cap 8 antropologia social

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ANTROPOLOGIA SOCIAL

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Page 1: Cap 8 antropologia social

ANTROPOLOGIA SOCIAL

Page 2: Cap 8 antropologia social

O QUE É ANTROPOLOGIA SOCIAL?

Raciocínio Humano O que as pessoas fazem

≠ Maneiras de se fazer as coisas

Page 3: Cap 8 antropologia social

DIFERENÇAS ENTRE AS SOCIEDADES

A maioria de nós cresce aprendendo como se comportar em relação aos nossos =

e, quando já estamos crescidos , tomamos por certo que existe apenas um modo

de se comportar. Então talvez viajemos para o estrangeiro, durante as férias ou por

um período mais longo, e logo descobrimos que, nos outros países, as regras são ≠.

Page 4: Cap 8 antropologia social

Diferentes Culturas

Cultura indiana:

Uma das civilizações mais antigas;

Diversidade de língua, hábitos e modo de vida não impedem que haja uma unidade cultural muito grande no país.

Sentimento de amor pela nação mantém vivas até hoje muitas tradições, embora cada estado tenha sua própria forma de expressão, na arte, música, linguagem e culinária

Page 5: Cap 8 antropologia social

O país é um centro de excelência em computação, apesar de 1/3 de sua população viver na miséria.

Recursos modernos + costumes milenares = efeitos de extrema perversidade.

Ultra-sonografia: utilizado para identificar o sexo no bebê.

927 garotas para cada 1000 até 6 anos de idade em todo o país.

Page 6: Cap 8 antropologia social

Costumes desfavoráveis à mulher;

Ao se casar, torna-se empregada da família do marido;

A lei não permite o matrimônio de mulheres menores de 18 anos, porém são freqüentes os casamentos de homens mais velhos com meninas de 8-9 anos;

Por tradição a família da noiva paga um dote generoso ao futuro marido;

São comuns casos nos quais os parentes do noivo torturam a noiva para forçar seus pais a pagar um dote maior. Em situações mais extremas, ela é morta e o caso é registrado como “acidente doméstico”.

Page 7: Cap 8 antropologia social

Cultura na Arábia Saudita:

Islamismo como religião oficial;

Ensino gratuito, mas não obrigatório;

Álcool, porco, teatro e cinema: ilegais;

Mulheres totalmente cobertas com roupas e lenços pretos;

As mulheres podem casar com um único homem, o homem pode casar com quantas mulheres puder sustentar

Page 8: Cap 8 antropologia social

Costumes Japoneses:

Não existe qualquer gorjeta em qualquer que seja a situação no Japão como táxis, restaurantes, serviços pessoais...

A gorjeta é ofensiva, o preço pago pelo serviço está no preço determinado, eles não estão mendigando;

Os banhos públicos ainda estão bem vindos no Japão;

Ao contrário das culturas ocidentais, no Japão, o banho de imersão é utilizado após se ter lavado e enxugado, e a pessoa fica imersa em uma água super quente por 10, 20, 30 minutos;

Se acontecer de ser convidado para um lar japonês, você terá a honra de tomar o banho primeiro, geralmente antes do jantar.

Tenha o máximo de cuidado para não sujar a água para imersão, pois a santidade da banheira é de extrema importância.

Page 9: Cap 8 antropologia social

Os sentos (locais de banhos públicos), são locais sem barreiras referente à cor, idade ou linguagem, são separados por sexo com exceção de algumas regiões onde são encontrados banhos mistos. Mas, não há problema, pois o povo japonês nada interpreta nada de erótico no fato de se estar nu para banhar-se.

Page 10: Cap 8 antropologia social

A Antropologia Social se tem

preocupado, em grande parte, com

as pessoas que “se portam” de

modo muito diferente do “Deste

País” e de qualquer outra das

nações industrializadas que são

chamadas “ocidentais”. Seu centro

de interesse sempre foi os povos

chamados “primitivos” ou, quando

há tempo para se falar mais

longamente, “povos de tecnologia

simples” – povos que têm de

dispensar nosso rol de artefatos,

não só o radar e o transporte

mecânico, mas também o dinheiro

e a escrita.

Page 11: Cap 8 antropologia social

As sociedades “primitivas” ou

“simples” diferem muito entre si –

talvez mais do que acontece com as

sociedades industrializadas.

A explicação das diferenças entre os

povos – e às vezes até mesmo entre

indivíduos – como manifestações do

“caráter nacional” é extremamente

popular.

Page 12: Cap 8 antropologia social

Características presente no sangue

Page 13: Cap 8 antropologia social

As qualidades físicas que

herdamos não estão contidas em

nosso sangue, embora se tenha

acreditado nisso durante tanto

tempo que às vezes é difícil evitar

o uso da expressão popular

“parentes consanguíneos”

A questão de como as pessoas,

individualmente, se comportam e a

de como as diferentes sociedades

são organizadas são bastante

diferentes; não se pode explicar

diferenças entre sociedades

dizendo que se compõem de

diferentes tipos de pessoas.

Page 14: Cap 8 antropologia social

Os povos não são, de modo algum, todos iguais e, onde diferem, essas diferenças não podem ser explicadas pela precipitação pluviométrica, pela temperatura, ou pelo tipo de vegetação produzido pelo solo.

Que tipo de diferença interessa ao antropólogo social???

Page 15: Cap 8 antropologia social

Interessa ao antropólogo social; não apenas o tipo de coisas que vemos as pessoas fazerem diariamente, mas, oculta pelo comportamento cotidiano, a maneira como são organizadas de modo a ser uma sociedade e não apenas muita gente que por acaso se encontra na mesma parte do mundo.

Certos tipos de disposição são característicos de povos de tecnologia simples, ou que certas regras de herança e certas regras de casamento muitas vezes são encontradas juntas; mas é inútil procurar fora da sociedade explicações para o que acontece dentro dela.

Page 16: Cap 8 antropologia social

O CAMPO DA ANTROPOLOGIA SOCIAL

O campo da Antropologia Social é atualmente

tão amplo que poucas pessoas podem

esperar tornar-se peritas, ao mesmo tempo,

nela e em qualquer dos outros ramos da

Antropologia no sentido mais amplo. Todo

antropólogo social deve falar a língua do povo

com o qual trabalha, mas pouco podem fazer

um estudo intensivo de Linguística.

Page 17: Cap 8 antropologia social

Antigamente afirmava-se que nosso interesse apropriado se dirigia para as sociedades “primitivas” ou “simples”. Esses adjetivos em si requerem definição; hoje em dia geralmente se concorda que eles descrevem a tecnologia do povo a que se referem. A sociedade primitiva típica não tem escrita nem meio circulante. Mas os antropólogos têm trabalhado em sociedades pré-industriais dotadas de escrita e meio circulante; e mais recentemente, em sociedades industriais das quais eles próprios são membros, em fábricas, prisões e hospitais de alienados, e estudado o parentesco e a família nas grandes cidades. Julgamos ser da nossa alçada observar a totalidade das relações que agem entre as pessoas na unidade social que estudamos, não só as diretamente relevantes a determinado problema.

Page 18: Cap 8 antropologia social

Podemos tomar uma pequena área

de uma grande sociedade – uma

fábrica, um sindicato operário ou um

partido político. Se fizermos isso,

estaremos invadindo o campo de outros

especialistas – economistas ou

cientistas políticos. Mas podemos

acrescentar algo à sua análise usando

o conceito de estrutura social do

antropólogo. Isso nos leva ao exame

dos elos entre as relações políticas ou

econômicas com as que dependem do

parentesco ou dos deveres rituais.

Oferecemos a “matriz social” das

investigações realizadas pelas

disciplinas especialistas.

Page 19: Cap 8 antropologia social

TERMOS-CHAVE

Alguns antropólogos na Grã-

Bretanha e muitos na América

chamam-se a sim próprios de

antropólogos culturais,

afirmando que seu interessa

básico está na cultura. Eles

descendem em linha direta de

Tylor e Boas. Os que dão o

nome de estudiosos da

sociedade são os descendentes

intelectuais de Durkheim e

Radeliffe-BrownDurkheim

Page 20: Cap 8 antropologia social

Uma cultura é a posse comum de um grupo de pessoas que compartilham as mesmas tradições; em termos sociais, esse grupo é uma sociedade.

Se considerarmos as pessoas apenas como portadoras de cultura, talvez seja perigosamente fácil considerar uma cultura como um conjunto de regras e técnicas com existência independente;

Quando os antropólogos ingleses dizem estar mais interessados nos fatos sociais do que nos culturais, querem dizer que estão interessados nas interações das pessoas que vivem em sociedade, e não nas características pessoais dos indivíduos, mesmo que estas sejam consideradas como o produto da sua cultura.

Page 21: Cap 8 antropologia social

Radeliffe-Brown disse que o campo de

estudo de um antropólogo poderia ser

“qualquer localidade conveniente de

tamanho adequado” e que, tendo

selecionado sua “sociedade” desta

maneira, sua tarefa seria a de estudar sua

estrutura. Esta palavra é atualmente o

conceito básico de grande parte do

trabalho que está sendo realizado em

Antropologia Social. Significa que

consideramos a sociedade, não a cultura,

como uma disposição ordenada de partes,

e que nosso trabalho está em descobrir e

explicar essa ordem. Ela consiste nas

relações entre pessoas que não são

reguladas por um conjunto de direitos e e

obrigações reconhecidos.

Page 22: Cap 8 antropologia social

No estudo da estrutura social dois conceitos popularizados por Linton, na América, são muito usados: “status” e papel. Status significa a posição de uma pessoa relativamente à das outras com as quais mantém relações sociais.

Para cada status existe um papel apropriado.

Page 23: Cap 8 antropologia social

A Antropologia Social interessa-se

pela maneia como os papéis são

definidos pela sociedade e o que

acontece quando não são

corretamente desempenhados. Os

papéis abrangem deveres de

liderança, comando, proteção,

obediência, cooperação, o ato de se

fazer presentes ou pagamentos nas

ocasiões certas etc.

Cada sociedade tem suas

maneiras reconhecidas de expressar

as relações nas quais os papéis

devem ser desempenhados.

Page 24: Cap 8 antropologia social

Cultura é a maneira como as relações sociais são expressas e simbolizadas; é o que o antropólogo no campo vê primeiro, e ela deve constituir grande parte da sua descrição.

Enquanto de fato os antropólogos considerarem determinado tipo de sociedade como sua principal matéria, terão de descobrir palavras adequadas para denotar o que seja. Isso é inadequado porque as pessoas às quais a maior parte da pesquisa tem sido dirigida estão começando a resentir-se com qualquer descrição que lhes dá um status inferior. Primitivo é uma palavra que tem sido demasiado usada. Os escritores do século XIX usavam-na para descrever uma condição de humanidade que, de certo modo, era infantil em comparação com a idade adulta deles. Não é de espantar que as novas nações se ofendam com o termo.

Page 25: Cap 8 antropologia social

Uma expressão que ainda não ofendeu é de

pequena escala, denotado o âmbito estreito

das relações sociais ao qual as sociedades de

tecnologia simples estão limitadas.

Alguns autores distinguem entre sociedade

primitiva e camponesa. Para eles, sociedade

primitiva é aquela praticamente auto-suficiente

e na qual as pessoas obtêm seu alimento e

outras necessidades diretamente do seu

próprio trabalho, e sociedade camponesa, a

composta de agricultores que vivem em

pequenas comunidades, ainda em grande

parte auto-suficientes, mas tendo algumas

relações com uma sociedade maior,

particularmente na venda dos seus excedentes

num mercado e na aceitação de uma

autoridade política externa. Alguns fazem a

mesma distinção entre sociedades “tribais” e

“camponesas”.

Page 26: Cap 8 antropologia social

A “destribalização” refere-se à adoção de

maneiras urbanas de vida nas cidades, e

não à rejeição das maneiras tradicionais do

campo.

O termo grupo tem um significado

especial na linguagem dos antropólogos

sociais. Significa uma comunidade

corporativa com existência permanente;

uma reunião de pessoas recrutadas de

acordo com os princípios reconhecidos, com

interesses e regras (normas) comuns que

fixam os direitos e deveres dos membros

em relação uns aos outros e as esses

interesses.

Page 27: Cap 8 antropologia social

É importante compreender

claramente que uma categoria não é

algo que existe: é um modo de

classificar os fenômenos cuja

existência as pessoas percebem.

Uma categoria de pessoas não é

uma disposição de pessoas, que é

algo diferente de um grupo. Uma

etiqueta não se pode transformar em

uma coisa; ou, em termos mais

profissionais, um conceito numa

entidade ou uma classe lógica num

grupo social. Supor que um agregado

de pessoas deve ser ou uma

categoria ou um grupo é tão

desconexo como dizer que alguém

mora em Londres ou na quarta-feira.