centro estadual de educaÇÃo tecnolÓgica paula...
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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA
UM ESTUDO SOBRE O CUSTO DE ARMAZENAGEM DO
MILHO PARA OS PRODUTORES EM ALGUMAS EMPRESAS
RECEPTORAS DE GRÃOS EM PALMITAL-SP
ALANA COSTA DE OLIVEIRA
FABIANA CORDEIRO DA SILVA
JOHNATAN HENRIQUE GAZOLA LUDGERIO
MARIANA FADEL GALHARDO
ROGÉRIO APARECIDO BATISTA VIANA
PALMITAL
2014
ALANA COSTA DE OLIVEIRA
FABIANA CORDEIRO DA SILVA
JOHNATAN HENRIQUE GAZOLA LUDGERIO
MARIANA FADEL GALHARDO
ROGÉRIO APARECIDO BATISTA VIANA
UM ESTUDO SOBRE O CUSTO DE ARMAZENAGEM DO MILHO PARA OS
PRODUTORES EM ALGUMAS EMPRESAS RECEPTORAS DE GRÃOS EM
PALMITAL-SP
Trabalho de conclusão de curso apresentado à ETEC prof. Mário Antônio Verza, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Técnico em Logística Orientador: Prof. Roberto Gabriel Ronqui
PALMITAL 2014
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA
ALANA COSTA DE OLIVEIRA
FABIANA CORDEIRO DA SILVA
JOHNATAN HENRIQUE GAZOLA LUDGERIO
MARIANA FADEL GALHARDO
ROGÉRIO APARECIDO BATISTA VIANA
UM ESTUDO SOBRE O CUSTO DE ARMAZENAGEM DO
MILHO PARA OS PRODUTORES EM ALGUMAS EMPRESAS
RECEPTORAS DE GRÃOS EM PALMITAL-SP
APROVADO EM ____/____/____
BANCA EXAMINADORA:
__________________________________________________________ ROBERTO GABRIEL RONQUI - ORIENTADOR
__________________________________________________________ NOME DO PROFESSOR (NOME COMPLETO) – EXAMINADOR
__________________________________________________________ NOME DO PROFESSOR (NOME COMPLETO) – EXAMINADOR
Dedicamos este trabalho à Deus pelo esplendor da vida, presente em todas as atividades; Aos amigos pelo incentivo; Às nossas famílias, pelo apoio, compreensão, carinho e paciência durante todo este curso, principalmente nos momentos de dificuldades.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos às manifestações de carinho e apreço, recebidas de todos os
colegas da ETEC Prof. Mário Antonio Verza, os quais foram nossa maior fonte de
luz inspiradora e de apoio para o sucesso deste trabalho.
Nosso muito obrigado também ao nosso orientador, o Professor Roberto
Gabriel Ronqui, pelo auxílio seguro e oportuno durante todo o processo de
orientação deste trabalho, pois aliado à sua experiência profissional, todas as dicas
e instruções foram imprescindíveis para o desenvolvimento e conclusão deste
trabalho.
Também agradecemos pelo apoio dado pelo Professor José Marcelino
Calegari que nos ajudou a unir ideias para formar o tema deste trabalho e que nos
deu atenção nos momentos que mais precisávamos. Aos nossos familiares por nos
terem apoiado e entendido a nossa ausência, não só durante as aulas, mas
especialmente durante o processo de desenvolvimento deste trabalho.
Enfim, a todos, o nosso grande muito obrigado!
“O milho é extensivamente utilizado como alimento humano ou ração animal, devido às suas qualidades nutricionais.”
(Domingos Carvalho)
RESUMO
O presente trabalho aborda o custeio na armazenagem do milho no munícipio de Palmital/SP, com base em um estudo de caso de algumas empresas receptoras de grãos do município. Vale ressaltar que as empresas foram classificadas desta forma classificadas como A, B, C e D para preservar a imagem das empresas, pois este trabalho faz um comparativo entre elas, a fim de verificar o olhar dos produtores sobre a cobrança de taxa de armazenagem. Com o intuito de extrair informações dos agricultores sobre o assunto a ser desenvolvido a ideia apresentada no trabalho e analisar juntamente com as empresas a viabilidade financeira da implantação do projeto, tendo em vista os altos custos apresentados por elas ao realizar a comercialização do milho, onde os agricultores têm que pagar uma quantidade mensal ou quinzenal por manter seu produto estocado na empresa. Fica evidente os benefícios que serão obtidos, no caso, um aumento no número de clientes nas empresas que não possuem esse sistema de cobrança e com a não cobrança da taxa de armazenamento os agricultores teriam mais capital para investir em suas produções futuras com os produtos da própria empresa. Embora essa ideia estudo de viabilidade e implantação de projeto seja um tanto contraditória, se analisada cuidadosamente pode-se obter um grande sucesso empresarial. Palavras-chave: Armazenagem; Milho; Taxa.
LISTA DE TABELAS
TABELA1– Os múltiplos usos do milho (planta, espiga e grão) no Brasil ……. 12
TABELA 2– Produção de milho na cidade de Palmital/SP.................................. 14
TABELA 3 – Etapas de produção e pré-processamento do milho……..……….. 15
TABELA 4 – Variação da taxa de armazenagem………………..……………….. 16
TABELA 5 – Variáveis das empresas receptoras de milho……..………………. 17
TABELA 6 – Motivos levados em consideração na escolha de cada empresa.. 19
TABELA 7 – Vantagens com a não cobrança da taxa de armazenagem ……… 20
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
SAG – Sistemas Agro-Industriais
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................. 10
1.1 OBJETIVO GERAL....................................................................................... 10
1.1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..................................................................... 10
1.1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................ 10
2 A CULTURA DO MILHO............................................................... 11
3 PANORAMA NACIONAL............................................................... 13
3.1 PANORAMA MUNICIPAL ........................................................................... 13
4 FASES DO ARMAZENAMENTO DO MILHO..................................... 14
5 CUSTOS COM ARMAZENAGEM DE MILHO EM PALMITAL...... 15
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................. 16
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................... 21
REFERÊNCIAS ............................................................................. 22
APENDICE........................................................................................ 23
10
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho apresenta uma abordagem acerca das empresas
receptoras de milho do município de Palmital/SP. Em especifico, será relatado sobre
a situação atual do milho voltando-se para as despesas envolvidas com a cobrança
da taxa de armazenagem feita por algumas empresas locais.
Visando o lucro empresarial e o crescimento agrícola palmitalense pode-se
articular que se não haver cobrança de taxa de armazenagem as empresas
receptoras terão benefícios significativos com o ganho de mais clientes e os
mesmos com maior poder aquisitivo de compra dentro da empresa.
1.1 OBJETIVO GERAL
Com o resultado do presente trabalho, verificar a viabilidade da redução de
despesas com armazenagem pelas empresas, obtendo maior atratividadede
produtores.
1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) Apurar os custos com armazenamento em diferentes empresas
b) Comparar os custos apurados entre as diferentes empresas
c) Propor melhorias que buscarão economizar no armazenamento
1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa foi de caráter qualitativo, exploratório e como método será
utilizado um estudo de caso em algumas empresas e produtores rurais do município
de Palmital. A coleta de dados será baseada em pesquisa bibliográfica e os dados
de campo serão coletados com a aplicação de questionários juntoas empresas e aos
produtores rurais.
Os procedimentos de estudo de caso foram baseados em pesquisas de
campo e na Internet de forma geral;
11
Na observação de resultados de empresas com a implantação
realizada;
Na racionalização do estudo de mercado das vantagens da
implantação com abordagem econômica.
2. A CULTURA DO MILHO
Segundo a reportagem feita pela Embrapa (2011), denominada planta
silvestre, o milho foi descoberto em ilhas próximas ao litoral mexicano há cerca de
7.300 anos atrás. Muito usado pelos incas, maias e astecas, o grão foi a base da
alimentação das sociedades antigas e todas as atividades em grupo eram feitas em
função de seu plantio. Com o período de colonização do continente americano e as
grandes navegações, o alimento ganhou o mundo e se tornou um dos primeiros
itens de cultura mundial, perdendo apenas para o trigo e o arroz.
O desenvolvimento da produção e do mercado do milho devem ser
analisados, preferencialmente, sob a ótica das cadeias produtivas ou dos sistemas
agro-industriais (SAG). O milho é insumo para produção de uma centena de
produtos, tais como: balas, biscoitos, pães, chocolates, geleias, cerveja, etc.
A seguir observa-se algumas destinações do milho.
12
Tabela 1: Os múltiplos usos do milho (planta, espiga e grão) no Brasil
Destinação Forma/Produto Final
Uso Animal Direto Silagem; Rolão; Grãos (inteiro/desintegrado) para aves, suínos e bovinos.
Uso Humano Direto de Preparo Caseiro Espiga assada ou cozida; Pamonha; Curau; Pipoca; Pães; Bolos; Broas; Cuscuz; Polenta; Angus; Sopas; Farofa.
Indústria de Rações Rações para aves (corte e postura); outras aves; Suínos; Bovinos (corte e leite); Outros mamíferos.
Indústria de Alimentos
Produtos Finais
Amidos; Fubás; Farinhas comuns; Farinha pré-cozidas; Flocadas; Canjicas; Óleo; Creme; Pipocas; Glicose; Dextrose.
Intermediários Canjicas; Sêmola; Semolina; Moído; Granulado; Farelo de germe.
Xarope de Glucose Balas duras; Balas mastigáveis; Goma de mascar; Doces em pasta; salsichas; salames; Mortadelas; Hambúrgueres; Outras carnes processadas; Frutas cristalizadas; Compotas; Biscoitos; Xaropes; Sorvetes; Para polimento de arroz.
Xarope de Glucose com alto teor de maltose Cervejas
Corantes Caramelo Refrigerantes; Cervejas; Bebidas alcoólicas; Molhos.
Maltodextrinas Aromas e essências; Sopas desidratadas; Pós para sorvetes; Complexos vitamínicos; Produtos achocolatados.
Amidos Alimentícios Biscoitos; Melhoradores de farinhas; Pães; Pós para pudins; Fermento em pó; Macarrão; Produtos farmacêuticos; Balas de goma.
Amidos Industriais Para papel; Papelão ondulado; Adesivos; Fitas Gomadas; Briquetes de carvão; Engomagens de tecidos; Beneficiamento de minérios.
Dextrinas Adesivos; Tubos e tubetes; Barricas de fibra; lixas; Abrasivos; Sacos de papel; multifolhados; Estampagem de tecidos; Cartonagem; Beneficiamento de minérios.
Pré-Gelatinizados Fundição de peças de metal.
Adesivos Rotulagem de garrafas e de latas; Sacos; Tubos e tubetes; Fechamento de caixas de papelão; Colagem de papel; madeira e tecidos.
Ingredientes Protéicos Rações para bovinos; suínos; aves e cães.
Fonte: Embrapa (2011).
Como pode ser visto na tabela acima o milho tem uma grande importância na
pré-fabricação e/ou fabricação de muitos produtos. Voltando-se ao consumo
humano, ele é considerado um dos cerais mais nutritivos que existe. Seu consumo
proporciona vários benefícios à saúde, pois ele é rico em: carboidratos, proteínas,
vitaminas e sais minerais. Brasil Escola, (2014).
13
3.PANORAMA NACIONAL
Considerado o quinto maior produtor agrícola do mundo, segundo a Embrapa
(2010), o Brasil predispõe de um vasto campo agrícola com aproximadamente 12,6
milhões de hectares plantados de milho referentes a duas safras: normal e safrinha.
Por características fisiológicas, a cultura do grão tem alto potencial produtivo
alavancando os setores econômicos e sociais do país.
No setor econômico, os benefícios são vistos através das exportações.
Segundo a afirmação feita no site IPEA pelo MANTEGA G., ministro da Economia “o
setor agrícola vai continuar se expandindo e deve contribuir para a manutenção do
crescimento da economia brasileira neste ano, previsto em 2,5%”. Assim, a entrada
de dólares com os lucros obtidos com exportações serão ainda maiores.
Com a alta produtividade dos grãos em épocas que o clima é favorável em
todo período de semeadura até a colheita, a produtividade consequentemente será
alta e trará benefícios ao país. O milho e seus derivados poderão ser
comercializados com um preço menor devido a grande quantidade produzida de
grão com a safra/safrinha.
Em suma, o Brasil é um país rico em recursos naturais e se houver mais
investimentos por parte do governo, poderá alcançar produções agrícolas cada vez
maiores e consequentemente fortalecer a economia nacional.
3.1 PANORAMA MUNICIPAL
Segundos dados gerais do IBGE de 2012, Palmital é considerado um
município do interior de São Paulo, com uma área de 549,04 km². Conforme o
Censo de 2010 a população palmitalense é composta por 21.186 habitantes.
Com uma economia parcialmente voltada para o setor agrícola, o munícipio
predispõe de um vasto território cultivado com milho, soja, cana e entre outros.
Em particular o milho, pode-se concluir conforme dados extraídos do IBGE
que a produção desse grão no ano de 2012 chegou a 105.210 toneladas que
foram colhidas de 22.900 hectares. Com toda essa produção, a cidade supri a
demanda com quatro armazéns para a estocagem do milho, localizadas em
diferentes pontos da cidade.
14
Abaixo segue uma demonstração completa sobre a produção do milho em
Palmital no ano de 2012:
TABELA 2: PRODUÇÃO DE MILHO NA CIDADE DE PALMITAL/SP
Milho (em grão) - Quantidade produzida 105.210 toneladas
Milho (em grão) - Valor da produção 45.821 mil reais
Milho (em grão) - Área plantada 22.900 hectares
Milho (em grão) - Área colhida 22.900 hectares
Milho (em grão) - Rendimento médio 4.594 quilogramas por hectare
Fonte: Elaborado pelos autores, (2014)
4. FASES DO ARMAZENAMENTO DO MILHO
Conforme informações da Embrapa (2011), após o cultivo e colheita, o grão é
transportado por meio de caminhões e tratores com carreta até uma unidade
receptora e daí inicia-se a fase de coleta de amostragem do produto. Segundo
DALPASQUALE (2002) citado pela Embrapa (2011):
“a amostragem consiste na obtenção de uma porção representativa de um lote de grãos com o objetivo de determinar os padrões qualitativos dos grãos que compõem o lote, por exemplo: conteúdo de água, impurezas, quebrados, ardidos e carunchados. Quando o milho é armazenado a granel, a amostragem pode ser realizada em diferentes momentos, antes da recepção na unidade armazenadora, na fila de espera para descarga, na recepção ou descarga, após a secagem, durante o armazenamento e na expedição ou transferência do produto armazenado. A amostragem é realizada com auxílio de instrumentos, como por exemplo, caladores simples, sondas manuais para sacarias, amostradores automatizados, como os do tipo pneumático, sondas torpedo e canecos”.
Após a retirada da amostragem o milho é encaminhado para o setor de
limpeza. Conforme explicações de DALPASQUALE (2002) citado pela Embrapa
(2011):
“o processo de limpeza dos grãos é uma operação que visa reduzir o teor de impurezas, matérias estranhas, restos culturais e de grãos trincados, quebrados ou ardidos do lote a um nível aceitável para a armazenagem e comercialização. A limpeza deve se realizar previamente ao armazenamento, com ou sem secagem, para que se garanta a qualidade dos grãos normais e sadios, reduzindo umidade e minimizando contaminações, uniformizando a massa de grãos, para os processos de aeração e/ou secagem.”.
Por conseguinte o milho é encaminhado para o setor de secagem onde a
finalidade do processo é reduzir o conteúdo de água dos grãos, reduzindo a
deterioração durante o armazenamento pela ação de fungos, bactérias, insetos e
pelo processo de respiração dos grãos que provoca perda de massa e gera calor.
15
E finalmente os grãos são conduzidos à última etapa denominada
armazenamento a granel. Eles ficam depositados em silos, onde recebem o devido
tratamento contra pragas e bactérias que possam danificar a qualidade do produto,
eles mantem-se lá até os produtores comercializarem os seus grãos.
A seguir, é possível verificar de maneira mais simples como são realizadas
essas etapas através de uma tabela disponibilizada pela Embrapa:
TABELA 3: ETAPAS DE PRODUÇÃO E PRÉ-PROCESSAMENTO DO MILHO
Fonte: Embrapa (2012)
5. CUSTOS COM ARMAZENAGEM DE MILHO EM PALMITAL Palmital é um munícipio que apresenta 4 empresas receptoras de grãos. A
seguir tem-se uma breve citação histórica de cada unidade retirada do site das
mesmas.
A empresa A situada no município de Palmital/SP assim como as outras
citadas nesse projeto, iniciou suas atividades em 1950 com o cultivo e
comercialização de café, mas somente em 1959 ela foi oficialmente inaugurada
16
estende suas atividades agrícolas até hoje, abrangendo grande parte da produção
de milho entre outros.
Fundada no interior de São Paulo, a empresa B surgiu no ano de 1989 com
uma pequena estrutura que inicialmente armazenava e comercializava uma pequena
quantidade de grãos.Com o passar do tempo à companhia se expandiu com sua
capacidade de armazenar e comercializar grãos.
A companhia C surgiu no ano de 1969, da fusão de duas empresas mantidas
pelo Governo de São Paulo, por não realizar comercialização essa empresa não
gera uma grande demanda no município de Palmital/SP.
A empresa denominada como D neste projeto, iniciou suas atividades no ano
1985 até hoje se mantém firme no mercado criando parcerias de sucesso por meio
atendimento personalizado aos clientes e um ambiente de trabalho com harmonia
para os colaboradores.
Segundo agricultores, as taxas envolvidas na armazenagem do milho são
bem diferentes de empresa para empresa. Nesse trabalho serão nomeadas as
empresas receptoras de milho como empresa A, B, C e D. Abaixo segue uma tabela
que demonstra essa variação de taxa:
TABELA 4: VARIAÇÃO DA TAXA DE ARMAZENAGEM
EMPRESA TAXA
Empresa A R$ 0,19 para sócios / R$ 0,21 para não sócios (saca/mês)
Empresa B R$ 0,10 saca/mês
Empresa C R$ 1,92 quinzena/tonelada
Empresa D Não há cobrança de taxa. Fonte: Elaborado pelos autores, (2014)
Analisando a tabela é possível diagnosticar uma diferença significativa para
os produtores, pois quanto maior for essa cobrança menor será a lucratividade para
o produtor e o possível poder de compra de produtos nas mesmas empresas que
recebem seus grãos.
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
17
Com informações obtidas através de pesquisa, seguida no Anexo 1, é
possível identificar alguns parâmetros.
TABELA 5: VARIÁVEIS DAS EMPRESAS RECEPTORAS DE MILHO
VARIÁVEL
EMPRESA A EMPRESA B EMPRESA C EMPRESA D
Produtos agrícolas armazenados
Milho e soja Milho e soja Milho, soja, trigo e açúcar
Milho, soja e trigo
Tipo de silos existentes na empresa
Graneleiro e silos verticais
Silos verticais Graneleiro e silos horizontais elevados
Silos
Capacidade de armazenagem destinada ao milho
48.000 Toneladas
170.000 Sacas 100.000 Toneladas
75.000 Sacas
Processo realizado antes da armazenagem
Beneficiamento e secagem
Beneficiamento e secagem
Balança, classificação, descarregamento nas moegas
Beneficiamento e secagem
Controle de entrada e saída de grãos
Pesagem e classificação
Pesagem e classificação
Pesagem e classificação
Pesagem e classificação
Método utilizado no controle de pragas
Expurgo Expurgo Expurgo, pulverização, conservação e polvilhamento de massas
Expurgo
Principais destinos de milho
Granjas e exportação
Granjas, fábricas de rações e portos
Não a negociação
Granjas e exportação
Fonte: Elaborados pelos autores, (2014)
Conforme mostra a tabela comparativa acima, é possível identificar na
primeira variável que há uma grande semelhança no tipo de produto armazenado
nas empresas, mas as empresas C e D se destacam por apresentar uma
abrangência ao incluir o trigo e o açúcar na sua gama de produtos armazenados.
As empresas investigadas armazenam seus grãos basicamente em silos
(horizontais e verticais) com uma capacidade variável que é medida por sacas em
18
algumas empresas e em outras por toneladas. É importante ressaltar que a
quantidade estocada varia de safra para safra.
Após chegar às empresas, o milho segue para o beneficiamento e secagem,
mas na empresa C ele passa também pela classificação e é descarregado nas
moegas.
Em relação ao sistema de controle de entrada e saída de grãos em todas as
empresas são realizados processos denominados pesagem e classificação.Para
manter a qualidade dos grãos todas as empresas realizam o expurgo. Observasse
na última variável que o milho após ser comercializado é destinado a granjas,
fábricas de ração e exportação. Vale ressaltar que a empresa C não faz
comercialização, apenas armazena os produtos.
Com base nas informações colhidas com os agricultores foi observado que, a
maioria dos agricultores do município de Palmital/SP, tem uma preferência por
estocar seu produto em uma empresa receptora devido à viabilidade de custo.
Segue abaixo uma demonstração gráfica da atual preferência dos agricultores
pelas empresas receptoras de milho, pode-se observar as perguntas realizadas no
Anexo 2 deste trabalho.
GRÁFICO 1: EMPRESAS USADAS PARA ESTOCAGEM DE MILHO
Fonte: Elaborado pelos autores, (2014)
0
5
10
15
20
25
30
Empresa A Empresa B Empresa C Empresa D
Empresas usadas para estocagem de milho
Empresas escolhidas pelos agricultores
19
Foi observado no gráfico acima que, os agricultores de Palmital/SP, optam
pela empresa A, devido á confiança e a segurança que a empresa fornece para o
seus clientes. Já na empresa B, produtores optam por ela, devido ao pagamento à
vista e a segurança que ela fornece. Na empresa C, devido a sua finalidade de não
fazer comercialização, os agrários não escolhem ela. Foi notado que a empresa D
está a tempos no mercado, e não cobra armazenagem, por esse motivo tem a
preferência de alguns produtores.
TABELA 6: MOTIVOS LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO NA ESCOLHA DE CADA EMPRESA
Motivos que levaram os agricultores a optarem por cada empresa
Empresa A Empresa B Empresa C Empresa D
Idoneidade.
Confiabilidade.
Por ser
associado.
Segurança
financeira.
Fácil acesso.
Integridade.
Segurança.
Pagamento à vista.
Menos despesas.
Confiabilidade.
Assistência total ao cliente.
Não há cobrança de
armazenagem.
Fácil acesso.
Fonte: Elaborado pelos autores, (2014)
Nesta tabela, fica explicito os motivos que levaram os agricultores a optarem
por cada empresa. As empresas A e D por manterem um maior número de clientes
se destacou nessa pesquisa, pois carregam com si a confiabilidade de seus clientes
em depositarem seus produtos e também por ser estrategicamente localizadas para
facilitar o trajeto da lavoura até a empresa. Pode-se afirmar também que muitos
agricultores optaram pela empresa D devido aos baixos descontos realizados ao
entrar o produto na empresa e também por não haver uma taxa de armazenagem
cobrada dos agricultores mensalmente. Considera-se que a empresa B mesmo por
não conter muitos clientes, no caso que responderam o questionário, não deixa de
ser uma empresa que traga segurança aos seus clientes e um destaque observado
é que o pagamento após a comercialização dos seus produtos é à vista. É
importante ressaltar que na empresa C não houve descrição, pois não há
comercialização nesse local, onde muitos agricultores não costumam fazer seus
depósitos nessa empresa.
20
TABELA 7: VANTAGENS COM A NÃO COBRANÇA DA TAXA DE ARMAZENAGEM
Principais vantagens apontadas pelos agricultores em não haver cobrança de taxa de armazenagem por parte das empresas receptoras de milho
Aguardar preços maiores, não ter que forçar a venda;
Mais recebimento de grãos;
Reduzir custos para o fornecedor.
Fonte: Elaborado pelos autores, (2014)
Conforme descrito na tabela acima, os principais benefícios de não cobrar a
taxa de armazenagem giram em torno do aguardo de melhores preços no momento
da comercialização, onde o agricultor não precisa se preocupar com os descontos
totalizados ao final da venda de seu produto. Outro fator é a empresa garantir um
aumento no número de clientes, onde consequentemente haverá um maior número
de produto armazenado na empresa.
21
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme demonstra a pesquisa de campo realizada com produtores e
empresas receptoras de milho do município de Palmital/SP é possível constatar que
o presente projeto de armazenagem de grãos se implantado em empresas que não
aderem ao sistema de não cobrança de taxa de armazenagem, teria um uma boa
aceitação por parte dos agricultores entrevistados que acreditam que com esse
custo a menos a sua produção futura poderia ser bem mais investida com produtos
da própria empresa, onde o lucro seria de ambas as partes.
Mas por outro lado, há agricultores que questionam esse assunto por
acreditarem que a empresa deve cobrar a taxa para manter certa segurança para
seu produto estocado. Vale ressaltar que se houver uma conciliação dessa ideia
pode-se obter resultados vantajosos para ambos os lados.
22
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 6023: informação e documentação / referências / elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
BRASIL ESCOLA. Milho. Disponível em: http://brasilescola.com/msaude/milho.htm Acesso em 28 ago. 2014.
DADOS GERAIS. Disponível em: http://www.palmital.sp.gov.br/dados_gerais.php. Acesso em: 04 set. 2014.
EMBRAPA. Economia da produção. Disponível em:
<http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/milho_5_ed/economia.htm> Acesso em: 12 out. 2014.
EMBRAPA. Colheita e Pós- Colheita. Disponível em: http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/milho_7_
ed/colsecagem.htm. Acesso em: 04 set. 2014.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção Agrícola Municipal. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/pam/tabela1pam.shtm>. Acesso em 28 ago.2014.
IPEA. Investimento em educação e novas tecnologias podem consolidar evolução socioeconômica da agricultura familiar brasileira e equilibrar a situação em relação às economias desenvolvidas. Disponível em:<http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2599:catid=28&Itemid=23>. Acesso em: 28 ago. 2014.
PORTAL BRASIL. Agricultura deve ter destaque na economia em 2014. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2014/02/mantega-destaca-agropecuaria-como-um-dos-motores-da-economia-brasileira-em-2013>. Acesso em 01 set. 2014.
23
APENDICE
APENDICE 1
Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza – ETEC Professor Mário Antônio Verza – Palmital/SP
Questionário para as empresas receptoras de milho
1) Quais produtos Agrícolas são armazenados pela empresa?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2) Quais os tipos de silos existentes na empresa?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3) Qual a capacidade de armazenagem dos silos? E dessa capacidade quanto é
destinado ao armazenamento de milho?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
4) Por quais processos passam os grãos antes de serem armazenados?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5) Como é o sistema de controle de entrada e saída de grãos?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
24
6) Existe um controle de pragas onde os grãos ficam armazenados? Qual?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
7) Quais os custos de armazenamento da empresa? Poderia citar valores?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
8) Existe uma cobrança de taxa sobre o armazenamento para o produtor?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
9) Se sim, há algum estudo para não cobrar esta taxa? Se não, a empresa planeja
cobrar esta taxa futuramente?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
10) Após comercializado para onde o milho é levado?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
25
APENDICE 2
Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza – ETEC Professor Mário Antônio Verza – Palmital/SP
Questionário para os agricultores da cidade de Palmital
1- Você tem armazém próprio ou utiliza alguma empresa para depositar sua produção
de milho?
( ) Armazém próprio
( ) Empresa receptora de grãos
2- Onde você costuma depositar seu produto?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3- Porque você optou por essa(s) empresa(s) levando em consideração que pode ser
mais do que uma?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
4- A empresa cobra taxa de armazenagem?
( ) Sim
( ) Não
5- Se sim na resposta anterior. Você considera justo o valor cobrado pela
armazenagem? Se não na resposta anterior. Você acha que deveria ser cobrado?
( ) Sim
( ) Não
Porque:
____________________________________________________________________
___________________________________________________________________
6- Em sua opinião, quais as principais vantagens das empresas receptoras de milho
em não cobrar a taxa de armazenagem dos produtos?
_____________________________________________________________________
____________________________________________________________________