cálculo incendio boate kiss
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Sobre o Incêndio - Boate KISSTRANSCRIPT
O Eduardo,nossa foca desaparecido , repórter de campo e agora consultor técnico nos passou a memória técnica do cálculo para dimensionamento da quantidade de saídas de emergência com base na Norma Técnica NBR 9077 – SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS.Simples assim!A(área do local, com base nas noticias do jornal)=650 m²Classificação segundo a Norma)BOATE– F6EDIFICAÇÃO TÉRREA – KPAVIMENTO PEQUENO – αEDIFICAÇÃO PEQUENA – γEDIFICAÇÃO COM FÁCIL PROPAGAÇÃO DE FOGO – XDIMENSIONAMENTO DA SAÍDABOATE – CLASSIFICAÇÃO F6 – 2 PESSOAS/m²POPULAÇÃO MÁXIMA BOATE KISS – 2 X 650 = 1300 PESSOASCAPACIDADE DA UNIDADE DE PASSAGEM – ACESSOS E DESCARGAS/PORTAS – 100
N= P POPULAÇÃOC CAPACIDADE DA UNIDADE DE PASSAGEMNUMERO DE SAÍDAS =1300/100 = 13DE EMEGÊNCIA
Portanto seriam necessárias 13 unidades de passagens de 0,55 ml de largura, como a largura mínima da porta de emergência exigida pela Norma é de 1,10 ml SERIAM NECESSÁRIAS 7 PORTAS CORTA-FOGO DE 1,10m DE LARGURA.Por ser classificada como edificação térrea, portanto K, É NECESSÁRIO DISTRIBUIR AS 07 PORTAS DE 1,10M EM DOIS CONJUNTOS DIFERENTES (NUMERO DE SAÍDAS).Por ser classificada no grupo de edificação com fácil propagação do fogo, CLASSIFICAÇÃO X, AINDA SERIA NECESSÁRIO PARA O CASO DA BOATE, A UTILIZAÇÃO DE CHUVEIROS AUTOMATICOS (SPRINKLER) POIS A MÁXIMA DISTÂNCIA A SER PERCORRIDA EM DIREÇÃO A PORTA DE FUGA SUPERA 25mL.PORTANTO, 7 PORTAS CORTA-FOGO DIVIDIDAS EM 2 SAÍDAS DIFERENTES, UTILIZAÇÃO DE SPRINKLERS, PODERIAM, SE NÃO, EVITAR, PELO MENOS REDUZIR MUITO O TAMANHO DA TRAGÉDIA DE SANTA MARIA. A NÃO É NECESSÁRIA NOVA LEGISLAÇÃO. É NECESSÁRIA A FISCALIZAÇÃO CORRETA DO PODER PUBLICO.
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18 Comentários
1.
Carlos Augusto Dias Vieira Link Permanente
Pela referida norma são exigidas 2 saídas de emergencia então : 13/2 = 6,5 m² , pelo padrão
brasileira h= 2,10 m : 6,50/2,10 a largura da porta seria de 3,00m ou seja deveriam existir duas
portas 3,00 x 2,10 m.
Responder
o
Eduardo Almeida Link Permanente
Caro Carlos,
Acredito que tenha havido uma confusão. A NBR 9077 trata unidades de
passagem em metro linear. Como a unidade de passagem prevista na mesma
norma é de 0,55 ml, são necessários no mínimo 13×0,55, que representam
7,15 ml de porta, equivalente às 13 unidades de passagem. Como a menor
largura de porta permitida pela referida norma é 1,10 ml, para atender o valor
mínimo, são necessárias pelo menos sete portas (7,70 ml). A norma exige
para boates térreas, que sejam divididas em dois conjuntos. Portanto um
conjunto 3 e outro com 4 portas de 1,10 ml de largura.
Responder
2.
Alexandre Link Permanente
Não achei claro o dimensionamento. TEnho grande dúvida nesse item. a nbr no itm 4.4.1,
determina como forma de dimensionar as saidas de emergencia o calculo aqui apresentado
N=P/C. Devendo utilizar como padrão as referências da tabela 5. Porém fico com duvida,pois
todos os calculos aqui apresentados informam que após a achar a unidade de passagem que
segundo os calculos foi de 7.15, pegou -se o 7.15 e dividiu em número de portas. Eu ao ler o
item 4.4.1 da norma entendo que ao achar o valor de 7.15. significa que a saída de emergência
deverá se de 7.15 e não dividi-las em 7 portas.
Responder
o
Eduardo Link Permanente
Sim, Alexandre, você está correto. A colocação de sete portas é uma das
soluções possiveis. Deve-se ter 7,15 ml, desde que divididos em duas saídas
diferentes. Outras soluções que atendam essas condições também estariam
corretas.
Responder
3.
Sergio Mozart Ferreira Link Permanente
Toda a discussão é interessante, contanto que se façam os cálculos considerando todos os
ítens da legislação. No cálculo da popoulação, deveremos considerar apenas ás áreas do “dito”
salão, excluíndo-se áreas de WC, cozinha, depositos, etc… Como tem sido amplamente
divulgado, a população máxima do local é de 691 pessoas (aprox. 350,00m²), o que reduz o
vão necessário para saída de emergência para 3,80m (a abreviatura de “metro” é “m” e não
“mL ou ml” – que significa “mililitros”). Portanto, 02 saídas com 2,00m estariam dentro das
normas.
Responder
4.
Eduardo Link Permanente
CarobSergio,
Item 3.7 das definições da NBR 9077:
“3.7 Área de pavimento
Medida em metros quadrados, em qualquer pavimento de uma edificação, do espaço
compreendido pelo perímetro interno das paredes externas e paredes corta-fogo, e excluindo a
área de antecâmaras, e dos recintos fachados de escadas e rampas.”
Ou seja, a norma não preconiza outros descontos a não ser os os definidos acima. Portanto, a
norma não permite exclusões de cozinhas, depositos, WC, etc. para o calculo da população
máxima permitida. A área a ser utilizada para esse dimensionamento deve ser a total no caso
dessa boate. Importante ressaltar que meus cálculos foram apenas um exercício para
demonstrar o absurdo técnico de se conceder um alvará de funcionamento para aquela boate.
Vidas foram ceifadas. E só para informação, a medida metro linear é comumente utilizada em
engenharia, mesmo que possa parecer estranho para leigos.
Responder
o
RAFA Link Permanente
Não se descontas estas áreas, mas calcula-se com uma pessoa a cada 7m²,
ta lá na norma!
Responder
Eduardo Link Permanente
Sem querer polemizar, pois não foi o intuito do post. É facultado utilizar 1
pessoa a cada 7 m² apenas na cozinha, o que não reduziria
significativamente a população máxima da boate. As demais áreas não
teriam essa possibilidade. Repito, vidas foram ceifadas
desnecessariamente, e o fato é que o atendimento dessa norma
provavelmente previniria isso. A discussão dos detalhes não agrega, pois
qualquer uma das contas realizadas aqui poderia ter reduzido
absurdamente o número de mortos. O importante e que sociedade falhou
ao exigir o cumprimento da norma e 241 famílias vivem um sofrimento
sem fim por isso. A boate não tinha 7m de saída de emergência, nem
4m. Não tinha sprinkler e forro de isolamento acústico era combustível e
liberava gases venenosos. O debate de engenharia é importante e este
blog foi criado com esse intuito, creio eu. Apenas não gostaria de
esquecer o principal, que é o que a sociedade está fazendo para que
tragédias como essa não mais ocorram.
5.
[email protected] Link Permanente
Carros colegas, o que eu não consigo entender, e que em alguns Estados da Federação
Brasileira as Vistorias Técnica são efetuadas pelo Corpo de Bombeiros por pessoas sem
qualificação Técnica no Setor de Engenharia ou Segurança do Trabalho..
Responder
o
Elias Link Permanente
Norival, sou de Macapá-AP e no Amapá é o Corpo de Bombeiros o
responsável pelas vistorias técnicas, mas ao contrário do que você possa
pensar, os chefes dos setores de vistoria e de análise de projeto são
engenheiros, sendo que o setor de análise é composto por arquitetos e
engenheiros de diversas áreas. Os vistoriadores são graduados do CBM que
passam por curso de formação no CSIP (Curso de Segurança Contra Incêndio
e Pânico). Não vejo nenhum problema nisso, basta seguir as normas (a
estadual exige no mínimo 1,2m de largura para a saída de emergência) e
saber verificar se o projeto de segurança contra incêndio e pânico, quando
houver, foi devidamente executado.
Responder
6.
okra Link Permanente
O graduação nos referidos cursos não garantem em nada a qualificação do indivíduo. Existem
muitos engenheiros e arquitetos “fracos” que não sabem o que estão fazendo. Somente com
interesse, dedicação, tempo de experiência variadas e constantes garantirá um bom
profissional. Dentro da infinidade do que é despejado no mercado em comparação com os que
saem das escolas de formação… sem comparação. 30h/a x 2400 h/aula tempo versus
qualidade não são proporcionais. Pouquíssimos são bons, mas há.
Responder
7.
Alan Eannes Link Permanente
Item 4.4.2 Larguras mínimas a serem adotadas:
As larguras mínimas das SAÍDAS, em qualquer caso, devem ser as seguintes:
a) 1,10 m, correspondendo a duas unidades de passagem e 55 cm, para ocupações em geral..
PERGUNTO: Quais seriam essas OCUPAÇÕES EM GERAL???…nelas podem ter então 55
cm de saída??
Responder
8.
Amanda Link Permanente
Caro Eduardo, parabéns pela iniciativa, assim como vc acredito fielmente que a nossa
legislação tem muitos aspectos em que é padrão de primeiro mundo, visto que a ABNT é
pioneira neste tipo de padronização e não somente na América Latina, não sendo a legislação
falha, falha é a fiscalização e nossa apatia com assuntos alheios.
Gostaria de aproveitar o espaço se possível, estou em uma situação no mínimo complicada.
Estou realizando um trabalho de conclusão de um curso técnico, e estou montando uma rota
de fuga, mas estou com muitas dúvidas quanto a classificar o prédio.
É uma escola que não possui se quer extintores de incêndio, e com apenas uma saída comum
em um outro piso segregado e uma outra entrada pequena com apena 1,10 mas com vários
portões de grade até chegar neste.
O meu curso porém é de logística e nada tem que possa me auxiliar.
Tenho algumas dúvidas, vc poderia me ajudar?
As minhas principais dúvidas são:preciso classificar uma edificação para saber quais critérios
mínimos exigidos á ele por lei.
Mesmo com a legislação NR9077 em mãos, estou com muitas dúvidas nos seguintes pontos:
Calcular a área – como é escola se classifica em E1 escolas em geral, e assim diz que para
calcular a área é necessário excluir banheiros e corredores, mas vi um exemplo na internet que
não exclui áreas como sanitários e corredores.
Edificação – como existe um rebaixamento de 1,20mt dentro da escola, é térrea ou já fica como
baixa devido aos vinte centímetros?
Pavimento – como calculo pavimento? Exclui corredor?
Edificação – alfa, beta ou gama?? como calcular?
Edificação – com fácil propagação de chamas – X – visto o forro do teto ser de pvc. Está
correto?
DIMENSIONAMENTO DA SAÍDA
Escola – CLASSIFICAÇÃO E1 – 1 PESSOAS/1,50m²
POPULAÇÃO MÁXIMA – 1,50 X 1273,15 (que acredito ser a área que calculei sem excluir
nenhuma área = 1910 PESSOAS
CAPACIDADE DA UNIDADE DE PASSAGEM – ACESSOS E DESCARGAS/PORTAS – 100
N= P POPULAÇÃO
C CAPACIDADE DA UNIDADE DE PASSAGEM
NUMERO DE SAÍDAS =1910/100 = 19 saídas de emergência.
Está correto??
Por favor me ajude!!
Responder
9.
Eduardo Link Permanente
Cara Amanda, tudo o que vou lhe falar é em tese, pois não conheço o projeto.
Edificação – De acordo com a norma ela não é térrea. Atenção especial à saída de emergência
em desnível que deve ser vencida por rampa para atender normas de acessibilidade
Pavimento – Você pode excluir corredores segundo a norma. Porém se não excluir, o
dimensionamento será a favor da segurança.
Edificação – alfa, beta ou gama, depende do tamanho do pavimento. Não consigo classificar
sem acesso à planta.
Edificação – com fácil propagação de chamas – X – acredito estar correto
Escola – CLASSIFICAÇÃO E1 – 1 PESSOAS/1,50m²
POPULAÇÃO MÁXIMA – 1,50 X 1273,15 (que acredito ser a área que calculei sem excluir
nenhuma área = 1910 PESSOAS
CAPACIDADE DA UNIDADE DE PASSAGEM – ACESSOS E DESCARGAS/PORTAS – 100
N= P POPULAÇÃO
C CAPACIDADE DA UNIDADE DE PASSAGEM
NUMERO DE SAÍDAS =1910/100 = 19,1 unidades de passagem de 0,55 ml.
Totaliza 10,505 mL de saídas de emergência. 10 saídas de 1,1mL por exemplo. Teria que
conhecer o projeto para saber se temos de dividi-las em 2 ou 3 saídas ou até mesmo não
dividi-las.
Lembro que você citou várias grades no edifício Não ficou claro se na rota de fuga. Caso
estejam na rota, devem ser retirados para que ela atenda a norma.
Espero ter auxiliado,
Atenciosamente
Responder
o
dionyzio Link Permanente
Caro Eduardo, obrigado pela resposta `a Amanda, só espero que tenha
chegado a tempo da entrega do trabalho dela. :)
Responder
o
Victor Link Permanente
Caros Amanda e Eduardo,
Primeiramente, parabéns! este espaço é muito esclarecedor.
Baseado neste principio, entendo que a população da escola é de 1 pessoa
para cada 1,50 m2.
Neste caso, deve ser DIVIDIDA a área por 1,50.
Então, P = 1273,15 / 1,5 = 849 pessoas.
CAPACIDADE DA UNIDADE DE PASSAGEM – ACESSOS E
DESCARGAS/PORTAS – 100
N= P POPULAÇÃO
C CAPACIDADE DA UNIDADE DE PASSAGEM
NUMERO DE SAÍDAS =849/100 = 8,49 unidades de passagem de 0,55 ml =
4,68 m
Totaliza 4,68 mL de saídas de emergência. 5 saídas de 1,1mL por exemplo.
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