capítulo 10 estratégia em portugal joão pedro couto estratÉgia empresarial
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Capítulo 10Estratégia em Portugal
João Pedro Couto
ESTRATÉGIA EMPRESARIALESTRATÉGIA EMPRESARIAL
ESTRATÉGIA EMPRESARIALESTRATÉGIA EMPRESARIAL
PensamentoEstratégico
Análise do Meio Envolvente
Missão, Objectivos e Estratégia
Análise da Empresa
Produtos-Mercados
DesenvolvimentoEmpresarial
Diversificação
Análise Estratégica
InternacionalizaçãoIntegração Vertical
EstruturaOrganizacional
Políticade Gestão
Organização eImplementação
Estratégiaem Portugal
1.1
Formulaçãoda Estratégia
Vantagem competitiva das nações
O país de origem afecta o desempenho das empresas e a evolução das empresas influencia a competitividade do país.
Segundo o modelo do diamante nacional, quatro factores determinam a competitividade de um país num dado sector.
Governo
Acaso
Vantagem competitiva das nações
A gestão dos quatro factores genéricos do modelo do diamante deve privilegiar o reforço dinâmico da competitividade.
As noções fomentam a competitividade das suas indústrias desenvolvendo factores especializados e avançados de suporte aos sectores
Os clientes influenciam a competitividade das indústrias nacionais através das suas escolhas, da dimensão e crescimento e da afirmação internacional
Condições dos factores
Condições da procura
Indústrias relacionadas e de
suporte
Estratégia, estrutura e rivalidade
empresariais
A competitividade de uma nação depende também do nível de qualidade e eficiência das indústrias a montante, a jusante relacionadas
Estratégias, estruturas e estilos de rivalidade que promovem o investimento e a inovação reforça a competitividade de uma nação
Geralmente, a competitividade internacional advém do aproveitamento da boa posição inicial em poucos factores e no desenvolvimento gradual dos restantes factores.
Vantagem competitivas de Portugal
Para determinar a competitividade das indústrias nacionais é necessário analisar primeiro o diamante em Portugal e avaliar depois o seu estado em sectores específicos.
Clusters sectoriais
Um cluster sectorial é uma fileira de indústrias relacionadas entre si através de laços verticais ou horizontais, resultantes de acordos de fornecimento e compra ou de diversificação.
Um mapa de clusters está dividido em três categorias.
Clusters regionais
Com frequência, os clusters competitivos de um país apresentam uma localização geográfica concentrada, devido a:
- As empresas poderem partilhar informação e recursos- Ser mais fácil a adaptação conjunta ao meio envolvente- Ser possível reduzir os custos de transporte- A rivalidade tender a ser mais intensa- A criação de infra-estruturas de suporte ser viabilizada
Em contrapartida, se o diamante numa dada região estiver incompleto, a competitividade de todo o cluster regional é afectada!
Perante a crescente abertura e integração económica à escala continental, os factores de âmbito nacional têm vindo a perder importância para os factores de âmbito regional
Actualmente existem mesmo clusters regionais que abrangem zonas específicas de diferentes países.
Clusters regionais em Portugal
O subdesenvolvimento dos clusters nacionais deriva também da sua excessiva dispersão geográfica, que limita o potencial de cooperação.
Estrutura dual em Portugal
Em Portugal existem, por um lado, várias empresas bem geridas e com uma elevada competitividade internacional, e, por outro lado, muitas empresas pouco competitivas.
Na prática, esta estrutura dual do tecido empresarial português inviabiliza o rápido crescimento da competitividade nacional.
É importante que as lições de sucesso das melhores organizações nacionais sejam transplantadas para as empresas menos competitivas!
Em última análise, o bom desempenho a longo prazo de qualquer organização resulta da consistência da sua actuação em todas as três vertentes da estratégia empresarial:- Análise estratégica- Formulação da estratégia- Organização e implementação da estratégia
Perspectivas para o futuro
Tipicamente, as nações atravessam quatro fases distintas de desenvolvimento ao longo do tempo.
A generalidade dos clusters portugueses está a transitar da fase orientada para os factores para a fase orientada para o investimento.
Os sectores nacionais dos bens de equipamento, electrónica e tecnologias de informação, automóvel e papel estão já a entrar na fase de inovação.
O desenvolvimento de Portugal assentará no reforço da competitividade nos clusters tradicionais e na penetração acrescida em novos clusters com maior valor acrescentado.
Nova visão estratégica para Portugal
Dadas as fraquezas e forças relativas de Portugal, os competidores nacionais tenderão a ser mais bem sucedidos se se especializarem em nichos de negócios bem definidos.
Assim, a competitividade de Portugal resulta da escolha dos clusters onde a nação deve investir e da natureza das estratégias adoptadas em cada cluster.
Em síntese, são os empresários e gestores que, através das suas decisões estratégicas, determinam o sucesso das empresas, indústrias, clusters e, por consequência, nações.
A visão estratégica para um novo Portugal tem pois de nascer nos esforços concertados dos empresários e gestores nacionais