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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA CURSO TÉCNICO EM CONTABILIDADE GESTÃO ESTRATÉGICA DE ESTOQUES COMO FATOR FUNDAMENTAL DE COMPETITIVIDADE EM EMPRESAS COMERCIAIS. ADRIANO JUNIOR BARELA JOSE APARECIDO ORTEGA JULIO CESAR TRINDADE LEONARDO BIAZAO BARRETO RENAN MARQUES DE SOUZA PALMITAL 2014

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA CURSO TÉCNICO EM CONTABILIDADE

GESTÃO ESTRATÉGICA DE ESTOQUES COMO FATOR FUNDAMENTAL DE COMPETITIVIDADE EM EMPRESAS

COMERCIAIS.

ADRIANO JUNIOR BARELA

JOSE APARECIDO ORTEGA

JULIO CESAR TRINDADE

LEONARDO BIAZAO BARRETO

RENAN MARQUES DE SOUZA

PALMITAL

2014

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ADRIANO JUNIOR BARELA

JOSE APARECIDO ORTEGA

JULIO CESAR TRINDADE

LEONARDO BIAZAO BARRETO

RENAN MARQUES DE SOUZA

GESTÃO ESTRATÉGICA DE ESTOQUES COMO FATOR FUNDAMENTAL DE COMPETITIVIDADE EM EMPRESAS

COMERCIAIS.

Trabalho de conclusão de curso apresentado à ETEC prof. Mário Antônio Verza, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Técnico em Contabilidade Orientador: Prof. Roberto Gabriel Ronqui.

PALMITAL 2014

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA

ADRIANO JUNIOR BARELA

JOSE APARECIDO ORTEGA

JULIO CESAR TRINDADE

LEONARDO BIAZAO BARRETO

RENAN MARQUES DE SOUZA

GESTÃO ESTRATÉGICA DE ESTOQUES COMO FATOR FUNDAMENTAL DE COMPETITIVIDADE EM EMPRESAS

COMERCIAIS.

APROVADO EM ____/____/____

BANCA EXAMINADORA:

__________________________________________________________ ROBERTO GABRIEL RONQUI – ORIENTADOR

__________________________________________________________ JOSÉ MARCELINO CALEGARI – EXAMINADOR

__________________________________________________________ CLEISON FARIA COUTINHO – EXAMINADOR

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DEDICATÓRIA Аоs meus amigos, pelas alegrias, tristezas е dores compartilhas. Com vocês, as pausas entre um parágrafo е outro de produção melhora tudo о qυе tenho produzido na vida.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente а Deus que nos permitiu que tudo isso acontecesse,

ao longo do desenvolvimento deste trabalho, е não somente nestes anos no curso

técnico, mas que em todos os momentos é o maior mestre que alguém pode

conhecer.

Nosso muito obrigado ao nosso orientador, o Professor Roberto Gabriel

Ronqui pelo auxílio seguro e oportuno durante todo o processo de orientação deste

trabalho, pois aliado à sua experiência profissional e intelectual, todas as dicas e

instruções foram imprescindíveis para o desenvolvimento e conclusão deste

trabalho.

E não podemos deixar de citar o apoio e dedicação do professor José

Marcelino Calegari, que com seu conhecimento e profissionalismo nos deu ânimo e

incentivo nos momentos mais difíceis para o desenvolvimento deste trabalho.

Também agradecemos aos nossos familiares por nos terem apoiado e

entendido a nossa ausência, não só durante as aulas, mas especialmente durante o

processo de desenvolvimento deste trabalho.

Enfim, a todos, o nosso grande muito obrigado!

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EPÍGRAFE "A estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória. Tática sem estratégia é o ruído antes da derrota.”

(Sun Tzu)

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RESUMO O presente Trabalho de Conclusão do Curso Técnico de Contabilidade abordará o tema de gestão estratégica de estoques como fator fundamental de competitividade em empresas comerciais. Visando reduzir seus custos de estoque através da análise minuciosa dos dados extraídos nas mesmas e mostrar aos empresários que um bom gerenciamento de estoque e o uso correto de seu sistema de controle têm como consequência maior rentabilidade para a empresa, vantagem diante seus concorrentes e estará pronta para enfrentar fortemente o mercado. Para o desenvolvimento do trabalho foi abordado à história da contabilidade, os tipos de custos, custeios, manutenções, estratégias, evolução dos sistemas e as comparações entre os dados fornecidos no decorrer do estudo, possibilitando a reflexão do grupo nas propostas a serem apresentadas as empresas, uma alternativa de redução de custos para aferir o resultado positivo no setor financeiro e contábil.

Palavras-chave: Planejamento; Estratégia; Custo; Competitividade.

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – Quantidade de empresas que possuem um sistema automatizado para controle de estoque. ………………………………………......

25

GRÁFICO 2 – Relatórios utilizados no dia a dia para repor os estoques............

26

GRÁFICO 3 – Informações disponíveis para os envolvidos com os processos de compra e abastecimento................................................................................

27 GRÁFICO 4 – Frequência com que as empresas realizam o controle de estoque................................................................................................................

28

GRÁFICO 5 – O meio de apuração do custo de estoque nas empresas.............

29 GRÁFICO 6 – Serviços contábeis utilizados nas empresas................................

30

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

PEPS – Primeiro que Entra Primeiro que Sai

UEPS – Ultimo que Entra Primeiro que Sai

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................... 11

1.1. OBJETIVOS.............................................................................. 1.1.1 OBJETIVO GERAL................................................................................... 1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.....................................................................

1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...................................................... 1.2.1 Procedimentos................................................................................. 1.2.2 Técnicas de pesquisa......................................................................

11 11 11 12 12 12

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................... 13

2.1 A EVOLUÇÃO HISTÒRICA DA CONTABILIDADE....................................... 15 2.2 HISTÓRIA DA GESTÃO DE ESTOQUE........................................................ 16 2.3 CONCEITOS DE ESTRATÉGIA.................................................................... 2.4 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ESTRATÉGIA................................................. 2.5 CUSTOS....................................................................................................

3. CONCEITO DE COMPETITIVIDADE...........................................

16 17 18 21

3.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA COMPETITIVIDADE.................................. 21 3.2 GLOBALIZAÇÃO E A COMPETITIVIDADE................................................... 3.3 FATORES DETERMINANTES DA COMPETITIVIDADE.............................. 3.3.1 Fatores Empresariais................................................................................ 3.3.2 - Fatores Estruturais................................................................................... 3.3.3 - Fatores Sistêmicos...................................................................................

4. RESULTADOS..............................................................................

22 23 23 24 24 25

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................... 31

REFERÊNCIAS................................................................................. 32

APÊNDICES...................................................................................... 35

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1- INTRODUÇÃO

Considerando que a falta de um bom planejamento de controle de estoques

pode acarretar prejuízos para a empresa, pois a alta competitividade do mercado

tem compelido as organizações a buscarem formas eficientes e eficazes de atuação,

que forneçam a redução de custos, se tornarem mais competitivas, permitindo a

otimização sistêmica dos processos organizacionais na gestão de estoques.

Há uma grande dificuldade nas empresas em definir qual método de custeio é

mais apropriado para elaboração do planejamento de custo, pois a escolha é de vital

importância para definir as estratégias a serem tomadas para redução dos custos, e

definir quais alternativas trazem maior rentabilidade.

A identificação, e classificação dos custos nas empresas são de grande valor

para agregá-los corretamente a planilha de custos das mesmas, possibilitando

gerenciar melhor seu serviço de controle em seu estoque e obtendo uma análise

coerente dos dados nela apresentados.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo é mostrar para os empresários a forma adequada e correta para

um desenvolvimento eficaz do gerenciamento de estoques e suas ferramentas, com

isto podendo melhorar sua rentabilidade, além de conquistar um diferencial perante

a seus concorrentes.

1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O objetivo principal é demonstrar que um bom gerenciamento de estoque a

partir do momento que é executado com todas suas ferramentas corretamente, seja

na utilização de sistemas avançados de controle, pessoas com treinamento

adequado para função ou a forma de estocagem correta aumenta a rentabilidade da

empresa e com isto obtêm uma vantagem muito significativa e positiva perante seus

concorrentes.

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1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O presente trabalho de conclusão de curso tem como base principal

pesquisas feitas com várias empresas, em monografias e artigos na internet sobre o

tema escolhido, sendo complementado com uma pesquisa de campo em empresas

de Palmital, escolhidas aleatoriamente no comércio varejista, as quais podem se

beneficiar com os resultados obtidos.

1.2.1 Procedimentos

Para a realização deste trabalho de pesquisa serão utilizados como um dos

procedimentos, questionários direcionados para a gestão de estoques da empresa,

com perguntas fechadas e abertas acrescentando-se alguns comparativos práticos,

para se obter informações das empresas de como controlam e gerenciam seus

estoques e se possuem informações de relatórios gerenciais para tomada de

decisões.

1.2.2. Técnicas de Pesquisa

Neste presente trabalho será utilizada como parte de coleta de dados a

documentação indireta, realizando pesquisas em monografias e livros onde se

retrata o controle gerencial de estoques com a função de transmitir dados para

auxiliar a administração e com isso trazendo um aumento da rentabilidade nas

empresas nas tomadas de decisões. E como documentação direta será empregada

como forma de pesquisa uma entrevista com as pessoas responsáveis pelo

gerenciamento de estoques e compras.

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2- REFERENCIAL TEÓRICO

Pode-se afirmar que a eficiência da empresa depende do seu gerenciamento.

Para muitas empresas comerciais, os estoques representam valores expressivos,

necessitando, de controles eficientes para fornecer informações gerenciais para a

tomada de decisões e formação de seus custos.

Com o gerenciamento correto, é possível aumentar a lucratividade da

empresa, melhorar o fluxo de caixa, com isto possibilitando o aumento do sucesso

em relação aos concorrentes.

Neste sentido, a gestão eficiente dos recursos aplicados no estoque pode

diferenciar a empresa das demais, otimizando os espaços físicos e ainda,

gerenciando produtos com maior giro e lucratividade.

A partir das pesquisas teóricas realizadas, podem ser destacadas as revisões

bibliográficas abaixo:

A gestão de estoque é uma ferramenta essencial para apoiar os principais propósitos de toda empresa: lucro e a satisfação dos clientes. “Quem faz um controle eficiente do estoque, frequentemente, consegue praticar melhores preços, atende com agilidade e tem mais qualidade no serviço prestado ou produto comercializado”, ressalta MESSIAS, consultor do Sebrae-SP (2012).

Portanto conforme cita o autor, o gerenciamento de estoques se torna um

ponto imprescindível para o sucesso das empresas. O bom controle dos estoques é

necessário para a manutenção e conquista de novos clientes, pois, se a empresa

possui produtos de qualidade e disponíveis para atender o cliente no momento em

que ele precisa, trará a possibilidade de obter melhores resultados operacionais.

“Novos parâmetros para medir eficiência têm influenciado, nos últimos tempos, o rumo das empresas no mercado competitivo. Em um passado não tão distante, conhecemos histórias de empresas de grandes nomes, que pareciam sólidas, e se tornaram marcas de prestígio e credibilidade, mas que - como num passe de mágica – sucumbiram, não somente pela concorrência, mas pela própria desorganização de seus métodos.” MOURA, (2004, p. 1).

O gerenciamento dos estoques também é uma peça fundamental para que as

empresas se mantenham no mercado devido às concorrências de outras entidades

que atuam no mesmo ramo de atividade.

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"A gestão de estoques deve priorizar o menor custo possível sem a ocorrência de falta de matérias. Para obter um resultado positivo, é preciso a elaboração de alguns controles e a aplicação de indicadores de controle que garantam a acuracidade do estoque.” PAOLESCHI. (2012,p.40)

O empreendedor deve se atentar que o melhor nível de estoque não é o

máximo que a empresa pode armazenar e sim uma quantidade suficiente para

atender as necessidades até o período da próxima reposição, somado de um

estoque de segurança para atender a demanda de clientes em caso de compras

extras ou então para prevenção contra eventuais atrasos dos fornecedores.

“Uma empresa deve cuidar da gestão de estoques como o principal fundamento de todo o seu planejamento tanto estratégico como operacional, porque um controle correto dos estoques elimina desperdícios de tempo, de custo, de espaço e vai atender o cliente no momento em que ele deseja.” PAOLESCHI,(2012,p.40)

A curva ABC é uma ferramenta de grande importância ao administrador em

relação ao requisito controle de estoque, pois possibilita a identificação de itens que

justificam atenção e tratamento mais adequado em se tratando de sua importância

relativa.

Quando são ordenados de acordo com sua importância as classes da curva

ABC podem ser definidas da seguinte forma: a classe A que corresponde aos itens

de maior importância, investimento ou quantidade, normalmente são o de menor

quantidade consumida e podem ser vistos também como os de menor demanda e

que se deve ter total atenção, tratamento preferencial e procedimentos metódicos; a

classe B com importância, quantidade ou valor intermediário a classe A e B são os

itens aonde a procura é de média necessidade e a classe C que corresponde aos

produtos de menor valor e que deve conter maior quantidade de itens.

Neste sentido NAKAGAWA (1994), apud LAUSCHNER (2004, p.75) afirmam

que:

os produtos surgem como consequências das atividades consideradas necessárias para sua fabricação. O objetivo do ABC é o de rastrear as atividades mais relevantes, identificando-se as mais diversas rotas de consumo dos recursos da empresa. Através da análise de atividade, busca-se planejar e realizar o uso eficiente eficaz dos recursos da empresa.

Segundo MOURA (2004), a curva ABC é elaborada conforme a

proporcionalidade financeira que cada investimento tem no estoque. Com a

classificação em relação ao valor de cada item estocado é possível reconhecer

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produtos que devem ter um tratamento diferente dos demais. O controle estratégico

feito dessa forma simplifica e racionaliza a estocagem, sendo assim a relação tempo

x dinheiro se torna fator dominante na empresa.

2.1 A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CONTABILIDADE

SCHMIDT (2000), apud BUESA (2010, p.11): pondera que:

embora se tenha por costume considerar a obra La Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalitá do Frei Luca Pacioli como o nascimento da Contabilidade, uma série de descobertas arqueológicas vem alterando esse pensamento, levando-se a refletir a Contabilidade como advinda da era pré-histórica, juntamente com a origem das civilizações. Baseado no Atlas da História do Mundo (1995), as primeiras civilizações foram surgindo há aproximadamente 6.000 anos, partindo dos diversos vilarejos agrícolas existentes nos contrafortes montanhosos do Oriente Próximo. A primeira foi a da Mesopotâmia, aproximadamente, em 3.500 a.C.

Segundo FRANCO JR (2014) o período medieval foi período importante na

história do mundo, especialmente na história da Contabilidade. A indústria artesanal

proliferou com o surgimento de novas técnicas no sistema de mineração e

metalurgia. O comércio exterior incrementou-se por intermédio dos venezianos,

surgindo, como consequência das necessidades da época, o Livro-Caixa, que

recebia registros de recebimentos e pagamentos em dinheiro. Já se utilizavam, de

forma rudimentar, o Débito e o Crédito, oriundos das relações entre direitos e

obrigações, e referindo-se, inicialmente, a pessoas.

Segundo o PORTAL GESBANHA, (2008):

O período moderno foi a fase da pré-ciência. Devem ser citados três eventos importantes que ocorreram neste período: em 1493, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios bizantinos emigrassem, principalmente para Itália; em 1492, é descoberta a América e, em 1500, o Brasil, o que representava um enorme potencial de riquezas para alguns países europeus; em 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos na Europa, emigram para as Américas, onde se radicaram e iniciaram nova vida.

De acordo com PERDIGÃO et al (2008) houve um salto para o período

cientifico, quanto em suas práticas ficando mais dinâmica e precisa. Outro fato

contribuído foi a invenção da primeira máquina de somar em 1642. A partir daí foram

ocorrendo vários aperfeiçoamentos na tal máquina para chegar aos modelos

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utilizados hoje, e que aprimoraram também e hoje implantadas ao computador que

auxiliam o profissional contemporâneo.

2.2 HISTÓRIAS DA GESTÃO DE ESTOQUE.

Como descrito desde a primeira espécie humana já se preocupava com a

formação de estoque, seja para a guarda de uma alimentação em período escasso

ou para guardar suplementos de combate.

Desde os primórdios da humanidade tem-se registro da preocupação de diferentes povos com o dimensionamento, a formação e preservação de estoques, seja para garantir a alimentação por certo período de tempo, seja como forma de acumular recursos utilizados em combates, ou para enfrentar períodos de escassez. AYRES, (2009, p. 83).

Segundo ORTEGA et al(2013, p.15):

[...] passando pela revolução industrial onde se produzia, estocava, vendia ou trocava começando a se tornar uma atividade comum entre as organizações, que devido à concorrência acirrada passaram a valorizar e a dar maior importância aos seus métodos de estocagem, os tornando fatores fundamentais para que elas pudessem se manter competitivas. Um fator importante a ser colocado em pauta na revolução industrial é a troca de mão de obra artesanal por máquinas, onde em função da demanda, a produção passou a ser feita em larga escala, fazendo com que as empresas identificassem que o “diferencial” poderia estar dentro delas mesmas, isto é, elas perceberam que poderiam enxugar seus custos e despesas apenas otimizando seus processos de estocagem. A constante evolução fabril trouxe essa necessidade átona para os empresários, que cada vez buscaram atualizar seus processos através de instrumentos tecnológicos de acordo com o tamanho e necessidade de cada empresa.

2.3 CONCEITOS DE ESTRATÉGIA

Conforme THOMPSON JUNIOR. e STRICKLNAD III (2000): a estratégia

auxilia os empresários a alcançar um desempenho de alto nível, promovendo

determinado planejamento para que a satisfação dos clientes seja completa.

MICHEL (1990) partilha de uma visão mais operacional do conceito de

estratégia, definindo-a como “a decisão sobre quais recursos devem ser adquiridos e

usados para que se possam tirar proveito das oportunidades e minimizar fatores que

ameaçam a consecução dos resultados desejados.”

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2.4. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ESTRATÉGIA

Uma grande obra que teve seu principal uso no ambiente militar, possui mais

de dois milênios e foi criado por SUN TZU, chamado de: um tratado da arte da

guerra.

Neste sentido SUN TZU (544-496 a. C.) menciona que:

A grande sabedoria não é algo óbvio, o mérito grande não se anuncia. Quando és capaz de ver o sutil, é fácil ganhar; que tem isto que ver com a inteligência ou a bravura? Quando se resolvem os problemas antes de que surjam, quem chama isto inteligência? Quando há vitória sem batalha, quem fala de bravura? Assim, pois, os bons guerreiros tomam posição em um terreno no que não podem perder, e não passam por alto as condições que fazem a seu adversário inclinar-se à derrota. Em consequência, um exército vitorioso ganha primeiro e inicia a batalha depois; um exército derrotado luta primeiro e tenta obter a vitória depois. Esta é a diferença entre os que tem estratégia e os que não tem planos premeditados.

As figuras a seguir apresentam os marcos em desenvolvimento da evolução

sobre estratégia e gestão estratégica: Figura 1: Evolução estratégica.

Fonte: (ACADEMIA, 2014).

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Figura 2: Continuação – Evolução estratégica.

Fonte: (ACADEMIA, 2014).

2.5 CUSTOS

As mudanças de hábitos criados nos consumidores se refletem diretamente

no ciclo de vida do produto. As empresas devem estar em constante alerta,

posicionadas estrategicamente e munidas de informações para a adaptação de seus

produtos frente às exigências dos consumidores. Uma forma de avaliar o ciclo de

vida dos produtos ou serviços, segundo SLACK (1999), apud LAUSCHNER (2004,

p.57) “é do momento em que é introduzido por uma empresa ao ponto em que os

clientes não estão mais interessados em compra-lo”.

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De acordo com COOPER e KAPLAN (1988), apud LAUSCHNER (2004, p.57)

um sistema baseado em atividades pode retratar os custos do produto radicalmente

diferente dos dados gerados pelos sistemas tradicionais. Estas diferenças crescem

devido à abordagem mais sofisticada do sistema sobre custos indiretos de

fabricação e administração, e outros recursos da organização, primeiro em

atividades, depois aos produtos que geram a demanda por estes recursos indiretos.

Com vista a encontrar alternativas para estas questões, emerge a gestão

estratégica de custos. Ela pretende fornecer as informações de custos necessárias

para apoiar adequadamente as decisões estratégicas e operacionais, para a

aquisição e utilização eficiente e eficaz de recursos produtivos, abrangendo todo

ciclo de vida dos produtos.

Com vistas às alterações do ciclo de vida dos produtos, os gestores buscam

adaptar-se às exigências dos consumidores. A produção em massa cede seu lugar a

uma produção personalizada. Estratégias organizacionais e tecnológicas devem ser

implementadas nas empresas. LAUSCHNER (1997, p.57).

PORTER (1989, p.57-58) refere que:

O comportamento dos produtos de uma empresa provem das atividades por ela executadas. Uma análise significativa dos custos examina os custos dentro destas atividades. Cada atividade de valor tem sua própria estrutura de custos e seu comportamento pode ser afetado por elos e inter-relações com outras atividades dentro e fora da empresa.

Custeio direto ou variável, na visão de MARTINS (1998) apud LAUSCHNER

(2004, p.56):

Significa apropriação de todos os custos variáveis, quer diretos quer indiretos, e tão-somente dos variáveis. Portanto, só são alocados aos produtos os custos vaiáveis, ficando os fixos considerados como despesas do período, indo diretamente para o Resultado; para os estoques só vão, como consequência, custos variáveis.

Para DRUCKER, (1998) apud LAUSCHNER (2004, p.60):

O negócio de uma empresa não é definido pelo produtor, mas sim pelo consumidor. Não é definido pelo nome, pelos estatutos ou pelo regimento interno da empresa, mas sim pelas necessidades do consumidor que são satisfeitas quando adquire um produto ou serviço. O que o consumidor vê, pensa, acredita e quer num dado momento tem que ser aceito pela administração.

Para que a contabilidade de custos exerça seu papel, ela deverá gerar

informações que atendam os anseios dos seus mais diversos usuários. Segundo

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LEONE (1996) apud LAUSCHNER (2004, p.80) as necessidades gerencias solicitam

inúmeras informações para o desempenho de suas funções, como informações que

ajudam a determinação da rentabilidade; a avaliação e o retorno do capital investido;

informações que auxiliam o controle das operações e do desempenho diário da

atividade da empresa; informações que servem ao planejamento estratégico e ao

processo decisório.

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3- CONCEITO DE COMPETITIVIDADE

A competitividade pode ser alcançada com um conjunto de ferramentas e

ações que dão a possibilidade de a empresa chegar aos seus objetivos, sejam eles

de crescimento ou mesmo de maiores rentabilidades.

FERRAZ, KUPFER e HAGUENAUER (1995, p.3) reforçam que a

competitividade é “[...] a capacidade de a empresa formular e programar estratégias

concorrenciais que lhe permitam ampliar ou conservar, de forma duradoura, uma

posição sustentável no mercado”.

3.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA COMPETITIVIDADE

Segundo SALGADO et al (2012), por volta do ano 6.000 a.C., foi a época que

surgiram na localidade da Mesopotâmia e do Egito as cidades, sendo que ao mesmo

tempo as desigualdade sociais. Na citada época, chamada de Idade dos Metais, foi

quando as ferramentas e instrumentos puderam ser aprimorados, e neste panorama

que se começaram as disputas pelo poder, acontecendo de tal forma: os poderosos

tomavam as terras e os bens dos mais fracos, demonstrando cada vez mais que o

homem era vulnerável perante as suas necessidades de sobrevivência e ainda,

perante a evolução da sua espécie.

SALGADO et al (2012) também menciona que entre os séculos XVI e XVIII,

houve mudanças enormes estabelecendo-se assim um novo modo de enxergar o

mundo, como exemplo citou o nascimento da igreja protestante sob o protagonismo

de Martinho Lutero. No século XVIII em território britânico a mentalidade econômica

dos empresários, consumidores e os operários foi modificada com a Revolução

Industrial. Na primeira Revolução Industrial ocorrida entre 1760 a 1850, aconteceram

diversas descobertas, sendo que a maior parte utilizadas para resolver problemas

que possam alcançar vantagens sobre os concorrentes, ampliando assim a

competitividade.

Na Segunda Revolução Industrial ocorrida em 1850, houve um ligeiro

aumento no processo de industrialização, isso se deve ao fato de que o uso do aço

naquela época se tornou mais constante como pode ser visto na afirmação:

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Durante a Segunda Revolução Industrial (1850) o processo de industrialização entrou num ritmo acelerado, a partir da difusão do uso do aço, da descoberta de novas fontes energéticas como a eletricidade e o petróleo, junto à modernização do sistema de comunicações. A Revolução Industrial em pouco tempo espalhou-se por todo o continente europeu e pelo resto do mundo, atingindo a Bélgica, a França, a Itália, a Alemanha, a Rússia, os Estados Unidos, o Japão e outras nações. SALGADO et al., (2012 p. 79)

Com a Primeira Guerra Mundial veio um grande processo que enfraqueceu a

economia do mundo, sendo que os EUA souberam tirar proveito ao exportar

alimentos e também produtos industrializados. Considera-se que o modelo

econômico norte americano gerou o modo americanizado de se viver.

A Primeira Guerra Mundial devastou os países europeus, a retração do consumo e o enfraquecimento da economia européia abalaram a economia mundial, por outro lado, os Estados Unidos lucraram extraordinariamente com a exportação de alimentos e produtos industrializados aos países aliados no período pós-guerra. A prosperidade econômica norte americana entre 1918 e 1928 gerou produção, emprego, consumo, crédito, e originou o que conhecemos hoje como: “american way of life” (modo de vida americano). SALGADO et al.,(2012 p. 79)

Com base no que foi dito por SALGADO et al. (2012), somente no pós-guerra

que pode-se encontrar estratégias vistas como competitivas, isso se deve a um

processo contínuo de internacionalização, que junto ofereceu ao comércio um

grande crescimento. Considera-se que naquela época a competitividade de fatores,

por exemplo, de mão-de-obra qualificada, infraestrutura e principalmente a qualidade

dos produtos oferecidos. Logo após, os Estados Unidos vencerem a Segunda

Guerra Mundial e um novo sistema de economia foi firmado, com possibilidade de os

produtos serem fornecidos ao mundo sem o menor problema.

SALGADO et al. (2012), conclui que a competitividade agrega muito valor no

mercado, pois desenvolve o progresso mundial, sendo que como nos tempos atuais

houve um aumento gradativo na procura pelo poder e o dinheiro, cada pessoa tende

a se transformar em um ser humano competitivo ao extremo afim de se tornar

individualista.

3.2 GLOBALIZAÇÃO E A COMPETITIVIDADE

PORTER (1999), apud TAVARES, (2014, p.1), menciona que:

[...] há algumas décadas a concorrência era praticamente inexistente em quase todo o mundo. Existia uma grande proteção por parte dos governos

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às empresas e às formações de grandes cartéis, que colaboravam para a quase inexistência de competitividade.

Dentro deste contexto, segundo PORTER (1994), apud ALVES, (2008, p.7): [...] há um novo paradigma para a competitividade - o antigo paradigma sofreu alterações ao longo das últimas décadas: a competitividade já não se baseia no custo dos fatores de produção, tais como a mão-de-obra e as matérias-primas, sendo vencedora a empresa com mais baixo custo. Para Maillat (2002), as vantagens comparativas dos territórios não assentam mais no custo dos fatores de produção tradicionais. Atualmente, as regiões estão confrontadas com uma nova realidade e com novos fatores competitivos, até agora inexistentes.

A globalização força as empresas e membros que participam ativamente da

mesma a disputarem espaço em uma concorrência enorme, sendo que o diferencial

será o gestor que identificar e aplicar meios com que as vantagens sejam

alcançadas de forma sustentável, revendo políticas públicas e estratégias dos

setores empresariais. OLIVEIRA, (2004).

3.3 FATORES DETERMINANTES DA COMPETITIVIDADE

Os fatores da competitividade podem ser divididos em três principais áreas:

Empresariais;

Estruturais;

Sistêmicos.

3.3.1 Fatores Empresariais.

Podem ser considerados fatores internos da empresa, ou seja apenas a

empresa poderá decidir. Fazem parte dele a Gestão Estratégica, a Produção,

Marketing, Inovação e Recursos Humanos.

Definido por REGAZZI (2014): “São aqueles sobre os quais a empresa detém

poder e decisão. Podem ser desenvolvidos, controlados ou modificados através de

condutas ativas das pessoas que tomam decisão na empresa”.

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3.3.2 - Fatores Estruturais

Fatores condicionantes que a própria empresa não tem pleno poder de

atuação. Os principais tópicos compõem: A estrutura de mercado, a dinâmica

específica da concorrência e a tecnologia.

São aqueles sobre os quais a empresa – de forma isolada - tem baixo poder de atuação. São fatores ou condicionantes relacionados: A estrutura de mercado. À dinâmica específica da concorrência, a tecnologia, ao grau de interatividade e conectividade das empresas do setor. REGAZZI, (2014).

3.3.3 - Fatores Sistêmicos

São aqueles sobre os quais a empresa detém escassa ou nenhuma possibilidade de intervir, constituindo parâmetros do processo decisório. Podem ser: Macroeconômicos, Político-Institucionais, Legais-Regulatórios, Infra-estruturais, Sociais e Ambientais, Internacionais. REGAZZI, (2014).

Portanto, a competitividade pode ser sintetizada como sendo a união de

fatores empresariais, estruturais e sistêmicos, os quais devem estar sempre

interligados e em harmonia.

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4. RESULTADOS

Foi realizada uma pesquisa em algumas empresas da cidade de Palmital –

SP, onde o objetivo era levantar a quantidade de empresas que possuíam um

sistema automatizado de estoque, quantas empresas usavam corretamente o

sistema, quais métodos de controle de estoque são utilizados pelas empresas

pesquisadas, a frequência com que a empresa realiza o controle de estoque, como é

apurado o custo da empresa e os serviços contábeis utilizados pela empresa.

Com o gráfico abaixo se apresenta a quantidade de empresas que possuem

um sistema automatizado para controle de estoque.

Grafico1- empresas que possuem sistema de automatizado de estoque.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Após a realização e aplicação do questionário no comércio varejista de

Palmital – SP obteve-se como resultado o valor significante de que grande parte

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(95%) das empresas possui um sistema automatizado de controle e gestão de

estoque.

No gráfico abaixo é representado como são desenvolvidos os relatórios utilizados

no dia a dia para repor os estoques.

Gráfico 2- Desenvolvimento dos relatórios de estoque.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Pelos resultados obtidos a maioria das empresas possui um sistema de

controle de estoque, são representados por 62%, porém as que não utilizam

corretamente representam 33%, pois ainda utilizam o modo manual de controle de

estoque. Já a menor parte das empresas (5%) faz a sua gestão de estoque

utilizando o estoque mínimo.

No gráfico abaixo está representando quais os métodos de controle de

estoque às empresas pesquisadas usam para o desenvolvimento da organização de

seus estoques.

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Gráfico 3 - Informações disponíveis para os envolvidos com os processos de compra

e abastecimento.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Nota-se que as empresas que responderam à pesquisa, cada uma com sua

particularidade e seus sistemas de controle de estoque, aderem a uma forma

diferenciada, porém com o mesmo objetivo de controle. Algumas empresas

usufruem da Curva ABC, Dente de serra, PEPS, UEPS, entre outros. Em comum

todas as empresas fornecem de alguma forma informações privilegiadas para seus

gestores e administradores para que assim o processo de compra ocorra de melhor

forma possível.

Com o gráfico abaixo é possível verificar a frequência que as empresas

pesquisadas fazem o seu controle de estoque, o inventario.

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Gráfico 4 - Frequência com que as empresas realizam o controle de estoque.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Pelos estudos e conhecimentos obtidos, este quadro que as empresas se

encontram é muito preocupante, pois na atual situação elas ficam vulneráveis a

concorrências, são representados pelo percentual de 70%. Tais empresas não tem

um controle efetivo dos estoques, e como consequência podem sofrer prejuízos, não

ter preços atrativos para seus consumidores, o acúmulo de mercadorias, perca de

produtos por excesso, entre outros.

No gráfico abaixo se contata o controle que as empresas pesquisadas fazem

dos custos que são gastos para desenvolver com eficiência o controle de estoque,

que pode ser um diferencial para empresa na competitividade do mercado.

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Gráfico 5 - O meio de apuração do custo de estoque nas empresas.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Apesar da importância de se ter um controle atualizado e detalhado dos

custos de estoque, no questionário respondido pode-se constatar que 74% das

empresas não empenham esse tipo de gestão relacionada aos valores que se tem

dentro de um estabelecimento, restando apenas em 26% das entidades procuradas

que aplicam realmente o custeio dentro de seu estoque.

Com o gráfico abaixo é possível ter uma noção da importância que o

profissional de contabilidade tem dentro da empresa e a importância que as

empresas pesquisadas na cidade de Palmital dão a esse tipo de serviço, o gráfico

nos mostra a quantidade de empresas que preferem terceirizar esses serviços.

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Gráfico – 6 Serviços contábeis utilizados nas empresas.

Fonte: Elaborado pelos autores.

A função do contabilista é de extrema importância dentro de uma empresa,

ele desempenha toda a parte gerencial e administrativa relacionada aos custos e

despesas da entidade. Na cidade de Palmital - SP corresponde a 84% dos

comércios varejistas que utilizam – se de um escritório de contabilidade ao invés de

se ter um contador próprio, sendo que esse último totaliza 16%.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A competitividade de mercado atingiu vários níveis de atuação e

diversificação, seja ela local regional ou internacional. Isso acontece porque os

custos de mercadorias entre os concorrentes são praticamente iguais, o que ira

determinar a diferença entre eles será o controle de estoques bem aplicado aos

seus custos que consequentemente acarretara no resultado desejado pela empresa.

Com toda essa competitividade originou-se a necessidade das empresas

tornarem seus processos de gestão de estoque físicos informatizados pelo sistema

de controle de estoque contribuindo para a otimização de tempo, de espaço e

dinheiro dentro do processo de gerenciamento global das organizações.

Contudo, a pesquisa de campo demonstrou que as empresas em Palmital,

têm muito a caminhar neste sentido para melhorar seus controles de estoque, com

isto analisar melhor seus custos. Para que isso aconteça também há necessidade

das empresas se aproximarem mais de seus contabilistas, pois é de suma

importância para que isto ocorra. O contabilista possui uma visão geral da

contabilidade da empresa, facilitando para a otimização do controle de estoque.

Dentre as pesquisas bibliográficas permitiu compreender que os sistemas de

controle de estoque tem se tornado um fator determinante para que as empresas

atinjam seus objetivos neste mercado global e competitivo nos dias atuais.

Portanto pode-se afirmar que o trabalho atingiu seu objetivo de expor

informações aos empresários de quanto é importante o controle de estoque e as

parcerias com seus contabilistas com isto contribuindo para ajudar qualquer tipo de

empresa acerca da importância deste processo.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICES

APÊNDICE A – Questionário utilizado na coleta de dados....................................... 35

1) A empresa possui um sistema automatizado para controle de estoques? Qual?

2) Quais os relatórios utilizados no dia a dia para repor os estoques? Quais informações são disponibilizadas nesses relatórios?

3) Quais as informações estão disponíveis para os envolvidos com os processos

de compra e abastecimento? - saída media por produto; - frequência de visita dos fornecedores; - prazo de entrega dos produtos; - pedidos pendentes; - posição do estoque por item - histórico de compra e venda de cada item nos últimos meses. - outros _____________________________________________ 4) com que frequência é realizada o controle de estoques? 5) como a empresa apura os custos dos estoques? 6) qual o serviço contábil utilizado na empresa? ( ) Contabilista próprio ( ) Escritório de contabilidade