cap v repreensões particular

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Sermão de Santo António aos Peixes Padre António Vieira (Sermão pronunciado em São Luís do Maranhão, a 13 de Junho de 1654)

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Sermão de Santo António aos Peixes

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Page 1: Cap v repreensões particular

Sermão de Santo António aos Peixes

Padre António Vieira(Sermão pronunciado em São Luís do Maranhão, a 13 de Junho de 1654)

Page 2: Cap v repreensões particular

Exposição e Confirmação

Capítulos II, III, IV e V.

Cap. V –Repreensões aos peixes em particular

– os roncadores;

– os pegadores;

– os voadores;

– o polvo.

Page 3: Cap v repreensões particular

Repreensões em particular

RONCADORES- embora tão

pequenos roncam muito (simbolizam a

arrogância e a soberba);

"É possível que sendo vós uns peixinhos tão

pequenos, haveis de ser as roncas do mar?"

PEGADORES- sendo pequenos,

pregam-se nos maiores, não os largando mais (simbolizam o parasitismo);

"Pegadores se chamam estes de que agora falo, e com

grande propriedade, porque sendo pequenos, não só se chegam a outros maiores,

mas de tal sorte se lhes pegam aos costados, que

jamais os desferram."

VOADORES- sendo peixes,

também se metem a ser aves (simbolizam a presunção (vaidade) e

a ambição);

"Dizei-me, voadores, não vos fez Deus para peixes? Pois porque vos meteis a ser aves? (...) Contentai-

vos com o mar e com nadar, e não queirais

voar, pois sois peixes."

POLVO- com aparência de

santo, é o maior traidor do mar

(simboliza a traição).

"E debaixo desta aparência tão modesta, ou desta hipocrisia tão

santa (...) o dito polvo é o maior traidor do mar."

Page 4: Cap v repreensões particular

Os roncadores

Peixes de diversos tamanhos, sendo que os referidos pelo Padre António Vieira são particularmente pequenos e o ruído

que emitem é um ronco. Têm como vício:

arrogância soberba, orgulho

Page 5: Cap v repreensões particular

Sendo peixes muito pequenos, roncam muito, mostrando arrogância e soberba. Ex: "É possível que sendo vos uns peixinhos tão pequenos, haveis de ser as roncas do mar?”

● Roncam muito exatamente por serem muito pequenos, para quererem fazer-se grandes. O espadarte não tem essa necessidade por ter outros argumentos. Mas Deus não quer roncadores e abate os que muito roncam.

RONCADORES

Page 6: Cap v repreensões particular

O Padre António Vieira repreende a arrogância e o orgulho

dos colonos.

“E começando aqui pela nossa costa, (…), tanto me moveram

o riso como a ira.”

“Isto não é regra geral; mas é regra geral que Deus não quer

roncadores, e que tem particular cuidado de abater e

humilhar aos que muito roncam.”

Atitude do Orador

Page 7: Cap v repreensões particular

Correspondência entre plano figurado e real

Plano Figurado Plano Real

Roncar Ser arrogante e altivo

Espada Coragem

Língua Falar, exprimir

Barbatear Exibir, gabar-se

Inchar Envaidecer, ter o ego alto

Page 8: Cap v repreensões particular

• soberbos e orgulhosos, facilmente pescados

Os Roncadores:

• tendo tanto saber e tanto poder, não se orgulhou disso, antes se calou. Não foi abatido, mas a sua voz ficou para sempre.

Santo António• Pedro• Golias• Caifás• Pilatos

Exemplo de homens que se identificam com o roncador:

O Roncador: Comparação com o mundo dos homens

Page 9: Cap v repreensões particular

•Apesar da sua espada, o espadarte não se exibe e ao contrario do roncador não é soberbo nem orgulhoso.

Características / Virtudes

Ex: “Dizei-me: o espadarte porque não ronca? Porque, ordinariamente, quem tem muita espada, tem pouca língua.

Isto não é regra geral; mas é regra que Deus não quer roncadores, e que tem particular cuidado de abater e

humilhar aos que muito roncam.”

O Espadart

e

Page 10: Cap v repreensões particular

• muita espada e ainda assim não ronca.

O Espadarte

• sabia o que dizia e ainda assim não se tornou arrogante e orgulhoso, pois cumpre a vontade de Deus.

Santo António

O Espadarte: Comparação com o mundo dos homens

Page 11: Cap v repreensões particular

Argumentos Bíblicos

Pedro Golias Caifás Pilatos

Page 12: Cap v repreensões particular

Exemplo● Aconteceu com S. Pedro, que acabou depois por negar o próprio Cristo. Mesmos os peixes grandes, como as baleias, não teriam segurança na sua arrogância. Apresenta o exemplo de David e Golias.

Ideia síntese sobre a repreensão feita Os arrogantes e soberbos confrontam Deus e acabam por perder. Por isso, o melhor é calar e imitar Santo António. O saber e o poder é que costumam fazer dos homens roncadores.

Page 13: Cap v repreensões particular

Um dos 12 discípulos Possui a chave do Céu Renegou a Jesus 3 vezes

Roncador deslealdade

“Tinha roncado e barbateado Pedro que, se todos fraqueassem, só ele havia de ser constante até morrer, se fosse necessário; e foi tanto pelo contrário, que só ele fraqueou mais que todos, e bastou a voz de uma mulherzinha para o fazer tremer e negar.”

Pedro

Page 14: Cap v repreensões particular

Gigante da cidade de Gate Fixou-se em Israel durante 40 dias Davi derrotou-o

Roncador arrogância

“Quarenta dias contínuos esteve armado no campo, desafiando a todos os arraiais de Israel, sem haver quem se lhe atrevesse; e no cabo, que fim teve toda aquela arrogância? Bastou um pastorzinho com um cajado e uma funda, para dar com ele em terra.”

Golias

Page 15: Cap v repreensões particular

Líder Judeu no primeiro século. Participou no julgamento de Jesus no supremo tribunal dos judeus Acusou Jesus de blasfémia

Roncador Age com superioridade

“Caifás roncava de saber: Vos nescitis quidquam.” (Vós não sabeis nada.)

Caifás

Page 16: Cap v repreensões particular

Foi contemporâneo de Jesus Cristo Foi prefeito da província romana da Judeia Condenou Jesus Cristo à cruz

Roncador Gabava o seu poder

“Pilatos roncava de poder: Nescis quia potestatem habeo?” (Não sabeis que tenho poder?)

Pilatos

Page 17: Cap v repreensões particular

Os colonos eram repreendidos:

Por prometerem o que não iriam cumprir;

Por gabarem o seu saber;

Por gabarem o seu poder.

Repreensões feitas aos colonos

O Padre António Vieira aconselha os colonos a calarem-se e a imitarem

Santo António.

“Assim que, amigos roncadores, o verdadeiro conselho é calar e

imitar a Santo António.”

Conselhos aos colonos

Page 18: Cap v repreensões particular

A estrutura das alegorias para repreender os vícios

Roncadores

A alegoria da arrogância, da soberba da vaidade

Queixa:“…ouvindo os

roncadores e vendo o seu tamanho,

tanto me moveram a riso como a ira … porque haveis de

roncar tanto?”

Conselho:

“Medi-vos, e logo vereis quão

pouco fundamento

tendes de blasonar nem

roncar”

Aforismo:

“O muito roncar antes da ocasião, é sinal de dormir

nela”

Analogia:

“Os arrogantes e soberbos tomam-se como Deus. …Duas

cousas há nos homens que os costumam fazer

roncadores, porque ambas incham: o saber e

o poder.”

Page 19: Cap v repreensões particular
Page 20: Cap v repreensões particular

PEGADORES

Chegam-se aos maiores, defeito que tomaram dos homens, e pegam-se-lhes aos costados, não mais os largando, para se sustentarem.

Estes peixes terão aprendido este modo de vida com os portugueses.

Page 21: Cap v repreensões particular

Padre António Vieira critica estes peixes pelo seu parasitismo, podendo

ser verificada essa crítica na frase: «sendo pequenos, não só se chegam

a outros maiores, mas de tal sorte lhes pegam aos costados, que já mais

os desferram».

Estes pegadores juntam-se aos grandes aproveitando-se deles e do que

fazem, como pode ser verificado na frase: «De alguns animais de menos

força e indústria se conta que vão seguindo de longe os leões na caça,

para se sustentarem do que a eles sobeja. O mesmo fazem estes

pegadores (…)». Estando mais perto dos grandes acabam por estar

protegidos por eles.

Page 22: Cap v repreensões particular

Defeitos

Oportunistas Porque se aproveitam da grandiosidade dos grandes e usam a sua vaidade graxista com o objetivo de obterem algo mais para além da pessoa, beneficiando de características ou "coisas" que essa pessoa lhes disponibiliza, como segurança e alimento.

Parasitas Porque usam como suporte para a sua vida uma "vítima", beneficiando de todas as vantagens provenientes da mesma.

Ignorantes Porque nas suas vidas de oportunistas apesar de beneficiarem de alimento e proteção (neste caso os peixes) deixam-se pescar com eles, morrendo com eles, fazem tudo o que os grandes fazem sem pensar nas consequências.

Page 23: Cap v repreensões particular

Exemplos:

● Vice-rei ou governador, rodeado dos seus pegadores; os menos ignorantes despegam-se e seguem outra vida, os outros vêm a ter o fim dos pegadores do mar;

● Tubarão. Morre o tubarão e morrem os pegadores que a ele estão agarrados.

● Exemplo bíblico: Herodes e os seus seguidores.

Page 24: Cap v repreensões particular

O Padre António Vieira, refere no seu sermão o tubarão para reforçar a imagem de aproveitador do pegador. O pegador como um peixe pequeno e indefeso associa-se ao tubarão, alimentando-se dos restos de comida que o tubarão deixa. Se este morre por alguma razão os pegadores que lhe estão associados morrem também.

Padre António Vieira compara assim este caso àqueles que estão gananciosos e ávidos de fortuna e que quando os seus «hóspedes» ( as suas minas de ouro ) se extinguem, de uma maneira ou de outra, os que estão pegados a eles deixam de ter o lucro fácil que tinham.

Tubarão

Page 25: Cap v repreensões particular

O que se passa com o tubarão passa-se com Herodes, rei da Palestina, que era o homem mais rico e poderoso do seu país. A sua família, como ele era rei, não trabalhava, vivia apenas à custa dele, o que significa que se Herodes morresse, a sua família e seguidores (governantes das cidades) “morreriam” também.

Este, juntamente com os seus seguidores pretendia matar Jesus, o que levou José a fugir com a sua família. Quando Herodes morreu, José pôde voltar a sua casa visto que morrendo Herodes, todos os seus aderentes morrem com ele, ou seja, perdem todo o poder e fortuna que tinham. Os «pegadores» não são nada sem a pessoa a que estão ligados.

Herodes

Page 26: Cap v repreensões particular

Os pegadores são comparados a Santo António na medida em que, como os pegadores se pegam de tanta ignorância, e fazem o que as “vitimas” fazem ao ponto de morrerem com eles, Santo António pegou-se com Cristo, a Deus nosso senhor e tornou-se imortal. A única diferença entre Santo António e os pegadores é que estes pegadores evidenciados no texto escolheram o caminho errado, escolhendo as “vitimas” para se pegarem acabando por morrer com elas enquanto Santo António seguiu um caminho de sabedoria, tornando-se imortal com Cristo.

Comparação com St. António

Page 27: Cap v repreensões particular

No sermão, St. António fala-nos de Adão e Eva pois compara o facto de, nós homens, pagarmos pela gulodice que estes tiveram, mas também de termos a possibilidade de nos livrarmos deste pecado original com a água do batismo, como os pegadores que quando o tubarão morre, morrem juntamente com ele como vemos no texto « Que morra o Tubarão, porque comeu, matou a sua gula; mas que morra o Pegador pelo que não comeu ».

Adão e Eva

Page 28: Cap v repreensões particular

Os pegadores são também pecadores mas não se podem livrar dele mesmo vivendo no elemento água « Mas nós lavamo-nos desta desgraça com ũa pouca de água, e vós não vos podeis lavar da vossa ignorância com quanta água tem no mar ».

Adão e Eva

Page 29: Cap v repreensões particular

Ideia síntese da repreensão feitaChegai-vos aos grandes, mas não de maneira a "morrer" por eles ou com eles. Crítica ao parasitismo e à adulação.

Page 30: Cap v repreensões particular

A estrutura das alegorias para repreender os vícios

Pegadores

A alegoria do oportunismo, da bajulação

Queixa:

“… e me admirou que se

houvesse estendido esta

ronha e pegado também

aos peixes”

Aforismo:

“… os que se deixam estar

pegados à mercê e fortuna dos

maiores, vem-lhes a suceder no

fim o (mesmo) que aos

pegadores do mar”

Page 31: Cap v repreensões particular

Conselho:

“Chegai-vos embora aos

grandes; mas não de tal maneira

pegados, que vos mateis por

eles, nem morrais com eles”

Analogia:“Este modo de vida … sem dúvida que

o aprenderam os peixes … depois que

os nossos portugueses navegaram;

porque não parte vice-rei ou

Governador para as conquistas, que

não vá rodeado de pegadores.”

A estrutura das alegorias para repreender os vícios

Pegadores

A alegoria do oportunismo, da bajulação

Page 32: Cap v repreensões particular
Page 33: Cap v repreensões particular

VOADORES

A presunção, o capricho, a vaidade e a ambição destes peixes, que são peixes e querem ser também aves, leva-os à perdição.

Sofrem, assim, os perigos do mar e os do ar. O início da argumentação com exemplos é marcado pela presença de um provérbio: "Quem quer mais do que lhe convém, perde o que quer e o que tem" (ll. 104-105).

Page 34: Cap v repreensões particular

Peixe-voador – Nadando a uma velocidade que alcança 29 km por hora, o peixe sai da água até pôr de fora metade de seu corpo. Nesse momento abre as “asas” e golpeia a água rapidamente com a cauda. Num segundo alcança a velocidade de descolagem, entre 48 e 88 km por hora. Inicia então um planeio que chega a durar dez segundos e se estende de 1 a 400 m. O único problema é que durante o voo ele pode ser apanhado por uma ave marinha ou então pode acabar por bater nas estruturas do barco ou na vela. Quando salta fora da água para “voar”, ele pode atingir uma altura de 6 metros e planar por uma distância de 90 metros.

Page 35: Cap v repreensões particular

Exemplos ● Simão Mago, um voador da terra. Fingindo-se o filho de Deus, quis subir ao céu e voou muito alto, mas acabou por cair, por oração de S. Pedro e castigo de Deus, partindo os pés e desfazendo a sua reputação aos olhos de todos. O castigo aparece justificado com a autoridade do Papa S. Máximo, com a sentença para tal ousadia.

● Breve referência a Ícaro que, na sua ambição, subiu demasiado alto. Tão perto do Sol chegou que a cera que colava as suas asas derreteu e acabou por cair no Mar Egeu, onde se afogou.

Page 36: Cap v repreensões particular

● Através de uma apóstrofe, o pregador invoca ainda a alma de Santo António, apresentando o seu exemplo: teve as asas da sabedoria natural e sobrenatural para "voar para baixo" (ll. 122-123). Na sua humildade era reputado de homem de pouca ciência.

Ideia síntese da repreensão feitaCada um deve contentar-se com o seu elemento. Se as barbatanas parecem asas, que sejam usadas para descer a lugares onde a segurança seja maior.

Page 37: Cap v repreensões particular

A estrutura das alegorias para repreender os vícios

Peixes-voadores

A alegoria da vaidade, da ambição

Queixa:

“Dizei-me, voadores, não vos

fez Deus para peixes? Pois

porque vos meteis a ser aves?”

Conselho:

“Se vos parece que as vossas barbatanas vos podem servir de asas, não as estendais para

subir … encolhei-as para descer.”

Aforismo:

“”Quem quer

mais do que lhe

convém, perde o

que quer e o que

tem.”

Analogia:

“Eis aqui, voadores do mar, o que

sucede aos da terra, para que cada um se contente com o

seu elemento.”

Page 38: Cap v repreensões particular
Page 39: Cap v repreensões particular

POLVO

A alegoria da dissimulação, do disfarce, da hipocrisia, da traição

Parece

um monge, uma estrela, a própria brandura e mansidão,

e, por isso, aparenta

santidade, brandura e mansidão

O polvo é um traidor, o maior traidor do mar,

porque

se esconde, mudando de cor, para, com malícia e mentira,

atacar as suas vítimas.

Caracterização do polvo como figuração humana na sua aparência

Caracterização do polvo como figuração humana na sua essência

Page 40: Cap v repreensões particular

POLVO

A relação semântica das palavras:capelo / monge; raios / estrela; não ter / brandura

“O polvo

com aquele seu capelo na cabeça, parece um monge;

com aqueles raios estendidos, parece uma estrela;

com aquele não ter osso nem espinha, parece a mesma brandura, a mesma mansidão.”

A presença da anáfora

Anáfora salientada nas comparações citadas, onde o termo de comparação “como” é substituído por “parece”.

Outros há: lembra; faz lembrar; faz pensar.

A relação metónímica (a parte sugere o todo) que permite a comparação nas duas primeiras transcrições.

A relação de semelhança está na base da comparação

Page 41: Cap v repreensões particular

POLVO

A relação semântica das palavras:

“As cores, que no camaleão são gala, no polvo são malícia;

As figuras, que em Proteu são fábula, no polvo são verdade e artifício.”

A presença da simetria

“ O polvo dos próprios braços faz as cordas.”

“E debaixo desta aparência tão modesta, ou desta hipocrisia tão santa, (…) o dito polvo é o maior traidor do mar.”

“traçou a traição às escuras, mas executou-a muito às claras.”

A presença da metáfora

A presença da antítese

A presença da personificaçã

o

Page 42: Cap v repreensões particular

POLVO: a alegoria da dissimulação, do disfarce, da hipocrisia, da traição

A consequência que advém para os outros, da desconformidade entre aparência e essência

A completa desconformidade entre aquilo que o polvo mostra ser

e aquilo que é verdadeiramente, faz com que os outros sejam enganados.

Então o polvo, apanhando-os desprevenidos, ataca-os em segurança.

Page 43: Cap v repreensões particular

A escolha do caso de Judas como a última ampliação dos argumentos

Este é não só conhecido do auditório, como tem o valor de exemplo recolhido nos textos sagrados, valendo, por

isso, como argumento de autoridade.

A amplificação da traição do polvo reside no facto de este ser apresentado como mais

traidor do que Judas, o símbolo da traição por excelência para os cristãos.

Um remate que surpreende e deleita pelo arrojo da argumentação

POLVO: a alegoria da dissimulação, do disfarce, da hipocrisia, da traição

Page 44: Cap v repreensões particular

POLVO: a alegoria da dissimulação, do disfarce, da hipocrisia, da traição (concl.)

POLVO: a alegoria da dissimulação, do disfarce, da hipocrisia, da traição (concl.)

Comparação das características da água com as do polvo

A água, pura, clara, cristalina, espelho natural da terra e do céu, diáfana, transparente, em que nada

se pode ocultar, encobrir ou dissimular, acentua

o contraste com o polvo, pondo em evidência o que este tem de monstro dissimulado, de

fingido, de astuto, de enganosos, de traidor.

Page 45: Cap v repreensões particular

O POLVO

Page 46: Cap v repreensões particular

Disciplina de PortuguêsProfª: Helena Maria

Coutinho

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