caro aluno, seja bem-vindo à unidade o cuidado no...
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Caro aluno,
Seja bem-vindo à Unidade O Cuidado no Domicílio!
O envelhecimento não é doença. É possível envelhecer e morrer de velhice, sem que a pessoa
tenha uma doença. Apenas não é comum.
À medida que envelhecemos, nosso organismo fica mais susceptível e com isso, se fragiliza. E aí,
aos poucos, silenciosamente, vão se instalando as doenças crônicas.
As doenças crônicas e agravos mais comuns entre os idosos são: a diabetes, as doenças
vasculares cerebrais, a demência, a doença de Parkinson, a incontinência urinária e as doenças
pulmonares.
Nesta unidade, você conhecerá os cuidados mais importantes a serem garantidos para idosos que
vivem com essas doenças e agravos.
Ressaltamos que a menção ao cuidador de idosos é apenas para fins didáticos, não sendo restrita
a este público. Vale lembrar que é função do ACS (Agente Comunitário de Saúde) orientar os
cuidadores, portanto observem com atenção este conteúdo.
Bons estudos.
Módulo 03
Cuidados Relativos ao Tratamento do Idoso
Unidade 01
O CUIDADO NO DOMICÍLIO
Curso de Capacitação em Saúde da Pessoa Idosa
specialização em Saúde da Pessoa Idosa
Introdução
Introdução
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Diabetes
O pâncreas é o órgão que produz uma substância chamada insulina. A insulina conduz o açúcar,
ingerido nos alimentos, para dentro das células dos órgãos, sendo diabetes a incapacidade do
pâncreas de produzir insulina em quantidade suficiente para o organismo metabolizar a glicose.
Introdução
Você conhece as causas da diabetes?
Veja, a seguir, as possíveis razões para alguém ser acometido pela diabetes.
Lição 01 Cuidados relativos ao tratamento do idoso com diabetes
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E os tipos de diabetes?
Existem dois tipos de diabetes a Tipo I e a Tipo II. Para saber mais detalhes clique nos tipos ao
lado.
Tipo I
Pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina.
Maior incidência na infância e adolescência.
A pessoa torna-se insulinodependente, ou seja, demanda a aplicação de injeções diárias de
insulina.
Tipo II
Células resistentes à ação da insulina.
Maior incidência acima dos 40 anos de idade.
A pessoa pode não demandar a aplicação de insulina.
Tipo II
Como neste material nosso foco é a saúde do idoso, será dada especial atenção a diabetes tipo
II.
A pessoa acometida pela diabetes tipo II costuma relatar os seguintes sintomas:
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Infecções frequentes;
Alteração visual (visão embaçada);
Dificuldade na cicatrização de feridas;
Formigamento nos pés;
Furúnculos.
O diabetes tipo 2 em muitos casos, não leva ao emagrecimento, inclusive em 85% dos casos é
identificado em pessoas obesas, tendo sintomas diferentes.
O diagnóstico, muitas vezes, é feito anos depois que a pessoa está doente, porque ela não
percebe.
Efeitos a longo prazo da diabetes tipo II
O diabético tipo II pode ser acometido por alguns outros males ao longo de sua vida por conta da
própria diabetes, principalmente quando não mantém os cuidados necessários. Entenda melhor
com alguns exemplos.
Arterioesclerose
Ao longo do tempo, o açúcar que não
penetrou nas células se acumula na parede
dos vasos sanguíneos, levando a alterações e
ao endurecimento destes.
Problemas Renais/Enfarto/Derrame
São consequências destas alterações nos
vasos sanguíneos mencionadas no quadro ao
lado: os rins depois de uns anos já podem não
filtrar o sangue; as artérias do coração podem
ficar comprometidas, provocando enfarto e; o
comprometimento das artérias do cérebro
provoca acidentes vasculares cerebrais
(derrames).
Catarata
O diabetes acelera a catarata, podendo levar à
cegueira.
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A cicatrização do diabético, de modo geral, fica
comprometida. É preciso todo o cuidado com os ferimentos,
úlceras, porque o sangue não circula bem no diabético. Tais
lesões podem tornar-se crônicas, se ele não se cuidar.
Convivendo com o diabetes tipo II
A saúde consiste em superar a doença.
É importante que o portador da doença direcione sua vida de modo a poder viver bem com o
diabetes. O tratamento permite ao diabético viver bem por muitos anos.
Cabe a você, cuidador, estar atento a processos como o de depressão. Nesses casos, ele deve ser
direcionado para tratamento porque uma pessoa deprimida não se sente motivada para se cuidar
e pode acabar negligenciando o tratamento e a prevenção das complicações do diabetes.
Idosos demenciados e o diabetes tipo II
Caso você seja responsável por cuidar de um idoso com demência, a atenção deve ser
redobrada.
Um idoso com demência, principalmente se for diabético, não pode viver sozinho. Ele poderia ter
hipoglicemia, por conta de dieta ou tratamento inadequados, por conta da falta de supervisão e
por muitos outros motivos.
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Sobre hipoglicemia
Sintomas
Além dos sintomas acima também pode ocorrer ansiedade, agitação, tremor, hipertensão,
distúrbios cognitivos, fadiga, desmaio, perda de consciência, sede, alterações neurológicas (por
exemplo, paralisia da mão).
Tratamento
Em caso de crise de hipoglicemia administre leite, suco de laranja, tabletes de açúcar.
Situações graves que levem a coma, por exemplo, a hospitalização deve ser imediata.
Como você já viu o diabetes tipo 1 requer aplicação constante de insulina, já o tipo 2, nem sempre requer
este cuidado. Para os casos em que a insulina se faz necessária, o ideal é que o próprio diabético saiba
realizar a aplicação. Lembrando que é importante não aplicar sempre no mesmo lugar. O treinamento do
paciente e/ou de seu cuidador para aplicar a insulina injetável, deve ser realizada e supervisionada pelo
Médico ou Enfermeiro responsável pelo tratamento. A aplicação de insulina em excesso também pode levar
a hipoglicemia, uma vez que o açúcar vai todo para as células e o sangue fica sem o açúcar
necessário. Casos graves de hipoglicemia podem levar ao derrame, ao coma e até a morte.
Algumas medidas de controle do diabetes tipo II
A forma como a pessoa vive, fatores ambientais, alimentação pobre em proteínas(A dieta é
importante, mas não pode ser uma coisa sem prazer; sempre pode ser tornada atrativa), vitaminas, pouca
prática de exercícios físicos(É muito importante uma atividade física, como o caminhar, por exemplo com
frequência) e obesidade são fatores de risco para o diabetes.
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Alguns cuidados para prevenir complicações do diabetes
O cuidador é um grande aliado na prevenção de complicações do diabetes no idoso, por isso,
segue a abaixo uma lista de ações a serem tomadas, as quais você também deve estar atento,
principalmente em casos de pessoas com demência e pessoas de baixo poder aquisitivo.
Aderir a uma dieta específica para o diabetes de acordo com a orientação de um profissional;
Manter o peso adequado a altura;
Manter uma rotina de exercícios, uso de remédios e, se for o caso, de insulina.
Cuidar especialmente dos pés:
o Mantê-los secos e limpos, evitando a ocorrência de micoses; Secá-los bem entre os dedos
após o banho;
o Colocar as unhas de molho antes de cortar e ao cortá-las, não deixar no sabugo para não
provocar feridas;
o Usar sapatos confortáveis, que não apertem os pés;
o Andar sempre calçado; massagear e hidratar os pés para ativar a circulação;
o Colocar algodão macio entre os dedos dos pés quando forem muito juntos.
Passar hidratante diariamente em toda a extensão do corpo.
Buscar informações sobre os sintomas da hipoglicemia e ingerir um pouco de açúcar, em caso de
necessidade de acordo com a orientação dos profissionais.
Alimentar-se regularmente, respeitando uma rotina.
Ingerir água regularmente.
O diabetes é uma doença crônica, que se não tratada adequadamente,
pode levar a complicações, como um derrame cerebral, por exemplo.
De modo geral, idosos com diabetes sofrem limitações funcionais que
podem conduzir à incapacidade e possível dependência.
A dependência pode levar ao afastamento social e, em alguns casos, à
necessidade de um cuidador.
Uma casa de dois andares é um exemplo
de ambiente bastante desfavorável a vivência
do idoso com limitações funcionais e acaba
acentuando situações de dependência.
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Alterações comuns à vida de um diabético
O açúcar pode chegar a um pique, depois, voltar ao normal, por vários motivos. O próprio
estresse pode ser um fator que cause o diabetes.
A conduta mais correta para o portador de diabetes tipo 2 é uma dieta que leve a pessoa a
manter a glicose sob controle.
A prática do exercício físico diminui a pressão, faz emagrecer, abaixa o colesterol, diminui vários
fatores de risco, inclusive a glicose que é utilizada mais facilmente pelas células. O diabético que
caminha sistematicamente diminui o risco de enfarto. No entanto, há necessidade de orientação e
acompanhamento para este tipo de prática.
Cuidados com a alimentação do idoso com diabetes
Há diversos alimentos que contêm açúcares (também denominados glicídeos ou carbohidratos),
que podem ou não apresentar sabor adocicado: é o caso de algumas sobremesas e doces, das
frutas, do arroz, do feijão, das massas, entre outros.
Em nosso corpo, esses alimentos são digeridos, gerando a glicose, que passa pelo sangue e
depois vai gerar energia para que possamos realizar as atividades da vida: andar, correr, pensar,
dormir, amar.
Para exercer sua principal função no organismo, que é gerar energia, a glicose precisa ser
transportada do sangue até as células do corpo. Esse transporte é feito por um hormônio muito
importante chamado insulina.
O controle do Diabetes do tipo II, que acomete mais frequentemente pessoas mais velhas, pode
ser alcançado com medicamentos e/ou dieta. Os sintomas mais comuns são :
Aumento na quantidade de urina;
Sede excessiva;
Fadiga;
Perda de peso;
Dormência, dor ou formigamento nas mãos ou nos pés;
Infecção;
Cicatrização lenta;
Alterações na visão.
Fique alerta aos sintomas mais frequentes.
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Cuidados com a alimentação do idoso com diabetes
É fundamental verificar regularmente os níveis de glicose no sangue. Os médicos, enfermeiros e
nutricionistas saberão interpretar os exames e orientar o idoso e/ou seus cuidadores.
O acompanhamento de nutricionista é imprescindível e, diante das dificuldades que muitos
enfrentam para seguir a dieta, o apoio psicológico, com frequência, é benéfico.
Se a pessoa idosa tem um diagnóstico de diabetes e ainda não está sob tratamento nutricional,
deve, em caráter imediato, evitar alimentos ricos em açúcares. Além disso, o acompanhamento
dos profissionais de saúde e a dieta equilibrada são fundamentais para que os diabéticos possam
ter muitos anos de vida plena e um envelhecimento participativo e mais feliz.
Acidente Vascular Cerebral (derrame)
Neste segundo tópico, nosso foco será o Acidente Vascular
Cerebral e suas consequências sobre a vida do idoso.
Acompanhe!
O que é o derrame?
O derrame acontece quando o sangue que “alimenta” uma
parte do cérebro é cortado. Isso pode acontecer por
entupimento em um dos vasos ou por um sangramento
(hemorragia) dentro do cérebro.
Acidente Vascular Cerebral
decorre da alteração do fluxo
de sangue ao cérebro.
Quais são as consequências?
Como consequência, todas as funções controladas por esta parte afetada do cérebro ficam
descontroladas.
Qual é o público mais afetado?
As pessoas acima de 55 anos são mais propensas ao derrame. Fatores como o diabetes,
características genéticas, como pertencer à raça negra, e a história familiar de doenças
cardiovasculares também aumentam a chance de AVC.
Lição 02
02
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Lição 02
Cuidados relativos ao tratamento do idoso com pacientes com
sequelas de Acidentes Vasculares Cerebrais
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Quais são os tipos de derrame?
Quais são os sinais indicativos de um derrame?
Fique alerta a alguns dos sinais que podem indicar um derrame:
Fraqueza ou paralisia de um lado do corpo.
Dificuldade de equilíbrio – para ficar em pé, andar ou sentar-se sozinha.
Dificuldade para enxergar – perda de visão de um olho ou dificuldade para ver claramente
com os dois olhos.
Dificuldade para se comunicar – falar “enrolado”.
Dificuldade para entender o que os outros estão falando.
Confusão mental – perda de memória e dificuldades para fazer coisas que conhece.
Dor de cabeça forte, de repente e sem motivo, seguida de vômito, sono ou estado de
coma.
O que fazer no momento em que acontece o derrame?
O derrame pode acontecer para muitas pessoas, seja o mais leve ou ainda o mais forte, causando
incapacidade e dificuldades ao doente, mas em alguns casos, com ajuda, ele vai aos poucos
melhorando.
Alguns dos sinais que mencionamos como indicativos de derrame não são exclusivos para o
derrame. São problemas de saúde que indicam que o médico deve ser procurado imediatamente.
Acompanhe algumas recomendações sobre o que fazer no momento em que se suspeita de um
derrame.
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O papel do cuidador de idosos e o AVC
O papel do cuidador é muito importante na fase inicial para prevenir a instalação do espasmo
muscular (endurecimento do músculo), através de um bom posicionamento no leito.
Para o paciente hemiplégico, isso deve ser um hábito de vida. A posição deve ser sempre
contrária à atitude espástica.
Só o trabalho do fisioterapeuta em reabilitar o paciente não é suficiente, pois ele vai acompanhá-
lo apenas algumas horas por dia, enquanto o cuidador pode acompanhar o paciente pelas 24
horas.
Não há terapeuta que consiga trabalhar isoladamente para a recuperação do paciente.
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Incentive o idoso a ser o mais independente possível sem exigir
muito dele. Observe se está confortavelmente posicionado. Sempre
que for se dirigir a ele faça-o pelo lado lesado. Mude sempre o
paciente de decúbito. Procure sentar o paciente em uma cadeira
logo que possível de acordo com a orientação do fisioterapeuta e do
médico que está acompanhando o seu paciente.
Os problemas do derrame são diferentes em cada pessoa, as
necessidades serão diferentes em cada pessoa e seu tratamento
deve ser planejado. É necessário consultar o médico ou outra
pessoa que entenda, a fim de receber-se orientação sobre os
procedimentos necessários para se cuidar do doente.
Em casos de estada no hospital, após a alta, o tratamento continua,
e quanto mais cedo começarem os cuidados corretos ao doente,
mais benefícios ele terá e maior será sua possibilidade de melhorar.
Como o cuidador de idosos pode contribuir em casos de derrame para evitar
complicações?
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Prevenindo a infecção respiratória
Para prevenir a infecção respiratória é importante movimentar sempre o doente, evitando
que fique deitado muito tempo durante o dia. Faça-o sentar, andar e tossir, se precisar.
Além disso, ofereça sempre bastante líquido e observe regularmente se tem dor no peito
ou respiração mais curta.
Prevenindo a infecção urinária
Para prevenir a infecção urinária ofereça sempre líquidos e pergunte a ele se tem dor ou
dificuldade para urinar. Observar a cor da urina do idoso que você acompanha logo após
ela ser eliminada. A qualquer alteração leve-o ao médico. Qualquer febre sem explicação
deve ser avaliada.
Prevenindo a trombose nas pernas
Para prevenir a trombose nas pernas do idoso sob sua responsabilidade, movimente-o
sempre que mudá-lo de posição. Também estimule movimentos e observe as pernas –
verificando se aumentam de volume, mudam de cor ou apresentam manchas. Identificando
qualquer alteração, oriente-o a procurar um médico.
Prevenindo a osteoporose
Para prevenir a osteoporose evite a imobilidade. Realize os exercícios orientados pela
fisioterapia junto com o idoso que você acompanha. Alimente-o de acordo com a dieta rica
em cálcio e vitamina D, orientada pelos profissionais de saúde. Finalmente, dê ao doente
um ambiente tranquilo e de compreensão, para o tratamento correr bem. O idoso precisa
tomar 15 minutos de sol por dia, em qualquer parte do corpo, para ativar a Vitamina D
Efeitos psicológicos
Para auxiliar na recuperação e melhoria de um AVC, é importante demonstrar carinho com o idoso
assistido. Atitudes como tocá-lo no lado que sofreu o derrame são de muita relevância.
É importante que ele saiba que mesmo estando com o lado afetado, “esse lado” ainda existe e
pode ser melhorado. O paciente pode “esquecer” que ainda tem a perna, o braço.
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Outra atenção deve ser com a linguagem. Você deve dizer sempre “seu braço direito” ou “seu
braço esquerdo”, em vez de “seu braço doente”, “seu braço bom”, por exemplo, para que ele
saiba que, mesmo com dificuldades, esse braço ainda é parte de seu corpo.
O uso de camisola ou pijama deve ser restrito à noite. Durante o dia dê boa aparência ao paciente
(cabelo penteado e barba feita).
Ao cuidar de idosos em recuperação de AVC é
muito importante o carinho e o cuidado com as palavras.
Cuidados e providências
Você, cuidador deve saber que ajudar o doente não é fazer as coisas por ele. Conduza o paciente a
participar da vida da família. Dê a ele tarefas simples de modo a evitar o isolamento. O importante é ter
paciência e esperar que aos poucos o próprio doente as possa ir fazendo sozinho. Mesmo que leve mais
tempo, isso pode trazer mais satisfação e melhoras ao doente.
Alguns fatos comuns aos primeiros meses depois de um AVC
Algumas situações são bastante comuns aos primeiros meses, leia o conteúdo a seguir para
identificá-las.
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Alguns fatos comuns aos primeiros meses depois de um AVC
Depois de identificar as situações mais comuns aos primeiros meses seguintes a um AVC, é
importante você identificar como proceder.
Comunicação
Os músculos do rosto podem ser prejudicados com o derrame e com isso o doente pode ter
dificuldades ao falar, tornando também difícil o entendimento do que se diz.
Isso não quer dizer que ele não entenda o que você diz.
Para entender melhor o que ele quer falar, peça que ele escreva. Se ele não puder
escrever, faça perguntas que ele possa responder com sinais, fazendo sim ou não com a
cabeça. Combine sinais com ele!
Procure falar de modo normal com o paciente, mas bem devagar. Ao conversarem, não
deixe que nada o distraia, pois, concentrando a atenção, você poderá entendê-lo com mais
facilidade.
Chame-o sempre pelo seu nome e quando ele quiser falar, olhe-o nos olhos, mostre
interesse e paciência, esperando o tempo que ele precise para falar ou se expressar.
Não fale demais! Converse utilizando frases curtas, dando tempo para a pessoa entender.
Tente se comunicar por gestos, expressões do rosto, desenhos, objetos etc.
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Ao fazer coisas com e para o paciente, procura ir dando nome a tudo o que está sendo
usado, por exemplo: água, banho, sabonete, pente etc.
Exemplo de limitações faciais em decorrência de AVC.
Alimentação
Ao preparar a comida para o doente, lhe ofereça alimentos que facilitem a digestão, além
disso, use pouco sal, cozinhe com pouca gordura, ofereça líquidos várias vezes ao dia para
evitar a ocorrência de desidratação e escolha alimentos que ajudem o intestino a
funcionar.
Comer e beber podem ser ações difíceis após o derrame.
Às vezes, os músculos de um dos lados do rosto e a língua estão prejudicados e até para
engolir o paciente sente dificuldade, podendo engasgar-se. Neste caso, o fonoaudiólogo
precisa avaliar o caso e intervir. Mas de qualquer forma, para facilitar a deglutição, ofereça
líquidos com uma colher, aos poucos, deixando a pessoa sentada próximo a você e com o
corpo reto.
Logo que a pessoa melhorar, dê pequenos bocados de comida amassada, colocando o
alimento do lado melhor da boca. Se a boca ficar torta, o uso da dentadura ou de ponte
fica difícil.
Nesse caso, oriente a pessoa a procurar um dentista para fazer uma nova dentadura. Tente
não deixar o doente sem a dentadura, pois terá dificuldade para comer e falar.
Usando o lado que não foi prejudicado pelo derrame, pode ser que ela consiga alimentar-se
sozinha.
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Seja paciente ao auxiliar o idoso em sua alimentação.
Limpeza da boca
Ao terminar uma refeição com o idoso, realize o procedimento de limpeza da boca. Inicie
verificando se há restos de comida entre a gengiva e a bochecha e remova.
Limpe com escova de dentes ou espátula e enxágue a boca com água bicarbonatada, para
evitar mau cheiro, gosto amargo e infecções. Além disso, passe manteiga de cacau ou óleo
nos lábios para evitar rachaduras.
OBS: Se a pessoa babar, proteja o peito dela e deixe um pote ao seu alcance, onde ela
possa cuspir.
A limpeza da boca e dos dentes deve ser feita
de forma cuidadosa para que restos de comida não permaneçam.
Deslocamento e movimentos
Sempre que você for deslocar o paciente, antes de iniciar o movimento informe sempre ao
paciente o que irá fazer, pois só assim ele pode colaborar.
Prepare-o para andar, segurando-o bem próximo de seu corpo. Apoie o peso do corpo nos
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músculos das pernas e não nos músculos das costas e tenha certeza de que o doente está
firme para não cair.
Tanto você quanto o doente devem usar sapatos confortáveis e sem saltos, de preferência
com solas de borracha.
OBS: Se o paciente for muito pesado, peça ajuda de mais alguém, para não correr o risco
de caírem ou se machucarem.
O idoso deve estar bem próximo a você,
usando sapatos baixos e confortáveis.
Deslocamentos e movimentos – cama
Ao tirar o doente da cama, em primeiro lugar, faça com que ele se sente na beirada. Em
seguida, lhe dê apoio segurando o lado dele que está bem e faça um “calço” com o pé para
dar mais firmeza e poderem girar o corpo juntos.
Alguns pacientes precisam de duas pessoas para começar a andar, mas se lhe for oferecido
um andador, este também pode funcionar bem.
O idoso também pode estar enxergando menos, por isso é importante retirar quaisquer
objetos do caminho, deixando o ambiente o mais livre possível.
Sempre que possível, estimule o paciente a andar até o banheiro, evitando assim o uso de
“comadres” e “patinhos”, pois quanto mais o paciente se locomover melhor é para ele e
para você.
OBS: Não esqueça que tapetes soltos, assoalho com falhas ou muito escorregadio,
degraus, escadas e outros pequenos obstáculos podem representar riscos.
OBS2: Em caso de casas com mais de um andar, mantenha o doente, de preferência, em
um mesmo andar da moradia.
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Ao ajudar o idoso a se levantar não esqueça de verificar o
ambiente antes, deixando o espaço o mais livre possível.
Atividades do dia a dia
Veja algumas dicas para facilitar a vida do idoso em sua rotina. Fique atento!
o Enrole o cabo da colher com esponja pois facilita para segurar.
o Coloque pedaços de madeira sob os pés de cadeiras baixas para facilitar a pessoa
levantar-se.
o Amarre um cordão à porta, se possível, para permitir que ela seja aberta sem que a
pessoa necessite levantar-se.
o Mude o lugar dos móveis, com a permissão dos donos da casa, para dar mais espaço
para o andador ou para você, quando em auxílio ao doente.
o Converse sobre a colocação de barras nas paredes do quarto e do banheiro para
facilitar o andar do paciente.
o Posicione uma mesinha próximo ao doente com objetos pessoais e de uso frequente.
Sempre perto do lado que não foi prejudicado pelo derrame, isso o ajuda a pegar as
coisas sem pedir ajuda.
o Estimule todos os movimentos e as pequenas tarefas que o doente tenta ou pode fazer.
A mesa de cabeceira, se posicionada do lado em que o
idoso ainda tem os movimentos, pode ser de grande auxilio.
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Limpeza pessoal e ato de se vestir
o Ao realizar a limpeza pessoal do idoso e vesti-lo em seguida, esteja atento aos pontos
apresentados abaixo.
o Coloque o acesso a água e elementos como sabão, esponja e toalha do lado em que o
paciente mantém os movimentos, assim ele será capaz de lavar sozinho a parte superior
de seu corpo e só precisará de ajuda para a parte inferior. Não deixe de verificar se há
alguma lesão na pele.
o Indique o uso de cadeiras de rodas adaptadas para o momento do banho, pois facilitam
o trabalho do paciente e o seu.
o Sugira o uso de barras nas paredes do banheiro, assim a pessoa poderá levantar-se,
alcançar a pia, o papel higiênico e até mesmo limpar-se sozinha.
o Use roupas largas, sem botões, fáceis de serem vestidas, com fechos na frente, de
preferência de velcro (essas facilidades permitem ao doente, em alguns casos, trocar-se
sem ajuda).
o Coloque o paciente diante do espelho, sempre que possível, para que ele reaprenda
como se trocar. Faça com que ele tire ou coloque a roupa em primeiro lugar do lado
que sofreu o derrame. Ao olhar-se no espelho, ele entende melhor os movimentos que
deve fazer.
Um banheiro com barras é muito importante para autonomia do idoso.
Acompanhe um resumo com informações gerais importantes para um bom acompanhamento do
idoso acometido pelo AVC.
Ponto 1
O lado paralisado deve ser sempre estimulado para a realização das funções da vida diária
(alimentação, banho, higiene, vestir-se etc.).
Ponto 2
Não deixe para baixo a mão paralisada para que não fique edemaciada (inchada). Também
não permita que nada a pressione.
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Ponto 3
Caso ocorra edema, por conta do AVC, deixe a mão para cima sob apoio de travesseiros ou
almofadas e informe ao médico, enfermeiro ou fisioterapeuta.
Ponto 4
Procure incentivá-lo e mantenha-o sempre bem arrumado. Não o deixe o dia todo de roupa
de dormir, para que não se sinta acamado.
Ponto 5
A limpeza da mão do hemiplégico é muito importante, pois não é possível para ele abrir os
dedos e muitas vezes isso causa Mau cheiro. Após o banho seque bem entre os dedos.
Ponto 6
Humor depressivo, perda de interesse e falta de concentração são sintomas comuns
encontrados no paciente hemiplégico. Por isso, é preciso que você o encoraje e o incentive
a todo tempo.
Posicionamento correto no leito
Existem posições mais adequadas para que o idoso acometido pelo AVC
possa deitar de modo mais confortável.
Ombro em rotação externa (virado para fora).
Antebraço em extensão (esticado).
Dedos das mãos em extensão e bem separados entre si.
Quadril em rotação interna (rodado para dentro).
Flexão de quadril joelho e tornozelo (levemente dobrado).
Dicas para um bom posicionamento no leito
- Caso seja difícil manter o paciente com o braço em rotação externa, no início, vire a palma da
mão dele para cima com o polegar para o lado de fora do corpo.
- Para que o quadril fique bem posicionado coloque uma almofada ou um rolinho de pano em
baixo do quadril do lado lesado. Dessa forma, você manterá a perna em rotação interna
impedindo que ela fique rodada para fora.
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- Para manter a perna em ligeira flexão coloque um rolinho pequeno de pano ou uma almofada
em baixo da articulação do joelho. Use e abuse de almofadas e rolinhos que você mesmo pode
fazer, do tamanho que melhor atender as suas necessidades.
- Para que o pé não fique rodado para fora, apoie lateralmente com almofadas, para que fique
com a ponta dos dedos voltados para o teto e nunca rodado, pois isso irá atrapalhar muito o idoso
quando ele estiver na fase de andar.
Ações proibidas para o idoso acometido por AVC
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O que é?
A demência é uma síndrome, na qual
são comprometidas funções
intelectuais como: a memória, a
linguagem, a capacidade de
conhecimento e de reconhecimento, a
personalidade.
Como avaliar se uma pessoa está ou não com
demência?
Para identificar se a pessoa está ou não com
demência, as funções mencionadas devem estar
comprometidas com intensidade suficiente para
interferir na vida do indivíduo.
A pessoa demenciada perde habilidades e capacidades que tinha
antes da instalação da demência e essa perda se manifesta nas
suas atitudes da vida diária (como alimentar-se, vestir-se, ir ao
banco, fazer contas, avaliar suas condutas etc) e no seu
relacionamento com a família, com os amigos e com o trabalho
A demência pode aparecer por vários
motivos. Alguns são mais evidentes que
os outros.
Exemplos
Em um paciente demente com isquemia
cerebral, a deficiência de oxigênio no cérebro (comuns
em pessoas que já tiveram o que comumente se chama
de ‘derrame’) é a causa mais provável da demência.
O uso de um determinado medicamento também pode
ser a causa de alguns casos de demência, assim como
alguma infecção ou tumor.
Lição 03
Demência
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Demência X Alzheimer
No caso do idoso, a forma mais comum de demência é a doença de Alzheimer. Não se sabe a
causa específica deste tipo de demência.
O que já se descobriu é que ocorrem alterações em algumas substâncias do cérebro que são
responsáveis por transmitir informações e estímulos nervosos para o restante do organismo.
Parece que na doença de Alzheimer, as principais alterações encontram-se nos neurônios e/ou
nas substâncias responsáveis pela memória, pensamento e linguagem.
Acontece então uma perda progressiva da capacidade de lembrar, memorizar ou de reter
informações, de se expressar através de palavras escritas ou faladas e de raciocinar.
Essas alterações acabam por comprometer a vida do indivíduo, que aos poucos vai perdendo a
capacidade de realizar até tarefas mais simples como tomar banho, andar, conversar.
Doença de Alzheimer
Quadro clínico e evolução
A evolução da doença de Alzheimer acontece
diferentemente em cada indivíduo. É uma doença
crônica e, na grande maioria das vezes, de caráter
irreversível, que tem duração variada: de 2 a 20 anos,
sendo a média de 8 a 10 anos.
Não existe cura para a doença, atualmente. Os tratamentos são feitos com o objetivo de retardar
ao máximo a evolução da doença e de garantir uma qualidade de vida satisfatória tanto para o
paciente como para sua família.
De um modo geral, a Doença de Alzheimer se apresenta em estágios. Os estágios são
classificados de acordo com o quadro clínico do paciente e correspondem à própria evolução da
doença.
A evolução da doença pode variar bastante de pessoa a pessoa. Alguns estacionam em uma
determinada fase, outros progridem rapidamente para os estágios mais avançados.
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Quais são os sintomas mais evidentes?
Nesta fase, acontecem alguns episódios de desorientação, com o idoso não
sabendo onde está, e o que está fazendo ali. Podendo esquecer datas e
lugares.
Outro sintoma são as alterações de comportamento:
Às vezes ele fica irritado e agressivo (mais do que o normal) quando
alguma coisa o incomoda, especialmente após mudanças bruscas de
ambiente.
Outras vezes, ao contrário, mostra-se triste, sem interesse nas coisas
que antes lhe davam satisfação. Isso pode acontecer porque o idoso
percebe que alguma coisa de errado está acontecendo com ele.
Neste fase, ele tem consciência de que está esquecendo de coisas simples,
que às vezes se comporta de modo estranho, mas que não consegue, mesmo
com esforço, mudar a situação. Por isso mesmo, é comum
a depressão aparecer associada ao quadro de demência.
O que fazer?
É necessário tratá-la adequadamente, principalmente, porque a depressão agrava bastante o
quadro demencial.
É, portanto, uma fase de grande sofrimento para o idoso, porque percebe que está com algum
problema sério, e que esse problema o está impedindo de viver a sua vida como vivia antes.
É, também, um momento difícil para a família, que passa a ter
consciência de que há algo estranho com aquele idoso.
Os familiares e, especialmente, os cuidadores que lidam mais
diretamente com o idoso, ficam bastante angustiados (às vezes
irritados, porque acham que o idoso está fazendo as coisas erradas
porque quer) com as confusões mentais e as mudanças bruscas de
comportamento.
26
Quanto tempo dura o segundo estágio?
A segunda fase, ou fase intermediária, dura em média 3 a 5 anos. Nesta fase,
há um agravamento da doença, uma piora dos sintomas apresentados na fase
inicial e, além disso, o aparecimento de novas dificuldades.
Também surgem as dificuldades na expressão da fala, na escrita, na
compreensão do que está escrito, ou do que é dito.
Outro sintoma é a perda da capacidade de executar movimentos adequados
para executar tarefas simples como: sentar-se e depois deitar-se, levantar-se
e começar a andar.
Acentua-se o esquecimento e o idoso começa a perder a capacidade de
reconhecer nomes e funções de objetos (por exemplo, pode não saber mais
para que serve o garfo, a toalha, o lápis).
Quais são os sintomas mais frequentes?
Nesta fase, o idoso começa a não reconhecer pessoas, reclama de roubo de objetos, repete frases
ou palavras sem perceber. Faz coisas sem sentido aparente. Tem dificuldade para dizer o que
quer, o que sente, e não consegue entender direito o que lhe é pedido ou explicado.
Por causa disso, com frequência, pode ficar agressivo e agitado ou mesmo triste e apático. Pode
se perder, até mesmo dentro de casa.
O nível de dependência do idoso para realizar suas atividades da vida diária começa, portanto, a
aumentar e ele passa a ficar dependente de uma outra pessoa (ou de outras pessoas) para
conseguir fazer as coisas de rotina.
27
Como é o terceiro estágio?
Na fase final, há um agravamento acentuado do quadro. O idoso não
reconhece mais as pessoas do seu convívio diário e, às vezes, não reconhece
mais, até mesmo, a sua própria imagem refletida no espelho.
Ele quase não tem mais iniciativa. Tem dificuldade de movimentar-se, de
caminhar. Pode não conseguir mais controlar a eliminação de urina ou de
fezes, tendo que usar fraldas.
Neste estágio, acabam por ficar deitados no
leito, chegando então à a fase final, onde o
idoso está incapaz de comunicar-se, às vezes
não conseguindo mais mastigar ou engolir,
sendo necessária, nestes casos, a colocação de
sonda nasogástrica ou mesmo de gastrostomia
(para colocação do alimento diretamente no
estômago através de um orifício aberto
cirurgicamente para este fim).
Doença de Alzheimer
Tratamento
Alguns medicamentos podem ser úteis no início do
processo demencial para a redução da velocidade de
deterioração neurológica, porém o tratamento não
pode ser baseado, exclusivamente, nos
medicamentos.
No caso da demência, que é uma doença crônica, é muito importante que se tenha outras
abordagens, com o objetivo de retardar ao máximo a progressão da doença. Na prática, isso
corresponde a ações como:
Manter o idoso independente, durante o maior tempo possível.
Proporcionar melhor qualidade de vida (sendo o cuidado mais importante que o remédio).
Utilizar recursos como terapia ocupacional, atividade física orientada, alimentação
balanceada, bons hábitos de higiene.
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Atenção
É válido ressaltar que, ainda que remédios sejam utilizados, com o passar do tempo, o quadro do
doente irá evoluir de qualquer forma, embora mais lentamente.
Algumas orientações sobre o convívio
O ambiente no qual vive o idoso demenciado é fundamental para o seu bem estar e para a
evolução de sua doença.
Ele ficará melhor, mais tranquilo, num ambiente também tranquilo, no qual ele seja tratado com
respeito, como uma pessoa (não como um objeto) e, especialmente, com carinho.
Infelizmente, é comum o idoso portador de Alzheimer ser tratado como uma criança ou como um
louco, sendo por isso repreendido ou castigado quando faz alguma coisa ‘errada’. Às vezes, as
pessoas referem-se a ele no passado, como se ele já estivesse morto.
Cabe lembrar que o idoso com demência tipo Alzheimer não perde a consciência, não fica
insensível, não deixa de sentir prazer ou dor, nem deixa de exprimir seus sentimentos, seja
através de atitudes ou comportamentos.
Procedimentos mais adequados diante do idoso com Alzheimer
1. Conversar com o idoso doente, lembrando-o de fatos passados, de pessoas próximas, mantê-lo
a par dos acontecimentos, (mesmo que isso, aparentemente, pareça não surtir efeito), pode ser
mais eficaz do que muitos medicamentos.
2. Evitar mudanças bruscas de ambiente ou discussões na sua frente. Explicar a ele o que está
acontecendo e transmitir palavras de conforto e de carinho pode melhorar sua autoestima,
diminuir o seu medo e deixá-lo mais seguro.
3. Estar atento ao reconhecimento de sintomas e ao tratamento precoce da depressão (que pode
acompanhar a demência) também é muito importante para evitar o agravamento do quadro
demencial.
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Cuidador de idosos
Uma das tarefas mais difíceis para um familiar, talvez, seja selecionar um (bom) cuidador para um
paciente com demência do tipo Alzheimer.
As dúvidas, os sentimentos conflituosos, o sofrimento, a sobrecarga de trabalho e
responsabilidade, o sentimento de impotência frente à evolução da doença e, principalmente, a
perda em vida de um ente querido, fazem parte do cotidiano do cuidador de um portador do
Alzheimer.
Por isso mesmo, o cuidador e os familiares necessitam,
inicialmente, acessar todas as informações disponíveis sobre a
doença. Este é o primeiro passo para lidarem melhor com o
idoso e suas reações e, também, com os seus próprios
questionamentos.
Parece importante também que o cuidado do paciente não fique sob a responsabilidade exclusiva
de algum familiar. Compartilhar tarefas, por períodos, por tipo de atividade, pode facilitar muito o
cuidado, sem sobrecarregar ninguém. Vale a pena lembrar que um cuidador sobrecarregado,
estafado, não poderá cuidar bem do idoso.
Conheça as principais características e alguns cuidados importantes para o acompanhamento de
cada fase de evolução da Doença de Alzheimer.
Na fase I, o idoso necessita de supervisão para tomar decisões e fazer planos. De modo
geral, ele evita interação social, torna-se vagaroso ao falar e compreender.
Além disso, apresenta perdas nas capacidades de atenção, iniciativa, cálculos, memória;
também apresenta “estados de pânico episódicos”.
A ênfase dos cuidados nesta fase devem ser medidas de controle da ansiedade e agitação.
Na fase II, o idoso, de modo geral, necessita de supervisão e ajuda para seu autocuidado.
Por isso, aumenta a importância da atenção à segurança, uma vez que ele apresenta
mudanças marcantes no comportamento. Talvez também seja necessário acompanhar seus
passos, quando ele quiser ir a qualquer lugar.
Alguns idosos, nesta fase, inventam palavras e histórias, não reconhecem pessoas,
apresentam desorientação espaço-temporal, letargia e indiferença afetiva. Por isso, a
30
necessidade de ênfase para a prevenção de acidentes e aplicação de métodos de
segurança (inclusive proteção ambiental para os casos de perambulações)
Em alguns casos, será importante a ajuda com a alimentação e medicação, estabelecer
rotinas para as necessidades fisiológicas, assim como buscar estabelecer códigos de
comunicação (verbal ou não), pois o idoso pode não conseguir compreender comandos
verbais.
Na fase III, o idoso apresenta dependência total. Ele necessita, portanto, de assistência
de enfermagem permanente devido à perda da atividade psicomotora e cognitiva. De modo
geral, os cuidados serão integralmente prestados no leito.
Estratégias de cuidado para controle da ansiedade e agitação psicomotora
31
Ataques de pânico
Em casos de presenciar ataques de pânico, siga com alguns procedimentos:
Mantenha a tranquilidade na voz;
Retire-o do ambiente;
Redirecione o paciente para atividades cotidianas como caminhar, comer etc;
Ignore o comportamento - evite confrontos;
Tome medidas de segurança evitando que o idoso tenha acesso a objetos que possa usar
para machucar pessoas.
Confusão comportamental
O idoso também pode ser acometido por situações de confusão comportamental. Nesses
casos, a família precisa entender a não intencionalidade dos comportamentos errôneos,
ajudando-o a decidir e fazer escolhas quando necessário. Além disso, é importante mantê-lo
em um ambiente conhecido, com rotinas simples e o apoio das mesmas pessoas (a fim de
evitar estranhamentos).
Insônia
O portador de Alzheimer pode ter episódios de insônia. Nesses casos:
Restrinja a ingestão de líquidos à noite.
Suspenda o consumo de cafeína a partir das 16 horas.
Aumente a atividade física durante o dia.
Mantenha uma iluminação tênue durante a noite.
Comece a prepará-lo cedo para dormir com tranquilidade -
reduzindo a agitação e barulho ambiental duas horas antes do
horário de dormir.
Permita que o paciente durma onde lhe apraz.
Ofereça segurança ao paciente.
Supervisione o sono.
Atenção
É preciso haver um equilíbrio entre os períodos de repouso e de atividade.
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Perambulação
As causas possíveis para a perambulação são tédio, tensão, raiva, dor, necessidade de apoio.
Para proteger o idoso, adote atitudes como:
1. Observe padrões;
o Hora do dia;
o Locais;
o Condições ambientais;
2. Não ameace;
3. Proteja e observe;
4. Acompanhe e dirija-o a locais seguros para que caminhe sem riscos.
Síndrome do entardecer
O paciente demenciado pode agitar-se com mais frequência no período do entardecer, quando
o dia escurece. Para evitar esse tipo de situação, procure manter os ambientes bem
iluminados, evitando que ele perceba a mudança na luminosidade. Além disso, mantenha um
ambiente tranquilo e procure tranquilizá-lo.
Medidas para o atendimento das necessidades fisiológicas básicas
Banho e/ou barbear-se
Para realizar a tarefa de acompanhar o banho de
um idoso demenciado, escolha uma hora tranquila
do dia, para que não haja interrupções. Também
avalie a frequência necessária e seja sempre
tolerante.
Para facilitar, quebre o processo do banho em
pequenos passos com uma rotina tranquila.
Também não deixe de garantir a segurança
(fazendo adaptações no banheiro).
33
Alimentação
Para a atividade de alimentação, mantenha horário
e local fixos, apresente um prato e utensílios de
cada vez.
Também os ofereça alimentos já cortados ou dê
preferência aos alimentos que se possa comer com
as mãos.
Mantenha um ambiente calmo e sem distrações e
considere (junto à família) o uso de suplementos
dietéticos no caso de desnutrição secundária à
dificuldade de deglutição.
Eliminações
Para as eliminações, procure conhecer os padrões
de funcionamento do intestino do idoso, estabeleça
rotinas e códigos de comunicação.
O que é o Parkinson?
Em 1817, James Parkinson descreveu pela primeira vez uma doença
neurológica que compromete os movimentos.
Lição 04
Cuidados relativos ao tratamento do idoso com doença de Parkinson
34
A causa desta doença está relacionada à degeneração de células do cérebro que se encontram
situadas em uma região chamada substância negra.
Os sintomas que ele provoca vão além dos já conhecidos tremores de repouso, podendo causar
também a lentidão dos movimentos, a rigidez (endurecimento) das articulações e alterações do
equilíbrio e postura.
De modo geral, o paciente tem essas alterações, mas não necessariamente todas. Além disso, a
progressão da doença difere de uma pessoa para outra, podendo apresentar várias fases.
Parkinson não é uma doença exclusivamente vinculada aos idosos, sendo 80% dos casos
diagnosticados entre os 65 e 75 anos e apenas 10% antes dos 45 anos.
Parkinson X emocional
Tendo o desempenho motor
comprometido pela doença, sua
rotina fica bastante alterada
principalmente pela perda do
automatismo e o
comprometimento de atividades
simples como o andar, o sentar, o
levantar.
Todas essas ações passam a requerer um breve
‘planejamento’ .
Por exemplo, para andar é necessário que a pessoa
vá comandando as ações por meio de uma
sequência de pensamentos ordenados:
1. Preciso colocar o calcanhar no chão;
2. Agora, a ponta do pé;
3. Preciso dar o impulso;
4. Vou mudar a passada.
Por ser lento em seus movimentos, o paciente com Parkinson não deve ser apressado.
Diante da pressa ele fica tenso e mais lento ainda, além de se sentir frustrado.
Agir pelo doente, executando uma tarefa em seu lugar, também não é a solução. É
importante ter paciência e incentivá-lo, pois o objetivo é que ele se mantenha o mais
independente possível.
37
Parkinson
Estímulos a memória
Para estimular a memória do paciente, existem muitas
atividades que você pode sugerir.
É possível, por exemplo, falar uma palavra e pedir que ele
pense numa música que tenha esta palavra na letra e cantá-
la.
Atenção! O importante é que ele se sinta apto a realizar
muitas atividades que lhe deem prazer.
Prevenção da depressão
O paciente com Parkinson se deprime facilmente e isso faz com que o seu quadro de doença
piore muito. O cuidador tem um papel muito importante, pois está ao seu lado no dia a dia.
Por isso, encoraje-o e estimule-o a executar ações cotidianas como ler um jornal ou dar uma
caminhada em volta do quarteirão, de modo que ele mantenha uma rotina que se
assemelhe a de uma pessoa saudável. Uma curta caminhada já é de grande ajuda e melhor
do que a inatividade e o confinamento ao leito.
Dificuldades na fala
Parkinson faz com que os músculos da face fiquem
enrijecidos. Por este motivo, às vezes a pessoa tem a
expressão fixa, como se estivesse aborrecida e com
dificuldades para sorrir. Isso não quer dizer que ela seja mal
humorada. Muitas vezes, ele também apresenta uma fala em
tom baixo, por dificuldade de articular as palavras. Portanto,
seja paciente e tente entendê-lo, peça-o que fale
pausadamente caso não o entenda.
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Para andar
Oriente o seu paciente a andar levantando bem a perna e dando passos largos, mas use o bom
senso.
Trabalhe sempre dentro do limite dele, caso contrário, em vez de ajudar você pode facilitar a
queda.
Lembre ao paciente que ao caminhar ele deve observar com qual perna vai iniciar o passo.
Ao promover a marcha corridinha, oriente-o a parar e tentar caminhar lentamente. Caso não dê
resultado, peça a ele que ande para trás. É isso mesmo! Oriente-o a dar uns cinco passos para
trás e depois caminhar normalmente.
Já para o andar dentro de casa, é aconselhável que ele use uma sandália que prenda no
calcanhar. Nada de chinelos de dedo, porque favorecem quedas.
Fique atendo ao balanço do corpo do idoso, durante a marcha, isso é importante para a
manutenção do equilíbrio. Observe se o seu paciente balança os braços enquanto se movimenta.
Caso ele não o faça, oriente-o a balançar os braços como se estivesse marchando e dissociando o
quadril e os ombros. Não deixe que ele ande totalmente rígido, pois qualquer alteração no nível
do solo provocaria queda, por perda de equilíbrio.
Peça a ele que movimente os dedos dos pés sempre que possível. Caso ele não consiga mais fazer
isto, massageie seus pés. Além de ser uma forma de relaxar, facilita a marcha.
Quando o idoso ficar bloqueado, como se seus pés estivessem presos ao chão, não insista. Peça
que ele respire, relaxe e observe se há alguma marquinha no chão, como por exemplo, um friso
no taco. Peça que ele tente colocar o pé nesta marca. É possível que ele consiga se soltar e
caminhar novamente.
Oriente-o a andar com a cabeça sempre para cima e os ombros levantados. Não permita uma
postura relaxada, pois além de facilitar quedas, causa dores posturais e fortalece uma postura
cifótica (encurvada).
39
Para sentar-se
Se o idoso sentir-se “pregado” no chão antes de chegar à cadeira,
oriente-o a fazer o seguinte jogo mental: imagine que você deve
procurar alguma coisa que está atrás da cadeira.
Quando ele conseguir se aproximar, faça a volta para lhe ajudar, de
modo a tocar a cadeira com a parte de trás do joelho.
Em seguida, peça-o para inclinar o corpo para frente e coloque os
braços para trás até que suas mãos toquem o assento da cadeira
(ou os braços de uma poltrona).
Por fim oriente-o que se sente lentamente.
Para levantar-se
Lembre-se que o idoso com Parkinson perde o automatismo, então, diga para ele fazer tudo
pausadamente.
Caso ele não consiga na primeira tentativa, faça outras, quantas forem necessárias.
As cadeiras ou a cama não devem ser muito baixas, em alguns casos é aconselhável colocar
calços sob os pés traseiros da cadeira ou sob os pés da cabeceira da cama.
Para levantar-se de uma cadeira, oriente-o a chegar até a borda, posicionar os
pés para trás até que estejam bem em baixo do corpo e inclinar-se então para
frente ao mesmo tempo em que se ergue, apoiando-se firmemente com as
mãos em cada lado da cadeira.
Para levantar-se da cama, ele deve apoiar sobre os braços para erguer-se e
esticar as pernas para a borda da cama; aí ele ficará então sentado por um
momento. Proceder na sequência como se estivesse sentado em uma cadeira.
40
Para vestir-se
Os botões, os cintos e os laços trazem muitos problemas, por isso recomenda-se o uso de zíperes
ou velcro sempre que possível. Os sapatos tipo mocassim também são preferíveis.
As roupas devem ter aberturas largas para as pernas,
braços e a cabeça a fim de que sejam mais fáceis de
vestir.
O paciente deve tentar se vestir sozinho, procurando o
que for mais prático, pois trata-se de um bom
exercício, ao qual não se deve renunciar.
Para higiene
Talvez seja difícil lavar-se na posição habitual - de pé, meio inclinado para frente. Nesse caso, é
útil, sentar-se na frente da pia em uma cadeira ou banquinho com assento elevado. Ao barbear-
se, é preferível utilizar um barbeador elétrico para evitar o perigo de cortar-se.
Quando o paciente tomar banho, não esqueça de colocar um
tapetinho rugoso de plástico ou de borracha na banheira, para
evitar escorregar. Você também pode colocar na banheira um
banquinho baixo e então tomará seu banho mais confortavelmente
na posição sentada.
Conselhos de ordem geral
Veja, a seguir, mais alguns conselhos para auxiliar seu dia a dia, sendo agora de ordem geral.
- Quedas
A vida do paciente pode tornar-se mais fácil se ele aprender a melhor maneira de realizar certas
atividades ou evitar alguns perigos. Dentre os perigos frequentes, está a possibilidade de quedas.
Se a coordenação dos movimentos estiver alterada, deve-se fazer tudo para evitar riscos
desnecessários como:
Subir escadas muito inclinadas;
Andar sobre pisos escorregadios;
Passar por desníveis de solo;
Deixar bordas de móveis desprotegidas;
Etc.
Atenção
Ensine o idoso com Parkinson a proceder por
etapas na execução de tarefas.
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Ao realizar alguma tarefa com o idoso adoentado, peça que ele se concentre apenas no ato que
está sendo realizado naquele momento e que nunca tente fazer duas coisas ao mesmo tempo.
Deixe que ele leve o tempo necessário para realizar cada gesto, tendo consciência que o essencial
é realizá-los, sem pressa.
Não permita que ele renuncie a ações simples apenas por lhe parecer impossível como, por
exemplo, abotoar e desabotoar suas roupas, cortar a comida, escrever, lavar-se.
Conselhos de ordem geral
- Alimentação
É importante manter a boa alimentação da pessoa
que você acompanha, principalmente nos casos de
Parkinson. Se ele tiver dificuldade para digerir uma
refeição normal, é preferível fazer refeições menos
abundantes, porém mais frequentes (até seis por
dia).
Exercícios físicos
O exercício físico não interrompe a
progressão dos sintomas da Doença de
Parkinson e não os faz desaparecer, mas
pode desacelerar sua progressão,
principalmente, na rigidez muscular e na
lentidão dos movimentos.
É necessária uma prática de exercícios
físicos constantes e moderados. O que
corresponde, por exemplo, a fazer um
passeio curto todos os dias com o idoso,
a menos que exista uma incapacidade
grave.
- Resfriados
Evite situações que possam provocar resfriados, pois ele pode acarretar complicações. Então, é
preciso vestir o idoso adequadamente e não hesitar em contatar ao médico se ele tiver febre ou
tosse.
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Conselhos de ordem geral
A seguir são apresentados alguns exercícios que podem ser praticados diariamente, de forma
seletiva, e que não resulte em fadiga. Eles trarão, pouco a pouco, uma maior facilidade de
movimentos.
Marchar
Para realizar exercícios de marcha, oriente seu acompanhado a colocar-se de pé, com as
pernas afastadas, os braços cruzados, o peso do corpo igualmente repartido nas duas
pernas.
Depois, peça que ele levante a perna esquerda e coloque-a no solo para frente e para a
esquerda, jogando todo o seu peso sobre ela.
Em seguida, oriente-o para que faça os mesmos movimentos com a perna direita. Esse
exercício nada mais é do que uma preparação para executar bem o “passo da cegonha”
que consiste em fazer os movimentos sucessivamente, levantando bem uma perna de cada
vez.
o
Atenção
Você pode decompor o passo em quatro movimentos:
1. Avançar a perna direita para frente com decisão;
2. Lançar o braço esquerdo para frente e o braço direito para trás;
3. Colocar o pé direito no chão o mais longe possível;
4. Apoiar o peso do corpo sobre essa perna;
Repita os passos anteriores com a perna esquerda.
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Exercícios respiratórios
É muito importante a prática dos exercícios respiratórios. Você deverá orientar o paciente a
fazê-los de pé, e deitado de costas com os joelhos dobrados, apoiando os pés sobre o
colchão.
Levantar os braços para cima, de cada lado da cabeça, enquanto inspira. Baixar em
seguida, lentamente, os braços ao longo do corpo, enquanto expira todo o ar dos pulmões.
Fazer sempre a inspiração e a expiração máximas. Estes exercícios devem ser realizados
sempre antes e depois das séries de exercícios anteriormente citadas.
Exercícios para melhorar a linguagem
É útil inspirar profundamente antes de falar; à medida que expirar, articular exatamente
cada sílaba com os lábios. Como exercício, ele pode falar num gravador e em seguida
tentar corrigir o que tiver gravado.
Incontinência urinária
O que é?
A incontinência urinária (IU) pode ser definida como a perda de urina objetiva e involuntária pela
uretra, em quantidade suficiente para constituir-se um problema médico e social.
A incontinência urinária não faz parte do processo de envelhecimento normal. No entanto, seu
diagnóstico é muito frequente.
Quais os fatores de risco para IU?
Idade;
Sexo feminino;
Infecção urinária;
Doenças agudas;
Aumento da próstata no homem;
Constipação;
Alteração de funcionamento motor
restrito e físico (imobilidade);
Deterioração neurológica com ou sem
déficit cognitivo;
Alterações psicológicas (ansiedade,
depressão);
Diabetes mellitus;
Fatores ambientais;
Nictúria;
Fratura de quadril;
Abuso de álcool;
Acidente vascular cerebral;
Insuficiência cardíaca;
Arritmia cardíaca.
Lição 05
Cuidados relativos ao tratamento do idoso com incontinência
44
Consequências
O idoso com IU, geralmente, não procura o médico, nem fala no assunto de maneira voluntária.
Isto acontece pela vergonha que a IU lhe produz e/ou porque erradamente acredita que é algo
próprio do envelhecimento (sendo este o motivo de maior prevalência entre o público idoso).
Portanto, é fundamental que você cuidador ou um familiar próximo e o médico perguntem sempre
ao idoso sobre a presença de IU.
Qual é a frequência da incontinência urinária no idoso?
A frequência de incontinência aumenta com a idade. O volume costuma incidir mais em:
populações femininas;
idosos com mais de 75 anos;
pacientes com transtornos de memória e/ou de conduta;
pacientes com várias doenças crônicas;
pacientes com incapacidades;
Pacientes que utilizam várias medicações.
Diagnóstico de incontinência urinária
Para auxiliar o diagnóstico da IU, primeiro pesquise sobre o tema Incontinência Urinária, depois pergunte
ao idoso se:
Ele perde urina involuntariamente?
Ele utiliza alguma toalha higiênica para quando perde urina?
Ele tem problemas com sua bexiga, molha-se sem querer?
Além disso, ajude-o a fazer um diário de micção, onde o idoso registre durante três dias seu hábito de
ingestão de líquidos, junto com o hábito da micção normal (frequência e quantidade).
Além disso, anote cada incidência de incontinência, registrando quantidade, se é de urgência e se afeta a
atividades do dia.
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Quais as principais causas da incontinência urinária?
Quais os tipos de incontinência urinária?
Os tipos de incontinência podem ser divididos em quatro grandes grupos. Porém, de modo geral,
mais de um tipo de incontinência está presente em uma mesma pessoa. A associação mais
comum é entre a IU de estresse e a IU de urgência, chamada IU mista.
Como a IU é mais um sintoma do que uma doença propriamente dita, é difícil determinar sua
etiologia. Em muitos casos, ela está associada a várias doenças e seus respectivos tratamentos.
Conheça em detalhes cada um dos tipos. Para isso, selecione uma das opções e inicie sua
navegação.
46
IU de estresse
Neste tipo de incontinência há o aumento da pressão intra-abdominal afetando a bexiga, onde
o esfíncter interno não está completamente fechado, além da fraqueza do assoalho pélvico e
dos músculos elevadores do ânus.
Os sintomas são perda simultânea de urina e o aumento da pressão intra-abdominal (ao tossir,
rir, espirrar, levantar peso, correr etc). A perda de urina cessa quando o estímulo também
cessa. Se continuar a perda de urina, deve-se suspeitar de IU de urgência (menos comum).
Na mulher, a IU de estresse é quase sempre agravada por prolapso uterino e por deficiência
do estrogênio, que pode provocar um afinamento uretral diminuindo as propriedades de
fechamento.
No homem, a IU de estresse pode ser provocada por tratamento prostático (cirurgia, radiação,
ressecção transuretral). A incontinência do estresse pode ocorrer junto com IU de urgência em
casos de procedimentos invasivos
IU de urgência
Esta IU é também chamada de bexiga hiperativa, onde o músculo detrusor se contrai
inapropriadamente durante a fase de enchimento. A vontade de urinar não pode ser
controlada voluntariamente.
O sintoma primário é a necessidade de urinar frequentemente, com perda imediata de urina. O
idoso não consegue chegar ao banheiro e existe saída de urina em quantidades um pouco
maiores que na IU de estresse.
Entre as causas mais comuns estão:
• Hiperplasia benigna de próstata: ocorre em 75% dos casos, geralmente em casos de
obstrução severa.
• Procedimentos cirúrgicos prostáticos.
• Histerectomias complicadas (Esta cirurgia pode corrigir a IU prévia à cirurgia).
• Lesão do sistema nervoso: AVE, demência, parkinsonismo, lesão medular.
• Infecções: cistite, uretrite.
• Outras causas: tumores, cálculos renais
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IU por transbordamento
Este tipo de IU ocorre por obstrução ao fluxo normal de saída da urina desde a bexiga, não
podendo esvaziar-se completamente.
Pode existir uma obstrução parcial (hiperplasia de próstata no homem e queda da bexiga na
mulher) ou uma bexiga inativa (lesão medular, diabetes mellitus em ambos) provocando
dilatação da bexiga. O esfíncter é esticado até abrir-se parcialmente, ocorrendo perda de
urina.
A pessoa percebe “pingos de urina” em escassa quantidade causada por uma bexiga
hiperdistendida. Neste caso o tratamento geralmente é cirúrgico e pode ser realizado
cateterismo intermitente ou permanente.
IU funcional
Este tipo de IU ocorre devido a alguma alteração física ou mental que impede uma micção
correta e oportuna, embora a anatomia e fisiologia da micção estejam normais.
A perda de urina acontece devido à incapacidade de chegar ao banheiro, secundário a
transtorno cognitivo (demência avançada), físico (imobilidade, parkinsonismo) ou os dois.
Também, a falta de motivação (depressão), uso de medicamentos, contenção mecânica ou a
presença de barreiras ambientais.
O tratamento pode ser a fixação de horários de micção, modificação do ambiente facilitando o
aceso ao banheiro ou o uso de fraldas.
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Complicações
Quais complicações podem decorrer da incontinência
urinária? Conheça algumas complicações comuns que podem ser
associadas à IU.
Irritação da pele;
Infecções por má higienização;
Aumenta o risco de quedas;
Aumento dos gastos;
Perda da autoestima;
Isolamento social.
Tratamentos
Qual é o tratamento geral para incontinência urinária?
O tratamento a ser sugerido pelo médico irá depender do tipo de IU
detectada. Em casos de IU transitória o tratamento deve ser de
início rápido, conforme a etiologia achada, por exemplo: antibióticos
para infecção, a retirada de medicamentos etc.
Já em casos de IU crônica, há uma maior variedade de tratamentos,
conforme o tipo e a causa.
Conduta
Conheça, a seguir, uma lista de ações que podem ser adotadas, quando seu trabalho consistir em
acompanhar uma pessoa com IU.
a) Incentive a execução de exercícios de fortalecimento da musculatura pélvica
Os exercícios de fortalecimento da musculatura pélvica melhoram a força da musculatura
do assoalho pélvico. Veja a sequência de procedimentos a serem executados pelo próprio
paciente (após a orientação de um médico).
1. Identificar o músculo a estimular a depender do tipo de incontinência, podendo ser urinária
ou fecal. Para isso o idoso coloca um dedo dentro da vagina ou do reto (músculo que
segura os gazes e as fezes) e tenta contrair. A contração deve ser mantida por 10
segundos.
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2. Relaxar o músculo por 10 segundos (a alternância entre contrair e relaxar deve ser repetida
por 15 minutos, três vezes ao dia).
b) Orientar o treinamento da bexiga
O treinamento da bexiga é útil para IU de estresse e para IU de urgência.
Ele é usado de forma associada a exercícios de fortalecimento da musculatura pélvica.
Na prática, são estabelecidos horários para a micção. No início, a previsão deve ser de hora em
hora, aos poucos esse intervalo deve ser prolongando (à medida em que resultados forem
aparecendo).
Quando a pessoa tiver vontade de urinar entre os intervalos, ela deve evitar (deve “segurar”) e
tentar conter até o horário marcado.
Bexiga armazenando urina
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c) Administrar os medicamentos prescritos conforme a causa do problema, atentando para a
regularidade prevista pelo médico.
d) Promover a adoção de técnicas para mudanças que melhorem a higiene e a qualidade de
vida do acompanhado
Qual é o manejo da IU em relação a estilo de vida?
Medidas de higiene
Manter uma boa higiene genital e da pele, evitando irritação e infecção da pele e da urina;
Reforçar a higiene das roupas;
Aumentar a ingestão de líquidos;
Avaliar características anormais urina (cor, odor, grumos);
Evitar o uso de fraldas;
Usar roupas de fácil abertura;
Facilitar o acesso ao banheiro;
Estabelecer horários para micção;
Usar diuréticos pela manhã, se possível (respeitando orientações médicas);
Estimular positivamente a autoestima;
Evitar obesidade;
Usar absorventes, quando necessário;
Após episódios de incontinência, lavar as partes íntimas e outras partes que podem ter sido
contaminadas , utilizando água morna e sabonete.
e) Reforce a ideia de que a cirurgia é sempre a última opção de tratamento.
IU de estresse
Para a solução da IU de estresse, o que se busca é o fortalecimento do assoalho muscular pélvico.
Para isso, existe tratamento com exercícios e aparelhos que os fisioterapeutas utilizam para ajudar
na continência.
IU de urgência
Para solucionar a IU de urgência, o objetivo é reduzir a hiperatividade do músculo detrusor. Por
isso, são prescritos medicamentos:
Anticolinérgicos;
Antiespasmódicos;
Bloqueadores alfa.
Além disso, os profissionais como fisioterapeutas e médicos sugerem procedimentos que
estimulem o assoalho pélvico ou nervos sacrais para controlar a bexiga.
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Dieta X incontinência urinária
Uma das questões que também interfere para a incidência da incontinência é o peso, por isso a
necessidade de seu controle principalmente no intuito de evitar a obesidade na mulher.
É importante que no intuito de prevenção, uma dieta saudável seja considerada para o idoso,
principalmente com uma adequada quantidade de fibras.
Os líquidos não devem ser restritos, uma vez que a sequidade da uretra provoca irritação da
mucosa vesical e uretral. Além disso, a urina concentrada apresenta odor forte.
A recomendação é para que a ingestão de água (principalmente) seja de no mínimo 2000 ml/dia.
A distribuição da ingestão desta quantidade pode ocorrer da seguinte forma: 1200ml entre 07 e
15 horas, 600 ml entre 15 e 19 horas e 200 ml entre 19 e 07 horas. Esse controle é necessário,
para evitar a diurese noturna.
Incontinência urinária
Quais as recomendações para os cuidadores sobre hábitos do paciente e seu ambiente?
Existem algumas ações que podem ser executadas por você, cuidador, do idoso com IU em
relação ao ambiente onde ele vive e que podem melhorar muito sua vida. Acompanhe!
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Deixe a porta do banheiro entreaberta;
Deixe sempre uma luz tênue acessa durante a noite, para o caso do idoso se levantar;
Evite roupas com fechos e botões de difícil abertura e prefira o velcro;
Mantenha os exercícios para IU e para melhorar a funcionalidade motora do paciente e a
habilidade manual;
Evite fraldas ou toalhas higiênicas, se possível;
Transmita confiança e estimule o idoso a aderir e manter o tratamento e a ter paciência;
Faça controle periódico com o médico, para avaliar evolução e resposta ao tratamento;
Evite o isolamento social do idoso com atividades programadas.
Incontinência fecal
A incontinência fecal se assemelha em muitos aspectos à incontinência urinária, porém tem
causas diferenciadas.
Principais causas da incontinência fecal
A alimentação inadequada, a diarreia e as lesões neurológicas são as
causas mais diagnosticadas.
Em casos de incontinência fecal encaminhe o idoso há um médico ou
enfermeira, para que eles possam checar:
Se o reto está cheio de fezes endurecidas, que não são
excretadas;
Se as paredes intestinais estão flácidas, ou estão ficando
inflamadas (nestes casos as fezes vão escapando pelos lados, a
pessoa evacua líquido, mas pouquinho).
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Os profissionais de saúde mencionados poderão provocar a saída das fezes através de sondas
lubrificadas e lavagens intestinais, ou pela extração manual.
Diarreia
Em casos de diarreia propriamente dita, nunca administre medicamento para conter o
funcionamento do intestino. Em vez disso, altere a dieta alimentar, eliminando fibras e
administrando soro hidratante. Leve ao médico, caso não haja melhora.
Cuidados gerais
Para contribuir para a melhoria da incontinência fecal, você pode tomar alguns cuidados especiais.
Veja a seguir.
Medidas de ativação intestinal para evitar a impactação
Promover a grande ingestão de líquidos e fibras;
Promover a prática de atividade física;
Estimular a boa mastigação.
Higiene perineal para a prevenção de infecções
Quanto mais velho ficamos, mais sujeitos à infecção estaremos, isso porque o
organismo vai perdendo suas defesas.
A mulher tem o ânus muito perto da vagina e da uretra, por isso, no intuito de
prevenir grandes problemas é preciso que realize higiene logo após as eliminações e
que use o chuveirinho.
O papel higiênico não é muito aconselhável para o idoso, mas ao ser a única opção, a
limpeza nunca deve ser feita de trás para frente e, sim, o contrário, a fim de não
trazer bactérias para a vulva, vagina, períneo e uretra.
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Respiração
O que é respiração?
A respiração é realizada através das vias aéreas e definida como o conjunto de processos
envolvidos na troca gasosa (oxigênio e gás carbônico) entre o organismo e o ambiente.
Nos seres humanos, o ar entra pela traqueia e se distribui pelos dois pulmões. Aí, o sangue vindo
do coração purifica-se nos terminais dos alvéolos.
Os dois processos básicos da respiração, a captação de oxigênio e a eliminação de gás carbônico,
acontecem em quatro etapas. Veja.
Movimento de entrada de ar nos pulmões e distribuição pelos
alvéolos.
Movimento do oxigênio e do gás carbônico através da membrana
dos alvéolos capilares.
Circulação do sangue em todo pulmão.
Doenças pulmonares
Se os canais que levam o ar para dentro do pulmão ficarem obstruídos ou cheios de muco,
ocasionam doenças pulmonares.
Conheça algumas doenças pulmonares comuns, principalmente em idosos.
Lição 06 Cuidados relativos ao tratamento do idoso com doenças pulmonares
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Bronquite
A bronquite crônica, por exemplo, ocorre quando há aumento de muco e espessamento da
mucosa, dificultando a passagem de ar, o que provoca tosse e expectoração.
Conheça outros tipos de bronquite:
Bronquite crônica simples – é a bronquite típica dos fumantes, já que leva a pessoa a
tossir cronicamente.
Bronquite crônica de muco purulento – neste tipo de bronquite há destruição dos
alvéolos.
Bronquite asmática – neste tipo de bronquite há um fator externo que intervém no
organismo da pessoa causando uma reação alérgica, gerando uma grande dificuldade para
a saída do ar. Inclusive ele pode progredir para bronquite crônica obstrutiva, levando à
produção de chiado no peito (sibilos).
Enfisema
Esta doença ocorre quando há destruição dos espaços aéreos dos bronquíolos terminais com
destruição dos septos alveolares. Quando há apenas a obstrução, sem infecção pulmonar, os
casos são menos graves.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (D.P.O.C)
A D.P.O.C é uma enfermidade em que ocorre a obstrução crônica do fluxo de ar, devido à
bronquite crônica ou ao enfisema.
Elas podem começar cedo na vida de uma pessoa, de modo assintomático, sendo geralmente o
diagnóstico depois dos 40 anos.
Há maior incidência em pessoas do sexo masculino e suas causas mais frequentes:
O tabagismo ativo e passivo;
A exposição ocupacional e ambiental;
os fatores hereditários;
A poluição.
No tabagismo, há uma perda gradual da função pulmonar, perceptível principalmente em idosos.
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Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas
Enfisema
Abaixo, são apresentados alguns sintomas das DPOCs. Acompanhe.
1- Quando há predominância do Enfisema, os sintomas são:
Tosse seca com secreção mínima mucoide;
Falta de ar;
Respiração acelerada;
Emagrecimento.
Nestes casos, a infecção pulmonar não é muito comum, porém a insuficiência respiratória é muito
grave e irreversível.
2- Quando há predominância da bronquite, os sintomas são:
Tosse produtiva (é bastante comum em fumantes);
Ganho de peso;
Infecção pulmonar (é mais comum).
Tratamento das doenças pulmonares obstrutivas crônicas
Conheça agora algumas das ações que contribuem para a melhora dos sintomas das DPOCs:
Eliminar os aerossóis
Desodorantes, fixadores de cabelo, inseticidas etc.
Abandonar o tabagismo
Evitar exposições ambientais e ocupacionais
Buscar assistência médica
Sempre que houver aumento de purulência, de viscosidade ou de volume de
secreção.
As D.P.O.Cs podem levar à insuficiência cardíaca do lado direito do coração - lado que bombeia o
sangue para o pulmão. Isso porque o esforço para bombear o sangue é maior do que o normal,
porque o pulmão está obstruído.
O coração acaba aumentando de tamanho e a pessoa começa a ter edemas, tendo que tomar
diuréticos que em alguns casos pode causar desidratação.
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Não é recomendado o uso de xaropes, pois irritam a musculatura brônquica. A prática da
tapotagem também é contraindicada, uma vez que o procedimento faz com que o muco saia de
um lugar e vá para outro. Eles devem ser substituídos pela vibração através de aparelhos, feita
por um profissional.
Ações que contribuem para a melhora dos sintomas
Vacinar contra pneumonia;
Praticar exercícios físicos orientados (o exercício aumenta a musculatura respiratória e a
tolerância aos esforços, gera sensação de bem estar);
Manter-se bem hidratado;
Usar suplementos nutricionais com orientação de nutricionista, se for constatada
desnutrição (suplementos melhoram a força muscular, diminuem a fadiga e a dispneia);
Realizar drenagem postural orientada;
Utilizar bronco-dilatadores;
Realizar oxigenioterapia, se indicada.
Pneumonia
O que é?
É a Inflamação do pulmão causada, geralmente, por uma bactéria que afeta o parênquima
pulmonar (porção distal das vias respiratórias que envolve os bronquíolos respiratórios e os
alvéolos). Normalmente não deixa cicatrizes, a não ser quando causa necrose no tecido
pulmonar.
Tipos de pneumonia
Os principais tipos são:
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Observações:
Sintomas
Os principais sintomas da pneumonia são a tosse, febre, expectoração, dor torácica e deficiência
respiratória.
Nas pneumonias virais, os sintomas se prolongam mais, podendo durar até 6 semanas. Em geral,
não há necessidade de hospitalização, a não ser que o estado geral apresente-se muito
comprometido, com suspeita de outras doenças, por exemplo, o diabetes.
Os cuidados e tratamento para a pneumonia bacteriana envolvem algumas especificidades como:
Usar antibiótico próprio;
Manter uma boa hidratação;
Evitar cigarros;
Evitar supressores de tosse, como o xarope.
A pneumonia bacteriana não requer o isolamento do doente.
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Nesta unidade foram apresentadas ...
As características do cuidado ao idoso portador de diabetes, incluindo a identificação de
sinais, sintomas, complicações e as ações necessárias;
As características do cuidado ao idoso vítima de Acidentes Vasculares Cerebrais, incluindo a
identificação de sinais e sintomas e as ações necessárias;
As características do cuidado ao idoso portador de doença de Parkinson, incluindo a
identificação dos sinais, sintomas e as ações necessárias;
As alterações no sistema urinário e intestinal relativas ao processo de envelhecimento, suas
repercussões no cuidado do idoso, a identificação da incontinência urinária e fecal e as
ações necessárias no caso dos diversos tipos de incontinência;
As características do cuidado ao idoso portador de doenças pulmonares, incluindo a
identificação dos sinais, sintomas e as ações necessárias.
- A
Anticolinérgicos: Substâncias antagonistas da ação de fibras nervosas parassimpáticas que
liberam acetilcolina. Ou seja, que inibem a produção da acetilcolina. Esses medicamentos têm
utilidade terapêutica no tratamento da Síndrome de Parkinson e como antiespasmódico.
Antiespasmódicos: É uma droga que suprime a contracção do tecido muscular liso.
- C
Cifótica: Corcunda.
- D
Dispneia: Dificuldade de respirar; falta de ar.
- E
Espástica: Aumento do tônus muscular, envolvendo hipertonia e hiperreflexia, no momento da
contração muscular
Conclusão
Glossário
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- G
Glicídeos: Também conhecidos como açúcares, carboidratos ou hidratos de carbono.
- H
Hemiplégico: Pessoa com um dos lados do corpo paralisado.
- M
Mucoide: Secreção de muco, que é uma secreção viscosa.
- N
Nictúria: Necessidade de acordar para urinar durante a noite.
- S
Sabugo: Local onde nasce a unha.
- T
Tapotagem: Com a mão em forma de “concha”, a tapotagem consiste em bater ritmicamente
sobre o tórax que deve estar coberto com uma roupa ou lençol.
BORN, T. [org.] Manual do Cuidador da Pessoa Idosa. Secretaria Especial dos direitos humanos.
Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos. Brasília, 2008.
BRASIL. Cuidar melhor e evitar a violência: manual do cuidador da pessoa idosa. Brasília, 2008.
CALDAS, C. P. (Org.) ; SALDANHA, Assuero Luiz (Org.) . Saúde do idoso: a arte de cuidar (2a.
edição ampliada). 2ª. ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2004. v. 1. 399p .
CLKER http://www.clker.com. Acessado em Janeiro, 2015.
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FLICKR http://www.flickr.com. Acessado em Janeiro, 2015.
Veras, R. P. (coord); Caldas, C. P. (Org). Cuidadores: formação de acompanhantes de idosos
(coletânea de textos). Rio de Janeiro: Ministério do Trabalho e Emprego; Fundação Banco do Brasil;
UnATI/UERJ, 2008, 175p.
Referências
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Coordenação Luciana Branco da Motta Célia Pereira Caldas
Equipe Pedagógica
Coordenadora Pedagógica Marcia Taborda Pedagoga Carla Cristina Dias
Produção técnica
Autora Célia Caldas
Equipe técnica
Coordenador Técnico
Felipe Docek
Coordenador de Projetos
Marcelo Prates
Assistente de Comunicação
Matheus Manzano
Desenhista Gráfico
José Martins
Desenhistas Instrucionais
Michele Trancoso
Odete Firmino
Desenvolvedores
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Ilustradores
José Martins
Matheus Manzano
Secretárias
Adriana Costa
Laura Helione
Créditos
Reitor Ricardo Vieiralves de Castro
Vice-Reitor Paulo Roberto Volpato Dias
Sub-Reitora de Graduação Lená Medeiros de Menezes
Sub-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa Monica da Costa Pereira Lavalle Heilbron
Sub-Reitora de Extensão e Cultura Regina Lúcia Monteiro Henriques
Coordenação Geral UnASUS UERJ Paulo Roberto Volpato Dias
Coordenação Executiva UnASUS UERJ Márcia Maria Rendeiro