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Economy & Finance


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CHINARiscos e

Oportunidades

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A CHINA

• maior país da Ásia Oriental e o mais populoso do mundo, com mais de 1,3 bilhão de habitantes

• Em 1997 passa a adotar o capitalismo convencional – executa programa de privatização

• capital da República Popular é Pequim

• Grande potência: segunda maior economia do mundo em poder de compra; membro permanente do Conselho de Segurança da ONU

• Organizações multilaterais: OMC, APEC, G-20, BRIC e da Organização para Cooperação de Xangai.

• É reconhecido como um Estado com armasnucleares, além de possuir o maior exército domundo em número de tropas e o segundo maiororçamento de defesa. População:1,347.35 milhões de habitantes

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Ambiente econômico chinês

• Segunda maior economia do mundo

• 70% da economia da China é privada

• Crescimento econômico faz com que seja um dos melhores locais do mundo para investimentos estrangeiros (avaliação de risco pela Moody's em A2)

• Fator de sucesso comercial: baixo custo de produção

• Mão-de-obra de baixo custo, boa infraestrutura, bom nível de tecnologia, alta produtividade, em alguns casos, o não pagamento de licenças comerciais, a política governamental favorável e uma moeda (yuan) muito desvalorizada.

• Indústria: a energia e as indústrias pesadas

• Quatro das dez empresas mais valiosas do mundo são chinesas

PRÓS

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Ambiente econômico chinês

• piora da distribuição de renda

• previdenciário que, com a política do filho único e aumento da expectativa de vida, apresenta desequilíbrios no fluxo de caixa (sendo cada vez menor a relação entre trabalhadores contribuintes por aposentado - 21% da população tem 14 anos ou menos de idade e 8% tem mais de 65 anos)

• diferença de desenvolvimento econômico entre as áreas costeiras (urbanas), nordeste da China e o seu interior, principalmente no sul e oeste (ainda predominantemente agrário e de baixa renda, exacerbada com a liberação do mercado, pois os investidores preferem investir em áreas com melhor infraestrutura e trabalhadores mais qualificados)

• A China encarou estrategicamente suas limitações (ameaças) – excesso populacional, carências de recursos naturais (água, solo fértil, minérios) – e está fazendo disso uma Oportunidade, facilitada pela globalização, que é realidade irreversível.

CONTRAS

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Ambiente econômico chinês

• Os EUA tem sido o maior mercado para as exportações chinesas, diminuindo as da Coréia do Sul e de Taiwan

• Os produtos exportados da China são essencialmente produtos têxteis, calçados e eletrodomésticos (Os dois mais importantes setores da economia têm sido tradicionalmente a agricultura e a indústria, que juntos detêm mais de 70% da força de trabalho e produzem mais de 60% do PIB chinês. A China é a fonte de mais de 90% dos metais de terras raras processados do mundo. A OMC ordenou em julho passado que a China desmontasse as cotas e tarifas de exportação sobre nove matérias-primas industriais, incluindo a bauxita, e um tribunal de apelações

manteve a decisão e acrescentou detalhes em janeiro passado.)

• Reservar Internacionais: atualmente, a China possui US$ 3,2 trilhões de reservas. (Um terço disso, se concentra no grande volume de títulos do Tesouro norte-americano, cerca de US$ 1,16 trilhão, o que coloca Pequim na condição de maior credor de Washington.) Esse grande volume de reservas pressiona a inflação, pois o BC tem que emitir yuan para comprar moeda estrangeira.

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PIB (Produto Interno Bruto)• PIB = Consumo + Investimentos privados + Gastos estatais + Exportações – Importações

• PIB (base PPC – paridade do poder de compra): US$11,3 trilhões

• PIB nominal (2011): US$7,3 trilhões

• 2012: previsão de crescimento da China é menor que 2010, em torno de 8%,

• Seu poder de compra foi calculado em 2011 em pouco mais de US$11,3 trilhões, mais do que qualquer outro país no mundo, com exceção apenas dos EUA.

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Impacto chinês no mundo globalizado

• Últimos 10 anos: China cresceu uma média de 9% ao ano• A nova potência chinesa ganha mais força a cada dia• Próximos 20 anos: tendência que a população chinesa já tenha ascendido socialmente (ou seja, vai formar uma voraz classe média consumidora e competindo com o mundo pelos mais básicos bens de consumo)• Yuan subvalorizado frente ao dólar (ao contrário do Brasil, na China o dólar está artificialmente caro, pois não tem livre flutuação. Isso permite que ela consiga exportar seus produtos com preços muito competitivos para todo o mundo)• Soma dos ingredientes, como mão-de-obra barata, câmbio favorável e conhecimento para a produção de tecnologias causaram uma invasão de produtos chineses ao redor do mundo (com preços tão competitivos a ponto de gerar sérios problemas de desemprego e até quebra de indústrias no mundo ocidental)• Apesar do vasto território, apenas uma pequena parte da China é cultivável e, sendo assim, deverá importar alimentos (O país também é pobre em recursos minerais e em água potável. Com uma população predominantemente ocupada com a produção, haverá carência no setor de serviços. Com base nesses dados podemos visualizar um mundo onde haja uma divisão de tarefas bem definida para cada uma de suas regiões de acordo com seus respectivos potenciais)• América do Sul e parte da África serão encarregadas da produção de alimentos para o mundo• América do Norte e a Europa serão fortes no setor de serviços• Oriente Médio continuará fornecendo petróleo até que encontre uma nova atividade econômica sustentável

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2020

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Das ameaças às oportunidades

Ameaças comerciais• Forte competitividade em preço (produtos ou serviços de múltiplos setores de atividade: têxtil,

calçado, mobiliário, electrónica, construção civil, etc)• Quando o preço de produção se torna no principal fator crítico de sucesso de um mercado,

sobra pouco espaço para valorização dos fatores diferenciadores da oferta

Mercado promissorExemplos:• Banco Santander: formalizou um acordo com o China Construction Bank, que é o segundo

maior banco chinês em ativos, com o objetivo de servir as comunidades chinesas que não estão presentes nas grandes cidades – o potencial de oportunidade e de progressão é imenso, estando previsto um primeiro investimento na criação da rede bancária superior a 500 milhões de euros.

• Coca Cola: face à pressão competitiva que vai sentindo nos mercados ocidentais, pretende alargar a sua fatia de mercado na China, pretendendo ultrapassar a Pepsi e aproveitar toda a potencialidade que o mercado lhe oferece. Enquanto no México, o consumo per capita anual de Coca Cola é de mais de 150 litros, na China não ultrapassa os 7 litros (e na Índia não chega a 5 litros). Para tal, vai investir 2 mil milhões de dólares e construir 3 novas fábricas de engarrafamento.

São soluções que os mercados ocidentais abraçam, à custa da falta de competitividade das empresas européias.

Maio/2011

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China: Brasil deve enxergar como oportunidade e não como ameaça

O embaixador da China no Brasil disse que devemos enxergar a china como oportunidade, logo depois da visita que Dilma fez ao país.

• produtos chineses são competitivos e, por isso, eles estão no Brasil

• China se tornou o primeiro parceiro comercial do Brasil. Em 2010, o Brasil teve um saldo comercial positivo de US$ 5 bilhões com a China

• O país compra e vende de tudo

• Há vários acordos que Dilma pode conquistar, para o Brasil, pois é muito fácil de mudar.

• Chineses tem recursos de sobra e precisam trocar dólares por ativos

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CHINA E BRASILAtualmente, a China ainda é o maior parceiro comercial do Brasil.

- Balança Comercial

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CHINA E BRASILAtualmente, a China ainda é o maior parceiro comercial do Brasil.

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Brasil e China - questionamentos

“Tudo que a China compra, inflaciona e tudo que a China vende, deflaciona.” (Joemir Beting)

• Para quem exporta carne ou qualquer outro produto é excelente ampliar a parceria. Gera mais empregos e renda. Para quem compra (nós brasileiros), será que os preços no mercado interno vão aumentar?

• No caso da invasão de produtos chineses em nosso país, principalmente nos setores de vestuário, eletroeletrônico e mais recentemente o de automóveis, os preços tendem a ficar mais baratos. Isso é ótimo para quem compra (nós brasileiros). Por outro lado, tende a reduzir os empregos em nosso Brasil. Com a carga tributária e os juros extremamente elevados, com a agravante do real muito valorizado frente ao dólar, torna-se quase impossível competir com os produtos chineses.

• Os empresários chineses (empresas estatais chinesas), estão comprando terras, minérios de toda natureza, empresas de soja e derivados (no Brasil), objetivando eles próprios se prepararem para mandar esses produtos diretamente para os seus patrícios. Isso poderá encarecer os produtos no mercado interno brasileiro. Do ponto de vista estratégico, qual é o limite possível para tal ação? Comprometerá a soberania nacional? Por outro lado, tende a aumentar os postos de trabalho em nosso país. Isso é ótimo!

• No que se refere à transferência de tecnologia dos chineses para os brasileiros, há um longo caminho a ser percorrido. Afinal, quem vai ensinar o “pulo do gato”? É possível construir uma parceria ganha X ganha?

• Para que o nosso país cresça em tecnologia, é mais do que urgente, investir em educação e no intercâmbio para que os nossos estudantes possam aprender com quem sabe, a exemplo do que fizeram os indianos, indo estudar nos Estados Unidos

• Ao contrário do Brasil, que não tem um planejamento estratégico de longo prazo, onde quase tudo fica ao “sabor dos ventos políticos”, a China possui planejamento de longo prazo (50 anos) e sabe onde e como chegar ao topo da economia mundial.

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Dados de exportação Brasil-China

**Setor beneficiado pela exportação - açucares - aumento de 128% em relação a 2010.

*gráficos retirados do relatório trimestral do Conselho Empresarial Brasil-China (http://www.cebc.org.br)

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Dados de importação Brasil-China

*gráficos retirados do relatório trimestral do Conselho Empresarial Brasil-China (http://www.cebc.org.br)

**Setor beneficiado pela importação - carros - aumento em US$ de 593,4% nas importações em comparação a 2010.

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COMÉRCIO MUNDIAL

O valor total de exportações foi de 1.898.6 bilhões de dólares, já os valores de importações foi de 1.743.5 bilhões de dólares. A soma desses valores representa um...• Crescimento de 22.5% nos valores de importações e exportações da China no ano de 2011

• As exportações brasileiras para a China são lideradas pelas commodities agrícolas e minerais, com destaque para soja, minério de ferro e petróleo e, eventualmente, alimentos (esses são setores estratégicos para a China, que tem interesse em investir também nessas áreas no Brasil)

• Os investimentos brasileiros no mercado chinês já chegam a US$ 89 milhões. A Vale do Rio Doce, Petrobrás, Banco do Brasil, Varig e Embraer são algumas das companhias instaladas na China (Os investimentos aumentam a cada ano e já existem vários projetos em estudo, principalmente nas áreas de siderurgia e infra-estrutura)

• Em 2012, espera-se multiplicar os investimentos de empresas chinesas no estado da Bahia (As exportações baianas para a China cresceram 23,23% no ano passado em comparação a 2010, atingindo US$ 1,3 bilhão. As importações feitas da China para a Bahia também mostraram expansão de 27,75% em relação ao ano anterior, somando US$ 553 milhões)

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Como a China afeta meu bolso?

•Cenário (China apresentou nos últimos anos taxas de crescimento impressionantes. Mas agora começa o processo de desaceleração. Num mundo globalizado isso gera tensão para governos, mercados, indústrias, comércio e para seu bolso! Os chineses se transformaram numa força que vem puxando o crescimento do mundo há pelo menos duas décadas e são atualmente o maior parceiro comercial do Brasil. Há duas semanas, a China admitiu uma pequena diminuição do Produto Interno Bruto (PIB))

• Impactos no curto prazo (consequências na comercialização de algumas commodities, produtos primários negociados em Bolsa)

• Pode ser que os preços nos supermercados fiquem mais baratos (carne, soja e açúcar, por exemplo)

• “O aumento da oferta, faz cair o preço” (A queda no preço das commodities vai ocorrer também porque outros grandes consumidores desse tipo de produto - como os países da Zona do Euro e os Estados Unidos - estão, respectivamente, com as suas economias em crise, desacelerando ou numa lenta recuperação. Ou seja, o que deixar de ser vendido para a China provavelmente não vai ser comercializado para outro país)

• Hoje, grande parte do que é produzido lá é consumido no resto do mundo, porque a população chinesa é muito pobre. ( O governo chinês anunciou que vai estimular o consumo no mercado interno, deixando a China, a longo prazo, menos dependente das suas exportações)

• Brasileiros continuaram comprando importados chineses – são imitações mais baratas que as marcas originais.

• A cada nova informação sobre a redução do crescimento chinês, os mercados sofrem!

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Futuro

• Há os que acreditam que a China não será líder global nos próximos anos

• Para tal “cargo” é necessário ter um plano de valores, mas qual projeto a China tem a oferecer ao mundo?

• O País, talvez, seja o que menos contribuiu para as operações de paz da ONU entre os países-membros do Conselho

• Em 2011 cada cidadão dos EUA despendeu US$ 1.700 com defesa, cada chinês gastou apenas US$ 65

• Liderança global é caro!

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CONCLUSÕES

TENDÊNCIAS!

• A supremacia da China se desenvolverá:nos setores de maior valor agregado e intensidade tecnológicana indústria eletrônicaaparelhos de telecomunicaçõescomponentes eletrônicosmáquinasequipamentos

"Quem perde competitividade para China, perde market share no mundo" (Stephen Roach)

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CONCLUSÕES

CUIDADOS!

• A China possui mão-de-obra em quantidade, inteligência, educação de alta qualidade, paga salários baixos e, principalmente, tem vontade e motivação para crescer

• O Brasil deve tomar cuidado se não quiser perder suas exportações para México, Argentina e EUA para China e por isso deve investir em logística. Considerando a posição geográfica do Brasil ser mais estratégica que a da China, o país deve investir em melhorias dos portos, rodovias, ferrovias

"Quem perde competitividade para China, perde market share no mundo" (Stephen Roach)

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CONCLUSÕES

RISCO!

• Capital não tem pátria e as empresas vão se instalar aonde for mais vantajoso e barato para gerar produtos e serviços

• O risco de muitas empresas brasileiras e multinacionais aqui instaladas, migrarem para a China ou terceirizarem os seus serviços é muito grande

"Quem perde competitividade para China, perde market share no mundo" (Stephen Roach)

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CONCLUSÕES

REALIDADE!

• O mundo atualmente já vive uma nova realidade e a China é em grande parte responsável por isso

• O dólar aos poucos perderá seu lastro como referência de valor e o que tomará seu lugar ainda é desconhecido

• O mandarim ganha importância dia após dia e já é, há muitos anos, a língua mais falada no mundo (1.052.000.000 falantes)

• Milhares de empresas chinesas surgiram enquanto outras ocidentais desapareceram

• O ponto de equilíbrio econômico mundial com essa nova China que emerge depende de uma união mundial que pertence a todos

• A consciência de cada um sobre seu papel no planeta é que definirá nosso futuro próximo!

"Quem perde competitividade para China, perde market share no mundo" (Stephen Roach)

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SÓ O FUTURO PODERÁ

RESPONDER!

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CAMILLA SCAVONEFABIANA MELLO

RENATA MAZOCA

OBRIGADA!