capa caio na rede

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Luana França e Mariani Venancio Ressurgimento e popularização nas redes sociais digitais Inconformadas com a divulgação desen- freada de trechos – não raro descontextual- izados – de suposta autoria do escritor Caio Fernando Abreu em páginas e perfis das redes sociais, Luana França e Mariani Venancio resolveram investigar o fenômeno em seu trabalho de conclusão do curso de Jornalismo. O resultado do percurso, trilhado entre redes sociais, São Paulo e Porto Alegre, pode ser conferido neste livro-reportagem, que apresenta uma análise perspicaz acerca do surgimento do escritor gaúcho no mundo virtual dezesseis anos depois da sua morte. Paula Veneroso Luana França e Mariani Venancio Luana Moreira França nasceu no estado de São Paulo, em 1991. Não teve muitas dúvidas quanto à escolha pelo jornalismo. Quando pequena gostava de ir à banca de jornal mais próxima de sua casa para comprar revistas, e passava horas do dia lendo, fato que de alguma forma influenciou a escolha pela profissão. Mariani Siqueira Venancio, paulista, 21 anos e típica pisciana. Até hoje não sabe explicar o motivo que a levou a optar pelo jornalismo. Costuma dizer que o jornalismo a escolheu e não o contrário. Apaixonada por fotografia, inspirada pela música e fortemente influenciada por ela mesma. A propagação desenfreada dos fragmentos do escritor Caio Fernando Abreu nas redes sociais digitais é imensurável. Em questão de minutos, um post pode ter milhares de curtidas, ser compartilhado centenas de vezes e receber muitos comentários. “Acho a distorção lamentável. Mas creio que, a partir da divulgação do nome do escritor, alguns novos leitores buscam as obras originais. Bem, assim espero. Aí é uma peneira: vira leitor dele quem realmente compreender o trabalho”. Amanda Costa amiga e astróloga de Caio Fernando Abreu “Acho legal a visibilidade que isso dá para a obra dele, mas é complicado porque nem sempre são fragmentos legítimos, e principalmente porque muita coisa perde o sentido, se for lida assim, à deriva, na internet. O Caio era super cuidadoso com o texto dele, revisava e revisava dezenas de vezes para que tudo estivesse no devido lugar. Acho que ele ficaria nervoso se visse as frases todas bagunçadas assim na internet”. Liana Farias presidente da Associação Amigos de Caio Fernando Abreu Ressurgimento e popularização nas redes sociais digitais

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Capa projeto experimental do curso de Jornalismo do Centro Universitário FIEO - UNIFIEO. Luana França e Mariani Venancio 2012/2

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Page 1: Capa Caio na Rede

Luana França e Mariani Venancio

Ressurgimento e popularização nas redes sociais digitais

Inconformadas com a divulgação desen-freada de trechos – não raro descontextual-izados – de suposta autoria do escritor Caio Fernando Abreu em páginas e per�s das redes sociais, Luana França e Mariani Venancio resolveram investigar o fenômeno em seu trabalho de conclusão do curso de Jornalismo.

O resultado do percurso, trilhado entre redes sociais, São Paulo e Porto Alegre, pode ser conferido neste livro-reportagem, que apresenta uma análise perspicaz acerca do surgimento do escritor gaúcho no mundo virtual dezesseis anos depois da sua morte.

Paula Veneroso

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Luana Moreira França nasceu no estado de São Paulo, em 1991.Não teve muitas dúvidas quanto à escolha pelo jornalismo. Quando pequena gostava de ir à banca de jornal mais próxima de sua casa para comprar revistas, e passava horas do dia lendo, fato que de alguma forma influenciou a escolha pela profissão.

Mariani Siqueira Venancio, paulista, 21 anos e típica pisciana. Até hoje não sabe explicar o motivo que a levou a optar pelo jornalismo. Costuma dizer que o jornalismo a escolheu e não o contrário. Apaixonada por fotografia, inspirada pela música e fortemente influenciada por ela mesma.

A propagação desenfreada dos fragmentos do escritor Caio Fernando Abreu nas redes sociais digitais é imensurável. Em questão de minutos, um post pode ter milhares de curtidas, ser compartilhado centenas de vezes e receber muitos comentários.

“Acho a distorção lamentável. Mas creio que, a partir da divulgação do nome do escritor, alguns novos leitores buscam as obras originais. Bem, assim espero. Aí é uma peneira: vira leitor dele quem realmente compreender o trabalho”.

Amanda Costaamiga e astróloga de Caio Fernando Abreu

“Acho legal a visibilidade que isso dá para a obra dele, mas é complicado porque nem sempre são fragmentos legítimos, e principalmente porque muita coisa perde o sentido, se for lida assim, à deriva, na internet. O Caio era super cuidadoso com o texto dele, revisava e revisava dezenas de vezes para que tudo estivesse no devido lugar. Acho que ele �caria nervoso se visse as frases todas bagunçadas assim na internet”.

Liana Fariaspresidente da Associação Amigos de Caio Fernando Abreu

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