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CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO Projeto Urbano e Acessibilidade Prof. Sergio Ricardo, Silvia Pereira, Vicenzo Colonna Aluna: Viviane Carvalho RM: 12200428 TURMA: BN6AU RESUMO: Introdução ao Desenho Urbano no Processo de Planejamento - Vicente Del Rio - Cap. 5 O principal objetivo do texto em analise é de passar ao leitor pontos de vista diferentes a respeito do desenho e planejamento urbano, através da perspectiva de vários autores. Apresentando assim, diversas metodologias que sugiram ao longo do tempo com o intuito de analisar como o meio urbano deve ser reconhecido e a partir disso ter uma melhor base para o planejamento do mesmo. O mesmo dá ênfase que o Desenho Urbano se concentra em um conjunto de disciplinas para ser considerado bem sucedido dando privilegio ao usuário – uma vez que estará sendo projetado justamente para o mesmo. Podemos observar dentro do texto que o mesmo apresenta esse estudo dividido em quatro formas distintas para analisar o desenho urbano e o seu processo evolutivo: morfologia urbana, análise visual, percepção do meio ambiente e comportamento ambiental. Para cada abrangência, temos citações de autores que aprofundam no assunto defendendo assim o seu ponto de vista sobre o tema colocado em questão.

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Desenho Urbano

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CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO Projeto Urbano e Acessibilidade Prof. Sergio Ricardo, Silvia Pereira, Vicenzo Colonna

Aluna: Viviane Carvalho RM: 12200428 TURMA: BN6AU

RESUMO: Introdução ao Desenho Urbano no Processo de

Planejamento - Vicente Del Rio - Cap. 5

O principal objetivo do texto em analise é de passar ao leitor pontos de

vista diferentes a respeito do desenho e planejamento urbano, através da

perspectiva de vários autores. Apresentando assim, diversas metodologias que

sugiram ao longo do tempo com o intuito de analisar como o meio urbano deve

ser reconhecido e a partir disso ter uma melhor base para o planejamento do

mesmo.

O mesmo dá ênfase que o Desenho Urbano se concentra em um

conjunto de disciplinas para ser considerado bem sucedido dando privilegio ao

usuário – uma vez que estará sendo projetado justamente para o mesmo.

Podemos observar dentro do texto que o mesmo apresenta esse estudo

dividido em quatro formas distintas para analisar o desenho urbano e o seu

processo evolutivo: morfologia urbana, análise visual, percepção do meio

ambiente e comportamento ambiental.

Para cada abrangência, temos citações de autores que aprofundam no

assunto defendendo assim o seu ponto de vista sobre o tema colocado em

questão.

Diferente das outras metodologias a morfologia urbana tem origem nos

estudos geográficos - é um estudo analítico da criação e a modificação das

cidades através do tempo. Com isso se analisa a maneira de viver dos

moradores, como se comportam em grupo e individualmente até os dias atuais,

essas percepções servem para auxiliar o desenho e planejamento urbano.

Muratori e seus alunos analisaram a evolução da Cidade de Veneza

através do tempo, com o intuito de iniciar um estudo para entenderem a

modernização que as cidades históricas estavam sofrendo.

Cada autor desenvolveu sua maneira de compreender a morfologia das

cidades. Podemos citar a percepção de Rossi que sugeriu alguns temas para

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melhor analise morfológica: crescimento, traçado e planejamento, tipologia dos

elementos urbanos e as articulações.

Finalizando o assunto da análise morfológica, podemos observar que a

mesma se empenha em compreender a formação, evolução e transformação

dos elementos urbanos.

A análise visual tem a finalidade de nos auxiliar no desenho urbano,

esse método por sua vez busca o entendimento do ambiente urbano através da

compreensão da paisagem urbana – denominada também por townscape. O

principal objetivo seria para explorar os efeitos emocionais das pessoas a partir

de experiências visuais.

Cullen elege maneiras de um ambiente para gerar emoções para os

usuários: ótica que analisa as experiências visuais e estéticas de um percurso,

lugar que analise de maneira instintiva como uma pessoa relaciona o próprio

corpo com o ambiente que o rodeia e conteúdo que relaciona as emoções

através de cor, textura, escala, estilo, entre outros.

Outra importante corrente de pensamento é o gestalt, que possui uma

linha de analise visual onde o sentido da forma é compreendido através de

fatores de identificação de grupos e elementos que trazem uma percepção

selecionada. Baseado na lei da continuidade as pessoas tendem a organizar

percentualmente uma figura, sem introduzir novas.

Existem outras linhas de estudo que em geral observam como o

indivíduo observa e se sente dentro de um ambiente.

Observando a percepção que o homem possui do meio ambiente,

percebemos que um grupo possui maneira diferente de sentir um ambiente de

outros grupos. Isso se deve ao enfoque que cada grupo possui devido as

variações de cultura e época. Gerando um processo cognitivo com estágios

variados: percepção sensorial, seleção a partir da memória e atribuição de

significados a partir do próprio raciocínio.

Um dos mais importantes nomes dessa época é Kevin Lynch, que

analisou os habitantes através de estudos psicológicos três qualidades:

legibilidade, estrutura/identidade e imageabilidade. Através da imageabilidade

Lynch cria alguns conceitos que se tornaram de extrema importância para o

desenho urbano e são utilizados até, são: percursos, limites, setores, nós e

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marcos. Esses conceitos são largamente utilizados e se tornaram linguagem de

projeto.

Para concluir o capitulo o autor analisa o comportamento ambiental,

onde percebemos que as ações humanas estão diretamente ligadas ao

ambiente físico e espacial. O estudo do local possui grande importância pois

influencia no comportamento humano e também no desenho urbano.

Alguns temas são sugeridos para a investigação do comportamento:

sequência de comportamento que analisa o usuário durante o percurso, palcos

de ação que são condições físicas de ação, atividades especificas como formar

filas ou atravessar ruas e territórios que se traduzem em distancias e espaços

delimitados.

Os Estados Unidos foram pioneiros em utilizar essa linha de raciocínio

para criar um estudo sobre preocupação com a satisfação das pessoas quanto

ao local onde moram ou onde trabalham. No Brasil existem alguns estudos

nessa área porem começaram mais tardiamente.

Análise crítica

O desenho e planejamento urbano são ciências que nos obrigam a

analisar tanto a cidade quanto as pessoas que nela vive. Possuímos exemplos

de cidades planejadas que não foram bem aceitas pelos usuários assim como

cidades sem qualquer tipo de planejamento que são exemplos positivos de

espaços urbanos.

Acredito que para cada projeto urbano deve levar em consideração as

condições físicas e climáticas do local e principalmente a população que

ocupará aquele espaço. As condições socioculturais dos usuários podem

modificar totalmente o tipo de usos e interesses de cada local.

Enquanto a análise dos usuários afeta o programa do local, a análise

das condições físicas afeta diretamente o desenho urbano. Um local com

grande desnível nos traz uma condição onde ruas que acompanhem essas

curvas seriam melhores para os usuários, por exemplo.

Se analisarmos com cautela o local e o público que utilizará o mesmo,

talvez consigamos chegar próximos de uma resposta para como deve ser o

espaço urbano para eles, porém para essa ciência não existe uma receita e

sim percepção do que é o correto a se fazer.