capef – um novo olhar sobre a evoluÇÃo dos nÚmeros tem-nos preocupado ultimamente algumas...
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CAPEF – UM NOVO OLHAR SOBRE A EVOLUÇÃO DOS NÚMEROS
Tem-nos preocupado ultimamente algumas opiniões sobre a CAPEF que rodam na internet, quaisquer que sejam as intenções e interpretações. Sobre algumas das últimas, notamos que umas não têm resistido a uma análise mais isenta. Outras carecem de um exame mais aprofundado. Assistido da CAPEF que sou, tomei a decisão de fazer o presente trabalho que tenta emitir mais uma opinião que possa vir a ser do interesse de seus associados (ativos, aposentados e pensionistas).
CAPEF – UM NOVO OLHAR SOBRE A EVOLUÇÃO DOS NÚMEROS
Cidadania (do latim, civitas, "cidade") é o conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo ou um grupo deles está sujeito em relação à sociedade em que vive. Quando o direito é subtraído, subrepticiamente, de maneira deliberada ou não, o direito de cidadania deve ser exercido. No caso de nossa Caixa de Previdência (dos funcionários do Banco do Nordeste do Brasil) reza em seu estatuto:
CAPEF – UM NOVO OLHAR SOBRE A EVOLUÇÃO DOS NÚMEROS
Art. 13. Constituem direitos dos Participantes e dos Beneficiários Assistidos:
V - submeter ao Conselho Deliberativo proposta de alteração deste Estatuto ou do Regulamento do plano a que estejam vinculados.
Parágrafo único. Para atender ao disposto no inciso II do caput deste artigo e nos artigos 26, 39 e 50, o direito de votar e ser votado fica restrito ao Participante e ao Beneficiário Assistido que seja o responsável pelo recebimento de benefício de renda continuada, desde que civilmente capaz.
CAPEF – UM NOVO OLHAR SOBRE A EVOLUÇÃO DOS NÚMEROS
A pergunta foi: Como adotar uma participação cidadã, responsável e consciente, em um assunto tão complexo como o da área previdenciária?
Com a formação que o BNB nos deu, fizemos uma análise dos últimos sete anos da atuação da CAPEF, através dos Relatórios Anuais que encontram-se no site da instituição.
CAPEF – UM NOVO OLHAR SOBRE A EVOLUÇÃO DOS NÚMEROS
Admitindo a discussão que possa gerar as análises seguintes, vale lembrar uma citação do economista inglês John Maynard Keynes que diz:
A dificuldade real em mudar uma
empresa repousa não no desenvolvimento de novas idéias, mas em conseguir escapar das antigas.
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OBS. (1) Todos os dados de valores estão expressos em R$ 1.000,00.OBS. (2) O período da análise vai do ano 2004 (data do restabelecimento
de nossas complementações) a 2010.OBS. (3) Todas as informações de quantidade e valor constantes do
presente trabalho constam dos Relatórios Anuais da CAPEF de 2004 a 2010. Dados obtidos no site da CAPEF.
(1) CRESCIMENTO DAS RESERVAS MATEMÁTICAS = 71,6% no período
2004 2005 2006 2007 2008 2009 20101.358.995 1.411.554 1.484.560 1.537.272 1.873.969 2.078.097 2.331.425
CRESCIMENTO DOS BENEFÍCIOS PAGOS = 16,7% no período464.176* 206.419 210.038 217.542 228.048 242.798 239.371
* Ano do acordo CAPEF/participantes.
CAPEF – UM NOVO OLHAR SOBRE A EVOLUÇÃO DOS NÚMEROS
1.358.995
464.176
1.411.554
206.419
1.484.560
210.038
1.537.272
217.542
1.873.969
209.070
2.078.097
242.798
2.331.425
239.371
R$ 0
R$ 500.000
R$ 1.000.000
R$ 1.500.000
R$ 2.000.000
R$ 2.500.000
2.004 2.005 2006 2007 2008 2009 2010
Ano
Reservas Matemáticas x Benefícios Pagos
RESERVAS MATEMÁTICAS
BENEFICIOS
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(2) CRESCIMENTO DAS RESERVAS MATEMÁTICAS VERSUS CRESCIMENTO DA MÉDIA DAS COMPLEMENTAÇÕES DE
APOSENTADORIA DE 2005 A 20102.1. A base para reajuste das complementações é de no máximo 100% do
INPC (art. 86 do Regulamento da CAPEF);2.2. A meta atuarial mínima é atingir o INPC (destinado a correção
monetária) mais juros de 6% a.a.2.3. A CAPEF sempre superou a meta, com exceção em 2009 (crise da sub-
prime nos EUA).2.4. A média das complementações de aposentadoria cresceu 18,2% entre
2005 e 2010. O dado constante no gráfico está expresso em unidade de Reais (R$ 1,00).
2.5. O ganho da aplicação das reservas matemáticas cresceu no mesmo período 65,2%.
2.6. A diferença positiva é destinada a Reserva de Contingência. Contingência de que? Qual o limite razoável dessa contingência?
CAPEF – UM NOVO OLHAR SOBRE A EVOLUÇÃO DOS NÚMEROS
1.411.5541.484.560
1.537.272
1.873.9692.078.097 2.331.425
0
500.000
1.000.000
1.500.000
2.000.000
2.500.000
2005 2006 2007 2008 2009 2010
Provisões matemáticas (ou reservas)
Provisõesmatemáticas(ou reservas)
4.040 4.2204.693 4.927
4.624 4.776
-
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
2005 2006 2007 2008 2009 2010
Valor médio - complementações de aposentadorias
Valor médio -complementaçõesde aposentadorias
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(3) CRESCIMENTO DA MÉDIA DAS COMPLEMENTAÇÕES VERSUS GANHOS FINANCEIROS SOBRE AS RESERVAS MATEMÁTICAS
3.1. A base para reajuste das complementações é de até 100% do INPC.
3.2. O crescimento das reservas matemáticas vem sendo maior do que a atualização monetária mais juros de 6% a.a.
3.3. Os ganhos no mercado financeiro acima da meta atuarial, no período de 2005 a 2010, chegaram a 70,6%.
3.4. Se aplicados sobre as reservas matemáticas existentes em 2004, que eram R$1.358.995 mil, representaram um incremento de R$ 959 milhões naquelas reservas.
CAPEF – UM NOVO OLHAR SOBRE A EVOLUÇÃO DOS NÚMEROS
s/d
12,6%
7,1%
4,5%
13,9%
10,8%
11,2%
21,3%
15,4%
5,0%
6,2%
-0,3%
-6,1%
17,2%
12,6%
3,3%
18,1%
11,0%
-10%-5%0%5%
10%15%20%25%
2005 2006 2007 2008 2009 2010
CRESCIMENTO DA MÉDIA DAS COMPLEMENTAÇÕES X
GANHOS FINANCEIROS SOBRE RESERVAS
Crescimento da média das complementações Ganhos financeiros sobre as reservas matemáticas
Rentabilidade acima da meta atuarial
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(4 ) DECREMENTO DO NÚMERO DE PARTICIPANTES (Ativos e Assistidos)
4.1. No período de 2004 a 2010 os participantes diminuíram de 7.078 para 6.829.4.2. O crescimento do número de pensionistas implica em gastos menores para a CAPEF.
2.7673.423
888
2.638
3.499
692
2.517
3.547
734
1.938
3.536
801
2.427
3.524
802
2.386
3.512
958
2.357
3.470
1.002
0
1.000
2.000
3.000
4.000
2.004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
DECREMENTO NO NÚMERO DE PARTICIPANTES (ATIVOS E ASSISTIDOS)
Quantidade de ativos Quantidade de aposentados Quantidade de pensionistas
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(5) VALOR MÉDIO DAS COMPLEMENTAÇÕES DE APOSENTADORIAS E PENSÕES
5.1. O valor médio das complementações de aposentadorias só foi encontrado nos relatórios de 2007 a 2010.
5.2. O valor médio das pensões só apareceram nos relatórios de 2007 a 2010.
4.692,94
1.665,32
4.926,51
1.767,96
4.623,85
1.702,91
4.775,59
1.778,81
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
2007 2008 2009 2010
VALOR MÉDIO DAS COMPLEMENTAÇÕES DE APOSENTADORIA X
PENSÕES
Valor médio - complementações de aposentadorias Valor médio - das pensões
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(6) DECREMENTO CONSTANTE DAS CONTRIBUIÇÕES DOS PARTICIPANTES NAS RECEITAS TOTAIS
6.1. A participação das contribuições dos aposentados/pensionistas nas receitas totais vem diminuindo ano a ano, caindo de 44,6% em 2004 para 23,1% em 2010.
6.2. Fazendo uma regra de três simples da contribuição atual (20,25%) para 10% (que era a contribuição anterior ao acordo de 2004) que hoje enfrenta demandas judiciais, teríamos uma redução de R$57.174 mil, isto em 2010. As receitas totais em 2010, ainda assim teriam sido de R$ 431.235 mil. As reservas matemáticas teriam crescido para R$ 2.274.251 mil ou R$ 196.154 mil a mais sobre o ano anterior, se as contribuições tivessem se limitado a 10%.
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169.155
210.136
379.291
122.008
180.789
302.797
122.793
221.262
344.055
127.218
331.467
458.685
135.433127.385
262.818
118.989
332.537
451.526
112.955
375.455
488.410
0
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
2.004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
DECREMENTO CONSTANTE DAS CONTRIBUIÇÕES NAS RECEITAS
Contribuições Resultado positivo dos investimentos Receitas totais
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CONCLUSÃOO QUE MOSTRAM OS NÚMEROS ANALISADOS NO PERÍODO
1. Os benefícios pagos em 2004 no valor de R$ 464.176 mil, inclusive R$ 260 milhões (aproximadamente) referentes ao acordo, levaram as RESERVAS MATEMÁTICAS a decrescer apenas 1%, ou seja, R$ 13,7 milhões, saindo de R$1.373.781 mil em 2003 para R$1.358.995 mil em 2004.
2. As reservas matemáticas cresceram sistematicamente no período de 2004 a 2010, representando 71,6%, as quais saíram de R$1.358.995 mil para R$ 2.331.425 mil.
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CONCLUSÃOO QUE MOSTRAM OS NÚMEROS ANALISADOS NO PERÍODO
3. O número de participantes (ativos, aposentados e pensionistas) vem caindo seguidamente de 7.078 em 2004 para 6.829 em 2010. Em junho/2011 este número é de 6.700 participantes.
4. Os ganhos financeiros cresceram sistematicamente em 103,2%, no período de 2005 a 2010, saindo de R$180.789 mil para R$ 375.455 mil.
5. O crescimento da média das complementações de aposentadoria cresceu apenas 18,2% no período de 2006 a 2010, saindo de R$4.040,00 para R$4.775,00.
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CONCLUSÃOO QUE MOSTRAM OS NÚMEROS ANALISADOS NO PERÍODO
6. A participação relativa das contribuições dos participantes caiu de 44,6% (em 2005) para 23,1% em 2010 frente as receitas totais onde o maior peso hoje são os ganhos financeiros.
RECEITAS 2005 2010Contribuições 122.008 112.955Resultado positivo dos investimentos
180.789 375.455
RECEITAS TOTAIS 302.831 488.410
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7. O total das contribuições dos participantes em 2010 voltou ao nível de 2005, que foi de R$122.008 mil; em 2010 chegou a apenas R$112.995 mil.
8. As premissas da ciência atuarial são, por princípio, conservadoras.
9. O ganho acumulado acima da meta atuarial no período de 2005 a 2010 foi de 70%. Esse ganho acima da previsão sobre as reservas matemáticas de 2004 (R$1.358.995 mil) é de R$ 959 milhões no período de seis anos.
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10. Referidos ganhos adicionais se destinam a Reserva de Contingências. Quais contingências? Qual o limite razoável para essa reserva?
11. Na posição de 2010 não vemos justificativa atuarial para continuarmos contribuindo com 20,25% sobre nossas complementações de aposentadoria. Necessitamos aprofundar a discussão para buscarmos a redução de nossa contribuição para 10%, de maneira cordata, responsável e civilizada, baseada na regra inicial de nosso plano de complementação de aposentadoria.
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12. No informativo “ACONTECE”, da CAPEF, Nº 97 - junho/julho de 2011, observa-se um resultado atuarial em junho/2011 que apresenta uma sobra (superávit) de R$ 11.084 mil.
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13. Finalizando utilizamos uma frase do economista britânico John Maynard Keynes (1883-1946)
A LONGO PRAZO, TODOS ESTAREMOS MORTOS.
Fortaleza, agosto/2011 Alberto Carlos Duarte Matrícula: 0000198820