cd i seminário de extensão
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1
I SEMINÁRIO DE EXTENSÃO DO
CCHLA
O PENSAR E O FAZER
EXTENSIONISTA COM
CIDADANIA
RESUMOS DOS PROJETOS
15 e 16 de agosto
2
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES
Reitor: Rômulo Soares Polari
Vice-Reitora: Maria Yara Campos Mattos
Diretor do CCHLA: Ariosvaldo da Silva Diniz
Vice-Diretora do CCHLA: Mônica Nóbrega
COMISSÃO ORGANIZADORA
Ariosvaldo da Silva Diniz
Maria de Fátima Almeida
Cida Guimarães
Nathane Costa
Francisco Xavier
Francisco Holanda
ISBN
978-85-7745-848-6
3
SUMÁRIO
Zaeth Aguiar do Nascimento 7
A CLÍNICA E A SAÚDE MENTAL NA CIDADE: UMA ARTICULAÇÃO
ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO NO CENTRO DE ATENÇÃO
PSICOSSOCIAL PORTO CABEDELO/PB
Clênia Maria Toledo de Santana Gonçalves 9
A ESCUTA DO USUÁRIO TABAGISTA NO CAIS JAGUARIBE
Luceni Caetano da Silva 11
A ORQUESTRA SINFÔNICA JOVEM DA UFPB
Maria de Lourdes Soares 12
A POLÍTICA HABITACIONAL PARA A POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA
COMO PROPOSTA DE INCLUSÂO NA CIDADE
Antonio Mendes da Silva 13
A QUESTÃO INDÍGENA NO NORDESTE: A EDUCAÇÃO DIFERENCIADA
NAS ESCOLAS DAS ALDEIAS JARAGUÁ E MONTE-MOR
Jamile Paiva 14
AÇÃO DA COMUNICAÇÃO PÚBLICA NA COORDENADORIA DO
PATRIMÔNIO CULTURAL DE JOÃO PESSOA
Maria de Fatima Pereira Alberto 15
AÇÕES DE PROTAGONISMO: UM ENCONTRO ENTRE A EXTENSÃO
UNIVERSITÁRIA E AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO PETI
Eugênia Tereza C. B. Krutzen 17
AÇÕES INTEGRADAS UFPB / HOSPITAL JULIANO MOREIRA
Veronica Lucia do Rego Luna 19
ACOMPANHAMENTO PSICOSSOCIAL AO IDOSO EM INSTITUIÇÕES DE
LONGA PERMANÊNCIA
Laura Helena Montenegro Carneiro da Cunha Kumamoto 20
APOIO À CRIANÇA HOSPITALIZADA: UMA PROPOSTA DE
INTERVENÇÃO LÚDICA
Samir Perrone de Miranda 24
CINEMA & HUMANIDADES: CICLOS TEMÁTICOS DE CINEMAS
Guilherme Barbosa Schulze 25
CONTEMDANÇA 2.0: GRUPO TRANSDISCIPLINAR DE DANÇA E
PROCESSOS HÍBRIDOS DE EXPRESSÃO ARTÍSTICA
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Kátia Ferreira Fraga 26
CRIAÇÃO DE AUDIOGUIAS PARA OS MONUMENTOS HISTÓRICOS DA
PARAÍBA
Maria Eleonora Montenegro de Souza 27
DANÇAS CIRCULARES NA UFPB
Marta Pragana Dantas 29
DIREITOS LINGUÍSTICOS E INCLUSÃO SOCIAL: OFICINAS DE LÍNGUA
FRANCESA
Maria Patrícia Lopes Goldfarb 30
EDUCAÇÃO E CULTURA: UM EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM SOBRE A
DIVERSIDADE CULTURAL EM SOUSA-PB
Solange Pereira da Rocha 31
EXTENSÃO E RELAÇÕES RACIAIS: PROGRAMA DE PROMOÇÃO DE
IGUALDADE RACIAL E VALORIZAÇÃO DA MATRIZ CULTURAL
AFRICANA NO ESTADO DA PARAÍBA/PROAFRO
Regileide de Lucena Fernandes 32
FORMAÇÃO PROFISSIONAL E CLÍNICA NO ATENDIMENTO A
PACIENTES PSICÓTICOS: UMA ARTICULAÇÃO ENTRE PSICANÁLISE E
PSIQUIATRIA
Ana Cristina Marinho Lúcio 33
JOANINHA: LEITURAS ENCENADAS
Maria Bernardete da Nóbrega 34
LEITURA E INTERAÇÃO: ANÁLISE DO DISCURSO ESTÉTICO-
POESIA/PINTURA E OUTROS GÊNEROS
Eneida Martins de Oliveira 35
LETRAMENTOS: MULTIMODALIDADE, LEITURA E PRODUÇÃO
TEXTUAL
Maria de Fátima Almeida 37
LINGUAGENS E LEITURAS: EXPERIÊNCIAS NO ENSINO
FUNDAMENTAL
Zélia Monteiro Bora 38
LITERATURA E ECOCRÍTICA NO ENSINO MÉDIO
Josélia Ramalho Vieira 40
MECT – MUSICALIZAÇÃO ATRAVÉS DO ENSINO COLETIVO DE
TECLADO/PIANO
5
Paulo Roberto Vieira de Melo 41
MEMÓRIA DO MOVIMENTO
Anderson de Souza Mariano 43
MÚSICA EM PERFORMANCE
Caroline Brendel Pacheco 44
MUSICALIZAÇÃO INFANTIL NA UFPB
Sandra Souza da Silva Chaves 45
O BEM-ESTAR SUBJETIVO E O PLANTÃO PSICOLÓGICO NA ESCOLA
PÚBLICA: UM FOCO NA POSITIVIDADE HUMANA
Cirineu Cecote Stein 46
O LINGUAJAR DO SERTÃO PARAIBANO – PATRIMÔNIO LINGUÍSTICO-
CULTURAL
Regina Celi Mendes Pereira da Silva 48
OS CAMINHOS DO PROJETO UNIESCOLA: EM BUSCA DE NOVAS
METODOLOGIAS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Maria de Fátima Melo do Nascimento 50
OS USUÁRIOS E SUAS DEMANDAS NO TERRITÓRIO DO CRAS DE CRUZ
DAS ARMAS E MANDACARU: COMO ATINGI-LAS
Amarilis Rebuá de Matos 52
PRESTO ÓPERA
Margarete Von Mühlen Poll 53
PROGRAMA LINGUÍSTICO-CULTURAL PARA ESTUDANTES
INTERNACIONAIS (PLEI)
Heloisa Müller 22
PROJETO CAMENA DE OFICINA BARROCA
Valdinei Veloso Gouveia 54
PROMOÇÃO DE COMPORTAMENTOS PRÓ-AMBIENTAIS: UMA
INTERVENÇÃO BASEADA NOS VALORES HUMANOS
Daniella da Cunha Gramani 55
QUARTETO VOCAL “É O QUE, HÔMI?!”
Mônica F. B. Correia 57
REEDITANDO HISTÓRIAS DE FRACASSO ESCOLAR
Ieda Franken Rodrigues 58
SAMEM – Saudavelmente Estudante Migrante
6
Armando Albuquerque de Oliveira 59
SEGURANÇA PÚBLICA E DIREITOS HUMANOS: UMA ABORDAGEM DA
CIÊNCIA POLÍTICA
Maria de Fátima Fernandes Catão 61
SEOP- SERVIÇO E ESCUTA EM ORIENTAÇÃO PSICOSSOCIAL: PROJETO
DE VIDA E TRABALHO
Regina Célia Gonçalves 62
SUBINDO A LADEIRA: EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E ENSINO DE
HISTÓRIA NO VARADOURO – JOÃO PESSOA/PB
Juciane Araudi Beltrame 63
TECNOLOGIAS DIGITAIS E EDUCAÇÃO MUSICAL
Rosalma Diniz Araújo 64
VIVACIDADES
7
A CLÍNICA E A SAÚDE MENTAL NA CIDADE: UMA ARTICULAÇÃO
ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO NO CENTRO DE ATENÇÃO
PSICOSSOCIAL PORTO CABEDELO/PB
Zaeth Aguiar do Nascimento
Liliane Félix Ribeiro da Silva
Égila Alves de Souza
Vaneide Delmiro Neves
O Programa de Extensão “A Clínica e a Saúde Mental na Cidade” é composto de
diversos projetos vinculados à Clínica Escola de Psicologia da UFPB. A Clínica-escola
fundada em 1979, em sua atuação também tem se voltado para as atividades
'extramuros', se inserindo nos espaços da comunidade externa à academia, buscando
parcerias com instituições, desenvolvendo intervenções que articulam as três dimensões
que sustentam o trabalho acadêmico: o ensino, a pesquisa e a extensão lançando um
olhar para uma Clínica Ampliada. Neste sentido, o campo de atuação permite que os
estudantes, professores e técnicos se apropriem de novas ferramentas metodológicas
num trabalho que envolve as equipes multidisciplinares. O referido programa tem como
um de seus projetos “A Psicanálise e a Saúde Mental na Cidade” desenvolvido no
Centro de Atenção Psicossocial Porto Cidadania (CAPS I), situado no município de
Cabedelo/PB. O CAPS é um serviço de cunho multiprofissional e comunitário, e como
um serviço substitutivo, foi criado com o intuito de romper com as práticas
segregacionistas dos hospitais psiquiátricos atendendo casos de intenso sofrimento
psíquico. O CAPS de Cabedelo foi fundado em 2004 e firmou convênio com a UFPB
em 2006 recebendo alunos do curso de Psicologia para desenvolver ações de ensino,
pesquisa e extensão. Visando a reconstrução do laço social dos usuários e a invenção de
novos dispositivos de cuidado, os alunos, semanalmente, participam das atividades do
CAPS tais como: acolhimento, reuniões com familiares, atendimentos domiciliares,
oficinas de artes plásticas, de cerâmica, desenho, colagem, de capoeira, oficina do
movimento (futebol e caminhadas na praia de Cabedelo), e circulação pelo serviço e
pela cidade através de passeios e apresentações de oficinas de capoeira, de artes
plásticas, etc.). Temos observado que essas atividades favorecem na estabilização do
quadro psicótico, na diminuição da taxa de reinternação, bem como na inserção social
dos sujeitos atendidos. Além das atividades desenvolvidas no CAPS, os alunos
participam do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Psicanálise e Saúde Mental visando à
8
formação teórica metodológica. Outro Projeto desenvolvido no referido serviço por
estudantes de diversos cursos da UFPB é o PET Saúde Mental: Crack, álcool e outras
drogas. Assim, constatamos que as propostas terapêuticas desenvolvidas pelos
estudantes e pela equipe multiprofissional do CAPS têm favorecido o laço social dos
usuários bem como contribuído com a produção de outras formas de pensar e lidar com
a loucura.
9
A ESCUTA DO USUÁRIO TABAGISTA NO CAIS JAGUARIBE
Clênia Maria Toledo de Santana Gonçalves
Maria José Monteiro Pereira
Rayanne Maropo Sátiro
Yordan Bezerra Gouveia
Élyman Patrícia da Silva
Isabela Cristiane Vieira de Sá
Erlayne Beatriz Félix de Lima Silva
A OMS estima que o consumo de tabaco cause aproximadamente 4,9 milhões de
mortes anualmente no mundo. Não ocorrendo mudanças, em 2025, prevê-se a
ocorrência de 10 milhões. Apesar de campanhas de conscientização na mídia,
advertindo-se acerca dos prejuízos, o número de consumidores é freqüente. O tabagismo
se configura hoje como um problema de saúde coletiva mundial, pois causa inúmeros
prejuízos à saúde - seja ela de cunho físico ou psicológico - e econômica ao país. O uso
do tóxico, objeto do presente estudo: o tabaco, se apresenta como um substituto da falta
do objeto perdido, isto é, o “tóxico”, para as toxicomanias de suplência, funciona como
um objeto que tenta preencher a falta simbólica do sujeito que traduz a relação
sintomática direta, imediata entre o mal-estar sentido pelo sujeito e um objeto que
assume a função de aliviar a dor de existir. Portanto este projeto, a fim de contribuir
com a sociedade, tem como objetivo possibilitar aos usuários do programa anti-
tabagista do CAIS Jaguaribe um espaço subjetivo para elaboração de seus conflitos e
queixas pessoais. Com base nisto, tomou-se como referencia a teoria psicanalítica que
busca entender esse fenômeno debruçando-se sobre o pathos psíquico, entendido como
obscuro que só vem a se tornar claro através do registro da palavra, que se apresenta
através de sintoma. O processo será realizado através da escuta psicológica no qual
serão utilizadas entrevistas, em profundidade e/ou semi estruturado, e técnicas de
avaliação psicológica como ferramentas para auxiliar na compreensão das implicações
do uso do tabaco na vida psíquica do sujeito. Espera-se com isso, possibilitar ao sujeito
tabagista um espaço de escuta para a elaboração do mal-estar psíquico que compromete
a uma melhor adesão a um tratamento anti-tabagista, como também oferecer um suporte
ao projeto desenvolvido, pelo CAIS Jaguaribe. Desta forma conclui-se que este projeto
proporcionará aos sujeitos tabagistas do programa Anti-tabagismo CAIS Jaguaribe um
espaço subjetivo para que os mesmos elaborem a posição que o tabaco ocupa em sua
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vida subjetiva, seja por meio de intervenções terapêuticas e técnicas de exame
psicológico.
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A ORQUESTRA SINFÔNICA JOVEM DA UFPB
Luceni Caetano da Silva
Everton Praxedes de Souza
Rogério Pereira Vicente
A Orquestra Sinfônica Jovem da UFPB é um projeto de extensão desenvolvido
pelo Departamento de Música – DeMús – da Universidade Federal da Paraíba, cujo
objetivo principal é oferecer aos seus alunos dos cursos de extensão e do Bacharelado,
uma prática de orquestra, estimulando nesse público o prazer e o gosto pelo instrumento
musical escolhido. A orquestra tem servido de laboratório para a prática de orquestra
dos alunos de instrumento da graduação do Bacharelado e da Licenciatura em Música.
Além disso, os alunos de composição apresentam seus arranjos, feitos especificamente
para a orquestra e os alunos de regência exercitam também a prática de regência.
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A POLÍTICA HABITACIONAL PARA A POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA
COMO PROPOSTA DE INCLUSÂO NA CIDADE
Maria de Lourdes Soares
Ana Ducila Cavalcante da Silva
Juliana Lopes Monterio de Almeida
O presente trabalho sobre a política de habitação popular como proposta de
inclusão social na cidade de João Pessoa, PB, Brasil, tenta mostrar a Política
Habitacional no Brasil, particularmente a Política de habitação popular na cidade na
realizada, mostrando suas características nos governos que se seguem após a ditadura
militar, as nuances utilizada pelos governantes de cada época e as possibilidades como
inclusão do cidadão. O trabalho foi realizado a partir de pesquisas documentais e
bibliográficas, discussões redações na tentativa de compreender na historia a
desigualdade encontrada entre o déficit habitacional e a quantidade de residências
construídas, principalmente no que diz respeito a habitação popular direcionada a
população mais carente, dando ênfase a intervenção do Estado na questão habitacional e
na forma como o Estado no decorrer da política habitacional vem diminuindo o déficit
habitacional e/ou aumentando a acumulação capitalista, fazendo com que o capital
venha cada vez mais a se multiplicar e, conseqüentemente aumentar a disparidade na
distribuição de renda e a pobreza .
13
A QUESTÃO INDÍGENA NO NORDESTE: A EDUCAÇÃO DIFERENCIADA
NAS ESCOLAS DAS ALDEIAS JARAGUÁ E MONTE-MOR
Antonio Mendes da Silva
Rafael Maximino dos Santos
Maria Aparecida Nascimento da Silva
O GT Indígena – SEAMPO/CCHLA/UFPB vem desenvolvendo discussões
sobre a educação diferenciada nas escolas indígenas, especificamente em Monte Mor e
Jaraguá no município de Rio Tinto/PB. O GT a partir de uma busca de fundamentos
teóricos tenta somar conhecimentos as práticas pedagógicas com a finalidade de erigir
pilares educacionais que sustentam e fortaleçam a cultura e a cidadania do povo
Potiguara, por entender que tal demanda se faz necessária, pois o povo Potiguara em sua
história vem passando por um processo de luta e sobrevivência de sua cultura e
identidade, onde papel da educação no âmbito escolar é de suma importância nessa luta.
As ações educativas têm como referencial a educação popular buscando a forma
participativa de envolver lideranças indígenas e políticas, caciques, gestores das escolas,
professores e estudantes. Para que possamos construir instrumentos para avaliar os
processos de ensino e aprendizagem das escolas que estão trabalhando na perspectiva da
educação diferenciada das redes estaduais e municipais do município de Rio Tinto.
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AÇÃO DA COMUNICAÇÃO PÚBLICA NA COORDENADORIA DO
PATRIMÔNIO CULTURAL DE JOÃO PESSOA
Jamile Miriã Fernandes Paiva
A Coordenadoria do Patrimônio Cultural da Prefeitura Municipal de João
Pessoa além de estimular a conservação física de lugares históricos, tais
como prédios públicos, monumentos, praças, bens naturais, entre outros, visa
levar a comunidade a um processo ativo de conhecimento, apropriação e
valorização de sua herança patrimonial e cultural para melhor usufruto pela
coletividade. Nesse contexto o campo da comunicação pública pode ser
percebido como uma modalidade de comunicação que contribui para estimular a
apropriação consciente do patrimônio movido pelo sentimento de
pertencimento, de resgate e de preservação, por sua função de facilitar o
debate público na perspectiva da construção da cidadania. Ao estabelecer um
processo interativo entre as comunidades e os agentes responsáveis pela
preservação, estaremos possibilitando a troca de conhecimentos e a formação
de parcerias para a proteção e valorização dos bens culturais. Nossa
proposta de trabalho é desenvolver ações de comunicação voltadas para
fortalecer as noções de identidade e de memória cultural compartilhada, que
tem como referencia o espaço público democratizado – elemento imprescindível
na política de preservação do patrimônio. Entendemos a Educação Patrimonial
como um processo ativo de conhecimento, valorização e apropriação consciente
do nosso patrimônio, seja este qualquer evidência material ou manifestação
cultural.
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AÇÕES DE PROTAGONISMO: UM ENCONTRO ENTRE A EXTENSÃO
UNIVERSITÁRIA E AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO PETI
Maria de Fatima Pereira Alberto
Leandro Carlos Ferreira de Sousa, Sharlinny Karina Silva de Lima,
Yracema Porto de Queiroz, Cibele Soares da Silva Costa,
Gisléa Kândida Ferreira da Silva, Rodolfo de Oliveira Marques,
Luana Carla Bandeira Sobrinho, Stefanie Esteves Salgueiro,
Maria Genecleide Dias de Souza, Nara Fernandes Lúcio,
Liliane Félix Ribeiro da Silva, Ananda Neves Dias Arnoud,
Égila Alves de Souza, Vinícius Suares de Oliveira,
Gisele Christine Lins Lopes
O projeto de extensão Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI):
Ações de Potencialização das Crianças e Adolescentes Atendidas nas Ações Sócio-
Educativas e de Convivência tem suas atividades desenvolvidas em dois núcleos em
João Pessoa. Os objetivos do projeto são: desnaturalizar o trabalho infantil;
potencializar o protagonismo e contribuir para a formação da cidadania, conscientização
dos direitos das crianças e adolescentes; contribuir na melhoria do processo escolar dos
educandos do PETI; mediar a interação entre os núcleos, a escola, a família e as Redes
que compõem o Sistema de Garantias de Direito (SGD) de defesa da criança e
adolescente; estabelecer uma parceria entre a escola, os extensionistas e os núcleos;
facilitar a formação de grupos comunitários com as famílias, assim como formar futuros
profissionais em psicologia social. As atividades envolvem a realização de oficinas de
leitura, música, dança, teatro, rodas de conversa, brincadeiras, jogos, as visitas
domiciliares, a visita às escolas das crianças e adolescente, além de reuniões com a
coordenação do PETI, com os núcleos, com os educadores e com as instituições da
Rede. As oficinas são construídas conjuntamente entre extensionistas, educandos e
educadores do PETI. Utilizamos como referenciais teórico-metodológicos a Psicologia
Sócio-histórica que parte do entendimento de que a infância e a adolescência são
construções sociais, a Psicologia Social Comunitária, a Educação Popular e os Direitos
Humanos. As temáticas envolvem os direitos humanos, direitos da criança e do
adolescente, cidadania, trabalho infantil, violência, protagonismo juvenil, educação e
escola, cultura e folclore, família, comunidade, diversidade sexual e preconceito e são
trabalhadas de acordo com as demandas apresentadas pelos educandos. Através das
atividades podemos perceber avanços em relação ao protagonismo dessas crianças e
adolescentes, principalmente no que se refere à crescente apropriação do espaço do
PETI por esses sujeitos, maior participação nas atividades, progressos referentes à
16
leitura e escrita, e o fortalecimento do vínculo entre os educandos e os extensionistas.
Os avanços se relacionam à parceria com os educadores, que buscaram compartilhar
aquele espaço através da colaboração nas atividades. As visitas domiciliares também
caminham no sentido da promoção da autonomia e protagonismo das famílias das
crianças e adolescentes, principalmente através da formação e fortalecimento da Rede
Social, que busca o resgate dos direitos, tanto das crianças como de suas famílias.
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AÇÕES INTEGRADAS UFPB / HOSPITAL JULIANO MOREIRA
Eugênia Correia
Flávia Fernando
Érica Matsuoka
Ícaro Braga
Jackeline Aires
Rodrigo Vaz
O movimento anti-manicomial lançou suas raízes na metade do século XX,
principalmente com a obra de David Cooper, Ronald Laing, Baremblitt, e no Brasil,
Nise da Silveira, entre tantos outros. Herdeiros da teoria freudiana, que inaugurou um
novo olhar sobre a loucura, um dos desdobramentos políticos desse movimento é a
substituição gradativa dos internamentos em grandes hospitais por serviços
ambulatoriais de apoio psicoterapêutico ao usuário e à família. O Complexo Hospitalar
Juliano Moreira é uma das maiores instituições hospitalares da Paraiba, e nossa entrada
coincide com a da nova diretoria que assume no início de 2011. Flávia Fernando e sua
equipe são acolhedores à nossa proposta de integrar projetos de extensão e estágio de
final de curso de graduação em Psicologia, originando o projeto aqui apresentado. O
objetivo básico de nossa ação é contribuir para a construção dos serviços substutivos
ambulatoriais, apoiando a família dos usuários e abrindo espaço para uma adaptação
fora do espaço hospitalar. Desenvolvemos 5 modalidades de intervenção: 1 – Cine-
clube: sessões com filmes selecionados seguidos de debate na companhia dos
extensionistas. Até julho/2011, foram realizadas duas sessões, sendo que o público
aumentou três vezes mais que a primeira sessão. Essa expressiva demonstração de
interesse dos usuários e dos profissionais envolvidos, motivou o projeto a desdobrar as
sessões em diversos horários, ao invés de apenas uma vez por mês. 2 – Biblioteca –
Incentivo ao uso da biblioteca como instrumento psicoterapêutico, estando prevista para
agosto/2011 a “Hora da história”, quando são contadas histórias para usuários que
também podem, além de comentar, ditar ou escrever suas próprias narrativas. 3 –
Supervisões – Semanalmente são discutidos casos clínicos apresentados pelos
participantes do projeto. 4 – Seminário “A clínica da psicose” – Carlos Santos,
psicanalista, realiza mensalmente uma seminário aberto ao público, voltado para a
questão da psicose. 5 – Clube do Xadrez – Ainda em fase de elaboração, essa atividade
conta com o apoio do mestre José de Anchieta Correia, que se dispõe a contribuir
voluntariamente com ensinamentos sobre esse jogo. As vantagens do uso de jogos em
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instituições voltadas para saúde mental são apresentadas na tese de doutorado de
Eugênia Correia (1999). Planejamos para dezembro de 2011 a realização de um evento
encerrando o semestre, que será intitulado “Começando”, de modo a sublinhar a
situação de construção em que se encontra nosso projeto.
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ACOMPANHAMENTO PSICOSSOCIAL AO IDOSO EM INSTITUIÇÕES DE
LONGA PERMANÊNCIA
Verônica Lucia do Rego Luna
Este projeto objetiva oferecer acompanhamento psicossocial a idosos residentes
do Lar da Providência Carneiro da Cunha [instituição de longa permanência da capital,
com vistas à melhoria das condições de vida, atividades e dinâmica das relações
interpessoais. Busca-se dar continuidade a um conjunto de práticas de atenção integrada
a idosos iniciadas em semestres passados na disciplina Psicologia do Desenvolvimento
III, sob minha responsabilidade, com a participação de alunos do curso de Psicologia e
com o apoio do Núcleo integrado de estudos e pesquisas da terceira idade (NIETI).
Convém salientar que tal iniciativa visa responder à solicitação feita por instituições de
longa permanência que, como é sabido, carecem de recursos, de profissionais e de
serviços para melhor atenderem aos idosos. Pretende-se também proporcionar ao
alunado a ampliação dos conhecimentos acerca do envelhecimento, complementando o
saber teórico com a experiência concreta do envelhecer nas circunstâncias asilares, o
que possibilitará a compreensão do funcionamento destas instituições, seus limites e
possibilidades de intervenção. Busca-se atenuar o sofrimento psíquico dos idosos que
experimentam abandono e rejeição social por meio de um trabalho focado no perdão
interpessoal e redução da mágoa. Idosos, familiares e cuidadores também se
beneficiarão das ações deste projeto que visa atenuar o processo de segregação a que
são submetidos os residentes na ILPs. Outro foco das ações do projeto é a capacitação
dos profissionais (cuidadores e gestores) com base no saber gerontológico atualizado e
interdisciplinar. Finalmente, as intervenções a serem realizadas têm por fim integrar o
ensino, a pesquisa e a extensão, ampliando o alcance do conhecimento científico a
serviço da comunidade, contribuindo para o bem-estar na velhice e no respeito aos
idosos. É preciso que a sociedade, a ciência, os gestores públicos estejam preparados
para o desafio de uma sociedade que envelhece.
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APOIO À CRIANÇA HOSPITALIZADA: UMA PROPOSTA DE
INTERVENÇÃO LÚDICA Laura Helena M. Kumamoto
Lívia Candice da Silva Jardim
Nara da Nóbrega Rodrigues
Suele Conde Soares
Rafaella Magno de Andrade
Maylla Candeia Ramalho
Amanda Daniele
Thainá Magalhães Portugal
Este trabalho de extensão vinculado ao Departamento de Psicologia da
Universidade Federal da Paraíba (UFPB) presta serviço especializado à comunidade
desde novembro de 2000. A equipe de trabalho é formada por: 1 psicóloga
coordenadora e professora do Departamento de psicologia da UFPB , 3 psicólogas
colaboradoras da comunidade que formam a equipe permanente, 1 aluna de psicologia
extensionista bolsista e 2 extensionistas colaboradoras . Conta com o apoiado
financeiro do Instituto Felipe Kumamoto, essencial à manutenção da equipe permanente
e aquisição dos recursos materiais necessários à implementação das intervenções. A
existência da equipe permanente é um diferencial importante neste projeto haja vista a
continuidade das ações, independente do período de vigência do Probex. Pautado na
concepção do processo saúde-doença numa perspectiva biopsicossocial o objetivo geral
é contribuir para a humanização do cuidar e a melhoria da qualidade de vida durante a
hospitalização ao ampliar a compreensão das necessidades da clientela alvo para além
da doença. Atende uma média mensal de 45 crianças/adolescentes internados na
Unidade de Pediatria do Hospital Universitário Lauro Wanderley em João Pessoa-PB,
através de intervenções lúdicas ancoradas teórica e metodológica na perspectiva
fenomenológica-existencial e humanista, na Abordagem Bioecológica do
Desenvolvimento humano e nos princípios da psicologia positiva. Através desta
fundamentação teórica a metodologia lúdica é reconhecida como fundamental para o
desenvolvimento integral do ser humano e como estratégia de fortalecimento da
resiliência (enfrentamento de adversidades). O trabalho é desenvolvido nos leitos e na
sala de recreação, individualmente ou em grupo, nas atividades comemorativas
especiais, e através do apoio e orientação psicopedagógica para os acompanhantes. Ao
articular as atividades de ensino, extensão e pesquisa proporciona ao graduando uma
vivência teórico-prática e contribui para a sua formação através do desenvolvimento de
postura crítica e reflexiva acerca do papel da psicologia no âmbito da promoção da
saúde no contexto hospitalar, além de aproximar a academia da comunidade atendida
21
nesta instituição. Ao contribuir para a humanização e promoção da saúde também
atende a lei 11.104 de março de 2005 que torna obrigatória a instalação de espaços
lúdicos nos hospitais.
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CINEMA & HUMANIDADES: CICLOS TEMÁTICOS DE CINEMAS
Samir Perrone de Miranda
O projeto tem como proposta um debate sobre as possibilidades de utilização de
recursos cinematográficos em associação ao desenvolvimento do conhecimento no
campo das Ciências Humanas, com ênfase nas Ciências Sociais. Nessa perspectiva, o
projeto prevê a organização de um conjunto de ciclos de cinema, constituídos através do
estabelecimento de recortes temáticos, tendo por público alvo estudantes universitários
e do ensino médio, mas com sessões abertas à comunidade em geral. A dinâmica destas
atividades consiste na exibição de filmes e/ou documentários selecionados, cada um
deles seguido por uma palestra de professores, bolsistas ou pesquisadores especializados
no assunto apresentado, com um período reservado para o debate com os demais
participantes.
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CONTEMDANÇA 2.0: GRUPO TRANSDISCIPLINAR DE DANÇA E
PROCESSOS HÍBRIDOS DE EXPRESSÃO ARTÍSTICA
Guilherme Barbosa Schulze
Este projeto pretende oferecer à comunidade o acesso a mais de dez anos de
pesquisa desenvolvida por seu coordenador na área de dança e novas tecnologias. A
formação do ContemDança 2.0 cujo nome é uma homenagem à atividade de extensão
que funcionou entre 1999 e 2006 nas dependências do antigo Departamento de Artes,
pretende estimular e preparar seus participantes para a elaboração de produtos artísticos
que enveredem por territórios artísticos híbridos onde as interseções entre corpo e
tecnologias digitais sejam o foco. Especificamente, neste primeiro ano, será abordada a
produção de videodança através de vivências nas três dimensões narrativas que
envolvem o performer, o olhar da câmera e a edição. Os produtos serão doados para a
TV UFPB e apresentados em Festivais e eventos de áreas afim.
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CRIAÇÃO DE AUDIOGUIAS PARA OS MONUMENTOS HISTÓRICOS DA
PARAÍBA
Katia Ferreira Fraga
O projeto de produção de audioguias para os monumentos históricos da Paraíba
visa associar a formação dos alunos de Línguas Estrangeiras Aplicadas da UFPB à
divulgação turístico-cultural da região. Os turistas estrangeiros desejosos em receber
informações sobre os locais visitados terão a possibilidade de utilizar os audioguias em
suas línguas maternas, sem a necessidade de aguardar a presença de um guia local que
fale a língua estrangeira do visitante. Os alunos do curso LEA poderão, dessa forma,
construir conhecimentos nas três línguas estrangeiras obrigatórias no currículo do curso
(inglês-francês- espanhol) na área de marketing do turismo e divulgação do patrimônio
histórico regional.
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DANÇAS CIRCULARES NA UFPB
MARIA ELEONORA MONTENEGRO DE SOUZA
MARCOS DANIEL OLIVEIRA DE SOUSA
JOANNE FERREIRA DA SILVA
ANDREA DE OLIVEIRA QUEIROZ
MARIA DO SOCORRO SOUZA
MARIA DO AMPARO CAETANO DE FIGUEIREDO-
ANA EMÍLIA CAVALCANTE ANTAS
ROBERTA DE MIRANDA H. LEITE
MARIA CELY DE SOUSA SILVA
TATTIANA DIAS DE CARVALHO
As Danças Circulares estão presentes em antigas tradições de diversos povos de
todo o planeta. Suas origens se confundem com a origem da própria humanidade.
Remete-nos à época em que o homem tinha uma estreita ligação com a natureza,
simbolizando os movimentos circulares a pura expressão dos ciclos existentes em tudo
que nos rodeia. Além de ser um prazeroso exercício, é um caminho de desenvolvimento
pessoal e coletivo, constituindo-se em ferramenta pedagógica com possibilidades de
aplicação em vários níveis de organizações públicas e privadas, escolas, hospitais,
centros terapêuticos e outros, sempre com o intuito de obter todos os benefícios que a
dança traz para pessoas de qualquer idade, resgatando o prazer de dançar e cantar
juntos. Este projeto, DANÇAS CIRCULARES NA UFPB, teve início no ano de 2005,
funcionando com rodas semanais no Ginásio de Ginástica da UFPB, na cidade de João
Pessoa, sempre às quartas feiras, no turno da tarde, com o propósito de integrar
primeiramente a comunidade universitária e, também, os membros interessados da
comunidade como um todo, promovendo assim uma melhor relação entre os indivíduos
participantes, entre a instituição e a comunidade em geral. Após muitos convites para
oficinas e palestras, passamos a ampliar os horizontes e a estender as rodas ao Instituto
dos Cegos, às Escolas Públicas, aos Centros de Idosos, dentre outras instituições. Neste
sexto ano do Projeto, o nosso trabalho se estenderá também ao Lar da Providência (no
Bairro dos Estados). A cada encontro são realizadas as seguintes atividades:
alongamento básico; jogos de entrosamento; teoria sobre as danças circulares; teoria
sobre a origem de cada dança a ser trabalhada; explicações gradativas de cada
coreografia, trabalhando-se a partir das necessidades surgidas a cada nova dança;
alongamento final. Os conteúdos práticos constam de Danças Circulares Sagradas,
Étnicas, Populares e Folclóricas; Danças cantadas e danças que necessitam de música
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mecânica; Danças de parceiros, danças vitalizadoras e danças meditativas; Danças que
fortalecem a visão sistêmica da organização e a noção de interdependência; Jogos
cooperativos; Jogos rítmicos de integração grupal. O público alvo deste Projeto é a
comunidade acadêmica e membros da comunidade como um todo. A carga horária
prevista é de 12 horas semanais, esperando que além das rodas, oficinas e palestras,
tenhamos como produto alguns artigos produzidos pelos bolsistas e colaboradores. No
momento atual, necessário se faz um novo olhar sobre o mundo e sobre a nossa forma e
sentido de estar e de dialogar com este mundo. Precisamos nos tornar mais flexíveis e
permeáveis, ou seja, recuperarmos a capacidade de nos mover com o corpo e a alma
integrados, em atitude desperta, em presença ativa, em consciência expandida. A dança
é, além de uma atividade artística, uma atividade esportiva e uma meditação ativa. Um
meio de conhecimento, a um só tempo, introspectivo e do mundo exterior e uma das
raras atividades humanas em que nos tornamos totalmente engajados: corpo, espírito e
coração. Precisamos, portanto, resgatar esse conhecimento já sabido desde os
primórdios da humanidade. Dançar é fundamental e o lugar da dança é nas casas, nas
ruas, nos ambientes de trabalho, nos hospitais, nas escolas; enfim, na vida.
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DIREITOS LINGUÍSTICOS E INCLUSÃO SOCIAL: OFICINAS DE LÍNGUA
FRANCESA
Marta PRAGANA DANTAS (coordenadora); Lavínia TEIREIRA GOMES (vice-
coordenadora); Maria de Guadalupe MELO COUTINHO (professora-colaboradora);
Clélia BARQUETA (professora-colaboradora)
Adriana Cláudia DE SOUZA COSTA (bolsista); Elaine Nicolau DE OLIVEIRA (aluna-
colaboradora); Everton DA SILVA OLIVEIRA (aluno-colaborador); Glícia Karoline
DANTAS INÁCIO (aluna-colaboradora)
Departamento Letras Estrangeiras Modernas / Centro de Ciências Humanas, Letras e
Artes / Universidade Federal da Paraíba
O direito à aprendizagem de uma língua estrangeira está assegurado pela
Declaração Universal dos Direitos Lingüísticos, assim como pela Lei de Diretrizes e
Bases e demais diretrizes que regem a educação nacional. Apesar dos esforços das
políticas educacionais implementadas, no Brasil o acesso às línguas estrangeiras se dá
ainda fundamentalmente fora do ensino formal, através das escolas de idiomas, na
maioria instituições privadas – espaço do qual fica excluída a maioria dos alunos da
rede pública. Este projeto pretende preencher essa lacuna, propondo oficinas de língua
francesa a adolescentes da ONG Aldeias Infantis SOS Brasil, situada em João Pessoa. A
língua francesa aparece aqui como vetor para a formação cultural e cidadã do público-
alvo. A ação visa também a engajar o aluno do curso de Letras (habilitação língua
francesa) numa reflexão sobre a prática pedagógica, favorecendo a aproximação com
situações concretas que serão problematizadas em conjunto pela equipe executora do
projeto. Do ponto de vista teórico, a ação encontra-se largamente norteada pelos
trabalhos recentemente desenvolvidos pelo linguista aplicado Francisco Gomes de
Matos, sobre a Linguística da paz e a pedagogia da positividade. O linguista defende a
utilização da língua como importante veículo de promoção da paz social, cabendo ao
professor utilizar técnicas em sala de aula baseadas numa fraseologia da positividade.
Percebem-se aqui ecos do pensamento de Paulo Freire em sua 'Pedagogia da
autonomia'. A pedagogia da positividade trabalha, assim, com a construção de uma
auto-imagem positiva, fazendo com que o aprendiz sinta-se valorizado através de
experiências positivas com a língua dentro da sala de aula. Espera-se com isso
introduzir princípios básicos da convivência social pacífica, tais como direitos humanos,
respeito ao próximo linguístico, justiça, paz, solidariedade, entre outros. Fica assim
caracterizada a articulação entre as três dimensões que norteiam a prática acadêmica nas
instituições federais de ensino superior: ensino, pesquisa e extensão.
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EDUCAÇÃO E CULTURA: UM EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM SOBRE A
DIVERSIDADE CULTURAL EM SOUSA-PB
Profa. Dra. Maria Patrícia Lopes Goldfarb
Aquiles Cordeiro do Nascimento
Muitos são as pesquisas e publicações sobre grupos étnicos no Brasil, onde se destacam
os trabalhos sobre populações indígenas e afro-descendentes, desenvolvidos pelos mais
diferentes pesquisadores e áreas do conhecimento. Porém ainda são poucos os
pesquisadores brasileiros que voltam-se para o estudo de grupos ciganos. Neste sentido,
pretendemos com este projeto investigar os processos de interação cultural que se
desenvolve entre ciganos e não ciganos na cidade de Sousa, especialmente através das
relações sociais (ou sua ausência) que são travadas dentro da Escola Estadual de Ensino
Fundamental e Médio Celso Mariz, que a atende a população cigana ali residente. O
projeto busca analisar se a escola enquanto instituição social pode ser, neste contexto,
reprodutora de estigmas e de exclusões sociais. Nesta perspectiva, o projeto se propõe a
oferecer aos professores do ensino público da cidade e a comunidade um ciclo de
palestras e debates sobre as temáticas envolvendo as formas de interação entre os
grupos ciganos residente em Sousa e a sociedade envolvente.
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EXTENSÃO E RELAÇÕES RACIAIS: PROGRAMA DE PROMOÇÃO DE
IGUALDADE RACIAL E VALORIZAÇÃO DA MATRIZ CULTURAL
AFRICANA NO ESTADO DA PARAÍBA/PROAFRO
Solange Pereira da Rocha
Elio C. Flores;
Marco Aurélio Paz Tella
Surya A. P. Barros Coordenadores do PROAFRO e professores da UFPB
Nesta comunicação pretendemos apresentar o Programa de Promoção da
Igualdade Racial e Valorização da Matriz Cultural Africana no estado da Paraíba
(PROAFRO), aprovado no Programa de Extensão Universitária/PROEXT (MEC/SESu,
2011). Na referida proposta de trabalho pretendemos desenvolver três projetos
vinculados à temática da educação das relações etnicorraciais, história e cultura
afrobrasileira e africana, com os seguintes objetivos: organizar banco de dados com
documentos e informações pertinentes à história e memória da população negra da
Paraíba; produzir material didático para o ensino-aprendizagem e atuar de formação de
professores e profissionais da educação nas áreas temáticas definidas nas diretrizes
curriculares nacionais para a educação para as relações etnicorraciais. Este programa de
extensão será executado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Afrobrasileiros e
Indígenas/NEABI, composto por docentes de variados centros da UFPB e que se insere
na comunidade estadual e regional como produtora de saberes e conhecimentos sobre a
matriz cultural africana, e será pautado nos princípios da indissociabilidade entre
ensino, pesquisa e extensão; interdisciplinaridade; interinstitucionalidade e
interprofissionalidade, visando a equidade racial na educação brasileira.
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FORMAÇÃO PROFISSIONAL E CLÍNICA NO ATENDIMENTO A
PACIENTES PSICÓTICOS: UMA ARTICULAÇÃO ENTRE PSICANÁLISE E
PSIQUIATRIA
Regileide de Lucena Fernandes
Maria Beatriz Lavieri
É cada vez mais evidente a premência com que o social vem açoitando os
poderes constituídos em busca de respostas para a problemática da saúde mental. Se
hoje se tem mais claro que o tratamento exclusivamente medicamentoso e a segregação
social não dão conta da loucura e se buscam outras saídas possíveis para atender a
demanda representada por aqueles que querem alívio para o sofrimento psíquico,
enfrentam-se novos impasses na construção de uma clínica da psicose nos moldes da
Reforma Psiquiátrica. A psicanálise operou um deslocamento da etiologia estritamente
orgânica da doença mental, aí introduzindo uma causalidade psíquica. O trabalho
conjunto entre psiquiatras e psicanalistas é justamente no sentido de possibilitar ao
psicótico escapulir da posição objetal intrínseca à estrutura psicótica. Isso é possível
através da construção delirante ou ainda da condição de dar uma destinação outra àquilo
que traz sofrimento ao sujeito. A proposta deste trabalho, é que da articulação entre
psicanálise e psiquiatria a equipe multiprofissional, fortalecida, possa acolher o sujeito
em sua singularidade e acompanhá-lo na construção de saídas menos danosas que
aquela representada pela saída de cena do sujeito em surto. A máxima lacaniana de não
recuar diante da psicose, tem orientado o trabalho. Estão articulados os três vértices das
atividades: pesquisa, ensino e extensão. O ensino e a pesquisa articulam-se no GEPSI,
Grupo de Estudos Psicanalíticos da Psicose, espaço de estudo, reflexão e produção
teórica acerca da clínica. A bibliografia é selecionada segundo as dificuldades relatadas
na supervisão clínica, tentando dar conta teoricamente dos impasses trazidos pela
equipe. O conhecimento construído retorna à prática modificando de alguma forma uma
realidade já instituída. Busca-se uma aproximação entre realidade acadêmica e realidade
social através de apresentações, em sala de aula, das experiências do Projeto, em
disciplinas afins ao campo da saúde mental. Introduziu-se, no atendimento ao paciente
psiquiátrico, no ambulatório do Complexo Juliano Moreira, o dispositivo psicanalítico
articulado à clínica médica psiquiátrica, em sessões individuais e coletivas (Oficinas de
Psicanálise). Obteve-se como resultado a estabilização dos quadros, redução da
medicação e uma melhor inserção social da clientela atendida.
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JOANINHA: LEITURAS ENCENADAS
Ana Cristina Marinho Lúcio
O projeto Joaninha: leituras encenadas acontece uma vez a cada mês na UFPB
(HU, jardins do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFPB, creche, auditório
ou Centro de Vivência). Alunos da disciplina Literatura Infanto-Juvenil, colaboradores e
bolsistas do projeto, promovem, através de jogos de encenação teatral, a leitura de livros
de literatura infantil para um público de crianças, em geral filhos de professores,
funcionários e alunos do Campus. Os monitores acompanham as leituras e promovem
brincadeiras e jogos teatrais a partir das histórias e versos presentes nos livros. Para o
ano de 2011, o projeto prevê a gravação de 16 leituras encenadas que tomarão como
base contos populares de narradores paraibanos. Essas gravações serão veiculadas, após
avaliação do conselho de programação, através da TV UFPB.
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LEITURA E INTERAÇÃO: ANÁLISE DO DISCURSO ESTÉTICO-
POESIA/PINTURA E OUTROS GÊNEROS
Maria Bernardete da Nóbrega
Klênia Pereira de Oliveira
Este projeto propõe a interação entre a palavra/a imagem, o poema/o quadro, o
poeta/o pintor e a poesia e outros gêneros no limite da construção do discurso estético
em que o ato performativo delimita o percurso dos sentidos (Eco, 1976) no exercício
intensivo de múltiplas leituras. Esse gesto de leitura se orienta para o estudo do discurso
estético, em sua dimensão dialógica, e propõe um corpus na base de pressupostos
formulados por Bakhtin/Voloshinov (1981), Bakhtin (1981, 1997, 1998), Roudaut (1988),
Cumming (1998), Ferrara (1981), Greimas (1976, 1979, 1981), Peirce (1993, 1997), Santaella
(1995), e Székely (1972), dentre outros. A leitura se perfaz no formato de oficinas dialógicas
através de recortes, montagens, instalações – o poema, o quadro e outros gêneros – modulados
na dimensão dos discursos estéticos que se evidenciam pela seleção de signos que indexaram o
código pictórico e outros códigos e pelos modos de semantização do dizer sobre o fazer
expostos no poema. Essa leitura funciona como mecanismo instrumental para exercitar a
capacidade de perceber/ ver/ ler a repercussão poética de outras artes (Sena, 1963), em
que a palavra/a imagem compõe um sistema na composição hierárquica de linguagens
em interação. Em sua densidade plástica, a palavra se materializa na composição e
construção do discurso estético em múltiplas linguagens. No horizonte dessa textualidade
artística, o poeta super(ex)põe, no seu dizer, outras dimensões do discurso poético: itinerários
poe-picturais. A nossa proposição é construir/ traduzir esses movimentos discursivos que
se enredam na interação autor/ leitor/ texto/ contexto para delimitar a construção de
percursos definidores do conjunto – de estudos, esboços, exercícios, séries.
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LETRAMENTOS: MULTIMODALIDADE, LEITURA E PRODUÇÃO
TEXTUAL
Eneida Martins de Oliveira
Maria do Socorro Lima dos Santos
O projeto, cujas ações se realizam através de oficinas de leitura e produção de
textos, será dirigido, inicialmente, aos alunos de Letras que já atuam como professores
ou estagiários em escolas da rede municipal e estadual, a professores do ensino
fundamental e médio, e técnicos da rede pública de ensino, podendo, posteriormente, ser
estendido a alunos de outros cursos, que também estejam em salas de aula, na rede
pública e privada. Trabalharemos, nas ações deste projeto as diversas práticas de leitura
e produção textual, considerando a importância dessas práticas, destacando-se os vários
tipos de letramento, inclusive o letramento multimodal, considerados como práticas
sociais e utilizados pelos membros de uma sociedade, como instrumento de inserção
nessa mesma sociedade, independentemente da classe social a que pertençam e do seu
nível de escolarização. Procuraremos estudar, com os bolsistas e alunos das oficinas. a
relação entre letramento, alfabetização, escolarização, oralidade e escrita e o papel da
escola no processo de ensino e aprendizagem dessas práticas indispensáveis à vida de
todas as pessoas. Trabalharemos ainda o letramento multimodal, mostrando a
importância de se estudar e analisar as várias linguagens encontradas nos textos e nos
gêneros textuais, incluindo os textos do Livro Didático do ensino fundamental e médio,
objeto de trabalho dos futuros professores de língua portuguesa, salientando-se que
esses estudos da multimodalidade não podem mais ser ignorados, visto que os textos
multimodais estão por toda parte e precisamos ser capazes de ler essas mensagens que
se utilizam de múltiplas linguagens na sua produção. Essas práticas devem servir para
que o aluno, através delas, chegue à condição satisfatória de letramento para inserir-se
na sociedade onde vive. Sabemos que o ensino da língua portuguesa nas escolas de
ensino fundamental e médio, apesar das muitas pesquisas e trabalhos existentes a
respeito, continua sendo realizado de forma compartimentalizada, fora e, muitas vezes,
distante da realidade do aluno, do contexto onde ele vive, ignorando, inclusive, aquilo
que ele já conhece quando entra para a escola. Ou seja, a escola continua dando
prioridade ao ensino da língua padrão, (ensino tradicional), deixando para um segundo
plano, ou até mesmo ignorando, o trabalho com a leitura a produção textual, o gênero
textual, ensino esse já introduzido na escola através dos PCNs. Isso tem conseqüências
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sérias durante toda a vida do educando, e as deficiências desse ensino são comprovadas
pelo ' baixo nível de desempenho lingüístico demonstrado por estudantes na utilização
da língua , quer na modalidade oral quer na modalidade escrita...' GERALDI (1985:41).
O trabalho com a leitura e a produção textual, com fundamentos nas teorias lingüísticas
atuais contribui para a mudança de postura com relação a essas duas práticas no ensino
fundamental e médio.
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LINGUAGENS E LEITURAS: EXPERIÊNCIAS NO ENSINO
FUNDAMENTAL
Maria de Fátima Almeida
Thiago Almeida Medeiros
Objetivamos divulgar os resultados das atividades realizadas pelo projeto do
PROBEX: Linguagens em interação: a leitura e a escrita na escola, vinculado ao PAELP
– Programa de Apoio ao Estudo de Língua Portuguesa e ao Formação Docente:
educação para a cidadania /PROEXT. .Buscamos compreender os processos de
construção de sentido na atividade de leitura e de escrita na sala de aula do ensino
fundamental de escolas públicas de João Pessoa. Ele pauta-se pela teoria
sciointeracionista abordada por Bakhtin/Volochinov (1929/1981), Bakhtin (1992),
Faraco (2006) e Brait ( 2004), para os quais a linguagem é dialógica e produz
movimentos interativos, que auxiliam na interpretação e no sentido do texto. A
orientação metodológica aponta os movimentos de interação que ocorrem no ato de
leitura e da produção na sala de aula. As experiências com os gêneros discursivos, a
exemplo da charge, revelam o caráter dinâmico da linguagem, através dos modos de ver
ou de ler dos sujeitos que atuam interativamente no espaço escolar. Podemos observar
que a leitura é uma questão de olhar ou ponto de vista dos leitores e a escrita é um
processo que precisa ser experienciado na sala de aula. Os resultados mostram que o
estudo com o gênero contribui para estimular o processo de leitura, desevolvendo o
parzer de ler na escola. Todas ss conclusões permitem visualizar que o sentido é
construído num processo de interação entre os leitores, que se constituem os
articuladores das interpretações, das escolhas e das leituras possíveis de cada gênero
proposto. Portanto, se o professor possibilita um diálogo de leituras, a sala de aula
torna-se um espaço aberto às descobertas, resultantes do trabalho dos sujeitos leitores,
que alternam reflexões interativas e interpretativas. Ler e escrever são processos
interativos de construção de sentido essencial para formar leitores competentes para o
mundo ora ressignificado. A vivência com projetos de extensão é fundamental para
unirmos teoria e prática e para construirmos a interação leitura/escrita e
escola/sociedade.
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LITERATURA E ECOCRÍTICA NO ENSINO MÉDIO
ZÉLIA M. BORA & HERMANO DE FRANÇA RODRIGUES
Domênica Pinto Pereira dos Santos, Gilcassia de Figueiredo,
Joselma Félix Morais, Gerlany Padilha da Silva
O Ensino da Literatura encontra-se profundamente relacionado à construção de
mundos sociais. Despertar o interesse do aluno sobre a literatura significa que estamos
contribuindo para que este possa definir seus papéis na sociedade diante das normas,
crenças, tradições e propósitos. A educação tradicional e a aprendizagem da Literatura,
baseados em textos escritos, têm enfrentado vários reveses, entre eles, a popularidade do
computador e do vídeogame. Tais intrumentos, amiúde, impedem que os aprendizes
sejam encorajados a se tornarem leitores mais críticos e, consequentemente, consigam
despertar o interesse profissional sobre a literatura. Essas dificuldades podem ser
apontadas, em dimensões variadas, em países como o Brasil e os Estados Unidos. Como
professores de Literatura, nossa função principal é auxiliar os alunos a transferirem as
habilidades adquiridas por intermédio dos meios de comunicação para o aprendizado da
Literatura, transformando-se partícipes de um mundo social que os prepare para a vida
prática. Partindo desses pressupostos, nosso projeto objetiva desenvolver, através de
quatro modelos de trabalhos, relacionados aos cinco gêneros literários (poemas épicos,
poema modernos, crônicas, contos e romances ) um conjunto de constructos teóricos e
analíticos, capazes de complementar a práxis docente, especificamente aquela que se
desenvolve em escolas de nível médio. Uma das ferramentas oferecidas pela Teoria da
Literatura contemporânea, que pode ser trabalhada com sucesso em sala de aula,
levando-se em consideração a dialética ensino-aprendizagem, é o conhecimento como
informação e formação estabelecido através da relação Literatura e Meio Ambiente.
Nop decorrer de nossa evolução pedagógica, esse vínculo tornou-se uma marca
identitária na criação do povo brasileiro e na organização de suas sociedades. Na
Literatura Brasileira, há uma infinidade de obras que apresentam elo entre o homem e a
natureza. Embora essa tendência tenha sido determinada através da perspectiva
europeia, com o advento do colonialismo, noções mais complexas relacionadas ao
homem e o meio-ambiente vêm sendo colocadas pela Literatura na era da Globalização.
Portanto, o Ensino da Literatura, sob essa perspectiva, emerge como essencial para que
o aluno vivencie a literatura como conhecimento e prática, simultaneamente.
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MECT – MUSICALIZAÇÃO ATRAVÉS DO ENSINO COLETIVO DE
TECLADO/PIANO
Josélia Ramalho Vieira (coordenadora)
José Edmilson Coelho Falcão (bolsista PROBEX)
Universidade Federal da Paraíba
O Curso tem como objetivo musicalizar através do teclado/piano crianças,
jovens ou adultos, pretendendo ser um espaço de ensino/aprendizagem para as práticas
pedagógicas desta modalidade de ensino. O Curso possui 03 (três) turmas - uma no
espaço do campus I da UFPB e 02 (duas) na Comunidade Renascer, Cabedelo, com o
apoio do Centro Comunitário Santa Luzia. O principal referencial teórico do MECT é o
ensino centrado no aluno. As bases do ensino centrado no aluno são encontradas em
Rousseau, Pestalozzi, Froebel, Montessori, Rogers, isto é na escola nova. O ensino em
grupo desenvolve um pensamento imaginativo e criativo, uma mente crítica e
informada, consciência em relação aos interesses e necessidades dos outros, senso de
rigor acadêmico, convivência social e habilidade de satisfação pelo aprendizado durante
toda a vida e apesar das comprovadas qualidades ainda não é uma prática comum no
ensino musical do Brasil. Pelo exposto acima, acreditamos que um Curso de Extensão
promovido pelo Departamento de Educação Musical em parceria com o LECT –
Laboratório de Ensino Coletivo de Teclado/Piano poderá contribuir tanto para a
formação do licenciando quanto para a Educação Musical da comunidade.
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MEMÓRIA DO MOVIMENTO
Valéria Vicente
O projeto Memória do Movimento constitui-se de um processo continuado de
transmissão de conhecimentos sobre a organização de acervos particulares, como
desdobramento das pesquisas realizadas pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Artes
Cênicas (NEP Cênico). O Projeto atua junto a professores, coreógrafos e grupos de
dança de João Pessoa com o objetivo de localizar, digitalizar e organizar documentos
sobre a história da dança desta cidade, constituindo um acervo inédito na Paraíba. Tem
como parceiro tecnológico o Acervo Recordança (Associação Reviva) que
disponibilizará seu sistema de informação e sua estrutura de catalogação para a
publicação de parte dos documentos na internet. Coordenado pelos professores Paulo
Vieira e Ana Valeria Vicente é um desdobramento da linha de pesquisa Dança: historia,
discursos e práticas, desenvolvida NepCênico, do Departamento de Artes Cênicas da
UFPB. O projeto, nesta fase inicial, se detém sobre o acervo da Fazendo Arte Teatro e
Dança, produtora cultural que mantém grupo e escola de dança no bairro de Manaíra. A
escolha da Fazendo Arte como primeira instituição a receber o projeto deve-se ao
interesse previamente formulado por dois integrantes da mesma que são estudantes do
curso de teatro. Em seguida, verificou-se que a fundadora da escola, Rosa Cagliani teve
uma atuação relevante na cidade de João Pessoa, atuando como coreógrafa em
importantes espetáculos desde a década de 1980 e como gestora de dança junto ao
Espaço Cultural. Verificou-se também a inexistência de pesquisas sobre sua atuação. Os
procedimentos metodológicos utilizados no projeto se respaldam na experiência do
Acervo Recordança/Associação Reviva (www.recordanca..com.br), que atua, desde
2003 na Região Metropolitana do Recife organizando documento dos acervos pessoais
dos artistas para tranformá-los em acervos públicos. No entanto, a iniciativa da UFPB
implementa essa metodologia de forma a tornar os artistas integrantes da Fazendo Arte
agentes da organização do seu acervo. Em 2010, a ênfase do projeto foi a organização
dos documentos de dança e a formação de pesquisadores através do Curso Memória do
movimento, com carga horaria de 60 horas divididas em seis meses. Este curso, aberto
ao publico em geral, focalizou integrantes da Fazendo Arte e estudantes do curso de
Teatro que atuaram na organização do Acervo. A implementação do projeto garantiu a
organização de 1184 documentos, distribuídos em 14 pastas temas. Atualmente, a
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ênfase está na digitalização de todos os documentos organizados e na catalagoção destes
documentos para posterior disponibilização no site do Acervo Recordança.
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MÚSICA EM PERFORMANCE
Anderson Mariano
Elizangela dos Santos Garcia
Estas são a terceira e quarta edição do evento” Música em Performance”, que no
ano 2011 tornou-se um projeto de Extensão. Uma proposta da Universidade Federal da
Paraíba, Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, e seus departamentos de
Educação Musical e de Música. Serão três dias de programação em cada edição do
projeto, sendo uma no primeiro semestre letivo de 2011 e outra no segundo, com
recitais, shows, palestras e oficinas promovidos pelos professores e alunos dos cursos de
Música – Bacharelado, Extensão, Licenciatura e Sequencial. Os recitais e shows dos
alunos acontecerão das 9 às 21 horas em cada dia. A platéia poderá prestigiar a
performance de diversos instrumentistas, nas mais variadas formações musicais, e
participar de oficinas e palestras sobre temas da área da música. Neste ano, a equipe
organizadora firmou uma pareceria com a Estação Cabo Branco - Ciência, cultura e
artes, o que contribuirá para uma maior participação da comunidade em geral,
principalmente alunos e professores das escolas municipais, particulares e estaduais.
Com essas ações, além de efetivar um espaço de formação para os alunos dos cursos de
música da UFPB, os conhecimentos desenvolvidos serão socializados com a
comunidade. O objetivo principal é propiciar um espaço de performance musical
integrando as diferentes práticas musicais dos cursos de música da UFPB, bem como
extravasar a produção artística dos mesmos para além dos limites da UFPB. A
performance é uma atividade fundamental àqueles que se dispõem a abraçar qualquer
carreira artística, com a música não é diferente. Os professores, por sua vez, têm a
possibilidade de auto-avaliarem sua atividade educacional a partir de tais iniciativas,
podendo observar a atuação de seus alunos em palcos, colocando em prática os
conteúdos abordados em sala de aula, o que permite uma melhor consideração sobre as
necessidades de cada estudante de sua turma em relação à performance. Cada evento
depende da participação efetiva dos professores e alunos dos cursos de música.
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MUSICALIZAÇÃO INFANTIL NA UFPB
Caroline Brendel Pacheco
Andrea Matias Queiroz,
Samara Rodrigues de Oliveira
Ana Catarina Leão
Izadora de França Santos
Jaqueline Alves da Silva
Nadya Amorim
Carolina Chaves Gomes
O Projeto Musicalização Infantil da UFPB é uma proposta única em nosso
Estado que tem como objetivo oferecer aulas de musicalização infantil para bebês e
crianças e desenvolver um laborátorio para formação de educadores musicais
especializados no atendimento à infância. A ideia é estimular a aprendizagem por pares
(peer teaching) através do envolvimento de alunos do curso de Licenciatura em Música
nas aulas de musicalização infantil que serão oferecidas para bebês e crianças com idade
entre 6 meses e 6 anos. Por meio desta proposta será possível propiciar atividades de
educação musical infantil de qualidade para toda a comunidade de João Pessoa e região.
Apesar das atividades estarem direcionadas para bebês e crianças, é importante salientar
que todas as dinâmicas oferecidas para o público com idade até 4 anos deverão ser
acompanhadas por pais e/ou cuidadores (avós, parentes, babás, etc) - o que aproximará
também as famílias e a extensão universitária. Além disso, a aprendizagem por pares
reunirá educadores musicais experientes na área da infância com futuros educadores
musicais, ampliando o espaço de prática de ensino dos alunos da Licenciatura em
Música, assim como as possibilidades de diálogo entre os conhecimentos de docentes
experientes e iniciantes.
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O BEM-ESTAR SUBJETIVO E O PLANTÃO PSICOLÓGICO NA ESCOLA
PÚBLICA: UM FOCO NA POSITIVIDADE HUMANA
Sandra Souza da Silva Chaves
Thatiana Pessoa da Silva
Eudes Severino Quirino Bento
Francisco Bento da Silva Filho
Laionel Vieira da Silva
Nayara Marinho de Lucena
Valfrêdo Felinto Cardoso Filho
Ana Soré Araújo Simões
Liana Aparecida de Andrade Montenegro
Sob o enfoque clínico da Abordagem Centrada na Pessoa – perspectiva
fenomenológica-existencial – e por meio da Clínica-Escola de Psicologia da UFPB,
enquanto espaço de aprendizagem e formação dos discentes, este projeto propõe uma
ação de extensão à Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria da Penha Accioly
de Souza no município de Conde/PB – o serviço de escuta psicológica – denominado de
plantão psicológico, aos alunos, professores, pais e funcionários da referida escola,
como um desafio de desenvolver uma proposta de atuação humanista no âmbito
educacional. Articulando instrumentais teórico-metodológicos da Psicologia Clínica
(Abordagem Centrada na Pessoa - ACP) e da Psicologia Positiva, buscam-se novas
formas de intervenção, tendo em vista, uma atuação comprometida com o
favorecimento do bem-estar das pessoas. O projeto se caracteriza por se desenvolver
sob alguns aspectos fundamentais. O primeiro deles trata-se de uma escuta psicológica
pelos membros do NAEPSI (Núcleo de Acolhimento e Escuta Psicológica) a toda uma
equipe educacional, beneficiando a escola pública costumeiramente tão carente. O
segundo refere-se aos benefícios dos alunos e/ou estagiários da clínica e diz respeito às
reuniões organizativas, de discussões teóricas, de análises de casos e de avaliação. É
importante ressaltar que uma das principais características desse projeto é a práxis
(ação-reflexão-ação) para alunos a partir do 3° período do curso. Dessa forma estão
previstas as seguintes ações e estratégias: (1) Preparação dos extensionistas para a
escuta psicológica; (2) Realização de sistema de plantão psicológico toda sexta-feira no
turno da manhã na Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria da Penha Accioly
de Souza no município de Conde/PB; (3) Reuniões semanais de estudos teóricos; (4)
Discussão e análise através de reuniões semanais dos casos atendidos; (5) Reuniões para
discussão, avaliação e tomada de decisões sobre o andamento do projeto; (6)
Participação de reuniões com a equipe diretora da escola para avaliação contínua do
andamento do projeto; e (7) Realização de encaminhamentos de casos para a Clínica-
Escola de Psicologia da UFPB e/ou outros serviços públicos do município de
Conde/PB, para aqueles que necessitam de um atendimento continuado. Por fim,
espera-se uma atuação promotora de bem-estar no ambiente educacional, muitas vezes
palco de violência, adoecimento e comportamentos anti-sociais, visando melhor
qualidade de vida entre os usuários do plantão psicológico.
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O LINGUAJAR DO SERTÃO PARAIBANO – PATRIMÔNIO LINGUÍSTICO-
CULTURAL
Cirineu Cecote Stein
Elioenai Macena de Araújo
Felipe de Castro Cruz
Lucas Hudson Pequeno da Silva
O propósito desta Ação de Extensão “O Linguajar do Sertão Paraibano –
patrimônio linguístico-cultural”, financiado pelo Edital n. 05/2010 MEC/SESu, é
mapear as variedades dialetais existentes na mesorregião geográfica do sertão
paraibano, incluindo-se os municípios de Patos, Catingueira, Catolé do Rocha, Pombal,
Princesa Isabel, Souza, Itaporanga, Cajazeiras e Conceição, assumidas como
constituintes do patrimônio cultural imaterial brasileiro. Esse mapeamento considerará
as metodologias utilizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(IPHAN), pelo Inventário Nacional de Referência Cultural (INRC) e pelo Sistema
Integrado de Conhecimento e Gestão (SICG). O avanço social por que tem passado a
sociedade brasileira, mesmo nos pontos mais remotos, tem permitido um maior acesso
aos meios de comunicação, especialmente à televisão. Devido a algumas diretrizes de
programação, a ação da mídia televisiva nacional tende a produzir a anulação dos
dialetos, impondo um único como variedade de prestígio. A justificativa para isso é
centrada na noção de que, para que não haja ruídos de comunicação em qualquer parte
do território nacional, é necessário uniformizar a linguagem, não se permitindo
manifestações dialetais regionais. Percebe-se, no entanto, que, à exceção de itens
lexicais específicos de determinadas localidades, as variações melódicas dialetais não
comprometem o entendimento das mensagens veiculadas, não se justificando, portanto,
essa anulação dialetal no nível melódico. Nesse sentido, evidencia-se, ideologicamente,
uma postura de massificação, desprezando-se os elementos identitários dos múltiplos
linguajares que contribuem para a formação de um dos maiores patrimônios de uma
nação: sua diversidade linguística. Uma vez que esse processo de penetração social da
mídia televisiva se impõe de forma intensa e acelerada, é de fundamental importância
registrar informantes representativos dessas múltiplas variedades, constituindo-se um
corpus multimidiático que permita a consulta futura dessas diversidades, caso venham a
extinguir-se. Além de esclarecer os mecanismos ideológicos norteadores dessa postura
dos meios de comunicação, esta Ação de Extensão, ao interagir com as comunidades
44
envolvidas, procura desenvolver nelas, numa postura reflexiva, a consciência da
importância de sua variedade dialetal na construção da diversidade linguístico-cultural
brasileira, um dos maiores patrimônios nacionais. A expectativa é a de que essa visão
crítica permita a elevação da auto-estima das comunidades, e a percepção dos
mecanismos ideológicos subjacentes às relações de dominação social por via linguística
contribua para que seja assumida uma postura ativa nos processos locais de
identificação cultural.
45
OS CAMINHOS DO PROJETO UNIESCOLA: EM BUSCA DE NOVAS
METODOLOGIAS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Regina Celi Mendes Pereira
Diana Dornelas
A necessidade de uma integração teórico-prática nos cursos de formação de
professores, especialmente os que se propõem a oferecer uma formação continuada em
serviço, respaldou a elaboração de um projeto cujo objetivo se voltasse para a
implantação de novos procedimentos didático-pedagógicos em sala de aula. O projeto
defende uma concepção de ensino de língua portuguesa que considera a linguagem
numa perspectiva teórico-metodológica de base sociointeracionista (Cf. BRONCKART,
1999), bem exemplificada nos trabalhos do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD). O
nosso objetivo maior é proporcionar aos professores do ensino fundamental da escola
pública a oportunidade de repensar a sua prática educativa, refletir sobre sua adequação
frente às propostas presentes nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN,1997), e,
com base nessa avaliação, construir uma nova forma de trabalhar os conteúdos de língua
portuguesa. Em função desse objetivo principal, formulamos os seguintes objetivos
específicos: 1.Apresentar aos professores os fundamentos epistemológicos da
concepção sociointeracionista da linguagem; 2.Estabelecer uma correlação entre esses
fundamentos e as diretrizes educacionais propostas pelos PCN; 3. Analisar, discutir e
reelaborar os planos de curso com base nessas orientações teórico-metodológicas; 4.
Apresentar a proposta de utilização da sequência didática (SCHNEUWLY e DOLZ,
1996,1997) para a produção escrita; 5. Investigar as dificuldades existentes no processo
de ensino-aprendizagem. O projeto conta com o apoio da equipe administrativa e
pedagógica da escola alvo no tocante à disponibilidade de tempo e espaço para a
realização do trabalho junto aos professores do estabelecimento. Os encontros de
reflexão, pesquisa e estudo são realizados semanalmente e contam com a colaboração e
intervenção da bolsista e dos voluntários no que se refere ao atendimento individual aos
professores nos momentos particulares de elaboração de atividades a serem
desenvolvidas em sala de aula. Além disso, também uma vez por semana, o
coordenador e equipe se reúnem para deliberar sobre as atividades a serem
desenvolvidas ao longo da semana. Ao final de cada mês, a equipe se reúne em outra
dinâmica de reflexão a fim de avaliar os procedimentos desenvolvidos no período e
46
fazer os devidos ajustamentos. Por último, ressaltamos também a importância de
desenvolver sistematicamente atividades relacionadas à melhoria do ensino e formação
de professores. Nesse aspecto, as Universidades Públicas são co-responsáveis por esse
processo de melhoria já que os investimentos em pesquisa, estudos e publicações em
todas as áreas do conhecimento devem ser, em maior ou menor intensidade, revertidos
para as comunidades em que as IFES se localizam.
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OS USUÁRIOS E SUAS DEMANDAS NO TERRITÓRIO DO CRAS DE CRUZ
DAS ARMAS E MANDACARU: COMO ATINGI-LAS
Maria de Fátima Melo do Nascimento
Maria de Lourdes Soares
Ana Paula de Oliveira
Fernanda Marques de Sousa
Karla de Andrade Rodrigues
Nara Veloso Correia
Nathália de Medeiros Gouveia
Raíssa Genuino Clemente
Waleska Ramalho Ribeiro
Vivian Lúcia Rodrigues de Oliveira
Este projeto dá continuidade ao trabalho desenvolvido em parceria com os Centros
de Referência da Assistência Social (CRAS), desde o ano de 2004. No PROBEX
2010, concentramos a ação no CRAS de Cruz das Armas, especialmente na
Comunidade Lagoa Antônio Lins, onde apresenta situações de risco em relação à
habitação. Neste ano, estendemos a ação ao CRAS de Mandacaru, onde iniciamos a
extensão, para detectarmos quais as mudanças que ocorreram nos últimos seis anos.
Objetiva, em consonância com as diretrizes do Sistema Único de Assistência Social
(SUAS), identificar quem são as famílias, em que circunstâncias necessitam e
procuram os serviços, programas e projetos e benefícios da assistência social. Assim,
busca conhecer as situações de pobreza, privação e exclusão nos referidos territórios,
inclusive as diferenças e potencialidades das famílias para estimulá-las e orientá-las
a procurarem os serviços de proteção social. A Constituição Federal de 1988 traz
uma nova concepção para a Assistência Social no Brasil, incluída no âmbito da
Seguridade Social e regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS)
– promulgada em 1993, “[...] reafirmou, em seus princípios e diretrizes, a superação
de uma prática calcada na lógica do clientelismo e do favor, apresentando novas
referências para práticas consequentes de inclusão social universalista,
descentralizada e democrática, apontando, ainda, para mecanismos de participação e
controle social que tornassem público o que é privado, na perspectiva de integrar
diferentes agentes, no esforço conjunto para altera a realidade' (Cartilha do PAIF,
MDS, 2003). Assim, esse projeto, através do intercâmbio universidade-comunidade,
pode promover uma troca de conhecimentos e experiências que possibilitem a
formação profissional crítico-reflexiva a partir da realidade social. Esta troca,
também, permite uma aproximação com os programas de assistência social do
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município, compreendendo as estratégias de trabalho e mediações entre os técnicos
executores e a comunidade. Assim, o objetivo é ampliar conhecimentos sobre as
condições de vida da população em situação de pobreza, moradores de bairros de
João Pessoa, concentrando-se nas formas de inclusão social, no acesso aos
programas sociais. O princípio norteador, desta ação é o reconhecimento de que o
pobre deve ser visto como sujeito de direitos, protagonista de sua história.
49
PRESTO ÓPERA
Amarilis Rebuá de Mattos; Ana Catarina Leão; Andrea Carolina Leão Pinto
Coelho; André Luis Salles de Menezes ; Anthony Tyrony Pereira da
Silva ,Antonio Bezerra de Vasconcelos , Barbara Suênia Targino do Amaral,
Carlos Antonio da Silva , Carolina Tenório de Barros, Getro Botelho Silva,
Gleyce Timóteo de Melo , Gleyce Vieira da Silva, Hannah Feller de Moura
Sena, Hedielson Rodrigues da Silva Oliveira , João Ricardo de Souza Silva,
Josemar Gomes de Oliveira Souza; Jiwllianny Kharollynny dos Santos Lima,
Lindberg Luiz da Silva Leandro, Lucilio da Silva Souza, Marcus Túlio M.
Barbosa, Raul Lucas Santos de Souza, Thiago Wesley de Miranda Souza; Tiago
de Lima Costa; Lucas Timóteo de Melo; Karla Karolyne Souza Coelho; Mônica
Muniz; Amanda Paiva de Souza; Sara Oliveira Vasconcelos; Suellen Maria do
Socorro Araújo
O projeto “Presto Ópera” tem como objetivo desenvolver um trabalho de
complementação da formação do professor de canto do Curso de Licenciatura em
Música visando o segmento das artes cênicas voltado para a música que é a ópera,
opereta e musical. Numa perspectiva dialógico-reflexiva, que privilegia a participação
ativa de todos os atores envolvidos, pretendemos realizar uma série de espetáculos
didáticos, preparados e apresentados por alunos de canto da UFPB e comunidade de
João Pessoa. Tem-se como pressuposto a idéia de que em se promovendo a
aproximação entre dois importantes espaços da sociedade, a saber, o da universidade e o
das escolas públicas, através da realização das apresentações didáticas de artes cênicas
musicais programadas, se conseguirá tanto o aperfeiçoamento dos graduandos
envolvidos enquanto intérpretes e futuros professores, quanto a promoção da
democratização do saber e da arte acadêmicos.
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PROGRAMA LINGUÍSTICO-CULTURAL PARA ESTUDANTES
INTERNACIONAIS (PLEI)
Profª Drª Margarete Von Mühlen Poll
Edja Camila Gomes de Araújo
O objetivo deste trabalho é apresentar as atividades realizadas pelo Programa
Linguístico-Cultural para Estudantes Internacionais (PLEI), que tem por objetivo ofertar
cursos de extensão em PLE (Português como Língua Estrangeira). Além da parte
pedagógica, o PLEI trabalha com pesquisa na área de ensino de português como língua
estrangeira. As atividades de docência e de pesquisa realizadas pelos alunos monitores
do programa proporcionam uma melhor formação aos estudantes de Letras envolvidos
no PLEI, devido à experiência adquirida no ensino de língua. Queremos expor o
funcionamento do programa, a metodologia e a teoria que utilizamos, o que inclui o
planejamento das aulas e a avaliação dos alunos. Apresentaremos um breve histórico do
Programa, relacionando seu crescimento às políticas adotadas pela Universidade Federal
da Paraíba; descreveremos nossas atividades realizadas nos anos de 2010 e 2011. Serão
apresentadas também as pesquisas desenvolvidas no Programa, surgidas a partir das
intervenções dos bolsistas em sala de aula. Ao final da apresentação, faremos uma
discussão a respeito da formação do professor de PLE e sua importância no meio
acadêmico.
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PROJETO CAMENA DE OFICINA BARROCA
Heloísa Muller
Rafael Pereira Laurindo
O Projeto Camena de Oficina Barroca propõe a realização de concertos de
música barroca e colonial latino americana dentro e fora da Universidade. O objetivo é
levar às salas de concerto da cidade o repertório trabalhado nas atividades de música de
câmera durante o semestre letivo.Trata-se de transformar em extensão universitária
institucional uma atividade que se desenvolve no âmbito do Departamento de Música da
UFPb desde a criação do Grupo Camena pelos professores Ibaney Chasin e Heloísa
Muller em 1996, dedicado à pesquisa e prática da música histórica. Desde então os
repertórios barroco e colonial se consolidam como um importante segmento da
atividade musical da UFPB. Assim, alunos, ex-alunos e professores se unem para levar
aos palcos da cidade os mais importantes momentos da música barroca e seus
desdobramentos na sonoridade colonial, promovendo o contato do público com obras
que se efetivaram como arte musical da mais ampla dimensão histórica. O projeto se
conecta à linha de pesquisa 'Estética, Estilística e Praxis Musical' cadastrada no CNPq
desde 1995. Vale salientar que a atividade é realizada duas vezes por ano, desde 2006.
Os concertos se realizam no Auditório do Departamento de Música da UFPb e também
no Mosteiro de São Bento e na Igreja de São Francisco em João Pessoa. Dado que um
objeto artístico é o produto de uma teia histórico-cultural específica, entendemos que
para sua intelecção e posterior execução interpretativa será necessário um suporte
teórico que viabilize seu agarramento. Partindo da hipótese verossímil de que a música
barroca se insere num contexto histórico de raiz humanista, deve-se buscar os princípios
histórico-estilísticos que possibilitem a comunicação destes afetos humanos timbrados
na obra musical.O argumento que justifica e legitima a constituição deste Projeto é seu
caráter agregador de três áreas: Educação, Cultura e Sociedade, integração somente
possível através do preceito da indissociabilidade entre extensão, ensino e pesquisa, tão
caros aos ideais acadêmicos. Pode-se ainda complementar esta justificativa
argumentando que a UFPB através de seu Departamento de Música tem tradição na
promoção de cultura e educação e que o itinerário artístico e acadêmico dos
proponentes, Heloísa Muller e Ibaney Chasin é, em si, relevante para a realização desta
tarefa. Através deste processo a atividade de extensão se conecta ao saber acadêmico de
52
forma visceral tornando-a instrumento de democracia real, pois, levar a cultura e arte
universais a quem a desconhece é ação humanizadora, democrática e emancipadora.
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PROMOÇÃO DE COMPORTAMENTOS PRÓ-AMBIENTAIS: UMA
INTERVENÇÃO BASEADA NOS VALORES HUMANOS
Valdiney Veloso Gouveia
O presente projeto consiste em um programa de intervenção pautado na técnica
de Auto-Confrontação de mudanças comportamentais de Rokeach com a finalidade de
promover nos jovens condutas e comportamentos pró-ambientais. Trata-se de um
trabalho interdisciplinar, o qual está inserido nas áreas temáticas direcionadas à
Educação, Biologia, Geografia, Psicologia e Engenharia Ambiental. Os valores
humanos, que terão enfoque no presente programa de intervenção, assim como indicado
na literatura, asseguram condutas responsáveis, compromisso, preocupação do jovem
com o meio ambiente e o uso responsável dos recursos naturais. Desta forma, acredita-
se que ao promoverem-se tais valores estar-se-á contribuindo para o desenvolvimento
do indivíduo, bem como o levando a ter consciência da importância de afastar-se de
condutas tidas como anti-ambientais. Procura-se aqui realçar o papel da escola como
importante agente na formação do perfil valorativo dos jovens, tornando-os mais
resilientes para responder às demandas sociais.
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QUARTETO VOCAL “É O QUE, HÔMI?!”
Daniella Gramani
Caroline Brendel Pacheco
Ana Catarina Leão
Polyana Resende Maia
Lucyane Pereira Alves
Maria Gabriella Cavalcanti Villar.
O grupo “É o quê, hômi?!” tem como principal proposta o trabalho da música
brasileira com tratamento à capella. Formado pelas professoras e cantoras Daniella
Gramani, Caroline Pacheco e pela aluna Ana Catarina Leão, o grupo tem seu trabalho
artístico baseado na música vocal e na pesquisa das potencialidades das vozes e de
repertório. A direção do grupo é da professora de Canto Popular da UFPB, Daniella
Gramani . O grupo vocal feminino “É o quê, hômi?!”, busca uma proposta de
tratamento vocal inovadora, ao mesmo tempo que dialoga com a história da música
vocal. Desde o século IX, tem-se registro da música exclusivamente vocal no ocidente.
Provavelmente esta prática já existia mas é com o cantochão que a história da música
ocidental registra o início da prática vocal em conjunto. Com o decorrer do tempo, cada
período musical deu um tratamento diferente da voz, da monofonia à polifonia ao bloco
harmônico, cada época combinou as vozes de maneira diferente. No Brasil, os grupos
vocais também se fizeram presente na música popular. Tivemos o Bando da Lua, o
MPB4, o Quarteto em Cy, O Boca Livre, Garganta Profunda entre outros mostrando
que a música vocal também é tradição no país. (SILVA, F & BORÉM, F., 2005;
CRAVO ALBIN, 2011). Dialogando com essa história é objetivo desse projeto: realizar
um trabalho musical que explore as potencialidades das vozes a partir do repertório de
música brasileira; colaborar com o cenário musical de João Pessoa e nacional, com um
trabalho diferenciado e de qualidade; divulgar as canções de músicos de carreira sólida
mas que ainda são desconhecidos do grande público; e formar uma platéia atenta à
novidade e à qualidade da música vocal. Para isso a nossa proposta é trabalhar com a
pluralidade, a diversidade, a flexibilidade. O grito, a voz nasal das lavadeiras, o timbre
aberto das mulheres búlgaras, o doce cantar de uma mãe para seu filho, o sussurro, a
voz imitando um trompete, os vários sotaques do Brasil... A voz é um instrumentos que
possui inúmeros timbres, mas muitas vezes ela é utilizada de apenas uma forma, com
uma colocação padrão. O “É o quê, hômi?!” rompe com isso e apresenta a
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potencialidade da voz feminina e suas combinações. Somente as vozes fazendo as vezes
de harmonia, percussão e buscando uma roupagem criativa para cada canção.
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REEDITANDO HISTÓRIAS DE FRACASSO ESCOLAR
Mônica F. B. Correia
A prática educativa tem sido apontada como elemento relevante na produção do
fracasso escolar. Idéias que poderiam engendrar transformações em cenários que
buscam promover desenvolvimento e aprendizagem muitas vezes não estão sendo
compartilhadas em contextos férteis para esta discussão. O objetivo principal desta
proposta é, através de mudanças no desempenho de alunos e alunas, instigar reflexões
que levarão a iniciativas conscientes e produtivas no cenário escolar. Incluirão
discussões sobre o processo de aprendizagem e suas inter-relações; diretrizes que
levarão a ferramentas para abordagem adequada dos chamados problemas de
aprendizagem. Atividades nesta perspectiva são relevantes porque subsidiam o
atendimento de demanda ostensiva, melhorando a qualidade da relação dos(as)
aprendentes com a construção do saber e dos ensinantes como mediadores deste
processo. Este trabalho oferecerá oportunidades de imersão em conteúdos críticos e
atualizados para a ação neste cenário. Ação que será mediada pela construção de
atividades, especialmente jogos, que subsidiarão o retorno daqueles inseridos em
histórias de fracasso escolar à construção do conhecimento e, assim, o resgate do prazer
atrelado a esta construção. Focaliza-se, portanto, o processo de aprendizagem, buscando
atingir as fraturas deste. Contribuirá, neste sentido, para a qualidade da atuação dos
educadores, do processo educativo e, especialmente, do resgate ao prazer em aprender
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SAMEM – Saudavelmente Estudante Migrante
Ieda Franken
Ana Terra
Propõe-se o Programa de Extensão intitulado 'SaudavelMenteEstudanteMigrante
- SAMEM' que envolve a temática da migração, da saúde mental e da qualidade de vida
de estudantes recém matriculados (1° e 2° semestre) em diferentes cursos do Campus I
da UFPB. Este Programa, é pautado na intersecção do ensino da pesquisa e da extensão,
com a comunidade acadêmica e profissionais interessados na temática. Trará como
lastro norteador três ações básicas, a saber: Identificar, Assistir e Formar alunos do
Campus I da UFPB. Identificar: o fenômeno da imigração, da saúde mental e da
qualidade de vida entre estudantes da Universidade Federal da Paraíba, Campus I,
fundamentando-se na perspectiva da Psicologia Social e da Saúde com um enfoque
multimetodológico. Assistir: Implantar o Serviço de Assistência intitulado:
SaudavelMenteEstudanteMigrante-SAMEM, na modalidade da grupoterapia, aberto aos
alunos recém matriculados em diferentes cursos de Graduação do Campus I da UFPB,
de modo geral e especificamente, para os alunos migrantes; Formar: Supervisionando os
alunos extensionistas participantes deste Programa, oriundos do Curso de Graduação em
Psicologia, nas diferentes tarefas que lhes competem. Tarefas estas entrelaçadas às
habilidades e competências do novo Projeto Político Pedagógico do curso de Psicologia;
e, promover cursos de extensão e aperfeiçoamento dirigido a alunos e profissionais
interessados em saúde mental.Este Programa, segundo as pesquisas até o momento, é
inédito na UFPB, e pauta-se no conhecimento e na assistência do aluno recém
matriculado de modo geral, e especificamente ao aluno migrante, do Campus I da
UFPB, visando assisti-lo nas suas possíveis dificuldades emocionais e de adaptação ao
novo modo de vida, que favoreça a sua saúde mental e qualidade de vida.
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SEGURANÇA PÚBLICA E DIREITOS HUMANOS: UMA ABORDAGEM DA
CIÊNCIA POLÍTICA
Armando Albuquerque de Oliveira
Paulo Vieira de Moura
José Ernesto Pimentel Filho
Lara Sanábria Viana
Inã Cândido de Medeiro
Maria Patrícia Mesquita Pereira
Paolo Rafael Correia de Moura
Thereza Michelle Lima Lopes de Mendonça
O presente projeto propõe um curso de extensão sobre a temática da violência,
da segurança pública e dos direitos humanos numa perspectiva da ciência política.
Entre as ciências sociais, a ciência política certamente é aquela que menos tem dado
atenção as questões relativas à violência, à segurança pública e às violações de direitos
humanos. Ao contrário, o seu foco principal tem recaído sobre as instituições e a
problemática político-eleitoral. Mesmo com o fim do regime militar, da instauração da
Nova República e da promulgação da Constituição Cidadã, é possível observar que
diversos legados autoritários do antigo regime permaneceram presentes no novo. Um
dos mais evidentes deles pode ser verificado no seio das instituições coercitivas do
Estado. Responsáveis pela proteção de direitos, tais como a vida, a liberdade e a
propriedade, os meios utilizados para esta proteção terminam provocando profundas
violações destes direitos. Desta forma, observa-se a persistência de um legado
autoritário dentro das instituições coercitivas no Brasil e verifica-se a existência de uma
correlação ou mesmo de um nexo causal entre o mesmo e o alto grau de letalidade das
instituições coercitivas brasileiras. Este é um legado remanescente do regime militar.
Por que após 26 anos do final da ditadura e 23 anos passados da promulgação da nova
Constituição, ainda é possível observar práticas autoritárias oriundas, principalmente,
das instituições coercitivas? Por que tais práticas persistem? Quais são os seus
desdobramentos no esforço empreendido por estas instituições no sentido de cumprirem
com as suas prerrogativas constitucionais? Há uma relação entre tal legado e a
impunidade dos agentes estatais? Por que ocorrem violações de direitos humanos
quando das ações destas instituições? Tais violações atentam contra a democracia e o
Estado de direito brasileiro? Estas são algumas das questões a serem tratadas neste
curso. Finalmente, o curso destina-se aos alunos de graduação, pós-graduação,
servidores técnico-administrativos de nível superior e membros da comunidade
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interessados no tema. Contemplará três pontos programáticos: o primeiro constando de
uma introdução aos conceitos fundamentais da disciplina e uma abordagem das suas
principais perspectivas teórico-metodológicas; o segundo abordando questões da
violência, da segurança pública e dos direitos humanos a partir de uma perspectiva
neoinstitucional; e o terceiro tratando de estabelecer a fundamentação político-jurídica
destas questões. Ao final, será elaborada pelos participantes, uma cartilha sobre a
temática.
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SEOP- SERVIÇO E ESCUTA EM ORIENTAÇÃO PSICOSSOCIAL: PROJETO
DE VIDA E TRABALHO Maria de Fathima Martins Catão
Flávia Nélia Silva Cabral
Maria do Socorro Roberto
Tendo em vista a necessidade de atendimento à demanda individual jovens e
adultos e institucional, organizações e comunidades, que busca a Clínica Escola de
Psicologia e o NEIDH- Núcleo de estudos psicossociais da exclusão/inclusão e direitos
humanos CCHLA- UFPB, no que se refere a solicitação de orientação psicossocial,
justifica-se a necessidade de realização deste projeto. Entre as solicitações identificadas,
foram priorizados os seguintes grupos: estudantes de escola pública, moradores jovens e
adultos da comunidade São Rafael do bairro Castelo Branco, funcionários públicos em
processo de aposentadoria e funcionários aposentados. A prática psicológica em
orientação psicossocial conduzida, não vincula as intervenções realizadas, apenas à
escolha da profissão, mas, faz dela um ponto de partida para uma reflexão extensiva
acerca de si, da sociedade, do trabalho e projeto de vida. Desenvolver o processo de
análise psicossocial - seres humanos/ problemas sociais, como práxis continua do
cotidiano; contribuir para formação de protagonistas sociais na gestão do projeto de vida
e trabalho e na superação da exclusão /inclusão. Os significados e sentidos do projeto de
vida e trabalho, objetivado no contexto brasileiro de desigualdade e exclusão/inclusão
social, colocam-se como referência analítica, abrindo possibilidades para intervenção
nos modos de vida dos indivíduos, das organizações e comunidades. A perspectiva
analítica adotada é da psicologia sócio-histórica que admite a influência da natureza
sobre os seres humanos e afirma que este age sobre a natureza e cria, através das
mudanças nela provocadas, novas condições para sua existência. Os atendimentos são
realizados em sistema de plantão semanal. Utiliza-se os instrumentos: entrevistas em
profundidade, questionários, técnicas projetivas, pesquisa-ação, oficinas temáticas,
observação participante. De 2009 a 2011 o SEOP realizou um total de 569 atendimentos
entre os espaços da Clinica Escola de Psicologia e Comunidade São Rafael.
Analisaram-se padecimento na construção do projeto de vida em situação de exclusão,
bem como um desejo de imaginar e criar novas realidades, propiciadoras da expansão
humana. O SEOP caracteriza-se como ação de extensão, ensino e pesquisa no
atendimento às demandas sociais, invertendo o foco de análise do individual para o
social na análise dos seres humanos e problemas sociais.
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SUBINDO A LADEIRA: EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E ENSINO DE
HISTÓRIA NO VARADOURO – JOÃO PESSOA/PB
Regina Célia Gonçalves
O projeto Subindo a Ladeira tem como público-alvo a população do bairro do
Varadouro, incluindo as comunidades do Porto do Capim, da Vila Nassau e adjacências,
que serão brevemente atingidas pelas ações do PAC-Cidades Históricas (Programa de
Aceleração do Crescimento) financiado pelo Governo Federal. As ações diretas do
projeto destinam-se às crianças da área, matriculadas nas escolas públicas do ensino
fundamental, mas indiretamente seus efeitos deverão se fazer sentir junto às suas
famílias e, portanto, às suas comunidades.O Projeto será desenvolvido em parceria com
a Fundação Casa de Cultura Companhia da erra, que conta com o apoio de outras
organizações artístico-culturais atuantes na área, a exemplo do Coletivo Sanhauá, da
Fazendo Arte-Escola de Teatro e Dança e da Associação Brasileira de Documentaristas-
Seção PB. Pretende-se, através da sua execução, conclamar a comunidade local a
participar da discussão sobre a sua realidade, como protagonista. Um dos passos desse
processo deve ser o de estimulá-la a “subir a ladeira”, apropriando-se dos espaços que
hoje são ocupados quase que exclusivamente por agentes vinculados à área artístico-
cultural, micros e pequenos empresários da noite, seus freqüentadores e turistas. Para
tanto, consideramos que o conhecimento sobre a história local e a importância do
patrimônio histórico e cultural da cidade de João Pessoa, mas especialmente do bairro
do Varadouro, pode ser um instrumento transformador importante. Concebemos o
conhecimento da história de João Pessoa e da importância do seu patrimônio cultural e
artístico, por parte de todos os que nela vivem e trabalham como instrumento
fundamental para a construção de uma democracia participativa e protagônica. A
socialização de um saber histórico que ultrapasse os marcos da história fundamentada
no arrolamento de datas, personagens e sítios históricos considerados importantes, e que
permita a compreensão dos processos que geraram o nosso patrimônio é componente
importante dessa mudança de rumo. Uma população capaz de compreender suas origens
e a realidade em que vive, capaz de valorizar suas tradições culturais e sua memória
histórica, com certeza, será muito mais capaz de reivindicar sua participação nos
processos decisórios.
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TECNOLOGIAS DIGITAIS E EDUCAÇÃO MUSICAL
Juciane Araldi Beltrame
André Luiz Silva das Chagas
Este projeto de extensão teve início em maio de 2010 e pretende proporcionar a
integração das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs) em contextos
de ensino e aprendizagem musical, visando um reflexão prática acerca dos impactos das
novas tecnologias na relação com o saber. Para tanto, pretende: potencializar o uso das
TDICs em aulas de música; instrumentalizar professores de música de diferentes
espaços para a utilização das TDICs; proporcionar aos estudantes da graduação em
música da UFPB um espaço de formação, compreendendo a utilização das TDICs e seu
manuseio efetivo em contextos reais de ensino e aprendizagem musical; contribuir para
a exploração do potencial de interatividade presente nas redes digitais, em contextos
formais de ensino e aprendizagem musical; proporcionar um espaço para elaboração de
novos materiais didáticos utilizando tecnologias digitais. A fundamentação teórica para
esta proposta se concentra em autores da educação musical que discutem o tema (Souza,
2000, 2009; Kruger, 2008), e o autor Lévy (1999), contribuindo para a discussão sobre a
nova relação com o saber na cibercultura. Inicialmente, as ações do projeto serão por
meio de oficinas, mini-cursos para professores e alunos de música, a partir de materiais
disponíveis na rede (softwares livres, sites) e produzidos pelo projeto. Nestes dois
meses de andamento, além do estudo e teste de softwares, estão sendo desenvolvidos
materiais para aulas de música utilizando o programa Flash. A escolha pelo Flash se deu
pela prévia utilização do mesmo para aulas de música, e pela forma de acesso, logo que
esse programa não demanda computadores com alto desempenho para funcionar. O
desenvolvimento dessas atividades (teoria musical, percepção de diferentes paisagens
sonoras, instrumentos musicais) tem sido importante para discutir as diferentes maneiras
de utilizar as tecnologias digitais em aulas de música, além de proporcionar a
aprendizagem prática acerca dos objetos de aprendizagem estudados nos encontros
semanais. Assim entendemos que a viabilização deste projeto pode atender a duas
demandas: 1) espaço de atuação pedagógica para os estudantes do curso de música da
UFPB, 2) atendimento a professores e alunos de diferentes instituições de ensino. Tal
iniciativa pode contribuir para potencializar a utilização das tecnologias digitais em
aulas de música, bem como ampliar as discussões sobre os impactos das tecnologias no
ensino e aprendizagem musical.
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VIVACIDADES
Rosalma Diniz Araújo
Bárbara Caroline Santos de Oliveira
Leylane Bertoldo de Campos
Nágila Layana G. Souza
Yasmim de Souza Silva
Dafiny Maria S. de Assis
Lindmara Fernandes Costa
Beatrícia Pessoa de S. Neves
Este projeto consiste em, sob a orientação de seus Coordenadores, capacitar e
qualificar alunos do Curso de Turismo da UFPB para atuarem como consultores nos
eventos temáticos - realizados por munícipios paraibanos - ligados a economia, cultura e
turismo, nas áreas de: marketing (publicidade, propaganda, serviços, etc.), gastronomia
(higienização, criação e apresentação de pratos), planejamento e organização de eventos
(gincanas, organização de palestras, seminários e workshops), entre outros. Como
exemplo temos a Festa da Laranja/Festival Nacional da Tangerina em Matinhas-PB.
Como alvo inicial do Projeto, escolhemos a Festa da Laranja, uma vez que esta
apresenta um grande potencial de desenvolvimento em um pequeno município da
Paraíba.