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Prefácio De todos os institutos sociais existentes na Terra, a família é o mais importante, do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida. Emmanuel* Caros Leitores: A palavra família reaviva em nós as sensações de segurança e aconchego, tal a importância do grupo familiar como estrutu- ra capaz de nos sustentar nas lutas da vida. O momento atual, conturbado pela inversão de valores no campo moral, requer mais atenção à preservação da harmonia familiar, valioso antídoto à instalação do desequilíbrio no organismo social. O lar terreno, na visão espírita, repre- senta oportunidade de aprendizado e prática das leis divinas, propiciando o encontro de Espíritos amigos de outras existências, assim * (Vida e Sexo, psicografia de Francisco C. Xavier, cap. 17, 21. ed. FEB.)

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Prefácio

De todos os institutos sociais existentes naTerra, a família é o mais importante, doponto de vista dos alicerces morais queregem a vida.

Emmanuel*

Caros Leitores:

A palavra família reaviva em nós assensações de segurança e aconchego, tal aimportância do grupo familiar como estrutu-ra capaz de nos sustentar nas lutas da vida.

O momento atual, conturbado pelainversão de valores no campo moral, requermais atenção à preservação da harmoniafamiliar, valioso antídoto à instalação dodesequilíbrio no organismo social.

O lar terreno, na visão espírita, repre-senta oportunidade de aprendizado e práticadas leis divinas, propiciando o encontro deEspíritos amigos de outras existências, assim

*(Vida e Sexo, psicografia de Francisco C. Xavier,cap. 17, 21. ed. FEB.)

também o devido reajuste com os desafetosde existências passadas.

Como construir e manter a tão sonhadapaz no lar? De que maneira superar os atri-tos e desavenças no âmbito familiar? Serápossível encontrar no lar o suportenecessário à superação das aflições cotidi-anas?

Os textos doutrinários que se seguem,escolhidos com toda a atenção e desvelo, noslembram atitudes nobres: renúncia, perdão,dedicação, respeito, assim como a análise denosso comportamento no lar do qual fazemosparte.

Participe desta Campanha, afinal, omelhor é viver em família.

Enfoque da

Codificação Espírita

Questão 774. (...) Os laços sociais sãonecessários ao progresso e os de família maisapertados tornam os primeiros. Eis porque os segundos constituem uma lei daNatureza. Quis Deus que, por essa forma,os homens aprendessem a amar-se comoirmãos.

Questão 775. Qual seria, para a

sociedade, o resultado do relaxa-

mento dos laços de família?

Uma recrudescência do egoísmo.

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, 1. ed. espe-

cial, FEB.)

a) Honrai a vosso pai e a vossamãe, a fim de viverdes longo tempo na terraque o Senhor vosso Deus vos dará.(Decálogo: Êxodo, 20:12.) Cap. XIV item 2.

b) (...) Quem é minha mãe e quemsão meus irmãos? (...) todo aquele que faz avontade de Deus, esse é meu irmão, minhairmã e minha mãe. (Cap. XIV item 5.)

c) Os laços do sangue não criamforçosamente os liames entres os Espíritos.O corpo procede do corpo, mas o Espíritonão procede do Espírito (...). (Cap. XIV item 8.)

d) (...) Não é o pai quem cria oEspírito de seu filho; ele mais não faz do quelhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprin-do-lhe, no entanto, auxiliar o desenvolvimen-to intelectual e moral do filho, para fazê-loprogredir. (...) (Cap. XIV item 8.)

e) (...) Não são os da con-sangüinidade os verdadeiros laços de famíliae sim os da simpatia e da comunhão deidéias, os quais prendem os Espíritos antes,durante e depois de suas encarnações. (...)(Cap. XIV item 8.)

f) Há, pois, duas espécies defamílias: as famílias pelos laços espirituais

e as famílias pelos laços corporais.Duráveis, as primeiras se fortalecem pelapurificação e se perpetuam no mundo dosEspíritos, através das várias migrações daalma; (...) (Cap. XIV item 8.)

g) Deus não dá prova superior àsforças daquele que a pede; só permite as quepodem ser cumpridas. Se tal não sucede,não é que falte possibilidade: falta a vontade.(...) As provas rudes, (...) são quase sempreindício de um fim de sofrimento e de umaperfeiçoamento do Espírito, quando acei-tas com o pensamento em Deus. (...) .(Cap. XIV item 9.)

h) Mas, na união dos sexos, a par dalei divina material, comum a todos os seresvivos, há outra lei divina, imutável comotodas as leis de Deus, exclusivamente moral:a lei de amor. Quis Deus que os seres seunissem não só pelos laços da carne, mastambém pelos da alma, a fim de que aafeição mútua dos esposos se lhes transmi-tisse aos filhos e que fossem dois, e não um

somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê--los progredir. (...) (Cap. XXII item 3.)

i) Será então supérflua a lei civil edever-se-á volver aos casamentos segundo aNatureza? Não, decerto. A lei civil tem porfim regular as relações sociais e os interes-ses das famílias, de acordo com as exigênciasda civilização: por isso, é útil, necessária,mas variável. (...) (Cap. XXII item 4.)

j) O divórcio é lei humana que tempor objeto separar legalmente o que já,de fato, está separado. (...) (Cap. XXII item 5.)

(O Evangelho segundo o Espiritismo, AllanKardec, 1. ed. especial, FEB.)

Em famíliaAprendam primeiro a exercer piedade

para com a sua própria família e a recom-pensar seus pais, porque isto é bom eagradável diante de Deus. Paulo.

(I Timóteo, 5:4.)

A luta em família é problema funda-mental da redenção do homem na Terra.Como seremos benfeitores de cem ou milpessoas, se ainda não aprendemos a servircinco ou dez criaturas? Esta é indagação ló-gica que se estende a todos os discípulossinceros do Cristianismo.

Bom pregador e mau servidor sãodois títulos que se não coadunam.

O apóstolo aconselha o exercício dapiedade no centro das atividades domésticas,entretanto, não alude à piedade que chorasem coragem ante os enigmas aflitivos, masàquela que conhece as zonas nevrálgicas dacasa e se esforça por eliminá-las, aguardan-do a decisão divina a seu tempo.

Conhecemos numerosos irmãos quese sentem sozinhos, espiritualmente, entre os

que se lhes agregaram ao círculo pessoal,através dos laços consangüíneos, entregan-do-se, por isso, a lamentável desânimo.

É imprescindível, contudo, examinara transitoriedade das ligações corpóreas,ponderando que não existem uniões casuaisno lar terreno. Preponderam aí, por enquan-to, as provas salvadoras ou regenerativas.Ninguém despreze, portanto, esse camposagrado de serviço por mais se sintaacabrunhado na incompreensão. Constituiriafalta grave esquecer-lhe as infinitas possibili-dades de trabalho iluminativo.

É impossível auxiliar o mundo, quan-do ainda não conseguimos ser úteis nemmesmo a uma casa pequena aquela em quea Vontade do Pai nos situou, a título precário.

Antes da grande projeção pessoal naobra coletiva, aprenda o discípulo a coope-rar, em favor dos familiares, no dia de hoje,convicto de que semelhante esforço repre-senta realização essencial.

EMMANUEL

(Pão Nosso, psicografia de Francisco C. Xavier,cap. 117, 1. ed. especial, FEB.)

Instituto da família

Os estabelecimentos de ensino, pro-priamente do mundo, podem instruir, mas sóo instituto da família pode educar. É por essarazão que a universidade poderá fazer ocidadão, mas somente o lar pode edificar ohomem. (O Consolador.)

...As escolas instrutivas do planeta pode-

rão renovar sempre os seus métodos pedagó-gicos, com esses ou aqueles processos novos,de conformidade com a psicologia infantil,mas a escola educativa do lar só possui umafonte de renovação que é o Evangelho, e umsó modelo do mestre, que é a personalidadeexcelsa do Cristo. (O Consolador.)

...O homem e a mulher, no instituto con-

jugal, são como o cérebro e o coração doorganismo doméstico.(O Consolador.)

...A tarefa doméstica nunca será uma vál-

vula para gozos improdutivos, porque consti-

tui trabalho e cooperação com Deus. Ohomem ou a mulher que desejam ao mesmotempo ser pais e gozadores da vida terrestre,estão cegos e terminarão seus loucos esfor-ços, espiritualmente falando, na vala comumda inutilidade. (Caminho, Verdade e Vida.)

...O homem e a mulher surgem no mun-

do com tarefas específicas que se integram,contudo, num trabalho essencialmente uno,dentro do plano da evolução universal. Nocapítulo das experiências inferiores, um nãocai sem o outro, porque a ambos foi conce-dido igual ensejo de santificar. (Pão Nosso.)

...A família consagüínea, entre os

homens, pode ser apreciada como o centroessencial de nossos reflexos. Reflexosagradáveis ou desagradáveis que o pretéritonos devolve. (Pensamento e Vida.)

EMMANUEL

(Palavras de Emmanuel, psicografia de FranciscoC. Xavier, cap. 27, 7. ed. FEB.)

Educação no lar

Vós fazeis o que também vistes junto devosso pai. Jesus.

(João, 8:38.)

Preconiza-se na atualidade do mundouma educação pela liberdade plena dosinstintos do homem, olvidando-se, pouco apouco, os antigos ensinamentos quanto à for-mação do caráter no lar; a coletividade,porém, cedo ou tarde, será compelida a rea-justar seus propósitos.

Os pais humanos têm de ser osprimeiros mentores da criatura. De sua mis-são amorosa, decorre a organização do am-biente justo. Meios corrompidos significammaus pais entre os que, a peso de longos sa-crifícios, conseguem manter, na invigilânciacoletiva, a segurança possível contra a desor-dem ameaçadora.

A tarefa doméstica nunca será umaválvula para gozos improdutivos, porqueconstitui trabalho e cooperação com Deus. O

homem ou a mulher que desejam ao mesmotempo ser pais e gozadores da vida terrestre,estão cegos e terminarão seus loucosesforços, espiritualmente falando, na valacomum da inutilidade.

Debalde se improvisarão sociólogospara substituir a educação no lar por sucedâ-neos abstrusos que envenenam a alma. Sóum espírito que haja compreendido a pater-nidade de Deus, acima de tudo, consegueescapar à lei pela qual os filhos sempre imi-tarão os pais, ainda quando estes sejam per-versos.

Ouçamos a palavra do Cristo e, setendes filhos na Terra, guardai a declaraçãodo Mestre, como advertência.

EMMANUEL

(Caminho, Verdade e Vida, psicografia deFrancisco C. Xavier, cap. 12, 1. ed. especial, FEB.)

Parentela

E disse-lhe: Sai de tua terra e dentre atua parentela e dirige-te à terra que eu temostrar.

(Atos, 7:3.)

Nos círculos da fé, vários candidatos àposição de discípulos de Jesus queixam-seda sistemática oposição dos parentes, comrespeito aos princípios que esposaram paraas aquisições de ordem religiosa.

Nem sempre os laços de sanguereúnem as almas essencialmente afins.Freqüentemente, pelas imposições da con-sangüinidade, grandes inimigos são obriga-dos ao abraço diuturno, sob o mesmo teto.

É razoável sugerir-se uma divisão entreos conceitos de família e parentela . Oprimeiro constituiria o símbolo dos laçoseternos do amor, o segundo significaria ocadinho de lutas, por vezes acerbas, em quedevemos diluir as imperfeições dos senti-mentos, fundindo-os na liga divina do amorpara a eternidade. A família não seria a pa-

rentela, mas a parentela converter-se-ia,mais tarde, nas santas expressões da família.

Recordamos tais conceitos, a fim deacordar a vigilância dos companheirosmenos avisados.

A caminho de Jesus, será útil aban-donar a esfera de maledicências e incom-preensões da parentela e pautar os atos naexecução do dever mais sublime, semesmorecer na exemplificação, porquanto,assim, o aprendiz fiel estará exortando-a,sem palavras, a participar dos direitos dafamília maior, que é a de Jesus-Cristo.

EMMANUEL

(Caminho, Verdade e Vida, psicografia deFrancisco C. Xavier, cap. 62, 1. ed. especial, FEB.)

No lar

Começar na intimidade do templodoméstico a exemplificação dos princípiosque esposa, com sinceridade e firmeza, uni-formizando o próprio procedimento, dentro efora dele.

Fé espírita no clima da família, fontedo Espiritismo no campo social.

...Calar todo impulso de cólera ou violên-

cia, amoldando-se ao Evangelho de modo aestabelecer a harmonia em si mesmo peranteos outros.

A humildade constrói para a VidaEterna.

...Proporcionar às crianças os fundamen-

tos de uma educação sólida e bem orientada,sem infundir-lhes medo ou fantasias, come-çando por dar-lhes nomes simples e naturais,evitando a pompa dos nomes famosos, susce-tíveis de lhes criar embaraços futuros.

O lar é a escola primeira....

Sempre que possível, converter o san-tuário familiar em dispensário de socorro aosmenos felizes, pela aplicação daquilo que se-ja menos necessário à mantença doméstica.

A Seara do Cristo não tem fronteiras....

Se está sozinho com a sua fé, no reces-so do próprio lar, deve o espírita atender fiel-mente ao testemunho de amor que lhe cabe,lembrando-se de que responderá, em qual-quer tempo, pelos princípios que abraça.

A ribalta humana situa-nos sempre nopapel que devamos desempenhar.

...Ao menos uma vez por semana, formar

o culto o Evangelho com todos aqueles quelhe co-participam da fé, estudando a verdadee irradiando o bem, através de preces ecomentários em torno da experiência diária àluz dos postulados espíritas.

Quem cultiva o Evangelho em casa, fazda própria casa um templo do Cristo.

...Evitar o luxo supérfluo nos aposentos,

objetos e costumes, imprimindo em tudo ca-racterísticas de naturalidade, desde os hábi-tos mais singelos até os pormenoresarquitetônicos da própria moradia.

Não há verdadeiro clima espíritacristão, sem a presença da simplicidadeconosco.

Aprendam primeiro a exercer piedade paracom a sua própria família e a recompensarseus pais, porque isto é bom e agradáveldiante de Deus. Paulo.

(I Timóteo, 5:4.)

ANDRÉ LUIZ

(Conduta Espírita, psicografias de Francisco C.Xavier e Waldo Vieira, cap. 5, 28. ed. FEB.)

Maternidade

Cap. XIV Item I

Vemos em cada manifestação da Vidadeterminada meta de desenvolvimento, qualanseio do próprio Deus a concretizar-se.

Na Criação, o clímax da grandeza.

Na caridade, o vértice da virtude.

Na paz, a culminância da luta.

No êxito, a exaltação do ideal.

Nos filhos, a essência do amor.

No lar, a glória da união.

De igual modo, a maternidade é a ple-nitude do coração feminino que norteia oprogresso.

Concepção, gravidez, parto e devoçãoafetiva representam estações difíceis e belasde um ministério sempre divino.

Láurea celeste na mulher de todas ascondições, define o inderrogável recurso à

existência humana, reclamando paciência ecarinho, renúncia e entendimento.

Maternidade esperada.

Maternidade imprevista.

Maternidade aceita.

Maternidade hostilizada.

Maternidade socorrida.

Maternidade desamparada.

Misto de júbilo e sofrimento, missão eprova, maternidade, em qualquer parte, tra-duz intercâmbio de amor incomensurável,em que desponta, sublime e sempre novo, oensejo de burilamento das almas na ascen-são dos destinos.

Principais responsáveis por semelhanteconcessão da Bondade Infinita, as mãesguardam as chaves de controle do mundo.

Mães de sábios...

Mães de idiotas...

Mães felizes...

Mães desditosas...

Mães jovens...

Mães experientes...

Mães sadias...

Mães enfermas...

Ao filtro do amor que lhes verte doseio, deve o Plano Terrestre o despovoamen-to dos círculos inferiores da Vida Espiritual,para que o Reino de Deus se erga entre ascriaturas.

...............................................................

Mães da Terra! Mães anônimas!

Sois vasos eleitos para a luz dareencarnação!

Por maiores se façam os suplícios im-postos à vossa frente, não recuseis vossoaugusto dever, nem susteis o hálito do filhi-nho nascente esperança do Céu a repon-tar-vos do peito!...

Não surge o berço de vosso coraçãopor acaso.

Mantende-vos, assim, vigilantes eabnegadas, na certeza de que se muitasvezes cipoais e espinheiros são vossa herançatransitória entre os homens, todas vós sereisamparadas e sustentadas pela Bênção doAmor Eterno, sempre que marchardes fiéis àExcelsa Paternidade da Providência Divina.

ANDRÉ LUIZ

(O Espírito da Verdade, psicografias de FranciscoC. Xavier e Waldo Vieira, p. 121-122, 13. ed.FEB.)

Tu e tua casaE eles disseram: Crê no Senhor Jesus-

-Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa. (Atos, 16:31.)

Geralmente, encontramos discípulosnovos do Evangelho que se sentem profun-damente isolados no centro doméstico, nocapítulo da crença religiosa.

Afirmam-se absolutamente sós, sob oponto de vista da fé. E alguns, despercebidosde exame sério, tocam a salientar o endureci-mento ou a indiferença dos corações que oscercam. Esse reporta-se à zombaria de que évítima, aquele outro acusa familiares ausentes.

Tal incompreensão, todavia, demons-tra que os princípios evangélicos lhes enfei-tam a zona intelectual, sem lhes penetraremo âmago do coração.

Por que salientar os defeitos alheios,olvidando, por nossa vez, o bom trabalho deretificação que nos cabe, no plano da bon-dade oculta?

O conselho apostólico é profunda-mente expressivo.

No lar onde exista uma só pessoa quecreia sinceramente em Jesus e se lhe adapteaos ensinamentos redentores, pavimentandoo caminho pelos padrões do Mestre, aípermanecerá a suprema claridade para aelevação.

Não importa que os progenitoressejam descrentes, que os irmãos se demoremendurecidos, nem interessam a ironia, adiscussão áspera ou a observação ingrata.

O cristão, onde estiver, encontra-seno domicílio de suas convicções regenerati-vas, para servir a Jesus, aperfeiçoando eiluminando a si mesmo.

Basta uma estaca para sustentarmuitos ramos.

Uma pedra angular equilibra umedifício inteiro.

Não te esqueças, pois, de que se ver-dadeiramente aceitas o Cristo e a Ele te afei-çoas, serás conduzido para Deus, tu e tua casa.

EMMANUEL

(Vinha de Luz, psicografia de Francisco C. Xavier,cap. 88, 1. ed. especial, FEB.)

Pais

E vós, pais, não provoqueis a ira a vossosfilhos, mas criai-os na doutrina e admoes-tação do Senhor. Paulo.

(Efésios, 6:4.)

Assumir compromissos na paternidadee na maternidade constitui engrandecimentodo espírito, sempre que o homem e a mulherlhes compreendam o caráter divino.

Infelizmente, o Planeta ainda apre-senta enorme percentagem de criaturas mal--avisadas relativamente a esses sublimesatributos.

Grande número de homens e mulhe-res procura prazeres envenenados nesse par-ticular. Os que se localizam, contudo, naperseguição à fantasia ruinosa, vivem aindalonge das verdadeiras noções de humanida-de e devem ser colocados à margem de qual-quer apreciação.

Urge reconhecer, aliás, que o Evan-gelho não fala aos embriões da espirituali-

dade, mas às inteligências e corações quejá se mostram suscetíveis de receber-lhe oconcurso.

Os pais do mundo, admitidos àsassembléias de Jesus, precisam compreen-der a complexidade e grandeza do trabalhoque lhes assiste. É natural que se interessempelo mundo, pelos acontecimentos vulgares,todavia, é imprescindível não perder de vistaque o lar é o mundo essencial, onde se deveatender aos desígnios divinos, no tocante aosserviços mais importantes que lhes foramconferidos. Os filhos são as obras preciosasque o Senhor lhes confia às mãos, solicitan-do-lhes cooperação amorosa e eficiente.

Receber encargos desse teor é alcan-çar nobres títulos de confiança. Por isso,criar os filhinhos e aperfeiçoá-los não éserviço tão fácil.

A maioria dos pais humanos vivemdesviados, através de vários modos, seja nosexcessos de ternura ou na demasia de exi-gência, mas à luz do Evangelho caminharão

todos no rumo da era nova, compreendendoque, se para ser pai ou mãe são necessáriosprofundos dotes de amor, à frente dessasqualidades deve brilhar o divino dom doequilíbrio.

EMMANUEL

(Vinha de Luz, psicografia de Francisco C. Xavier,cap. 135, 1. ed. especial, FEB.)

Filhos

Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais,no Senhor, porque isto é justo. Paulo.

(Efésios, 6:1.)

Se o direito é campo de elevação, aber-to a todos os espíritos, o dever é zona deserviço peculiar a todos os seres da Criação.

Não somente os pais humanos estãocercados de obrigações, mas igualmente osfilhos, que necessitam vigiar a si mesmos,com singular atenção.

Quase sempre a mocidade sofre deestranhável esquecimento. Estima criarrumos caprichosos, desdenhando sagradasexperiências de quem a precedeu, no desdo-bramento das realizações terrestres, paravoltar, mais tarde, em desânimo, ao ponto departida, quando o sofrimento ou a madurezados anos lhe restauram a compreensão.

Os filhos estão marcados por divinosdeveres, junto daqueles aos quais foram con-

fiados pelo Supremo Senhor, na sendahumana.

É indispensável prestar obediênciaaos progenitores, dentro do espírito doCristo, porque semelhante atitude é justa.

Se muitas vezes os pais se furtam àclaridade do progresso espiritual, escolhen-do o estacionamento em zonas inferiores,nem mesmo nas circunstâncias dessa ordemseria razoável relegá-los ao próprio in-fortúnio. Claro está que os filhos não devemdescer ao sorvedouro da insensatez ou docrime por atender-lhes aos venenosos capri-chos, mas encontrarão sempre o recursoadequado para retribuírem aos benfeitoresos inestimáveis dons que lhes devem.

Não nos esqueçamos de que o filhodescuidado, ocioso ou perverso é o paiinconsciente de amanhã e o homem inferiorque não fruirá a felicidade doméstica.

EMMANUEL

(Vinha de Luz, psicografia de Francisco C. Xavier,cap. 136, 1. ed. especial, FEB.)

Vida conjugal

Assim também vós, cada um em particu-lar, ame a sua própria mulher como a simesmo, e a mulher reverencie o seu mari-do. Paulo.

(Efésios, 5:33.)

As tragédias da vida conjugal costu-mam povoar a senda comum. Explicando odesequilíbrio, invoca-se a incompatibilidadedos temperamentos, os desencantos da vidaíntima ou as excessivas aflições domésticas.

O marido disputa companhias novas ouentretenimentos prejudiciais, ao passo que,em muitos casos, abre-se a mente femininaao império das tentações, entrando em falsorumo.

Semelhante situação, porém, será sem-pre estranhável nos lares formados sobre asescolas da fé, nos círculos do Cristianismo.

Os cônjuges, com o Cristo, acolhem,acima de tudo, as doces exortações dafraternidade.

É possível que os sonhos, muita vez, sedesfaçam ao toque de provas salvadoras,dentro dos ninhos afetivos, construídos naárvore da fantasia. Muitos homens e mulhe-res exigem, por tempo vasto, flores celestessobre espinhos terrenos, reclamando dosoutros atitudes e diretrizes que eles são, porenquanto, incapazes de adotar, e o matrimô-nio se lhes converte em instituição detestável.

O cristão, contudo, não pode ignorar atransitoriedade das experiências humanas.Com Jesus, é impossível destruir os divinosfundamentos da amizade real. Busque-se olado útil e santo da tarefa e que a esperançaseja a lâmpada acesa no caminho...

Tua esposa mantém-se em nível infe-rior à tua expectativa? Lembra-te de que elaé mãe de teus filhinhos e serva de tuasnecessidades. Teu esposo é ignorante ecruel? Não olvides que ele é o companheiroque Deus te concedeu...

EMMANUEL

(Vinha de Luz, psicografia de Francisco C. Xavier,cap. 137, 1. ed. especial, FEB.)

Jesus Contigo

Dedica uma das sete noites da semanaao Culto Evangélico no Lar, a fim de queJesus possa pernoitar em tua casa.

Prepara a mesa, coloca água pura, abreo Evangelho, distende a mensagem da fé,enlaça a família e ora. Jesus virá em visita.

Quando o Lar se converte em san-tuário, o crime se recolhe ao museu. Quandoa família ora, Jesus se demora em casa.Quando os corações se unem nos liames daFé, o equilíbrio oferta bênçãos de consolo ea saúde derrama vinho de paz para todos.

Jesus no Lar é vida para o Lar.

Não aguardes que o mundo te leve acerteza do bem invariável. Distende, da tuacasa cristã, a luz do Evangelho para o mundoatormentado.

Quando uma família ora em casa,reunida nas blandícias do Evangelho, toda arua recebe o benefício da comunhão com oAlto.

Se alguém, num edifício de apartamen-tos, alça aos Céus a prece da comunhão emfamília, todo o edifício se beneficia, quallâmpada ignorada, acesa na ventania.

Não te afastes da linha direcional doEvangelho entre os teus familiares. Continuaorando fiel, estudando com os teus filhos ecom aqueles a quem amas as diretrizes doMestre e, quanto possível, debate os proble-mas que te afligem à luz clara da mensagemda Boa Nova e examina as dificuldades quete perturbam ante a inspiração consoladorado Cristo. Não demandes a rua, nessa noite,senão para os inevitáveis deveres que nãopossas adiar. Demora-te no Lar para que odivino Hóspede aí também se possa demorar.

E quando as luzes se apagarem à horado repouso, ora mais uma vez, comungandocom Ele, como Ele procura fazer, a fim deque, ligado a ti, possas, em casa, uma vezpor semana em sete noites, ter Jesus contigo.

JOANNA DE ÂNGELIS

(S.O.S. Família, psicografia de Divaldo P. Franco,p. 59-60, 2. ed. Livraria Espírita Alvorada Editora.)