhecido como João Gordo, é um

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CULTURA EM CIRCUITO PG 2

desenvolvimento para as cidades, custe o que custar.

– Senhor Pascoal. Não encontrei os nativos, mas achei algo que possa lhe interessar.

– Deixa-me ver.

naquele milagre vivo: jamais tinha visto pepita de ouro daquele tamanho.

este território. Escrivão, se atenha muito

peixes, ao qual nativos chamam de Coxipó,

corrente de mil setecentos e dezenove depois da morte de Cristo, Nosso Senhor, que estas terras pertencem à coroa. E vida

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GARIMPO CULTURALPor Luiz Marchetti

Você pode participar do GARIMPO CULTURAL submetendo

NEM PÉS E MIL CABEÇAS > Espetáculo de Dança

da escritora ELIETE BORGES.

arte e performance. É a criação de algo inovador na Dança e na Literatura em Mato Grosso. Junto com MARIANA PRATES, Eliete interpreta fragmentos literários para noções de movimentos. A CIA DUAS PALAVRAS se apresenta

SESC Rondonópolis. INFO: (66) 3411 1491 e 3411 1465

LORENA LY > Nesta quinta LORENA LY

interpreta canções de DJAVAN na CASA DO PARQUE. Djavan Caetano Viana nasceu em Maceió e é um dos mais admirados compositores nacionais. Suas composições ganharam trilhas de novela e agora a garganta talentosa desta intérprete querida.

show a partir das 21h. INFO: (65)3365 4789 e 8116 8083

JORNALISMO LITERÁRIO COM CRISTIANE COSTA > Participe

análises de clássicos do jornalismo literário para aquisições de técnicas,

propõe o uso de novos dispositivos para criação de textos eletrônicos. O convite no Site do SESC atiça:. “...

jornalismo literário fora dos grandes

INFO: (65) 3616 6922

HENRIQUE MALUF TRIO > O Show “TUDO JUNTO E

MISTURADO”Maluf Trio está de volta no

GRAN BAZAR PAC ali na Praça da Mandioca. Um animado passeio pelo jazz,

salsa. Já vi o show e gostei

PALCO GIRATÓRIO 2015: PROIBIDO ELEFANTES > O maior FESTIVAL DE ARTES CÊNICAS chega no

de maio no SESC Arsenal. E nesta semana do aniversário da capital o SESC antecipa uma apresentação especial com a CIA GIRADANÇA (RN)

fala do olhar como porta de

o ingresso uma hora antes do espetáculo. INFO: www.sesc.com.br/palco

ADORAMESTIMO, DE FILIPE AMOUROUS >

Amourous. O livro originou-se no

é um engenheiro civil português que aportou no Brasil há dois anos para

e do encontro com novas formas de viver, surgiram as inspirações para esta coletânea. O lançamento com sessão de autógrafos será na LIVRARIA JANINA DO PANTANAL SHOPPING às 19 horas.

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udo que plantam na esquina do Liceu apodrece. Dá nada. Qualquer hora montam outra coisa pra

apodrecer. Ignora saporra de calor. Anda, olha o cheiro do pastel da feira, essa Getúlio

diliça de cheiro, xomano. Passa

vendia algodão doce ali perto da escada rolante, tinha um maluco que plantava na porta e pedia pra qualquer um que passava comprar pra ele. Às vezes

conseguia antes do segurança enxotar. Na esquina com a Miguel Sutil já teve coisa pra

que tudo dói, xomano, remédio não sai de moda.

Essa trincheira. Demorou pra

não fui em jogo nenhum. É, essa casa aqui. Agora tá vazia, todo mundo na rua. Bem que cê disse. Vamo voltar. Para de arrastar o

Bora. Vira aqui no Liceu de

descer essa rua dá numa padoca

mas então, a padoca, colocaram

de chocolate lá que até treme o dente, tá ligado?

Mato Grossona veia. Essa é outra, um monte de coisa não

o nome desse posto. Vai indo.

com muita vontade cê alcança

médico, não foi? Esse relógio é mito. É, uai. Não sei, é tipo um monumento da cidade. Pra direita. Morro da Luz. Não sei,

pra mim tem tanta luz quanto nos outros lugares. Esse ponto é canal, se cê for mesmo vender trufa pra tua mãe. É. Pessoal

Entra, entra. Senta na escada. Ah, motorista nem liga mais.

fundo.

cheia de hotel ao redor, né? Tá vendo aquela tia ali? Pão de

aqui. Direita. Reto cê vai pra Chapada, tá louco, paradeiro lá,

Tá vendo? Poisé, aqui nessa rua sempre tem cracudo. Pô, os

que você. Sai pra lá. É ele, ali? Te falei que tava com os noia.

quando ele tá aqui? Ontem à noite? Então tem que ver onde ele tava antes, xomano, agora tá viajando, não vai falar coisa com coisa. Pô, esse teu irmão não toma jeito. Tá, leva ele pra casa.

Eu? Vou voltar pra Isaac. Tô cuidando duns carros lá. Dá

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Por Santiago Santos

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CENAS DE LEITURA, CENAS DA CIDADE:

traços da religiosidade,

rica em festas populares,

por outro, prenhe de poesia, com sua gente doce e resistente: de tudo isso

toca o coração de cada um. Completando

comerciais, dos casarios antigos, das praças,

festas, oportunizando duas perspectivas de contemplá-la e dela usufruir.

Scaff e Luciene Carvalho, realizaram em seus poemas a mais completa compilação

cidade cheia de humanidade. Ao descrever

na delicadeza de uma temporalidade cheia

lugar vivido transforma-se em uma relação existencial entre o poeta e o lugar, em que tudo emana cores, cheiros e sons.

de seus poemas faz inúmeras declarações

de amor à cidade. Em suas poesias Ivens Scaff nos convida a pensar nos lugares que produzimos em nossa relação cotidiana, em

está encarnada em nós, principalmente em

Em Porto (2012) Luciene Carvalho relata

do Porto, os poemas de Luciene Carvalho nos conduzem aos modos de vida das lavadeiras, das prostitutas, dos pescadores,

um olhar que seja capaz de ver através do

existentes, mas se permitindo emocionar, vivenciar, entender e sentir prazer com a leitura de nossos poetas e prosadores.

a ç a o m e s m o , a o c o n t r á r i o . D ê u m s o r r i s o verdadeiro praquele comentário. Reaja com calma ao ataque

Seja milionário em virtudes. Mesmo que seja proletário. O mundo de

inventário....Viver em sociedade é um teatro,

conhecermos a nós mesmos....

humana. E que o ócio sem produção é doentio. Mas dias sem agenda capitalista nos dão a pista do quanto nossa civilização é sem noção.

...

coisa pra domingo é ser travesseiro, para

coisa pra domingo é ser livro, para poder

Amauri Lobo é

artista, jornalista e

sociólogo.

Vive a vida intensamente.

Por

Am

auri

Lob

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pra domingo é ser casal, para poder dividir.

...

explodindo no ar. Por isso, a única solução

...

anos fundamos uma vila e nunca paramos

virar metrópole e não paramos de chegar.

CF

Rosemar Coenga é

doutor em Teoria Literária e

apaixonado pela literatura de

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CUIABÁ: QUEM SOBREVIVER,

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CUIABÁ DE FÉ

as tradições das festas religiosas, esta é a

padroeiro São Bom Jesus, Senhor Divino e o Santo festeiro São Benedito, além de São João Batista, Santo Antônio, e outras festas, é uma

Senhor Divino, e o povo em caminhada nas visitações nos

festa com quatro dias de duração no Largo do Rosário, e o

padrinho São Benedito, às 5 horas da matina e às 19 horas, o templo de Deus lota nas graças alcançadas. Vimos nesta

Ivone Biancardini do Prado, Osvaldo Botelho, Benedito

LUZES CUIABANAS

amor a esta terra que tem como nosso padroeiro o Senhor

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Por

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Carlinhos é jornalista

e colunista social

CULTURA EM CIRCUITO PG 6

D

CUIABÁ 300 ANOS

fazer o planejamento em torno das comemorações dos

é a mãezona de todos. Se na festa dos 250 anos que

durante o ano todo, com grandes festas, solenidades, até chegar

contou com uma equipe de primeira linhagem, composta pelos

América do Sul, era cortado com a espada do fundador da cidade,

para os 300 anos já pensou em tudo isto? Principalmente no

CUIABÁ 300 ANOS

cultura e da intelectualidade, religiosidade. Cara de

Costa, D. Eulália, Nilda Peixaria, Edna Lara, Leila Malouf, Annie Miralia, Lucinda Persona, João Bosco Duarte, Gervane de Paula, deputado Emanuel Pinheiro, Loescir Addor Alves Corrêa, deputado Wilson Santos, esta representatividade desta terra, onde

dos meus amores, o que me deixa estarrecido são alguns colunistas de sites e de jornais que não escrevem fatos, contos, histórias desta terra que tem uma pauta imensa para escrita, e passa como

há no mundo nenhum, até uma espiada, olhada, tudo é cheio de

C

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para comemorar mais um an ive r sá r io . A

q u a n d o a E s t a ç ã o Primeira de Mangueira estendeu

mil componentes do Carnaval, ano em que Jamelão, tradicional

enredo mangueirenses, completaria 100 anos. Em 2013 foi a vez de o

lançou-se à tarefa de investir na Escola Estação Primeira de Mangueira para que a capital mato-

enredo da escola. O Carnaval

do Estado às pessoas de todos os

fez alusão aos costumes mato-grossenses, sem esquecer-se da devoção a São Benedito.

Bororo que indica ser um lugar onde

Grosso e Mato Grosso do Sul. À

paulistas que adentraram em seus territórios no século XVIII, quando organizaram expedições para

O p o v o B o r o r o , q u e s e autodenomina Boe e é falante

foi referendado na composição do

de Mangueira. Com certo esforço, sua presença pode ser lida nas entrelinhas da letra da canção e nas alas carnavalescas e carros alegóricos. Mas o Carnaval se

da Mangueira que homenageou

Benedito eu vou dançar com

comemorações. Que cada um escolha o seu e procure seu par, com

pelo chocalho Bororo.

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CUIABÁ OUTRORA BORORO

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Theresa é arquiteta, consultora de

quadros de amigos

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SER PRESENTE SEMPRE

sol são um exemplo. Nós nos acostumamos com tudo. Nos acostumamos com

com o nosso quarto, com cheiro, até com a dor e com a vida que levamos. E tudo o que fazemos e sentimos é sem consciência. Isto, com o tempo, se torna

mecânico, fazendo as mesmas coisas dia após dia. Ter consciência é o dever de todos, estar

de um novo começo. Os pensamentos e as emoções são os alimentos sutis para seguirem e trilharem seus caminhos. À medida que se tornarem mais conscientes, entram numa dimensão maior, tendo como meta o ilimitado. Disciplinar a mente e focar naquilo que desejarem é o

sem que as pessoas se deem conta do potencial nutricional dessas frutas tropicais. Portanto propusemos estudar a manga, o caju e a

nutricional dessas frutas.

que esta vitamina faça parte da primeira linha de defesa do organismo e, por ter facilidade em doar elétrons, possui ação antioxidante. Evidências sugerem que a vitamina C pode desempenhar papel importante na prevenção do câncer.A manga é rica em carotenoides, que lhe conferem a cor amarela, laranja e avermelhada. Dos mais de 600 carotenoides conhecidos atualmente, cerca de 50

ter saúde e qualidade de vida.

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Wania Monteiro de Arruda é

que divulga em seu site e no Insta

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Elini Jaudy é cuiabana,

publicitária e colaboradora do

jornal Circuito Mato Grosso.

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Essa coluna é um especial ao aniversário de 296 anos de Cuiabá e colhi alguns depo-imentos dos meus amigos e leitores relatando o que mais gostam na nossa terrinha e o que faz daqui um lugar tão especial. Tim-tim!

- “Mojica de pintado com farofa de banana. E a hospitalidade do povo.” Guilherme Momensohn

- “Uma das coisas que mais gosto nesta cidade é do convívio caloroso, em cada esquina trocam-se abraços e afetos... Aqui todos se conhecem e isso eu adoro! E outra coisa: por estar a uma hora da Chapada.” Alia Yassin

- “Do seu pôr do sol, sempre lindo, e de sua gente alegre e de bem com a vida.” Bia Spinelli

- “O que mais gosto e que senti muita falta quando morei em São Paulo foi do calor fraterno das pessoas. Aqui, todos ainda se conhecem, se acolhem, se tornam parte da família sem ser, se ajudam mas, como tudo, também tem o lado ruim. A fofoca e a mania de palpitar na vida alheia.” Tereza Mello

- “Cuiabá tem muita coisa boa, terra de gente de verdade. Nossa culinária é riquíssima. Desde o peixe à farofa de banana, o tradicional bolinho de arroz. O calor do povo cuiabano não tem igual. Dormir na rede embaixo de uma boa sombra. Amo Cuiabá.” Morgana Barros

- “Eu sou apaixonada pelas pessoas de Cuiabá, vários dizem que são pessoas com mente de interior etc. etc... Mas, para mim, ainda mais agora que estou fazendo intercâmbio, são pessoas muito amáveis, felizes, amigas e acolhedoras, difícil de encontrar por aí!” Amanda Freires

- “O que eu mais gosto na cidade que eu nasci e me orgulho dela são as pessoas. Impressionante como as pessoas que vivem aqui são acolhedoras, amáveis e festeiras.” Ziad Fares

- “Vou te dar umas dicas suuuuuuper “únicas” hiiiiiper “singulares”: Comida - pacu assado, mojica de pintado, bagre ensopado e, claro, a melhor piraputanga frita. Música - Lógico que é o lambadão. Mas não podemos deixar de destacar o rasqueado e as representativas danças Siriri & Cururu. Lugares - Praça Mandioca, o melhor do Chorinho e Buteco do Grilo. Na Lixeira, as melhores “canelas de pedreiro” (aquelas bem d’geladas) estão lá. Local pra banhá – Sabe, cidade quente igual Cuiabá o povo tem que ter um lugar pra banhá. Com a interdição da Salgadeira, agora a Bica da Caixa D’Água, em Várzea Grande, está concorridíssima.” Kadu Rachid

- “Como já tive a oportunidade de morar fora e até mesmo viver experiências fora do país, sou apaixonado pela maneira acolhedora que o povo cuiabano tem com as pessoas. Amizade se faz com facilidade e com uma pequena troca de palavras você já é convidado para dentro de casa. Povo hospitaleiro e acolhedor, muito me orgulho de Cuiabá.” Carlos Eduardo

Manfrio (Pico)

- “Aqui ainda tem muito verde, muitas opções de festas, chácaras, rios e pousadas. Gosto muito da biodiversidade cultural e turística da nossa Baixada Cuiabana e do jeito que o cuiabano nos trata. Sempre festeiros, e foi isso que contaminou quem veio de fora como eu.” Moacir Pires

- “Amo o sol, amo a chipa de Dona Eulália e amooooo o Parque Mãe Bonifácia.” Célia Alves

Marília Beatriz é a feliz compradora da obra “Vaso Antropofágico” da exposição Água de Bica, de João Sebastião, n’A Casa do Parque. Pode algo mais cuiabano?

UM BRINDE À NOSSA CUIABÁ

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