casa viver em costa barros - rj recebe encontro de voluntários

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Coluna Contando a nossa história Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista Anúncio Saiba como o cristianismo Batista chegou a Maceió Página 06 Convenção Batista do Mato Grosso do Sul dá posse ao novo Ministro de Educação Página 10 Atletas de Cristo agradecem a Deus por mais um ano de bençãos Página 08 Inscrições para a Assembleia CBB 2017 estão abertas; garanta a sua vaga! Página 13 ISSN 1679-0189 Ano CXVI Edição 04 Domingo, 22.01.2017 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Casa Viver em Costa Barros - RJ recebe Encontro de Voluntários O evento, que aconteceu no início de janeiro, reuniu cerca de 40 pessoas que ouviram sobre a visão do Movimento, os objetivos do VIVER, conheceram o espaço e foram apresenta- das às atividades que vão acontecer. Página 07

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Page 1: Casa Viver em Costa Barros - RJ recebe Encontro de Voluntários

o jornal batista – domingo, 22/01/17

Coluna Contando a nossa história

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Anúncio

Saiba como o cristianismo Batista

chegou a MaceióPágina 06

Convenção Batista do Mato Grosso do Sul

dá posse ao novo Ministro de Educação

Página 10

Atletas de Cristo agradecem a Deus por

mais um ano de bençãosPágina 08

Inscrições para a Assembleia CBB 2017

estão abertas; garanta a sua vaga!

Página 13

ISSN 1679-0189

Ano CXVIEdição 04Domingo, 22.01.2017R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Casa Viver em Costa Barros - RJ recebe

Encontro de VoluntáriosO evento, que aconteceu

no início de janeiro, reuniu cerca de 40 pessoas que ouviram sobre a visão do Movimento, os objetivos do VIVER, conheceram o espaço e foram apresenta-das às atividades que vão acontecer.

Página 07

Page 2: Casa Viver em Costa Barros - RJ recebe Encontro de Voluntários

2 o jornal batista – domingo, 22/01/17 reflexão

E D I T O R I A L

Lapidar para crescer

Já passou por algum pe-ríodo na vida em que a sensação era de estar em uma fornalha? Você olha

para todos os lados e pare-ce não haver solução para determinado problema ou resposta para um importan-te questionamento? Parece que quanto mais você tenta escapar, quanto mais você projeta uma saída fica ainda mais próximo do fim? Se ainda não passou por uma situação assim, sinto informar que você ainda vai passar! É o “famoso” deserto que todo cristão precisa percorrer, a

fim de ser provado, moldado, lapidado por Deus.

Não sei se você conhece o trabalho do ourives, mas uma de suas funções é dar forma ao ouro bruto. Para criar uma simples aliança, por exemplo, o ouro precisa passar pelo fogo diversas vezes e em diferentes tem-peraturas; precisa ganhar forma e, no final, ainda ser polido para retirar qualquer imperfeição ou impureza que tenha ficado. Com a nossa vida não é diferente. Para crescermos e atingirmos a perfeição que Deus dese-

ja precisamos “passar pelo fogo” também.

Quanto mais lapidado e polido o ouro for, mais o ourives verá sua face e suas mãos nele. Conosco é igual, quanto mais provados e mais auxílio buscamos em Deus, mais parecidos com Ele se-remos. Deus quer tratar a nossa personalidade, o nosso caráter, quer nos ajudar a viver os frutos do Espírito. Tem uma música da can-tora Suellen Lima, que diz: “Deus tem que refletir, Deus tem que aparecer; o ouro só serve se o ourives conseguir

se ver. É assim na sua vida, Deus tem que brilhar! Então brilha, Deus, quem tem que aparecer não sou eu!”. E re-almente assim é que deve ser. Nós somos o vaso nas mãos do Oleiro, que traba-lha constantemente para nos aperfeiçoar e nos tornar Sua imagem e semelhança. Que Deus abençoe sua vida e faça resplandecer o Seu rosto sobre ti.

Com carinho,Paloma Furtado, jornalista,

secretária de Redação de OJB

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios e assinaturas:[email protected]ções:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Infoglobo

Page 3: Casa Viver em Costa Barros - RJ recebe Encontro de Voluntários

3o jornal batista – domingo, 22/01/17reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Tudo era rac iona-do. Não havia sal, açúcar, soda, sabão, querosene e muitos

outros ingredientes básicos à sobrevivência. Quando um vizinho conseguia um quilo de sal grosso no arma-zém, dividia com amor aos demais. Sal refinado, nem falar. Não havia soda para fabricar o sabão caseiro, o jeito era fabricar o sabão de cinzas. Pendurava-se um saco de cinza e o ume-decia com água. A cinza filtrava a água que caia em um recipiente, e o produto era usado para o fabrico de sabão. O odor era horrível. Mas era o que se conseguia para lavar a roupa e utensí-lios domésticos. O açúcar era substituído pelo melaço de cana de açúcar, que até conseguia diminuir o amar-go do café.

Keiny Moreira, coordenadora de Missões da CBEES

“Quando ouvi essas coisas, sentei-me e chorei. Passei dias lamentando, jejuando e orando ao Deus dos céus” (Ne 1.4).

A tristeza e aflição de Neemias, expres-sas no texto acima, se deu quando ele

As roupas eram remenda-das. Os colarinhos e punhos das camisas eram reaprovei-tados. Era época de guerra, em 1944, quando as bata-lhas nos fronts eram mais intensas. Finalmente chegou agosto de 1945, e a guerra terminou. Todos se reuni-ram na pequena vila para comemorar. Um enorme buraco no chão, cheio de brasas, servia como chur-rasqueira para o saboroso churrasco de boi a rolete. A confraternização envolvia grandes e pequenos, velhos e moços. Nem tudo voltou ao normal no dia seguinte. As famílias que tinham fi-lhos nos campos de batalhas aguardavam com ansiedade a volta dos soldados queri-dos. Para cada soldado que regressava havia nova festa. Dias difíceis, com choro, muitas lágrimas e alegria.

recebeu notícias atualizadas sobre a sua cidade (Jerusa-lém) e o seu povo (Judeus) (Neemias 1.3-4). Neemias era mais um dos exilados que foram levados para o cativeiro por causa da rebel-dia do seu povo, que insistia em pecar contra Deus e, por conta disso, pagou o preço de uma vida de vergonha e escravidão, longe da cidade santa e do templo.

O interessante é que Ne-

Todos estavam ansiosos por um novo amanhã. A esperança de dias melhores alimentava a todos. Bom é ter esperança e confiar nas misericórdias divinas que se renovam a cada novo dia (Lamentações 3.22-26).

Ao iniciar um novo ano no calendário cristão temos a sensação de estarmos sain-do de um campo de guerra. O ano de 2016 nos deixa um legado de misérias, dor e desespero. Pessoas queri-das desempregadas, cortes necessários nos orçamentos doméstico e eclesiástico, aumento de pessoas baten-do à porta solicitando um prato de comida. A corrup-ção como chaga maligna, sem perspectiva de cura; herança maldita de políticos corruptos que continuam no poder com o intento de per-petuar suas ações macabras;

emias era copeiro do rei Artaxerxes (Neemias 2.1). Por este motivo, gozava de grandes benefícios, vivia uma vida tranquila, sem sofrimen-tos, estava na presença do Rei continuamente e isso lhe possibilitava viver sem preo-cupações.

Quando Neemias ouviu sobre a vergonha e deses-perança pelo qual passava o seu povo, a sua reação foi de compaixão. Mesmo com

o senso de justiça que se esvai, sem esperança de ser retomado e aplicado. Esse câncer social faz brotar em cada lugar metástase que conduz ao desespero. A saú-de, a educação, a economia, e o governo estão em caos profundo, sem expectativa de melhores dias. Todos os ingredientes reunidos prontos para eclodir e pôr fim a esta falida Nação. Por isso, as retrospectivas foram trágicas. É a filosofia do mal, quanto pior, melhor.

Como salvos, não temos retrospectivas, mas sim pers-pectivas de melhores dias. Olhamos o passado para evitar os erros cometidos. Não ficamos no passado, interessa-nos o futuro. Olhar o amanhã convicto de que o Deus que nos guiou até aqui é Senhor da História. O Se-nhor sente prazer em nos de-

uma vida tranquila na copa do Rei, ele não se conformou com a situação do seu povo e de sua cidade.

O nome Neemias signi-fica “O Senhor consola”. Ele nasceu para isso, a sua missão era compartilhar o Amor de Deus. Ele não se acomodou, buscou os meios necessários para mu-dar a realidade do seu povo. Com a autoridade e recursos disponibilizados pelo Rei

safiar a prosseguir. A ordem é marchar, olhando para Je-sus, Autor e Consumador da fé (Êxodo 14.15 e Hebreus 12.1). Dias difíceis são de-safios a maior consagração, dedicação e submissão ao Senhor. Maior dependência ao Espírito Santo. Como sal-vos, não podemos perder a esperança ou desistir de crer.

A cruz sempre aponta para a ressurreição. Esta confirma a volta do Senhor. É tempo de prosseguir. Se necessário, fazer ajustes; administrar com sabedoria o tempo que Deus nos dá. Os recursos diários que o Senhor nos confia devem ser administrados sob Sua orientação. Fazer do melaço de cana saboroso açúcar, gerador da gratidão e fon-te de energia. Mesmo que tudo se perca, não podemos perder a esperança.

Artaxerxes (Neemias 2.1-9), e com muito trabalho, Nee-mias cumpre a sua missão de reconstrução. “O muro ficou pronto no vigésimo quinto dia de elul, em cin-quenta e dois dias” (Nee-mias 6.15).

Nós, Batistas, já temos a autoridade e os recursos dis-ponibilizados pelo “Reis dos Reis”. Então, sem demora, vamos compartilhar o Amor do Senhor a cada brasileiro.

Compartilhe o Amor de Deus

Esperança

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4 o jornal batista – domingo, 22/01/17 reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Irei diante de ti

“Assim diz o Senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão” (Is 45.1).

O Senhor a f i rma Sua autoridade universa l . Ba-seado nela, Ele

declara, através do profeta Isaías, que usará Ciro, rei da Pérsia, para cumprir Suas promessas de restauração do Seu povo. Diz a profecia: “O Senhor Deus diz a Ciro: - Eu irei na sua frente e aplainarei as montanhas. Arrebentarei portões de bronze e quebra-rei as suas trancas de ferro” (Is 45.1-2).

Alguns de nós, como cris-tãos, sofremos do mal da autossuficiência. Nós acre-ditamos que, nos dando a inteligência, o Senhor nos liberou de nos submetermos à Sua soberania total na his-

tória. O objetivo, entretanto, de recebermos a inteligência foi o de usarmos do Seu bom senso divino, no processo de estabelecimento do Seu Reino. A experiência nos ensina que as coisas do mun-do funcionam para o bem quando olhamos para Ciro, não simplesmente como um rei estrangeiro, mas como o concretizador dos projetos do Senhor.

É bem possível que até o rei Ciro tenha sentido certa estranheza, quando ouviu Isaías. Isso explica porque Jeová teve que garantir: “Eu irei na sua frente e aplainarei as montanhas”. As ordens que Deus nos dá não têm a obrigação de seguir a lógi-ca humana. Por isso, nossa tarefa, quando convocados por Deus, não é a de perder tempo e energia tentando ver se a convocação faz sentido. Quando nos chama, Sua voz já vem à nossa frente. Isto deveria diminuir nossa autos-suficiência.

Juvenal Netto, colaborador de OJB

Temos visto muitas pessoas ao se referi-rem à oração utilizar a expressão “oração

forte”. Na verdade, não existe “oração forte”, o que pode existir é uma oração vazia, re-sultado de uma vida que não possui um relacionamento ín-timo com Deus. Em nenhum momento essa expressão apa-rece nas Escrituras.

Jesus ensina aos seus discípu-los como deve ser este diálogo com Deus. Ele adverte quanto àqueles que usavam as orações para tentar impressionar ou-tras pessoas, para demonstrar uma espiritualidade acima da média. A única preocupação dos homens deveria ser a de agradar a Deus, orando em secreto, longe dos holofotes. Jesus faz questão de frisar que não seria preciso utilizar meras repetições como se Deus fosse surdo; as repetições indicariam, ao contrário do que muitos pensam, incredulidade e não fé, além de tornar a oração um mecanismo automático e sem raciocínio, ou seja, deixa de ser um diálogo, uma conversa em que a mente esteja focada no Todo-Poderoso (Mateus 6.5-8).

Oração forte é aquela que obedece aos seguintes fun-damentos da oração modelo

ensinada por Jesus, mais co-nhecida como “Pai Nosso” (Mateus 6.9-13):

“Pai nosso” - Essa expres-são aniquila o egoísmo hu-mano e nos faz lembrar que é nosso dever fazê-lO conheci-do a todos aqueles que ainda não O temem.

“Santificado seja o Teu nome” - Deus é Único, Se-nhor, Criador de todas as coisas. Devemos exaltá-lO a todo o tempo. Os seres celes-tiais estão sempre prostrados, dizendo: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos”.

“Venha o Teu Reino” - A única forma de trazer luz as trevas deste mundo é a pre-sença de pessoas totalmente submissas a Cristo. À medida que isso acontece, o Reino de Deus se faz presente.

“Faça-se a Tua vontade” - Aquele que põe a sua con-fiança em Cristo sabe que a Sua vontade é agradável, boa e perfeita, mesmo quando diz “não” diante de nossas insistentes petições.

“O pão nosso de cada dia” - Cada vez que nos aproxima-mos dEle, devemos expressar a nossa total dependência. Ele é o ar que nós respiramos. Devemos reconhecer isso a cada oração feita.

“Perdoa as nossas dívidas, assim como nós...” - Peca-mos todos os dias e a todo o

momento, por isso, sempre se faz necessário que con-fessemos as nossas culpas e, não somente isso, mas, nos lembremos de que é con-dicional para recebermos o Seu perdão que também perdoemos aqueles que nos ofenderam.

“E não nos deixe cair em tentação” - Somos presas fáceis para os demônios, por isso devemos suplicar a Deus a Sua proteção contra os ataques ferozes destes seres espirituais.

Portanto, oração forte é aquela que é feita por um co-ração contrito (Salmos 34.18; 51.17), de alguém que sabe quem é Deus, não apenas de ouvir falar, mas, pela sua própria experiência (Jó 42.5). Oração forte é aquela em que reconhecemos a nossa insig-nificância como aquele pai de um menino possesso que disse para Jesus: “...Ajuda--me na minha falta de fé” (Mc 9.24b). Jesus ouviu a sua oração e libertou o menino, mesmo diante de uma con-fissão terrível como aquela (Marcos 9.14-29).

Oração forte é aquela em que depositamos a confiança inabalável no caráter de um Deus fiel, que estará sem-pre pronto a ouvir o clamor de um ser que o reconhece como tal.

Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

Os 5 princípios da Igreja Multi-pl icadora são: Oração, Forma-

ção de Líderes, Plantação de Igrejas, Evangelização Discipuladora e Compaixão e Graça. Quero pensar a res-peito da oração, afinal, o que significa orar?

Orar é falar com Deus, é

conversar com nosso Pai que está no céu. Precisamos valo-rizar mais este tempo de ora-ção. Quando eu era adoles-cente participei de um acam-pamento da Apec e aprendi a expressão “Momento a sós com Deus”. Muitas vezes, a correria do dia a dia leva-nos a abandonar este “Momento a sós com Deus”, ou seja, o tempo de oração.

O que falar com Deus em nosso tempo de oração? Po-

demos começar agradecen-do. Em I Tessalonicenses 5.18 diz: “Em tudo dai gra-ças”. Precisamos ser gratos a Deus em todas as circunstân-cias. Aprenda a orar a oração de gratidão. Nosso tempo de oração é um momento para louvar e adorar a Deus. Reconheça os atributos dEle, louve a Deus sempre.

Não podemos esquecer da confissão de pecados. Não somos perfeitos, buscamos

a perfeição. Ao reconhecer os nossos erros (pecados) é necessário pedir perdão a Deus e abandonar o pecado.

No momento a sós com Deus interceda por seus fa-miliares, parentes, amigos, colegas, vizinhos, missioná-rios, a vida do seu pastor, a liderança da Igreja. Não deixe de interceder sempre em favor de todos.

As petições também fazem parte do nosso tempo de

oração, peça a Deus sabedo-ria, discernimento espiritual, peça a Deus a respeito de uma necessidade sua em par-ticular, peça a Deus que sal-ve os perdidos e use sua vida para proclamar o Evangelho.

A Bíblia ensina a orar sem cessar. Li uma frase que di-zia: “Alguns de nós, em vez de orar sem cessar, cessam de orar”. Como vai a sua vida de oração? Não deixe de orar!

Oração

A oração que agrada a Deus

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5o jornal batista – domingo, 22/01/17reflexão

Genevaldo Bertune, pastor adjunto na Igreja Batista de Higienópolis – SP

“E assim, chegou o dia em que o mendigo mor-reu e os anjos

o levaram para junto de Abraão. Entretanto, o homem rico também morreu e foi se-pultado. Mas no Hades, onde estava em tormentos, ele olhou para cima e observou Abraão ao longe, com Lázaro ao seu lado. Então, gritou: ‘Pai Abraão! Tem compaixão de mim e manda a Lázaro que molhe em água a pon-ta do dedo e me refresque a língua, porquanto estou sofrendo muito em meio a estas chamas!’ No entanto, Abraão lhe replicou: ‘Filho, recorda-te de que recebeste todos os teus bens durante a tua vida, e Lázaro foi afligido por muitos males. Agora, entretanto, aqui ele está sen-

Celson Vargas, pastor, colaborar de OJB

“Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai” (Mt 24.36).

“Daquele dia e h o r a ” r e f e r e - s e ao final de

todas as coisas que existem neste mundo, ou o dia do Juízo Final. Será marcado pela volta de Jesus em po-der e glória, como justo Juiz para colocar diante de Si todos que passaram por este

do consolado, enquanto tu estás padecendo. E, além do mais, foi colocado um gran-de abismo entre nós e vós, de maneira que os que desejem passar daqui para vós outros não consigam, tampouco passem de lá para o nosso lado’. Diante disso, suplicou: ‘Pai, então eu te imploro que mandes Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos. Permite que ele os avise, a fim de que eles tam-bém não venham para este terrível lugar de sofrimento’” (Lucas 16.22-28).

A necessidade de estarmos “politicamente corretos” tem afastado nossos púlpitos de alguns temas. Qual pastor tem pregado sobre o inferno nos últimos tempos? Esse é um tema que provoca ruptura cultural, nos descontextuali-za, pois é desconfortável e fora de moda. No entanto, o Novo Testamento traz 20 vezes esta palavra. Jesus não

mundo. Ninguém, a não ser o Criador, sabe o tempo de sua ocorrência; penso que para que todos nós esteja-mos sempre preparados para aquele dia. O sincero desejo do coração de Deus é que todos assim estejamos, e, para que assim o seja, Ele, pela Sua Palavra, nos orienta através ensinos realizados por Jesus, sobre o fim. Veja-mos os principais:

Os sinais que precederão o fim: Surgimento de falsos profetas, alguns até se apre-sentando como o próprio Cristo; surgimento de guer-ras e ameaças de guerras, mi-sérias, manifestações extraor-

teve nenhuma dificuldade em falar claramente quanto ao destino final dos perdidos: “E, não temais os que matam o corpo, mas não têm poder para matar a alma. Temei an-tes, aquele que pode destruir no inferno tanto a alma como o corpo”; “Cobras venenosas, ninho de víboras! Como es-capareis da condenação do inferno?” (Mt 10.28; 23.33).

Não pregamos sobre o in-ferno porque achamos que o conteúdo da sua mensa-gem sobre uma condena-ção eterna ao ímpio, bem como um “tormento eterno” ou um “sofrimento eterno” não condizem com nossa imagem de um Deus que é amor, perdão, bondade e misericórdia. Agora, quero que pensem em tudo o que Deus já fez pelo homem em Cristo, permitindo que a salvação não seja o resultado de um esforço, mas de uma decisão, da aceitação de um

dinárias e inéditas da natu-reza (maremotos, furacões, terremotos); perseguição aos que pregam a Bíblia em sua essência; aumento do peca-do e de sua relativização, como exemplos, podemos citar a desestruturação da família instituída por Deus, através das separações, aban-dono de filhos, seja de forma literal ou quando, mesmo os mantendo em nossas ca-sas, não lhes prestamos a devida dedicação que a eles devemos; a união afetiva de pessoas de mesmo sexo, que é uma das maiores abo-minações às leis de Deus, que criou macho e fêmea

presente, do reconhecimento de uma situação; permitindo que até mesmo um ladrão, um assassino, em seu último momento, pudesse trocar de lado, de posição, de destino final, por simplesmente olhar para Jesus e implorar seu perdão. Deus ama o homem, o pecador, mas odeia o pe-cado, a impiedade humana (Romanos 1.18-32).

Agora, pensemos nestes massacres de Manaus e Ro-raima, nestes quase 100 pre-sos que após uma condena-ção e uma vida miserável, em condições animalescas e sub-humanas, tiveram um fim tão trágico para suas vi-das. Pensemos no fato de que este fim trágico ainda não colocou um fim na his-tória de horror e sofrimento destas pessoas do ponto de vista do acerto com Deus - assim como a morte de qualquer um de nós também não coloca. Se estas pessoas

para essa união fecunda e multiplicadora (Gênesis 1.27 e 28); a extinção crescente da prática do amor. “E por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos” (Mt 24.12).

A seguir acontecerá a ma-nifestação do “anticristo” que, após obter grande po-der e influência sobre todo o mundo, combaterá violen-tamente todos os seguidores de Cristo e Sua causa, exi-gindo, por fim, sob pena de morte, adoração a ele. Essa é a chamada metade final da grande tribulação, e, então virá o fim. Jesus derrotará o anticristo e o lançará no

tivessem a oportunidade de vislumbrar esta realidade, será que não tomariam uma outra decisão em suas vidas? Em sua lógica humana, quan-do o homem quer diminuir a criminalidade, ele aumenta a pena, o castigo, chegando até mesmo à pena de morte (mas isso é somente uma lógica humana). É por isso que digo que temos falhado para com nossa geração em não pregar mais sobre a realidade do inferno, tal como Jesus fez.

O pastor Ronaldo Lidório, em um de seus artigos, diz que “O inferno é uma tragé-dia sem precedentes. Não é assunto a ser defendido com empolgação, mas reconheci-do com profundo lamento”. Eu diria: Não é assunto a ser defendido com empolgação, mas a ser pregado por uma extrema necessidade huma-na, por amor aos perdidos, e por obediência à Palavra Divina.

lago de fogo juntamente ao Diabo. Leia isso em Ma-teus 24.15-31 e Apocalipse 19.19-20; 20.10-15.

Antes que venha o fim, devemos nos preparar para esse infalível decreto de Deus. Nossa preparação é por Jesus. Ele veio a nós e nos justificou de nossos pe-cados por Sua morte sacrifi-cial. Nossa parte nesse plano é irmos a Ele em fé, reconhe-cer, arrepender dos nossos pecados e clamar a Ele que nos perdoe. “Arrependei--vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados” (At 3.19). Isso é questão pessoal.

Os massacres de Manaus e Roraima e nossa

pregação sobre o inferno

Antes que venha o fim

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6 o jornal batista – domingo, 22/01/17 reflexão

Os membros da Igreja Batista em Santa Bárbara (1871), em São

Paulo, clamaram a Deus e aos patrícios norte-americanos por obreiros para pregar o Evangelho de Cristo no Brasil, chegando aos casais Anna e William Buck Bagby (1881) e Kate e Zacarias Taylor (1882), aos quais se uniu o pastor An-tonio Teixeira de Albuquer-que. O grupo se dirigiu a Sal-vador - BA, onde organizou a Primeira Igreja Batista da Bahia (15.10.1982). Consoli-dada Igreja (1884), o casal Ba-gby resolveu expandir a obra, indo para o Distrito Federal, onde organizou a PIB do Rio de Janeiro (24.08.1884), com os membros Anne Luther e William Buck Bagby (norte--americanos), Mary O´Rourke (escocesa) e Elizabeth Willia-ms (inglesa). Era a quarta Igre-ja Batista no Brasil.

Antonio Teixeira de Albu-querque, na mesma época, levou a mensagem do Evan-gelho de Cristo à família e aos amigos em Rio Largo e Maceió - AL. Enviara, antes, alguns textos a respeito do Evangelho e as razões porque deixara o sacerdócio católico romano - “Três razões porque

deixei a Igreja de Roma”, os quais causam grande impres-são naqueles que os leram.

O pastor Antônio Teixeira de Albuquerque veio a Ma-ceió e durante duas semanas esteve pregando o Evangelho, quando se converteram quatro pessoas, que foram batizadas. Chegando Zacarias Taylor a Maceió, acompanhado de Wandregesilo de Mello Lins, que fora batizado no Recife, resolveram organizar a Igreja.

A Igreja Batista de Maceió, mais tarde PIB Maceió, foi organizada em 17 de maio de 1885 sob a direção dos pasto-res Zacarias Taylor e Antonio Teixeira de Albuquerque, com dez membros: Antonio Teixeira de Albuquerque, Senhorinha Teixeira de Al-buquerque, Antonio Teixeira Filho, Wandregesilo de Mello Lins, João Batista e outros cin-co convertidos em Maceió. O missionário Taylor, em comu-nicação à Junta de Richmond, narrou o fato: “Depois de ter estado dez dias em Pernam-buco, fui para Maceió de na-vio, em companhia do irmão Melo Lins. Encontramos o Se-nhor Teixeira cercado de um pequeno grupo de fiéis, bata-lhando contra as dificuldades. Um deles foi batizado antes

da minha chegada, e outros três durante a minha estada ali, perfazendo um total de seis batizados em Maceió. Em 17 de maio, depois de oração, organizamos a Primei-ra Igreja Batista de Maceió, com dez membros. O senhor Teixeira, a esposa e o filho, com suas cartas da Bahia, e o irmão Lins, entraram na organização. No domingo se-guinte celebramos a Ceia do Senhor” (TAYLOR, Z. C. apud OLIVEIRA, Betty Antunes, CENTELHA EM RESTOLHO SECO: Uma Contribuição para a História dos Primórdios do Trabalho Batista no Brasil, Nova Vida: 2005, São Paulo, pp. 266-267).

Nas duas semanas seguintes à organização da Igreja foram realizados cultos de pregação em todas as noites, de modo que, ao final destas, havia mais de uma dúzia de inte-ressados. Taylor, no Relatório de 20 de julho de 1885, in-formou que o pastor Teixeira de Albuquerque havia prega-do 15 sermões, realizado 22 visitas a famílias, em quase todos os dias, e efetuara oito batismos, entre novembro de 1884 e junho de1886, trazendo ainda uma observa-ção: “(...) Sr. Teixeira batizou

mais uma pessoa depois que enviou o relatório, conforme se lê acima. Assim, a Igreja lá (a de Maceió) tem agora 13 membros (...)” (TAYLOR, Z. C. apud OLIVEIRA, Bet-ty Antunes, CENTELHA EM RESTOLHO SECO: Uma Con-tribuição para a História dos Primórdios do Trabalho Batis-ta no Brasil, Nova Vida: 2005, São Paulo, pp. 302-303).

A PIB de Maceió era a quin-ta Igreja Batista organizada em solo brasileiro. Um ma-nuscrito, sem data, encon-trado no arquivo da Junta de Richmond, atribuído a Taylor, traz informações sobre a Igre-ja Batista de Maceió - AL: “...Passado algum tempo, ele (o pai de Teixeira) fora batizado. Também foram batizadas sua esposa e uma tia, cujos nomes não foram mencionados.” (...) “... Um incidente provocara a morte de Teixeira, depois de um trabalho que levara a Igreja a alcançar o número de oitenta membros.” (...) “...João Batista, de 24 anos, o primeiro homem batizado em Maceió e que se tornara pregador exemplar, fora designado para assumir a responsabilidade da igreja de Maceió.” (transcrito in OLIVEIRA, Betty Antunes, opus cit, p. 267-268.

A PIB de Maceió - AL é a célula-mãe da PIB do Recife, em Pernambuco (1886) e das Igrejas Batistas de Alagoas: Rio Largo (1900), Penedo (1901), Atalaia (1907), Nova Sião (1913), São Miguel dos Milagres (1919), União dos Palmares (1921), Tatuamunha (Porto Calvo, 1922), Betel (1924), Pilar (1921) e Vitória (Quebrangulo, 1924). Através da PIB do Recife (1885) foram plantadas Igrejas em Pernam-buco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará e, da IB Penedo (1901), por seu turno, as Igre-jas Batistas de Sergipe: PIB de Aracaju (1913) e IB Neópolis (1924), de modo que as Igrejas Batistas de Alagoas, Pernam-buco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe e Ceará têm origem na PIB Maceió.

Wandregesilo de Mello Lins, o primeiro Batista con-vertido em Pernambuco (1885), após a organização da PIB Maceió, foi consagra-do ao ministério da Palavra e enviado a pregar o Evangelho em Recife.

Na próxima Coluna fala-remos da sua missão e da organização da PIB do Recife (1886). Ao Senhor toda honra e glória e louvor sejam dados hoje e para sempre. Amém!

PIB de Maceió (1885): o

cristianismo Batista chega a Maceió (1885)

Pr. Francisco

Bonato Pereira,

historiador,

da Comissão

de Historia da

CBPE e do IAHGP

- Instituto

Arqueológico

Histórico e

Geográfico

Pernambucano

Contando

a Nossa

História

Wandragesilo Mello Lins, membro fundador da PIB Maceió, depois enviado para evangelizar no Recife

Antônio Teixeira de Albuquerque, primeiro pastor da PIB Maceio (1885-1888)

Zacarias Taylor, presidente do Concilio de Organização da PIB Maceio (1885)

Templo da PIB Maceió - AL

Page 7: Casa Viver em Costa Barros - RJ recebe Encontro de Voluntários

7o jornal batista – domingo, 22/01/17missões nacionais

A Casa Viver em Cos-ta Barros - RJ rece-beu o 1º Encontro de Voluntários no

início deste mês e já está pro-movendo atividades para a comunidade. O Movimento VIVER vai levar às crianças e adolescentes locais a possibi-lidade de participar de diver-sas atividades, como esportes, artes e aulas de reforço, e a pensarem em boas escolhas para suas vidas. O movimento proporciona também a opor-tunidade de levar a Palavra de Deus e impactar a vida das crianças e adolescentes atendidos e suas famílias.

No encontro, cerca de 40 pessoas ouviram sobre a visão do Movimento, os objetivos do VIVER, conheceram o es-paço e foram apresentadas às atividades que vão acontecer. Dessa forma, os voluntários puderam saber de que forma cada um pode auxiliar no fun-cionamento do Projeto.

Crianças da comunidade já estão inseridas nas primeiras atividades: futebol na terça e quinta, pela manhã; dança, na terça pela manhã; e atividades de recreação, no sábado pela manhã. A partir de fevereiro, a Casa deve receber mais ativi-

dades, como aula de reforço, inglês e artes marciais.

“A comunidade está com grande expectativa do Projeto, tendo em vista que não tem nenhuma inciativa na comuni-dade. Eles veem na Casa Viver uma oportunidade diferente para suas crianças”, contou nossa missionária Laíse Félix.

Faça parte desse Movimento

Torne-se um voluntário e seja bênção na vida das crianças e adolescentes da sua comunidade. Saiba como participar do Movimento VIVER com sua Igreja ou instituição: http://www.movi-mentoviverjmn.org.br/.

Casa Viver em Costa Barros - RJ recebe

Encontro de Voluntários

Capelania Hospitalar em

SP presencia história

de cura e transformação

Nossa missionária Anne Bertolino Fleury terminou o ano de 2016 agra-

decendo ao Senhor pelas bênçãos que tem visto no Projeto de Capelania Hospi-talar em São Paulo. Dentre as muitas experiências que tem vivido no campo, ela não pôde deixar de dar graças por um grande milagre que pre-senciou na vida de um dos pacientes acompanhados.

Anne contou que um ho-mem que tinha uma doença cerebrovascular muito com-plicada teve movimentos de braços e pernas paralisados, parou de se comunicar ver-balmente, após uma traque-ostomia e chegou a ir para a UTI. Mesmo assim, ela não deixou de acompanhá-lo, tentar entendê-lo, ler a Bíblia e orar por ele. Após um tem-po, nossa missionária viu o quadro de saúde dele mudar completamente.

“Ele foi milagrosamente curado por Deus. E me agra-deceu por nunca ter desistido dele e por ter lhe dado o melhor presente: a Palavra de Deus. Recebeu alta e, aos poucos, os movimentos das mãos e dos braços voltaram, logo abandonou a cadeira de rodas, voltou a andar, dirigir. Hoje está totalmente recuperado”, contou nossa missionária.

No fim do ano de 2016, mais uma boa notícia: o ho-mem, já recuperado e con-vertido a Cristo através da pregação de nossa missioná-ria, desceu às águas e con-fessou publicamente sua fé em Jesus.

Muitos têm sido transfor-mados por Cristo Jesus e to-dos que intercedem e enviam recursos fazem parte desta grande obra. É por isso que agradecemos a Deus pela vida de cada parceiro que se envol-ve com missões nacionais.

Encontro de voluntários na Casa VIVER, em Costa Barros - RJ

Esportes na Casa VIVER, em Costa Barros - RJ

Momento devocional na Casa VIVER

Page 8: Casa Viver em Costa Barros - RJ recebe Encontro de Voluntários

8 o jornal batista – domingo, 22/01/17 notícias do brasil batista

Anos atrás, enquanto lia o livro de Provérbios, deparei-me com o versículo que está no início desta minha carta para você. Ele “colou” na minha mente e fiquei por uns dois dias pensando a respeito e lembrando de alguns atletas que haviam passado pelo grupo local no Rio e que tomaram a decisão de seguir a Cristo, mas, eu não tinha notícias deles e de como estavam se relacionando com Jesus. Incomodado pelo Senhor, decidi procurar notícias sobre onde estavam, e depois de conversar com Ione, peguei o meu carro, saí de Niterói e fui parar em Uberlândia - MG, já na divisa com Goiás, onde fiquei por dois dias conversando com um atleta que vivia lá e que descobri que realmente passava por tempos difíceis.

Passei por algumas cidades fazendo o mesmo, e a última delas foi Campinas - SP, pois estavam jogando lá dois atletas que haviam se conver-tido no Rio. Cheguei a tarde, já quase no término do treino, e um deles abriu as portas da sua casa para me hospedar naquela noite, e pudemos conversar até bem tarde sobre a sua vida com Cristo. Outro me perguntou até quando ficaria em Campinas e, diante da minha resposta, me convidou para almoçar com ele.

No dia seguinte, depois do treino da manhã, fomos almoçar. Sentamo-nos em um local que tinha uma linda vista para um parque de onde se podia ver o carro dele estacionado em frente a churrascaria e começamos a conversar, até que fiz a pergunta: “Então meu amigo, como está a sua vida? Lembra-se de quando você era da equipe de juniores lá no Rio e eu passava todas as semanas no clube para pegar você e levar na casa do Jorginho para as nossas reuniões de atletas? Lembra de que algumas vezes você dizia ao meu ouvido: ‘Zick, compra um pão doce pra mim ali na padaria porque estou com fome, e eu comprava pra você?’. Pois é, o tempo passou, hoje você está me trazendo pra almoçar nessa churrascaria fera, que nem sei quanto custa, mas não estou preocupado porque hoje é você que vai pagar, estou vendo o seu carrão lá fora, muito diferente daquele júnior que pedia carona e pão doce. Deus está sendo tão bom e generoso com você e o que você tem feito com Ele na sua vida? Onde está o Deus que você conheceu lá no Rio, hoje?”.

Eu sabia que ele estava bem afastado de Deus e vivendo de forma totalmente contrária aos ensinamento bíblicos. Ele olhou para mim, e seus olhos começaram a encher-se de lágrimas. Passamos a tarde conversando a respeito da sua vida, ele orou pedindo perdão a Deus e assumindo o compromisso de acertar o que tinha de errado em sua vida, o que efetivamente o fez, e até hoje depois de já ter encerrado a carreira, há vários anos permanece fiel.

Estamos iniciando um novo ano e, quem sabe, não é esta a hora certa de fazermos uma análise em nossas vidas e saber se tem algo que está atrapalhando a nossa caminhada com Deus? E se descobrirmos que existe alguma coisa, é o tempo certo para abandonarmos e iniciarmos 2017 com o propósito de viver a vida que Deus tem planejado para nós!

No real Amor de Cristo,Zickione, Atletas de Cristo/Rio

Notícias de dezembro de 2016

Agradeço as suas orações e peço que continue a orar em 2017, pois pretendemos reiniciar as reuniões do grupo local do Rio no dia 06/02/2017, em local ainda a ser definido.

Durante o ano pedi as orações pelo Congresso de Atletas de Cristo no Rio de Janeiro. Ele aconteceu de 16 a 18 de dezembro de 2016 e foram dias de muitas bênçãos, com decisões feitas nas vidas de vários atletas, quer para salvação, ou consagração da vida ao Senhor.

Quero agradecer a cada um de vocês que estiveram orando e peço agora que agradeçam a Deus conosco pelos resultados. Nas fotos está só uma pequena amostra do que foram aqueles dias.

Atletas de Cristo/Rio - e-mail: [email protected] - tel. (21) 99981-5428 (Vivo)

Amando ao Senhor; Correndo juntos; Alcançando a muitos

“Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; cuida bem dos teus rebanhos” (Pv 27.23)

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9o jornal batista – domingo, 22/01/17

Page 10: Casa Viver em Costa Barros - RJ recebe Encontro de Voluntários

10 o jornal batista – domingo, 22/01/17 notícias do brasil batista

William Jonair Salgado da Silva, presidente do Conselho de Educação da Convenção Batista Sul-Mato-Grossense

O C o n s e l h o d e E d u c a ç ã o d a Convenção Ba-tista Sul-Mato-

-Grossense (CBSM), em sua Assembleia ocorrida dia 30 de novembro de 2016, deu posse ao pastor Paulo José da Silva como ministro de Edu-cação da Convenção Batista Sul-Mato-Grossense. Nessa função, o pastor Paulo José passa a ser o representante legal da Instituição de Ensi-no Teológico da CBSM, o Seminário Batista Sul-Mato--Grossense.

Nossa oração é que Deus use a vida do pastor Paulo José da Silva poderosamente no exercício de mais essa função, e conclamamos aos

Emília Cervino Nogueira, filha primogênita do pastor Jabes Nogueira

No dia 08 de janei-ro de 1937, Jabes Nogueira chegou ao lar de Apolônio

e Mundinha, o último de 12 filhos. Jabes passou sua infân-cia em Corrente - PI, alternan-do entre os estudos no Insti-tuto Batista Correntino e as férias na Fazenda Espingarda. Quando era menino, Jabes viu seu pai, Apolônio, grave-

irmãos para interceder dia-riamente por sua vida e con-tinuar cooperando com essa obra enviando seus obreiros para capacitação.

Sabemos que a Seara é grande e pouco são os cei-feiros, por isso, oremos para que o nosso Deus desperte cada dia mais vocacionados para, com grande ardor e amor, desempenhar seus cha-mados e, como liderança Ba-tista, nos encha de sabedoria na condução desse trabalho.

Nesse ensejo, aproveita-mos para desejar a cada um dos irmãos Batistas do Mato Grosso do Sul um feliz 2017. Que o nosso bom Deus reno-ve suas forças e estratégias para um novo ano cheio de realizações. No desejo de juntos continuarmos avan-çando na proclamação do Evangelho, certos de que a obra não pode parar, despe-dimo-nos.

mente enfermo. Jabes foi ao fundo do quintal de sua casa e pediu ao Senhor que seu pai não morresse, pelo menos até ele completar 15 anos. Deus o atendeu, seu genitor foi curado e viveu exatamente até que Jabes completasse 15 anos de idade.

Aos 17 anos foi morar com sua irmã em Anápolis - GO, a fim de continuar seus es-tudos. Lá, Deus o chamou para o ministério. Segundo ele, a convivência com o pastor Elias Brito, seu cunha-

do, foi seu primeiro e mais profundo preparo para o pastorado. Em 1961 foi a Recife - PE estudar no Semi-nário Teológico Batista do Norte. Enquanto seminarista, trabalhou na Igreja Batista do Feitosa, onde conheceu aquela que viria a ser sua esposa, Idéa Cervino.

O ano de 1964 foi marcan-te em sua vida. No mês de janeiro daquele ano casou-se e foi consagrado ao ministé-rio da Igreja Batista de Santa Rita, na Paraíba. Chega ao fi-

nal do ano, nasce sua primei-ra filha, e foi quando recebeu também o convite para pasto-rear a Primeira Igreja Batista de Aracaju (PIBA). Logo no ano seguinte, mudou-se para Aracaju, onde, pela Graça de Deus, tem vivido até hoje.

Na bela cidade dos Cajuei-ros, em Aracaju, a família cresceu. Deus lhe deu mais três filhos, duas noras e um neto. Foi pastor titular da Primeira Igreja Batista de Aracaju por 43 anos, Igreja que ama profundamente. Re-

cebeu os títulos de Cidadão Aracajuano e Sergipano. Pre-gou, batizou, casou, apresen-tou crianças, dirigiu cultos de ação de graças e cerimônias fúnebres, visitou, aconse-lhou, chorou com aqueles que choravam e se alegrou com tantos que sorriam.

A doença que o tem atingi-do trouxe muitas limitações, mas não o impediu de orar, de ouvir a Palavra diariamen-te no MP3 e de passar o dia cantando “Oh glória, aleluia, a Igreja sempre triunfando”.

Conselho de Educação da CBSM dá posse a ministro de Educação

Pastor Jabes Nogueira: 80 anos de vida abundante

Coral Vozes de Sião sob a regência do maestro Rivaldo Dantas.

Pastor Jabes Nogueira, ladeado pela esposa Idéa, cunhada Ycléa Cervino, familiares e irmãos em Cristo

Assistência ao culto de gratidão

Efetivação da posse foi fechada com oração

Page 11: Casa Viver em Costa Barros - RJ recebe Encontro de Voluntários

11o jornal batista – domingo, 22/01/17missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

A terceira turma do Radical Haiti já está em campo no país caribenho desde o

dia 11 de janeiro. Os oito jovens integrantes uniram todos os seus dons, talentos e vocação para levar espe-rança àquela Nação. Depois de três meses de capacitação na sede da JMM, Elen, Sarah, Mariana, Ruth, Viviane, Ca-lene, Paulo e Lucas iniciam uma jornada missionária de quase um ano em solo hai-tiano, e a expectativa desses jovens é a melhor possível.

“O que mais nos impul-siona a estar aqui é o amor, pois sabemos que em todos os lugares há pessoas que precisam conhecer a Deus. E por amor ao Pai, queremos fazer o que lhe agrada”, diz Calene. “Não existe algo de maior prioridade no coração de Deus do que uma pessoa que se rende e se volta para Ele. Essa é a nossa expectati-va aqui no Haiti”, completa Calene.

Elen é a única integrante desta terceira turma do Radical Haiti que já esteve antes por lá; foi em 2013, em uma caravana do Projeto Tour of Hope.

“Para mim, foi uma das me-lhores experiências da minha vida porque eu pude ver e viver por 12 dias a realidade daquele país. Deus me cha-mou para ser cooperadora na obra, para ser realmente alguém que abraça a obra. E a gente pode fazer missões de várias formas: indo, ofer-tando, mobilizando, oran-do”, diz Elen, ressaltando que sempre pediu a Deus uma nova oportunidade de voltar ao Haiti “Veja o que está acontecendo hoje. É um país que está mesmo no meu coração. Para mim é uma oportunidade sem igual morar por um ano naquele país”, afirma.

Para Mariana, algo a se des-tacar no Haiti é o ambiente de batalha espiritual, devido, muito em parte, ao sincretis-mo e ao vodu.

“Por exemplo, a gente pro-vavelmente vai encontrar pessoas que se dizem cristãs,

frequentam uma Igreja, mas que ainda trazem em sua vida alguma prática de ma-gia negra”, destaca. “Fomos alertados, mas acredito que fomos bem preparados para lidar de forma saudável quan-to a isso. Precisamos ter ma-turidade cristã para entender toda essa opressão espiritual do país e um pouco da falta de compreensão e até mesmo de compromisso por parte de algumas pessoas que vamos encontrar lá”, conta.

Ainda sobre o treinamento, Lucas destaca que aprendeu ainda mais a respeitar o pró-ximo e a visão que os outros têm do mundo.

“E sobre falar o Evangelho, vamos trabalhar muito com

discipulado pessoal no dia a dia. Seja no transporte pú-blico, no campo de futebol, entregando água, etc. Minha expectativa de trabalho é quanto a esses pequenos momentos de testemunho, de falar, perguntar, conhecer, saber o que cada um tem de experiência com Deus e tentar também compartilhar aquilo que o Senhor já fez em nossas vidas”, diz.

Paulo diz que é muito bom ter a sensação de saber que Deus pode contar com ele para trabalhar no Reino.

“Tenho sempre no meu co-ração que Deus conta comi-go e acho que Ele conta com cada um para fazer alguma coisa que Ele realmente pôs

no nosso coração, além do amor. Deus quer realmen-te expandir a Sua Palavra. Existem muitos campos que ainda não ouviram e preci-sam de alguém que chegue lá com esse sentimento de que ‘Deus conta comigo’. Deus conta comigo para ajudar o Haiti em todos os aspectos”, afirma.

Sarah, que é a mais nova do grupo, destaca que seu aprendizado se deve também aos testemunhos que ouviu e conversas que teve com antigos integrantes de turmas do Programa Radical.

“Isso me tranquilizou mui-to. Eu pensava que nem chegaria ao Haiti, mas eles me tranquilizavam com as

experiências deles, tanto no treinamento quanto no cam-po. Com esses testemunhos, aprendi muita coisa, acho que até mais do que na sala de aula. E aprendi que, mes-mo quando tudo está difícil, Deus não nos abandona. Ele vai capacitar”, declara.

Os jovens dessa turma do Radical Haiti, que ficam no campo até meados de dezembro deste ano, ainda não sabem exatamente quais papéis desempenharão no campo. Mesmo assim, têm a consciência de que a ca-pacitação e o chamado que receberam vêm de Deus.

“Temos uma expectativa muito grande quanto ao Haiti de viver experiências mara-vilhosas. Sabemos que Deus vai nos capacitar e nos con-duzir a fazer tudo da melhor maneira que pudermos para sermos exemplos e servos usados nas mãos dEle em todas as áreas”, destaca Ruth.

E sobre ir a um país que se recupera de um terremoto de sete anos atrás e recen-temente atingido por um furacão, Viviane diz que, realmente, era algo que a as-sustava muito, mas que hoje compreende melhor o Haiti, um país que “também tem seus aspectos positivos”.

“Tudo isso não gerou medo em nós, só uma vontade a mais de estar lá, porque o nosso coração é movido pelo sentimento de poder ajudar”, afirma.

Você pode contribuir com suas orações e ofertas para o sustento do Projeto Radical Haiti. Acesse www.misso-esmundiais.com.br/relacio-namento, escreva para [email protected] ou ligue para 2122-1901/2730-6800 (cidades com DDD 21) e 0800-709-1900 (demais localidades) nos dias úteis das 08h às 19h (horário de Brasília). Também estamos no WhatsApp, nos números 98216-7960, 98884-5414, 98055-1818 e 98368-9999, todos com DDD 21.

E se você sente o desejo de participar ou conhece al-guém que gostaria de ser um missionário Radical, escreva para [email protected] ou [email protected].

Programa Radical envia terceira turma ao Haiti

Jovens do Radical Haiti foram recebidos por nossos missionários no país

Terceira turma do Radical Haiti embarcou no dia 11 de janeiro e ficará um ano no país caribenho

Page 12: Casa Viver em Costa Barros - RJ recebe Encontro de Voluntários

12 o jornal batista – domingo, 22/01/17 notícias do brasil batista

Matheus Ramos, jornalista da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo

No ano de 1906, foi criado no estado do Espírito Santo, um dos mais im-

portantes portos do Brasil. De lá para cá, sua importân-cia para a economia capixa-ba só aumentou. Hoje, pas-sam por ele, os mais variados produtos, como: automóveis, rochas ornamentais e produ-

Ben Rholdan, Comunicação da Convenção Batista Sul-Maranhense e Centro Batista de Formação Ministerial - MA

Em clima de grande ale-gria, o Centro Batista de Formação Ministe-rial (CBFM) realizou

um culto em ação de graças no dia 15 de novembro de 2016, em comemoração aos seus 10 anos de fundação.

A celebração foi realizada no templo da Primeira Igreja Batista de Imperatriz - MA e contou com a presença de diversos pastores, alunos e ex-alunos do Centro de For-mação. Para coordenadora pedagógica do CBFM, Na-tividade Santana, a criação da Instituição foi um marco para os Batistas da região sul maranhense. “Agradeço a Deus por nos conduzir neste caminho de superação e nos fortalecer na caminhada de capacitação de ministros para

tos siderúrgicos. Passam pelo estado, todo mês, cerca de 500 navios, cada um deles com centenas de pessoas a bordo.

Diante dessa demanda, no ano de 1995, a Convenção Batista do Estado do Espírito Santo (CBEES), em parceria com Sailors’ Society, iniciou um trabalho de capelania dentro dos portos da CODE-SA, denominado de Centro de Apoio aos Marinheiros.

Ailton Ferreira, missionário

a expansão do Reino dEle aqui na terra”, conta.

Durante a celebração, foi exibido um documentário com depoimentos sobre a história do CBFM, que tam-bém foi registrada no infor-mativo impresso distribuído

desse projeto, explica que o objetivo é proporcionar ao marinheiro, durante os dias em que estiver na capital, um bem-estar físico, espiritual e emocional.

“Em alguns casos nos tor-namos a família do marinhei-ro. Quando um marinheiro embarca em uma viagem, passa meses fora de casa. Alguns entram em estado de quase depressão, e é nesse momento que agimos, nos aproximamos, para diminuir

aos presentes. O coral da Academia Batista de Músi-ca - que em parceria com o CBFM promove o curso de Gestão em Ministério de Música - e o pastor Benjamin Souza, que trouxe a men-sagem de reflexão naquela

as dificuldades trazidas pelo isolamento,” conta o missio-nário Ailton.

Uma outra vertente do tra-balho é o aconselhamento aos marinheiros que estão doentes; em alguns casos, eles não voltam para suas cidades por não terem con-dições clínicas para isso, e fi-cam internados nos hospitais de Vitória - ES, sem nenhum acompanhante.

“Quando um marinheiro fica internado por algum pro-

noite, também abrilhantaram a programação.

O diretor do CBFM, pastor Pedro Valderardo, agradeceu aos presentes e destacou o papel desempenhado por cada professor, bem como da coordenação do Centro.

blema de saúde, diariamente ele recebe a minha visita. Meu objetivo com isso é fazer com que ele não se sinta sozinho”, relata o mis-sionário.

Para promover o bem--estar do marinheiro, e ter condições de se aproximar deles, o Centro de Apoio realiza um serviço de guia turístico, onde leva os em-barcados para conhecer as belezas da capital do Espí-rito Santo.

Ele enfatizou os avanços que o CBFM ainda precisa alcan-çar. “Estamos nos articulando com algumas novas parcerias e em breve com a bênção do Senhor, queremos implantar o curso de mestrado aqui em nosso centro”, disse.

CB do Estado do Espírito Santo investe na evangelização de marinheiros

CBFM celebra 10 anos de fundação com culto em ação de graças

Navios ancorados na Baía de Vitória - ES Missionário Ailton evangelizando marinheiro

Culto foi realizado na PIB em Imperatriz - MA Benjamin Souza foi o preletor da noite

Evento reuniu pastores, alunos e ex-alunos da InstituiçãoDe acordo com Pedro Valderardo, diretor do CBFM, há novidades para o CBFM

Page 13: Casa Viver em Costa Barros - RJ recebe Encontro de Voluntários

13o jornal batista – domingo, 22/01/17

Page 14: Casa Viver em Costa Barros - RJ recebe Encontro de Voluntários

14 o jornal batista – domingo, 22/01/17 ponto de vista

Por graça e misericór-dia de Deus, nosso amado Pai, inicia-remos uma série de

três meditações no texto de Romanos 12.9-21. Os ver-sos 9 a 16, tratam da nossa relação uns com os outros: amor na família de Deus; e os versos 17-21, conside-ram a nossa relação com os inimigos: não retaliação, mas serviço (John Stott). O capítulo 12, desta epístola chamada de “A rainha das epístolas”, é o início da par-te prática da carta paulina. Por virtudes entendemos ser: “Disposições firmes e habituais para fazer o bem; boas qualidades morais; modos austeros de vida” (Antenor Nascentes). Elas são as qualidades de Cristo em nós. A nossa experiên-cia com Cristo nos legou uma nova natureza – a divi-na, com as suas qualidades morais inerentes. Como nos ensina João, “Devemos andar como Ele andou” (I Jo 2.6). Agora, temos a vida

Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

A vida cristã é uma vida para ser cele-brada, pois, mesmo que esta não valha

a pena, a outra vida superará todas as expectativas. A vida cristã é uma felicidade a ser repartida enquanto estamos na terra, pois no céu não será necessário reparti-la.

Em certos momentos é muito difícil reparti-las. Con-

de Cristo em nós (Gálatas 2.20). Cristo é a nossa vida (Colossenses 3.4). As virtu-des cristãs são expressões da vida de Cristo em nós.

Nesta primeira parte (Ro-manos 12.9-16), que trata da nossa relação uns com os outros dentro da família de Deus, examinaremos o amor e outras virtudes. Esse amor não deve ser fingido, mas real, verdadeiro, au-têntico em nossos relacio-namentos. Em I Coríntios 13, Paulo trata da anatomia desse mesmo amor. Com o coração sincero, devemos exercer a mutualidade a par-tir do amor (Romanos 9-10). Este amor nos leva ao zelo (Romanos 12.11). No zelo, não devemos ser remissos, relaxados ou descuidados. A ordem é servir ao Senhor com excelência. No versí-culo 12, há três imperativos paulinos: “Alegrai-vos na es-perança; sede pacientes na tribulação e perseverai na oração”. Paulo, mais uma vez, usa verbos no modo

taram-me hoje, que em um hospital, dois enfermos par-tilhavam o mesmo quarto na enfermaria. Um deles ficava no leito, em tal silêncio, que nem parecia estar vivo. Enquanto isso, um deles, com o leito a beira da janela, relatava ao outro as belas paisagens que via, ensejan-do com isso animar o colega de quarto.

Todas as manhãs, olhan-do pela janela, o enfermo relatava ao outro a bela

imperativo em relação ao socorro dos necessitados, a começar dos domésticos da fé; e à hospitalidade, que é um traço muito forte do cristão genuíno. Os crentes em Cristo Jesus devem ser sempre hospitaleiros e com alegria ou gozo no coração. Martin Luther King, disse: “A questão mais urgente da vida é o que você está fazendo para os outros”.

No versículo 14, há outra ordem em relação a con-ferir benção. “Abençoai os que vos perseguem”. Como devemos abençoar? Com o Amor de Cristo em nos-sas vidas (Mateus 5.43-48). Todo cristão deve ser uma dádiva de Deus em seus relacionamentos. Ele não é causador de confusão, mas facilitador de relacio-namentos saudáveis. Paulo ordena (os verbos estão no imperativo), a: “Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram (Romanos 12.15). O Senhor nos ordena a ser sensíveis

paisagem que, a cada dia, modificava-se para melhor. Ele relatava a vida diária de um lindo parque. Mais crian-ças, menos crianças, animais trazidos a passear, famílias alegres, o riacho com mais água, menos água, patinhos na lagoa que ele formava, e ia relatando a beleza da paisagem, diariamente.

Um dia o paciente da jane-la morreu. O outro paciente pediu às enfermeiras que o transferissem para a janela.

à dor do irmão ou do pró-ximo. A solidariedade é sempre bem-vinda; combate a solidão, fortalece os rela-cionamentos. O apóstolo ordena a unanimidade entre os irmãos, combatendo o or-gulho e a autossuficiência. A humildade traz unidade ao povo de Deus (Romanos 12.16; Filipenses 2.5-11).

Na segunda parte (Rm 12.17-21), em nossa relação com os inimigos, não de-vemos agir com retaliação, pagando o mal com o mal, mas o mal com o bem. Se depender de nós, tenhamos paz com todos os homens, pois Jesus é a nossa paz (Ro-manos 12.17-18; João 14.27; Cl 3.15). Como cristãos, nas-cidos de novo, não podemos nos vingar de quem quer que seja, mas entregar para o Senhor a vingança. Como Jesus, somos chamados a viver o amor que cuida e ampara as pessoas, mesmo que sejam nossas inimigas. A nossa atitude como cristãos é dar de comer e de beber

Após chegar ao leito, es-forçou-se e conseguiu ver a paisagem. Grande surpresa! Havia apenas uma parede branca na frente da janela e nada mais.

O paciente pediu expli-cações. Como, era isso que ele via todo dia? “Ele era cego, ele nunca viu o que relatava. Ele fazia isso para reanimá-lo, para consolá-lo e fortalecer-te moral e emo-cionalmente”, disseram as enfermeiras.

aos que querem o nosso mal. O Senhor Jesus, na parábola do samaritano, nos ensina que o amor supera o ódio e o preconceito (Lucas 10.25-37). Esta atitude de amor cristão produzirá vergonha nos que nos odeiam (Roma-nos 12.19-20).

O apóstolo Paulo con-clui este trecho sobre as virtudes cristãs ensinando magistralmente: “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.21). Só Jesus em nós é capaz de vencer o mal. Quando vivemos a vida de Cristo nós podemos vencer o mal, pois nEle “Somos mais que vencedores” (Rm 8.37; Ef 6.10-20). Todas essas virtudes apontam para Cristo. O velho apóstolo testemunhou: “Para mim o viver era Cristo e o mor-rer, lucro” (Fp 1.21). Então, Cristo em nós é o segredo de vivermos as virtudes que qualificam nossos relaciona-mentos, edificam a Igreja e glorificam o Pai.

Em lágrimas, o sobreviven-te exclamou: “Que lição ele me deu! Quando eu for recu-perado quero compartilhar com os outros, tanto quanto ele compartilhou comigo”.

Amado leitor, ser cristão é compartilhar a verdadei-ra vida, independente se a vida passageira for marcada pelo sofrimento. Esse foi o ensino do apóstolo Paulo. Ele aprendeu com Jesus a compartilhar a verdadeira vida, a eterna.

Série: virtudes cristãs - Meditações em Romanos 12.9-21

Lição de vida

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15o jornal batista – domingo, 22/01/17ponto de vista

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Em algumas ocasiões, quando alguma pessoa necessita ser “sacrifica-da” no quadro de uma

equipe, é possível ouvir que “As pessoas passam, mas as instituições permanecem”. Será que é isso mesmo? Do ponto de vista temporal, de fato, as pessoas passam e as institui-ções permanecem, pelo menos até que o mundo acabe.

Mas, se pensarmos que as pessoas passam e as instituições permanecem, não poderemos cair no sofisma de que a institui-ção é um fim em si mesma? Não haveria algo superior do que elas mesmas como instituições?

Aqui entra a razão de ser e, consequentemente, missão da instituição que vai lhe nor-tear o rumo a seguir e tudo o que ocorrer nela, todos os que nela trabalharem devem estar lá para cumprir esta missão. Assim, parece que acima das instituições temos a sua razão de ser e a sua missão.

Em primeira causa, é possível considerar que a Igreja ou mes-mo instituições diversas, têm a sua razão de ser e missão de alguma forma em função das pessoas e não o inverso, à se-melhança do que Jesus ensinou sobre o sábado, quando dife-renciou “instituição sábado” das pessoas, colocando tudo em seu devido lugar.

No Evangelho, tudo gira em torno do que Deus deseja fa-zer em relação ao mundo e às pessoas. A própria Igreja não é um fim em si mesma. Seguindo esse raciocínio, uma escola ou seminário, por exemplo, existe em função da formação dos líderes, mas também em função de seus funcionários e professores, conquanto seja ela um meio para que esses agentes operacionais exerçam seu papel, seus dons e talentos, em benefício dos alunos no cumprimento da missão insti-tucional. Podemos perguntar: o seminário, então, deve existir em função de algum serviço a ser prestado ao ser humano ou

o ser humano deve existir em função dele?

Temos aqui duas possibili-dades: (1) enquanto aluno, a instituição escola deve existir em sua função, isto é, função de sua formação com elevada qualidade, pois vai servir a Igreja e a denominação; (2) enquanto funcionário, a escola tem uma missão e ele deve cooperar para o cumprimento desta missão. Se um funcio-nário, seja qual for seu nível de atuação, deixa de cumprir com excelência o que se espera dele, estará fora do foco e, não que a instituição seja mais im-portante, mas a sua missão, que é mais importante, está sendo prejudicada. Não podemos contemplar a ineficiência, o co-modismo, o uso da instituição e seus recursos para benefícios pessoais. Agindo assim, o fun-cionário não está qualificado para o trabalho e precisa ser capacitado. Se for um dilema de caráter ou atitude, até mes-mo demitido.

Essa visão implementa mais significado e responsabilida-de em uma equipe, que terá diante de si algo superior a si mesmo, que é a missão ins-titucional. Resgata também a pessoa como ser humano e não como mera mão de obra útil. Cada membro da equipe passa a ser considerado em sua individualidade, possuidor de características próprias e de criatividade singular. As pes-soas não serão mais recursos humanos, mas humanos com recursos, capacidades. Deixam de ser despesas e passam a ser patrimônio.

A administração contem-porânea está redescobrindo que, ao mesmo tempo em que ninguém é insubstituível, pois ao deixar uma função outra pessoa poderá ocupar-lhe o lugar, ninguém é substituível, pois cada um de nós é rico em singularidades. Por isso é que há tempos bons e tempos ruins nas instituições. Mais do que registros em um departamento

pessoal ou ornamentos que ocupam mesas e cadeiras no trabalho, são as pessoas que enriquecem a vida de uma instituição, se forem compe-tentes, eficazes e eficientes à luz da missão institucional. Às vezes empobrecem, é verdade, prestando um “desserviço” à comunidade.

Aliás, você já imaginou se, depois da entrada do pecado no mundo, Deus quisesse pôr

um fim em tudo? Felizmente, ele investiu na pessoa humana reconquistando-a novamente; as instituições existem para isso mesmo.

Considerando a importân-cia que o ser humano tem na dimensão bíblico-teológica na história cotidiana, a nossa visão cronológica deve transcender o tempo (no grego de kronos: tempo contato ou medido), pois no kronos de Deus trans-

cenderá a vivência material mesmo após o término da atual história humana. Afinal, quan-do o presente mundo acabar, recomeçaremos a viver nos novos céus e terra.

Assim, as instituições certa-mente passarão, mas nós per-maneceremos e habitaremos na Jerusalém celestial. O mun-do vai acabar, as instituições também vão, mas as pessoas, essas sim, permanecerão.

Instituições versus pessoas - qual é a prioridade?

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