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Calendário vacinal da mulher adolescente e adulta FEBRASGO 2013 Nilma Antas Neves Profa Ginecologia Universidade Federal da Bahia Presidente da Comissão Vacinas da FEBRASGO

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Page 1: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Calendário vacinal da mulher adolescente e adulta

FEBRASGO 2013

Nilma Antas Neves

Profa Ginecologia Universidade Federal da Bahia

Presidente da Comissão Vacinas da FEBRASGO

Page 2: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

VACINAS HPV

25. KAUFMAN, AM et al. New paradigm for prevention of cervical cancer. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol, 130(1): 25-29, 2007.

MSD GSKInternacionalmenteidentificada com o nome

Gardasil® Cervarix®

Aprovação por faixa etária

Homens e mulheres: 9 a 26 anos

Mulheres a partir de 9 anos, sem limite

superior de idade

Foco principal na prevenção

Verrugas genitais, NIC2/3 câncer colo, vulva e

anal

NIC2/3 e câncer colo

Esquema vacinal e via de administração

0, 2 e 6 meses por via IM. 0, 1 e 6 meses por via IM.

Composição da vacina 6 e 11 (não oncogênicos)16 e 18 (oncogênicos)

16 e 18 (oncogênicos)

Quantidade do VLP 20/40/40/20 g; 20/20 g

Adjuvante Alumínio Alumínio + MPL (AS04)Tabela 6. Adaptada a partir da referência 25

Page 3: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

ADOLESCÊNCIA: O DESPERTAR SEXUAL OCORRE DE MODO INESPERADO E INTENSO

Page 4: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Risco de aquisição do HPV após a iniciação sexual

Risco cumulativo de infecção pelo HPV no colo do útero em

adolescentes do sexo feminino com apenas um

parceiro sexual1

1. Collins S, Mazloomzadeh S, Winter H et al. BJOG 2002;109:96–98. 2. Winer RL, Lee S-K, Hughes JP, Adam DE, Kiviat NB, Koutsky LA. Genital human papillomavirus infection: Incidence and risk factors in a cohort of female university students. Am J Epidemiol 2003;157:218–226, com permissão da Oxford University Press.

Meses desde a primeira relação sexual

0

10

40

50

70

60

30

20

36 45 6024120Ris

co

cu

mu

lati

vo

de

in

fec

çã

o p

elo

HP

V

(%)

N= 242

Estudo em estudantes universitárias2

Adaptado de Collins e cols.1

Meses desde a primeira relação sexual

0

20

40

60

70

0 4 8 12 16 24 24 2836 36 40 4448 5260

N= 603

Ris

co

cu

mu

lati

vo

de

in

fec

çã

o p

elo

HP

V (

%)

Adaptado de Winer e cols.2

Meses desde a primeira relação sexual

0

20

40

60

70

0 4 8 12 16 24 24 2836 36 40 4448 5260

N= 603

Ris

co

cu

mu

lati

vo

de

in

fec

çã

o p

elo

HP

V (

%)

Adaptado de Winer e cols.2

Meses desde a primeira relação sexual

0

20

40

60

70

0 4 8 12 16 24 24 2836 36 40 4448 5260

N= 603

Ris

co

cu

mu

lati

vo

de

in

fec

çã

o p

elo

HP

V (

%)

Adaptado de Winer e cols.2

Page 5: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

O HPV é transmitido durante a relação sexual com alguém que esteja infectado e, como depende apenas do contato com a pele ou mucosa, não é necessário a

penetração para que haja contaminação

WINER RL et al. Am J Epidemiol 157, 2003BURD EM Clin Microbiol Rev (1), 2003

Como ocorre a infecção por HPV?

Page 6: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Prevalência de infecção por HPV oncogênicos segundo a idade – O risco se mantém por toda a vida da mulher

Proteção duradoura é essencial

Idade

HP

V+

onc

ogen

icos

, %

Estudo na cidade de Portland (EUA)

Estudo na cidade de Guanacaste (Costa Rica)

0

5

10

15

20

25

30

35

4016

–20

21–2

526

–30

31–3

536

–40

41–4

546

–50

51–5

556

–60

61–6

566

–70

71–7

576

+

Gráfico 1. Adaptado a partir da referência 6.

6. SCHIFFMAN, M. et al. Chapter 2: Natural history of anogenital human papillomavirus infection and neoplasia. J Natl Cancer Inst Monogr, (31):14-9, 2003.

Page 7: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Resposta dos anticorpos após a infecção natural

~50% das mulheres não produzem resposta de anticorpos mensuráveis após a infecção naturalEm mulheres que produzem níveis de anticorpos detectáveis após a infecção natural, estes são baixos7

Níveis de anticorpos baixos não garantem proteção contra re-infecções ou reativações de infecções8

7. VISCIDI, RP. et al. Seroreactivity to human papillomavirus (HPV) types 16, 18, or 31 and risk of subsequent HPV infection: results from a population-based study in Costa Rica. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev, 13: 324-7, 2004. 8. CARTER, JJ. et al. Comparison of human papillomavirus types 16, 18, and 6 capsid antibody responses following incident infection. J Infect Dis, 181: 1911-9, 2000.

Mulheres soropositivas para HPV têm taxas de infecções por HPVsemelhantes a mulheres soronegativas

Gráfico 4. Adaptado a partir da referência 7.

Page 8: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Normal epithelium

Basal (stem) cells

Parabasal cells

Squamous layer

Mature squamous

layer

Infected epithelium

Ciclo do HPV no colo

Frazer IH. Nat Rev Immunol 2004; 4:46–54.

Shedding of virus-laden epithelial cells

Viral assembly (L1, L2, E4)

Episomal viral DNA in cell nucleus

(E1 & E2, E6 & E7)

Infection of basal cells (E1 & E2)

Viral DNA replication(E6 & E7)

Page 9: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Benefícios da vacina HPV para a mulher madura

Proteção para subtipos virais ainda não aquiridos.

Proteção contra reinfecção por subtipos virais já adquiridos, mas com perda imunidadeProvável diminuição das recidivas para lesões dos subtipos virais relacionados.

Page 10: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

CDC. MMWR 59 (20), May 28, 2010. Disponível em http://www.cdc.gov/mmwr/pdf/wk/mm5920.pdf

Avaliações pré-vacinação (por exemplo: citologia ou rastreamento com teste de DNA de HPV de alto risco, tipagem específica de HPV ou mensuração

de anticorpos de HPV) para estabelecer a indicação da vacina contra HPV não são recomendadas em

nenhuma idade.

Page 11: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

GRAVIDEZ E LACTAÇÃO

As vacinas são contraindicadas na gestação, até que estudos possam definir o contrário. No caso da paciente engravidar durante o esquema vacinal, ele deverá ser interrompido e reiniciado após o parto1,2.

Gestantes que foram inadvertidamente vacinadas não apresentaram alterações significantes na gestação ou no feto/recém-nascido1,2.

As vacinas HPV podem ser administradas a nutrizes1,2.

1. Associação Brasileira de Patologiado Trato Genital Inferior e Colposcopia. Recomendações da ABPTGIC para vacinação contra HPV. Rev Bras Patol Trato Genit Infer. 2012;2(2):97-100. 2. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). MMWR 59 (20), May 28, 2010. Disponível em http://www.cdc.gov/mmwr/pdf/wk/mm5920.pdf .

Page 12: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Vacina de HPVUso em imunossuprimidos

• As vacinas são produzidas por engenharia genética e contêm vírus-like particles (VLP), que são partículas semelhantes ao capsídio viral, especificamente para os tipos de HPV, incluídos por cada laboratório produtor1,2.

• As vacinas não contêm DNA viral, por isso não existe risco de desenvolvimento de infecção pelo HPV. Não há risco de aquisição da infecção por meio da vacinação1,2.

CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade aos princípios ativos ou excipientes da vacina. Pessoas que desenvolvem sintomas indicativos de hipersensibilidade sistêmica grave, como por exemplo anafilaxia, após receber uma dose da vacina contra HPV não devem receber outras1,2

1.Centers for Disease Control and Prevention (CDC). MMWR 59 (20), May 28, 2010. Disponível em http://www.cdc.gov/mmwr/pdf/wk/mm5920.pdf . 2. Circular aos Médicos (bula) da vacina quadrivalente recombinante contra papilomavírus humano (tipos 6, 11, 16 e 18). São Paulo; Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda.

Page 13: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Flexibilidade do esquema vacinal

• O intervalo mínimo entre as doses deve ser respeitado. Caso ela seja tomada antes do intervalo mínimo, deve ser repetida1,2.

Caso o intervalo entre as doses seja atrasado, a vacinação deve ser mantida, não há necessidade de repetir dose já tomada1,2.

1ª. dose0

2ª. dose1-2 meses

3ª. dose6 meses

1ª./2ª. doses= 1 mês

1ª./3ª. doses=6 meses

2ª./3ª. doses= 3 meses

ESQUEMA HABITUAL

INTERVALO MÍNIMO

ENTRE DOSES

1. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). MMWR 59 (20), May 28, 2010. Disponível em http://www.cdc.gov/mmwr/pdf/wk/mm5920.pdf .

Page 14: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Uso simultâneo com outras vacinas

Hepatite B Meningite C

Tríplice bacteriana

Vacina HPV

Braços diferentes

.Centers for Disease Control and Prevention (CDC). MMWR 59 (20), May 28, 2010. Disponível em http://www.cdc.gov/mmwr/pdf/wk/mm5920.pdf .

Page 15: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Efeitos adversos

Dor e hiperemia local (10-20%)

Desmaios

Ausência de associação causa-efeito com eventos adversos graves.

1.Centers for Disease Control and Prevention (CDC). MMWR 59 (20), May 28, 2010. Disponível em http://www.cdc.gov/mmwr/pdf/wk/mm5920.pdf . 2. Circular aos Médicos (bula) da vacina quadrivalente recombinante contra papilomavírus humano (tipos 6, 11, 16 e 18). São Paulo; Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda.

Page 16: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

PERFIL DE SEGURANÇA1,2

Bom perfil de tolerabilidade e segurança1,2

VAERS – Vaccine Adverse Event Reporting System do CDC/FDA• Mais de 46 milhões de doses nos Estados Unidos até julho de 2012 1

• Bom perfil de segurança em homens e mulheres 1

• Eventos adversos graves não tiveram incidência maior do que esperada para a população geral 1

Organização Mundial de Saúde• Bom perfil de segurança2

• Sem relatos de eventos sistêmicos relacionados à vacina2

• A maioria dos eventos adversos são restritos ao local da injeção (vermelhidão, dor e edema) e de intensidade leve/moderada 2

1. Vaccines and Preventable Diseases: HPV vaccine- Questions & Answers. Disponível em http://www.cdc.gov/vaccines/vpd-vac/hpv/vac-faqs.htm. Acessado em 09 de dezembro de 2012. 2. WHO/ICO Information Centre on HPV and Cervical Cancer (HPV Information Centre). Human Papillomavirus and Related Cancers in World. Summary Report 2010. Available at www. who. int/ hpvcentre

Page 17: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

GRUPOS CONTRA VACINAS1

A melhor arma é a INFORMAÇÃO: esclarecer sobre sites antivacinas e recomendar sites com respaldo científico, como de sociedades médicas, OMS, etc1

“O público deve ser informado corretamente sobre a ocorrência dos eventos adversos pós-vacinação, evitando-se noticiários sensacionalistas e precipitados, que podem abalar a confiança da vacina e proporcionar resultados desastrosos em nível populacional” 1.

1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-vacinação / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2008.184 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos).

Page 18: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

18

• A mesma vacina contra HPV deve ser utilizada preferencialmente para completar o esquema vacinal de 3 doses.

• Se não houver registro de qual vacina foi administrada, deve-se reiniciar o esquema vacinal.

• Nenhum estudo avaliou ainda a intercambialidade entre as vacinas de HPV.

CDC. MMWR 59 (20), May 28, 2010. Disponível em http://www.cdc.gov/mmwr/pdf/wk/mm5920.pdf

NÃO FAZER INTERCAMBIALIDADE DAS VACINAS

Page 19: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Programa Nacional de Imunizações

Ministério da Saúde

2014Escolas públicas e privadas

e postos de saúde

Vacina quadrivalente – MSD Esquema 0-6-60 meses

2014: meninas entre 11 e 13 anos2015: mennas entre 9 e 11 anosÁ partir de 2016: meninas de 9 anos

Page 20: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Hepatite B

2 bilhões de pessoas infectadas no mundo;28

>350 milhões de portadores crônicos no mundo;28

HBV transmitido pelo sangue ou fluidos;29

Infecção é frequentemente incurável;29

Figura 5. Adaptada a partir da referência 30.

28. LAVANCHY, D. Hepatitis B virus epidemiology, disease burden, treatment, and current and emerging prevention and control measures. J Viral Hepat, 11: 97-107, 2004. 29. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Hepatitis B. In: ____. Epidemiology and prevention of vaccine-preventable disease. 12. ed. Washington: Public Health Foundation, 2011. p. 115-138. Disponível em: <http://www.cdc.gov/vaccines/pubs/pinkbook/downloads/hepb.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2013. 30. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Immunization coverage with 3rd dose of HepB vaccines in infants, 2010. Disponível em: <http://www.who.int/immunization_monitoring/diseases/HepB_map_schedule.jpg>. Acesso em: 15 fev. 2013.

Page 21: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Casos de Hepatite B entre 2000 e 2012

31. CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA “PROF. ALEXANDRE VRANJAC”. Hepatites virais B e C: número de casos de hepatite B de acordo com a faixa etária e sexo. Estado de São Paulo – 2000 a 2012. Disponível em: <http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hepatite/hepa_graficos.htm>. Acesso em: 1 fev 2013.

Page 22: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

VACINA CONTRA HEPATITE B

Esquema:

03 doses (0 – 1 – 6 meses).

ESTÁ DISPONÍVEL NA REDE PÚBLICA

PARA PESSOAS COM ATÉ 49 ANOS.

Em > 40 anos: diminui a soroconversão

Page 23: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Vacina contra Hepatite B

Sorologia (-) após 60 dias do esquema: aplicar 4ª dose e repetir a sorologia em

30 - 60 dias após:

se Anti-HBs > 10 UI/ml – paciente já estava imunizado pelo 1º esquema, não precisa completar esse 2º esquema iniciado;

se Anti-HBs < 10 UI/ml – completar novo esquema e repetir sorologia.

Page 24: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Vacina contra Hepatite B

Grávida com história de vacinação

prévia

Faz anti-HBS

Se (-) faz dose desafio

Page 25: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Transmissão do Vírus Hepatite ATransmissão do Vírus Hepatite A

VHA

Fecal-oral Pessoa a pessoa Água e alimentos Sexual Parenteral Saliva (?)

Page 26: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Prevalência de Hepatite A no Brasil

41. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Aids, DST e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais. Disponível em: <www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2011/50073/boletim_hepatites2011_pdf_64874.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2013.

Page 27: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Hepatite A: impacto relacionado a idade

Mortes por hepatite A:

0–14 anos = 0% 15-39 anos = 0,3% 40–59 anos = 0,8% ≥ 60 anos = 2,6%

43. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Surveillance for acute viral hepatitis - United States, 2007. MMWR, 58(SS-3): 1-27, 2009.

<5 5-14. 15-39 40-59 ≥ 600

10

20

30

40

50

60

Idade (anos)

Ho

sp

ita

lizad

os (

%)

Page 28: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Esquema da vacina combinada VHA e VHB

Adulto

0, 1 e 6 meses

Esquema alternativo acelerado > 16 anos:

0, 7 e 21 dias + reforço 12 meses

> 16 anos

IM deltóide

32. VACINA ADSORVIDA HEPATITE A E HEPATITE B (RECOMBINANTE) DA GSK. Bula da vacina.

Page 29: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Difteria / Tétano / Coqueluche

Se esquema anterior completo:Reforço com dTpa (ideal aos 14 anos)

A cada 10 anos com dTpa

Se esquema anterior incompleto:1 dose de dTpa

Depois: 2 doses dTA cada 10 anos com dTpa

Acidentados graves com vacina > 5 anosAcidentados leves com vacina > 10 anos

Page 30: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Lactentes são os mais vulneráveis

2005 2006 2007 2008 2009 2010 20110.00

10.00

20.00

30.00

40.00

50.00

60.00

70.00

80.00

90.00

<1 Ano1 a 4anos5 a 9anos10 a 14anos15 a 19anos20 a 29anos30 a 39anos40 a 49anos>=50 anosTotal

Distribuição do coeficiente de incidência , segundo ano de início de sintomas e faixa etária, Estado de São Paulo, 2000 a 2011

13. CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA “PROF. ALEXANDRE VRANJAC”. Coqueluche: distribuição de casos confirmados, óbitos, coeficiente de incidência e letalidade, segundo ano de início de sintomas e faixa etária, Estado de São Paulo, 2000 a 2012. Disponível em: <http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/resp/coque_tab.htm>. Acesso em: 15 fev. 2013.

Page 31: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

0 3meses Adolescentes AdultosCrianças

O padrão de transmissão da pertussis

Perda da imunidadeProteção induzida pela vacinação Imunidade natural limitada

Transmissão

ComplicaçõesÓbitos

Tosse prolongada,inespecífica e com diagnóstico incorreto

Figura 2. Adaptado a partir das referências 14 , 15, 16.

14. HEWLETT, EL. et al. Pertussis - not just for kids. N Engl J Med, 352: 1215-22, 2005. 15. WENDELBOE, AM. et al. Duration of immunity against pertussis after natural infection or vaccination. Pediatr Infect Dis J, 24(5): S58-S61, 2005. 16. BARON, S. et al. Epidemiology of pertussis in French hospitals in 1993 and 1994: thirty years after a routine use of vaccination. Pediatr Infect Dis J, 17(5): 412-8, 1998. 40. WEARING, HJ. et al. Estimating the Duration of Pertussis Immunity Using Epidemiological Signatures. PLoS Pathog 5(10):1-11, 2009.

1 caso de pertusssis pode resultar em até 17 novos casos40

Page 32: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

23%

6%

16%

18%

37%

% 10% 20% 30% 40% 50%

Outros

Avós

Irmãos

Pais

Mães

> 75% dos casos, os contactantes residem com o infectado2

Quem infecta os recém-nascidos?

2. BISGARD, KM. et al. Infant pertussis: who was the source? Pediatr Infect Dis J. 23(11):985-9, 2004. 39. WENDELBOE, AM. et al. Transmission of Bordetella pertussis to young infants. Pediatr Infect Dis J. 26(4):293-9, 2007.

Page 33: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Imune

Suscetível mas não infectado

Países com estratégia cocoon: Canadá, EUA, Austrália e alguns países europeus

Estratégia do Casulo (Cocoon)

109. ULLOA-GUTIERREZ, R. et al. Pertussis cocoon strategy: would it be useful for Latin America and other developing countries? Expert Rev. Vaccines, 11(12): 1393–1396, 2012.

Page 34: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Estratégias de vacinação para aumentar a proteção

Reforço de adolescentes com dTpa

Reforço de adultos ‘cocooning’ (casulo)

(Incluindo adultos em idade reprodutiva com dTpa)

Reforço de adultos para benefício individual.

Vacinação de gestantes com dTpa com 20 semanas ( MMWR 2011).

Cherry, J 2010

Page 35: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

ACIP - 2012

Gestantes (> 20 semanas)

Outros adultos com contato

próximo ao RN, pelo menos 2

semanas antes do contato.

MMWR 2012;vol 61,No 4;1-6

Page 36: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Anticorpos maternos via transplacentária

Transferência eficiente de Ac. transplacentários.

A efetividade de proteção para RN não é

totalmente conhecida, mas certamente modifica

a severidade da doença.

Após a vacinação na gestação, os Ac. maternos

atingem o pico em algumas semanas e caem em

poucos meses.

Am J Obstet Gynecol 2011;204:334.el-5, Pediatr Infect Dis J 2011;30:608-10, J Infect Dis 1990;161:487-92Clin Infect Dis 2006;43:151-7, Pediatr Infect Dis J 2005;24(5Suppl):S62-5

Page 37: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Proteção do RN através da vacinação da gestante:

Diminuição da transmissão da mãe para

RN após o parto.

Proteção do RN através dos Ac.

transplacentários.

Tempo ótimo: IG entre 28 a 32

semanas.

Clin Obstet Gynecol 2012, Vol 55, No. 2: 474-486

Page 38: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Vacinação em IG > 20 semanas

Evitar coincidências com eventos

do primeiro trimestre da gestação.

Transferência de altos níveis de

anticorpos transplacentários para

feto.

J Infect Dis 2004;190:535-44, Clin Infect Dis 2009;49:584-7, MMWR 2012;vol 61,No 4;1-6

Page 39: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Indicada para prevenção da difteria, tétano e coqueluche a partir de 4 anos de idade

Esquema:Uma dose após o esquema básico de vacinação

vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis (acelular)

reforço - dTpa-R

78. VACINA ADSORVIDA DIFTERIA, TÉTANO, PERTUSSIS (ACELULAR) REFORÇO - dTpa-R DA GSK. Bula da vacina. 79. VACINA ADSORVIDA DIFTERIA, TÉTANO, PERTUSSIS (ACELULAR) E POLIOMIELITE 1,2 E 3 (INATIVADA) REFORÇO – (dTpa-IPV [reforço]) DA GSK. Bula da vacina.

Page 40: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Vacina Tríplice Viral

Para a prevenção de 3 doenças:

SARAMPO

CAXUMBA

RUBÉOLA

81. VACINA SARAMPO, CAXUMBA E RUBÉOLA DA GSK. Bula da vacina.

Page 41: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

SARAMPO: a incidência reduziu graças à vacinação

Gráfico 7. Adaptado a partir da referência 50.

50. CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA “PROF. ALEXANDRE VRANJAC”. Sarampo: incidência (por 100.000 hab.) e letalidade, Estado de São Paulo – 1980 a 2012. Disponível em: <http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/resp/sara_grafico.htm>. Acesso em: 01 fev 2013.

Page 42: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

62. CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA “PROF. ALEXANDRE VRANJAC”. Caso confirmado de Sarampo, Genótipo D8, residente em Bauru e histórico de deslocamento internacional. Disponível em: <http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/resp/pdf/alerta_sarampo_21jan13.pdf>. Acesso em: 01 fev 2013. 101. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. 1150. In: ____. Public Health Image Library. Disponível em: <http://phil.cdc.gov/phil/details.asp?pid=1150>. Acesso em: 1 fev 2013. 103. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. 132. In: ____. Public Health Image Library. Disponível em: <http://phil.cdc.gov/phil/details.asp?pid=132>. Acesso em: 01 fev 2013.

62

Figura 9. Adaptada a partir da referência 101.

Figura 10. Adaptada a partir da referência 103.

Page 43: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

CAXUMBA – um impacto substancial

Incidência Anual: 100–1.000 casos por 100.000

Complicações sérias e às vezes fatais

Complicação Incidência

Orquite 20% em meninos pós-púberes

Aborto espontâneo em mulheres grávidas 25%

Meningite 15%

Encefalite 0,02 – 0,3%

Surdez 0,005%

54. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Mumps virus vaccines. Wkly Epidemiol Rec, 82(7): 51-60, 2007.

Page 44: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Rubéola A rubéola é uma doença viral

contagiosa, causada pelo togavírus; 55

É uma doença leve, mas em mulheres grávidas pode levar à síndrome da rubéola congênita (SRC) no recém-nascido; 55

É transmitida pela via respiratória e o vírus se replica na mucosa nasofaríngea e nos linfonodos locais; 55

É uma doença caracterizada por erupção eritematosa transitória, conjuntivite, coriza, linfadenopatia pós-auricular e suboccipital, febre baixa e náuseas.55

Figura 12. Adaptada a partir da referência 56.

Vaccination of women at childbearing age

MMR vaccine completely

introduced in all states

Start of MMR vaccine

introduction

Gráfico 8. Adaptado a partir da referência 57.

55. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Rubella. Disponível em: <http://www.who.int/ith/diseases/rubella/en/>. Acesso em: 17 fev. 2013. 56. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. 4284. In: ____. Public Health Image Library. Disponível em: <http://phil.cdc.gov/phil/details.asp?pid=4284>. Acesso em: 17 fev. 2013. 57. LANZIERI , TM. et al. Surveillance of congenital rubella syndrome in Brazil, 1995-2005. J Pediatr Infect Dis, 2: 15-22, 2007.

Page 45: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Vacina SCR (internacionalmente conhecida como Priorix™)

Para a prevenção de 3 doenças:

SARAMPO

CAXUMBA

RUBÉOLA

Figura 18: Esquema dos vírus atenuados contidos na vacina SCR.

81. VACINA SARAMPO, CAXUMBA E RUBÉOLA DA GSK. Bula da vacina.

Page 46: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Sarampo / Caxumba / Rubéola

Mulheres < 49 anos, com esquema incompleto:

2 doses (4 meses de intervalo)

Mulheres > 49 anos, com esquema incompleto: 1 dose

Adultos que receberam menos de 2 doses Vacinação completa: reforço aos 12 anos

SBIm 2012/2013

Page 47: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

A varicela tem consequências mais graves em adolescentes e adultos – aumento do número de complicações, hospitalizações e mortalidade

No Brasil, uma parcela considerável de adolescentes e adultos jovens permanecem soronegativos e, consequentemente, em risco.105

Varicela

105. CLEMENS, SAC. et al. Soroepidemiologia da varicela no Brasil - resultados de um estudo prospectivo transversal. J Pediatr (Rio J), 75(6):433-41, 1999. 106. Pesquisa realizada na base de dadoATSUS, selecionando “Região” em Linha, “Não ativa” em Coluna, “Internações” em Conteúdo, “Jan/2008-Nov/2012” em Períodos disponíveis, “Todas as categorias” em Região, “Todas as categorias” em Unid, Federação, “Todas as categorias” em Capítulo CID-10, “Varicela e herpes zoster” em Lista Morb. CID-10, “Todas as categorias” em Faixa etária 1, “Todas as categorias” em Faixa etária 2, “Todas as categorias” em sexo, “Todas as categorias” em cor/raça. Base de dados disponível em: < http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/niuf.def >. Acesso em: 15 fev. 2013.

Gráfico 10. Adaptado a partir da referência 106.

Page 48: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

VACINA CONTRA VARICELA

Vírus vivo atenuado

> 13 anos: 2 doses (0-3 meses)

Por que a mulher DEVE tomar?

Adolescente e adulto - forma mais grave

(10 a 30% das pessoas - infectadas nessa fase).

Forma grave - complicações bacterianas graves e morte.

Na gestação - abortamento, morte do feto e síndrome da varicela congênita.

Page 49: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Vacina Influenza (inativada)

• A/California/7/2009 (H1N1) pdm09 • A/Victoria/361/2011 (H3N2)-

• B/Wisconsin/1/2010

Posologia: 1 dose anual

(Adultos e crianças ≥ 9 anos)

A Composição antigênica da vacina é determinada pela Organização Mundial da Saúde com base em dados de 110 centros de captação

em 85 países.

Hemisfério sul: setembro

Hemisfério norte: março 44. VACINA INFLUENZA (FRAGMENTADA, INATIVADA) DA GSK. Bula da vacina. 77. CINTRA, OAL. et al. Vírus parainfluenza. In: FARHAT, CK. et al. Infectologia pediátrica. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2007. p. 647-59.

Figura 26: Fragmento do vírus influenza.

Page 50: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Definição das cepasDecidido em Setembro para Hemisfério SulDisponível em Março no Brasil

Grávidas

Vírus inativadoQualquer trimestre

ProteçãoProteção em 14 diasOs anticorpos começam a cair em 6 meses

Vacina Influenza

VACINA INFLUENZA (FRAGMENTADA, INATIVADA) DA GSK. Bula da vacina. 77. CINTRA, OAL. et al. Vírus parainfluenza. In: FARHAT, CK. et al. Infectologia pediátrica. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2007. p. 647-59.

Page 51: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Campanha vacinação Influenza - 2013

Gestantes (qualquer IG)

Puérperas (até 45 dias) – levar documento que ateste a gestação/parto.

Idosas > 60 anos

Portadoras de doenças crônicas (levar prescrição médica/relatório)

Programa Nacional de Imunização – MS. Brasil

15 de Abril a 31 de Maio

Page 52: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

FEBRE AMARELA

Rotina nas regiões endêmicas.

Viajantes

A cada 10 anos

ÁREAS DE RISCO E RECOMENDAÇÕES PARA VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA

BRASIL, 2004

Na área de risco a vacinaçãoé rotina. É indicada a todos os residentes e viajantes a partirde 9 meses de idade.

Fora da área de risco está disponível em todos os municípios.É indicada a todos os viajantes que se deslocam para as áreasde risco de febre amarela.

A vacina leva 10 dias para proteger contra febre amarela e a pessoa fica imunizada por 10 anos.

RECOMENDAÇÕES

Page 53: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Vacina contra Meningite

Meningite conjugada C• Adultos: 1 dose• Nos surtos: aumenta incidência

no adulto jovem.• Proteção= 80%

Meningite ACWY• Á partir dos 11 anos• Proteção= 90%

Page 54: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

VACINAS DA MULHER:ANTES DE ENGRAVIDAR

Hepatite A e BHPVdTpaMeningocócica InfluenzaTríplice ViralVaricelaFebre amarela (regiões de risco)

Page 55: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Indicações na gravidez

Hepatite B (qualquer trimestre)

Influenza (qualquer trimestre)

dTpa-r (> 20 semanas)

Page 56: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Gestação:

Não pode na gravidez:

Tríplice viral

Varicela

Febre amarela

HPV

Avaliar riscos para doença:

Hepatite A

Meningite

Page 57: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Manual de Vacinação da Mulher

Visite o site:

www.febrasgo.org.br

Page 58: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Não omita a informação sobre a vacinação contra HPV

Não omita a informação sobre a atualização do calendário

vacinal da mulher

[email protected]

Page 59: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Proteção cruzadaProteção cruzada parcial para subtipos filogeneticamente relacionados.Tempo de duração?

HPV 16 (31, 33, 35, 52 e 58)HPV 18 (39, 45, 59 e 68)

Vacina HPV bivalente (GSK)- proteção 93% (independente do tipo de HPV)

Centers for Disease Control and Prevention (CDC). MMWR 59 (20), May 28, 2010. Disponível em http://www.cdc.gov/mmwr/pdf/wk/mm5920.pdf .

Page 60: Calendário Vacinal Febrasgo 2013

Eficácia das vacinas contra HPV

Eficácia global

Eficácia contra HPV 16/18

Eficácia contra subtipos

oncogênicos não vacinais

= +