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FUNDAÇÃO CATARINENSE DE NEUROLOGIA
CENTRO CATARINENSE DE NEUROLOGIA
COMO TRANSFORMAR UM ANTIGO LEPROSÁRIO EM UM MODERNO CENTRO DE NEUROLOGIA.
FLORIANÓPOLIS, JUNHO 2007
CENTRO CATARINENSE DE NEUROLOGIA
COMO TRANSFORMAR UM ANTIGO LEPROSÁRIO EM UM MODERNO CENTRO DE NEUROLOGIA
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Excelentíssimo Senhor
LUIZ EDUARDO CHEREM DD Secretário de Estado de Saúde – Santa Catarina
Referência – APRESENTAÇÃO DE PROPOSTA PARA O CENTRO CATARINENSE
DE NEUROLOGIA
Desde há muitos anos a sociedade catarinense ressente-se da falta de um ambiente
apropriado para o atendimento a pessoas vitimadas por transtornos neurológicos
diversos. Esta necessidade ficou bastante evidenciada ultimamente com o
envelhecimento progressivo da população e, conseqüentemente, pelo crescimento
vertiginoso do número de usuários buscando por serviços médicos adequados nesta
especialidade.
Os transtornos neurológicos e psiquiátricos são de alta relevância no meio médico-
social. São causas maiores de infortúnio pessoal/familiar e de dano econômico
considerável, seja devido a aposentadorias prematuras, seja por falta episódica ao
trabalho. Sua importância e magnitude ilustram, pois, a necessidade da criação de uma
instituição modelo para o atendimento, pesquisa e ensino das enfermidades
neurológicas em nosso Estado.
Hoje, as pessoas acometidas por transtornos neurológicos são atendidas em hospitais
convencionais que não lhes oferecem, em absoluto, um atendimento adequado
quantitativa e qualitativamente. Uma estrutura vertical de concreto, onde trabalham
profissionais de saúde sobrecarregados e estressados não constituem um ambiente
favorável à recuperação dessas pessoas, acometidas por uma doença de alto impacto
em seu psiquismo.
As poucas clínicas privadas que existem no Brasil e que se destinam ao tratamento de
pacientes neurológicos, além de não ofertarem um serviço condizente com a realidade
sócio-econômica da imensa maioria dos brasileiros, também não apresentam uma
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proposta inteligente que seja condizente com as necessidades do paciente. Uma
estrutura horizontal, arquitetonicamente simpática, localizada longe dos grandes
centros, em harmonia com a natureza, onde trabalhem profissionais altamente
capacitados de forma interdisciplinar, que faça uso também de terapias
complementares reconhecidamente benéficas; que tenha como objetivo maior a
melhora da qualidade de vida dessas pessoas e a sua re-inserção social são condições
fundamentais para a nossa concepção de um ambiente hospitalar adequado,
apropriado para o atendimento dessas pessoas.
Conhecido hoje como Hospital Santa Teresa, o antigo Leprosário de São Pedro de
Alcântara possui diversas condições propícias para implantação deste moderno centro
de neurologia, objeto desta nossa Proposta. A evolução no tratamento da Hanseníase
não exige mais o isolamento dos pacientes, antiga razão de ser do leprosário. Por
conseguinte, aquela “cidade” foi gradativamente ficando ociosa e o vasto patrimônio
público ali instalado está a clamar por novas e promissoras funções. É neste contexto
que está inserida a proposta de criação do Centro Catarinense de Neurologia.
Atualmente, o HST disponibiliza serviços de saúde em níveis hospitalar e ambulatorial,
especialmente nas áreas de Dermatologia e Recuperação de Dependentes Químicos,
atendendo exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde – SUS. Contudo, não existe
uma proposta de planejamento e otimização desse local, e uma extensa área do
hospital permanece ociosa, sub ou mal-utilizada, tendo sua estrutura física francamente
deteriorada com o decorrer do tempo. Acreditamos nas potencialidades institucionais do
HST. Sua história ímpar, sua estrutura em mini-cidade, a proximidade com a natureza,
a localização longe dos grandes centros, seu formato horizontal com unidades
separadas são riquezas institucionais que dotam o Hospital Santa Teresa de um amplo
potencial para prestar assistência altamente qualificada e humanizada à população
catarinense vitimada por transtornos neurológicos diversos. Fica evidente, pois, o
benefício que esta proposta traria para ambas as entidades em questão e para própria
sociedade.
Nosso principal objetivo é dotar Santa Catarina de um hospital modelo, que visa prover
assistência digna a todo indivíduo sofredor de transtornos neurológicos, independente
do seu status econômico-social. E, paralelamente, promover o desenvolvimento da
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pesquisa e do ensino sobre as Neurociências de forma referenciada para o país, cujo
nível atual é bastante incipiente. Santa Catarina tornar-se-ia uma referência no
atendimento médico de pessoas vitimadas por doenças neurológicas, na formação de
recursos humanos altamente capacitado na área e na produção de conhecimento
científico. Propomos parcerias com instituições de ensino do país e do exterior, e nesse
sentido, pela proposta corajosa e inovadora que apresentamos, a Fundação
Catarinense de Neurologia já dispõe do apoio formal e direto, através de carta de
intenções em anexo, de instituições como o CHALFONT CENTER OF EPILEPSY, um
dos maiores centros de pesquisa em Epilepsias do mundo, localizado na cidade de
Londres na Inglaterra.
Nosso projeto visa também, propor uma alternativa inteligente e interessante às demais
instituições semelhantes ao HST, antigos leprosários com amplo potencial para serem
um local distinto para prover assistência médica à população, e que hoje se encontram
em franco estado de deterioração e abandono.
Em razão do exposto a Fundação Catarinense de Neurologia requer ao Governo do
Estado de Santa Catarina, através da Secretaria de Estado da Saúde, o imprescindível
apoio para viabilizar o projeto objeto da proposta, em anexo, em benefício da sociedade
catarinense.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5
2. BASE ESTATÍSTICA E REALIDADE ATUAL........................................................... 7
3. O ATUAL HOSPITAL SANTA TERESA ................................................................... 8
4. A PROPOSTA DA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE NEUROLOGIA.................... 11
5. VIABILIDADE ......................................................................................................... 16
6. PARCERIAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS ................................................... 17
7. RECURSOS HUMANOS........................................................................................ 20
8. PRAZOS E INVESTIMENTO ................................................................................. 21
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1. INTRODUÇÃO
Os transtornos neurológicos são de alta relevância no meio médico-social. São causas
maiores de infortúnio pessoal/familiar e de dano econômico considerável, seja devido a
aposentadorias prematuras ou por falta episódica ao trabalho. Sua importância e
magnitude ilustram, pois, a necessidade da criação de uma instituição apropriada para
o atendimento, pesquisa e ensino das enfermidades neurológicas em nosso Estado.
Mas como seria um ambiente hospitalar apropriado? Para os profissionais da saúde o
hospital é o seu ambiente de trabalho e, conseqüentemente, eles se adaptam às
características impostas pela sua construção e aparelhamento. Entretanto, para os
leigos e pacientes que para lá se dirigem, evidentemente movidos pela necessidade de
tratamento, esse ambiente pode parecer muito frio, esterilizado e impessoal. E por que
não proporcionar a estes pacientes além de uma assistência médica tecnicamente
qualificada, um ambiente mais agradável e humanizado? Um lugar que tire de sua
mente esta visão negativa do “hospital”. Um local onde sintam a cordialidade e sejam
verdadeiramente amparados nos seus anseios de compreensão e conforto.
Conhecido hoje como Hospital Santa Teresa, o antigo leprosário de São Pedro de
Alcântara (primeira colônia alemã de SC) possui diversas condições propícias para
implantação de um moderno Centro de Neurologia. A evolução no tratamento da
Hanseníase não exige mais o isolamento dos pacientes, antiga razão de ser do
leprosário. Em decorrência, aquela “cidade” foi gradativamente ficando ociosa e o vasto
patrimônio público ali instalado vem a clamar por novas funções. É neste contexto que
está a proposta de criação do Centro Catarinense de Neurologia.
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Figura 1: Foto aérea com delimitação de áreas
Fonte: Google Earth.
Área total pertencente ao Estado
Área pertencente ao HST
Rio Maruim
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2. BASE ESTATÍSTICA E REALIDADE ATUAL
Para bem caracterizar a elevada importância do número de pessoas necessitadas
destes serviços é oportuna a citação de alguns dados estatísticos. Baseado em
premissas epidemiológicas atuais podemos afirmar a existência em Santa Catarina dos
seguintes números: 100 mil pessoas com diferentes formas ativas de Epilepsia; aproximadamente 100 mil pessoas com transtornos extra-piramidais diversos,
destacando-se dentre eles a doença de Parkinson; 50 mil pessoas com transtornos
mentais tipo Demência, seja do tipo Alzheimer (a mais comum forma) ou não;
aproximadamente 100 mil vítimas de insultos vasculares cerebrais –
Derrames/CADASIL; elevada importância, porém, sem registros estatísticos, de
pessoas sofrendo da Doença dos Açorianos – uma desordem genética que se traduz
por perda gradual do equilíbrio e de Esclerose Múltipla - uma enfermidade típica do
hemisfério norte, considerada rara no Brasil; porém, cada vez mais diagnosticada entre
nós. Finalmente, é estarrecedor que Enxaqueca (migrânia) – um mal que afeta a vida
de no mínimo dez por cento de toda população feminina, não possua nenhum centro
especializado para atender e orientar pessoas atingidas por esta condição em nosso
Estado.
Outros transtornos neurológicos, igualmente relevantes deveriam ser considerados;
porém, os citados, por sua magnitude, ilustram a necessidade da criação de uma
instituição apropriada para o atendimento, pesquisa e ensino das enfermidades
neurológicas, causas maiores de infortúnio pessoal/familiar e de dano econômico
considerável, seja devido a aposentadorias prematuras ou por falta episódica ao
trabalho.
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3. O ATUAL HOSPITAL SANTA TERESA
A história ímpar desse local, sua estrutura em mini-cidade, a proximidade com a
natureza, a localização longe dos grandes centros, seu formato horizontal com
unidades separadas são riquezas institucionais que dotam o Hospital Santa Teresa de
um amplo potencial para prestar um serviço altamente qualificado na área da saúde. No
entanto, o que se constata é a ausência de um tratamento prioritário para a questão,
pois, não se dispondo de uma proposta de planejamento e de otimização do uso desse
local, sua estrutura física e administrativa se deteriora com o tempo, como de fato vem
ocorrendo.
Sugere-se que Centro Catarinense de Neurologia seja implantado no Hospital Santa
Teresa, unidade pertencente à Secretaria de Estado da Saúde, localizada no município
de São Pedro de Alcântara, primeira colônia alemã em nosso Estado e situado na área
da Grande Florianópolis.
A instituição foi inaugurada em 1940, com o objetivo de atender aos catarinenses
portadores de Hanseníase (doença, na época, conhecida como Mal de Lázaro ou
Lepra). Porém, ao longo dos anos, o modelo então adotado foi abandonado em função
da evolução no tratamento da hanseníase. O complexo hospitalar – construído no
formato de uma pequena cidade – vem dando lugar à diversificação de serviços
oferecidos à comunidade, tais como a ampliação do atendimento em Dermatologia; à
Psiquiatria, abrangendo Crônicos e Dependência Química; e uma incipiente Neurologia,
voltada principalmente para atendimento ambulatorial de sofredores de Epilepsia, de
mal de Parkinson e de vítimas da doença dos Açorianos.
Este Hospital atualmente disponibiliza serviços de saúde em níveis hospitalar e
ambulatorial, especialmente nas áreas de Dermatologia e Recuperação de
Dependentes Químicos, atendendo exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde –
SUS. O Serviço hospitalar conta com 58 leitos para Hanseníase, 05 para Clínica
Médica, 45 para o Serviço de Recuperação de Dependentes Químicos e 50 leitos na
Unidade de Psiquiatria. Estes últimos em rápido processo de desativação.
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Figura 2: Mapa da antiga Colônia Santa Teresa. Observa-se a
estrutura de uma mini-cidade.
Fonte: acervo do Hospital Santa Teresa.
Um adendo importante a ser observado e analisado é a ocupação de cinco unidades –
pavilhões – deste hospital por 21 pacientes diagnosticados com doenças psiquiátricas
egressos da Colônia Psiquiátrica Santa Ana, há mais de 16 anos. Esses pavilhões
estão, obviamente sub e mal utilizados e poderiam ser usados para prestar assistência
altamente qualificada e humanizada à população catarinense vitimada por transtornos
neurológicos.
O Hospital apresenta espaço físico suficiente para comportar o Centro Catarinense de
Neurologia proposto e conta com boas condições de acesso, através da SC-407,
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distando aproximadamente 15 km da BR-101. Longe do trânsito e da movimentação de
grandes centros, o ambiente tranqüilo e amplo e a natureza generosamente bela são
fatores positivos da escolha do local. O próprio formato do complexo hospitalar propicia
um diferencial no acolhimento dos pacientes.
Sua estrutura já conta com serviços de apoio e técnicos – como nutrição, lavanderia,
ambulância, laboratório de análises clínicas, farmácia, serviço social – e dispõe de
alternativas para realização dos exames de alto custo (Tomografia Computadorizada e
Ressonância Magnética), através da rede estadual e/ou serviço terceirizado. Já dispõe
também de corpo clínico, com dermatologistas, clínicos gerais, neurologista e
psiquiatra.
Figura 3: Pavilhão em ruínas. Figura 4: Rio Maruim.
Nossa proposta não interfere no andamento dos serviços hoje prestados no hospital.
Propomos que este continue a prestar atendimento médico nas áreas de Dermatologia
e Dependência Química, e que os residentes portadores de hanseníase residentes no
hospital também continuem a receber todos os cuidados necessários. Sugerimos
apenas que, por uma otimização da ocupação da área, os 21 pacientes psiquiátricos
que se alojam em cinco pavilhões em mau estado de conservação sejam re-alocados
para outras dependências do hospital, que se encontram desocupadas e, em melhor
estado de conservação.
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4. A PROPOSTA DA FUNDAÇÃO CATARINENSE DE NEUROLOGIA
Nosso objetivo é dotar Santa Catarina de um hospital modelo para prover assistência
digna a todo indivíduo sofredor de transtornos neurológicos, independente de seu
status econômico-social. Além disso, desenvolver a pesquisa e ensino das
neurociências em nosso país, cujo nível atual nós sabemos é incipiente. Sugere-se que
Centro Catarinense de Neurologia seja implantado no Hospital Santa Teresa, unidade
pertencente à Secretaria de Estado da Saúde, localizada no município de São Pedro de
Alcântara.
Propomos a construção de um centro de neurologia distinto. Uma estrutura horizontal,
arquitetonicamente simpática, localizada longe dos grandes centros, em harmonia com
a natureza, estruturado com as mais avançadas tecnologias, apoiado em parcerias com
institutos de ensino e pesquisa de todo o mundo.
Da mesma forma, que proporcione condições de trabalho a profissionais altamente
capacitados de forma integrada e multidisciplinar, que faça uso também de terapias
complementares reconhecidamente benéficas, e que tenha como objetivo maior a
melhora da qualidade de vida dessas pessoas e a sua re-inserção social.
Estes são os princípios que norteiam a concepção da proposta para o Centro
Catarinense de Neurologia, esboçada pela Fundação Catarinense de Neurologia e
fundamentada em conceitos de um ambiente hospitalar adequado para o atendimento
de pessoas acometidas por transtornos neurológicos.
O público-alvo deste hospital será constituído por:
1 - Portadores de enfermidades neurológicas, tais como: Cefaléias; Epilepsias;
Doenças extra piramidais como Parkinson, Coréias, Distonias; Demências, em
especial a Doença de Alzheimer; Ataxias Hereditárias como a Doença dos
Açorianos, Doença Vascular Cerebral; Doenças Neuro-Musculares; Doenças
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Desmielinizantes e; Transtornos Neuro-Psiquiátricos como Autismo,
Dependência Química e Transtornos do Humor.
2 - Acompanhantes destes portadores
3 - Funcionários administrativos
4 - Funcionários da área de saúde
5 - Estudantes
6 – Pesquisadores
A seguir, apresenta-se a relação das unidades que integrarão em conjunto o Centro
Catarinense de Neurologia, com sua área física correspondente:
UNIDADE ÁREA (m2)
Ambulatorial 1.080
Internação e UTI 995
Apoio ao Diagnóstico 656
Terapias 1.321
Apoio Técnico e Logístico 1.620
Ensino e Pesquisa 894
Apoio Administrativo 224
TOTAL 6.790
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Estruturalmente, o Centro Catarinense de Neurologia estará organizado nos seguintes
serviços e prestará atendimento às seguintes condições neurológicas:
CENTRO DE NEUROLOGIA CENTRO DE NEURO-PSIQUIATRIA Neurologia geral Transtornos somatoformes
Doença vascular cerebral Ansiedade-depressão
Doenças extra-piramidais Autismo
Doenças neuro-musculares Dependência química
Ataxias hereditárias Transtornos bipolares
Doenças desmielinizantes Síndromes esquizofrênicas
Doenças infecciosas Dor crônica
Demências
Epilepsias CENTRO DE NEURO-RADIOLOGIA Cefaléias Neuro-radiologia diagnóstica
Neuro-radiologia intervencionista
CENTRO DE NEUROCIRURGIA
Doenças vasculares CENTRO DE NEUROFISIOLOGIA Neoplasias Serviço de eletroencefalografia
Coluna vertebral Serviço de eletromiografia
Trauma Serviço de potencial evocado
Epilepsia
Estereotaxia CENTRO DE PESQUISA EM NEURO-CIÊNCIAS
Neurocirurgia futurista (laser,
gama-knife,etc)
CENTRO DE NEURO-REABILITAÇÃO CENTRO DE NEURO-GERIATRIA
CENTRO DE NEURO-GENÉTICA CENTRO DE NEURO-CARDIOLOGIA
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CENTRO DE NEURO-EPIDEMIOLOGIA CENTRO DE NEURO-PEDIATRIA
CENTRO DE NEURO-OFTALMOLOGIA CENTRO DE NEURO-ONCOLOGIA
CENTRO DE TERAPIAS COMPLEMENTARES
CENTRO DE NEURO-PSICOLOGIA
Na unidade de Terapias Complementares serão incluídas diversas terapias de
reconhecido valor, mas que seguem completamente ignoradas pela Medicina ortodoxa,
que por sua vez, insiste focar-se à exaustão em uma terapia medicamentosa abusiva e
pouco inteligente. Reconhecemos a musicoterapia, hidroterapia, equoterapia, arte,
massoterapia, cromoterapia, aromoterapia e técnicas orientais diversas tais como
Acupuntura e Medicina Ayurvédica como terapias altamente eficazes e benéficas no
complemento ao tratamento dos pacientes.
Além disso, a título de laborterapia, serão criadas oficinas que permitam a recuperação
de capacidade laborativa ou do aprendizado de um ofício compatível com a limitação
neurológica da pessoa vitimada. Tais aspectos são de enorme relevância, não somente
por facilitarem a inserção sócio-econômica destes pacientes na sociedade, conferindo-
lhes cidadania; mas principalmente, por mantê-los conectados à vida na sua plenitude.
Nota: As Unidades acima descritas serão paulatinamente instaladas; dando-se
prioridade inicial àquelas listadas em I e II. Cada unidade ou serviço neurológico
implicará em ter pelo menos um profissional especialista da área. Todas as pessoas
terão o seu primeiro atendimento na unidade de Neurologia Geral, e quando
necessário, estes profissionais encaminharão o paciente para avaliação na sub-
especialidade.
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Figura 5: Estrutura do futuro Centro Catarinense de Neurologia com suas
respectivas unidades.
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5. VIABILIDADE
Para a concretização da proposta, a Fundação Catarinense de Neurologia requer ao
Governo do Estado de Santa Catarina, através da Secretaria do Estado da Saúde, a
cessão em comodato de parte do Hospital Santa Teresa; uma área aproximada de 15
hectares. O contrato de cessão em comodato da área seria vigente por 20 anos, sendo
passível de renovação. As condições contratuais poderão vincular a execução das
atividades estabelecidas no cronograma ao longo do prazo do comodato à qualidade da
prestação do serviço a ser oferecido sob a responsabilidade da cessionária, no caso, a
Fundação Catarinense de Neurologia, fiscalizada pela Secretaria de Saúde. Poderão
ser também estabelecidos de comum acordo alguns parâmetros de acompanhamento
para avaliação periódica que possam mensurar os aspectos qualitativos dos serviços
ofertados aos pacientes.
A Fundação Catarinense de Neurologia (FCN) é uma entidade jurídica de direito
privado sem fins lucrativos, de interesse coletivo e de utilidade pública, cujo objetivo é
prestar assistência médica qualificada e gratuita a todos os níveis da população e
desenvolver atividades educacionais e de pesquisa no campo da saúde. Assim sendo,
esta Fundação preenche todos os pré-requisitos necessários para se qualificar como
uma OS (Organização Social) ou OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público), como também é conhecida. Qualificando-se como uma OS, a FCN poderá
estabelecer parcerias e convênios com todos os níveis de governo e órgãos públicos
(federal, estadual e municipal), e também, estabelecer parcerias e convênios com a
iniciativa privada, que se beneficia no processo através de incentivos fiscais.
Desta forma, através da captação de recursos tanto do setor privado quanto de
entidades públicas e, da eficiência e transparência administrativa que uma organização
político-jurídica como essa requer, a FCN pretende viabilizar econômica e
financeiramente o Centro Catarinense de Neurologia.
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6. PARCERIAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
Em um projeto deste porte é fundamental estabelecer e firmar parcerias e convênios
com institutos de neurologia e instituições de pesquisa e ensino em neurociências hoje
referência no mundo, objetivando gerar e partilhar conhecimento e tecnologias; com
fundações e associações afins procurando fortalecer vínculos assistenciais; e, com
empresas biomédicas visando atrair capital investidor no desenvolvimento de
tecnologias avançadas.
A Fundação Catarinense de Neurologia pretende viabilizar o projeto de construção e
manutenção do Centro Catarinense de Neurologia através das seguintes parcerias:
• Institutos de Neurologia de alguns países do primeiro mundo, a citar, por
exemplo, o INSTITUTO DE NEUROLOGIA DO QUEEN SQUARE e o
CHALFONT CENTER OF EPILEPSY sediados em Londres, no qual o
idealizador e coordenador do Projeto, Dr. Paulo C. Trevisol Bittencourt,
especializou-se em Epileptologia e tendo inclusive mantido contato preliminar
com retorno positivo em apoio à proposta do Centro de Neurologia ora
proposto. Um desses contatos, Dr. Jwas Sander, professor emérito e
conselheiro do departamento de Pesquisas deste Instituto, demonstra apoio
expresso e formal a este projeto. O Instituto de Neurologia do Queen Square
promove ensino e pesquisa da mais alta qualidade em neurologia e
neurociências, forma e qualifica profissionais nas áreas de neurologia,
neurocirurgia, neuropsiquiatria, neuroradiologia, neuropatologia e
neurofisiologia. É um centro de referência internacional em pesquisa e pós-
graduação em neurociências que recentemente, recebeu a qualificação máxima
da HEFCE (Higher Education Funding Council for England), instituição
governamental que promove e investe em pesquisa e ensino de alta qualidade
na Inglaterra.
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• Também pretendemos firmar parcerias com outros Institutos voltados para a
área das Neurociências que são referências no mundo como o INSTITUTO
KAROLINSKA em Estocolmo e a CLÍNICA MAYO nos EUA. A CLÍNICA MAYO
é referência nesta concepção de atendimento médico inter e multidisciplinar
altamente qualificado e sem fins lucrativos. Mais de 2.500 médicos de diversas
especialidades médicas e cientistas, aliados a 42.000 profissionais da área da
saúde trabalham juntos para cuidar dos pacientes, orientados por uma filosofia
que prioriza as necessidades do paciente em primeiro lugar. O INSTITUTO
KAROLINSKA é uma das maiores universidades médicas da Europa, e o maior
centro médico de ensino e pesquisa da Suécia. Todos os anos, um comitê do
instituto aponta os indicados para os prêmios Nobel em Medicina.
• Universidades públicas nacionais, em especial a UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SANTA CATARINA (UFSC) e a UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA
CATARINA (UDESC), mas também, outras universidades públicas referências
no país como a UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR),
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFGRS) e a
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO (USP).
• Universidades privadas nacionais, de destaque estadual como a
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA (UNISUL), UNIVERSIDADE
DO VALE DO ITAJAÍ (UNIVALI) e UNIVERSIDADE REGIONAL DE
BLUMENAU (FURB).
• Universidades do exterior, a citar a UNIVERSIDADE DE LONDRES, onde o
idealizador e coordenador do Projeto, Dr. Paulo C. Trevisol Bittencourt, possui
diversos contatos e especializou-se em Epileptologia sob supervisão do
professor Simon David Shorvon. A UNIVERSIDADE DE LONDRES, fundada
em 1836 é uma federação de colégios e instituições situada em Londres. Junto
constituem uma das maiores e mais qualificadas universidades do mundo.
• Fundações e Associações afins, como a ASSOCIAÇÃO DOS PORTADORES
DE EPILEPSIAS E SÍNDROMES CONVULSIVAS (APPESC), cujo atual vice-
presidente é o idealizador e coordenador do Projeto, Dr. Paulo C. Trevisol
Bittencourt. A APPESC é uma Organização Não Governamental filantrópica, de
abrangência nacional, com prioridade de informar o público em geral através de
panfletos elucidativos sobre a ocorrência das epilepsias, prevenção, primeiros
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socorros, tratamentos disponíveis e encaminhamentos adequados em
linguagem acessível, além de palestras, cursos de capacitação direcionados a
profissionais multidisciplinares, atendimento ao público em sistema de mutirão,
participando também das atividades das comissões de Direitos Humanos no
município e Estado de São Paulo, nas atividades da Câmara Municipal de São
Paulo e Assembléia Legislativa de São Paulo, no Fórum dos Portadores de
Patologias Crônicas do Estado de São Paulo.
• Empresas biomédicas, que atuem no ramo das Neurociências, a citar
laboratórios farmacêuticos como a ROCHE e o ACHÉ, assim como, indústrias
de equipamentos e instrumentos médicos como a BOSTON SCIENTIFIC e a
JOHNSON&JOHNSON. A F. HOFFMANN-LA ROCHE AG, conhecida
simplesmente por ROCHE, é considerada uma empresa internacional de
referência em produção e qualidade farmacêutica. No Brasil, ocupa o terceiro
lugar em participação no mercado farmacêutico, movimentando
aproximadamente 1,5 bilhão de reais na economia do país. A direção executiva
desta empresa previamente já contatada expressou suas intenções em investir
neste projeto, tendo acenado com reais possibilidades de subsidiarem apoio à
proposta.
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7. RECURSOS HUMANOS
A Fundação Catarinense de Neurologia (FCN), instituída em Junho de 2004, é uma
entidade jurídica de direito privado sem fins lucrativos, de interesse coletivo e de
utilidade pública, cujo objetivo é prestar assistência médica qualificada e gratuita a
todos os níveis da população e desenvolver atividades educacionais e de pesquisa no
campo da saúde.
Seu fundador, idealizador e coordenador desse Projeto: PAULO CÉSAR TREVISOL
BITTENCOURT, é professor do Departamento de Clínica Médica da Universidade
Federal de Santa Catarina. A seguir, um breve resumo de seu Curriculum Vitae.
FORMAÇÃO ACADÊMICA: mestrado pela Universidade de Londres, Inglaterra; título:
"Redução de drogas em pacientes com epilepsias refratárias à politerapia anti-
epilética", ano de obtenção: 1993. Graduação em medicina pela Universidade Federal
de Santa Catarina, ano de obtenção: 1980. EXPERIÊNCIA NA ÁREA DO PROJETO:
Especialização em Epileptologia pela Universidade de Londres. National Hospital for
Nervous Diseases - Chalfont Centre for Epilepsy, London - UK, Médico neurologista do
INAMPS/SUS, lotado na Policlínica Regional I, Florianópolis/SC, desde Fevereiro de
1984. Presidente do Centro de Estudos do Hospital Universitário/UFSC, desde 1992 até
a presente data. É Fellow of the World Federation of Neurology, 1985,
Hamburg/Germany e membro consultor de diversos jornais científicos na área.
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8. PRAZOS E INVESTIMENTO
Descrição e Cronograma das Atividades: 1. Efetivação da viabilidade político-jurídica e econômico-financeira do projeto.
2. Aprimoramento técnico do projeto.
3. Construção das Unidades Ambulatorial e de Terapias.
4. Funcionamento das Unidades Ambulatorial e de Terapias, construção e
funcionamento das Unidades de Apoio Técnico e Logístico e Apoio
Administrativo.
5. Construção das Unidades de Internação, priorizando-se os serviços de
Neurologia e Neuro-Psiquiatria.
6. Construção e funcionamento da Unidade de Apoio ao Diagnóstico, do Centro
Cirúrgico e UTI.
7. Construção e funcionamento da Unidade de Ensino e Pesquisa.
ATIVIDADES 1°ano 2°ano 3°ano 4°ano 5°ano
1. VIABILIDADE POLÍTICO-JURÍDICA E ECONÔMICA E FINANCEIRA
2. APRIMORAMENTO TÉCNICO
3. UNIDADE AMBULATORIAL E UNIDADE DE TERAPIAS
4. UNIDADES DE APOIO TÉCNICO E LOGÍSTICO E APOIO ADMINISTRATIVO
5. UNIDADES DE INTERNAÇÃO
6. UNIDADES DE APOIO AO DIAGNÓSTICO, CENTRO CIRÚRGICO E UTI
7. UNIDADE DE ENSINO E PESQUISA
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O valor estimado para o investimento do Centro de Neurologia considerando as obras
civis conforme a área total indicada e equipamentos hospitalares necessários é em
torno de 21,5 milhões de reais, conforme planilha abaixo.
ATIVIDADES VALORES ESTIMADOS
1. APRIMORAMENTO TÉCNICO DO PROJETO 400.000,00
2. UNIDADE AMBULATORIAL 2.000.000,00
3. UNIDADE DE TERAPIAS 2.500.000,00
4. UNIDADES DE APOIO TÉCNICO E LOGÍSTICO E APOIO ADMINISTRATIVO
3.500.000,00
5. UNIDADES DE INTERNAÇÃO 1.500.000,00
6. UNIDADES DE APOIO AO DIAGNÓSTICO, CENTRO CIRÚRGICO E UTI
2.500.000,00
7. UNIDADE DE ENSINO E PESQUISA 1.500.000,00
8. APARELHAGEM (Unidades de Terapias, Apoio Diagnóstico,
Centro Cirúrgico, UTI, Ensino e Pesquisa)
4.000.000,00
TOTAL GERAL 21.500.000,00
CENTRO CATARINENSE DE NEUROLOGIA
COMO TRANSFORMAR UM ANTIGO LEPROSÁRIO EM UM MODERNO CENTRO DE NEUROLOGIA
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CENTRO CATARINENSE DE NEUROLOGIA
UMA PROPOSTA
UMA NECESSIDADE
UM IDEAL