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2aSRIEENSINO MDIO
Caderno do Aluno
Volume 1
GEOGRAFIACincias Humanas
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MATERIAL DE APOIO AO
CURRCULO DO ESTADO DE SO PAULO
CADERNO DO ALUNO
GEOGRAFIA
ENSINO MDIO2aSRIE
VOLUME 1
Nova edio
2014-2017
GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAO
So Paulo
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Governo do Estado de So Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-GovernadorGuilherme Afif Domingos
Secretrio da Educao
Herman Voorwald
Secretrio-Adjunto
Joo Cardoso Palma Filho
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretria de Articulao Regional
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Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gesto daEducao Bsica
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Coordenadora de Gesto deRecursos Humanos
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Educacional
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Coordenadora de Infraestrutura eServios Escolares
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Coordenadora de Oramento eFinanas
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundao para oDesenvolvimento da Educao FDE
Barjas Negri
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Caro(a) aluno(a),
Agora, na 2asrie do Ensino Mdio, voc est convidado(a) a aprofundar os seus conhecimentossobre a realidade brasileira em todas as suas potencialidades, reconhecendo as etapas e transforma-es que contriburam para a atual congurao do territrio brasileiro.
Por meio das atividades e Situaes de Aprendizagem propostas neste volume, voc ter a opor-
tunidade de compreender os processos histrico-geogrcos responsveis pela atual conguraoterritorial do Brasil, os principais aspectos econmicos, os ciclos econmicos, a gnese das fronteirasbrasileiras e a consolidao das fronteiras polticas e dos limites do territrio, as polticas de integra-o nacional e a relao Brasilmercados internacionais.
A sociedade brasileira, em menos de meio sculo, tornou-se fundamentalmente urbana. Pormeio de um processo migratrio intenso, surgiram grandes concentraes urbanas em eixos espe-ccos e um esvaziamento do campo. Esses processos esto relacionados aos circuitos de produ-o, internos e externos, e resultam na congurao atual do territrio brasileiro.
Com o auxlio da Cartograa, da literatura, de charges, de textos etc., voc poder reetir sobreo fenmeno urbano, a cultura que o caracteriza e, mais que isso, sobre as desigualdades socioecon-micas que se reetem na produo do espao geogrco brasileiro.
Tenha um excelente estudo!
Equipe Curricular de Geograarea de Cincias Humanas
Coordenadoria de Gesto da Educao Bsica CGEBSecretaria da Educao do Estado de So Paulo
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SITUAO DE APRENDIZAGEM 1A GNESE GEOECONMICA DO TERRITRIO BRASILEIRO
Para comeo de conversaConverse com seus colegas e seu professor sobre o lugar em que vocs vivem.
1. Qual atividade econmica impulsionou a formao da cidade em que voc vive?
2. Nos dias atuais, nas paisagens do lugar ou da regio em que voc vive, possvel observar aspec-tos relacionados com a atividade econmica identicada na questo anterior? Quais?
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Leia, interprete e discuta os mapas de acordo com o roteiro de questes apresentado a seguir.
Natal
FilipeiaOlinda
So Cristvo
Salvador
So Jorge dos IlhusSanta CruzPorto Seguro
N. Sra. da VitriaEsprito Santo
So Sebastio do Rio de JaneiroSantos
So Paulo
CananeiaN. Sra. da Conceio de Itanham
Pau-Brasil
Cana-de-acar
Pecuria
Limites das capitanias hereditriasCapitanias reais
Cidades e vilas
A economia e o territrio no sculo XVI
Meridiano de Tordesilhas
0 500 km
HT-2003 MGM-LibergoFonte: Baseado em Manoel Mauricio de Albuquerque,Atlas Histrico.
THRY, Herv; MELLO, Neli Aparecida de.Atlas do Brasil: disparidades e dinmicas do territrio. So Paulo: Edusp, 2005, p. 35. Mapa original (base car-togrca com generalizao; algumas feies do territrio nacional no esto representadas em detalhe; fronteiras atuais; sem indicao de norte geogrco).
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THRY, Herv; MELLO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil: disparidades e dinmicas do territrio. So Paulo: Edusp, 2005, p. 37.Mapa original (base cartogrca com generalizao; algumas feies do territrio nacional no esto representadas em detalhe; fronteiras atuais;
sem indicao de norte geogrco).
Natal
Fortaleza
Olinda
So Cristvo
Salvador
So Jorge dos IlhusSanta CruzPorto Seguro
N. Sra. da VitriaEsprito Santo
So Sebastio do Rio de JaneiroSantos
So Paulo
Cananeia
Itanham
Paraba
Recife
Porto CalvoPenedo
So Vicente
Taubat
Paranagu
Laguna
So LusBelmCamet
A economia e o territrio no sculo XVII
0 500 km
HT-2003 MGM-LibergoFonte: Baseado em Manoel Mauricio Albuquerque,Atlas Histrico.
Regio ocupada pelos Holandeses
Ouro
Eixo de expanso da pecuria
Drogas do serto
Limite dos Estados atuais
Cana-de-acar
Pecuria
Cidades e vilas
Meridiano de Tordesilhas
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THRY, Herv; MELLO, Neli Aparecida de.Atlas do Brasil: disparidades e dinmicas do territrio. So Paulo: Edusp, 2005, p. 39. Mapa original (base car-togrca com generalizao; algumas feies do territrio nacional no esto representadas em detalhe; fronteiras atuais; sem indicao de norte geogrco).
A economia e o territrio no sculo XVIII
Natal
Fortaleza
Olinda
So Cristvo
Salvador
So Jorge dos IlhusSanta CruzPorto Seguro
VitriaEsprito Santo
Rio de JaneiroSantos
So Paulo
Cananeia
Paraba
Recife
Penedo
Paranagu
Laguna
Porto Alegre
So LusBelm
Camet
Sabar
Mariana OuroPretoSo Joo
del Rei
Sorocaba
IguapeCuritiba
DesterroLajes
Alcntara
Macap
Santarm
bidosBarra doRio Negro
Borba
BarcelosOlivena
Vila Bela
CuiabSo Pedrodel Rei Vila Boa
Parnaba
Quixeramobim
0 500 km
HT-2003 MGM-LibergoFonte: Baseado em Manoel Mauricio de Albuquerque,Atlas Histrico.
Ouro e diamantes
Algodo
Eixo de transporte
Drogas do serto
Limite dos Estados atuais
Cana-de-acar
Pecuria
Cidades e vilas
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THRY, Herv; MELLO, Neli Aparecida de.Atlas do Brasil: disparidades e dinmicas do territrio. So Paulo: Edusp, 2005, p. 41. Mapa original (base car-togrca com generalizao; algumas feies do territrio nacional no esto representadas em detalhe; fronteiras atuais; sem indicao de norte geogrco).
A economia e o territrio no sculo XIX
Natal
Fortaleza
Aracaju
Salvador
Vitria
Rio de JaneiroSantos
So Paulo
Recife
Macei
So LusBelm
OuroPreto
Curitiba
Florianpolis
Porto Alegre
Manaus
CuiabGois
Paraba
0 500 km
HT-2003 MGM-LibergoFonte: Baseado em Manoel Mauricio de Albuquerque,Atlas Histrico.
Ouro e diamantes
Algodo
Ferrovia
Drogas do serto e borracha
Limite dos Estados atuais
Cana-de-acar
Mate
Caf
Cacau
Fumo
Pecuria
Cidades e vilas
Cananeia
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1. Quais assuntos esto relacionados nos ttulos dos mapas? Aps identic-los, observe se aslegendas exprimem a mesma relao.
2. Com base na observao dos mapas, identique as atividades econmicas que se destacaram nosculo XVI e descreva como elas evoluram at o sculo XIX.
3. Nos mapas Brasil: a economia e o territrio no sculo XVII e Brasil: a economia e o territriono sculo XVIII, observe a evoluo das cidades e vilas. No decorrer do tempo, o nmero delasdiminuiu ou aumentou? Justique.
Desao!
1. A partir da leitura dos mapas, quais informaes permitem identicar no territrio brasilei-ro uma organizao em ilhas e arquiplagos econmicos?
2. Como o estudo da histria territorial de nosso pas pode ajud-lo a compreender caracte-rsticas atuais do territrio brasileiro? Cite exemplos.
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LIO DE CASA
Com base nas aulas e nas discusses realizadas em sala de aula sobre os aspectos histricos egeoeconmicos da formao do territrio brasileiro, responda:
1. Explique o tipo de colonizao que ocorreu nos territrios que hoje pertencem ao Brasil.
2. Qual o signicado da expresso espaos extrovertidos quando nos referimos produo e
organizao do espao geogrco durante o Perodo colonial brasileiro?
3. Com base no mapa Brasil: a economia e o territrio no sculo XIX (p. 9), justique o empregoda noo de arquiplago econmico para explicar a economia e a congurao geoeconmicado territrio brasileiro no incio do sculo XX.
4. Cite exemplos de caractersticas atuais do territrio brasileiro cuja origem remonta ao passadocolonial do pas.
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Ciclo econmico Cana-de-acar Minerao Caf
Perodo
Principais reasde ocorrncia
Destino daproduo
A partir das orientaes do seu professor, frequente com seu grupo a biblioteca da escola e
pesquise em livros e enciclopdias contedos sobre a Amrica Portuguesa. Nos textos selecio-nados e consultados, coletem e organizem informaes sobre os chamados ciclos econmicos(cana-de-acar, minerao, caf) por meio da elaborao de um quadro-sntese sobre os pero-dos, principais reas de ocorrncia dessas atividades e destino da produo.
Para complementar a pesquisa e apresentar os resultados obtidos, elaborem um mapa comttulo e legenda sobre as informaes organizadas no quadro-sntese, representando-as no mapamudo da pgina a seguir.
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0 500 km
Atelier de Cartographie de Sciences Po. Mapa original (base cartogrca com generalizao; algumas feies do territriono esto representadas em detalhe; sem indicao de norte geogrco).
Ttulo: _____________________________________________________________________________________________
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VOC APRENDEU?
1. Retome os mapas sobre a economia e o territrio brasileiros do sculo XVI ao XIX (p. 6-9) e leiao trecho a seguir.
[...] a colonizao no se orientara no sentido de constituir uma base econmica slida eorgnica, isto , a explorao racional e coerente dos recursos do territrio para a satisfao dasnecessidades materiais da populao que nela habita. Da a sua instabilidade, com seus reexosno povoamento, determinando nele uma mobilidade superior ainda normal dos pases novos.
PRADO JR., Caio. Formao do Brasil contemporneo[1942]. So Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 75.
Com base nos mapas e no texto fornecido, justique a noo de arquiplago econmicoestudada nas aulas.
2. Fuvest 2001 Quanto formao do territrio brasileiro, podemos armar que:
a) a minerao, no sculo XVIII, foi importante na integrao do territrio devido s relaescom o Sul, provedor de charque e mulas, e com o Rio de Janeiro, por onde escoava o ouro.
b) a pecuria no Rio So Francisco, desenvolvida a partir das numerosas vilas da Zona da Mata,foi um elemento importante na integrao do territrio nacional.
c) a economia no sculo XVI, baseada na explorao das drogas do serto, integrou a porocentro-oeste regio Sul.
d) a economia aucareira do Nordeste brasileiro, baseada no binmioplantatione escravido,foi a responsvel pela incorporao, ao Brasil, de territrios pertencentes Espanha.
e) a extrao do pau-brasil, promovida pelos paulistas por meio das entradas e bandeiras, foiimportante na expanso das fronteiras do territrio brasileiro.
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SITUAO DE APRENDIZAGEM 2A GNESE DAS FRONTEIRAS BRASILEIRAS
Leia e interprete o mapa da prxima pgina com base no roteiro fornecido.
1. Observe o ttulo e a legenda. Qual o assunto retratado no mapa?
2. Sugira outro ttulo para o mapa.
3. O que o mapa revela sobre o Brasil com relao ao assunto retratado?
4. Por que o Brasil no consta da lista de conitos atuais?
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O Estado de S. Paulo, 7 out. 2007, p. A-18. Mapa original (sem escala; sem indicao de norte geogrco).
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Leia o texto a seguir e com o auxlio de um dicionrio esclarea os termos e expresses desconhecidos,anotando-os ao lado do texto ou em seu caderno.
No h necessidade mais imperiosa para um Estado do que ter fronteiras certas e reconheci-das, e foi a essa tarefa que Rio Branco deu o melhor de sua vida, retomando em vrios casosos trabalhos (...) de seu pai, por quem tinha admirao extraordinria. No caso do Acre criouuma nova fronteira, na maior incorporao territorial de nossa vida de pas independente, nosoutros manteve as divisas que achvamos ser as nossas. Fez mais, mas o que ca para a histriaso os tratados de limites. No exagero dizer que uma obra dessa magnitude e valorizadamoralmente por ter sido feita sem guerras sem par nos anais da diplomacia universal. Por issoRio Branco tem o prestgio que nenhum outro diplomata tem, em nenhum outro pas.
Num livro recente, com o bonito ttulo de O corpo da ptria, o gegrafo Demtrio Magnolidiz que, diferente do que geralmente se arma, apenas 17% de nossas fronteiras vm dos temposcoloniais (o Rio Guapor, por exemplo), a maior parte, 51%, foi estabelecida no perodo imperial(como a divisa no Pantanal), e 32% devem-se exclusivamente a Rio Branco (os limites do Acre)para falar nos trs trechos da fronteira boliviana. Preferimos car com a opinio tradicional, que
julga ter sido o grande feito da Colnia o estabelecimento das fronteiras do Brasil. Como diz ohistoriador de nossos dias Francisco Iglsias: o mapa da Amrica do Sul, quanto ao Brasil, foixado no principal ainda no perodo portugus. S acertos mnimos se zeram depois.
Na verdade o que h so camadas que se sobrepem, de preciso cada vez mais ntida. Ma-dri e Santo Ildefonso so a grande mancha colonial: anal, o primeiro mapa que apresenta oBrasil, como um tringulo, ocupando metade do tringulo da Amrica do Sul, o Mapa dasCortes, de 1750. No Imprio tentou-se xar bilateralmente todo o contorno terrestre do Brasile muito se conseguiu; mas ainda sobraram para a Repblica trechos em aberto, e seu fechamen-to, vimos, a grande obra do Baro. Podemos at aceitar os nmeros de Magnoli, admitindocomo denitivos os acordos prvios. Desde Tordesilhas...
Rio Branco assinou tratados de limites com nove dos 11 vizinhos do Brasil (hoje so 10,o Equador tinha ento a aspirao a chegar ao Amazonas). Com a Venezuela, tnhamos j o
acordo de 1859 e, com o Paraguai, as fronteiras haviam sido estabelecidas, alis, pelo Viscondede Rio Branco, em 1871. O Paraguai exceo curiosa, porque era uma das especialidades deRio Branco: as clssicas pginas que Nabuco dedica Guerra do Paraguai em seu Um estadistada Repblica(que se constituram em livro isolado, em espanhol) muito incorporam das opi-nies do Baro.
Como exemplo de variao de acordos, lembremos que a linha de limites do Brasil de certa for-ma se interrompeu quando o Peru cedeu, em 1922, a soberania sobre o trecho Tabatinga-Apapris Colmbia (o chamado Trapzio de Letcia). S em 1928, na gesto profcua de Octvio Mangabeirano Itamaraty, a Colmbia voltou a aceitar a linha de 1909, que era a mesma do tratado de 1851,
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Realize uma segunda leitura do texto, mais atenta, e sintetize o contedo de cada pargrafoatribuindo um ttulo a cada um deles.
Nos segundo e terceiro pargrafos, o autor do texto dialoga e se posiciona em relao ao estudo de umgegrafo. Ele concorda com esse estudo? Converse com seus colegas e com seu professor sobre isso.
O sexto pargrafo pode ser lido como a concluso do autor diante do que foi exposto e explicado
principalmente nos quarto e quinto pargrafos. Com o auxlio do professor, faa um resumo dasideias e informaes apresentadas nesses trs pargrafos.
com o Peru. Muito importante, alis, por ser o primeiro do Imprio e por estabelecer a doutrina douti possidetis, que, sob certas condies, vigorou at Rio Branco.
Ento, pode-se dizer que Rio Branco acabou com os problemas de fronteiras do Brasil? De
certa forma, sim: depois dele, o que pode haver so problemas na fronteira, mas no problemasde fronteira, estes j resolvidos denitivamente por acordos bilaterais. Uma ilha que muda delugar em relao ao talvegue do rio, um marco mal colocado, um trecho no bem caracterizadono tratado de limites, at, como vimos, a mudana de soberania sobre um trecho lindeiro; tudoisso pode acontecer. Ser preciso, ento, resolver esses problemas prticos, mas sem mexer na teoria,incorporada aos acordos. Guimares Rosa, durante muitos anos Chefe da Diviso de Fronteirasdo Itamaraty, nos momentos de trabalho mais intenso, dizia com humor: S aceitei esse lugarporque me garantiram que o Baro j havia demarcado todas as fronteiras do Brasil....
GOES FILHO, Synesio Sampaio. Fronteiras: o estilo negociador do Baro do Rio Branco como paradigma da polticaexterior do Brasil. In: CARDIM, Carlos Henrique; ALMINO, Joo (Orgs.). RioBranco, a Amrica do Sul e
a modernizao do Brasil. Rio de Janeiro: EMC, 2002. p. 123-125. Disponvel em:.Acesso em: 31 jul. 2013.
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LIO DE CASA
1. Quais so as etapas usuais do estabelecimento das fronteiras polticas internacionais?
2. Diferente de outros pases da Amrica Latina, o Brasil no possui atualmente conitos frontei-rios relacionados delimitao e xao de seus limites territoriais.
a) Comente, com suas palavras, o que foi a chamada Era Rio Branco e qual a importnciadesse perodo para entender o fato citado.
b) D sua opinio quanto importncia, para um pas, da delimitao de fronteiras sem aocorrncia de conitos.
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A partir das orientaes de seu professor, voce seu grupo vo frequentar a biblioteca da escola epesquisar em livros e enciclopdias contedos sobreo estabelecimento das fronteiras polticas do Brasile a chamada Era Rio Branco.
Cada membro do grupo pode escolher umou mais textos para a leitura e o estudo. Aps estaetapa, organizem as informaes reunidas e ela-borem um texto que resuma as principais ideiassobre a Era Rio Branco.
No site da Fundao Alexandre deGusmo, voc pode encontrar textos so-bre a Era Rio Branco para download naBiblioteca Digital na seo Livro na Rua Diplomacia ao Alcance de Todos. Dis-ponvel em: .
Acesso em: 31 jul. 2013.
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No que diz respeito s fronteiras e aos limites atuais do territrio brasileiro, assinale a alternativacorreta sobre fatos relativos sua demarcao e consolidao.
a) Antes mesmo de o pas ser uma nao soberana, o territrio brasileiro j estava completamentedelimitado. Para tanto, muito contribuiu a assinatura do Tratado de Madri (1750) e do Tratadode Santo Ildefonso (1777), que separaram as terras espanholas das terras portuguesas na Amrica.
b) Pela arbitragem ou pelo acordo direto, sem conitos armados acirrados que resultaram emgrande nmero de mortes, at o nal do sculo XVII os diplomatas brasileiros estabeleceramas fronteiras atuais do territrio do Brasil, com base em documentao cartogrca, na his-tria e no princpio do uti possidetis, ou direito de posse, consagrado no Tratado de Madri.
c) O trabalho de delimitao foi concludo no sculo XIX e contou com a participao ativa devrios diplomatas brasileiros, notadamente o Visconde do Rio Branco. Nos primeiros anosdo sculo XX, os graves problemas de limites ainda pendentes foram solucionados pela aodireta do Baro do Rio Branco.
d) Com uma fronteira martima de 7 367 quilmetros, o Brasil tem limites terrestres com 11pases da Amrica do Sul: Equador, Chile, Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolvia, Peru,Colmbia, Venezuela, Guiana e Suriname, e com o Departamento Ultramarino Francs daGuiana, em uma extenso da ordem de 16 886 quilmetros.
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Distrito Federal
Centro de gravidade econmico
Espao realmente integrado economia nacional
Rota martima ou uvial
Principais correntes migratrias
Frentes pioneiras e eixos de progresso
Grande eixo rodovirio
Capital de Estado
Zona de inuncia dos principais focos econmicos
0 500 km
HT-2003 MGM-Libergo
0 500 km
HT-2003 MGM-Libergo
0 500 km
HT-2003 MGM-Libergo
Anos 1890 Anos 1940
Anos 1990
SITUAO DE APRENDIZAGEM 3TERRITRIO BRASILEIRO: DO ARQUIPLAGO
AO CONTINENTE
Leia e interprete a coleo de mapas e, com o auxlio do professor, atenda ao que solicitado.
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THRY, Herv; MELLO, Neli Aparecida de.Atlas do Brasil: disparidades e dinmicas do territrio. So Paulo: Edusp, 2005, p. 43. Mapa original (base cartogrcacom generalizao; algumas feies do territrio nacional no esto representadas em detalhe; fronteiras e divisas atuais; sem indicao de norte geogrco).
Brasil: do arquiplago ao continente
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1. Observe a localizao do Distrito Federal nos trs mapas. Que relao pode ser feita entre sualocalizao em 1940 e a atual com a abrangncia dos espaos realmente integrados economianacional?
2. Analise a evoluo do tamanho das capitais e das suas respectivas zonas de inuncia nos
trs mapas. Que fatores interferiram nesse processo?
3. No mapa referente aos anos 1890, qual o sentido da principal corrente migratria? Queatividade econmica impulsionou esse uxo migratrio?
4. No mapa referente aos anos 1940, quais Estados estavam realmente integrados economia nacional?
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Considerando o exerccio com a coleo de mapas Brasil: do arquiplago ao continente (p.22)e as discusses feitas em sala de aula sobre os perodos de sucesso dos meios geogrcos no Brasil,responda s questes a seguir.
1. Caracterize a principal diferena entre meio natural e meio tcnico.
2. Relacione a coleo de mapas Brasil: do arquiplago ao continente com os conceitos de meionatural, meio tcnico e meio tcnico-cientco-informacional. Justique suas escolhas.
3. D exemplos do seu cotidiano que demonstrem a presena do meio tcnico-cientco-informa-cional no espao brasileiro.
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Em grupo, e com o auxlio do professor, conhea a letra da cano Bye, Bye, Brasil(1979) e sepossvel escute a msica , composio de Chico Buarque e Roberto Menescal, criada para o lmede mesmo ttulo, de Carlos Diegues.
1. Aps trocar ideias sobre o contedo e o vocabulrio da letra da msica, respondam: Seria pos-svel dizer que a narrativa da letra da msica possui relaes mais estreitas com um dos mapasBrasil: do arquiplago ao continente? Em caso armativo, qual deles e por qu?
2. Observem os elementos grcos dos mapas e ouam com ateno o andamento e o ritmo da msica.A partir das sensaes visuais e sonoras, a msica nos remete para qual dos trs mapas apresentados?
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Consulte um ou mais captulos de livros didticos de Geograa sobre as migraes, a dinmicado povoamento, da economia e da organizao do espao geogrco do Brasil ao longo do tempo.Durante sua consulta e leitura, anote as informaes e ideias que considerar importantes. Posterior-mente, com o auxlio do professor e junto aos seus colegas, apresente e discuta o que aprendeu, tiresuas dvidas e enriquea as informaes obtidas com as fornecidas pelos demais.
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A produo e a organizao do territrio do
Brasil so obra contnua, inacabada. Alm da din-mica da sociedade e da economia, o pas conta cominiciativas e investimentos governamentais como ainstalao de infraestruturas (rodovias, portos,aeroportos, hidreltricas etc.) essenciais para amaior integrao entre as regies brasileiras.
Com seu grupo de trabalho, realize uma pesquisana internet e em jornais e revistas sobre o Programade Acelerao do Crescimento (PAC). Elabore um
relatrio destacando os principais pontos do Pro-grama. Busque informaes que permitam ao grupocomparar a opinio de pessoas favorveis e/ou con-trrias ao PAC ou a algumas das aes do programa.
A pesquisa sugerida poder ser
iniciada consultando-se os seguin-
tes sites:
Programa de Acelerao do Cres-
cimento. Disponvel em: . Acesso em: 31
jul. 2013.
UOL Notcias Especial PAC.
Disponvel em: . Acesso
em: 31 jul. 2013.
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Observe o mapa e assinale a alternativa correta sobre o critrio utilizado na regionalizao do Brasil.
Fonte: SANTOS, Milton; SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: territrio e sociedade no incio do sculo XXI. Rio de Janeiro:Record, 2001, p. LXIV. Mapa original (base cartogrca com generalizao; algumas feies do ter ritrio nacional no esto
representadas em detalhe; sem indicao de norte geogrco).
Regies brasileiras
REGIO AMAZNIA
REGIO NORDESTE
REGIO CENTRO-OESTE
REGIO CONCENTRADA
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a) O mapa retrata a nova diviso regional do Brasil proposta pelo IBGE em 2007, tendo porbase a densidade demogrca e a expanso industrial.
b) O mapa reete a diviso regional do Brasil por regies geoeconmicas, subdividindo-o emtrs complexos regionais. Formulada pelo gegrafo Pedro Pinchas Geiger, sua primeira ver-so de 1967 e, no plano especial, espelha os resultados da integrao promovida pelaconcentrao industrial no Sudeste, alm de levar em considerao o grau de polarizaoeconmica em cada uma das regies. Os principais critrios para essa regionalizao foram ahistria da ocupao do espao geogrco e as diferenas socioeconmicas.
c) O mapa retrata a tradicional diviso regional do Brasil formulada pelo IBGE a partir de1969. O Brasil dividido em macrorregies homogneas, agrupando Estados com carac-tersticas comuns por critrios naturais, econmicos e demogrcos. Para sua delimitaoforam utilizados critrios como a anlise de populao, formas de ocupao do solo, aspectosculturais, hbitos e tradies e tambm o estgio de desenvolvimento de cada regio.
d) O mapa organiza uma sntese das regionalizaes do Brasil segundo critrios como formas deocupao do solo, aspectos culturais, hbitos e tradies das populaes dos Estados brasileiros.
e) O mapa representa a proposta do gegrafo Milton Santos, divulgada em 2001. Diante de ou-tras divises regionais do Brasil, determina um novo conjunto regional que se estende de MinasGerais ao Rio Grande do Sul, tendo por ncleo o Estado de So Paulo. Essa diviso regionalbaseia-se no impacto da revoluo tcnico-cientca na vida de relaes do territrio brasileiro,acompanhada pela densidade dos uxos de capital, mercadorias, pessoas e informaes.
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SITUAO DE APRENDIZAGEM 4O BRASIL E A ECONOMIA GLOBAL: MERCADOS INTERNACIONAIS
Leia e interprete as tabelas e o mapa a seguir com base no roteiro de questes apresentado naspginas 32 e 33.
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Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior. Secretaria do Comrcio Exterior. Balana Comercial Brasileira - Dados Consolidados2012. Disponvel em: , p. 29. Acesso em: 18 nov. 2013.
Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior. Secretaria do Comrcio Exterior. Balana Comercial Brasileira - Dados Consolidados2012. Disponvel em: , p. 19. Acesso em: 18 nov. 2013.
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Saldoda
balan
acomercial
Supervitgrande
Supervitmenor
Dficit
Exportaese
importaes
doBrasilem2
012
(milhesdedlaresUS$)
41228China
26849EstadosUnidos
15041PasesB
aixos
4003Mxico
1473Bolvia
Exportaes
Importaes
0
2000km
noEquador
HT2013
N
Fonte:AliceWebMinistriododesenvolvimento,
indstriaecomrcioexterior
Exportaeseimportaes
doBrasilem2
012
THRY,
Herv
;MELLO-T
HRY,
NeliAparecidade.Atlasd
oBrasil.2.ed.
Prelo.
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1. Qual o signicado dos termos balana comercial, supervit e dcit?
2. H correspondncia entre o ttulo do mapa e os aspectos indicados na legenda? Justique.
3. Analisando o mapa, identique com quais pases do mundo o Brasil mantm intensas relaescomerciais.
4. Observando no mapa as semicircunferncias nos Estados Unidos, China e Nigria, o que vocpode concluir a respeito da participao desses pases no comrcio exterior brasileiro?
5. Compare o mapa e as tabelas e responda:
a) Quais foram os quatro pases que mais exportaram para o Brasil em 2012?
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b) O Brasil apresenta saldo comercial negativo ou positivo com os pases mencionados na res-posta da questo anterior?
c) Qual foi o pas que mais importou produtos brasileiros em 2012?
d) O que aconteceu com as importaes brasileiras para o pas mencionado na resposta anteriorentre 2011 e 2012?
LIO DE CASA
1. Explique o que o G-3 ou Frum Ibas (Frum de Dilogo ndia, Brasil e frica do Sul).
2. O que o G-20?
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3. Qual o principal objetivo do G-20 junto OMC?
O Ibas (tambm conhecido como G-3) o acrnimo de ndia, Brasil e frica do Sul(em ingls, IBSA). Constitui um frum dedilogo de iniciativa trilateral desses pasescom o objetivo de promover a cooperaoSul-Sul. Criado ocialmente em 6 de junhode 2003, em Braslia, o Ibas realiza encon-tros anuais para dar seguimento aos objeti-
vos do frum.Realize uma pesquisa sobre o Frum
Ibas em jornais, revistas e internet, identi-cando as reas de cooperao entre os pa-ses que o integram. Aps pesquisar, reunire ler textos sobre o assunto, elabore umadissertao sobre o tema A poltica externabrasileira e a cooperao Sul-Sul.
Para iniciar sua pesquisa, sugerimos:
Ministrio das Relaes Exteriores. Frumde Dilogo ndia-Brasil-frica do Sul - IBAS.Disponvel em: . Acesso em: 31 jul. 2012.
Texto A inexo da poltica externabrasileira para o Sul e o Frum Ibas,de Joana Laura Marinho Nogueira.Disponvel em: . Acesso em:31 jul. 2013.
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Fuvest 2008 Uma das caractersticas do setor agropecurio, na atualidade, a alta especializao
produtiva, que refora a necessidade de circulao de alimentos pelo planeta. Como, todavia, os custosde produo so muito distintos nas diferentes pores do globo, polticas de subsdios agrcolas e debarreiras protecionistas foram e continuam sendo adotadas por alguns Estados, no sentido de protegerseus produtores rurais. Sobre polticas de subsdios agrcolas e barreiras protecionistas:
a) Cite dois pases que as utilizam de forma sistemtica e, ao menos, um produto por pas citado.
b) Analise criticamente as aes recentes do Estado brasileiro junto OMC e os resultados alcanados.
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SITUAO DE APRENDIZAGEM 5OS CIRCUITOS DA PRODUO I: O ESPAO INDUSTRIAL
Para comeo de conversa
Leia a letra da cano Trs apitos, de Noel Rosa, e observe a reproduo da obra Operrios, deTarsila do Amaral, na pgina a seguir.
Trs apitos(1933)
Noel Rosa
Quando o apitoDa fbrica de tecidosVem ferir os meus ouvidosEu me lembro de voc
Mas voc andaSem dvida bem zangadaE est interessadaEm ngir que no me v.
Voc que atende ao apitoDe uma chamin de barroPor que no atende ao grito to aitoDa buzina do meu carro?
Voc no invernoSem meias vai pro trabalhoNo faz f com agasalho
Nem no frio voc cr...
Mas voc mesmoArtigo que no se imitaQuando a fbrica apitaFaz rclamede voc.
Nos meus olhos voc lQue eu sofro cruelmenteCom cimes do gerente impertinenteQue d ordens a voc.
Sou do serenoPoeta muito soturnoVou virar guarda-noturnoE voc sabe por qu
Mas voc no sabeQue enquanto voc faz panoFao junto do piano
Estes versos pra voc.
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1. Quais so os elementos nas duas obras que sugerem a poca em que elas foram criadas?
2. Como se caracteriza o perodo de industrializao que o Brasil vivenciou na poca em que acano e o quadro foram criados?
Operrios, de Tarsila do Amaral, 1933. leo sobre tela, 150 x 205 cm. Fonte: Acervo Artstico Cultural do Palcio do Governo do Estado de SoPaulo/Coleo Governo do Estado de So Paulo. Indicao complementar: . Acesso em: 31 jul. 2013.
Tarsilado
AmaralEmpreendimentos
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3. A partir dos elementos da cano e do quadro, quais foram as provveis transformaesocorridas no espao geogrco a partir da industrializao, particularmente no Rio de
Janeiro e em So Paulo?
Vargas e as bases do desenvolvimento
[...] Em seus 19 anos de governo, e especialmente no ltimo mandato, Getlio promovera acriao de uma srie de agncias para estudar, formular e implementar polticas de desenvolvimento,sempre dentro de uma tica que valorizava a ao do Estado, a iniciativa local e o nacionalismo. En-tre esses empreendimentos guravam o Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico (BNDE,hoje BNDES) e a Petrobras, e ainda vrios outros, de carter setorial ou regional, como o PlanoNacional do Carvo, a Superintendncia do Plano de Valorizao Econmica da Amaznia, o Bancodo Nordeste, que visavam o mesmo objetivo de promover o desenvolvimento econmico a partir dodirigismo estatal.
Grande parte desse trabalho de planejamento foi elaborada pela Assessoria Econmica da Presidn-cia da Repblica criada por Getlio em 1951 e comandada por tcnicos de recorte nacionalista [...].Uma das tarefas desse grupo foi exatamente a de planejar a instalao de uma indstria automobilsticapara o pas, o que se tornaria uma das marcas registradas da administrao de JK.
A exemplo de Vargas, JK incentivou a formao de comisses tcnicas que deram continui-dade a estudos em andamento. Essas comisses ou grupos de trabalho tinham sido amplamenteacionadas por Vargas como instrumentos para contornar a tradio clientelstica do Brasil e facilitar
1. Leia o texto a seguir.
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Aps a leitura do texto, observe a foto a seguir, que mostra outra iniciativa de Getlio Vargas:a criao da Companhia Siderrgica Nacional (CSN). Localizada no Vale do Paraba, em VoltaRedonda (RJ), a CSN foi criada em abril de 1941 e iniciou suas operaes em outubro de 1946.Constitui um marco da industrializao brasileira, pois o ao matria-prima fundamental paradiversos setores industriais. Resultado de um projeto autnomo de desenvolvimento industrialna dcada de 1940, a CSN foi privatizada em 1993.
Foto recente da Companhia Siderrgica Nacional (CSN).
JucaMartins/PulsarImagens
a formao de bolses de excelncia capazes de lidar com questes de planejamento que exigissemdecises rpidas [...].
JK beneciou-se de um aparelho de Estado j montado, com capacidade de planejar, taxar, executar,nanciar e cobrar, para pr em marcha um plano de governo que lhe daria notoriedade. Valeu-se do
planejamento, que j era uma marca registrada no pas desde os anos 30, e dos corpos tcnicos queo Brasil havia formado. A par de tudo isso, soube dar legitimidade poltica s suas aes prestigiando asinstituies representativas e domesticando os descontentamentos militares. Maximizou os recursos queo pas tinha e criou fatos novos (como a construo de Braslia), sempre orientado pela viso estadocn-trica de desenvolvimento, to predominante na poca [...].
O Brasil que Vargas deixou. In: Os anos JK. Rio de Janeiro: CPDOC/FGV. Disponvel em: . Acesso em: 31 jul. 2013.
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a) A empresa registrada na fotograa foi construda com recursos estatais e inaugurada na d-cada de 1940. Considerando o tipo de produto ali produzido, explique a sua importnciaestratgica para a economia nacional daquela poca.
b) De acordo com o texto, qual foi o legado que a chamada Era Vargas deixou para o governoJuscelino Kubitschek (JK)?
c) Por que, segundo o texto, Juscelino Kubitschek manteve uma viso estadocntrica de de-senvolvimento ao assumir a Presidncia da Repblica?
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50 anos em 5: o Plano de Metas
[...] O Plano de Metas mencionava cinco setores bsicos da economia, abrangendo vrias metascada um, para os quais os investimentos pblicos e privados deveriam ser canalizados. Os setores quemais recursos receberam foram energia, transportes e indstrias de base, num total de 93% dos recursosalocados. Esse percentual demonstra por si s que os outros dois setores includos no plano, alimentaoe educao, no mereceram o mesmo tratamento dos primeiros. A construo de Braslia no integravanenhum dos cinco setores.
As metas eram audaciosas e, em sua maioria, alcanaram resultados considerados positivos. Ocrescimento das indstrias de base, fundamentais ao processo de industrializao, foi de praticamente100% no quinqunio 1956-1961. [...]
SILVA, Suely Braga da. 50 anos em 5: o Plano de Metas. In: Os anos JK. Rio de Janeiro: CPDOC/FGV. Disponvelem: . Acesso em: 31 jul. 2013.
Fonte: Previso de tempos no Plano de Investimentos. In: Diretrizes gerais do Plano Nacional de Desenvolvimento, 1955.Rio de Janeiro: CPDOC/FGV/Arquivo Ansio Teixeira. Disponvel em:. Acesso em: 31 jul. 2013.
2. A industrializao fazia parte do Plano Nacional de Desenvolvimento, elaborado em 1955 pelaequipe de governo de Juscelino Kubitschek. Com o lema crescer 50 anos em 5, esse planocou conhecido simplesmente por Plano de Metas. Leia mais sobre ele no texto a seguir.
Aps a leitura do texto, observe a gura a seguir.
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a) De acordo com a gura, o plano previa uma curva na distribuio dos investimentos no de-correr do governo JK. Quais seriam os anos de maior investimento? Discuta com os colegas eo professor e registre que efeitos esse investimento teria na recuperao econmica do pas.
b) Segundo o texto, quais foram os setores considerados prioritrios para os investimentos noPlano de Metas?
c) Por que a indstria de base era considerada fundamental para a acelerao do processo de
industrializao brasileira?
Faam uma pesquisa em materiais didticos existentes na biblioteca a respeito das fases daindustrializao brasileira. Comparem, pelo menos, dois textos didticos diferentes, vericandocomo so abordados os seguintes perodos:
de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954, com a Poltica Nacionalista da Era Vargas; de 1956 a 1961, com o Plano de Metas do governo JK; de 1964 a meados de 1980, com os projetos de crescimento econmico do Regime Militar; a chamada dcada perdida (1980); a dcada de 1990, o neoliberalismo e a globalizao da economia em um perodo marcado pela
abertura econmica e pela poltica de privatizaes.
Com base em suas leituras, elaborem uma resenha com o seguinte tema: O processo de indus-trializao do Brasil em textos didticos de Geograa.
A resenha uma espcie de resumo que envolve, ao mesmotempo, uma crtica ou um comentrio pessoal. importanteidenticar, ao nal do texto, os livros que voc consultou.
Combinem comseu professor o modode entrega da resenha.
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1. Com base no mapa descreva a distribuio espacial da atividade industrial no Brasil, em 2009.
IBGE.Atlas geogrco escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012, p. 136. Mapa original. Adaptado (supresso de escala numrica).
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Belm
Macei
Recife
Palmas
Cuiab
Macap
Manaus
Goinia
Aracaj u
Vitria
Teresina
BRASLIA
So Lus
Salvador
Curitiba
Boa Vista
Fortaleza
Rio Branco
Porto Velho
CampoGrande
Porto Alegre
Florianpolis
BeloHorizonte
Rio de Janeiro
So Paulo
Joo Pessoa
Natal
-70
-70
-60
-60 -50
-50
-40
-40
-30
-30
-30
-30
-20
-20
-10-10
0 0
TrpicodeCapric
rnio
Equador
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GOISMINAS GERAIS
B A H I A
RIO DE JANEIRO
ESPRITOSANTO
MATO GROSSO
PARAMAZONAS
RORAIMA AMAP
MARANHO
CEAR RIO GRANDEDO NORTE
PARABA
PERNAMBUCO
ALAGOAS
SERGIPE
PIAU
TOCANTINS
ACRE
RONDNIA
MATO GROSSO
DO SUL
RIO GRANDEDO SUL
SANTACATARINA
PARAN
SO PAULO
Projeo Policnica
Meridiano de Referncia: -54 W. Gr
Paralelo de Referncia: 0
0 300150 km
Nmero de empresas
menos de 1 000
1 001 a 5 000
5 001 a 10 000
mais de 10 001!
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Fontes: Cadastro Central de Empresas 2009. In: IBGE. Sidra: sistema IBGE de recuperao automtica. Rio de Janeiro, 2010. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2012; e Anurio estatstico brasileiro do petrleo, gs natural e biocombustveis 2010. Braslia, DF: Agncia Nacional do Petrleo,
Gs Natural e Biocombustveis - ANP, 2010. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2012.
Distribuio espacial da indstria, 2009 Empresas industriais
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Geograa 2asrie Volume 1
2. Relacione sua resposta anterior com a distribuio espacial dos principais setores industriaisbrasileiros, representada nos mapas a seguir.
IBGE.Atlas geogrco escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012, p. 137. Mapa original. Adaptado (supresso de escala numrica).
AC
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RS
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Madeira e mobilirio
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Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas 2009.
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municpio com mais de 10 indstrias defabricao de produtos de minerais no metlicos
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municpio com mais de 10 indstriasde fabricao de produtos qumicos
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municpio com mais de 10 indstriasde fabricao de produtos txteis
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municpio com mais de10 indstrias metalrgicas
"
Principais setores industriais, 2009
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7/26/2019 cadernodoaluno professoradegeografia 2a vol-1
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Geograa 2asrie Volume 1
1. Observe o mapa Expanso da indstria no Estado de So Paulo e, consultando um mapa detalha-do do Estado de So Paulo, localize e escreva no mapa a seguir as cidades: So Paulo, Campinas,So Jos dos Campos, Ribeiro Preto, So Jos do Rio Preto e Presidente Prudente.
THRY, Herv; MELLO, Neli Aparecida de.Atlas do Brasil: disparidades e dinmicas do territrio. So Paulo: Edusp, 2005, p. 157.Mapa original (base cartogrca com generalizao; algumas feies do territrio no esto representadas em detalhe; sem escala;
sem indicao de norte geogrco). Adaptado (supresso da representao de estradas).
Expanso da indstria no Estado de So Paulo
HT-2003 MGM-Libergomapa semescala
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7/26/2019 cadernodoaluno professoradegeografia 2a vol-1
47/8246
Geograa 2asrie Volume 1
2. Com base no mapa anterior, descreva a expanso da atividade industrial no Estado de So Paulo.
VOC APRENDEU?
1. Explique por que o Brasil pode ser chamado de pas de industrializao tardia ou retardatria.
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7/26/2019 cadernodoaluno professoradegeografia 2a vol-1
48/8247
Geograa 2asrie Volume 1
2. Assinale o que for correto em relao ao desenvolvimento, expanso e aos problemas da inds-tria brasileira:
a) A queda no crescimento dos tradicionais centros industriais brasileiros, como So Paulo e
Rio de Janeiro, devido ao processo de descentralizao do parque industrial, signicou aperda de sua importncia no comando da nossa industrializao.
b) As grandes reservas de carvo existentes na regio Sudeste, particularmente em So Paulo,foram o principal fator de localizao das indstrias nessa regio.
c) Em sua fase inicial, caracterizada pela substituio das importaes (governos Vargas e JK),a industrializao brasileira no contou com a iniciativa estatal, uma vez que o interesseprioritrio do Estado era manter a poltica de exportao do caf.
d) Pouca oferta de mo de obra qualicada e decincias nos diferentes nveis de educao
formal so alguns dos vrios obstculos que se colocam para uma insero plena do Brasil naTerceira Revoluo Industrial ou Tecnolgica.
e) No Estado de So Paulo, as maiores concentraes industriais ocorrem nos eixos rodovi-rios, principalmente no centro-norte, noroeste e oeste do Estado, nas regies de So Jos doRio Preto, Araatuba e Presidente Prudente.
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Geograa 2asrie Volume 1
SITUAO DE APRENDIZAGEM 6OS CIRCUITOS DA PRODUO II: O ESPAO AGROPECURIO
!?
Fonte: Folha de S.Paulo. Caderno Mercado. So Paulo, tera-feira, 13 de fevereiro de 2007.
Para comeo de conversa
Observe a manchete de jornal, a fotograa e a tabela a seguir.
F
olhapress
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7/26/2019 cadernodoaluno professoradegeografia 2a vol-1
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Geograa 2asrie Volume 1
ReginaSantos/Tyba
Passeata de trabalhadores rurais do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, em Cristalina (GO), fev. 1998.
Estrutura fundiria do Brasil, 2003
Tamanho dos imveisrurais (rea total de ha)
% dos imveis% da rea ocupada por
imveis rurais
At 10 31,5 1,8
De 10 a 25 26,0 4,5
De 25 a 50 16,1 5,7
De 50 a 100 11,5 8,0
De 100 a 500 11,4 23,8De 500 a 1 000 1,8 12,4
De 1 000 a 2 000 0,9 12,2
Mais de 2 000 0,8 31,6
Total 100,0 100,0
Fonte: Cadastro do Incra, ago. 2003.
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7/26/2019 cadernodoaluno professoradegeografia 2a vol-1
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Geograa 2asrie Volume 1
1. Qual(ais) o(s) assunto(s) principal(ais) da manchete de jornal, da fotograa e da tabela? O quevoc sabe sobre esse(s) assunto(s)?
2. Com base em seus conhecimentos, como voc explica o enorme montante de exportaes doagronegcio, representado na manchete de jornal, ao lado de pessoas sem terra para trabalhar,como apresentado na fotograa?
3. Em sua opinio, a fotograa e a tabela tratam de assuntos relacionados entre si ou no? Justique.
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7/26/2019 cadernodoaluno professoradegeografia 2a vol-1
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Geograa 2asrie Volume 1
Polo Juazeiro-Petrolina: localizao no semirido nordestino e principais mercados
Desao!
O complexo agroindustrial Juazeiro-Petrolina, situado no semirido nordestino, no submdioSo Francisco, tem apresentado acelerado crescimento da produo agrcola irrigada. Com base nos
dados do mapa a seguir, identique quais so os principais mercados de seus produtos. Em seguida,procure explicar quais so as vantagens comparativas dos produtores de Juazeiro-Petrolina em relaoaos produtores da regio Sudeste do Brasil.
Fonte: FRANA, Francisco Mavignier Cavalcante (Coord.). Documento referencial do polo de desenvolvimento integrado Petrolina-Juazeiro.Fortaleza: ETENE/Banco do Nordeste, 1997, p. 9, 12. Disponvel em: . Acesso em: 20 nov. 2013.
OCEANO
ATLNTICO
SIA
ESTADOSUNIDOS
EUROPA
0 302 km
N
MARANHO
BAHIA
MINAS GERAIS
ESPRITOSANTO
GOIS
TOCANTINS
PAR
ALAGOA S
PERNAMBUCO
PARABAPIAU
RIO GRANDEDO NORTE
SERGIPE
CEAR
Polo Juazeiro-Petrolina
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Geograa 2asrie Volume 1
Derrubai a rvore! Mulheres, indgenas e quilombolas contra o Imprio de Papel
[...] A ao organizada e sistemtica dos movimentos de ndios, mulheres e quilombolas contra a AracruzCelulose, revela a clareza com que estes movimentos avaliam o crescimento acelerado e violento do setor doagronegcio orestal no Brasil nos ltimos anos, movido a pesados investimentos pblicos, descumprimentode legislao ambiental, trfego de inuncia com governantes municipais, estaduais e nacionais, expansodo controle de terras e guas de populaes tradicionais e excelentes resultados nanceiros nas transaes eespeculao internacional. A Aracruz Celulose S/A uma multinacional controlada por quatro acionistasmajoritrios (...): Grupo Lorentzen da Noruega (28%), Banco Safra Internacional (28%), Votorantim (28%)
e BNDES (12,5%). Junto com a Stora Enso, uma empresa sueco-nlandesa, produtora de papel e celulose, dona da Veracel Celulose, uma grande empresa do sul da Bahia. (...)
A cadeia produtiva da celulose talvez a que mais traz destruio ambiental. Desde o plantio do eu-calipto, at a produo do papel, o extermnio da natureza sem tamanho! uma situao alarmante, masque no aparece na imprensa. Arma-se que o plantio de eucalipto causa seca de poos artesianos de at 30metros de profundidade. Para se produzir um quilo de madeira so necessrios 350 litros de gua. Quandosua produo era de 450 mil toneladas, a Aracruz lanava seis toneladas dirias de um aditivo qumicoaltamente poluente na maior bacia pesqueira do Oceano Atlntico no sul da Bahia; hoje, sua produochega a quase trs milhes de toneladas, quase seis vezes mais. [...]
Fonte: Conitos no campo Brasil, 2006. Disponvel em: , p. 76. Acesso em: 20 nov. 2013.
O uso da terra no Brasil tem sido objeto de debate, uma vez que envolve, entre outros interes-ses, a produo de alimentos e de produtos agrcolas destinados exportao. Em 8 de maro de2006, como ato comemorativo do Dia Internacional da Mulher, representantes dos movimentosda Via Campesina Brasil, organizados pelo Movimento de Mulheres Camponesas, zeram umaao de protesto no canteiro de produo de mudas da Aracruz Celulose, localizado em Barra doRibeiro (RS). Segundo os manifestantes que, infelizmente, se excederam, praticando alguns atosde vandalismo , a ao expressou a defesa da produo de alimentos e a insatisfao com o usoindiscriminado de terras brasileiras para expanso da monocultura do eucalipto.
Leia o texto a seguir e responda quais so os impactos provocados pelo plantio de eucaliptos.
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JINKINGS, Ivana; SADER, Emir (Coord.). Latinoamericana: enciclopdia contempornea da Amrica Latina e doCaribe. So Paulo: Boitempo Editorial, 2006, p. 49. Mapa original (base cartogrca com generalizao; algumas
feies do territrio nacional no esto representadas em detalhe; sem indicao de norte geogrco).
Geograa das ocupaes de terra no Brasil, 1988-2004
Observe o mapa a seguir.
1. Crie uma manchete de jornal para expressar a ideia central do mapa.
2. Em uma folha avulsa, elabore uma representao visual do tema expresso pelo mapa. Se preferir,voc poder fazer uma colagem, com fotograas e ilustraes pesquisadas em jornais e revistas.
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1. Analise o mapa a seguir.
Avano territorial da produo de soja no Brasil, 1990-2002
JINKINGS, Ivana; SADER, Emir (Coord.). Latinoamericana: enciclopdia contempornea da Amrica Latina e do Caribe. So Paulo:Boitempo Editorial, 2006, p. 51. Mapa original (base cartogrca com generalizao; algumas feies do territrio nacional no esto
representadas em detalhe; sem indicao de norte geogrco).
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Descreva a expanso da soja no territrio brasileiro entre 1990 e 2002.
2. Leia o texto sobre a expanso da monocultura da soja na Amaznia e no Cerrado.
[...] a monocultura da soja, em geral, se expande a passos largos sobre a Amaznia e o Cerrado,repetindo um modelo de desenvolvimento obsoleto e predatrio. Caso emblemtico da crise socioam-biental que esse cenrio anuncia a presso sofrida pelo Parque Indgena do Xingu, no Mato Grosso,por conta da expanso do cultivo do gro nas reas que circundam seu permetro. Nelas esto localiza-das as nascentes dos formadores do Rio Xingu, que atravessa o parque e a base da sobrevivncia das
comunidades indgenas locais. [...]Instituto Socioambiental. O Xingu na mira da soja. Outubro de 2003. Disponvel em:
. Acesso em: 31 jul. 2013.
Segundo o texto, quais so os problemas socioambientais gerados pela expanso da monoculturada soja no Parque do Xingu?
Com a orientao do professor, voc e o seu grupo vo fazer um levantamento de material emartigos de jornais e revistas sobre os seguintes temas:
O agronegcio, a insegurana alimentar e os impactossocioambientais.
A estrutura fundiria brasileira e os conitos e movimen-tos sociais no campo.
A expanso da fronteira agrcola na Amaznia (o casoda soja).
Combinem com seuprofessor o modo de or-ganizao e de entregada pesquisa.
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Brasil: uso da terra nos estabelecimentos agropecurios, 2006
Uso da terra Em hectares Em porcentagem
Lavoura 76 697 324
Pastagem 172 333 073
Matas e orestas 99 887 620
rea total 348 918 017 100,0Fonte: IBGE. Censo Agropecurio, 2006.
Voc precisar de compasso, transferidor e rgua.
100% da rea dos estabelecimentos agropecuriosequivalem aos 360 da circunferncia.
1. Complete a tabela a seguir, calculando o percentual de cada um dos usos da terra no Brasil, em2006.
2. Com base nos dados da ta-bela, elabore um grco desetores (o conhecido grcode pizza) no espao a seguir.
3. Descreva em seu caderno o uso da terra no Brasil pelos estabelecimentos agropecurios, consi-derando o grco que voc elaborou.
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1. Observe as fotograas a seguir e suas legendas e responda:
DelmMartins/PulsarImagens
Colheita de uvas cabernet para indstria vincola. Vale do So Francisco.Casa Nova (BA), maio 2006.
DelmMartins/PulsarImagens
Plantaes e colheita de soja. Sinop (MT), nov. 2005.
A modernizao da agricultura brasileira nas ltimas dcadas modicou a organizao da pro-duo e as relaes de trabalho no campo. A fruticultura e a soja, por exemplo, so cultivos quesofreram transformaes nesse processo, apesar de conservarem diferenas importantes em seusrespectivos sistemas produtivos. Indique e explique ao menos uma dessas diferenas.
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2. Tema polmico e que compe a pauta de discusses entre governo, trabalhadores sem terra egrandes proprietrios, a reforma agrria no Brasil guarda relaes diretas com a concentraofundiria do pas e com um dos aspectos mais perversos do processo de produo do espaonacional: a transformao da terra em um bem que pode gerar renda mesmo sem ser utiliza-
da, sendo essa uma das bases da concentrao fundiria. A tabela a seguir retrata a estruturafundiria brasileira.
Estrutura fundiria do Brasil, 2003
Tamanho dos imveisrurais (rea total de ha)
% dos imveis% da rea ocupada por
imveis rurais
At 10 31,5 1,8
De 10 a 25 26,0 4,5De 25 a 50 16,1 5,7
De 50 a 100 11,5 8,0
De 100 a 500 11,4 23,8
De 500 a 1 000 1,8 12,4
De 1 000 a 2 000 0,9 12,2
Mais de 2 000 0,8 31,6
Total 100,0 100,0
Fonte: Cadastro do Incra, ago. 2003.
De acordo com a interpretao dos dados informados, podemos armar que os imveis com rea:
a) de at 50 ha ocupam menos de 10% da rea e representam mais de 60% dos imveis.
b) de 50 ha at 500 ha ocupam menos de 35% da rea e representam mais de 35% dos
imveis.
c) de 500 ha at 1 000 ha ocupam menos de 24% da rea e representam mais de 15% dosimveis.
d) de 500 ha at 2 000 ha ocupam menos de 25% da rea e representam menos de 3% dosimveis.
e) a partir de 500 ha ocupam mais de 50% da rea e representam mais de 5% dos imveis.
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SITUAO DE APRENDIZAGEM 7REDES E HIERARQUIAS URBANAS
!?
1. Observe o mapa a seguir.
IBGE. Regies de inuncia das cidades 2007. Rio de Janeiro: IBGE, 2008, p. 12. Mapa original (base cartogrca com generalizao;algumas feies do territrio no esto representadas em detalhe; sem indicao de norte geogrco).
So Paulo
Braslia
Rio de Janeiro
Belm
Recife
Manaus
Goinia
Salvador
Curitiba
Fortaleza
Porto Alegre
Belo Horizonte
Natal
Macei
Cuiab
Aracaju
Vitria
Teresina
So Lus
Campinas
Joo Pessoa
Campo Grande
Florianpolis
Ilhus
Palmas
Maring
Chapec Blumenau
Londrina
Cascavel
Joinville
Uberlndia
Passo Fundo
Santa Maria
Porto Velho
Juiz de Fora
Montes Claros
Caxias do Sul
Campina Grande
Ribeiro Preto
Feira de Santana
Vitria da Conquista
So Jos do Rio Preto
Iju
Bauru
Sobral
Santos
Marab
Macap
Caruaru
Mossor
Uberaba
Marlia
Pelotas
Ipatinga
Varginha
Sorocaba
Cricima
Dourados
Santarm
Arapiraca
Petrolina
Barreiras
Araguana
Araatuba
BoaVista
Imperatriz
Piracicaba
Araraquara
RioBranco
Divinpolis
Pouso Alegre
PontaGrossa
Tefilo Otoni
Volta Redonda
NovoHamburgo
Juazeirodo Norte
SoJosdosCampos
PresidentePrudente
GovernadorValadares
CamposdosGoytacazes
Cachoeirode Itapemirim
Bag
Caic
Patos
Sousa
Picos
Irec
Sinop
Iguatu
Jequi
Caxias
Toledo
Quixad
Crates
Bacabal
Tubaro
Joaaba
Lajeado
Erechim
Cceres
Jacobina
Colatina
Parnaba
Guanambi
Floriano
Pinheiro
Anpolis
Redeno
Umuarama
Guarabira
Garanhuns
Castanhal
Itumbiara
Apucarana
RioVerde
Paranava
Ji-Paran
Cajazeiras
SoMateus
Santa Ins
Guarapuava
Santa Rosa
Uruguaiana
PatoBranco
PauloAfonso
CampoMouro
Santo ngelo
Rondonpolis
SerraTalhada
Foz doIguau
PaudosFerros
BentoGonalves
BarradoGaras
Santa CruzdoSul
FranciscoBeltro
Teixeira deFreitas
Santo AntniodeJesus
Tef
Tabatinga
Tabatinga
o
Cruzeiro doSul
Cruzeiro doSul
A R G E N T I N A
C H I L E
Oceano
Atl
nti
co
O
ceano
Pa
cfico
OCEANO
PACFICO
-40
-40
-50
-50
-60
-60
-70
-70
-30
0 0
-10 -10
-20 -20
-30 -30
So Paulo Rio de Janeiro
Curitiba
Belo Horizonte
Campinas
Florianpolis
Blumenau
Londrina
Joinville
Uberlndia
Juiz de Fora
Ribeiro Preto
So Jos do Rio Preto
Bauru
Santos
Uberaba
Marlia
Ipatinga
Varginha
Sorocaba
Araatuba
Piracicaba
Araraquara
Divinpolis
Pouso Alegre
PontaGrossa
Volta Redonda
SoJos dosCampos
PresidentePrudente
GovernadorValadares
Ub
Ja
Maca
Lages
MuriaLavras
Passos
Franca
Itaja
Alfenas
Limeira
Caador
.
ManhuauBarretos
BotucatuOurinhos
Itaperun
CaboFrio
Barbacena
RioClaro
Paranagu
Catanduva
A
Ponte Nova
SoCarlos
RiodoSul
Nova Friburgo
Patos deMinas
PoosdeCaldas
SoJoodaB oaVista
Grande MetrpoleNacional
Met rpo le Nacional Centro Sub-regional A
Centro Sub-regional B
Centro de Zona A
Centro de Zona B
Metrpole
Capital Regional A
Capital Regional B
Hierarquia dos Centros Urbanos
Capital Regional C
SoFlixdoAraguaia
Os tracejados representam redesde mltiplas vinculaes.
Regies de Influncia
Belo Horizonte
Belm
Braslia
Curitiba
Fortaleza
Goinia
Manaus
Recife
Salvador
Rio de Janeiro
Porto Alegre
So Paulo
0 180 360 540 72090Km
Projeo Policnica. Datum: SIRGAS2000Meridiano Central: -54 / Paralelo Padro: 0
Fonte: IBGE, Diretoria de Geocincias, Coordenao de Geografia, Regies de Influncia das Cidades 2007.
Brasil: rede urbana, 2007
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a) Reita sobre os termos utilizados na legenda e analise o