câncer colorretal carlos nunes luana valente rodrigo peixoto rotatório cca
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Câncer ColorretalCâncer Colorretal
Carlos NunesLuana ValenteRodrigo Peixoto
Rotatório CCA
IntroduçãoIntrodução 2ª causa de morte oncológica nos países industrializados.
Em 95% dos casos são adenocarcinomas.
Etiologicamente, 85% dos casos são esporádicos e 15% associam-
se a síndromes familiares.
Pico de incidência entre 60-79 anos.
Menos de 20% acomete idade inferior a 50 anos.
Altas taxas de incidência nos EUA e Europa.
Fonte: Robbins
EpidemiologiaEpidemiologia
0
10
20
30
40
50
Austrália Japão Portugal EUA Reino Unido
Egipto Senegal
Globocan 2000
Ca colo-rectal: ASR (World) (per 100.000)-Male (all ages)
Incidência Mortalidade
No BrasilNo BrasilSegundo o INCA (2006), no Brasil, o câncer colorretal
(CCR) é o 5o tumor mais freqüente em homens e o 4o
nas mulheres.
Sua incidência tem aumentado a cada ano sendo vista
como uma das principais causas de morte por tumor no
Brasil.
Fonte: GIURIZATO. Estudo da prevalência de câncer colorretal no período de 2005 Em um hospital do sistema único de saúde na cidade de Dourados-MS Interbio v.2 n.2 2008
Mortalidade Câncer colo-retal em homens- Brasil 2000
Mortalidade Câncer colo-retal em mulheres- Brasil 2000
EtilogiaEtilogia85% dos cânceres são esporádicos.
15% dos cânceres são hereditários.
◦ Síndromes Familiares Hereditárias:
Polipose Adenomatosa Familiar (PAF)
Câncer Colorretal Hereditário Não-Polipóide (HNPCC)
Fatores de RiscoFatores de Risco Fatores dietéticos
◦ Aporte energético:
A ingestão total de calorias, independente da fonte energética
ser lipídica, protéica ou glicídica, AUMENTA O RISCO de CCR.
◦ Carne vermelha:
Por ser fonte de gordura saturada, ferro e carcinogênio, atua
com depletor de antioxidantes e, AUMENTA O RISCO de CCR.
Fatores de RiscoFatores de Risco◦ Frutas, vegetais e fibras:
Diminuem a fixação de carcinogênios, têm efeito antioxidante
e, inibem a formação de nitrosaminas.
Diminuem o risco de ccr.
◦ Cálcio, Vitamina D e selênio:
Cálcio, Vitamina D e selênio
Diminuem o risco de ccr.
Fatores de RiscoFatores de Risco◦ Vitaminas A, C e E:
Efeito antioxidante
DIMINUEM O RISCO de CCR.
◦ Folato e metionina:
DIMINUEM O RISCO de CCR em 75%.
Fatores Ambientais
◦ Tabagismo:
Leva a produção de hidrocarbonetos aromáticos, policíclicos
que constituem “adducts” do DNA. Logo, AUMENTA O RISCO
de CCR.
◦ Álcool:
Por ter efeito antagonista ao metabolismo do folato e
metionina, o consumo elevado AUMENTA O RISCO de CCR.
Fatores de RiscoFatores de Risco
◦ Obesidade e inatividade física:
Estado de hiperinsulinemia
Aumentam o PGE2 na mucosa retal,
AUMENTO DO RISCO de CCR.
◦ Uso de AINES e estatinas:
Efeito protetor
DIMINUEM O RISCO de CCR.
◦ TRH pós-menopausa:
DIMINUI O RISCO de CCR em 30%.
Fatores de RiscoFatores de Risco
Estimando o riscoEstimando o riscoRisco Médio Risco Elevado
Idade > 50 anos Câncer Familiar (HNPCC; PAF)
Alteração do hábito intestinal Doença Inflamatória Intestinal
Dor abdominal não característica Adenomas
Sangramento Câncer de cólon e/ou reto prévios
Anemia de etiologia desconhecida Síndromes genéticas
RASTREAMENTO VIGILÂNCIA
Tipos de TumoresTipos de Tumores Podem ser de 2 tipos:
◦ lesões polipóides (lado direito)
◦ lesões anulares constritivas (lado esquerdo)
Localizações mais frequentes:
◦ reto (43%); sigmóide (25%); cólon ascendente (18%);
◦ cólon transverso (9%); cólon descendente (5%).
Fonte: Sabiston
Localização TumorLocalização Tumor
Estudo Demográfico Câncer Estudo Demográfico Câncer colorretalcolorretal
TORRES NETO JR; TEIXEIRA FR; PRUDENTE ACL; SILVINO CJ; ARCIERE JS; VIEIRA FILHO MC. Estudo Demográfico do Câncer de Cólon e Reto no Estado de Sergipe. Rev bras Coloproct, 2008;28(2): 215-222
PatogênesePatogêneseSequência de invasão
Rastreamento e VigilânciaRastreamento e VigilânciaSem história familiar
◦ + -> a partir dos 50 anos.
Com história familiar
◦ + -> a partir dos 40 anos, ou
◦ 10 anos antes da idade que o familiar desenvolveu o câncer.
Rastreamento e VigilânciaRastreamento e VigilânciaAtualmente, são aceitas 4 estratégias:
1) Pesquisa Sangue oculto nas fezes anualmente;
2) Retossigmoidoscopia flexível a cada 5 anos;
3) Sangue oculto (anual) + Sigmoidoscopia (5 anos);
4) Colonoscopia a cada 10 anos.
* Clister opaco com duplo contraste.
Pesquisa de Sangue Oculto Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezesnas FezesQuando fazer?
◦ Rotina Anual após 50 anos;◦ Anemia à esclarecer;◦ Apresenta risco elevado.
Reduz mortalidade em até 80%Desvantagem
◦ Baixa especificidade.◦ Baixa sensibilidade.
Pólipos < 1cm: 50-80%
Pólipos > 1cm: 70-90%
Deve ser associado a RTS flexível
Sensibilidade
◦ Adenoma 99%
◦ Carcinoma 98%
Desvantagem:
◦ Visão indireta da camada interna do cólon
Clister opaco com duplo Clister opaco com duplo contrastecontraste(Bário e Ar)(Bário e Ar)
ColonoscopiaColonoscopiaQuando Fazer ?
◦ Identifica Neoplasia Benigna na RSF
◦ Detectar Lesões < 1cm
Material p/ Biópsia
Ressecção de Pólipos
Analisa TODO o Cólon
Retossigmoidoscopia Retossigmoidoscopia FlexívelFlexível Alcance de até 60 cm da margem anal
5/5 anos
Triagem
Vantagem:
◦ Não é necessário sedação
◦ Método fácil e rápido
Desvantagem
◦ Sensibilidade baixa para o cólon todo
(30-70%)
Retossigmoidoscopia X Retossigmoidoscopia X ColonoscopiaColonoscopia
DiagnósticoDiagnóstico Anamnese (história familiar e queixas clínicas);
Exame físico;
Exames laboratoriais -> hemograma; enzimas hepáticas; dosagem do
CEA e Ca 19.9;
Retossigmoidoscopia flexível: alcance até a flexura esplênica,
detectando 60-70% de todos os CCR.
Colonoscopia: padrão-ouro!!!. Permite biópsia. Usada para fim
terapêutico no caso de pólipos (polipectomia).
Clister opaco, com duplo contraste (tumores avançados).
Pesquisa de DNA fecal: FUTURO!!!
Sinais e Sinais e SintomasSintomas
Evolução ClínicaEvolução Clínica EVOLUÇÃO CRÔNICA -77 A 92% dos Pacientes
◦ Insidiosa◦ Sangramento ◦ Alteração do Hábito Intestinal ◦ Dor Abdominal◦ Massa Palpável
EVOLUÇÃO AGUDA ◦ Obstrução Intestinal – 6 A 16% dos Pacientes◦ Perfuração – 2 A 7% dos Pacientes
Manifestações Clínicas Manifestações Clínicas Assintomáticos durante anos
Evolução insidiosa em sua maioria
Sinais e Sintomas Gerais:
◦ Debilidades
◦ Fadiga
◦ Perda ponderal
◦ Anemia
◦ Dor abdominal
CA de cólon Esquerdo e sigmóide (tumores estenosantes)
◦ Hemorragias ocultas;
◦ Rectorragias;
◦ Mudança hábito intestinal( diarréia
ou constipação);
◦ Fezes em fita;
◦ Tenesmo;
◦ Dor abdominal tipo cólica;
◦ Sd Obstrutiva→ Abdome Agudo.
Tumor estenosante em “ anel de guardanapo”
CA de ceco e cólon direito (tumores volumosos):
◦ Sangramentos;
◦ Anemia Ferropriva;
◦ Melena;
◦ Dor abdominal;
◦ Massa abdominal;
◦ Estreitamento luz;
◦ Sd obstrutiva;
◦ Tonteira/fadiga;
◦ Palpitações.
Tumor exofítico com crescimento para a luz intestinal
CA Reto
◦ Sangramento vivo- Hematoquezia
◦ Tenesmo
◦ Dor na fase final defecação
◦ Pode invadir diretamente a vagina
próstata, bexiga, ureter
ComplicaçõesComplicações Obstrução mecânica;
Perfuração instestinal com sinais de peritonite;
Fístulas;
Sinais de metástases, como:
◦ Hepatomegalia dolorosa;
◦ ascite carcinomatosa;
◦ disfunção da bexiga;
◦ corrimento/sangramento vaginais;
◦ comprometimento pulmonar e ósseo.
Estudo Demográfico Câncer Estudo Demográfico Câncer colorretalcolorretal
TORRES NETO JR; TEIXEIRA FR; PRUDENTE ACL; SILVINO CJ; ARCIERE JS; VIEIRA FILHO MC. Estudo Demográfico do Câncer de Cólon e Reto no Estado de Sergipe. Rev bras Coloproct, 2008;28(2): 215-222
DisseminaçãoDisseminaçãoPor contiguidade até a gordura pericolônica e o
mesentério, invadindo os órgãos adjacentes.
através dos linfáticos
através da veia porta para o fígado.
cavidade peritoneal,
pulmões e ossos.
PrognósticoPrognóstico
** Estadiamento TNM
Tumor [T] LinfoNodos [N] Mestástase [M]
1 T1-T2 N0 M0
2 T3-T4 N0 M0
3 QualquerT N1-N3 M0
4 Qualquer T QualquerN M1
Classificação de DukesClassificação de Dukes* Modificada posteriormente por Astler e Coller
EstágioA Limitado a mucosa
B1 Infiltra a muscular própria s/ atravessá-la, SEM
acometimento de gânglios
B2 Atravessa a muscular própria, SEM
acometimento de gânglios
C1 Infiltra a muscular própria s/ atravessá-la,
COM acometimento de gânglios
C2 Atravessa a muscular própria, COM
acometimento de gânglios
D Mestástase a distância
TratamentoTratamento
Avaliação Pré-OperatóriaAvaliação Pré-Operatória Provas de Função Hepática
Dosagem CEA
Colonoscopia Material p/ Biópsia
USG Trans-cutânea
Trans-retal
TC
Pré- OperatórioPré- OperatórioRisco Cirúrgico
Esvaziamento mecânico do TGI
Antibioticoterapia Profilática
Profilaxia tromboembolismo Venoso
TratamentoTratamentoTratamento cirúrgico com ressecção do tumor é o
único método passível de CURA
Cirúrgico Eletivo
Cirúrgico de Urgência
◦ Obstrução
◦ Perfuração
Tratamento Cirúrgico EletivoTratamento Cirúrgico EletivoCâncer do cólon
◦ Hemicolectomia + excisão do mesocólon correspondente
◦ Avaliar margem de segurança
Câncer Sigmóide
◦ Sigmoidectomia com preservação do reto. A drenagem linfática
e a vascularização do sigmóide permitem ao cirurgião esta
conduta.
Abordagem RetoAbordagem RetoCâncer do reto
◦ Excisão local: trans-anal; trans-sacral
◦ Endoscópica
◦ Ressecção por via anterior
◦ Amputação Abdomino-perineal
Tumor no RetoTumor no Reto 7 a 8 cm da margem anal:
◦ Ressecção Abdominoperineal. Ressecção de todo reto e
sigmóide por via abdominal e perineal, com colostomia
definitiva.
Entre 7 e 11 cm:
◦ Tumores palpáveis e pequenos, podem ser manejados com a
ressecção abdominal baixa ou ressecção abdominoperineal,
depende do tamanho da pelve e da diferenciação do tumor.
Além de 12cm da margem anal:
◦ Ressecção Abdominal Baixa preservando o reto distal, porém
fazendo sigmoidectomia.
Tratamento Cirúrgico de Tratamento Cirúrgico de UrgênciaUrgência
Síndrome obstrutivaSíndrome obstrutiva
“
”Robbins
Intervenção Cirúrgica Imediata
Tratamento cirúrgico de Tratamento cirúrgico de urgênciaurgência
Mortalidade em torno de 30%
Fonte: Falcão et al. Urgências em cirurgia Oncológica abdominal para o Cirurgião geral in Revista do Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ , ano 8 jan-junho 2009.
via laparoscópica x via via laparoscópica x via aberta aberta
48 instituições / 872 pacientes randomizadosSeguimento: mediana 4.4 anos
The Clinical Outcomes of Surgical therapy Study Group. A comparison of laparoscopically assisted
and open colectomy for colon cancer. N Engl J Med 2004; 350: 2050- 2059
Taxas de recidiva semelhantes: 16% LAP x 18% Aberta
Taxas de Sobrevida global semelhantes: 86% LAP x 85% Aberta
Taxas de recidiva na ferida operatória: <1% nos 2 grupos (P=0.50)
Recuperação pós-operatória:
LAP mais rápida, < uso de narcóticos e analgésicos
Taxa de Complicações
(Intra-operatórias, Pós-operatórias, Reoperações)
Conclusão:
LAP é alternativa segura para o tratamento do câncer de cólon
Controle pós operatórioControle pós operatório Clister opaco e colonoscopia após 2 a 3 meses da cirurgia.
Colonoscopia anual durante os 4 primeiros anos.
Exame físico somado a provas de função hepática (FA e GGT), Hc+
Bioq 3/ 3 meses durante 2 anos e depois a 6/6 meses por mais 2
anos, e depois anualmente.
RX de tórax obtido a cada 6 meses por 2 anos e depois
anualmente.
Dosagem do CEA a 3/3 meses por 2 anos e depois 4/4 meses por
mais 2 anos e, então, anualmente.
Obrigado!!!Obrigado!!!